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DIREITO E JUSTIÇA PROFESSOR JOCEMAR CARNEIRO DOS SANTOS _____________________________________________________________ 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO DIREITO E JUSTIÇA PROFESSOR JOCEMAR CARNEIRO DOS SANTOS _____________________________________________________________ 2 APOSTILA 1. APRESENTAÇÃO. CONTEÚDO DOS ESTUDOS DE INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO. DOGMATICA JURIDICA. PRINCIPIOS DE GNOSIOLOGIA E EPISTEMOLOGIA JURIDICA. ZETÉTICA JURIDICA. INTERPRETAÇÃO DA NORMA JURÍDICA. TEORIA DOS DIREITOS SUBJETIVOS. DIREITO E JUSTIÇA PROFESSOR JOCEMAR CARNEIRO DOS SANTOS _____________________________________________________________ 3 1- APRESENTAÇÃO. A introdução ao estudo do Direito tem como objeto primordial atender ao estudo de todos os temas de suma essencialidade que orientam a todas áreas do direito. O fundamento da introdução ao estudo do direito e de concentrar subsídios para que toda a área do conhecimento jurídico se retrata de forma clara e transparente ao seu valor real. Alguns doutrinadores pacificam como sendo a ciência, a norma, a faculdade, a forma justa, a ciência e o fato social, atender uma sociedade de forma justa e eficaz. 2- CONTEÚDO DOS ESTUDOS DE INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO. Esta disciplina está voltada a dispensar meios fundamentais para tratar na essência de cada área e com sua aplicação dentro de uma sociedade em todos requintes de estudo. Ou melhor tratar de cada passo da disciplina em sua divergência ou convergência em dos tópicos a serem discutidos por toda norma jurídica. Este estudo é apresentado pelos seguintes pontos, de suma importância para registrar dentro desta seara o valor de cada discutibilidade jurídica. 3- DOGMATICA JURIDICA. Está envolvida por preceitos para valorização do Direito, em sua apresentação diante do cidadão, sociedade e o Estado. É conhecimento ampla para sustentar o saber das mais variadas meias sócias, ou melhor, validar discutibilidade diante de qualquer doutrina ou sistema que se apresenta dentro dos grandes ramos do Direito. São normas com efeitos distintos, pois estão revestidas pela norma maior “a lei “. E como assim, temos os seus fundamentas como verdade a priori. DEFINIÇÃO DE DIREITO: É o conjunto de normas que atende uma sociedade em seu direito de norma, de faculdade, de justiça, de ciência e de fato social DIREITO E JUSTIÇA PROFESSOR JOCEMAR CARNEIRO DOS SANTOS _____________________________________________________________ 4 Neste tópico podemos verificar a construção do direito para edificar e valorizar todo o conhecimento jurídico. 4- PRINCÍPIO DE GNOSIOLOGIA E EPISTEMOLOGIA JURIDICA. Neste tópico estaremos falando do conhecimento, em sua forma essencial tratando da forma de apresentação em meio ao sistema jurídico. A Gnosiologia, pode ser tratada como “ideal do conhecimento”, enquanto A Epistemologia, é a “pensamento especifico do conhecimento”. Será trazido vários meios em que o direito poderá ser apresentado, em sua dedução, indução e intuição. 5- ZETÉTICA JURÍDICA. Podemos entender que o melhor significado para, o tópico ZETÉTICA JURÍDICA, de melhor approach é caminho para o conhecimento de todas áreas. Em outras palavras é o melhor pensamento para finalizar ou criar uma idealização de uma norma para o caso em discutibildade. No que tange a norma podemos preceituar a pesquisa sobre a existência de sua vigência, validade e eficácia. Em final, para encontrar o caminho para a norma jurídica possa supra o fato em questão a ser discutido e finalizar a lesão sofrida. A maioria de nossa doutrina, nos reporta: “O conhecimento e a força do saber e a solução dos que buscam”. 6- INTERPRETAÇÃO JURÍDICA. É o caminho para levar a toda fonte de conhecimento, em suas mais variadas técnicas de apresentação e permitir a interpretação de forma transparente e objetiva. O Direito deverá ser sempre ovacionado com valor diante de cada área, ou seja, a cada ausência, devera a norma consolidar preceitos construtivos em sua forma de apresentação, não para sanar o que impede, mas para validar e conhecer os meios de integração do nosso sistema jurídico. DIREITO E JUSTIÇA PROFESSOR JOCEMAR CARNEIRO DOS SANTOS _____________________________________________________________ 5 O direito não leva ao duelo e uma regra social obrigatória, para definir a norma. A nossa doutrina apresentada por André Franco, que a forma de maior valor para validar a sua Interpretação é mostrada pela Norma, Faculdade, Justiça, Ciência e Fato Social. 7- TEORIA DOS DIREITOS SUBJETIVOS. Esta pautada na concentração de interesses dos indivíduos, ou seja, a validação do meio jurídico em que trata os valores dos indivíduos diante da lei. As normas jurídicas estarão sempre prontas para atender a relação jurídica. Com base na sua finalidade, os direitos subjetivos podem ser divididos em duas especiais, que é o direito –interesse e o direito-função, como: a) – direito interesse - é o que atende ao próprio titular, como o direito à vida, à liberdade, ao nome, o de propriedade etc. b) – direito função - é aquele que representa outros, como os direitos de pai em relação ao filho (pátrio poder), com uma finalidade social. Podemos pacificar que é o direito conferido ao cidadão ou individuo, para cumprir aquilo que é determinado em lei Neste caso, também, o direito de legislar ou de punir, de que o Estado é titular, o pátrio-poder do chefe de família. Cada um desses direitos é uma prerrogativa ou faculdade de agir. Uma facultas agendi, em oposição ao direito-lei, que é uma norma agendi. DIREITO E JUSTIÇA PROFESSOR JOCEMAR CARNEIRO DOS SANTOS _____________________________________________________________ 6 APOSTILA 2. DOGMATICA JURIDICA. NOTAS PRELIMINARES. NORMA JURIDICA. DIREITO NATURAL. DIREITO POSITIVO. DIREITO OBJETIVO DIREITO SUBJETIVO. SISTEMA JURIDICO. DIREITO ESTATAL. DIREITO NÃO ESTATAL. MONISMO JURIDICO. PLURALISMO JURIDICO. DIREITO E JUSTIÇA PROFESSOR JOCEMAR CARNEIRO DOS SANTOS _____________________________________________________________ 7 DOGMATICA JURIDICA. Conceituação de toda forma de agir e concentração do direito e suas formas procedimentais. Qualidade do Direito. Na forma de nossa escrita, ou seja, sob aspecto linguístico o direito deriva directum, rectum, em latim significa “direito”, “reto”, com utilização na Roma Antiga, para se referir as regras a de conduta. Segundo, Tercio Sampaio Ferraz júnior o direito demonstra, como: “O direito, com a Revolução Francesa, tornar-se uma criação ab ovo. Com isso, ele instrumentaliza-se, marcando-se mais uma vez a passagem de uma prudência prática para uma técnica poética. Ou seja, para usar uma distinção aristotélica (Ética a Nicômaco, 1094 a 21), o direito passa a ser concebido como poiesis, uma atividade que se exterioriza nas coisas externas ao agente (por exemplo, com madeira fabricar uma mesa) e que por isso exige técnica, isto é, uma espécie de know-how, um saber-fazer, para que um resultado seja obtido. Deixa, pois, de ser concebido, como fora desde a Antiguidade, como uma práxis, uma atividade que não tinha um adimplemento exterior a ela mesma e ao agente; ela não visava senão ao bem agir (ético) do próprio agente, sua eupraxia. Está aí o núcleo do fenômeno da positivação do direito em seu sentido social”. Também, na posição do doutrinar André Franco Montoro (Montoro, André Franco, Introdução à ciência do Direito. São Paulo: Editora RT, 2013, p.58e ss.) dentro de toda inspiração a formação do direito construtiva dentro de vários meios, como: a) Direito norma: quando é relacionado à norma jurídica; b) Direito faculdade: quando é relacionado com a possibilidade de exercício de um Direito previsto em lei; c) Direito justo: quando o Direito é tratado como instrumento de busca de justiça; d) Direito ciência: quando se ressalta o aspecto científico do Direito; e) Direito fato social: quando o Direito é compreendido pelas relações sociais que regulamenta. DIREITO E JUSTIÇA PROFESSOR JOCEMAR CARNEIRO DOS SANTOS _____________________________________________________________ 8 NORMA JURIDICA: É definida como regra de conduta que regula a vida em sociedade, sob pena de sanção ou punição. Caráter sancionatório que, em linhas gerais, diferencia uma norma jurídica de uma norma social. As regras de direito, ao contrário de uma regra atendida pelas ciências naturais, não possuem o fim de relatar um fenômeno tal como é observado na natureza. Isto também não primado como santificação de causa e consequência, como transcorre na efetivação dos fenômenos sociais. E consagrado de meio por salutar observância obrigatória em virtude da imputação de uma punição a uma conduta demonstrada pela norma jurídica, a ser cumprida de modo coercitivo com amparo do Estado, visto como Estrutura. Ou melhor, sempre como deve ser. O que dever ser visto que a posição da norma jurídica, sempre teremos divergências sobre a sua existência no mundo jurídico. Porém, toda ideia em existência a sua dispensa estará constante com o contexto do direito. Em forças de materialidade estará sempre voltada para a força do direito. Entre as principais características da norma jurídica podemos citar: a) COERCIBILIDADE: é a possibilidade de a conduta transgressora sofrer coerção, isto é, repressão, uso da