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Adolesc. Saude, Rio de Janeiro, v. 7, n. 4, p. 55-59, out/dez 2010 Adolescência & Saúde
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RESUMO
O adolescente passa por grandes transformações físicas, emocionais e sociais, sendo, nessa fase da vida, que diversas carac-
terísticas como desenvolvimento da identidade sexual, crenças e desejos manifestam-se mais intensamente. Além disso, a 
elaboração da imagem corporal e a satisfação com o corpo também sofrem infl uências variadas da família, dos grupos de 
pares, da mídia e da sociedade em geral, predispondo a distorções da percepção corporal. O conhecimento da dinâmica 
da adolescência em relação ao seu corpo, as infl uências externas e as características associadas são fundamentais para o 
reconhecimento precoce e adoção de medidas preventivas de distúrbios da imagem corporal.
PALAVRAS-CHAVE
Adolescente, imagem corporal, autoimagem, tamanho corporal.
ABSTRACT
The teenager is undergoing signifi cant physical, emotional and social changes at that stage of life that many 
characteristics as the development of sexual identity, beliefs and desires manifest themselves more intensely. 
Furthermore, the development of body image and satisfaction with the body also suffer from various infl uences 
of family, peer groups, media and general society, predisposing to a distortion of body image. The knowledge 
of the dynamics of adolescence in relation to body composition, external infl uences and characteristics associa-
ted are essential for early recognition and adoption of preventive measures of body image disorders.
KEY WORDS
Adolescent, body image, self concept, body size.
Adolescência e imagem corporal
Adolescence and body image
Luiz Antonio
Del Ciampo1
Ieda Regina Lopes
Del Ciampo2
1Professor Doutor do Departamento de Puericultura e Pediatria da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo
2Médica Assistente do Departamento de Puericultura e Pediatria da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo
A adolescência é caracterizada por grandes 
transformações biológicas, emocionais e sociais 
verifi cadas na segunda década da vida, quando 
o indivíduo passa a adotar comportamentos e 
práticas diferenciados, caracterizados principal-
mente pela autonomia e maior exposição às 
situações do cotidiano1. Representa a fase de 
maior velocidade de crescimento na vida ex-
trauterina, implicando alterações no tamanho, 
na aparência e na satisfação corporal2. 
Embora a identidade de um indivíduo seja 
estruturada ao longo da vida, é durante a ado-
lescência que diversas características, como se-
xualidade, crenças, desejos e objetivos de vida, 
se exteriorizam mais intensamente. A maneira 
como o adolescente percebe seu corpo é condi-
ção fundamental na formação de sua identida-
de. Portanto, para se compreender o adolescen-
te é necessário recordar dois conceitos básicos 
implicados no seu desenvolvimento: imagem 
corporal e autoestima. Imagem corporal é um 
fenômeno polimorfo, modifi cável, que refl ete 
desejos, atitudes emocionais e interação do in-
divíduo com outras pessoas. É a fi guração do 
próprio corpo formada e estruturada na men-
te do indivíduo, ou seja, a maneira pela qual o 
corpo se apresenta3. Autoestima é um indicador 
de bem-estar mental, podendo ser entendida 
como o conjunto de atitudes e ideias que cada 
pessoa tem sobre si. É dinâmica, apresenta os-
cilações e revela-se nos acontecimentos sociais, 
emocionais e psíquico-fi siológicos4,5. 
ARTIGO DE ATUALIZAÇÃO
Luiz Antonio Del Ciampo (delciamp@fmrp.usp.br) - Departamento de Puericultura e Pediatria da Faculdade de Medicina de 
Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo - Avenida Bandeirantes, 3900 - CEP: 14049-900 - Ribeirão Preto - SP
Recebido em 09/09/2010 - Aprovado em 30/10/2010
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fação com sua aparência e com o peso corpo-
ral10,11,12,13. Na Europa e na América do Norte, a 
insatisfação com o peso corporal é altamente pre-
valente e mais comum no gênero feminino, entre 
aqueles com sobrepeso e entre os adolescentes 
mais velhos. Autores têm revelado recorrência de 
distorções e percepções negativas sobre o corpo, 
mesmo em adolescentes normais. Como as nor-
mas sociais valorizam a associação entre magreza 
e atributos positivos, as mulheres estão sendo es-
timuladas a mudar o tamanho e a forma corporal, 
com a fi nalidade de melhorar a aparência física e 
diminuir o descontentamento com o corpo14. 
