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1 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ GRADUAÇÃO EM DIREITO CAMPUS NITERÓI III Resenha Crítica de Caso Marcos Antônio de Almeida Regufe Matricula 201602781745 Trabalho da disciplina Direito Empresarial II Prof. Simone Gantois Niterói 2020 http://portal.estacio.br/ 2 Os impactos econômicos da COVID-19, na recuperação judicial Referência: Recomendação CNJ https://www.conjur.com.br/dl/cnj-recomendacao-recuperacao-judicial.pdf A pandemia que acontece em relação ao SARS-COV-2 (Corona vírus), impactando não somente a saúde pública, mas o direito individual e diversos ramos do direito, um desses ramos é o direito empresarial no que tange a sustentabilidade empresarial, principalmente no que se refere a preservação da empresa um dos princípios basilares deste seguimento. O direito falimentar inicia-se no brasil através do código comercial em 1850, tal dispositivo tratava em sua terceira parte “Da natureza e declaração das quebras, e seus efeitos”. O referido código traz consigo a reunião de credores e a concordata, e passou a ser classificado como a primeira fase do Direito falimentar brasileiro (RIBEIRO,2013 p. 304). No entanto a concordata visava prevenir a falência do devedor. Antes de declarar falência, a iniciativa de requere-la ao juiz, que, deferindo-a, previne a falência; mas se negá-la, declarava ex offício a falência do requerente. (REQUIÃO, 1995, p. 6). A priori a concordata foi regulada no artigo 857 do código comercial de 1950, que exclusivamente se portava na modalidade suspensiva, estando sujeita a aprovação da maioria dos credores, não sendo concedida ao devedor fraudulento. No entanto ao passar do tempo a concordata ganhou uma nova modalidade sendo denominada de concordata preventiva, que consistia na possibilidade de o devedor antes da falência tentar honrar suas dívidas. Com o passar do tempo o Decreto 7.661 tornou-se ineficaz não alcançando assim, os resultados esperados, passando assim ser utilizado como forma 3 de fraudar credores de modo que os bancos rejeitavam os pedidos de empréstimos as empresas em consequência, acabava impedindo a manutenção da atividade Em 2005 veio à promulgação da lei 11.101, a atual Lei de Falência e Recuperação Judicial, a partir desta nova legislação vieram princípios que nos permitiram conhecer verdadeiramente a importância social da entidade empresarial. A respeito da nova lei, Luiz Antônio Guerra da Silva discorre: “De modo geral, quem ganha com a nova lei são todos os agentes econômicos, a saber: o Estado, os empregados, os consumidores, os empresários e as sociedades empresárias. O maior beneficiado é o Brasil, que, após conviver com uma legislação que não mais atende a realidade econômica, incorpora ao ordenamento jurídico novo instituto – o da recuperação da empresa, alinhando-se aos principais países europeus e aos EUA no direito das quebras e da recuperação”. Duas questões específicas pairam sobre a relação a COVID-19, a primeira é os precedentes que já estão sendo tomados nos tribunais do estado do Rio de Janeiro e São Paulo, a segunda é a recomendações do CNJ, que já foram aprovadas. Os precedentes de um ponto de vista prático, a matéria se divide em dos grandes grupos, sendo as matérias procedimentais com relação social e o outro trata sobre a substancia de matéria de recuperação judicial. A COVID-19 trouxe consigo alguns desafios procedimentais muito importante para a recuperação judicial especialmente se considerarmos a sensibilidade e importância do instituto, dentro dos procedimentos existe dois grandes problemas um é com relação ao administrador judicial, quanto a este cumprir com suas atribuições, fiscalizar o devedor, acompanhar as atividades, elaborar os relatórios mensais, em face as limitações de circulação as que estão sendo impostas, outro problema que a pandemia trouxe é em relação a assembleia de credores, partindo das limitações de aglomeração de pessoas e realização de atos presenciais, que são pontos centrais ao procedimento de recuperação judicial. Dentro da problemática trazida pela COVID em relação as assembleias que trazem consigo diversos outros problemas, devido ao