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TECNICAS DE ESTERELIZAÇÃO EM CULTURA DE TECIDOS

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB 
DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS 
SOCIAIS 
CURSO DE ENGENHARIA AGRONÔMICA, CAMPUS III 
 
 
 
 
 
 
CINTHIA CAROLINNE DE SOUZA FERREIRA 
 
 
 
 
 
 
TÉCNICAS DE ESTERILIZAÇÃO EM CULTURA DE 
TECIDOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JUAZEIRO – BA, 2016 
 
 
 
4 
 
 
 
 
CINTHIA CAROLINNE DE SOUZA FERREIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Relatório de Estagio Supervisionado, conforme 
Resolução Nº 88/93 apresentado ao DTCS da 
Universidade do Estado da Bahia, como parte dos 
requisitos para a obtenção do Título de Bacharel 
em Engenharia Agronômica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JUAZEIRO – BA, 2016 
 
 
 
 
 
 
 Relatório de Estágio Supervisionado 
 
 
 
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CERTIFICADO DE APROVAÇÃO 
 
 
CINTHIA CAROLINNE DE SOUZA FERREIRA 
 
 
 
DIFERENTES TÉCNICAS DE ESTERILIZAÇÃO NA MICROPROPRAGAÇÃO 
 
 
Relatório de estagio supervisionado do curso de 
Engenharia Agronômica, apresentado à 
Universidade do Estado da Bahia, sob Supervisão 
e orientação da Prof.ª. Dra. Joselita Cardoso de 
Souza da Universidade do Estado da Bahia, 
Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais, 
Campus III, concedente do Estágio. 
 
 
Aprovada em: __/ __/______ 
 
 
Comissão Examinadora 
 
___________________________________________ 
Prof.ª Drª. Joselita Cardoso de Souza 
Universidade do Estado da Bahia (DTCS/UNEB) 
 
__________________________________________ 
Prof. Dr. Alessandro Carlos Mesquita 
Universidade do Estado da Bahia (DTCS / UNEB) 
 
 _________________________________________ 
Prof.ª Drª. Maria Herbênia Lima Cruz Santos 
Universidade do Estado da Bahia (DTCS/UNEB 
 
 
 
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DEDICATÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho a Deus, o autor de grandes 
maravilhas em meu viver, aos meus pais e em 
especial a minha dádiva divina meu filho Nathan 
Guilherme. 
 
 
 
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AGRADECIMENTOS 
 
Á Deus que com seu amor sublime nos concede o dom da vida, semeia em nossos 
corações sonhos e nos dar força e sabedoria para torná-los realidade. A ti Senhor, meu 
coração será sempre grato, por tudo que fez, faz e irá fazer em meu viver, pois reconheço 
que diante de ti eu nada sou. Acredito que todas as coisas cooperam para o bem daqueles 
que te ama, que traçamos planos, mas é o Senhor que os conduzem a acontecer, pois teus 
propósitos são maiores e melhores do que os nossos! 
Á Washington Luís Ferreira e Elizabeth de Souza, meus pais, meus exemplos de vida 
lutas e conquistas, por todo amor, cuidado, dedicação, orientação e pela formação do meu 
caráter. Agradeço, aquele que me ensinou a ter responsabilidades e me fez sonhar muito 
mais alto, que me alegra todo dia, minha presente de Deus, meu filho, meu Gui! 
A minha família pelo afeto, compreensão, pelo testemunho de cada um, ás minhas Marias 
(tias) por todas as orações e por todo apoio em cada decisão por mim tomada. 
 A Pedro Ferreira (namorado e amigo) que sempre acreditou no meu potencial e juntos 
construímos valores e sentimentos para toda vida. 
A UNEB, por me proporcionar momentos inesquecíveis e por ter possibilitado estreitar 
laços de amizade com pessoas maravilhosas. 
Aos professores que compartilharam o seu saber, em especial a profª. Drª. Joselita 
Cardoso que me acolheu e instruiu na etapa final da graduação, dividiu comigo 
carinhosamente seu conhecimento e tempo. Ao querido e singular profº Dr. Claudio 
Mistura (in memória) pela motivação dada a cada sorriso e abraço apertado. 
A toda equipe do laboratório de Biotecnologia da UNEB: Dora, Lene, Anderson, Brenda 
e Damiana, que tornaram os meus dias mais divertido, por me darem força e compartilhar 
comigo histórias e sentimentos (quero vocês sempre pertinho de mim). 
A todos que participaram direta ou indiretamente para realização dessa conquista. O 
mérito é nosso! 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Aprendi com o Mestre dos Mestres que a arte de pensar é 
o tesouro dos sábios. Aprendi um pouco mais a pensar 
antes de reagir, a expor - e não impor - minhas idéias e a 
entender que cada pessoa é um ser único no palco da 
existência. 
Aprendi com o Mestre da Sensibilidade a navegar nas 
águas da emoção, a não ter medo da dor, a procurar um 
profundo significado para a vida e a perceber que nas 
coisas mais simples e anônimas se escondem os segredos 
da felicidade. 
Aprendi com o Mestre da Vida que viver é uma 
experiência única, belíssima, mas brevíssima. E, por 
saber que a vida passa tão rápido, sinto necessidade de 
compreender minhas limitações e aproveitar cada 
lágrima, sorriso, sucesso e fracasso como uma 
oportunidade preciosa de crescer. 
Aprendi com o Mestre do Amor que a vida sem amor é 
um livro sem letras, uma primavera sem flores, uma 
pintura sem cores. Aprendi que o amor acalma a emoção, 
tranquiliza o pensamento, incendeia a motivação, rompe 
obstáculos intransponíveis e faz da vida uma agradável 
aventura, sem tédio, angústia ou solidão. Por tudo isso 
Jesus Cristo se tornou, para mim, um Mestre 
Inesquecível. 
 Augusto Cury 
 
 
 
 
9 
 
SUMÁRIO 
 
RESUMO................................................................................................................3 
1-NTRODUÇÃO GERAL......................................................................................4 
2-REVISÃO BIBLIOGRAFICA............................................................................5 
2.1-Gérbera..............................................................................................................5 
2.2 - Culturas de tecidos .........................................................................................7 
2.3 - Contaminações na micropropagação..............................................................8 
4-REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA..................................................................10 
 
CAPÍTULO I.........................................................................................................15 
Volatilização do cloro presente no meio de cultura esterilizado com hipoclorito de 
sódio na micropropagação de gérbera hibrida cv. Essandre 
RESUMO..............................................................................................................16 
1-INTRODUÇÃO.................................................................................................16 
2-OBJETIVO........................................................................................................17 
2.1-OBJETIVOS ESPECÍFICOS.........................................................................18 
3-MATERIAL E MÉTODOS...............................................................................18 
4-RESULTADO E DISCUSSÃO.........................................................................20 
4.1-Enraizamento in vitro nos tratamentos com esterilização química e controle 
sem esterilização térmica......................................................................................21 
4.2- Aclimatização das plantas obtidas nos tratamentos.......................................24 
5- CONCLUSÕES................................................................................................28 
6- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................28 
 
CAPÍTULO II.......................................................................................................30 
Fontes de contaminação em cultura de tecidos na esterilização química e térmica 
RESUMO..............................................................................................................311- INTRODUÇÃO................................................................................................31 
2-OBJETIVO .......................................................................................................32 
3-MATERIAL E MÉTODOS...............................................................................32 
4-RESULTADO E DISCUSSÃO.........................................................................33 
5- CONCLUSÕES................................................................................................37 
6- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................37 
 
CAPÍTULO..........................................................................................................39 
Esterilização de meio de cultura com óleo essencial de bergamota (Citrus aurantium 
subsp. Bergamia (Risso) Wight & Arn) e melaleuca (Melaleuca alternifolia Chel) 
RESUMO............................................................................................................40 
1-INTRODUÇÃO...............................................................................................40 
2-OBJETIVO .....................................................................................................42 
2.1-OBJETIVOS ESPECÍFICOS.......................................................................42 
3-MATERIAL E MÉTODOS.............................................................................42 
4-RESULTADOS E DISCUSSÃO....................................................................43 
5- CONCLUSÕES............................................................................................. 46 
6- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................46 
8-ANEXO...........................................................................................................50 
 
 
 
