Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Curso: Pós Graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho. Disciplina: Proteção do Meio Ambiente. Tema: Resenha sobre o texto "Resíduos no Brasil: Um Grande Mercado Emergente”. RESENHA ZERIO, John M.; CONEJERO, Marco A. Resíduos no Brasil: Um grande mercado Emergente. Thunderbird School of Global Management, 2010. 1. CREDENCIAIS DO AUTOR John M. Zerio é professor de marketing internacional do Departamento de Gerenciamento Global do Thunderbird: A Garvin School of International Management. 2. CREDENCIAIS DA RESENHISTA John M. Zerio é professor de marketing. 3. RESUMO DA OBRA O texto borda a questão do desenvolvimento de uma gestão para o tratamento de resíduos sólidos no Brasil. Com a ascensão do Brasil como um dos destaques dentre os país emergente, no final do ano de 2005, tendo um rápido e sólido crescimento econômico, surgiram problemas como a criação de infraestrutura para os serviços básicos. Esse rápido desenvolvimento veio a auxiliar com o crescimento demográfico e urbano, aumentando dessa forma o consumo da população e consequentemente a geração de resíduos sólidos que por sua vez poluem o solo e a água, afetando as famílias mais pobres. Com isso, a gestão de resíduos sólidos tornou-se prioridade no governo Lula, presidente do Brasil naquela ocasião. A geração de resíduos sólidos é um problema global, devido a fase de rápido aumento no volume de consumíveis, atingindo principalmente os países emergentes que não possuem a infraestrutura adequada para tratar de todo esse volume. A previsão do Banco Central estimou-se que nos países em desenvolvimento, os municípios poderiam gastar até 50% de seu orçamento na gestão de resíduos, visto que de 30 a 60% dos resíduos não eram coletados e com o aumento do consumo, aumentou-se também o alerta para o efeito estufa, visto que o maior consumo puxa a cadeia de produção não só industrial como também a agrícola, gerando assim uma maior quantidade de gases causadores do efeito estufa (GHG), capazes de reter calor. Os efeitos do aquecimento global, cabe ressaltar o derretimento das geleiras, o aumento do nível do mar, aumento de doenças transmitidas por mosquitos, desertificação de áreas agrícolas e possíveis problemas no abastecimento de água doce. A degradação ao meio ambiente acarreta também em perda da capacidade produtiva, comprometendo as futuras gerações com resultados negativos. No passado entendia-se como gestão de resíduos sólidos o processo de coletar, depositar na terra e incinerá-los, a partir de 1997 a Comissão Mundial para o Meio-Ambiente promoveu o conceito de sustentabilidade e a ideia da reciclagem com o objetivo de reduzir os resíduos. Surgem então dois fatores para a gestão integrada de resíduos sólidos o principio de hierarquia que visa a prevenção e minimização dos resíduos prioritariamente sobre a reciclagem e tratamento, levando em conta a tecnologia, situações econômicas, sociais e ambientais disponíveis em cada situação. Essa gestão de resíduos sólidos trouxe resultados significativos nos países desenvolvidos nas quais foram adotados, reduzindo as emissões de gases do efeito estufa em 16 a 23%. Novas tecnologias vêm sendo criadas para colaborar na gestão de resíduos e GHG, podemos citar os aterros onde se consegue recuperar gases provenientes da decomposição da matéria orgânica, dentre eles, o gás metano que tem maior potencial na contribuição do aquecimento global; as incinerações controladas, que além de reduzir a quantidade de material que vai ao aterro, geram eletricidade ou calor; os tratamentos biológicos, como a compostagem que geram resíduos orgânicos para a agricultura e a digestão anaeróbica onde pode-se extrair o biogás. A necessidade de se ter uma boa infraestrutura para a gestão de resíduos sólidos pode ser exemplificada com os dados do IBGE de 2000 que mostram que o Brasil chegou a coletar 99% dos resíduos totais produzidos diariamente, mas apenas 13,8% desses resíduos tiveram a destinação final em aterros sanitários (que seguem normas de engenharia ambiental), o restante foi despejado em campos abertos (lixões), com praticamente nenhum controle ambiental e aterros controlados que de forma limitada e pouco eficiente coleta apenas o chorume para impedir a contaminação do lençol freático. Além de mais seguros ambientalmente, os aterros sanitários têm melhor custo/benefício para áreas urbanas em países em desenvolvimento, de acordo com estudo feito pelo Banco Mundial em 2004. A evolução para o sistema de aterros sanitário deverá ser muito bem pensada, pois afetará diretamente a população de baixa renda que sobrevive da coleta de materiais recicláveis, os chamados catadores. Sem vínculo empregatício e com falta de moradia esses cidadãos muitas vezes junto de suas famílias, incluindo crianças, buscam no lixo seu sustento, vi vendo próximos aos lixões, expostos aos contaminantes e sem leis que os amparem. Conforme tratado no tratado de Quioto em 1997, 184 nações se comprometeram em reduzir as emissões de GHG, permitindo as nações desenvolvidas emitir certa quantidade de gás carbônico anualmente, criando assim um sistema comercial de crédito de carbono e 2 mecanismos para a redução de emissões: o mecanismo de desenvolvimento limpo (CDM) e o de implementação conjunta (JI). Tendo em vista a dificuldade na obtenção de recursos financeiros para alcançar a infraestrutura necessária para atender a esse desafio ambiental, o governo propôs uma lei federal visando a parceria público-privada, buscando benefícios não só no controle da poluição como também gerando infraestrutura