impedimento de circulação e aglomeração, principalmente ao que se refere deliberações urgentes das assembleias de credores, sustentações orais em audiências, e diversos outros procedimentos, no entanto a prorrogação para um momento mais oportuno, não só prejudicaria a recuperação no lapso temporal, como até mesmo a sustentação financeira do recuperando, alguns precedentes vem sendo tomados em relação a suspenção das assembleias de credores bem como o stay period, como podemos http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/96893/lei-de-recupera%C3%A7%C3%A3o-judicial-e-extrajudicial-e-de-fal%C3%AAncia-lei-11101-05 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/96893/lei-de-recupera%C3%A7%C3%A3o-judicial-e-extrajudicial-e-de-fal%C3%AAncia-lei-11101-05 4 ver em julgados da 1ª vara de falência de São Paulo, e a inovação de realização de assembleias virtuais que são duas grandes inovações trazidas para minimizar os impactos da pandemia em relação a recuperação judicial. nas recomendações do CNJ é precedentes que já priorizam o levantamento de recursos em favor de empresas devedoras recuperando os que estão sujeitos ao procedimento então por exemplo na recuperação judicial do grupo SHC que é o Jac Motors no Brasil o Doutor Marcelo Sacramone Ele autorizou prioritariamente o levantamento de Valores depositados em juízo que pertencia o recuperando, não levando em consideração a ordem normal de levantamento de valores, sendo assim tendo a tramitação prioritária e pagamento prioritário, promovendo assim liquidez para uma empresa que está em crise financeira que com certeza estaria em um momento mais agravado em razão ao COVID. o quarto o grupo de precedente em relação a matérias procedimentais é com relação a realização de julgamentos presenciais pelo tribunal , uma série de decisões do da câmara reservada de Direito Empresarial no tribunal de São Paulo, em que os advogados como de praxe se opõe a realização do julgamento virtual, então o rito normal, será que esse processo entrasse na fila de julgamento para próxima sessão de julgamento da câmara e depois de ser julgado presencialmente com os advogados Agora é para não delongar mais o resultado de julgamento de pedra Desde que não tenha a prerrogativa de sustentação oral por parte dos Advogados os desembargadores tem já se alinhado para indeferir o desconsiderar é os pedidos os as oposições ao julgamento virtual ,estamos numa fase agora que vários agravos que normalmente seriam julgados presencialmente por conta das oposições dos quais estão sendo objeto de julgamento virtuais e não há muito o que os advogados possam se opor a isso, ressalta-se que os avanços trazido pelos precedentes dinamizam ainda mais os procedimentos para a recuperação judicial Bibliografia https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11101.htm http://www.romanhol.com.br/a-recuperação-judicial-das-microsepequenas-empresas/ http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/36524/000817047.pdf?...1 http://phmp.com.br/artigos/os-benefícios-da-recuperação-judicial-para-as- microempresaseempresas-de-pequeno-porte/ MAMEDE, Gladston. Falência e Recuperação de Empresas. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2010. PINTO JUNIOR, Mario Engler. A teoria dos jogos e o processo de recuperação de empresas. In: WALD, Arnoldi (org.). Doutrinas essenciais. Direito empresarial. Recuperação Empresarial e Falência, v. VI, Cap. II, 23. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2011. SCHERER, Tiago. A inserção da empresa individual de responsabilidade limitada no Direito https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11101.htm http://www.romanhol.com.br/a-recuperacao-judicial-das-micros-e-pequenas-empresas/http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/36524/000817047.pdf?...1 http://phmp.com.br/artigos/os-beneficios-da-recuperacao-judicial-para-as-microempresas-e-empresas-de-pequeno-porte/ http://phmp.com.br/artigos/os-beneficios-da-recuperacao-judicial-para-as-microempresas-e-empresas-de-pequeno-porte/ 5 brasileiro. Revista de Direito Empresarial. RDEmp. Belo Horizonte, Ano 9, n. 3,set/dez. 2012
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