 
10 
 
LISTA DE TABELAS 
 
 
 
CAPÍTULO I 
 
Volatilização do cloro presente no meio de cultura esterilizado com hipoclorito de 
 sódio na micropropagação de gérbera hibrida cv. Essandre 
 
Tabela 1- Descrição dos tratamentos ...................................................................18 
Tabela 2 – Desenvolvimento das plantas inoculadas no meio de cultura esterilizados 
termicamente e quimicamente com NaClO, com diferentes tempos para vedação do 
recipiente. Acesso 1- e inoculação com 24 horas..................................................21 
Tabela 3 – Desenvolvimento das plantas inoculadas no meio de cultura esterilizados 
termicamente e quimicamente com NaClO, com diferentes tempos para vedação do 
recipiente Acesso 2- e inoculação com 48 horas...................................................21 
Tabela 4 – Desenvolvimento das plantas inoculadas no meio de cultura esterilizados 
termicamente e quimicamente com NaClO, com diferentes tempos para vedação do 
recipiente. Acesso 3- e inoculação com 72 ho......................................................22 
Tabela 5 – Desenvolvimento das mudas de gérberas cv. Essandre 30 dias após o início da 
aclimatização em seus respectivos tratamentos. 
Acesso 1 – Inoculação com 24 horas .....................................................................26 
Tabela 6 – Desenvolvimento das mudas de gérberas cv. Essandre 30 dias após o início da 
aclimatização em seus respectivos tratamentos. 
Acesso 2 – Inoculação com 48 horas .......................................................................26 
Tabela 7 – Desenvolvimento das mudas de gérberas cv. Essandre 30 dias após o início da 
aclimatização em seus respectivos tratamentos. 
Acesso 3– Inoculação com 72 horas ..........................................................................27 
 
 
CAPÍTULO II 
Fontes de contaminação em cultura de tecidos na esterilização química e térmica 
 
Tabela 1- Descrição dos tratamentos...................................................................32 
Tabela 2- Percentagem de contaminação em diferentes procedimentos de 
Esterilização.........................................................................................................34 
Tabela 3- Comportamento dos explantes de Gerbera hibrida cv. Essandre inoculados nos 
tratamentos com esterilização térmica e química no meio de 
enraizamento......................................................................................................35 
 
 
CAPÍTULO 
Esterilização de meio de cultura com óleo essencial de bergamota (Citrus aurantium 
subsp. Bergamia (Risso) Wight & Arn) e melaleuca (Melaleuca alternifolia Chel) 
Tabela 1- Percentagem de contaminação no meio nutritivo em diferentes tratamentos 
Esterilização.........................................................................................................43 
 
8-ANEXOS 
Tabela 1- Composição do meio nutritivo ........................................................... 50 
 
 
 
11 
 
 
 
LISTA DE IMAGENS 
 
 
 
CAPÍTULO I 
 
Volatilização do cloro presente no meio de cultura esterilizado com hipoclorito de 
 sódio na micropropagação de gérbera hibrida cv. Essandre 
 
Figura 1- Procedimentos...................................................................................21 
Figura 2 Seca inicial dos explantes esterilizados com hipoclorito de 
sódio .............. ..................................................................................................22 
Figura 3 Recuperação das plantas esterilizadas quimicamente (T2 e T3) comparadas ás 
inoculadas em meio autoclavado.............. .........................................................22 
Figura 4- Características visuais similares das plantas submetidas ao controle térmico e 
obtidas no meio com esterilização química .............. ...........................................27 
 
CAPÍTULO II 
Fontes de contaminação em cultura de tecidos na esterilização química e térmica 
 
Figura 1- Plantas de gérbera no meio esterilizado quimicamente e termicamente após 30 
dias de inoculadas .............. .................................................................................36 
 
 
CAPÍTULOIII 
Esterilização de meio de cultura com óleo essencial de bergamota (Citrus aurantium 
subsp. Bergamia (Risso) Wight & Arn) e melaleuca (Melaleuca alternifolia Chel) 
 
Figura 1- Controle sem esterilização com 100% contaminado .............. .............44 
Figura 2- Controle com esterilização de O.E de bergamota na concentração de 0,25% , 
apresentando 80% de contaminação ........................................................................44 
Figura 3- Tratamentos térmico.................................................................................44 
Figura 4- Tratamentos que não apresentaram contaminação...................................44 
Figura 5- Tratamentos que não apresentaram contaminação...................................44 
Figura 6- Tratamentos que não apresentaram contaminação...................................45 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
 
LISTA DE ABREVIAÇÕES 
 
 
MS MURASHIGE & SKOOG 
NaClo Hipoclorito de Sódio 
O.E Óleo essencial 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
 
RESUMO GERAL 
 
A assepsia do ambiente, materiais e operação da prática reduz de forma considerável o 
índice de contaminação, contribuído para a obtenção de bons resultados. A utilização de 
técnicas alternativas à esterilização térmica de vidrarias e meio de cultura pode acelerar 
o processo de micropropagação e com isso vem se desenvolvendo protocolos de 
esterilização que são eficientes e menos onerosos queo método tradicional de 
esterilização térmica. O trabalho foi subdivido em três capítulos referentes a diferentes 
técnicas de esterilização na micropropagação abordando controles de contaminação com 
utilização de esterilizante químico (NaClO) e óleos essenciais de bergamota (Citrus 
aurantium subsp. Bergamia (Risso) Wight & Arn e melaleuca (Melaleuca alternifolia 
Chel), e determinação das fontes de contaminação no cultivo in vitro de Gérbera hibrida 
cv. Essandre. No primeiro capítulo determinou-se a influência do tempo na volatilização 
do cloro presente no meio de cultura esterilizado com hipoclorito de sódio na 
micropropagação de Gérbera hibrida cv. Essandre inoculadas em períodos de tempo 
distintos (24, 48 e 72horas) e o desenvolvimento dessas plantas no desenvolvimento ex 
vitro. Os tratamentos consistiram em controle I (Esterilização térmica), Tratamento II 
(esterilização química com NaClO, com a espera de 10 minutos para vedação dos frasco) 
e Tratamento III (esterilização química com NaClO, com vedação imediata dos frascos 
de cultura). Os explantes foram inoculados no período de 24, 48 e 72 horas após preparo 
do meio nutritivo. O segundo capitulo, baseou-se nos protocolos de controle térmico e 
esterilização química com uso de hipoclorito de sódio, em que foram realizadas 
adaptações a fim de determinar as fontes de contaminação no controle térmico 
autoclavado e tratamento químico com hipoclorito de sódio. Os tratamentos 
corresponderam a esterilização da água, vidrarias e meio, alternando os procedimentos, 
visando a identificação das fontes contaminantes do cultivo in vitro. O meio esterilizado 
quimicamente com NaClO e termicamente apresentaram respostas positivas na inibição 
da ação de microrganismos. O mesmo ocorreu com as vidrarias e água esterilizadas com 
NaClO, sem necessidade de adição do cloro ativo no meio. Quando não se esterilizou o 
meio no autoclave ocorreu 100% de contaminação. As plantas inoculadas no meio onde 
a esterilização química ocorreu apenas nas vidrarias e água foi similar ao das plantas no 
meio esterilizado em autoclave (meio, agua e vidraria). O terceiro capítulo avaliou os 
óleos essenciais de bergamota e melaleuca na esterilização de meio de cultura de 
enraizamento. Determinou-se a concentração mínima inibitória (CMI) dos óleos 
essenciais na esterilização do meio de cultura MS. Foram avaliadas as concentrações de 
0,25%, 0,5% e 1. Após 30 dias observou-se a presença de contaminação nos frascos de 
cultura e os resultados comprovaram que a CIM do O.E de bergamota foi 0,50%, e no 
O.E de melaleuca a concentração de 0,25% foi eficiente no controle de microrganismos, 
todavia devem ser testadas concentrações inferiores para determinação da CMI. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
14 
 