força. As normas jurídicas distinguem-se pelo tato de contagem com as forças coercitivas do Estado para impor-se sobre as pessoas. O mesmo já não ocorre nas regras extrajurídicas (que estão fora do mundo jurídico). Assim, se alguém desrespeita uma norma religiosa (exemplo: o católico que não vai à missa), sua conduta ofende apenas aos ensinamentos de sua religião. O estado não reage as está ofensa, já que, no Brasil vivemos num regime de liberdade de crenças e convicções. A norma religiosa não possui coercibilidade. Entretanto, se uma pessoa mata alguém, sua conduta fere uma conduta prevista no código penal, e essa conduta tipificada provocará a reação punitiva do estado. Em resumo: resguardando o direito, existe a coerção (força) potencial do estado, que se concretiza com alguma forma de sanção (punição). A sanção deve ser aplicada à pessoa ou instituição que transgrediu a norma jurídica. Caracterizando-se somente em sanções nos casos de desobediência ou transgressão do dever jurídico. b) SISTEMA IMPERATIVO ATRIBUITIVO: em decorrência da coercibilidade, a norma jurídica assume uma característica imperativa e atributiva. Imperativa, porque tem o poder de imperar, a impor a uma parte o cumprimento de um dever. Atributiva, porque atribuí à outra parte o direito de exigir o cumprimento do dever imposto pela norma. E por isso que se costuma dizer: “o direito de um, é o dever do outro”. DIREITO E JUSTIÇA PROFESSOR JOCEMAR CARNEIRO DOS SANTOS _____________________________________________________________ 9 c) PROMOÇÃO DA JUSTIÇA: conteúdo da norma jurídica deve ter como finalidade estabelecer justiça entre os homens. Justiça é a virtude de dar a cada um o que é seu, solucionando de modo equilibrado os interesses em conflito. A prática da justiça é a alimentação pelos ideais de ordem e segurança, poder e paz, cooperação e solidariedade. No plano teórico, costuma-se reconhecer que a normas jurídicas tendem a realizar os ideais da justiça. Ou seja, a justiça seria o objeto que dá sentido à existência na norma jurídica. Do contrário, ela não seria uma norma legítima, e sim arbitrária. Em termos práticos, entretanto, sabemos que a forma jurídica e o processo judicial que visa a sua aplicação ainda estão distantes de realizar, a contento, os ideais de justiça. DIREITO NATURAL X DIREITO POSITIVO: A Filosofia do Direito tem como tema recorrente o estudo do Direito Natural, assim como do Direito Positivo. Neste caso, um retrospecto histórico é muito importante para que possamos entender o caráter cíclico, permanente e eterno do Direito Natural andando junto com o fenômeno jurídico positivo. Deve-se observar também que o jus naturalismo possui função de ordenar e sustentar o positivismo, já que este não é autossuficiente, necessitando de legitimidade, e está legitimidade encontra-se aparente no Direito Natural. Enquanto isso, o Direito Positivo é o que estabelece as ações a serem cumpridas, indiferentemente do conhecimento de cada indivíduo, as ações são reguladas através das normas e por este motivo devem ser desempenhadas do modo prescrito na norma. Porém, para os naturalistas, o Direito Natural pode ser considerado uma base do direito, ou seja, o critério para se determinar o que é justo, e seguindo este pensamento podemos considerar que o Direito Natural é permanente e eternamente válido, independente da legislação, já que o mesmo surge da necessidade de princípios gerais que possam valer para qualquer povo em qualquer tempo e território. Em explicação ao Direito seria a razão, porém o fundamental no Direito Natural eram as leis infundidas por Deus no coração do homem, assim sendo, o homem teria liberdade de seguir essas leis ou não, o que ocasionaria inúmeros conflitos posteriores já que as leis naturais seriam cumpridas de acordo com a vontade humana e não poderiam intimidar o homem com castigos reais, apenas sua moral seria atingida. DIREITO E JUSTIÇA PROFESSOR JOCEMAR CARNEIRO DOS SANTOS _____________________________________________________________ 10 Das distinções ora apresentadas temos que são dois os critérios para distinguir o Direito Positivo (jus civile) do Direito Natural (jus gentium): O primeiro limita-se a um determinado povo, ao passo que o segundo não tem limites; O primeiro é posto pelo povo (isto é, por uma entidade social criada pelos homens), enquanto o segundo é posto pela naturalis ratio. O Direito Positivo é mutável, portanto, imperfeito, já que as normas e leis estão todas sujeitas ao desgaste com a evolução DIREITO OBJETIVO: É considerado como direito objetivo, "o conjunto de regras jurídicas obrigatórias, em vigor no país, numa dada época" (José Cretella Júnior). Em outras palavras, o direito objetivo são as normas jurídicas, as leis, que devem ser obedecidas rigorosamente por todos os homens (cidadãos) que vivem na sociedade que adota essas leis. O descumprimento dá origem a sanções. DIREITO SUBJETIVO: O direito subjetivo pode ser definido como "a faculdade ou possibilidade que tem uma pessoa de fazer prevalecer em juízo a sua vontade, consubstanciada num interesse." (José Cretella Júnior). Ou, "o interesse protegido pela lei, mediante o recolhimento da vontade individual." (Ilhering). - SISTEMA JURIDICO: É um conjunto de normas jurídicas em vigência em determinado Estado. Com toda importância de aplicação diante de cada caso em estudo. Como pode ser a ciência do direito, por outro lado, é um sistema nomo empírico, teorético ou declarativo, que utiliza linguagem científica. Tal ciência se baseia em um axioma que lhe serve de base, possibilitando o seu desenvolvimento, que é a norma fundamental descrita por Hans Kelsen. DIREITO ESTATAL X NÃO ESTATAL: A ordem jurídica é formada por dois níveis fundamentais que coexistem e se complementam, denominados direito Estatal e direito Não-Estatal. O primeiro é composto das regras gerais formalmente produzidaspelo poder público, isto é, pela grande estrutura institucional, política e jurídica, denominada Estado. O direito não- estatal é composto pela regulamentação dos variados grupos e seguimentos sociais, que definem regras internas de comportamento e funcionamento. Essas regras são http://pt.wikipedia.org/wiki/Hans_Kelsen DIREITO E JUSTIÇA PROFESSOR JOCEMAR CARNEIRO DOS SANTOS _____________________________________________________________ 11 subordinadas as Estatais, havendo uma hierarquia entre as duas, por isso o direito não-estatal está proibido de contrariar as regras do direito estatal. Exemplos de regras do direito não-estatal são as regras de cada condomínio, empresa, igreja, etc. MONISMO JURIDICO: Para o monismo jurídico estatal o direito deve coincidir unicamente como direito positivo do Estado não considerando a existência de um direito natural. Só reconhece as leis emanada do Estado. No que diz respeito ao monismo jurídico estatal, pode-se afirmar que ele se consubstancia como o produto histórico da formação dos grandes Estados na Era Moderna, nascidos sobre a dissolução da sociedade medieval É vista como a validade e a estrutura de norma que faz garantir a um Estado em suas concepções de valor e de concentração de respeito diante uma sociedade. Com atribuições das leis dispensadas por cada ente público em suas necessidades de atuações, para garantir e fazer valer o direito social como fonte de conduta e norma jurídica. O valor está presente pelo Estado, como suporte de garantia de uma proteção social ampla e coerciva. Ou melhor, segurança jurídica para garantir o direito em todos os seus meios. PLURALISMO JURÍDICO: O pluralismo jurídico pode ser definido como a existência de mais de um ordenamento jurídico válido nas limitações de um mesmo Estado. As situações de pluralismo jurídico sempre aludem a uma dicotomia econômica, ou seja, a uma luta de classes. Temos como admitir regras criadas por grupos sociais particulares e em relações contratuais. DIREITO E JUSTIÇA PROFESSOR JOCEMAR CARNEIRO DOS SANTOS _____________________________________________________________ 12 APOSTILA 3. FONTES DO DIREITO. DIVISÃO DAS FONTES DO DIREITO. FONTE MATERIAL. FONTES FORMAIS. OUTRAS CLASSIFICAÇÕES. DIREITO E JUSTIÇA PROFESSOR JOCEMAR CARNEIRO DOS SANTOS _____________________________________________________________ 13 FONTES DO DIREITO. É uma expressão utilizada no meio jurídico para se referir aos componentes utilizados no processo de composição do direito, enquanto conjunto sistematizado de normas, com um sentido e lógica próprios, disciplinador da realidade social de um estado. Em outras palavras, fontes são as origens do direito, a matéria prima da qual nasce o direito. Podemos entender, como nascente, ou melhor origem de um discurso jurídico. DIVISÃO DAS FONTES DO DIREITO. As fontes do direito estão divididas em fontes materiais e formais, para atender a concepção do sistema jurídico. FONTE MATERIAL. Está relacionado ao organismo dotado de poderes para a elaboração de leis. Por exemplo, o artigo 22, I, da constituição federal estabelece que a união é a fonte de produção do direito penal, o que quer dizer que os estados e os municípios não detêm o poder de legislar sobre a matéria. FONTES FORMAIS. São aquelas pela qual o direito se manifesta. As fontes formais imediatas são aqueles fatos que, por si só, são fatos geradores do direito, como por exemplo, as normas legais. As fontes formais mediatas são os costumes, os princípios gerais do direito, a jurisprudência e a doutrina. No artigo 4º. da Lei de Introdução ao Código Civil temos que quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito. OUTRAS CLASSIFICAÇÕES. Grandes doutrinadores defendem outras classificações das fontes do direito. Passamos citar o de melhor de cada exposição como assim segue: André Franco Montoro (Introdução à ciência do direito. 