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Materiais de Construção

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PATOLOGIA DAS ESTRUTURAS, PISOS DE CONCRETO E DOS REVESTIMENTOS.
PATOLOGIA DAS ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO
"A patologia na construção pode ser entendida, como à Ciência Médica, o ramo da engenharia que estuda os sintomas, formas de manifestação, origens e causas das doenças ou defeitos que ocorrem nas edificações."
(CARMO, 2000).
PATOLOGIA DAS ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO
· Os problemas patológicos têm suas origens motivadas por falhas que ocorrem durante a realização de uma ou mais das atividades inerentes ao processo comum que se denomina de Construção Civil, processo este que pode ser dividido em três etapas básicas: Falhas de projeto, execução e de manutenção.
· 
O surgimento de problemas patológicos na estrutura indica maneira geral, a existência de falhas durante a execução de uma das etapas da construção, além de apontar para falhas também no sistema de controle de qualidade próprio de uma ou mais atividades.
PATOLOGIA DAS ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO
Os problemas patológicos estão presentes na maioria das edificações, seja com maior ou menor intensidade, variando o período de aparição e/ou a forma de manifestação.
Pilar corroído com armaduras
Fonte: www.piniweb.com.br
Patologias
Fonte: www.piniweb.com.br
PATOLOGIA DAS ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO
PATOLOGIAS	GERADAS	NA	ETAPA	DE	CONCEPÇÃO	DA ESTRUTURA - PROJETO
Várias são as falhas que podem ocorrer durante a concepção da estrutura, podendo se originar durante os estudo preliminar, na execução do anteprojeto, ou durante a elaboração do projeto de execução.
Falhas originadas por um estudo preliminar deficiente, ou de anteprojetos equivocados, resultam principalmente no encarecimento do processo de construção, ou por transtornos na utilização da obra, já falhas geradas durante a realização do projeto final de engenharia são responsáveis por problemas patológicos sérios.
PATOLOGIA DAS ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO
PATOLOGIAS	GERADAS	NA	ETAPA	DE	EXECUÇÃO	DA ESTRUTURA - CONSTRUÇÃO
Uma vez iniciada a construção podem ocorrer falhas das mais diversas naturezas, associadas a causas tão diversas como: falta de condições locais de trabalho, não capacitação profissional da mão-de-obra, inexistência de controle de qualidade de execução, má qualidade de materiais e componentes, irresponsabilidade técnica e até mesmo sabotagem.
Estes inúmeros fatores podem facilmente levar a graves erros em determinadas atividades, como a implantação da obra, escoramento, formas, posicionamento e quantidade de armaduras e a qualidade do concreto, desde sua fabricação até a cura.
Muitos dos problemas patológicos tem sua origem na qualidade inadequada nos materiais e componentes, a menor durabilidade, os erros dimensionais, a presença de agentes agressivos incorporados e a baixa resistência mecânica são apenas alguns dos muitos problemas que podem ser implantados nas estruturas como consequência desta baixa qualidade.
FALHA NA EXECUÇÃO DO PILAR
Fonte http://2.bp.blogspot.com
PATOLOGIA DAS ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO
PATOLOGIAS	GERADAS	NA	ETAPA	DE	UTILIZAÇÃO	DA ESTRUTURA - MANUTENÇÃO
Acabadas as etapas de concepção e de execução com qualidade adequada, as estruturas podem vir apresentar problemas patológicos originados da utilização errônea ou da falta de um programa de manutenção adequado.
Problemas patológicos podem ser evitados informando o usuário sobre as possibilidades e as limitações da obras como por exemplo em um edifício de alvenaria estrutural, informar ao morador sobre quais são as paredes autoportantes, para que não se realizem obras de demolição ou aberturas de vãos sem a consulta e assistência de especialistas.
Muitos são os casos em que a manutenção periódica pode evitar problemas patológicos sérios, como a limpeza e a impermeabilização de lajes de cobertura, marquises, piscinas elevadas, que se não forem executadas, possibilitarão a infiltração prolongada de água, que implicarão na deterioração da estrutura.
Problemas comuns do país, onde classifica-se as incidências de acordo com sua origem de incidência.