 
1-INTRODUÇÃO GERAL 
 
A floricultura brasileira vem se destacando nos últimos anos, tornando-se uma 
atividade econômica promissora, gerando emprego e renda no campo e na cidade, do 
pequeno ao grande produtor (MITSUEDA ,2011). A gérbera (Gerbera jamesonii Bolus 
ex Hook), comercializada como flor de corte se destaca sendo de grande aceitação, tanto 
no comércio interno quanto no externo. 
O mercado exige uma produção de mudas de qualidade, associadas às técnicas 
que favoreçam a redução de custos e período de produção. Os métodos tradicionais de 
produção de mudas, sementes e divisão de touceiras, não satisfazem a demanda para 
instalação e renovação de campos da cultura na produção brasileira de gérberas, 
(BARBOSA et al., 1993). Essa limitação torna o Brasil dependente da importação das 
mudas de empresas multinacionais, o que poderia ser reduzido com lançamento de 
novos híbridos competitivos no mercado (CARDOSO et al., 2007) e a propagação a 
partir da técnica de cultura de tecidos. 
Na cultura de tecidos, a técnica da micropropagação possibilita a clonagem de 
plantas sadias, oriundas da limpeza clonal, com características morfológicas e 
fisiológicas desejáveis, em menor espaço e tempo, satisfazendo os interesses comerciais 
(PAIVA et al., 1995). Além disso, apresenta elevado potencial quando se trata de 
práticas de melhoramento vegetal, abrangendo desde a multiplicação à produção de 
mudas com alta qualidade e sanidade. Esse processo biotecnológico baseia-se na teoria 
da totipotência, capacidade de regeneração de organismos a partir de uma célula. 
Os procedimentos de cultura de tecidos são executados em ambientes assépticos, 
com temperatura e iluminação controladas, uma vez que para se obter resultados 
satisfatórios deve-se estabelecer condições ótimas que propiciem o crescimento e 
desenvolvimento das culturas (ASSIS et al.,1998). A micropropagação é a técnica mais 
utilizada e que apresenta melhores resultados, quando se trata de cultura de tecidos 
vegetais (GRATTAPAGLIA et al., 1998). Compreende diferentes estádios: do 
estabelecimento da cultura in vitro ao enraizamento, concluindo com a aclimatação da 
planta (BASTOS et al., 2007). Segundo Torres (1998), o êxito de um sistema de 
micropropagação depende de uma associação de fatores, desde a composição do meio 
nutritivo, à influência de fatores exógenos e endógenos, por isso, a capacidade de 
regeneração e crescimento in vitro não está limitada ao genótipo. 
4 
 
 
15 
 
A contaminação é um dos fatores limitantes, sendo responsável por perdas 
significativas durante as etapas do processo de cultivo in vitro. O controle microbiano 
durante o processo de estabelecimento in vitro, é essencial. Condições de manuseio 
assépticas, e a escolha de uma planta matriz com boa qualidade sanitária reduzem a 
contaminação. A principal medida para evitar a proliferação de microrganismos (fungos, 
bactérias vírus e leveduras), no cultivo in vitro é a esterilização do meio nutritivo, agua e 
vidrarias no autoclave (LONDE et al.,2007; PANICKER et al., 2007). Atualmente, busca-
se descobrir técnicas alternativas para esterilização visando à redução de custos dos 
laboratórios de biotecnologia, tornando a micropropagação de plantas mais viável 
economicamente. 
 De acordo com Teixeira (2008), uma opção promissora para diminuir os custos 
da prática seria a substituição do controle térmico através da autoclavagem por outras 
mais econômicas, ás quais têm sido testadas em diferentes trabalhos, em procedimentos 
físicos, como o micro‑ondas (TEIXEIRA et al., 2005), controle químico, com uso do 
hipoclorito de sódio (TEIXEIRA et al., 2008) e do peróxido de hidrogênio 
(YANAGAWA et al., 1995) e óleos essenciais (OLIVEIRA et al., 2008, DEEIN et al., 
2013); 
 
3-REVISÃO BIBLIOGRAFICA 
 
3.1-Gérbera 
 
A primeira descrição oficial da espécie, Gerbera jamesonii Bolus ex Hook, 
também conhecida por Transvaal Daisy ou Barberton Daisy, foi feita por Hooker (1889), 
no Curtis Botanical Magazine, é uma espécie originária da Ásia, África do Sul (LUDWIG 
et al., 2010) e Tasmânia, pertence à ordem Asterales, família Asteraceae (Compositae), 
Tribo Mustisieae, Subtribo Mustisiina. O gênero compreende cerca de 30 espécies, 
distribuídas pela África, Madagascar e Ásia tropical, (HANSEN et al.,1985, BARROSO 
et al.,1991, Elomaa & Teeri,2001); 
 Dentre as espécies ornamentais, a gérbera (Gerbera jamesonii) planta herbácea, 
de aproximadamente 45 cm de altura, possui caule subterrâneo, um rizoma simpodial, 
que emite brotos aéreos foliares e floríferos (CARDOSO et al., 2007). São classificadas 
em dois grupos distintos: as gérberas de vaso, que apresentam escapos curtos e são 
principalmente propagadas por semente, e as gérberas de corte, com escapos longos 
5 
 
 
16 
 
resultantes de programas de melhoramento e propagadas principalmente através da 
micropropagação (CARDOSO et al., 2008, BHARGAVA et al., 2013) 
A propagação da gérbera pode ser sexuada ou assexuada por meio da divisão da 
planta adulta ou micropropagação (SOROA et al., 2005). A propagação por sementes é 
menos utilizada para a produção de floresde corte, agronegócio que exige maior 
investimento de recursos e trabalho, pela probabilidade de se perder características 
desejáveis pela segregação genética que resulta na manifestação de uma grande variedade 
de características fenotípicas e genotípicas. 
Portanto, a propagação vegetativa é mais adequada para manter características das 
plantas híbridas (MUNIZ et al., 2010) que constituem as principais cultivares de gérbera. 
O método de propagação vegetativa por divisão de touceiras, assim como o de reprodução 
sexuada, necessita de mais tempo e não garante ao produtor mudas sadias, 
comprometendo a produção, elevando o custo e consequentemente causando prejuízos. 
A micropropagação é a técnica mais adequada na propagação de gérbera 
(MURASHIGE et al., 1974; BHARGAVA et al., 2013). Estudos sobre a 
micropropagação de gérbera têm sido realizados, a fim de estabelecer protocolos e vários 
meios de cultura e diferentes explantes são testados como: ápice (HUANG & CHU 
,1985), ápices de rizoma (SEVERIN et al.,2000), capítulos jovens e pequenos explantes 
(LALIBERTÉ et al., 1985; SEVERIN et al., 2000; CARDOSO et al., 2005), folhas 
(JERZY & LUBOMSKI, 1991; REYNOIRD et al., 1993), inflorescência (PIERIK et al., 
1973; PREIL et al., 1977; SEVERIN et al., 2000) e óvulos (MIYOSKI & ASAKURA, 
1996; TOSCA et al., 1999). 
A gérbera, quando propagadas por sementes, a germinação ocorre entre sete a 
quatorze dias após a semeadura. As plântulas devem ser transplantadas quando possuírem 
de quatro a cinco folhas. A etapa de crescimento vegetativo se prolonga por dois a três 
meses. Aproximadamente no quinto mês após o plantio inicia-se a floração produzindo 
de três a seis flores no primeiro ano, já no segundo e terceiro ano a produção se eleva para 
seis a dezoito flores por ano (BELLÉ et al., 1998). 
O melhoramento de gérbera consiste basicamente nos cruzamentos e seleção e os 
genótipos elites que têm sido propagados através da cultura de tecidos (NARAJU et al., 
1998). Os programas de melhoramento buscam aperfeiçoar os atributos qualitativos: 
coloração de flores, longevidade, forma e arquitetura da planta, resistência a pragas e 
doenças, entre outas características exigidas pelo consumidor. 
6 
 
 
17 
 
Sendo uma cultura perene, o cultivo de gérberas pode durar vários anos, mas 
comercialmente a produção de flores diminui a partir do terceiro ano. Em consequência 
disso, as plantas são cultivadas comercialmente apenas por dois ou três anos 
(PENNINGSFELD & FORCHTHAMMER, 1980). 
De acordo com Jaspe (2009), a gérbera se destaca mundialmente tanto como flor 
de vaso como de corte. Porém o domínio do comércio internacional é compreendido pelas 
flores de corte, sendo produzida principalmente na Holanda, Alemanha, França, Itália, 
Israel, Colômbia e Estados Unidos. No Brasil é a 4ª flor de corte produzida JUNQUEIRA 
e PEETZ, (2005), o cultivo em vaso é pouco executado (LUDWIG et al., 2010b). 
 