30º ed. São Paulo: RT,2013. 375) divide as fontes do direito em fontes históricas e sociológicas (vontade http://www.infoescola.com/direito/fontes-do-direito/ DIREITO E JUSTIÇA PROFESSOR JOCEMAR CARNEIRO DOS SANTOS _____________________________________________________________ 14 social preponderante ou realidade social) e fontes imediatas ou técnicas (lei, costume jurídico, jurisprudência e doutrina). Hans Kelsen (Teoria pura do direito 6. Ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003) entende que apenas a lei emanada pelo O Estado é fonte formal do Direito, que só passa a existir a partir do momento em que é definido por meio de determinado comando legal. Maria Helena Diniz (Compêndio de Introdução à ciência do direito.18.ed.São Paulo: Saraiva,2006) classificação as fontes em materiais e formais, subdividindo estas em estatais (legislação, produção jurisprudencial) e não estatais (prática consuetudinária, atividade cientifico-jurídico, poder negocial e poder normativo dos grupos sociais). Relações sociais Materiais Valor Moral. Fontes do Direito Imediatas ou Primarias – Lei e Costume Formais Mediata ou Secundárias - Jurisprudência e Doutrina DIREITO E JUSTIÇA PROFESSOR JOCEMAR CARNEIRO DOS SANTOS _____________________________________________________________ 15 APOSTILA 4. LEI ELEMENTO DA LEI ELEMENTO MATERIAL ELEMENTO FOMAL ELEMENTO INSTRUMENTAL ETAPAS DO PROCESSO LEGISLATIVO. - INICIATIVA; - DEBATES; - APROVAÇÃO; - SANÇÃO OU VETO; - PROMULGAÇÃO; - PUBLICAÇÃO; DIREITO E JUSTIÇA PROFESSOR JOCEMAR CARNEIRO DOS SANTOS _____________________________________________________________ 16 1-LEI. É função essencial do estado para estabelecer regras de condutas de vida em sociedade por concentração dos poderes, o legislativo, que cria as leis, o executivo que pacifica a sua materialização e judiciário que fiscaliza a conduta do Estado em relação aos mais variados aspectos. 2-ELEMENTO DA LEI. Este possui uma composição abraçada por três elementos de suma importância que atende à necessidade de sua manifestação, como: 3 - ELEMENTO MATERIAL. É constituída por três preceitos que assim segue: GERAL - porque obriga a todos os jurisdicionados indistintamente, a atender o que o Estado determina. ABSTRATO- porque prevê casos em tese, ou seja, abarcam variadas situações da vida social. PERMANENTE- porque, uma vez validamente inserida no ordenamento jurídico, tem vocação de perdurar no tempo, observadas as regras de vigência e revogação da norma jurídica. 4- ELEMENTO FORMAL. A lei, para que passa integrar o ordenamento jurídico deve obedecer a determinadas formalidades, ou melhor, e necessário submeter a processo de criação. Passar ao processo legislativo de cada casa correspondente. 5- ELEMENTO INSTRUMENTAL. A lei, por ser um comando que obriga a todos sob pena de sanção deve ser escrita para que possa atender e ser de conhecimento de todos. Se faz, claro no artigo 3º da LINDB (decreto-lei 4657/42): “Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece”. DIREITO E JUSTIÇA PROFESSOR JOCEMAR CARNEIRO DOS SANTOS _____________________________________________________________ 17 6- ARTIGOS, PARÁGRAFOS, INCISOS E ALINEAS: Demonstram a forma de existência e procedimento da lei, ou melhor,seu comando. a) O artigo deve se referir a apenas um tema que, trazendo a ideia central de norma ou conduta, que passa a ser chamada de Caput, que é a ideia central. b) Os parágrafos são usados para expandir, restringir ou detalhar a ideia enunciada no caput do artigo. c) Os incisos são usados para exprimir enumerações relacionadas ao caput do artigo ou ao parágrafo. d) As alíneas e itens também são meios de enumerações que se submetem, igualmente, à seguinte ordem hierárquica: PROCESSO LEGISLATIVO: O termo processo legislativo pode ser compreendido em duplo sentido – jurídico e sociológico. Jurídico: consiste no conjunto coordenado de disposições que disciplinam o procedimento a ser obedecido pelos órgãos competentes na produção das leis e atos normativos que derivam diretamente da própria Constituição. Sociológico: conjunto de fatores reais que impulsionam e direcionam os legisladores a exercitarem suas tarefas. É sequência de atos que visam a formação das espécies normativas previstas no art. 59 da CF. Art. 59 - O processo legislativo compreende a elaboração de: I. Emendas à Constituição; II. Leis complementares; III. Leis ordinárias; IV. Leis delegadas; V. Medidas provisórias; VI. Decretos legislativos; VII. Resoluções. Parágrafo único - Lei complementar disporá sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação das leis. DIREITO E JUSTIÇA PROFESSOR JOCEMAR CARNEIRO DOS SANTOS _____________________________________________________________ 18 É o desrespeito às normas do processo legislativo constitucionalmente previstas acarretam a inconstitucionalidade formal da lei ou ato normativo, possibilitando o controle repressivo de constitucionalidade por parte do Poder Judiciário. A CF/88 aboliu o instrumento do decurso de prazo. PROCESSO LEGISLATIVO ORDINÁRIO Possui as seguintes fases: introdutória, constitutiva e complementar. A. Fase Introdutória Iniciativa de lei – faculdade que se atribui a alguém ou a algum órgão para apresentar projetos de lei ao Legislativo, podendo ser parlamentar, extraparlamentar e concorrente ou exclusiva. Parlamentar: prerrogativa que a Constituição confere a todos os membros do Congresso Nacional de apresentação de projetos de lei. Extraparlamentar: conferida ao Chefe do Poder Executivo, aos Tribunais Superiores, ao Ministério Público e aos cidadãos (iniciativa popular). Concorrente: é aquela pertencente a vários legitimados de uma só vez (parlamentares e Presidente da República), enquanto iniciativa exclusiva é aquela reservada a determinado cargo ou órgão (art. 61, §1.º). Serve a iniciativa para saber-se qual das Casas legislativas analisará primeiramente o assunto, e qual será a revisora. A discussão e votação dos projetos de lei de iniciativa do Presidente da República, do Supremo Tribunal Federal, dos Tribunais Superiores e dos cidadãos, terão início na Câmara dos Deputados (arts. 61, §2.º e 64, caput da Constituição Federal). B. Fase constitutiva I - Deliberação Parlamentar: o projeto seguirá na respectiva Casa Legislativa, para a fase de instrução, nas comissões, onde inicialmente será analisada a sua constitucionalidade e posteriormente seu mérito, nas chamadas, respectivamente, Comissão de Constituição e Justiça e Comissões Temáticas. Tal análise será procedida tanto na Câmara dos Deputados (Comissão de Constituição, DIREITO E JUSTIÇA PROFESSOR JOCEMAR CARNEIRO DOS SANTOS _____________________________________________________________ 19 Justiça e de Redação) como no Senado (Comissão de Constituição, Justiça e cidadania), cabendo-lhe, precipuamente, a análise dos aspectos constitucionais, legais, jurídicos, regimentais ou de técnica legislativa dos projetos etc. Posteriormente, em plenário, presente a maioria absoluta, aprovar-se-á o projeto pela maioria simples. II - Deliberação executiva: Sanção: é a aquiescência do Presidente da República aos termos de um projeto de lei devidamente aprovado pelo Congresso Nacional. Pode ser expresso (quando se manifesta favoravelmente, no prazo de 15 dias úteis) ou tácito (quando silencia nesse mesmo prazo). Pode ser também: total ou parcial. Veto: é a manifestação de discordância do Presidente da República com o projeto de lei aprovado pelo Legislativo, no prazo de 15 dias úteis (o dia inicial não se conta, mas sim o dia final). A discordância poderá ser em razão do aspecto formal (inconstitucionalidade) ou em razão do aspecto material (contrário ao interesse público). ESPÉCIES NORMATIVAS A Constituição Federal estabelece as seguintes espécies normativas: emendas à Constituição; leis complementares; leis ordinárias; leis delegadas; medidas provisórias; decretos legislativos; resoluções. I - Emendas Constitucionais Seguindo a tradição, nossa Constituição é rígida, excetuando a Carta de 1937. Antes de aprovadas, as emendas são atos infraconstitucionais; com a aprovação, passam a ser preceito constitucional. Mesmo assim, é possível a incidência do Controle de Constitucionalidade. DIREITO E JUSTIÇA PROFESSOR JOCEMAR CARNEIRO DOS SANTOS _____________________________________________________________ 20 A revisão serve para alterar a Constituição, não para muda-la. O Congresso Nacional, no exercício do Poder Constituinte Reformador, submete-se às limitações constitucionais. LIMITAÇÕES DO PODER REFORMADOR Emendas constitucionais LIMITAÇÕES Limitações expressas A) Materiais São as cláusulas pétreas; não somente os direitos e garantias individuais constantes do art. 5 da CF., como também, por exemplo, o art. 150, III, “b” da CF. Art. 60, §4.º da CF. B) Circunstanciais Pretendem evitar modificações na Constituição em certas ocasiões anormais e excepcionais do país, evitando a perturbação na liberdade e independência dos órgãos incumbidos da reforma. §1.