PATOLOGIA DAS ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO
Fonte: www.infohab.org.br
CORROSÃO DE ARMADURAS NA BASE DE PILARES
ASPECTOS GERAIS
· Manchas superficiais de cor avermelhadas;
· Fissuras paralelas à armadura;
· Redução da seção da armadura;
· Descolamento do concreto. CAUSAS PROVÁVEIS
· Alta densidade de armaduras devido a presença de ancoragem não permitindo o cobrimento mínimo exigido;
· Cobrimento em desacordo com o projeto;
· Falta de homogeneidade do concreto;
· Perda de nata de cimento pela junta das fôrmas;
· Alta permeabilidade do concreto;
· Insuficiência de argamassa para o envolvimento total dos agregados;
· Em áreas de garagem, devido à presença de
monóxido de carbono que pode contribuir para a
rápida carbonatação do concreto.	Fonte: www.infohab.org.br
CORROSÃO DE ARMADURAS EM VIGAS COM JUNTAS DE DILATAÇÃO
ASPECTOS GERAIS
· Manchas superficiais de cor marrom- avermelhadas;
· Fissuras paralelas à armadura;
· Redução da seção da armadura;
· Descolamento do concreto;
· Saturação da parte inferior da viga.
Fonte: www.infohab.org.br
CAUSAS PROVÁVEIS
· Juntas de dilatação obstruídas e com infiltrações;
· Presença de agentes agressivos: águas salinas, atmosferas marinhas, etc.;
· Alta densidade de armaduras não permitindo o cobrimento mínimo exigido;
· Cobrimento em desacordo com o projeto;
· Alta permeabilidade do concreto;
· Insuficiência de argamassa para o envolvimento total dos agregados;
CORROSÃO DE ARMADURAS EM LAJES
ASPECTOS GERAIS
· Manchas superficiais de cor marrom- avermelhadas;
· Corrosão generalizada em todas as
barras da armadura;
· Redução da seção da armadura;
· Descolamento do concreto.
Fonte: www.infohab.org.br
CAUSAS PROVÁVEIS
· Falta de espaçadores;
· Abertura nas juntas das fôrmas, provocando a fuga de nata de cimento;
· Presença de agentes agressivos: águas salinas, atmosferas marinhas, etc.;
· Cobrimento em desacordo com o projeto;
· Concreto com alta permeabilidade e/ou elevada porosidade;
· Insuficiência de estanqueidade das fôrmas;
CORROSÃO DE ARMADURAS DEVIDO À PRESENÇA DE UMIDADE
ASPECTOS GERAIS
· Manchas superficiais (em geral branco-avermelhadas) na superfície do concreto;
· Umidade e infiltrações;
· Percolação de água;
Fonte: www.infohab.org.br
CAUSAS PROVÁVEIS
· Acúmulo de água e infiltrações;
· Alta permeabilidade do concreto;
· Fissuras na superfície do concreto favorecendo a entrada de água presente.
· Juntas de concretagem mal executadas;
· Presença de ninhos de concretagem.
Infiltração e presença de limo causadas pela fissuração e permeabilidade excessiva da laje de concreto. (Paulo Barroso Engenharia Ltda)
Corrosão nas armaduras próximas as tubulações que apresentam infiltrações. (Jefferson Maia Lima)
Laje apresentando a infiltração de águas provocando a lixiviação do concreto desencadeando a corrosão das armaduras. (Jefferson Maia Lima)
CORROSÃO DE ARMADURAS POR ATAQUE DE CLORETOS
ASPECTOS GERAIS
· Manchas superficiais de cor marrom-avermelhadas;
· Apresenta corrosão localizada com
formação de "pites";
CAUSAS PROVÁVEIS
Fonte: www.infohab.org.br
· Presença de agentes agressivos incorporados ao concreto: águas salinas, aditivos à base de cloretos ou cimentos;
· Atmosfera viciada: locais fechados com baixa renovação de ar, existindo a
intensificação da concentração de gases.