e postos de trabalho. Visando esse novo nicho no mercado empresas do mundo todo vêm se mobilizando para a atuação nesse rentável setor de resíduos sólidos. Baseando-se no que foi relatado no texto, nota-se que o crescente aumento do consumo vem aumentando a escassez de recursos naturais em nosso planeta e aumentando cada vez mais o volume de resíduos provenientes desse consumo. O incentivo ao consumo consciente e sustentável é válido e deve ser praticado pela população. Embora tratados e leis tenham sido criadas, visando contornar essa situação ambiental, a falta de recursos financeiros dos países em desenvolvimento inviabiliza a instalação de uma infraestrutura adequada e eficiente para o tratamento dos resíduos sólidos e gases. Creio que as parcerias público-privadas venham a agregar nesse desafio, porém , devemos dar a devida atenção as famílias de catadores que tiram seu sustento do lixo, provendo a elas condições de trabalho, moradia e assistência social minimamente adequadas. 4. CONCLUSÃO DA RESENHISTA O objetivo desse item é “fazer com que a empresa identifique todos os impactos ambientais significativos, reais e potenciais, relacionados com suas atividades, produtos e serviços, para que possa controlar os aspectos sob sua responsabilidade” (MEYSTRE, 2003), um consumo consciente e sustentável com responsabilidade Ambiental, sendo assim a empresa deve estabelecer procedimentos que propiciem aos seus empregados a conscientização da importância e responsabilidade em atingir a conformidade com a política ambiental, sendo proativos na administração e recuperação dos bens ambientais. O texto refere-se como o Brasil experimentou um grande crescimento nas últimas décadas, contudo não vistou uma evolução compatível de sua infraestrutura, assim como de sua capacidade de gerenciamento do crescente volume de resíduos sólidos. O avanço do grau de industrialização do país traz consigo um impacto na geração de resíduos, havendo uma correlação direta entre esses dois processos. Um gerenciamento eficiente em um país com dimensões continentais. Os autores traçaram um panoramadas evoluções sociais/econômicas do país, demonstram a necessidade de se pensar o gerenciamento eficiente dos resíduos sólidos no Brasil de forma sustentável, tanto no aspecto ambiental, quanto no quesito retorno financeiro. De acordo com os autores, a maioria dos municípios brasileiros não dá uma destinação correta aos resíduos, sendo majoritariamente alocados em lixões a céu aberto e aterros controlados. Como explicitado pelos autores, são diversas as formas de tratamento e disposição de resíduos, cada uma delas apresentando especificidades que as possibilitam se adequar ou não a realidade dos diversos países. Os autores trazem de forma bastante clara a importante contribuição dos catadores à cadeia de reciclagem e reutilização de resíduos no Brasil. Esses agentes, apesar da carência das mínimas condições de salubridade, são os principais responsáveis por separar resíduos recicláveis, como o alumínio, por exemplo. As empresas privadas podem contribuir com sua expertise, gerando benefícios à comunidade e retorno financeiro para a manutenção de suas atividades. O artigo realizado pelos autores serve de base para se ter uma noção de como o tratamento de resíduos pode ser lucrativo para o setor privado e também público. Eles apresentam diversos tipos de tratamento e demonstram como as PPP's podem contribuir na instituição de mecanismos mais eficientes no tocante à gestão de resíduos. 5. CRÍTICA DA RESENHISTA O texto fornece dados conclusivos de todo o conceito sobre a Proteção do Meio Ambiente, história, desenvolvimento, tecnologia, efeitos e consequências. Explicando como funciona o princípio de hierarquia, desde a Prevenção de Resíduos, Reciclagem Externa de Resíduos e refugo, Tratamento de Resíduos, Eliminação controlada e Eliminação não controlada. A história é tratada com base em fatos verídicos e pontuais com base na Lei Complementar n° 12305, de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos e altera a Lei Complementar n° 9.605, de 12 de fevereiro de 1998. O que os autores destacam é a importância de se preocupar com o Meio Ambiente e a questão ambiental, a qual vemos que é complicado, devido aos sistemas ambientais serem evolutivos. É importante educar nos tornando Consumo Consciente e Sustentável. O consumo consciente é uma maneira de consumir levando em consideração os impactos provocados pelo consumo e sustentabilidade é entender os componentes e a importância do capital natural e da renda natural ou biológica que ele fornece. Por fim é necessário entender da Legislação Ambiental, procurando atender problemas específicos, dentro de uma abordagem segmentada do meio ambiente conforme as Leis já mencionadas, buscando um equilíbrio ecológico; Racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar; Planejamento e fiscalização do uso; Proteção dos ecossistemas; Controle e zoneamento das atividades; Incentivo ao estudo e à pesquisa de tecnologias; Acompanhamento do estado da qualidade ambiental; Recuperação de áreas degradadas; Proteção de áreas ameaçadas de degradação e Educação ambiental em todos os níveis de ensino. Finalmente, com o estudo pude amadurecer meus conhecimentos técnicos e perceções por olhares diferentes, para uma crítica conceitual me exigiu conhecimentos prévios da Proteção do Meio Ambiente para ser entendida, além de diversas releituras e pesquisas quanto a conceitos e criação de uma resenha. Disponível em: Arquivo digital disponibilizado na plataforma do aluna pela Universidade Estácio de Sá.
Compartilhar