º do art. 60 CF – “a Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio. ” C) Procedimentais ou formais Referem-se as disposições especiais, em relação ao processo legislativo ordinário, que o legislador constituinte estabeleceu para permitir a alteração da Constituição Federal. Incisos I, II e III, §§2.º, 3.º e 5.º do art. 60 da CF.: I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal; II - do Presidente da República; III - de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros. DIREITO E JUSTIÇA PROFESSOR JOCEMAR CARNEIRO DOS SANTOS _____________________________________________________________ 21 § 2º - A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros. § 3º - A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem. § 5º - A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa”. C.a) Fase introdutória A respeito da iniciativa, alternando-se segundo os incisos I, II e III do art. 60 da CF. C.b) Fase constitutiva 1. Deliberação parlamentar A emenda constitucional será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, sendo aprovada por 3/5 dos votos dos respectivos membros. 2. Deliberação executiva O Presidente da República não participa da fase constitutiva do processo legislativo de uma emenda constitucional, pois o titular do Poder Constituinte derivado reformador é o Poder Legislativo. Não há necessidade de sanção ou veto.A emenda constitucional aprovada pelas duas Casas do Congresso Nacional seguirá diretamente à fase complementar, para promulgação e publicação. C.c) Fase complementar A promulgação será realizada, conjuntamente, pelas Mesas do Senado Federal e Câmara dos Deputados. Apesar do texto constitucional silenciar, entende-se que a publicação é competência do Congresso Nacional. DIREITO E JUSTIÇA PROFESSOR JOCEMAR CARNEIRO DOS SANTOS _____________________________________________________________ 22 OBS: o art. 3.º do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias previa um procedimento diferenciado para alteração da Constituição, através de revisão, iniciando-se 5 anos a contar da promulgação da Constituição Federal, pelo voto da maioria absoluta dos Membros, em sessão unicameral – promulgou- se seis emendas constitucionais de revisão – inadmissível utilizar-se novamente do processo de revisão. Limitações implícitas O próprio art. 60 da CF. assegura-se em norma implícita, a não alteração do Poder Constituinte Reformador, para não afrontar a Separação dos Poderes da República. II – Lei Complementar – art. 59 da CF. Sua diferença está no processo legislativo diferenciado. A Constituição Federal reserva determinadas matérias cuja regulamentação será obrigatoriamente realizada por lei complementar. O legislador constituinte entendeu que algumas matérias não deveriam ser regulamentadas pela própria Constituição Federal, para não se dificultar futuras alterações, mas, ao mesmo tempo, não poderiam sujeitar-se as alterações constantes de um processo legislativo ordinário. Diferenças entre lei complementar e lei ordinária São duas as diferenças: a) Material – somente será objeto de lei complementar a matéria taxativamente prevista na CF. Todas as demais, por sua vez, deverão ser objeto de lei ordinária. Ex. (lei complementar) art. 7.º, I da CF.; art. 14, §9.º CF.; art. 18 §2.º, CF. etc. b) Formal – diz respeito ao processo legislativo, na fase de votação. O quórum para aprovação de lei ordinária é de maioria simples (art. 47); já o quórum para aprovação de lei complementar é de maioria absoluta (art. 69). DIREITO E JUSTIÇA PROFESSOR JOCEMAR CARNEIRO DOS SANTOS _____________________________________________________________ 23 Hierarquia entre lei complementar e lei ordinária III. Medida provisória e decreto-lei O decreto-lei não mais existe em nosso ordenamento jurídico. No concernente aos pressupostos de expedição do decreto-lei, estes eram apresentados alternativamente – “em casos de urgência ou de interesse público relevante”. Quanto aos pressupostos da medida provisória, a apresentação é cumulativa – “em casos de relevância e urgência”. O decreto-lei estava subordinado a condição de inocorrência de aumento de despesas, sendo que eram apontadas as matérias que seriam objeto. A medida provisória, por sua vez, não depende de nenhuma condição financeira, podendo versar, em princípio, sobre toda e qualquer matéria, ressalvado o artigo 246 da Constituição Federal – “É vedada a adoção de medida provisória na regulamentação de artigo da Constituição cuja redação tenha sido alterada por meio de emenda promulgada a partir de 1995” - e as limitações implícitas, decorrentes do princípio da reserva legal. O decreto-lei podia ser aprovado por decurso de prazo, caso o Congresso Nacional não se manifestasse. A medida provisória, ao contrário, para ser convertida em lei, necessita de aprovação expressa do Congresso Nacional. Os atos praticados durante a vigência do decreto-lei, não jaziam nulos em caso de rejeição. A medida provisória, se rejeitada, não tem eficácia desde a edição. O decreto-lei somente poderia ser aprovado “in totum”; a medida provisória, por sua vez, pode sofrer emendas, desde que não destoem da temática principal. IV – Lei delegada – art. 68 da CF. Art. 68 - As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, que deverá solicitar a delegação ao Congresso Nacional. § 1º - Não serão objeto de delegação os atos de competência exclusiva do Congresso Nacional, os de competência privativa da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, a matéria reservada à lei complementar, nem a legislação sobre: I - organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros; II - nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais; III - planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos. DIREITO E JUSTIÇA PROFESSOR JOCEMAR CARNEIRO DOS SANTOS _____________________________________________________________ 24 § 2º - A delegação ao Presidente da República terá a forma de resolução do Congresso Nacional, que especificará seu conteúdo e os termos de seu exercício. § 3º - Se a resolução determinar a apreciação do projeto pelo Congresso Nacional, este a fará em votação única, vedada qualquer emenda. Segundo ALEXANDRE DE MORAES, “lei delegada é ato normativo elaborado e editado pelo Presidente da República, em razão de autorização do Poder Legislativo, e nos limites postos por este, constituindo-se verdadeira delegação externa da função legiferante e aceita modernamente, desde que com limitações, como mecanismo necessário para possibilitar a eficiência do Estado e sua necessidade de maior agilidade e celeridade. ” Trata-se de espécie de ato normativo primário, derivado de pronto da Constituição. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, o qual deverá solicitar a delegação ao Congresso Nacional; trata-se de iniciativa exclusiva e discricionária exercida pelo Chefe do Poder Executivo, denominada de iniciativa solicitadora. A solicitação deve indicar o assunto, pois não serão todas as matérias passíveis de objeto de delegação: os atos de competência exclusiva do Congresso, os de competência privativa da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, matéria reservada a lei complementar, legislação sobre o Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e garantias de seus membros, nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais e planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos. Encaminhada a solicitação ao Congresso, a mesma será submetida a votação pelas respectivas Casas, em sessão conjunta ou separadamente. Sendo aprovada por maioria simples, passará a forma de resolução, especificando obrigatoriamente as regras sobre seu conteúdo e os termos de seu exercício. Na resolução será fixado o prazo para a delegação. O Presidente da República elaborará o texto normativo, promulgando- o e determinando a sua publicação. Poderá ser exigida ratificação parlamentar; se essa não ocorrer, o processo legislativo esgotar-se-á no interior do Poder Executivo (delegação típica ou própria). Caso a resolução mencione o retorno do projeto ao Legislativo, para apreciação em sessão única, vedada estará a apresentação de qualquer emenda (delegação atípica ou imprópria). IV.a Sustação de lei delegada- art. 49,V,CF DIREITO E JUSTIÇA PROFESSOR JOCEMAR CARNEIRO DOS SANTOS _____________________________________________________________ 25 Art. 49 - É da competência exclusiva do Congresso Nacional: (...) V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa; Se o Presidente da República extrapolar os limites de delegação fixados na resolução, o Congresso Nacional poderá sustar a referida lei delegada através da aprovação de decreto legislativo, paralisando seus efeitos normais. A sustação não será retroativa, mas sim, operar-se-á a partir da publicação do decreto legislativo (“ex nunc”), pois se trata de sustação, e não de anulação. V – Decreto legislativo – art. 49 da CF. É a espécie normativa destinada a veicular matérias decompetência exclusiva do Congresso Nacional (art. 49 da CF., Resolução n. º01/89 do Congresso Nacional, e a regulamentação exigida no art. 62, parágrafo único da CF.); trata- se também, de atos normativos primários veiculadores da competência exclusiva do Congresso, cujo