Apresenta-se formação de pites de corrosão localizada por toda a estrutura e lascamento do concreto devido a expansão dos produtos de corrosão. (José R. S. Pacha)
NINHOS E SEGREGAÇÕES NO CONCRETO
ASPECTOS GERAIS
· Vazios na massa de concreto;
· Agregados sem o envolvimento da argamassa;
· Concreto sem homogeneidade dos componentes;
CAUSAS PROVÁVEIS
· Baixa trabalhabilidade do concreto;
· Insuficiência no transporte,
lançamento e adensamento do concreto;
· Alta densidade de armaduras;
Ninho de concretagem na viga, originalmente encoberto por concreto que não penetrou entre a fôrma e as armaduras. (RevistaTéchne n.º 08, p. 23)
Ninhos de concretagem no encontro do pilar com a viga, posteriormente preenchido com tijolo cerâmico. (José R. S. Pacha)
DESAGREGAÇÕES DO CONCRETO
ASPECTOS GERAIS
· Agregados soltos ou de fácil remoção;
CAUSAS PROVÁVEIS
· Devido ao ataque químico expansivo de produtos inerentes ao concreto;
· Baixa resistência do concreto;
Pilar apresentando desagregação na sua base com fácil remoção de concreto e presença de corrosão acentuada. (ANDRADE, 1992)
LASCAMENTO DO CONCRETO
ASPECTOS GERAIS
· Descolamento de trechos isolados do concreto;
· Desplacamento de algumas partes de
concreto geralmente em quinas dos elementos e em locais submetidos a fortes tensões expansivas;
CAUSAS PROVÁVEIS
· Corrosão das armaduras;
· Canos de elementos estruturais sem armadura
· Suficiente para absorver os esforços;
· Desforma rápida.
Lascamento do concreto devido à expansão dos produtos de corrosão nas armaduras da laje. (Jefferson Maia Lima)
Lascamento do concreto devido à expansão dos produtos de corrosão nas armaduras da laje. (Jefferson Maia Lima)
Lascamento do concreto devido à expansão dos produtos de corrosão nas armaduras da laje e parte da viga. (Jefferson Maia Lima)
DEFEITOS EM EDIFÍCIOS
QUAIS SÃO AS CAUSAS ? QUEM É RESPONSÁVEL ? COMO REFORMAR ?
Geralmente os problemas começam a aparecer quando extinto o prazo de garantia legal, a construtora se despede, definitivamente, do prédio. O síndico, passa a ser pressionado por reclamações dos condôminos, acaba contratando reformas sem dispor de exatos diagnósticos dos danos existentes. A "solução" do problema costuma nascer de inúmeros palpites e "achismos" gerados no meio dos próprios moradores.
Diagnósticos "infalíveis" são apresentados, por alguns prestadores de serviço pouco responsáveis, que oferecem reformas aparentemente baratas, sem respaldo técnico consistente ou real conhecimento do prédio, apenas movidos pelo interesse em "pegar o serviço".
As causas da patologia do concreto pode se dar por vários fatores como erros de projeto e execução mas também podem acontecer por fatores físicos e químicos.
FATORES FÍSICOS
Dependendo das condições climáticas e ambientais, o concreto estará submetido aos efeitos de um conjunto de agentes agressivos e diferentes fatores destrutivos. Esses agentes ou fatores podem atuar isoladamente, dentre os quais se incluem os de natureza física com os seus efeitos característicos. O resultado das interações ambientais com a microestrutura do concreto é a mudança das suas propriedades mecânicas.
Fonte: Metha,MONTEIRO 1994 p.128
PATOLOGIA DAS ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO
IPC - INSTITUTO DE PATOLOGIAS DA CONSTRUÇÃO
É uma organização situada no Rio de Janeiro que congrega técnicos e engenheiros do setor de patologias, para implementar tecnologias específicas à determinado problema nas edificações.
Este instituto foi criado de modo a sensibilizar os técnicos e engenheiros para o fato de que construir e recuperar são atividades totalmente diferentes, tanto a nível de mão-de-obra executiva quanto do uso de materiais e equipamentos.
RECUPERAÇÃO DA ARMADURA
Corrosões e bicheiras em estruturas de concreto são comuns devido a falhas de concretagem, quando a mistura não ficou homogênea, o adensamento deixou arestas ou, ao ser especificado, o traço do concreto não foi respeitado. Com o tempo, surgem fissuras, trincas e lascamentos na estrutura.
