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1. INTRODUÇÃO 
O Estado é uma figura abstrata criada pela sociedade. Também podemos entender que o 
Estado é uma sociedade política criada pela vontade de unificação e desenvolvimento do 
homem, com intuito de regulamentar, preservar o interesse público. 
O Estado originou-se da vontade de preservação desse interesse ou bem comum, posto que a 
sociedade natural não detinha os mecanismos (regulamentação) necessários para promover a 
paz e o bem-estar de seus membros. Assim, a única forma de preservação do bem comum foi 
a delegação de poder a um único centro, o Estado. 
O Estado não é reconhecido somente através do seu poder, mas sim de elementos 
constitutivos, tais como povo, território e a soberania. 
2. CONCEITOS PRELIMINARES: SOCIEDADE 
O homem em sua caminhada sobre a terra começou a desejar um bem, um interesse, algo que 
não lhe pertencia e sim um bem que ultrapassa-se as fronteiras particulares, isto é: o bem 
comum ou público. Com intuito de mantém e preservar esse bem comum o homem começou 
a procurar meios de garanti-lo e promovê-lo, ou seja a vida em sociedade traz evidentes 
benefícios ao homem. 
Esses meios eram a coordenação de esforços comuns. Essa coordenação somente poderia 
existir se houve cooperação entre as pessoas, daí a idéia de união com a mesma finalidade, ou 
seja, o bem comum. 
A união de pessoas formou os chamados grupos sociais, e a aglutinação desses grupos 
originaram a sociedade. As ligações sociais entre grupos distintos (político, religioso, familiar, 
trabalhadores e etc) buscando a uniformidade de interesses originam a sociedade. 
Assim, a sociedade decorre, naturalmente, do homem, pois há uma união moral de pessoas 
livres e com certa organização (desprovida de normatização jurídica) para realização de um 
fim comum. 
3. CONCEITO DE ESTADO 
São Tomás de Aquino e a doutrina de Santo Agostinho pregavam que o Estado, assim como 
tudo foi criado por DEUS, ou seja, o Estado não originava-se do homem, da sociedade e da 
ordem social, e sim de uma figura maior que organizou o homem, transformando-o de 
homem-natural à homem-social. 
Contrapondo esse entendimento da origem e formação do Estado, Hobbes entendia que 
homem viveria sem poder e sem organização, num estágio que ele o denominou de estado de 
natureza, o qual representava uma condição de guerra. Com intuito de evitar a guerra, Hobbes 
propôs que haveria à necessidade de se criar o Estado para controlar e reprimir o homem o 
qual vivia em estado de natureza. O Estado seria, na visão de Hobbes, o único capaz de 
entregar a paz, e para tanto o homem deveria ser supervisionado pelo Ente Estatal legitimado 
por um contrato social 
Neste mister, O Estado é o aglutinamento de pessoas, através do contrato social visando, 
necessariamente, o bem comum. Neste mesmo raciocínio Immanuel Kant corrobora: 
Passando pelas teorias apontas, entendemos que o Estado é a vontade de unificação de 
membros do grupo social, visando o bem comum ou bem público. 
A palavra Estado vem do latim status que significa posição e ordem. Essa posição e ordem 
transmite a ideia de manifestação de poder, ou seja, podemos conceituar que estado uma 
forma de sociedade organizada politicamente. 
Para realização do bem comum o homem realiza pactos e contratos sociais visando transferir 
direitos naturais (renúncia) em favor do interesse público. 
A aglutinação de contratos sociais realizados por determinado grupo se transforma na figura 
do Estado, gerando força e capacidade de proteção. 
John Locke pregava que os homens que se uniram com intuito de forma uma sociedade 
abdicavam de uma parcela de sua liberdade natural, sem autorizar que as regras seriam 
impostas unilateralmente por um soberano, mas sim, através de um pacto social, ou seja, 
acabando com a indivisibilidade do Estado proposta por Hobbes 
Paulo Bonavides, assevera quanto a acepção filosófica do Estado: 
“[...] a “realidade da idéia moral”, a “substância ética consciente de si mesma”, a 
“manifestação visível da divindade”, colocando-o na rotação de seu princípio dialético da Idéia 
como a síntese do espírito objetivo, o valor social mais alto, que concilia a contradição Família 
e Sociedade, como instituição acima da qual sobrepaira tão-somente o absoluto,em 
exteriorização dialéticas, que abrangem a arte, a religião e a filosofia”[14]. 
O conceito, na visão de diversas doutrinas pode ter modificações, mas o axioma que é o bem 
comum sempre será mantido, ou seja, a criação do Estado visa a realização do bem público e 
por isso detém autoridade (direito de mandar) e poder (força para obrigar). 
4. ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DO ESTADO 
O Estado possui três elementos constitutivos, sendo que a falta de qualquer elemento 
descaracteriza a formação do Estado. Para o reconhecimento do Estado perfeito se faz 
necessário a presença do povo, território e soberania. 
O povo é caracterizado pelo conjunto de pessoas que se unem com intuito organizacional e 
fiscalizador. 
http://www.ambito-juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=6742&revista_caderno=9#_ftn14
O povo é o elemento humano na formação do Estado, posto que não há Estado sem 
população, sem pessoas. 
Nesse interim se faz necessário diferenciar povo de nação. Nação é o conjunto de indivíduos 
interligados por valores socioculturais idênticos, e ainda, Estado e nação são conceitos 
distintos, já que Estado necessita do elemento constitutivo território, enquanto a nação não 
possui um critério espacial delimitado. 
O segundo elemento constitutivo do Estado é o território que é a delimitação territorial ou 
espacial que dará limite à soberania do Estado. 
A especificação territorial do Estado, como elemento constitutivo de seu reconhecimento 
destaca o critério espacial (aonde) ocorrerá à incidência de normas jurídicas. 
E, ainda, podemos destacar que o território não compreende unicamente o solo, mas também 
o subsolo e o espaço aéreo, mar, ilhas, ou seja, a união de todas as especificidades do signo 
território demarca o domínio (regulamentar) do Estado. 
A soberania do Estado encontra-se intrinsecamente no segundo elemento constitutivo e será 
exercida em seu território e essa transporta a ideia de ordem interna, com poder de impor 
determinações e condições, isto é: regulamentar a ordem social interna. 
A soberania, em outras palavras, é a capacidade jurídica e territorial de autodeterminação, 
fixando competências dentro do território estatal e limitando a invasão de outro Estado. 
5. CONCLUSÃO 
A sociedade natural não possui meios coercitivos de mantém e preservar a paz entre os 
indivíduos aglutinados, e para tanto houve a necessidade da criação de uma figura abstrata 
que possui-se o poder de regulamentar e unificar os ideias envolta de um público. Essa figura 
denominou-se Estado. 
O Estado é uma sociedade política que para o seu reconhecimento e identificação há 
necessidade de verificação de alguns elementos. Um dos elementos formadores do Estado é 
o povo, já que o poder emana sempre do povo. E esse, em última análise, que confere ao 
Estado o seu poder de normatizar (regulamentar). O segundo elemento constitutivo é o 
território que é identificado pelo espaço territorial aonde a sociedade política irá exercitar o 
seu poder (soberania).

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