3.2- Cultura de tecidos 
 
A cultura de tecidos vegetais apresenta os melhores resultados na área da 
biotecnologia (SILVA et al., 2014); baseia-se no princípio da totipotência celular, 
capacidade de regeneração do organismo completo a partir de uma célula. 
A micropropagação, uma das técnicas mais utilizadas na cultura de tecidos, é 
definida por Santos et al (2003), como o conjunto de técnicas de cultura de tecidos 
utilizadas para a multiplicação de plantas a partir de pequenos explantes. Essa pratica de 
propagação clonal possibilita a produção de um número maior de plantas, em um espaço 
físico e temporal reduzido. As plantas resultantes serão geneticamente idênticas a planta 
matriz, doadora do explante. Sendo assim, a micropropagação mantém a identidade 
genética do material propagado (CÂMERA, 2009) 
 Ribeiro (2016), aborda que as técnicas de cultura in vitro se torna possível à 
propagação de espécies e/ou variedades de interesse, de forma rápida, sendo ainda um 
meio para auxiliar na eliminação de patógenos, resultando em plantas sadias, de qualidade 
genética e sanitária. Entretanto na execução da micropropagação se faz necessário 
otimizar as condições de cultura para cada espécie e /ou variedade (ROGALSKI et al., 
2003). 
A finalidade inicial da técnica de micropropagação é conduzir o crescimento e o 
desenvolvimento do explante manipulado, para se obter resultados significativos utiliza-
se normalmente a adição de substancias no meio de cultivo, principalmente reguladores 
de crescimento, ou ainda o uso de nutrientes, assim também como controle da temperatura 
e iluminação (CARVALHO; MOREIRA; VIEIRA et al., 1999). Segundo Cid (2001), 
para o explante crescer in vitro, é fundamental, que se forneça condições que favoreçam 
7 
 
 
18 
 
o seu desenvolvimento, assim se faz necessário que seja disponibilizado nutrientes, por 
isso, ele é inoculado em um meio de cultura contendo água e sais. 
O meio de cultivo mais utilizado na micropropagação é o MS (MURASHIGE & 
SKOOG, 1962), que é constituído de macro nutrientes, micronutrientes, componentes 
orgânicos (sacarose e inositol) e vitaminas. A depender da necessidade da espécie, é 
definida a concentração dos constituintes do meio nutritivo, podendo ainda ser 
introduzido reguladores vegetais de crescimento. O ágar-ágar (polissacarídeo produzido 
por algas –Gelidium amansii, é o agente solidificante do meio mais utilizado (CID, 2001). 
De acordo com Barbosa (1993), a pratica da cultura de tecido tem sido crescente para a 
gérbera, por se tratar de uma alternativa viável para sua propagação assexuada. 
 
3.3 Contaminação na micropropagação 
 
O cultivo de plantas in vitro depende da execução de procedimentos que requerem 
tempo e elevam os custos das mudas produzidas por micropropagação (CARDOSO et al.; 
2009) e dentre eles está o controle de microrganismos. A contaminação microbiana é 
responsável por perdas severas em biofábricas e laboratórios de pesquisa (Dantas et al., 
2002, Donato et al., 2005). 
 A contaminação ocorre principalmente pela presença de microrganismos 
epifíticos, oportunistas ou patogênicos, que podem penetrar nos tecidos ou estarem 
presentes na superfície do explante. Eles se desenvolvem no meio de cultura que 
apresenta desinfestação ineficiente, ou ainda, pela entrada de microrganismos após o 
estabelecimento da planta devido ao manuseio incorreto durante as subculturas (Londe et 
al. 2007, Panicker et al. 2007). 
 A inibição de agentes contaminantes na fase de estabelecimento in vitro é 
importante, pois nesta fase os danos ainda são pequenos, devido ao menor volume de 
explantes que estão sendo multiplicados, evitando assim que esses microrganismos 
passem para as etapas seguintes (MONTARROYOS, 2000). Fungos filamentosos, 
bactérias e leveduras são os contaminantes mais frequentes no cultivo in vitro. A 
diferença básica entre esses contaminantes está no fato de que a ocorrência de fungos e 
leveduras é facilmente percebida no meio de cultura, após poucos dias de cultivo, 
facilitando a eliminação do material contaminado (LEIFERT; WOODWARD, 1998). As 
bactérias, por serem muitas vezes de difícil visualização, nem sempre sua presença é 
8 
 
 
19 
 
evidenciada no início do cultivo, sendo sua disseminação facilitada entre materiais 
durante as etapas da multiplicação (MONTARROYOS, 2000). 
A determinação exata da fonte de contaminação, muitas vezes é difícil, uma vez 
que os contaminantes podem ser introduzidos em várias etapas no processo de 
micropropagação. Porém, existem formas de prevenir o aparecimento de contaminações 
e algumas técnicas podem ser adotadas, dentre elas a autoclavagem que é um 
procedimento que utiliza altas temperaturas (121°C) e pressão (1 kgf cm-²) para 
eliminação de microrganismos no meio de cultura e no recipiente de cultivo das plantas 
(TORRES et al., 1998). Entretanto, Ribeiro et al (2009) aborda que esse método de 
controle além de aumentar os custos de produção dasmudas micropropagadas devido ao 
elevado consumo de energia das autoclaves, também diminui o rendimento de produção 
de meios de cultura no laboratório. Por isso, a substituição do método tradicional 
(térmico), no controle de contaminação nas técnicas de propagação in vitro, tem sido 
pesquisada e a esterilização química com o uso de hipoclorito de sódio com variação de 
concentrações e tempo, tem sido uma alternativa viável e eficiente. (PASSOS et al., 2004; 
TEIXEIRA et al., 2005a, 2005b). Assim também o uso de antibióticos como a cefalexina 
(REIS; COSTA; LAMEIRA, 2003), peróxido de hidrogênio (YANAGAWA et al., 1995), 
óleos essenciais (NASCIMENTO et al., 2006) e micro-ondas tem sido relatadas. 
O hipoclorito de sódio (NaClO), produto químico com cloro ativo, muito utilizado 
para esterilização devido ao seu vasto espectro de atividade biocida contra bactérias e 
fungos, é um produto de fácil aquisição e baixo custo (ESTRELA et al., 2002). Buscando 
uma forma alternativa para a esterilização de meios nutritivos em micropropagação, 
Teixeira et al. (2005a; b; c; 2006; 2008) e Ribeiro & Teixeira (2007) desenvolveram um 
protocolo de preparo de meio de cultura utilizando o hipoclorito de sódio em baixas 
concentrações com eficiência total. 
Por outro lado, os óleos essenciais, são outra opção de esterilização que vem se 
destacando. Originados do metabolismo secundário das plantas, possuem composição 
química complexa, destacando-se a presença de terpenos e fenilpropanóides, constituem 
elementos voláteis contidos em muitos órgãos vegetais e estão relacionados com diversas 
funções necessárias à sobrevivência (SIANI et al., 2000). 
Segundo Kelsey (1984), as plantas sintetizam e emitem inúmeros compostos 
voláteis com a finalidade de defenderem-se ou de atrair os polinizadores. Por isso, os 
óleos essenciais são considerados fontes em potencial de substâncias biologicamente 
ativas, principalmente contra microrganismos, como bactérias, fungos filamentosos e 
9 
 
 
20 
 
leveduras. Todavia, se faz necessário, adotar uma metodologia, adequada e bem 
padronizada para se obter sucesso no procedimento, uma vez que os OEs apresentam 
algumas características que interferem significativamente nos resultados, como: 
volatilidade, insolubilidade a agua e complexidade (NASCIMENTO et al., 2006). 
Em relação a esterilização no micro-ondas Teixeira (2005) relata que a 
esterilização pelo é eficiente quando as vidrarias e o meio são expostos a potencias 
elevadas sem intervalo de tempo. A alternativa de preparar o meio de cultura com água 
quimicamente tratada com hipoclorito de sódio torna mais eficiente a esterilização no 
micro-ondas. 
Os métodos alternativos têm obtido êxito na desinfestação do meio nutritivo, 
entretanto, em algumas espécies, têm causado problemas de fitotoxicidade, em geral pelos 
produtos químicos utilizados na esterilização ou por dificuldades no uso dessas técnicas 
(Pais, 2016). 
 