Fonte: http://www.equipedeobra.com.br/construcao-reforma/23/artigo139193-1.asp
Existem dois tipos materiais que podem ser usados para reparo um deles é o graute, O graute é utilizado para preenchimento mais profundos e pode ser aplicado em camadas com até 5 cm de espessura, sem adição de brita ou pedrisco. E o outro é a argamassa polimérica é recomendada para preencher reparos com até 2 cm de espessura.
PASSO - A - PASSO PAR RECUPERAÇÃO DA ARMADURA
PASSO 1
Fonte: http://www.equipedeobra.com.br/construcao-reforma/23/artigo139193-1.asp
Marcação da área:
Delimite a área com um ângulo reto, de preferência retangular, com uma folga de 10 cm a 15 cm da área com bicheira ou com armadura exposta.
PASSO 2
Fonte: http://www.equipedeobra.com.br/construcao-reforma/23/artigo139193-1.asp
Corte:
Corte a região demarcada com disco de corte apropriado, tomando o cuidado de efetuar o cruzamento dos cortes nos cantos do reparo a fim de assegurar a profundidade. Isso garante maior facilidade para a limpeza do local. Durante o corte, tome cuidado para não romper a armadura, se houver.
PASSO 3
Fonte: http://www.equipedeobra.com.br/construcao-reforma/23/artigo139193-1.asp
Remoção do concreto deteriorado:
Com ponteiro e marreta ou rompedor elétrico, apicoar e eliminar todas as áreas deterioradas, criando uma superfície regular e limpa.
Fonte: http://www.equipedeobra.com.br/construcao-reforma/23/artigo139193-1.asp
PASSO 4
Fonte: http://www.equipedeobra.com.br/construcao-reforma/23/artigo139193-1.asp
Fonte: http://www.equipedeobra.com.br/construcao-reforma/23/artigo139193-1.asp
Limpeza	da	área	de	trabalho A superfície do concreto deve estar isenta	de		partículas	soltas	e	da presença de graxa e óleos. A área deve estar rugosa para obter boa aderência.
PASSO 5
Preparação da mistura e da área:
Umedeça a área com a broxa e em seguida prepare a argamassa ou graute de acordo com a recomendação do fabricante.
Fonte: http://www.equipedeobra.com.br/construcao-reforma/23/artigo139193-1.asp
PASSO 6
Fonte: http://www.equipedeobra.com.br/construcao-reforma/23/artigo139193-1.asp
Recomposição do concreto:
Imediatamente após a preparação da mistura, aplique a argamassa na área do reparo moldando com a colher de pedreiro. Aplique por camadas: com a argamassa, a espessura é de 2 cm, e no caso do graute é possível criar camadas de até 5 cm. O tempo de cura varia de acordo com o produto - argamassa ou graute - de cada fabricante. Em média, cada camada de argamassa demora 6h.
Patologias mais comuns nos pisos cimentados
O piso de concreto é definido a partir da sua utilização final nos seguintes itens: acabamento, resistências, espessura, tipo de concreto, tipo de estrutura, processo de concretagem e acabamento.
As patologias dos pisos cimentados agrupam-se em três grandes divisões: fissuras, desgastes e esborcinamento de juntas, porém sem excluir outros registros como problemas de coloração e delaminação.
DESGASTE SUPERFICIAL
· Patologia relativamente comum;
· Fatores: baixa qualidade dos materiais utilizados; traço inadequado do concreto; exsudação; acabamento inapropriado; ausência do procedimento de cura; excesso de carregamento.
	Desgaste por abrasão
Desgaste	
acentuado
DELAMINAÇÃO
· Patologia comum aos pisos de concreto;
· Caracteriza-se pelo destacamento da lâmina superficial do piso, tendo como uma de suas consequências a diminuição de resistência do piso;
· Fatores: Polimento precoce do piso, procedimento que sela o concreto e deixa a superfície menos permeável, impedindo a passagem da água de exsudação.
ESBORCINAMENTO
· Quebra das bordas;
· Fatores: erros de projeto, como a adoção de barras de transferência de diâmetro inadequado ou especificação incorreta de materiais de preenchimento.
