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Trabalho História Política - 2ª Versão - Crise do Século XIV

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UNIVESIDADE DE SÃO PAULO 
FFLCH – FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS 
Trabalho - História Política - Noturno 
Prof. Marcelo Cândido 
 
Thiago Del Ciello - Número USP 7618547 
Claudionor Marinho da Silva Junor - Número USP 8982734 
Leonardo Ribeiro da Silva - Número USP 8576911 
 
 
 
A CRISE FAMÉLICA NA EUROPA DO SÉCULO XIV 
 
 Introdução 
A crise famélica que assolou a Europa no século XIV, sobretudo nas suas duas 
primeiras décadas, constitui uma base de interpretações baseadas em relatos 
(manuscritos), crônicas e alguns poemas. Como exemplo, as crônicas medievais 
geralmente conferem carater individualizado aos escritos e dimensionam um quadro 
interpretativo bastante amplo se pensarmos nos fatores que possam ter contribuído para 
a conjuntura dos fatos. 
Dada a heterogeneidade do evento "fome" como crise conjuntural e a sua 
expressão aplicada e ela como "A Grande Fome", comumente usada por historiadores, 
cronistas e outros estudiosos do evento, elencamos algumas razões que nos levaram a 
escolher como objeto de análise, a chamada Grande Fome do Século XIV, de acordo 
com os tópicos a seguir: 
a) voluntariedade o evento: perceber se há e qual é o principal agente causador 
da crise; 
b) classes atingidas: historicamente, a diferença de classes sofreu consequências 
distintas dos eventos de uma crise dessa sorte; 
c) reações: como as diferentes classes sociais reagiram a crise 
Selecionamos para o estudo dois relatos que justificam a pertinência da análise. 
O primeiro deles, "Poem on the Evil Times of Edward", um poema de autoria 
desconhecida que retrata o periodo do reinado de Edward II na Inglaterra. A expressão 
"Tempos Malígnos" presente no título já explicita como vai se desenvolver. O outro, 
 
 
"Pride Of The Table", é uma mescla de conto com elementos iconográficos que 
mostram o infortúnio dos famintos, mas com menção particular à nobreza. 
 
Base interpretativa dos relatos 
 
Reproduzimos como introdução um trecho do poema "On the Evil Times of 
Edward", datado provavelmente do ano de 1321: "When God saw that the world was 
so over proud/He sent a dearth on earth, and made it full hard/A bushel of wheat was 
at four shillings 
1
 or more/Of which men might have had a quarter before..." 
No excerto, notamos a intenção de atribuir a crise um significado de punição 
divina, motivada pelo orgulho dos homens. Por outro lado, a menção ao preço do 
alqueire de trigo é um indício que nos leva a pensar em uma crise de produção baseada 
nas questões da integração econômica que se desenvolveu na Europa tempos antes e 
motivou os mercadores rurais a elevar o preço dos grãos. 
No outro documento, o breve conto "Pride of the table", encontramos uma 
referência a uma justificativa natural para a crise:“Famine, caused by bad weather of 
failed harvests ...”, então a crise famélica teria sua causa em condições climáticas 
desfavoráveis e no fracasso das colheitas. A menção à questão climática envolvida na 
grande fome também está presente em “ Evil times of Edward II”: 
 
“Came there another sorrow that spread over all the land; 
 A winter that was stronger than a thousand that came 
 before.” 
 
Entre os séculos XIV e XVII a Europa enfrentou uma chamada “mini-era 
glacial”, o que garante segurança quando se fala na causalidade da crise como as chuvas 
contínuas e a queda brusca de temperatura, de maneira emblemática também a se tratar 
do tema. 
Como ofício, e já elencadas algumas razões da escolha do tema, as linhas que se 
seguem vão tratar de analisar as duas fontes com base nas informações disponíveis, na 
iconografia e no contexto sócio-histórico que possam servir de causalidade e 
consequência para os eventos. 
 
 
1
 Shilling ou xelim: moeda divisionária inglesa 
 
 
Campo semântico dos documentos 
 
Ao analisarmos os termos comumente utilizados para representar a crise nos 
relatos selecionados, temos o emprego das seguintes palavras: 
 
sorwe (sorrow), storve (starved, starve), hungger (hunger)**, derth (dearth)**, 
afingred (hungry), wrecche (punishment) 
 
 
Os termos “hunger” e “dearth” aparecem fazendo referência a dois significados 
distintos, onde o segundo assume um caráter mais abrangente, a escassez em si, 
enquanto “hunger” ( afingred também se refere especificamente a “situação famélica” ) 
faz referência especificamente a situação de fome. Esta diferenciação nos serve para 
demonstrar um possível exemplo da forma como as diferenças de estatuto social se 
manifestam no relato, visto que nas passagens em que a fome ( hungger ) em si mata 
(diretamente), sua vitima é o homem “simples e pobre”. 
 