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14 
 
 
25 
 
 
 
 
 
 
CAPITULO I 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Volatilização do cloro presente no meio de cultura esterilizado 
com hipoclorito de sódio na micropropagação de Gérbera hibrida cv. 
Essandre 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
 
26 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
Na gérbera a sensibilidade ao cloro pode resultar na seca das folhas iniciais do explante 
em meio esterilizado com hipoclorito de sódio. Este trabalho teve como objetivo avaliar 
a toxidez inicial no explante em função do tempo decorrido para fechamento dos frascos 
de cultura e a inoculação, bem como acompanhar a desenvolvimento das plantas 
micropropagadas no período de aclimatização. O experimento foi realizado em duas 
etapas sendo a primeira referente aos tratamentos in vitro e a segunda, a aclimatização 
das mudas obtidas nos tratamentos. Utilizou-se tratamento controle autoclavado e os 
tratamentos com esterilização química com fechamento imediato dos frascos de cultura e 
fechamento após 10 minutos da distribuição do meio. Em relaçãoà inoculação do 
explante adotaram-se três intervalos de tempo: 24, 48 e 72 horas. O transplantío e 
aclimatização das plântulas foi realizado após 30 dias da aplicação dos respectivos 
tratamentos, em que se efetuou a transferência das mesmas, que até então estavam em 
condição in vitro, para casa de vegetação Na esterilização química com NaClO a espera 
10 minutos para vedação não influenciou na toxidez das plantas em relação as obtidas 
com vedação imediata dos frascos. O desenvolvimento das plantas foi melhor quando a 
inoculação do explante ocorreu 24 horas após o preparo do meio. A toxidez do cloro 
durante o estabelecimento da cultura in vitro, não influenciou no desenvolvimento da 
Gérbera hibrida cv. Essandre durante a aclimatização. 
 
PALAVRAS CHAVES 
Fitotoxidez; Cloro ativo; Regeneração 
 
1- INTRODUÇÃO 
 
A busca por métodos menos onerosos para controle de contaminação na prática 
da cultura de tecidos torna-se crescente, uma vez que o método comumente utilizado, a 
esterilização térmica, apresenta elevado gasto de energia, demanda tempo maior na sua 
execução e pode alterar os constituintes do meio, devido à elevada temperatura a qual é 
submetido. A substituição deste método pela esterilização química tem sido proposta, 
16 
 
 
27 
 
sendo o hipoclorito de sódio (NaClO) uma alternativa viável devido à facilidade de 
aquisição e baixo custo. 
A esterilização química com hipoclorito de sódio (NaClO), proposta por Teixeira 
(2005 a,b), na micropropagação do abacaxi (Ananas comosus L. cv Smooth Cayenne) foi 
eficiente na esterilização do meio e proporcionou melhor desenvolvimento das plantas. 
Resultado semelhante foi obtido na micropropagação de sequoia (Sequoia sempervirens 
L.) (Ribeiro et al. 2011) e eucalipto (Eucalyptus pellita L. e Eucalyptus benthamii Maiden 
& Cambage, Brondani et al. 2013). O mecanismo de ação do cloro ativo não é bem 
conhecido, embora algumas hipóteses sugiram que há uma combinação com proteínas da 
membrana celular dos microrganismos, assim formando compostos tóxicos e levando à 
inibição das enzimas essenciais. O cloro também pode ser aplicado sob as formas de 
hipoclorito de cálcio e hipoclorito de sódio, os quais, em contato com a água, se ionizam. 
O cloro presente na água sob as formas de ácido hipocloroso e de íon hipoclorito é 
definido como cloro residual livre (OPAS et al., 1987; Rossin et al., 1987). 
Contudo, apesar de sua eficiência no controle da contaminação microbiana, o uso 
do hipoclorito de sódio e demais sais de cloro, são precursores formação de cloraminas 
orgânicas, estas prejudiciais à saúde devido ao seu alto potencial carcinogênico 
(SREBERNICH et al., 2007). Quando existem, na água, amônia e compostos amoniacais, 
com a adição de cloro são formados estes compostos clorados ativos, (cloro residual 
combinado). 
Segundo Donini (2005), em condições in vitro deve-se utilizar uma solução de 
NaClO com a menor concentração possível de cloro ativo, evitando os danos ao tecido 
do explante. A sensibilidade da gérbera ao cloro pode resultar numa toxidez inicial nos 
explantes inoculados em meio esterilizado com hipoclorito de sódio que se manifesta 
como a seca das folhas no explante inoculado, havendo, posteriormente a rápida 
regeneração do explante. Esta toxidez pode ser consequência de cloro residual no frasco 
de cultura. 
 
2- OBJETIVO 
 
Avaliar a toxidez inicial do explante de gérbera na esterilização química com 
hipoclorito de sódio em função do tempo decorrido para fechamento dos frascos de 
cultura e a inoculação. 
 
17 
 
 
28 
 
 
2.1- OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 
 Observar o efeito da toxidez do hipoclorito de sódio nos explantes; 
 Analisar a relação do tempo com a toxidez do cloro ativo presente no meio 
nutritivo; 
 Acompanhar desenvolvimento das plantas no processo de aclimatização; 
 
3- MATERIAL E MÉTODOS 
 
O experimento foi realizado no Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais 
(DTCS) da Universidade do Estado da Bahia- UNEB, em Juazeiro –BA, em duas etapas 
sendo a primeira referente aos tratamentos in vitro e a segunda, a aclimatização das mudas 
obtidas nos tratamentos. 
Na primeira etapa utilizou-se tratamento controle autoclavado e os tratamentos 
com esterilização química com fechamento imediato dos frascos de cultura e fechamento 
após 10 minutos da distribuição do meio. Em relação à inoculação do explante adotaram-
se três intervalos de tempo: 24, 48 e 72 horas (Tabela 1). 
 
Tabela 1- Descrição dos tratamentos 
Método de Tempo para vedação Tempo para 
Esterilização Do frasco de cultura inoculação dos 
 explantes 
Térmico Imediato 
Químico 10 Minutos 24 horas 
Químico Imediato 
Térmico Imediato 
Químico 10 Minutos 48 horas 
Químico Imediato 
Térmico Imediato 
Químico 10 Minutos 72 horas 
Químico Imediato 
 
No controle com esterilização térmica, as vidrarias e a água foram autoclavados a 
temperatura ± 121ºC e pressão de 1 kgf cm-2 por 40 minutos, enquanto o meio nutritivo 
foi submetido as mesmas condições pressão e temperatura por 20 minutos. Nos 
tratamentos com esterilização quimica as vidrarias foram lavados com detergente, 
18 
 
 
29 
 
enxaguados com água destilada e imersos em recipiente com agua destilada contendo 
0,003% de cloro ativo que corresponde à 1,5 mL de hipoclorito de sódio por litro. Na 
água destilada deionizada, utilizada no prparo do meio de cultura foi acrescentado a 
concentração de 0,0005% de cloro ativo NaClO (250 µL/ l). 
O meio nutritivo foi constituído dos sais inorgânicos de MS (MURASHIGE e 
SKOOG, 1962), vitaminas de White (WHITE, 1943), 100 mg L-1 de i-inositol, 30 g L-1 
de sacarose, e 10 g L -1 de ágar como agente de solidificação do meio. O pH do controle, 
autoclavado foi ajustado para 5,7 ± 1, nos tratamento esterilizados quimicamente aferiu-
se o pH em 6,0 ± 1, após 15 minutos da adição de 0,003 % NaClO no meio. Vale ressaltar 
que toda metodologia dos controles químicos foi baseada no Protocolo de Esterilização 
Química de Meios Nutritivos para Cultivo in vitro de Teixeira (2008). 
Após preparado, 20 mL do meio de cultura foi distribuído em recipientes de vidro 
com volume de 250 mL. Nos tratamentos em que o fechamento dos frascos ocorreu opôs 
10 minutos, os mesmos permaneceram abertos na câmera de fluxo laminar por 10 minutos 
para favorecer a volatização do cloro. A inoculação foi dividida em três etapas levando 
em consideração o tempo, foram inoculados explantes no período de 24, 48 e 72 horas 
após o preparo do meio nutritivo. Buscou-se selecionar explantes com tamanho e número 
de folhas uniformes. Depois de inoculados, o material foi disposto em condições 
favoráveis para seu desenvolvimento em temperatura de 26 + 1 0C, fotoperíodo de 16 
horas e irradiância de 19 mol.m-2.s-1. 
Após 35 dias realizou-se a avaliação do comprimento da parte aérea (Comp-PA) 
e raízes (Comp–Rz), número de folhas (NºFlh), número de folhas secas (NºFS) e 
produção de biomassa fresca (PBF). Utilizou-se o delineamento inteiramente 
casualizado com quatro repetições constituídas de um explante por frasco. Os dados 
obtidos foram submetidos à análise de variância e quando significativos (P<0,05), as 
médias foram comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade, utilizou-se o 
software desenvolvido pela Universidade Federal de Pelotas WinStat. 
Na segunda etapa do experimento ocorreu a aclimatização das mudas, em que as 
Plântulas de Gerbera jamesonii estabelecidas em condições in vitro foram transferidas 
para copos plásticos contendo o substrato comercial Tropstrat®. As plantas foram 
retiradas do meio de cultura e seu sistema radicular lavado em água destilada. 
Após a transferência, cada recipiente foi coberto com copos plásticos para a manutenção 
da umidade, sendo retirados após sete dias, as plantas foram levadas para casa de 
vegetação com sombrite 75%. 
19 
 