EMPENAMENTO
 Fatores: baixas espessuras do pavimento, alta retração e subarmação do piso.
FISSURAS
· Patologia característica das estruturas de concreto.
· A	caracterização	da	fissuração	depende	sempre	da	origem, intensidade e magnitude do quadro de fissuração existente.
· Fatores:	retração	plástica;	assentamento	plástico	do	concreto; movimentação de formas e/ou do subleito; retração hidráulica.
 Retração plástica (quando a água de desloca para fora de um corpo poroso não totalmente rígido, ocorre uma contração deste corpo.
FISSURAS
 Assentamento plástico do concreto (após o lançamento do concreto, os sólidos da misturacomeçam a sedimentar, deslocando água e o ar aprisionado.
FISSURAS
 Movimentação de Formas e/ou do Subleito (os recalques do subleito ou mau escoramento das fôrmas podem causar trincas no concreto durante a fase plástica.
FISSURAS
 Retração hidráulica (após a pega é devida à perda por evaporação de parte da água de amassamento para o ambiente, de baixa umidade relativa. A retração após a pega manifesta-se muito mais lentamente do que a retração plástica.
MANCHAS NO CONCRETO
 Três causas básicas:
1 – pega diferenciada do concreto, ocorrida por um atraso no processo de concretagem;
2 	–	posicionamento	dos	agregados	graúdos	muito	próximos	a superfície;
3 – má aplicação das mantas de cura.
BOLHAS
· Antecede o fenômeno de deslocamento dos revestimentos.
· Pequenas formações na superfície começam a aparecer, e aos poucos, vão se tornando maiores e numerosas.
· Fatores: acúmulo de líquidos ou gases vindos da sub-base, base e do próprio revestimento, em decorrência de falhas durante a catalise dos materiais
REVESTIMENTOS CERÂMICOS
Dentre as patologias que o revestimento cerâmico pode apresentar, pode-se dizer, que estão distribuidas em relação a origem do processo construtivo, onde parcela dessas patologias, são oriundas de projetos mau elaborados, seguidos de mau execução e qualidade dos materiais utilizados.
· As patologias mais frequentes em cerâmicas são:
· Patologias quanto as eflorescências;
· Patologias quanto as trincas, gretamento e fissuras;
· Patologias quanto ao bolor;
· Deterioração das juntas;
· Patologias quanto a expansão por umidade (EPU);
· Destacamentos de placas
Eflorescência
Eflorescência são marcas de bolor, decorrentes da infiltração de água. São manchas normalmente brancas que se formam sobre a superfície alterando a estética dos acabamentos. O quadro patológico da eflorescência, tem como fator predominante a presença e a ação da água.
Para evitar as eflorescências deve-se utilizar cimento CP IV (pozolânico) ou cimento tipo RS (resistente a sulfatos). Outra forma de conter a eflorescência, é utilizar rejuntes impermeáveis, e acima de tudo, vazamentos em paredes, visto que, a origem da eflorescência se dá, devido aos vazamentos de canos, umidades de terrenos, ou penetração por meio de rejuntes mau aplicados.
Para limpeza, geralmente se recomenda o uso de ácido sulfámico (H2N SO2 OH2) ou ácido amidosulfónico. Deve-se utilizar uma solução em torno de 5%, tomando-se os cuidados de efetuar testes iniciais e tomar cuidado em proteger superfícies metálicas e outras adjacentes. Quando a superfície estiver limpa, lavar todo o local com água em abundância.
Eflorescência
Trincas, Gretamentos e Fissuras
Essa patologia, ocorre devido a perda de integridade da superfície da placa cerâmica.
As trincas são rupturas causadas por esforços mecânicos, resultando na separação das placas, gerando aberturas superiores a 1 mm. Já as fissuras, são rompimentos nas placas cerâmicas, que não chegam a causar a ruptura nas placas, gerando uma abertura inferior a 1 mm.
O gretamento são aberturas em várias direções, inferiores a 1 mm, ocorrendo na superfície esmaltada das placas.
Para evitar essa patologia, deve-se usar argamassas bem dosadas ou colantes.