“Of poor men who called out … Alas! For hunger I die …”; “ Then God sent 
on earth another dearth of corn,/ That spread over all England both north and south,/ 
And made simple poor men hungry in their mouth” ( “And madeseli pore men 
afingred in here mouth” ) - Na segunda passagem encontramos novamente os dois 
termos, deus enviou novamente a escassez, que se estendeu por toda Inglaterra e fez o 
homem simples e pobre “faminto em sua boca” ( colocou a fome na boca dos homens 
simples e pobres ). 
Em "Pride of the table", há uma denotação diferente para o termo fome: 
"Famine". O termo é atribuído aos pobres, porque seu complemento presume que só os 
pobres morriam de fome. Aos ricos, o conto não os atribui o termo. Nele, a gande 
caracterização é a presença constante da variedade de alimentos que se consumia na 
época, com especial referência ao que podemos chamar de menu da nobreza. Há uma 
série de menções em segundo plano que nos leva a entender que havia sim carestia de 
alimentos em que ricos estavam acostumados a exibir nos seus banquetes. O javali 
representado por frutos é maior exemplo disso. 
 
De volta ao primeiro poema, o termo “afingred” é encontrado em uma única 
passagem - “And made sei pore men afingred in here mouth” ( and made simple poor 
 
 
men hungry in their mouth ) - onde Deus teria colocado a fome na boca dos homens 
pobres, este termo tem o sentido de uma fome extrema “morrendo de fome”. O 
predomínio do vocábulo “hungger” e “hungry” no poema pode ser um indicio de que o 
autor pretende conferir maior intensidade a fome desta passagem, em que o personagem 
atingido é o “homem pobre e simples”. 
A intensidade do evento é analisada com base nos termos aplicados a ela. Nesse 
caso, tanto a crise quanto o termo que representa fome, são enfatizados presumindo-se 
que ambas são intensas. 
 
É possível notar principalmente nas passagens destacadas a presença de 
elementos encontrados no apocalipse: 
 
“When God saw that the world was so over proud, 
He sent a dearth on earth, and made it full hard . 
A bushel of wheat was at four shillings or more, 
Of wich men might have had a quarter before … 
And then they turned pale who had laughed so loud, 
And then they became all docile who before were so proud. 
A man’s heart might bleed for to hear the cry 
Of poor men who called out, “Alas! For hunger I die” 
 
“And though that mortality was stopped of beasts that hear horns, 
Then God sent on earth another dearth of corn, 
That spread over all England both north and south, 
And made simple poor men hungry in their mouth” 
 
 
Apocalipse: 
 
“Revelation 6” 
 
 When the Lamb opened the third seal, I heard the third living creature say, “Come!” I 
looked, and there before me was a black horse! Its rider was holding a pair of scales in 
his hand. Then I heard what sounded like a voice among the four living creatures, 
saying, “Two pounds of wheat for a day’s wages, and six pounds of barley for a day’s 
wages, and do not damage the oil and the wine!” 
 
 
 
 
 
Nesta imagem produzida durante o século XIV, 
encontramos uma personagem apontando para sua boca faminta, 
e olhando para cima onde se encontra a besta alada do 
apocalipse ( morte), semelhante a expressão utilizada pelo autor 
do relato “hungry in their mouth”. Diante da proximidade entre 
os elementos de representação do relato e da descrição do 
apocalipse, concluímos que se trata de um topos literário 
empregado pelo autor do poema, remetendo a conceitos já 
conhecidos pelo “público”. Os adjetivos utilizados para 
caracterizar a crise são constantemente referentes a ideia de uma 
punição divina (praga divina) que era merecida pelos homens que haviam sido 
demasiado orgulhosos. 
 