 
30 
 
O transplantíoe aclimatização das plântulas foi realizado após 30 dias da 
aplicação dos respectivos tratamentos, em que se efetuou a transferência das mesmas, que 
até então estavam em condição in vitro, para casa de vegetação. Seguindo o critério 
anterior dos tratamentos: nove tratamentos com quatro repetições, totalizando 36 
amostras experimentais, oi utilizado o delineamento experimental inteiramente 
casualizado. 
Depois de um período de 30 dias as plantas foram retiradas da casa de vegetação 
para avaliação das seguintes variáveis: comprimento da parte aérea (Comp-PA) e raízes 
(Comp–Rz), número de folhas (NºFlh), número de folhas secas (NºFS), clorofila A (Clor 
A), clorofila B (Clor B), clorofila total (Clor total) e produção de biomassa fresca (PBF). 
Os dados adquiridos foram submetidos à análise de variância e quando significativos 
(P<0,05), as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade, utilizou-se 
o software WinStat. 
 
 
 
 
 
 
4-RESULTADOS E 
DISCUSSÃO 
 a 
Fig1- Procedimento das 
atividades, (a ;b)- 
Inoculação dos explantes 
e vedação do recipiente, 
(c;d)- Transplantio, (e;f)- 
Aclimatização, (g;h) –
Coleta de dados, clorofila 
( A e B ) e comprimento 
da raiz. 
Figura 1 
20 
a b c 
d e f 
g h 
 
 
31 
 
4- RESULTADO E DISCURSSÃO 
4.1- Enraizamento in vitro nos tratamentos com esterilização química e controle som 
esterilização térmica 
 
O número de folhas nos explantes que foram inoculados com 24, 48 e 72 horas 
em meio esterilizado com hipoclorito de sódio foi inferior ao produzido pelos explantes 
inoculados no meio com esterilização térmica (Tabela 1,2 e 3). O número mais reduzido 
de folhas nos explantes em meio com esterilização química ocorreu porque houve seca 
das folhas iniciais em todos os tratamentos e isso não ocorreu na esterilização térmica 
(Figura 1). 
Nesta variável não houve diferença significativa nos tratamentos com 
esterilização química em relação ao fechamento imediato dos frascos ou após 10 minutos 
da distribuição do meio. 
 
 
Tabela.2- Desenvolvimento das plantas inoculadas no meio de cultura esterilizados 
termicamente e quimicamente com NaClO, com diferentes tempos para vedação do 
recipiente. Acesso 1- Inoculação dos explantes em 24 horas. 
 
Número de folhas (NºFlhs), comprimento médio da parte aérea (CMPA), comprimento médio da raiz (CMR), peso da 
biomassa fresca (PBF) de Gérbera cv. Essandre, submetidas a diferentes controles de esterilização. ¹ Médias seguidas 
por letras iguais, na mesma coluna, não diferem entre si pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade; ²Coeficiente de 
variação. 
 
Tabela.3 Desenvolvimento das plantas inoculadas no meio de cultura esterilizados 
termicamente e quimicamente com NaClO, com diferentes tempos para vedação do 
recipiente. Acesso 2- Inoculação dos explantes em 48 horas. 
Número de folhas (NºFlhs), comprimento médio da parte aérea (CMPA), comprimento médio da raiz (CMR), peso da 
biomassa fresca (PBF) de Gérbera cv. Essandre, submetidas a diferentes controles de esterilização. ¹ Médias seguidas 
Tempo para
Esterilização inoculação Nº flhs CMPA CMR PBF
cultura dos explantes
Térmico Imediato 8,25a 3,93a 4,03a 0,56a
Químico 10 Minutos 24 Horas 5,50b 3,22a 3,10a 0,53a
Químico Imediato 4,50b 2,83b 3,43a 0,42a
²CV% 11,94 21,62 23,71 29,21
Tempo de vedação Variáveis
do frasco de
Tempo para
Esterilização inoculação Nº flhs CMPA CMR PBF
cultura dos explantes
Térmico Imediato 8,00a 3,82a 5,48a 0,78a
Químico 10 Minutos 48 Horas 3,75b 2,35b 1,63b 0,36b
Químico Imediato 4,25b 2,73b 2,45b 0,35b
²CV% 22,96 18,48 20,01 25,95
Tempo de vedação Variáveis
do frasco de
21 
 
 
32 
 
por letras iguais, na mesma coluna, não diferem entre si pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade; ²Coeficiente de 
variação. 
 
Tabela.4 Desenvolvimento das plantas inoculadas no meio de cultura esterilizados 
termicamente e quimicamente com NaClO, com diferentes tempos para vedação do 
recipiente. Acesso 3- Inoculação dos explantes em 72 horas 
 
Número de folhas (NºFlhs), comprimento médio da parte aérea (CMPA), comprimento médio da raiz (CMR), peso da 
biomassa fresca (PBF) de Gérbera cv. Essandre, submetidas a diferentes controles de esterilização. ¹ Médias seguidas 
por letras iguais, na mesma coluna, não diferem entre si pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade; ²Coeficiente de 
variação. 
 
 
 
 
 
 
Em relação ao comprimento da parte aérea, comprimento da raiz e biomassa 
fresca, os explantes inoculados após 24 horas do preparo do meio esterilizado com NaClO 
não diferiram significativamente do tratamento controle autoclavado. Isso se deu devido 
á capacidade de recuperação dos explantes no meio esterilizado quimicamente. Após o 
terceiro dia de inoculação o explante apresentou os primeiros sinais de seca, no quinto 
dia estavam totalmente secos, entretanto, a planta se regenerou, desenvolveu-se, 
acompanhado o crescimento das plantas do controle térmico, que não sofreram nenhum 
tipo de estresse (Figura 2). 
 