Trincas, Gretamentos e Fissuras
Patologias quanto ao Bolor
O desenvolvimento de fungos em revestimentos externos causa alteração estética formando manchas escuras indesejáveis em tonalidades preta, marrom e verde, ou ocasionalmente, manchas claras esbranquiçadas ou amareladas.
Patologias quanto ao Bolor
A limpeza de manchas de bolor, gordura ou sujeira pode ser feita com escova ou esponja, utilizando-se produtos de limpeza desengordurantes ou à base de cloro. Não devem ser usados ácidos.
Para ambientes que entram em contato direto com a água, o rejunte deve ser impermeável (para impedir que o líquido infiltre por baixo da cerâmica) e antifúngico (para evitar a formação de bolor).
Deterioração das Juntas.
A deterioração das juntas compromete o desempenho dos revestimentos cerâmicos, pois as juntas são responsáveis pela vedação do revestimento cerâmico e por absorver deformações.
Deterioração das Juntas
É possível perceber quando ocorre uma deterioração da junta quando há perda de estanqueidade e envelhecimento do material de preenchimento. No caso da perda da estanqueidade, isso se dá, devido ao mau procedimento de limpeza, logo após a sua execução, que em contato com agentes agressivos, pode causar fissuras.
Em situações que os rejuntes apresentam uma quantidade grande de resinas podem ocorrer envelhecimento e perda de cor no revestimento.
Para evitar essa patologia é necessário ter um controle rigoroso da execução do rejuntamento, do preenchimento das juntas e da escolha dos materiais que será utilizados.
Patologias quanto a expansão por umidade (EPU)
Trata-se de uma propriedade dos materiais cerâmicos que tendem a inchar-se, em maior ou menor grau com o decorrer do tempo, essa expansão associada à ausência de juntas adequadas resultará fatalmente nodescolamento do revestimento por flambagem, ou greteamento e fissuras doesmalte.
Com a expansão por umidade ocorre o aumento da peça cerâmica devido à absorção de água, podendo resultar na descolagem da peça da argamassa. Para locais com umidade e que estão diretamente expostos ao sol, deve-se analisar o índice de absorção de água da peça, visando um índice baixo para que não haja expansão.
Patologias quanto a expansão por umidade (EPU)
Destacamento de Placas
O destacamento das placas ocorre devido a perda de aderência da cerâmica do substrato, quando as tensões aplicadas ultrapassarem a sua capacidade de aderência das ligações.
É possível perceber o destacamento da placa quando ocorrer um som oco na cerâmica, ou quando ocorrer o estufamento da camada de acabamento. Isso ocorre devido a acomodação da construção, pela deformação lenta da estrutura de concreto armado, pela ausência de detalhes construtivos, quando utilizado cimento colante vencido, mão de obra desqualificada, entre outras possibilidades.
Para solucionar essa patologia, na maioria das vezes, a solução é a retirada total do revestimento, devido a sua recuperação ser trabalhosa e cara.
Destacamento de Placas
Revestimentos Argamassados
A patologia nos revestimentos argamassados ocorre devido a qualidade do materiais utilizados na execução, do traço da argamassa de cimento, da espessura do revestimento, da aplicação do revestimento, do tipo de pintura, da umidade e da expansão da argamassa de assentamento.
A origem para a ocorrência desses problemas estão associados às fases de projeto e execução desse revestimento, ou seja, pela ausência do projeto do revestimento ou pela má concepção e pela não conformidade entre o projetado e o executado.
As	patologias	mais	frequentes	nos	revestimentos argamassados são:
· fissuração e o deslocamento da pintura;
· formação de manchas de umidade, com desenvolvimento de bolor;
· deslocamento da argamassa de revestimento da alvenaria;
· fissuração da superfície do revestimento;
· formação de vesículas na superfície do revestimento;
· deslocamento entre o reboco e o emboço.
Qualidade dos materiais utilizados
· Agregados
A desagregação do revestimento, tem como causa a presença de torrões argilosos, com excesso de finos na areia ou de mica em quantidade apreciável. A mica pode também reduzir a aderência do revestimento à base ou de duas camadas entre si.
