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A.F.C. MODELO DE SELEÇÃO POR CONSEQUÊNCIA: → Relação de comportamento com o ambiente → Distingue a análise do comportamento de outras abordagens. → Dependem de fatores: HISTÓRICOS, CULTURAIS, SOCIAIS E INTER-RELACIONAIS. Além disso, se atentar aos níveis: ● Ontogenético ● Filogenético ● Cultural - Comportamentos são selecionados através das consequências. EX: Marido sempre vai deixar as roupas sujas no chão se a mulher continuar lavando (reforço) MOTIVAÇÃO: Operação estabelecedora – eventos ambientais que aumentam. Mais estímulo reforçador e menos punição. Ex: ter aula é estabelecedor para ir à faculdade. Operação abolidora – eventos que diminuem a probabilidade do comportamento acontecer. Menos estímulo reforçador e mais punição. Ex: não ter aula é abolidor para ir a faculdade. Operações motivadoras incondicionadas – natureza do evento aversiva ou apetitiva naturalmente. Ex: água para a sede ou falta de sede. Operações motivadoras condicionadas – quando aprendemos a ser sensíveis ao estímulo com o tempo. Ex: coca-cola. A motivação será determinada pela privação ou saciação que fará emitir ou não o comportamento. EMOÇÕES → Fenômeno complexo. ● Para Skinner a emoção é uma alteração para a predisposição para a ação. COMPORTAMENTO PRIVADO Para isso termos que analisar a tríplice contingência: ● Qual foi o discriminativo? ● Qual foi o comportamento reforçado? ● Qual foi a resposta reflexa (fisiológica)? Supressão condicionada → Em condicionamentos respondentes que provocam respostas aversivas e, não há possibilidade de fuga ou esquiva os operantes podem ser alterados. → EXPERIMENTO SKINNER RATO – o rato para de responder quando não consegue fugir ou se esquivar. → ANSIEDADE E ATÉ MESMO DEPRESSÃO. LIBERDADE: Apesar da análise do comportamento ser determinista (comportamento influenciado pelo ambiente) a liberdade é estudada pelos aspectos: → classes de reforçadores positivos que juntos podem criar a sensação de liberdade. → “busca pela liberdade” – relações sociais que apresentam coerção e controle que geram essa busca. → prisão por reforço positivo – método de controle que produz sensações agradáveis, mas que são prejudiciais a longo prazo, porém, beneficiando quem controla. Ex: fazer muitas horas extras para ser considerado um funcionário exemplar e acabar tendo sintomas de exaustão – Burnout. “O primeiro passo na defesa contra a tirania é a exposição mais completa possível das técnicas de controle”. INTERVENÇÃO PELA ANÁLISE FUNCIONAL AVALIAÇÃO FUNCIONAL – identificar: ● antecedente (antes) ● comportamento ● consequência (depois) A avaliação funcional é um processo de coleta de informações do que vem antes e depois do comportamento problema. Ela serve para traçar comportamentos alternativos, variáveis motivacionais, identificar potenciais reforçadores e se houveram intervenções anteriores e o resultado delas. FUNÇÃO DO COMPORTAMENTO PROBLEMA → Reforço social positivo e negativo → Reforço automático positivo e negativo - Social positivo: reforço fornecido por outra pessoa. Ex: menina chama a atenção da mãe e a mãe lhe dá atenção. - Social negativo: reforço fornecido por outra pessoa que retira o estimulo aversivo. Ex: conversar com o professor sobre a nota baixa e ele passar um trabalho para aumentar a nota. - Automático positivo: o reforço independe de terceiros. Ex: tomar um banho quente em um dia frio. -Automático negativo: retirada de aversivos independe de terceiros. Ex: fechar a janela para impedir o frio de entrar. MÉTODOS UTILIZADOS: Indiretos: questionários ou entrevistas com a própria pessoa ou terceiros (pais, professores...). → mais utilizado por psicólogos → mais rápido e mais prático → pode ser impreciso - identificar quais os antecedentes e as consequências do comportamento problema de forma objetiva. - pode gerar respostas objetivas ou não → se atentar a forma de perguntar para conseguir respostas objetivas. Observação direta: no ambiente natural da pessoa o profissional observa e registra os antecedentes e as consequências. → também pode ser feita pela própria pessoa ou por terceiros. → mais preciso do que métodos indiretos. → requer mais tempo e esforço Pode ser realizada de 3 maneiras: 1. métodos descritivos – 3 colunas separando antecedente, comportamento e consequência. 2. lista de verificação – marcar comportamentos previamente descritos na observação. 3. intervalo ou tempo real – com as informações de quando o comportamento acontece, definir horários para confirmar na observação se elas acontecem realmente. Experimentais: nesse método o psicólogo tem a oportunidade de manipular os antecedentes e as consequências para verificar a influência nos comportamentos problema. TRANSTORNOS PSIQUIÁTRICOS → analisar como qualquer outro comportamento ● na maioria dos casos as pessoas procuram a terapia quando estão com problemas para: - acessar reforçadores positivos - identificar como sair de situações aversivas. A falta de reforçadores positivos gera dificuldade de socializar e fazer amigos e também quadros de depressão e ansiedade. Temos que analisar os problemas psiquiátricos nos níveis: ● filogenético (predisposição genética) ● ontogenético (interação com o ambiente) ● cultural (sensibilidade ao meio social) → fatores multideterminados Avaliar então o nível de comprometimento. Ex: autismo = filogenético, ontogenético e cultural. 