procedimento não é regulado pela Constituição Federal, mas sim, pelo próprio Congresso Nacional. Os decretos legislativos serão instruídos, discutidos e votados em ambas as casas legislativas (sistema bicameral); se aprovados, serão promulgados pelo Presidente do Senado Federal, na qualidade de Presidente do Congresso Nacional, o qual determinará sua publicação. Não haverá participação do Presidente da República. VI – Resolução Resolução é ato do Congresso Nacional ou de qualquer de suas casas, o qual objetiva regular matéria de competência do Congresso Nacional ou privativa de suas casas; em regra possui efeitos internos. Excepcionalmente, terá efeitos externos – Ex. delegação legislativa. O processo legislativo da resolução não é tratado na Constituição Federal, cabendo ao regimento interno de cada uma das casas, discipliná-lo. Não haverá participação do Presidente da República. DIREITO E JUSTIÇA PROFESSOR JOCEMAR CARNEIRO DOS SANTOS _____________________________________________________________ 26 APOSTILA 5. COSTUME JURÍDICO. ELEMNTOS DOS COSTUMES JURIDICO. - ELEMENTO OBJETIVO. - ELEMENTOS SUBJETIVO. CLASSSIFICAÇÃO DO COSTUME JURÍDICO. DIREITO E JUSTIÇA PROFESSOR JOCEMAR CARNEIRO DOS SANTOS _____________________________________________________________ 27 COSTUME JURIDICO. Conceito segundo o dicionário Aurélio: Costume significa “uso, hábito ou prática geralmente observada”. Na dinâmica Jurídica, as normas passam a ser estudadas em conjunto, em ordenamento, porque normas revogam outras normas, normas validam outras normas que foram criadas, etc. Sendo assim, a dinâmica jurídica se incumbe de explicar o surgimento, a vida útil e o perecimento das normas, com foco nas fontes do direito. Características do Costume: Prática Repetida Aceita pela sociedade Espontânea Resultante de acontecimentos sociais Lapso temporal continuo (condicionante) BASE PRIMORDIAL. a) Valores Morais b) Bom senso c) Ideais de Justiça O Costume é fonte destemida, ou seja, supletiva para os sistemas jurídicos CONCEITO DE COSTUME. Costume Jurídico é a prática de uma forma de conduta, repetida de maneira uniforme e constante pelos membros de uma comunidade, acompanhada da convicção de sua obrigatoriedade. O Costume por si só, significa, prática social repetida, cuja quebra gera a reprovação social. DIREITO E JUSTIÇA PROFESSOR JOCEMAR CARNEIRO DOS SANTOS _____________________________________________________________ 28 O Costume Jurídico, significa, a prática social repetida e sua violação acarreta responsabilidade jurídica. O Direito Costumeiro tem grande importância na Inglaterra, EUA e outros países filiados a tradição britânica do Common Law. Common Law é uma coletânea de decisões judiciais que passam a constituir modelo obrigatório para a decisão dos demais casos idênticos. HÁBITO – É o agir repetitivo individual USOS – Seriam um conjunto de atos e condutas, usualmente observados, reiterados em um meio social que só se transformam em costume quando houver a obrigatoriedade da conduta – a repetição coletiva. PREVISÃO LEGAL. LINDB– art. 4º e a CLT – art.8 Determinam que os juízes decidam (também) pelos costumes, em hipóteses de omissão das leis. - CPC – Art. 140. O juiz não se exime de decidir sob a alegação de lacuna ou obscuridade do ordenamento jurídico. O costume emprega 3 funções ao direito: a) De INSPIRAR o legislador a normatização as condutas; b) De SUPRIR as lacunas da lei; c) De SERVIR DE PARÂMETRO para a interpretação da lei. ELEMENTOS DOS COSTUMES JURIDICO. - ELEMENTO OBJETIVO- é o uso reiterado de determinado costume. Não há, atualmente, previsão de tempo para ser considerar um costume como fonte válida do Direito, que na Lei da Boa Razão, segundo o qual o costume só era considerado como fonte do direito se fosse praticado por amis 100 nos. - ELEMENTO SUBJETIVO – é a consciência social de que o costume é necessário ao interesse da sociedade, tornando sua observância obrigatória em determinados casos (opinio iuris= opinião do direito). DIREITO E JUSTIÇA PROFESSOR JOCEMAR CARNEIRO DOS SANTOS _____________________________________________________________ 29 CLASSSIFICAÇÃO DO COSTUME JURÍDICO. a) SECUNDUM LEGEM – Segundo a lei; b) PRAETER LEGEM – Na falta da lei; c) CONTRA LEGEM – Contra a lei. A). Secundum Legem - é aquele que, embora não contido no preceito legal, é previsto, reconhecido e admitido como obrigatório pela lei. - Ex. art.569, II, CC 2002 – “O locatário é obrigado: (…) - a pagar pontualmente o aluguel nos prazos ajustados, e, em falta de ajuste, segundo o costume do lugar” B). Praeter Legem - é aquele que intervém na falta ou omissão da lei apresentando caráter supletivo. Surge do silêncio da lei sobre determinado assunto, preenchendo as lacunas. Está consagrado no art. 4º LINDB - “Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais do direito”. C) - Contra Legem – é aquele que contraria dispositivo da lei. Se dá pelo desuso. Também chamado de costume ab-rogatório, por estar implicitamente revogando dispositivos legais. “A Revolta dos fatos contra os códigos” DIREITO E JUSTIÇA PROFESSOR JOCEMAR CARNEIRO DOS SANTOS _____________________________________________________________ 30 APOSTILA 6. JURISPRUDÊNCIA. PROCEDIMENTOS IMPORTANTES. SÚMULAS. SÚMULAS VINCULANTES. DIREITO E JUSTIÇA PROFESSOR JOCEMAR CARNEIRO DOS SANTOS _____________________________________________________________ 31 JURISPRUDÊNCIA. O termo jurisprudência descende do latim iuris prudentia, e faz referência a todas as decisões judiciais e a doutrina que elas contêm. O termo também pode ser usado para se referir ao julgamento de uma questão jurídica que foi estabelecida por julgamentos anteriores e a ciência do direito em geral. A lei é uma fonte de direito, composto por ações passadas que levaram à criação ou modificação dessa lei. Então, às vezes, diz-se que um determinado evento “estabeleceu jurisprudência” para o tribunal de um país. Os juízes, em muitos casos, devem basear as suas decisões levando em conta uma revisão de falhas anteriores. Isto significa que a revisão da jurisprudência é feita. A importância da jurisprudência na área de direito é fundamental. Porque graças a ela pode-se contornar as imperfeições que tem o sistema jurídico, criando o que seria o conteúdo legal para casos futuros que podem ter uma similaridade substancial. Entre as várias funções que são atribuídas a jurisprudência podemos estabelecer que, talvez, a mais importante e significativa, seja a interpretadora. No entanto, também é necessária enfatizar a sua função integradora. Sob essa designação a jurisprudência tem como tarefa cobrir as lacunas ou deficiências que existem no direito, onde não há lei que aborde um problema particular. A Jurisprudência assim é responsável por supervisionar o progresso e adaptar-se ao que seriam as demandas históricas da sociedade em todos os momentos. Ao estudar as diversas alterações da lei ao longo da história, é possível conhecer a evolução das leis. Há momentos em que as reformas não se aplicam aos reais interesses de um povo, portanto, dentro daperspectiva da jurisprudência se procurará saber a verdadeira história e a aplicação da justiça mais pertinente a determinado momento histórico. É importante notar, entretanto, que o valor, importância ou eficácia da jurisprudência muda de acordo com a legislação de cada país. Em países como os Estados Unidos e Inglaterra, por exemplo, em que prevalece uma tradição do direito anglo saxônico, o direito é todo baseado em jurisprudência. Em países alinhados a uma tradição de direito romano, como Brasil e Portugal, a obediência a jurisprudência é menos comum. DIREITO E JUSTIÇA PROFESSOR JOCEMAR CARNEIRO DOS SANTOS _____________________________________________________________ 32 SÚMULAS. Definição - A súmula é uma construção jurisprudencial, criada a partir do dinamismo das relações de direito. A palavra súmula tem significação de “sumário” ou “resumo” e origina-se do latim summula, refere-se ao teor reduzido ou abreviado de um julgado ou enunciado jurisprudencial que reflete entendimento pacífico de determinado tribunal. Nesse sentido Streck define a súmula como: “[...] o resultado da jurisprudência predominante de um tribunal superior brasileiro, autorizado pelo Código de Processo Civil. ” Aqui, segundo o doutrinador, Streck, para prever a emissão de súmulas, objetiva o legislador “proporcionar maior estabilidade à jurisprudência e simplificar o julgamento das questões mais frequentes perante o Judiciário”. Entretanto, segundo o doutrinador Accioly Filho as leis já carecem de flexibilização, de modo que endurecer sua interpretação, através de proposituras dificilmente afastáveis, seria abrir mão do pouco deixado pelo sistema para a modelação do direito positivo de acordo com cada caso concreto. No mesmo sentido, Carlos Maximiliano: “Em virtude da lei do menor esforço e também para assegurar os advogados o êxito a aos juízes inferiores a manutenção de suas sentenças, do que muito se vangloriam, preferem, causídicos e magistrados, às exposições sistemáticas da doutrina jurídica os repositórios da jurisprudência. ” Com muita propriedade o doutrinador, Alfredo Buzaid oferece uma significativa definição de súmula traçando um paralelo com a lei: “Uma coisa é a lei; outra, é a súmula. A lei emana do poder legislativo. A súmula