Tempo para
Esterilização inoculação Nº flhs CMPA CMR PBF
cultura dos explantes
Térmico Imediato 9,00a 3,33a 4,35a 0,70a
Químico 10 Minutos 72Horas 5,00b 2,88ab 2,98a 0,39b
Químico Imediato 6,00b 2,33b 3,35a 0,34b
²CV% 20,00 15,75 23,15 16,90
Tempo de vedação Variáveis
do frasco de
a 
Fig.2- Seca inicial dos explantes esterilizado 
com hipoclorito de sódio, (a)Tratamento 
químico com fechamento do frasco com 
espera de 10 minutos e inoculação do 
explante com 24 horas, (b) Tratamento 
químico com fechamento imediato do frasco 
e inoculação do explante com 24 horas. 
a 
a b 
22 
 
 
33 
 
Fig.2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Todavia, os explantes inoculados com 48 e 72 horas após o preparo do meio não 
tiveram o mesmo desenvolvimento. Topoonyanont & Debergh (2000), observou que as 
brotações axiais não têm a mesma resposta nos subcultivos que brotações principais.Pais 
(2016) no experimento com esterilização química com NaClO em gérbera, inoculou os 
explantes após 48 horas do preparo do meio e observou que a resposta dos explantes na 
esterilização química não diferiu significativamente do controle autoclavado em todas as 
variáveis analisadas. 
O tempo de espera para fechamento dos frascos, de forma semelhante ao 
observado na variável número de folhas, também não influenciou no comprimento da 
parte aérea, comprimento da raiz e biomassa fresca. Dessa forma, constatou-se que a 
espera ou não de 10 minutos após a distribuição do meio de cultura não interferiu no 
desenvolvimento da planta. Pais (2016), relata a necessidade da espera de 10 minutos, 
antes da vedação do frasco para volatilização do cloro, reduzindo assim o efeito tóxico 
nas plantas. Contudo, no presente trabalho, o tempo de espera não interferiu na toxidade 
do NaClO nos explantes, uma vez que, os após três dias de inoculados todos sofreram os 
mesmos danos, entretanto, se recuperaram rapidamente. 
Ribeiro (2011), na esterilização química com NaClO do meio de micropropagação 
de Sequoia sempervirens, observou que os brotos formados nos tratamentos esterilizados 
quimicamente apresentaram menores comprimentos médios quando comparados com 
aqueles cultivados no meio autoclavado, mas foram produzidos em maior número médio, 
equilibrando a relação entre estas variáveis na etapa de multiplicação. Esse fator foi 
Fig.2-Recuperação das plantas esterilizadas 
quimicamente (T2 e T3) comparadas ás 
inoculadas em meio autoclavado (T1). (a) 
plantas inoculadas após24 horas após preparo 
do meio, (b) plantas inoculadas após 48 horas 
após preparo do meio, (c) plantas inoculadas 
após 72 horas após preparo do meio 
a b 
c 
23 
 
 
34 
 
explicado pela relação antagônica existente entre estes dois parâmetros, ou seja, sempre 
que o número de ramos aumenta o comprimento deles diminui, e vice-versa, já que a 
biomassa total produzidaestará em função da quantidade de nutrientes disponível no 
ambiente limitado do frasco de cultura. 
Os dados obtidos neste trabalho corroboram com resultados de autores, que 
comprovam a eficiência do NaClO, como alternativa de esterilização da agua, vidraria e 
meio MS para as práticas de micropropagação de diferentes espécies (BRONDANI et al., 
2013; WEBER et al., 2015). Cardoso (2009), concluiu que o uso da esterilização química 
é uma alternativa adequada ao sistema de autoclavagem, sendo que o cloro pode ser 
empregado para o processo de esterilização com eficiência semelhante à da 
autoclavagem. Pais (2016), afirma que a esterilização química pode substituir a 
esterilização térmica de meios nutritivos para o enraizamento de gérbera in vitro. 
 
4.2- Aclimatização das plantas obtidas nos tratamentos. 
 
No desenvolvimento das plantas obtidas nos tratamentos in vitro, 30 dias após o 
início da aclimatização observou-se que apenas em um tratamento com esterilização 
química com explante inoculado após 24 horas, as plantas tiveram número de folhas 
inferior às obtidas no tratamento com esterilização térmica (Tabela 2). Em todos os outros 
tratamentos com esterilização química houve a recuperação das plantas que se igualaram 
as obtidas no tratamento controle autoclavado. O comprimento da parte aérea não mostrou 
diferença significativa em nenhuma das plantas dos tratamentos com esterilização 
química em relação ás plantas do controle autoclavado. Entretanto nos tratamentos 
referente às plantas introduzidas ao meio no intervalo de tempo de 48 horas após a 
aclimatização, apresentou diferença significativa na variável comprimento da raiz que foi 
inferior a todos os outros tratamentos. 
Em relação a clorofila A, B e Total não houve diferença significativa entre as 
plantas obtidas no tratamento controle autoclavado e na esterilização química com 
inoculação após 24 horas. Nos demais tratamentos com esterilização química o teor das 
clorofilas foram inferiores ao controle autoclavado. Castro (2002), aborda que o teor de 
clorofila está inteiramente ligado a capacidade fotossintética da planta em geral com uma 
equivalência de 3:1, clorofila A e B respectivamente. Os dados das Tabelas 4, 5 e 6 
mostram que nos tratamentos com esterilização química com e sem a espera dos 10 min 
24 
 
 
35 
 
para volatilização do cloro as plantas apresentaram desenvolvimento similar conforme 
mostra a figura 3. 
Os resultados corroboram com os obtidos por Oliveira (2015), na aclimatização 
de mudas abacaxi (Ananas comosus) oriundas da esterilização química com NaClO, que 
não apresentaram danos durante a aclimatização. 
25 
 
 
3 
 
Tabela.5 – Desenvolvimento das mudas de gérberas cv. Essandre 30 dias após o início da aclimatização em seus respectivos tratamentos. Acesso 1- Inoculação 
do explantes em 24 horas. 
Número de folhas (NºFlhs), comprimento da parte aérea (C-PA), comprimento da raiz (C-Rz), clorofila A (CLOR A), clorofila B (CLOR B), clorofila total (CLOR TOTAL) de Gérbera hibrida 
cv essandre, submetidas a diferentes controles de esterilização, com inoculação após 24 horas da preparação do meio MS e seu desenvolvimento pós-transplantío e aclimatização. ¹ Médias seguidas 
por letras iguais, na mesma coluna, não diferem entre si pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade; ²Coeficiente de variação. 
 
 
 Tabela.6 – Desenvolvimento das mudas de gérberas cv. Essandre 30 dias após o início da aclimatização em seus respectivos tratamentos. Acesso 2- Inoculação 
do explantes em 48 horas. 
 
 
TEMPO PARA VEDAÇÃO 
TEMPO PARA 
 
VARIÁVEIS 
ESTERILIZAÇÃO 
 DO FRASCO DE 
INOCULAÇÃO DOS Nº flhs CMPA CMR CLOR A CLOR B 
CLOR 
TOTAL 
 CULTURA EXPLANTES 
TÉRMICO IMEDIATO 8,50a 6,67a 11,45a 30,04a 10,20a 40,60a 
QUÍMICO 10 MINUTOS 48 HORAS 6,50a 6,27 9,27ab 21,97b 4,35b 26,32b 
QUÍMICO IMEDIATO 6,75a 5,5a 8,42b 18,35b 6,00 a 24,35b 
²CV% 20,9 19,61 12,01 20,65 20,65 16,17 
Número de folhas (NºFlhs), comprimento da parte aérea (C-PA), comprimento da raiz (C-Rz), clorofila A (CLOR A), clorofila B (CLOR B), clorofila total (CLOR TOTAL) de Gérbera hibrida 
cv essandre, submetidas a diferentes controles de esterilização, com inoculação após 24 horas da preparação do meio MS e seu desenvolvimento pós-transplantío e aclimatização. ¹ Médias seguidas 
por letras iguais, na mesma coluna, não diferem entre si pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade; ²Coeficiente de variação. 
 
TEMPO PARA VEDAÇÃO 
TEMPO PARA 
 
VARIÁVEIS 
ESTERILIZAÇÃO 
 DO FRASCO DE 
INOCULAÇÃO DOS Nº flhs CMPA CMR CLOR A CLOR B 
CLOR 
TOTAL 
 CULTURA EXPLANTES 
TÉRMICO IMEDIATO 8,75a 5,82a 11,12a 24,77a 7,40a 32,17a 
QUÍMICO 10 MINUTOS 24 HORAS 7,00a 6,17a 8,50a 27,00a 5,50a 32,50a 
QUÍMICO IMEDIATO 6,25b 5,62a 11,12a 28,77a 9,47a 38,25a 
²CV% 12,48 13,50 20,96 22,8 27,21 22,22 
24 
26 
 
 
4 
 
 
Tabela.7– Desenvolvimento das mudas de gérberas cv. Essandre 30 dias após o início da aclimatização em seus respectivos tratamentos. Acesso 3- Inoculação 
do explantes em 72 horas. 
Número de folhas (NºFlhs), comprimento da parte aérea (C-PA), comprimento da raiz (C-Rz), clorofila A (CLOR A), clorofila B (CLOR B), clorofila total (CLOR TOTAL) de Gérbera hibrida 
cv essandre, submetidas a diferentes controles de esterilização, com inoculação após 24 horas da preparação do meio MS e seu desenvolvimento pós-transplantío e aclimatização. ¹ Médias seguidas 
por letras iguais, na mesma coluna, não diferem entre si pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade; ²Coeficiente de variação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TEMPO PARA VEDAÇÃO 
TEMPO PARA 
 