Em decorrência dessa percepção corporal 
negativa observam-se alterações comportamen-
tais entre os adolescentes, como restrição ao uso 
de alguns tipos de roupas e frequência a locais 
onde possam exibir o corpo, indução à prática 
exagerada de exercícios físicos, modifi cações no 
consumo de alimentos e dietas restritivas, indu-
ção de vômitos e consumo de álcool e cigarros. 
Adolescentes obesos são especialmente 
vulneráveis à discriminação social, visto que a 
inadequação do estado nutricional e a adipo-
sidade corporal representam fortes indicadores 
de insatisfação corporal na adolescência11, ten-
dendo a apresentar baixa autoestima, alta in-
satisfação corporal e distúrbios comportamen-
tais15,16. As meninas são mais preocupadas com a 
gordura e mais propensas a se julgarem gordas 
que os meninos. Estes, por sua vez, têm menos 
interesse em perder peso e mais em adquirir 
massa muscular e exibir sua masculinidade4. 
Especialistas em distúrbios alimentares 
defendem que sejam envidados esforços no 
sentido de se alterar esse padrão de beleza de 
extrema magreza, bem como as atitudes sociais 
frente ao aumento de peso. Ao mesmo tempo, 
propõem a realização de estudos de intervenção 
e campanhas educativas com o objetivo de me-
lhorar a imagem corporal das garotas17.
A mídia pode ser considerada como um dos 
mais importantes fatores envolvidos na constru-
ção da identidade dos adolescentes, pois produz 
modelos de vida, de consumo e de comporta-
mento, divulga conhecimentos e debate temas 
que certamente infl uenciam a vida de todos. A 
A satisfação corporal traduz-se como o 
componente afetivo da imagem corporal que 
permite o adequado desempenho emocional e 
social do indivíduo perante a sociedade. Satis-
fação corporal e autopercepção são fatores pri-
mordiais na autoaceitação das pessoas e podem 
gerar atitudes que interferem no seu convívio 
social6. Por outro lado, insatisfação com o corpo 
acarreta sentimentos e pensamentos negativos 
quanto à aparência, infl uenciando o bem-estar 
emocional e a qualidade de vida. 
O mundo social contemporâneo nitidamen-
te discrimina os indivíduos não atraentes. O ado-
lescente, sujeito às infl uências de família, amigos, 
grupos de pares e da mídia, tende a imitar com-
portamentos, que certamente infl uenciarão no 
desenvolvimento de sua imagem corporal7.
A partir da década de 1960, iniciou-se uma 
busca intensa pelo corpo ideal, tornando-se ob-
jeto de consumo, desejado como magro e atlé-
tico, de formas bem defi nidas, passando a ser 
referência, ao passo que os indivíduos com mais 
peso começaram a apresentar depreciação da 
imagem física, pois o peso é, reconhecidamente, 
fator agravante na interação social e agente de 
discriminação social e afetiva8. 
Uma característica marcante da adolescên-
cia atual é a insatisfação com o próprio corpo. 
Não bastasse a infl uência de pais e amigos, a 
sociedade transformou o corpo em objeto de 
manipulação e de desejos, valorizando a magre-
za entre as mulheres e a força entre os homens. 
Tal insatisfação leva o adolescente a adotar pos-
turas diversas, principalmente as dietas restriti-
vas para emagrecimento7 (tornando-o suscetível 
a graves distúrbios nutricionais, como anorexia 
nervosa e bulimia nervosa) e práticas exagera-
das de atividade física e consumo de anaboli-
zantes, que podem predispor aos transtornos 
dismórfi cos corporais9. 
Como nas sociedades ocidentais o padrão é 
“ser magra”, muitas adolescentes com peso nor-
mal, percebendo-se com sobrepeso ou obesas, 
tendema perder peso para serem aceitas social-
mente. Estudos realizados no Brasil e em diversas 
partes do mundo mostram crescente desconten-
tamento dos adolescentes, manifestando insatis-
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busca da imagem corporal é um dos fenômenos 
mais impressionantes na sociedade atual, que 
acarreta custos elevados e riscos à saúde, visto que 
os modelos de referência, quase inatingíveis, dis-
tantes da realidade da maioria das pessoas, geram 
estresse, ansiedade e insatisfação com o corpo4.
