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Faculdades Metropolitanas Unidas Amanda Vieira Saraiva ATIV. 3 – ANÁLISE ENTRE CELSO FURTADO COMO CAIO PRADO JR. FORMAÇÃO ECONÔMICA DO BRASIL São Paulo 2020 ATIVIDADE A SER DESENVOLVIDA Tendo em vista o importante papel dos autores trabalhados ao longo do curso, tanto Celso Furtado como Caio Prado Jr., redija uma breve dissertação (2 a 3 páginas), demonstrando as principais diferenças e semelhanças entre ambos. Os pontos tratados devem falar sobre as questões econômicas, mas também sobre os métodos usados por cada autor. ANÁLISE Celso Furtado e Caio Prado Jr. são dois grandes contribuidores para o estudo da formação econômica do Brasil, ambos possuem duas grandes obras que relatam os fatos históricos do Brasil e os elementos que compunham a economia (Economia Colonial no Brasil nos séculos XVI e XVII e Formação Econômica do Brasil de Celso Furtado e Formação do Brasil Contemporâneo e História Econômica do Brasil de Caio Prado Jr.), os distintos estudos nos possibilita muito debate e a visibilidade de duas análises dais quais em alguns pontos são concordantes. Celso Furtado, nascido no Sertão Paraibano e tornou-se um economista que agregou para os estudos desenvolvimentistas do Brasil, sempre tendo um olhar mais minucioso para o nordeste. A críticos que apontam a obra de Furtado ‘’Formação Econômica do Brasil’’ como o grande estruturalismo da CEPAL, contudo, possui influência Keynesiana, está obra é constituída pela análise dos processos econômicos e não apenas aos fotos históricos, pois a partir deste que compreende a formação econômica brasileira. Caio Prado Jr. era militante do Partido Comunista do Brasil, ele usufruía de seus conhecimentos políticos para a construção dos seus pensamentos que eram direcionados a esquerda brasileira, sendo então um dos primeiros a utilizar o materialismo de Karl Marx em suas análises da formação econômica e social do Brasil. Para uma análise do sentido da colonização observamos que Caio Prado Jr. afirmava que para compreender a evolução do podo é necessário iniciar pelo período de escravidão e monocultura, pois desta maneira fica clara a essência do rumo que a economia brasileira tomou. Ele compreendia que a colonização portuguesa na América não era um fato isolado, mas sim uma contextualização da expansão ultramarina europeia, recorrência do comercio continental, aponta que os portugueses inicialmente não tinham interesses em povoar a América, diante das oportunidades mercantis que o Oriente poderia proporcionar, a princípio os territórios brasileiros eram ocupados para o extrativismo de peles, pesca e madeira, apenas posteriormente que surgiu a agricultura, neste período foi o grande crescimento da mão de obra escrava, em diversas colônias nunca se houve a possibilidade de trabalhador branco, ‘’visto que na Europa não se havia braços disponíveis e dispostos a emigrar para o trabalho bruto’’. A formação brasileira tem como base o caráter mercantil, sempre com os seus interesses voltado para o exterior. A obra de Caio Prado Jr. tem por si uma linha argumentativa contraditória, sua interpretação da evolução brasileira permeia pela mudança de continuidade, em que o caráter da colonização se mantem no país. Celso furtado por sua vez vê o sentido da colonização convergente a de Caio Prado, onde a colônia portuguesa é uma grande produtora de bens tropicais destinados apenas ao mercado europeu, as aventuras de Portugal as Índias os tornaram dependentes a produção da colônia para suprir as importações. Assim como mencionado por Caio Prado, Furtado concorda com os interesses do comércio das colônias, ou seja, a economia sendo alimentada fora do país. Para Furtado o pouco de renda que se permanecia no país era designada a uma minoria que tinha apenas interesses no comércio, neste momento é que o Furtado não compartilha da mesma ideia de continuidade de Caio Prado, pois para ele o processo de industrialização teve um rompimento, ao caminhar da economia ‘’voltada para dentro ‘’ e ele luta para uma sociedade democrática e que inclui a classes pobres na divisão de renda. A teoria de Celso Furtado tem como perspectiva de desenvolvimento na qual a indústria desempenha um papel relevante em todo o processo de desenvolvimento econômico, apresenta em sua obra a economia brasileira e a importância desempenhada pela a indústria, na questão do progresso. Já Caio Prado, entende que a economia brasileira continuou ao longo dos anos subordinada a interesses colonial, e da mesma forma o processo de industrialização. Apesar de ambos possuírem o mesmo objeto de estudo, ou seja, a formação econômica do brasil, eles chegam a conclusões diferentes em decorrência dos pressupostos adotados cada um, os estudos de Furtado consiste em uma aceitação maior entre os economistas, pois ele possui uma visão de desenvolvimento com o aumento da produtividade e que a situação de subdesenvolvimento está relacionada a com países desenvolvidos, está visão leva a pressupor os ganhos de produtividade que é característica do desenvolvimento da mão de obra no Brasil, compreendendo em seu livro como que ao decorrer da história brasileira a economia avançou e regrediu e como a economia de um país subdesenvolvido perde o seu processo de crescimento diante de economias mais avançadas quando usado os termos de troca. Caio Prado por sua vez, organiza suas análises em que o desenvolvimento está continho na superação da condição econômica que o processo colonial expos, tais condições como subordinação do capital comercial, industrial e financeiro dos países mais avançados, ele compreende que o brasil esta situado em uma dominação imperialista, que se reproduz através de empréstimos e implementação comercio exterior, que assim concedem lucros e juros para outros países, ou seja, capturando a parte mais significativa da riqueza do país, tudo isso é reflexo da condição econômica colonial, portanto, para ele o processo de industrialização assim como outras atividades econômicas no Brasil não se produzia a uma condição de economia atrasada em comparação aos países de economia avançada. Concluindo que a obra de Furtado torna-se mais atraente ao estudos dos economistas por traçar a ideologia de classe social lidada a atividade industrial do brasileira.
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