VARIÁVEIS 
ESTERILIZAÇÃO 
 DO FRASCO DE 
INOCULAÇÃO DOS Nº flhs CMPA CMR CLOR A CLOR B 
CLOR 
TOTAL 
 CULTURA EXPLANTES 
TÉRMICO IMEDIATO 8,50a 5,12a 8,30a 21,80a 8,42a 30,22a 
QUÍMICO 10 MINUTOS 72 HORAS 6,75a 4,52a 7,20a 21,80a 3,53b 29,95a 
QUÍMICO IMEDIATO 6,50a 5,60a 7,20a 24,60a 7,10b 27.27a 
²CV% 21,06 26,53 26,53 14,78 15,56 13,13 
a b c 
Fig.3 - Características visuais similares das plantas submetidas ao controle térmico e obtidas no meio com esterilização química, (a) inoculação após 24 
horas, (b) inoculação após 48 horas, (c) inoculação após 72 horas. 
27 
 
 
3 
 
 
 
5- CONCLUSÕES 
 
 Na esterilização química a espera 10 minutos para vedação do frasco com o meio 
nutritivo, esterilizado com NaClO não reduziu a toxidez inicial no explante e não 
influenciou no desenvolvimento das plantas em relação as obtidas com vedação 
imediata dos frascos, obtendo melhores resultados quando a inoculação do 
explante ocorreu 24 horas após o preparo do meio. Entretanto a toxidez do cloro 
durante o estabelecimento da cultura in vitro, não influenciou no desenvolvimento 
da Gérbera hibrida cv. Essandre durante a aclimatização. 
 
6- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
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com diferentes concentrações de hipoclorito de sódio. Arquivos do Instituto Biológico, 
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químicos e forno de microondas. Revista Ceres, v. 52: p. 343-349, 2005. 
 
Fig.3 
c c 
25 
28 
 
 
4 
 
TEIXEIRA, S.L.; SOUSA, R.T.S.; TEIXEIRA, M.T. Esterilização de meios nutritivos 
para cultura de tecidos vegetais em forno de microondas. Revista Ceres, v. 52, n. 302, p. 
499-507, 2005 
TEIXEIRA, S.L.; SOUSA, R.T.S.; TEIXEIRA, M.T. Esterilização de meios nutritivos 
para cultura de tecidos vegetais em forno de microondas. Revista Ceres, v. 52, p. 499-
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RIBEIRO, J.M.; TEIXEIRA, S.L.; BASTOS, D.C. Cultivo in vitro de Sequoia 
sempervirens L. em meio de nutritivo esterilizado com hipoclorito de sódio. Ciência 
Florestal, v. 21, n. 1, p. 77-82, 2011. 
 
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WHITE, P. R. A handbook of plant tissue culture. Lancaster:Costel, 273p, 1943. 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
29 
 
 
3 
 
CAPITULO II 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fontes de contaminação em cultura de tecidos na esterilização química 
e térmica 
 
 
28 30 
 
 
4 
 
RESUMO 
 
O presente trabalho baseou-se nos protocolos de controle térmico e esterilização química 
com uso de hipoclorito de sódio, em que foram realizadas adaptações afim de determinar 
as fontes de contaminação no controle térmico autoclavado e tratamento químico com 
hipoclorito de sódio (NaClO). Os tratamentos corresponderam a esterilização na água, 
vidrarias e meio, alternando os procedimentos, com objtivo de identificar as fontes 
contaminantes do cultivo in vitro. O meio esterilizado quimicamente com NaClO e 
termicamente apresentaram respostas positivas na inibição da ação de microrganismos. 
O mesmo ocorreu com as vidrarias e água esterilizadas com NaClO, sem necessidade de 
adição do cloro ativo no meio. Quando não se esterilizou o meio no autoclave ocorreu 
100% de contaminação. As plantas inoculadas no meio onde a esterilização química 
ocorreu apenas nas vidrarias e água foi similar ao das plantas no meio esterilizado em 
autoclave (meio, agua e vidraria). 
 
PALAVRAS CHAVES 
Cultura de tecidos; Assepsia; Concentração mínima inibitória. 
 
1- INTRODUÇÃO 
 
A cultura de tecidos é a área da biotecnologia que compreende vários métodos de 
propagação vegetal em laboratório, amplamente utilizada como ferramenta de estudo do 
metabolismo, fisiologia, desenvolvimento e reprodução de plantas com propriedades 
desejáveis, tais como resistência a pragas e acúmulo de substâncias ativas de interesse 
comercial (LAKSHMANAN et al., 2005). 
Além dos aspectos do melhoramento genético de plantas, a cultura de tecidos tem 
sido aplicada na micropropagação, que tem como principal objetivo a aceleração dos 
métodos convencionais de propagação vegetativa (DONATO et al., 2005, LIMA & 
MORAES 2006, XIÃO et al., 2011). 
A contaminação microbiana é o fator determinante para o êxito ou não desta 
prática, sendo responsável por perdas significativas em biofábricas e laboratórios de 
pesquisa (DANTAS et al., 2002, DONATO et al., 2005). O estudo das contaminações 
microbianas na cultura de tecidos atende uma forte demanda relacionada aos processos 
de boas práticas de laboratório e contribui para preencher algumas lacunas encontradas 
na área de biotecnologia vegetal referente aos problemas de contaminação in vitro 
(SCHERWINSKI & PEREIRA, 2010) 
Na literatura é possível ter acesso a vários protocolos de esterilização com a 
finalidade de reduzir a incidência de contaminação microbiana, seja com o método de 
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esterilização térmica - autoclave ou métodos alternativos como método de micro-ondas, 
uso de hipoclorito de sódio e antibióticos. 
Essa contaminação deve-se principalmente, à presença de microrganismos 
epifíticos, oportunistas ou patogênicos, que penetram nos tecidos ou podem estar 
presentes no explante, se desenvolvendo no meio de cultura devido a desinfestação 
ineficiente, ou ainda, pela entrada de microrganismos após o estabelecimento do explante 
devido ao manuseio incorreto durante as subculturas (LONDE et al., 2007, PANICKER 
et al 2007). 
De acordo com Brondani (2013), o processo de desinfestação objetiva a 
eliminação de microrganismos epifíticos e contaminantes que venham acometer o cultivo 
asséptico dos explantes. Os processos de desinfestação variam em função do tipo e origem 
do explante, época e ambiente em que foram coletados. 
Torna-se crescente o uso do hipoclorito de sódio na assepsia da água, vidrarias e 
meio de cultura, por ser um produto químico de fácil aquisição e baixo custo, (ESTRELA 
et al., 2002), sendo uma alternativa viável à substituição da esterilização térmica. 
 
2- OBJETIVO 
 
Identificar a presença de contaminação na esterilização térmica e química na água, 
vidraria e no meio de cultura. 
 
3- MATERIAIS E MÉTODOS 
 
O trabalho foi desenvolvido no Laboratório de Biotecnologia da Universidade do 
Estado da Bahia UNEB, Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais, Campus III. Os 
tratamentos que compuseram o experimento estão descritos na tabela 1: 
Tabela 1- Descrição dos tratamentos do experimento. 
Tratamentos 
T1- Controle térmico Água, vidrarias e meio autoclavados 
T2- Controle químico Água, vidrarias e meio esterilizados com NaClO 
T3- Controle térmico Água, vidrarias autoclavados e meio sem autoclavar 
T4- Controle químico Água, vidrarias esterilizados com NaClO e meio sem esterilização 
T5- Controle térmico Água, vidrarias sem autoclavar e meio autoclavado 
T6- Controle químico Água, vidrarias sem esterilizar e meio esterilizado com NaClO 
 
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A água, vidrarias e meio foram esterilizados conforme o tratamento. No controle 
térmico a água e as vidrarias foram autoclavadas por 40 minutos a temperatura de 120 °C 
com 1Kgf cm², enquanto o meio foi esterilizados nas mesmas condições de temperatura 
por 20 minutos.

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