é uma apreciação do poder judiciário, que interpreta a lei em sua aplicação aos casos concretos. Por isso a súmula pressupõe sempre a existência da lei e a diversidade de sua exegese. A lei tem caráter obrigatório; a súmula revela-lhe o seu alcance, o sentido e o significado, quando ao seu respeito se manifestam simultaneamente dois ou mais entendimentos. Ambas têm caráter geral. Mas o que distingue a lei da súmula é que esta tem caráter jurisdicional e interpretativo. É jurisdicional, porque emana do Poder Judiciário; é interpretativo, porque revela o sentido da lei; cinge-se a aplicá-la, o que significa que é a própria voz do legislador. Se não entender assim, se a interpretação refulgir ao sentido real da lei, cabe ao legislador dar-lhe interpretação autêntica. DIREITO E JUSTIÇA PROFESSOR JOCEMAR CARNEIRO DOS SANTOS _____________________________________________________________ 33 A súmula não comporta interpretação analógica”. . Conclusão Indiferente a divergentes posicionamentos doutrinários, temos que as súmulas, sobre os operadores do direito, possuem forte influência, beirando o próprio poder normativo. Faria cria o termo “ controlabilidade difusa” para descrever a característica da atividade Jurisdicional de exercer ascendência aos futuros julgadores, e é essa própria ascendência que motiva a criação e a utilização das súmulas, tanto pelos operadores originários do direito – advogados – quanto pelos magistrados em suas decisões, uma vez que o escopo do instituto, como já salientado, visa a uniformização das decisões, buscando uma prestação jurisdicional mais justa para com os seus jurisdicionados por assim dizer. SÚMULAS VINCULANTES. Desde o final de 2007, o Supremo Tribunal Federal – STF, vem editando enunciados para as chamadas Súmulas Vinculantes, cuja previsão legal é a Emenda Constitucional nº 45/04, que prevê, em seu art. 103-A, caput, a possibilidade de uma súmula ter eficácia vinculante sobre decisões futuras. De acordo com a legislação apontada, "o Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei". O objetivo é tentar assegurar o princípio da igualdade, evitando que uma mesma norma seja interpretada de formas distintas para situações fáticas idênticas, criando distorções inaceitáveis, bem como "desafogar" o STF do atoleiro de processos em que se encontra, gerado pela repetição exaustiva de casos cujo desfecho decisório já é de notório conhecimento. Claro que existem argumentações que vão contra a criação e aplicação de Súmulas Vinculantes (que são de competência exclusiva do STF), porém, há que se esclarecer que elas visam a nortear os julgamentos de casos semelhantes, reduzindo o volume de processos no Judiciário. Trata-se, como dito, de uma tentativa de "desafogar" a Suprema Corte, observando-se que para aprová-las, revê-las ou cancelá-las, dois requisitos estampados na EC nº 45/04 devem ser cuidadosamente observados: - Quanto à origem, são emanadas unicamente pelo o STF, de ofício ou mediante provocação; DIREITO E JUSTIÇA PROFESSOR JOCEMAR CARNEIRO DOS SANTOS _____________________________________________________________ 34 - Quórum mínimo de dois terços dos membros do tribunal; - Somente matéria constitucional, após reiteradas decisões, poderá ser objeto da súmula vinculante, ficando afastadas questões de outra natureza. - Para se tornar vinculante, deve ser publicada na Imprensa Oficial. MEDIDA DE GRANDE IMPORTÂNCIA: Os juízes a quo podem deixar de aplicar a súmula vinculante em suas decisões, desde que o façam de modo fundamentado, em casos que divergem substancialmente das circunstâncias previstas em tais sumulas. DIREITO E JUSTIÇA PROFESSOR JOCEMAR CARNEIRO DOS SANTOS _____________________________________________________________ 35 APOSTILA 7. DOUTRINA DOUTRINA COMO FONTE DO DIREITO. DOUTRINADORES. TEORIA DO TRIDIMENSIONALISMO. DIREITO E JUSTIÇA PROFESSOR JOCEMAR CARNEIRO DOS SANTOS _____________________________________________________________ 36 DOUTRINA. Doutrina é definida como um conjunto de princípios que servem de base a um sistema, que pode ser literário, filosófico, político e religioso. Doutrina também pode ser uma fonte do direito. É formada pela atividade dos juristas quando ensina, proferem pareceres, enfim, quando emitem opiniões , relacionando proposições jurídicas , conferindo-lhes caráter de verdade ou próximo do real. Doutrina está sempre relacionado à disciplina, a Qualquer coisa que seja objeto de ensino, e pode ser propagada de várias maneiras, através de pregações, opinião de pessoas conhecidas, ensinamentos, textos de obras, psicologia, sociologia, religiosa, adotadas pelos grandes pensadoras em suas obras. Doutrina também está presente nas ciências jurídicas, onde também é chamada de direito científico, que são estudos desenvolvidos por juristas, com o objetivo de compreender os tópicos relativos ao Direito, como normas e institutos. DOUTRINA COMO FONTE DE DIREITO. Grandes autoresnegam o caráter de fonte de direito da doutrina, afirmando que, por mais que deva ser respeitada a opinião de um jurisconsulto , ela nunca teria autoridade de observância obrigatória. Podemos observar quando passamos a ter novas leis se abrochando no sistema jurídico começamos a ver a chegada de várias doutrinas expondo o pensamento da norma em vigência. DOUTRINADORES. Não há como negar o poder de criação do Direito aos modelos de pensamento advindos da doutrina (REALE, Miguel. Lições preliminares de direito. 27. Ed. São Paulo: Saraiva, 2007, p. 176). Como também o destaque de Direito-norma (MONTORO, André Franco, introdução à ciência do direito.30.ed. São Paulo: Revistas dos Tribunais, 2013, p.58). DIREITO E JUSTIÇA PROFESSOR JOCEMAR CARNEIRO DOS SANTOS _____________________________________________________________ 37 TEORIA DO TRIDIMENSIONALISMO. TORIA TREDIMENSIONAL DO DIREITO – MIGUEL REALE. É UMA CONTROPOSIÇÃO A TEÓRIA de HANS KELSEN. TRANCEDE OS LIMITES JUSPOSTIVISTAS: MORMATIVISMO X CULTURALISMO. - Direito+ realidade social mais valores. Mundo do ser: realidade social. Mundo do dever-ser: modelo social almejado. Fato + valor + norma – adiciona a questão do valor. HANS KELSEN – já desprezava o positivismo jurídico, pois prezava por uma realidade mais exata, ou seja, como a matemática. Distante da lógica da norma. Miguel Reale, adota existência a presença do ser humano, para atender a norma social. O correto é que ninguém pratique ilícito, ou melhor, o desejável é que ninguém pratique o ilícito (social, penal, civil...) VISÂO TRIDIMENSIONAL – EQUILIBRIO – INTERAÇÃO REAL DE FATO, NORMA E VALOR, numa dinâmica processual de mutua implicação. Valores se desenvolvem de relações históricas concretas, mas não se esgotam numa identidade de origem e fins com a própria realidade social, pois são inexauríveis; Fatos compõem o direito como realidade compreendida devendo ser abarcadas por valores; Portanto o fato social se atribui a um valor que origina de forma clara em uma norma. Todo o fato social deve ser primado pela visão axiológica, como também da moralidade. DIREITO E JUSTIÇA PROFESSOR JOCEMAR CARNEIRO DOS SANTOS _____________________________________________________________ 38 É bom lembrar que nem tudo moral é direito. Pois sempre visto o valor em sua existência. Ex. Um cidadão desvia da conduta normal. Terá que ser aplicado a norma pela sua conduta. MIGUEL REALE – Trata do equilíbrio entre POSITIVISMO E JUSNATURALISMO, para atender – FATO SOCIAL, VALOR E NORMA. As normas judicias não resultam da mera vontade do legislador, há processo de formação a partir da junção de um complexo de valores com um complexo fático. Para Reale, o fenômeno jurídico se apresenta como um fenômeno cultural, e a integração de fato, valor e norma e o meio maior desse culturalismo que se distância do tecnicismo estrito do normativo, mas não reduz o direito a uma sociologia, nem uma filosofia moral. A norma representa de certa maneira as concepções culturais. A concepção jurídica é respeitada diante de cada meio a estrutura, ou seja, cada Estado. O fenômeno jurídico se apresenta como fenômeno cultural. Miguel Reale, afirma que o direito não é conduzido para uma forma Sociológica. Ou melhor, não reduzido a Estrutura Sociológica. JUSNATURALISMO E JUSPOSITIVISMO. O homem sempre seguiu regras, seja social, moral ou jurídica, ele sempre se guiou através de regras de condutas, hoje vamos falar das duas correntes em que o direito se divide que são elas: a corrente do jus naturalismo e a corrente do jus positivismo. A corrente do jus naturalismo defende que o direito é independente da vontade humana, ele existe antes mesmo do homem e acima das leis do homem, para os jus naturalistas o direito é algo natural e tem como pressupostos os valores do ser humano, e busca sempre um ideal de justiça. DIREITO E JUSTIÇA PROFESSOR JOCEMAR CARNEIRO DOS SANTOS _____________________________________________________________ 39 O direito natural é universal, imutável e inviolável, é a lei imposta pela natureza a todos aqueles que se encontram em um estado de natureza. Ao contrário do que defende a corrente jus naturalista (jus naturalismo), a corrente juspositivista (juspositivismo) acredita que só pode existir o direito e consequentemente a justiça através de normas positivadas, ou seja, normas emanadas pelo Estado com poder coercivo, podemos dizer que