Causas possíveis para a crise e suas principais consequências 
 
Há de se considerar um primeiro fator importante para a convergência entre as 
fontes: a distribuição desigual de alimentos, envolvendo a questão tributária e conflitos 
entre os povos. Em "Poem on the evil times of Edward II", suas linhas revelam que a 
fome atingiu sobretudo o pobre, de acordo com o que pudemos concluir. No conto 
"Pride of the table", notamos uma forma de tom satírico quando o autor, ao relatar o 
modelo de alimentação da nobreza, alterna entre abundância e sátira, designando o 
termo “orgulho à mesa” ao citar de certa forma que a nobreza manipula alimentos para 
que se parecessem com pratos suntuosos. Nos dois textos, o mau tempo e suas 
implicações para as colheitas também estão presentes, assim como a diferença entre as 
classes. 
Ao apontar as causas possíveis para tratar de uma crise famélica de tamanha 
amplitude (largo território pela Europa, sobretudo a porção norte), logo verifica-se no 
conto "Pride of the table" a menção a um fracasso da colheita relacionada com o mau 
tempo. É inegável que as sociedades que compunham a era chamada de Idade Média, 
consistiam em um modelo predominantemente agrário, e assim sendo, o solo era o 
substrato da alimentação daquelas sociedades e, apesar de haver comércio nessa época, 
devido ao ligeiro desenvolvimento urbano e industrial nos séculos anteriores, as nações 
ainda se viam dependentes da produção agrícola. Quando falamos em desenvolvimento 
comercial, atemo-nos à ampliação da rede comercial que conecta o território em largas 
 
 
proporções, sobretudo a ampliação do transporte fluvial para o deslocamento humano e 
de produtos. 
Observa-se que os dois documentos selecionados estão ligados à Inglaterra do 
século XIV, ambos sob o reinado de Eduardo II (1307 a 1327), mas a fome 
evidentemente não estava restrita unicamente ao território inglês. Estima-se que na 
França, as chuvas atingiram o país antes mesmo de atingir a Inglaterra. Nos Alpes, 
sobretudo no verão de 1315, os intempéries e a questão meteorológica assolaram 
sociedades e adjacências. Flandres, Alemanha, Países Baixos, todos eles sofreram os 
impactos das chuvas torrenciais e das baixas temperaturas. Desses eventos, conclui-se 
que, se o comércio rural havia atingido proporções evoluídas no que tange à distância da 
circulação de produtos, inferimos daí que a fome, sem atermo-nos à peculiaridades 
territoriais, atingiu proporcionamente todos esses territórios. 
O que pode diferenciar os relatos, por exemplo, é a ausência da palavra de 
ordem guerra no conto que narra banquetes falsos e culpa o mau tempo e as más 
colheitas pela disseminaçã da fome. E há uma citação, logo no início, no poema de 
Eduardo II, "Why war and mischief in London and manslaughter have come to the 
land...", em que se fala das guerras e da mortandade, estes últimos certamente causados 
pela fome, uma vez que o termo presente no verso pode significar homicídio 
involuntário. O tom dessa canção é sobremaneira mais dramático que o conto "Pride of 
the table", que se prende muito mais a descrever os disfarces da mesa real, a ausência de 
vinho que era enviado da Gasconha, terra natal de Eduardo, mas não faz qualquer 
menção à guerra. 
Dado o ponto de partida para uma análise crítica de fontes, é evidente que não se 
pode associar a fome unicamente às chuvas. A fome responde a uma série de situações, 
políticas e culturais, sobretudo nessa época. O que é fato é que esses eventos trariam 
uma série de implicações para a economia da Europa, em proporções distintas. 
Evidentemente que um cenário de crise de larga escala como esse, além de não se 
atribuir sua difusão a um só evento (clima), deve-se analisar como cada região deu sua 
resposta à situação. 
A bushel of wheat was at four shillings or more/Of which men might have had 
a quarter before 
O aumento do preço do trigo, como relatado no trecho, é uma reação à 
insuficiência dos estoques. O autor do poema relata que o quanto se paga pelo alqueire 
(4 xelins), se pagava um quarto do preço antes da queda nas colheitas. Estima-se que em 
 
 
1315, pagava-se vinte xelins por trimestre em trigo, e teve imediato aumento para trinta, 
depois quarenta. A alta dos preços também atingiram o sal, feijão e aveia. Quando se 
fala em insuficiência de estoque, remontamos à ideia do confisco de estocagens para se 
vender a um alto preço em regiões onde há escassez. Em contrapartida, a escassez passa 
a existir no seu próprio habitat. Outro fator importante, é que grande parte dos grãos foi 
destinado a aternder altas demandas de guerra, para preservar a saúde dos combatentes. 
A crise então também atingiu a classe nobre, que foi obrigada a recorrer aos seus 
próprios animais para alimentar-se de carne. As manifestações de consumo de alimentos 
impróprios certamente poderia colocar a questão da escassez em evidência, uma vez que 
há verossimilhança quando se fala em problemas climáticos graves em larga extensão 
territorial, queda na produção, danificação do solo. Enquanto para os pobres a carne era 
uma raridade, aos banquetes reais era um alimento essencial. "Meat was a rarity", 
quando se faz referência à dieta das "pessoas comuns" do século XIV. No trecho "Dried 
dates, figs, prunes and almonds were stuck on a skewer, covered in batter and roasted 
to look like of wild boar..."ao relatar o disfarce de um espeto de carne de javali 
elaborado com frutas e massas, evidencia-se que a alimentação era uma questão de 
diferenciar classes. Quem come carne, tem status nobre. Esse pode ser um exemplo 
clássico de Idealismo, quando o método da narrativa se sobrepõe aos fatos. Quando 
vemos uma nobreza disfarçar os alimentos, como último recurso, é para que não se 
perca sua imagem social. 
 