A indústria corporal, utilizando-se dos meios 
de comunicação, cria desejos e reforça imagens, 
invadindo e modifi cando a maneira de compre-
ender a vida. Atualmente, o corpo é associado à 
ideia de consumo. Quanto mais o corpo manter a 
aparência da juventude, da beleza e da boa forma, 
mais alto é seu valor de troca, tornando as pessoas 
escravas de um ideal narcísico rígido e severo18. 
Historicamente, os ícones femininos vêm se 
tornando mais magros. Se até o século XIX a ma-
greza era considerada como sinal de saúde ruim, 
associada à fragilidade e pobreza, em meados do 
século XX a imagem perfeita do corpo feminino 
passou a ser de mulheres com formas mais deli-
neadas. Hoje se preconiza o modelo de mulher 
com cintura fi na, seios grandes e quadris largos. 
Também entre os rapazes a infl uência pode ser 
observada, haja vista as mudanças por que pas-
saram os heróis de fi lmes, revistas e brinquedos, 
que se tornaram mais altos e musculosos. 
Um grande mercado de academias de gi-
nástica e clubes desportivos, de medicamentos 
e produtos de beleza, de dietas e inovações te-
rapêuticas, além daquele constituído a partir das 
intervenções cirúrgicas, tem-se expandido con-
tinuamente. A cosmética ganha cada vez mais 
espaço na vida atual. Dieta e prazer, que eram 
incompatíveis no passado, fazem parte agora da 
mesma estratégia. As calorias devem ser con-
tadas e reguladas, os produtos supostamente 
naturais são cultuados, as quantidades de vita-
minas e proteínas minuciosamente analisadas e 
ingeridas na medida ideal19.
COMO RECONHECER O PROBLEMA
As manifestações de insatisfação com a ima-
gem corporal nem sempre são evidentes ou fáceis 
de reconhecer. Ao contrário, muitas vezes existem 
apenas mensagens subliminares emitidas pelo 
adolescente, o que torna mais difícil a identifi cação 
desse problema. No sentido de tentar estabelecer 
o mais precocemente possível esse diagnóstico, é 
importante que os profi ssionais que atendem aos 
adolescentes estejam preparados para:
a) ouvir atentamente o adolescente sobre sua 
saúde e todas as questões a ela relaciona-
das (dúvidas, receios, difi culdades, desco-
nhecimento sobre os temas que o afl igem), 
considerando-se, sob os aspectos éticos, 
que o adolescente tem assegurados direi-
tos à individualidade no atendimento e à 
confi dencialidade; 
b) perguntar diretamente sobre a imagem 
corporal, se o assunto ainda não tiver sido 
mencionado;
c) discutir o tema abertamente, esclarecendo, 
encorajando e orientando o adolescente; 
d) ouvir atentamente os familiares.
PREVENÇÃO
Desenvolver ações de prevenção e promo-
ção de saúde é tanto ou mais importante quanto 
identifi car e lidar com os casos já estabelecidos 
de insatisfação corporal. Assim, merece ser des-
tacada a importância dos programas ambulato-
riais de hebiatria, tão necessários e ainda pouco 
difundidos e estabelecidos em nosso meio, que 
devem estar preparados e oferecer adequado 
acolhimento aos adolescentes, contar com pro-
fi ssionais capacitados e desenvolver atividades 
bem defi nidas de atendimento, priorizando a 
promoção da saúde e a prevenção de agravos.