são todas as normas escritas, criadas pelos homens por intermédio do Estado. O direito positivo é aquele que o Estado impõe à coletividade, e que deve estar adaptado aos princípios fundamentais do direito natural. Veja as principais diferenças entre o jus naturalismo e o jus positivismo: JUSNATURALISMO Leis superiores Direito como produto de ideias (Metafísico Pressuposto: Valores Existência deles naturais JUSPOSITIVISMO Leis impostas Leis como produto da ação humana (empírico-cultural) Pressuposto: o próprio ordenamento positivo Existência de leis formais. E para finalizar esse posicionamento devo dizer que a corrente predominante atualmente é a corrente do jus positivismo. A corrente do jusnaturalismo defende que o direito é independente da vontade humana, ele existe antes mesmo do homem e acima das leis do homem, para os jusnaturalistas o direito é algo natural e tem como pressupostos os valores do ser humano. DIREITO E JUSTIÇA PROFESSOR JOCEMAR CARNEIRO DOS SANTOS _____________________________________________________________ 40 APOSTILA 8. SISTEMAS JURIDICOS. RAMOS DO DIREITO. ZETÉTICA JURICA. DIREITO E JUSTIÇA PROFESSOR JOCEMAR CARNEIRO DOS SANTOS _____________________________________________________________ 41 SISTEMAS JURIDICOS. Na seara jurídica contemporânea, se observam cinco sistemas jurídicos, o Direito Romano-Germânico (Civil Law ou Continental Law), a Common Law, o Direito Consuetudinário, o Direito Muçulmano, e o Sistema Jurídico Misto (Common Law aliada à Civil Law); sendo, os portadores de maior destaque e de maior aplicação, a Common Law e a Civil Law. Ad initio, faz-se mister diferenciar estes grandes sistemas jurídicos. A Common Law se fundamenta na lei não escrita, no direito jurisprudencial e nos costumes; enquanto que a Civil Law se alicerça na lei devidamente positivada e codificada. O Direito foi, durante um vasto lapso temporal, fundamentado em costumes e usos comuns às sociedades na qual se instaurava; advindo daí o sistema jurídico denominado Common Law, se iniciou no fixar jurídico dos costumes que se apresentavam no tecido social de um povo, mediante o reconhecimento de tais costumes como normas de conduta pelos tribunais; sendo, de uma forma simplista, a fixação dos costumes como elementos de direito, por meio dos quais o cidadão deveria se pautar, dado que detinham força normativa para a sociedade em que se inseriam. O reconhecimento destes direitos baseados nos costumes, por parte dos tribunais, gerou um entendimento jurisprudencial que tem, neste sistema jurídico, o caráter de lei; uma vez que os tribunais se pautam por tais entendimentos, sobretudo de julgados anteriores, para exarar e fundamentar sentenças, criando o direito por meio de sua declaração – muito embora existam diversos entendimentos e posicionamentos, não havendo um consenso doutrinário acerca deste fato, posto que Blackstone (1979, v. 1, p. 69) defende que o direito é meramente declarado, e Bentham e Austin apud MacCormick (1966, p. 204) alegam ser o direito criado pelos juízes – havendo, contudo, na Common Law, um respeito obrigatório aos precedentes. Embora este reconhecimento doscostumes fosse algo notado desde a antiguidade, o sistema da Common Law, nos contornos conhecidos na contemporaneidade advém do sistema inquisitório inglês dos séculos XII e XIII, e, sobretudo, do reinado de Henrique II, em 1154, onde se implantou o stare decisis, que é a obediência aos precedentes. Nota-se que o clamor social também influi no Common Law, como, e.g. no assassinato de Thomas Becket, que levou a certo retrocesso deste sistema jurídico, e, mais ainda, com o implantar do parlamentarismo, que impôs limites aos costumes e precedentes, ao codificar alguns costumes na forma de lei. Com os romanos, observa-se um maior desenvolvimento da prerrogativa de escrever, sistematizar e codificar os costumes; muito embora a aplicação de elementos costumeiros não positivados fosse passível de acontecer. É em decorrência desta forma de Direito, mormente denominada Civil Law, que se tem um sistema jurídico fundamentado em leis escritas e codificadas, que englobam de forma geral e genérica, os casos particulares; cuja característica principal, além de ter como lastro a norma escrita, é apresentar um número extenuante mente maior de leis positivadas, em comparação com o Common Law; posto que os operadores DIREITO E JUSTIÇA PROFESSOR JOCEMAR CARNEIRO DOS SANTOS _____________________________________________________________ 42 do Direito, ao se depararem com um caso concreto, podem e devem recorrer às leis codificadas, analisando a que melhor se adequa, para que esta seja aplicada, sendo que os princípios do Direito, neste sistema, são elementos objetivos advindos da lei, aplicada com o intuito de assegurar um direito subjetivo. O Civil Law teve sua gênese primal, na forma como presentemente se nota nos ordenamentos jurídicos das nações, sob os auspícios do paradigma jurídico do Estado Liberal, respaldado pelo advento dos ideais desfraldados pela Revolução Francesa, levada a efeito pela Burguesia no ano de 1789, e que se sobrepôs ao Absolutismo e deu início ao denominado Constitucionalismo. Dado o momento histórico em que se vivia, em que a sociedade visava, sobretudo, impedir o absolutismo, limitando o poder estatal, surgiu a necessidade de se instituir um formalismo jurídico onde as normas legais fossem fixadas de forma indubitável, e onde a hermenêutica interpretativa do texto legal não fosse passível de desvirtuá-lo, sob pena de um autoritarismo político e/ou jurídico se impusesse à sociedade. Deste modo, o Sistema Jurídico do Civil Law caracteriza-se pelo fato de as leis serem a pedra primal da igualdade e da liberdade, posto que objetivava proibir o juiz de lançar interpretação sobre a letra da lei, fornecendo, para tanto, o que se considerava como sendo uma legislação clara e completa; onde, ao magistrado, caberia apenas proceder à subsunção da norma, solucionando, assim, os litígios, sem que haja uma necessidade premente de se estender ou restringir o alcance da lei, e sem que exista a ausência ou conflito de normas. Deste modo, ao se manter o juiz atado ao escrito na lei, se obteria a segurança jurídica, sendo este um elemento indispensável às decisões judiciais. Tal segurança seria originária na própria lei que mitiga a capacidade interpretativa do juiz, de modo que este não favorecesse a um dos litigantes e prejudicasse o outro. Nota-se aí, um ideal de fraternidade – um dos ideais apregoados pela Revolução Francesa – posto que a norma jurídica positivada também não favorece a um dos contendores em detrimento do outro, por ser isonômica e equânime, sendo igual para ambos, independentemente do polo em que se encontram na lide, e da condição social que detêm. Assim, o sistema da Civil Law, não apenas idealizou de forma fantasiosa que o magistrado apenas atuaria a vontade da norma, como presumiu que o cidadão seria detentor de segurança jurídica e previsibilidade no tocante às relações sociais, originárias na segurança de ter o juiz togado como mero aplicador subserviente das leis positivadas e codificadas. Esta restrição do juiz togado, concedida pela lei, se mostra em consonância com o princípio da tipicidade das formas processuais vigente no Estado Liberal, sendo, conforme Chiovenda (1901) apud Denti (1993), as formas do processo, uma “garantia das liberdades” dos jurisdicionados contra o arbítrio do magistrado; uma vez que existe uma “estreita ligação entre a liberdade individual e o rigor das formas processuais”. Nesta acepção, ao se aferir o poder de atuação do magistrado pelo texto da lei, exercer-se-ia um controle da atividade jurisdicional, assegurando às partes que o juiz não haveria de exceder os ditames e confins das praxes processuais; sendo, neste feito, a lei, uma forma de ‘conter’ o Poder Judiciário DIREITO E JUSTIÇA PROFESSOR JOCEMAR CARNEIRO DOS SANTOS _____________________________________________________________ 43 Conclusão: O ordenamento jurídico brasileiro segue o sistema jurídico romano- germânico, também denominado Civil Law, tendo por característica uma hipertrofia legislativa, onde impera um grande número de normas positivadas, que visam tutelar de forma genérica e abstrata os direitos dos quais os cidadãos são detentores, partindo da norma abstrata em direção ao caso concreto. Tais normas geram uma obrigatoriedade, onde o Poder Judiciário se encontra vinculado aos dispositivos legais, devendo se pautar por eles, e não detendo legitimidade para ‘inovar’ a matéria previamente legislada. Observa-se, todavia, um evoluir deste posicionamento – ainda que tímido – ante a incorporação de características típicas do Common Law, como a inserção da faculdade de complementação da lei por meio do considerar dos costumes nos casos em que a lei é omissa, bem como com a capacidade de se julgar, ante a ausência legislativa, pela analogia, os costumes, e os princípios gerais de direito. O sistema jurídico anglo-saxão – Common Law –, que tem permeado na ordem jurídica brasileira, contando com afinidades e diferenças com relação a esta, apresenta como característica a criação das normas jurídicas tendo por lastro os precedentes fixados nos julgados anteriores, e no considerar dos costumes vigorantes no meio social, partindo do caso concreto para se fixar