· Cal
Se for utilizada logo após a fabricação, ocorrerá aumento de volume, causando danos ao revestimento, mais precisamente na camada de reboco. Existindo óxido de cálcio livre, na forma de grãos grossos, a expansão não pode ser absorvida pelos vazios de argamassa e o efeito é o de formação de vesículas, podendo ser observados já nos primeiros meses de aplicação do reboco.
· Cimento
Não existe inconveniente quanto ao tipo de cimento, mas sim, quanto à finura que regulará osníveis de retração por secagem. A retração nas primeiras 24 horas é controlada pela retenção de água que, sendo proporcional ao teor de finos. Mas, em idades, maiores, a retração aumenta com o teor de finos. Para resolver o problema, costuma-se adicionar aditivo incorporador de ar à argamassas de cimento, ou adicionar cal hidratada para que aumente o teor de finos, melhorando a retenção de água e trabalhabilidade do conjunto.
Traço da Argamassa
· Argamassa de Cal
O endurecimento é resultante da carbonatação da cal. Dessa forma, a resistência da argamassa é função de uma proporção adequada de areia, cal e de condições favoráveis à penetração do anidrido carbônico do ar atmosférico através de toda a espessura da camada. Considera-se argamassa rica a que contém proporção cal areia, em massa superior a 1:3.
•	Argamassa de Cimento
A primeira camada do revestimentoé o emboço, regularizando a superfície da base. Para que essa camada seja elástica, deve conter cal e cimento em proporções adequadas. Quando essa camada for rica em cimento, pode-se observar fissuras e deslocamente, condição agravada quando aplicada em espessura superior a 2 cm.
Modo de Aplicação
•	Aderência
Uma camada do revestimento aplicada sobre outra, impedindo a penetração da nata do aglomerante, pode apresentar problemas de aderência. O revestimento mantém-se aderente nos locais correspondentes às juntas do assentamento. Sendo a área dessas juntas pequenas, o revestimento acaba sendo descolado sob o efeito do seu próprio peso. É essencial que existam condições de aderência do revestimento à base.
· Aplicação da Argamassa
Se o tempo de endurecimento e secagem da camada inferior não é observado antes da aplicação da camada superior, a retração que acompanha a secagem da camada inferior gera fissuras na camada superior.
· Espessura do Revestimento
Em casos em que há um traço rico de cimento, acaba não permitindo que o revestimento acompanhe a movimentação da estrutura, deslocando-se. No reboco, o efeito observado é de desagregação por falta de carbonatação. Segundo as prescrições da NB-231 "Revestimento de paredes e tetos com argamassas: materiais, preparo, aplicação e manutenção", a espessura do emboço não deve ultrapassar 2 cm e a do reboco 2 mm.
Tipo de Pintura
As tintas a óleo e epóxi promovem uma camada impermeável, dificultando a difusão do ar atmosférico através da argamassa de revestimento. Se a pintura for aplicada prematuramente, o grau de carbonatação não será suficiente para dar resistência suficiente a camada de reboco, gerando um deslocamento do emboço com desagregação.
Causas Externas
· Umidade
A infiltração de água acaba gerando manchas, acompanhadas pela formação de eflorescência ou vesículas. A infiltração constante provoca a desagregação do revestimento, com pulverulência ou formação de bolor em locais onde não há incidência com o sol
· Expansão da Argamassa de Assentamento
A expansão da argamassa de assentamento pode ser provocada por reações químicas entre os constituintes desta argamassa ou mesmo entre compostos do cimento e dos tijolos ou blocos que compõem a alvenaria, ocorrendo no sentido vertical, podendo ser identificada por fissuras horizontais no revestimento. Isso ocorre devido a reação de sulfato do meio ambiente ou do componente da alvenaria com o cimento da argamassa e pela hidratação retardada da cal dolomitica usada na argamassa de assentamento.
Reparos
Sempre que surgir danos na edificação, é necessário que sejam feitos reparos para evitar que o fenômeno alastre-se progressivamente, solicitando um reparo constante. Por isso mesmo, é necessária a identificação das causas e da extensão do dano para procurar solucioná-los o mais rápido possível.
Reparos
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