Para a execução adequada desses progra-
mas alguns objetivos devem ser priorizados, 
tais como:
a) identifi car os grupos de maior risco (adoles-
centes com desenvolvimento precoce, por-
tadores de deformidades, com sobrepeso ou 
obesidade, ou aqueles que são maiores que 
os seus pares, por exemplo);
b) estimular a participação familiar;
c) esclarecer que cada adolescente é diferente do 
outro e todos são normais, pois o conceito de 
normalidade implica grande diversidade;
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d) ensinar sobre a constituição e o funciona-
mento do corpo e suas mudanças durante a 
adolescência;
e) facilitar acesso a conhecimentos básicos so-
bre saúde e necessidades nutricionais;
f) orientar sobre os riscos de carências nutricio-
nais e de comportamentos potencialmente 
causadores de danos à saúde, tais como res-
trições dietéticas e compulsão alimentar; 
g) cultuar o corpo saudável de modo natural e 
fi siológico (uma atitude que poderia melho-
rar a imagem corporal é a mudança social 
em relação ao sobrepeso e à obesidade, que 
hoje são vistos como fraqueza de caráter e 
não como doença);
h) desenvolver habilidades em lidar com situa-
ções adversas, com a ajuda dos pais e do gru-
po de pares;
i) discutir sobre o poder de infl uência da mí-
dia, entre os pares e na família, aprendendo 
a reconhecer as mensagens subliminares que 
estimulam o corpo ideal;
j) encorajar mudanças com mensagens positi-
vas para aumentar a satisfação corporal e o 
desejo de cuidar do próprio corpo;
k) promover ações no sentido de mudar o ideal 
de beleza atual de extrema magreza20. 
O PAPEL DA FAMÍLIA
Embora sejam naturais o afastamento da 
família e a procura por grupos de pares durante 
essa fase da vida, é fundamental a participação 
dos pais no processo de desenvolvimento da ado-
lescência. A família, como instituição social, repre-
senta o modelo pelo qual valores, comportamen-
tos e atitudes são transmitidos ao longo do tempo, 
consolidando a incorporação de elementos que 
irão moldar a personalidade e o caráter, pois a 
convivência aliada ao diálogo, críticas, elogios e 
censuras representam os fatores que infl uenciam 
constantemente a autoestima do adolescente21.
Essa participação, entretanto, muitas ve-
zes requer a assistência de profi ssionais que 
auxiliem os pais, orientando-os a lidar com 
as diferentes situações que diariamente fazem 
parte da vida dos adolescentes. Especifi camen-
te quanto à imagem corporal, os pais tendem 
a ser menos positivos e mais críticos a respeito 
de seus fi lhos, implicando com a aparência, ali-
mentação e atividade física. 
OUTRAS AÇÕES QUE AUXILIAM NA 
PREVENÇÃO DOS DISTÚRBIOS DA 
IMAGEM CORPORAL
Em virtude de que muitas imagens idea-
lizadas pela mídia podem contribuir negativa-
mente para aumentar a insatisfação corporal e 
a ansiedade, principalmente entre as mulheres, 
alguns autores têm estudado os benefícios que 
a atividade física traz para os indivíduos, como 
sinônimo de indicadores de saúde, visto que 
para se desenvolver uma imagem corporal sa-
tisfatória é necessário passar por experiências 
agradáveis e gratifi cantes nas relações com o 
corpo15. Portanto, uma forma de fortalecer a 
relação positiva com o próprio corpo é a prá-
tica regular de exercícios físicos, que benefi cia 
a autoconfi ança, autovalorização e, consequen-
temente, a autoimagem, pois um dos objetivos 
dessa prática é fazer com que o adolescente 
refl ita sobre o modelo de imagem corporal di-
fundido pela mídia a partir da própria imagem 
corporal e de seus signifi cados19,22. 
Nessa atividade estão envolvidos fatores 
como os diferentes participantes, o ambiente, o 
tipo de atividade e o momento em que ela é rea-
lizada, que contribuem com o indivíduo, ajudan-
do-o a sobrepujar suas difi culdades e auxiliando-
o a melhor avaliar sua imagem corporal23,24.
Outro aspecto importante que pode contri-
buir com a prevenção da insatisfação com o corpo 
é a integração do adolescente em atividades de 
lazer, estabelecendo e estreitando laços sociais, 
desenvolvendo habilidades e reduzindoo estres-
se. Atividades de lazer bem planejadas e execu-
tadas, com metas e objetivos bem defi nidos, es-
truturadas e que apresentem desafi os, desde que 
observados os interesses do adolescente, estão 
relacionadas com melhor performance acadêmi-
ca, bem-estar emocional e autoestima25.
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Maior envolvimento na vida acadêmica e 
sucesso escolar também contribuem para me-
lhorar a autoestima entre os adolescentes. A 
participação, principalmente em grupos, das 
atividades curriculares diárias e dos projetos 
educativos e pedagógicos que as escolas podem 
oferecer proporciona mais oportunidades de co-
nhecimento, análise e compreensão dos fatos do 
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rem no estabelecimento da autoconfi ança e na 
autoestima do adolescente.

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