uma norma genérica abstrata. RAMOS DO DIREITO. DIREITO PÚBLICO E DIREITO PRIVADO O DIREITO É UNO E INDIVISÍVEL, contudo sua divisão em direito público e privado é aceita por ser útil e necessária, não só sob o prisma da ciência do direito, mas também do ponto de vista didático. NÃO É ABSOLUTA ESTA SEPARAÇÃO = OS RAMOS SE INTERCOMUNICAM. Esta divisão dicotômica vem desde o Direito Romano. Atualmente, com os novos direitos sociais, que ultrapassam a mera individualidade, mas que não se tornam direito público, como o direito ambiental e o direito do consumidor, criou-se uma divisão tricotômica em direito público, direito privado e direito difuso. ATUALMENTE: - DIREITO PÚBLICO; - DIREITO PRIVADO; - DIREITO DIFUSO. DIREITO E JUSTIÇA PROFESSOR JOCEMAR CARNEIRO DOS SANTOS _____________________________________________________________ 44 Direito Público Direito Privado Conteúdo ou objeto da relação jurídica Interesse Geral Interesse Particular Forma da relação Relação de Subordinação Relação de Coordenação DIREITO PUBLICO: a) Normas Jurídicas que tem como matéria o Estado, suas funções e organização, a ordem e segurança interna, com a tutela do interesse público, tendo em vista a paz social; b) As relações entre os Estados (DIREITO INTERNACIONAL); DIREITO PRIVADO: Normas Jurídicas que tem como matéria os particulares e as relações entre eles estabelecidas, cujos interesses são privados, tendo por fim a perspectiva individual. DIREITO DIFUSO: São os transindividuais, de natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunstâncias defato. Ex. O direito de respirar o ar puro, o direito de não termos publicidade enganosa. DIREITO PÚBLICO A) INTERNO 1. D. Constitucional; 2. D. Administrativo; 3. D. Tributário; 4. D. Financeiro; 5. D. Processual; 6. D. Penal; 7. D. Previdenciário DIREITO E JUSTIÇA PROFESSOR JOCEMAR CARNEIRO DOS SANTOS _____________________________________________________________ 45 B) EXTERNO 1. Direito Internacional Público; 2. Direito Internacional Privado DIREITO PRIVADO: 1. Direito Civil; 2. Direito Comercial; 3. Direito do Trabalho; 4. Direito do Consumidor. RAMOS DO DIREITO PÚBLICO INTERNO 1) DIREITO CONSTITUCIONAL O DIREITO CONSTITUCIONAL engloba as normas jurídicas constitucionais, isto é, aquelas pertencentes à CONSTITUIÇÃO FEDERAL, dentre as quais: a) FORMA E ORGANIZAÇÃO DO ESTADO; b) REGIME POLÍTICO; c) COMPETÊNCIA E FUNÇÃO DOS ÓRGÃOS ESTATAIS ESTABELECIDOS; d) DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS Todos os demais ramos do direito centralizam, como ponto de apoio, no direito constitucional. As normas de direito público, privado ou difuso, NÃO PODEM CONTRARIAR O COMANDO CONSTITUCIONAL, sob pena de INCONSTITUCIONALIDADE. As demais normas devem se adequar as NORMAS CONSTITUCIONAIS. Todos os RAMOS DO DIREITO (Administrativo, Tributário, Financeiro, Penal, Processual Civil, Processual Penal, Trabalho, etc.), mantém LIGAÇÕES CONCRETAS COM O DIREITO CONSTITUCIONAL. 2) DIREITO ADMINISTRATIVO: É um conjunto de normas concernentes a ação governamental, à organização e realização de serviços públicos destinados a satisfazer um interesse estatal, à instituição dos órgãos que os executam, à capacidade das pessoas administrativas, a competência no exercício das funções públicas, ás relações da DIREITO E JUSTIÇA PROFESSOR JOCEMAR CARNEIRO DOS SANTOS _____________________________________________________________ 46 administração com os administrados e à proteção recursal às garantias outorgadas aos cidadãos para a defesa de seus direitos (Maria Helena Diniz). Administração Direta, Administração Indireta (Autarquias, Sociedades de Economia Mista, Empresas Públicas, etc.), Órgãos Públicos, Serviços Públicos, Poder de Polícia, Ato Administrativo, Licitações, Bens Públicos, Intervenção na Propriedade Privada pelo Poder Público, entre outros, são assuntos tratados pelo D. Administrativo. 3) DIREITO TRIBUTÁRIO: Conceito: “Ramo do Direito que ocupa das relações entre o FISCO e as PESSOAS SUJEITAS A IMPOSIÇÕES TRIBUTÁRIAS DE QUALQUER ESPÉCIE, limitando o poder de tributar e protegendo o cidadão contra os abusos desse poder” (Hugo de Brito Machado, Curso de Direito Tributário). É o ramo que está ligado com a instituição, arrecadação e fiscalização de tributos (impostos, taxas, contribuições e empréstimos compulsórios). PRINCIPAL NORMA: Código Tributário Nacional, Constituição Federal e demais normas esparsas. 4) DIREITO FINANCEIRO: É o ramo que se preocupa com a atividade financeira do estado, regulando a despesa e a receita pública. Arrecadar e gastar 5) DIREITO PROCESSUAL (ADJETIVO): Regular o processo judicial (procedimento) e a organização judiciária; disciplina as atividades dos juízes, dos tribunais ou órgãos encarregados da justiça. Definição: é o ramo do direito público interno que rege a organização e as funções do poder judiciário e o processo, isto é, a operação por meio da qual se obtém a composição do litígio. O direito processual pode ser civil, penal e do trabalho: DIREITO PROCESSUAL CIVIL: regula as situações relativas à órbita civil, comercial, fiscal, administrativa, do consumidor, etc. seu principal instrumento é o CPC (código de processo civil). DIREITO PROCESSUAL PENAL: regula as situações relativas à órbita penal, ou seja, rege o modo como o estado soluciona as lides oriundas das infrações da lei DIREITO E JUSTIÇA PROFESSOR JOCEMAR CARNEIRO DOS SANTOS _____________________________________________________________ 47 penal. Instrumentos: CPP, lei das execuções penais e a lei dos juizados especiais criminais (lei 9.099/95 e10.259/01) DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO: regula as situações relativas à órbita trabalhista. Sua base principal é a CLT – consolidação das leis do trabalho e o código de processo civil. 6) DIREITO ELEITORAL: conjunto de normas jurídicas que estabelecem os critérios e as condições para o eleitor votar, para alguém se candidatar, bem como as datas das eleições, as formas de apurações, o número de candidatos a serem eleitos, fixando as bases para criação e o funcionamento dos partidos políticos, etc. 7) DIREITO MILITAR: é aquele que regula as normas que afetam os militares. Temos o código penal militar e o código de processo penal militar. 8) DIREITO PREVIDENCIÁRIO: Maria Helena Diniz classifica como ramo do direito público, ao contrário de Rizzatto, para quem é direto difuso ramos do direito público externo 1) DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO: é um conjunto de normas consuetudinárias (surge do costume) e convencionais que regem as relações, diretas ou indiretas, entre estados e organismos internacionais (ONU, UNESCO, OIT, OMS), que as consideram obrigatórias. Aqui, as relações são de coordenação e não de subordinação. Ex.: tratados e convenções 2) DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO: Maria Helena Diniz elenca o Direito privado como ramo do direito público ao passo que Rizzato Nunes, classifica como direito difuso. RAMOS DO DIREITO PRIVADO 1) DIREITO CIVIL- ramo do direito privado destinado a reger relações familiares, patrimoniais e obrigacionais que se formam entre indivíduos encarados como tais, ou seja, enquanto membros da sociedade trata: a) capacidade e o estado da pessoa; b) o nascimento, o fim, o nome, a maioridade, etc.; DIREITO E JUSTIÇA PROFESSOR JOCEMAR CARNEIRO DOS SANTOS _____________________________________________________________ 48 c) as relações familiares – casamento, separação, divórcio, relações de parentesco, pátrio poder, etc; d) as relações patrimoniais e obrigacionais – direitos reais e pessoais, posse, propriedade, compra e venda, contratos; e) sucessão hereditária – divisão, espólio, meação, testamentos, etc. PRINCIPAL DIPLOMA: CÓDIGO CIVIL (2002) QUE REVOGOU O CC DE 1916. TEMOS TAMBÉM LEIS ESPARSAS. 2) DIREITO COMERCIAL OU EMPRESARIAL- normas que regulam a atividade comercial ou empresarial. É um direito voltado a disciplina da atividade econômica organizada para a produção e circulação de bens ou de serviços. Trataremos no Direito Comercial, além dos entes comerciais (sociedades e firmas individuais), dos títulos de crédito (cheque, nota promissória, duplicata, letra de câmbio, etc.), recuperação empresarial e falência. PRINCIPAIS INSTRUMENTOS LEGAIS: CÓDIGO CIVIL, CÓDIGO COMERCIAL (1850) E LEIS ESPARSAS (LEI DE FALÊNCIA E RECUPERAÇÃO DE EMPRESAS, LEI DAS S/A, etc.). Maria Helena Diniz elenca como do ramo privado, o direito do trabalho e do consumidor, que Rizzatto entende como sendo difuso. RAMOS DO DIREITO DIFUSO: 1.DIREITO DO TRABALHO - há uma forte corrente, que classifica o Direito do Trabalho como ramo do direito privado, pois disciplina o contrato de trabalho entre particulares (patrão e empregado). Porém é forte a intervenção do Estado nos contratos de trabalho. Normas jurídicas que regulam as relações entre empregado e empregador (patrão), compreendendo o contrato de trabalho, o registro do empregado, a rescisão, a despedida, as verbas trabalhistas, os salários e seus reajustes, a duração da jornada de trabalho etc. Também, tratamos do Direito Coletivo do Trabalho, quando temos os acordos coletivos de trabalho, organização sindical, direito de greve, etc. PRINCIPAL DIPLOMA: CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO
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