Inititulações 
 
Os relatos selecionados levam a entender que o “entitlement approach“ não se 
demonstrou completamente aplicável neste caso especifico, uma vez que embora as 
relações de posse e diferenças de poderio econômico agravem inevitavelmente o 
problema da fome, assim como o aumento dos impostos causado tanto pela corrupção 
do sistema de arrecadação quanto pela guerra civil enfrentada por Edward II contra os 
barões ( o aumento das taxas que vem justamente em um momento em que a população 
- principalmente as camadas mais pobres - não se encontrava em condições de pagar ), 
existem registros de medidas tomadas pelos governantes no sentido de controlar o 
problema da falta de alimentos. Como o armazenamento de grão de propriedade do 
“governo” a fim de regular as vendas em períodos de colheitas ruins. 
 
 
 
E mesmo diante de medidas como estas ( como o caso dos “Seis da comuna de 
Florença” em que foi proibido que os mercadores estocassem grão, sob a pena de 
confisco, e estes deveriam ser vendidos por preços controlados pelo governo ) a 
situação da crise também se extende a questão climática. O período foi marcado por 
uma drástica queda de temperatura com invernos muito chuvosos e verões muito secos, 
situação que gerou uma sucessão de colheitas catastróficas. 
Desta forma é necessário observar que a crise acaba sendo uma interação de 
fatores que passam pela esfera do “entitlement approach” e a extrapolam ao passo que 
chegam a esfera climática. 
 
 
And if the king levies a tax in his land, 
And every man is assessed in certain rate, 
They shall be so pinched to pieces, laboredand twitted 
 away, 
That one-half shall pay for the fiend’s flight from hell; 
There be so many partners that no tongue may tell. 
 
A man worth 40 in goods is assessed at around 12 pence; 
And also much pays another whom poverty has brought 
 low, 
And who has a heap of daughters sitting upon the floor. 
God’s curse may they have! Let it be well set down and 
 sworn 
That the poor are thus robbed, and the rich forborn. 
 
Neste trecho o autor retrata a situação dos impostos cobrados e a forma desigual 
como atingiam ricos e pobres. 
 
“Came there another sorrow that spread over all the land; 
 A winter that was stronger than a thousand that came 
 before.” 
 
Menção ao fator climático 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conclusão 
 
Analisando os indícios apresentados pelos dois relatos, podemos concluir que a 
"Grande Fome dos século XIV" apresenta fatores climaticos e sobretudo sócio-
econômicos como indicativos para a crise, uma vez que a interação entre a crise de 
produção causada pelo clima adverso que atingiu diretamente as colheitas e o 
acirramento da cobrança de impostos sobre as classes mais pobres (a cobrança de 
impostos é apontada como corrupta em "The Evil Times of Edward") faz com que a 
crise se manifeste com intensidades distintas para classes distintas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências Bibliográficas 
 
 
Four gothic kings: the turbulent history of medieval England and the Plantagenet kings 
(1216-1377), Henry III, Edward I, Edward II, Edward III, seen through the eyes of their 
contemporaries/edited by Elizabeth Hallam; preface by Hugh Trevor-Roper 
 
Henry S. Lucas, "The great European Famine of 1315–7", Speculum, Vol. 5, No. 4., 
(Oct., 1930), pp. 343–377. Disponível em <http://www.jstor.org/discover/10.2307/5321 
57?sid=21105482186493&uid=4&uid=2&uid=3737664>, acesso em Novembro/14 
 
W.C. Jordan, The Great Famine. Northern Europe in the Early Fourteenth 
Century, Princeton, Princeton University Press, 1996, p. 43-123 (Parte II: The 
Economics and Demography of the Famine in Rural Society) 
 
 
 
 
 
 
http://links.jstor.org/sici?sici=0038-7134%2528193010%25295%253A4%253C343%253ATGEFO1%253E2.0.CO%253B2-Y

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