1. Na idade média se criou o dualismo entre normal e anormal que classificam indivíduos com falhas na mente → causas na mente e não na interação com o meio. 2. Curva estatística normal baseada ma seleção natural de Darwin que diz respeito entre os dentro da curva normal e os que estão fora → utilizada pelo CID e DSM. Todos os comportamentos são classificados como normais para a análise do comportamento uma vez que eles foram selecionados pelas consequências do ambiente. → eles estão funcionando. Os analistas irão analisar o sofrimento que esses comportamentos estão causando para si e para os outros. → a sociedade e cultura muito coercitivas causam esse sofrimento. INTERVENÇÕES → avaliação funcional para identificar antecedentes e consequências. → interações com o paciente e seu meio para provocar menos ou nenhum sofrimento. TERAPIAS COMPORTAMENTAIS DE 3ª GERAÇÃO - A psicologia comportamental surge para questionar as metodologias clínicas que tinham pouco embasamento científico. → surgiu para questionar a ineficácia da psicoterapia e se contrapor em relação a teoria psicanalítica. → muitos autores possuem opiniões diversas sobre as terminologias “terapia comportamental” e “terapia cognitivo comportamental”. A terapia comportamental tem a característica de ser: científica, ativa, focada no presente, focada na aprendizagem, individualizada, progressiva e breve. → o termo terapia comportamental é utilizado de maneira ampla para se referir a diversas técnicas de tratamento psicológico. 1ª GERAÇÃO → fundação do behaviorismo – Pavlov, Watson, Thorndike, Skinner. – desenvolvimento da psicologia experimental. - foco em emoções e comportamentos problemáticos utilizando meios experimentais. → impulsiona a psicologia comportamental como ciência. → focada no comportamento problema → condicionamento clássico e operante → estrutura mais mecanicista → pouca ou nenhuma ênfase na relação terapêutica 2ª GERAÇÃO → Bandura – teoria da aprendizagem social (terapia cognitivo comportamental). → aprendizagem por observação → inicia questionamentos sobre as restrições da abordagem → preservou o caráter técnico presente na primeira onda → atenção mais focada aos sentimentos e pensamentos Efeito rebote: ao tentar mudar um pensamento,mais se pensa nele. 3ª GERAÇÃO Mais ecléticos do ponto de vista técnico buscando resultados clínicos mais eficientes. → possui características em comum com a segunda geração, porém com algumas modificações como: ● os pensamentos são comportamentos privados e suas funções devem ser avaliadas. → os pensamentos não devem ser alterados, mas avaliados para se criar estratégias para se contrapor as fugas e esquivas. → focada mais na função do que na forma. → construção de repertórios flexíveis e efetivos. → sintetiza as antigas gerações. → se voltou com mais força para as ideias da 1ª geração, mas também considera a importância de pensamentos e sentimentos como comportamentos privados → foco no ambiente. Há psicólogos que trabalham com os três tipos. A 3ª geração é a mais atual delas. FAP – PSICOTERAPIA ANALÍTICO-COMPORTAMENTAL → 3ª geração → relação cliente – terapeuta Teve sua origem com Skinner → analise da sociedade como um todo → agências de controle da sociedade como a economia e governo que manipulam variáveis sociais por reforço ou punição. → a psicoterapia também é ↑→ papel no cuidado das pessoas ao tratar dos efeitos colaterais das relações sociais coercitivas. O papel do terapeuta: → a partir da relação terapêutica promover a ascensão de comportamentos culturalmente punidos como sentimentos, pensamentos e emoções. → promover intimidade na relação terapêutica → reconstruir a intimidade na vida pessoal do cliente → modificação de padrões de relacionamento. CRB’s – Comportamentos clinicamente relevantes CRB 1 → comportamentos reproduzidos na terapia que refletem a demanda que precisa ser trabalhada. Ex: pessoa que sempre chega pontualmente. CRB 2 → comportamentos reproduzidos na terapia que demonstrem uma melhora no comportamento alvo. Ex: chegar atrasado. CRB 3 → quando o paciente é capaz de analisar seus pensamentos em relação a demanda. Ex “se eu me atrasasse, achei que você ficaria com raiva”. O SELF Estável → construído a partir da história de reforçamento do individuo (privado) com o ambiente. Aprende a identificar o que se sente Instável → história de invalidação (coerção) – não reconhecimento de si (transtorno de personalidade. Ex: Borderline) O papel do terapeuta é: construir uma nova historia de relacionamento e ampliar para o ambiente terapêutico. FAP: 5 regras para uma intervenção eficaz 1. consciência – estar presente e atento à sessão 2. coragem – desenvolvimento de habilidades de enfrentamento de CRB’s identificados. Isso pode provocar ansiedade no próprio terapeuta 3. amor – o terapeuta expressa respostas genuínas de afeto por parte dele mesmo. Não responder com elogios vazios. 4. behaviorismo – se preocupa com o aumento da frequência da melhora do comportamento 5. behaviorismo – generalização dos comportamentos aprendidos para além da terapia. Estar atento aos comportamentos que acontecem no consultório e modificá-los no consultório é a premissa para uma melhora efetiva. O BRINCAR NO PROCESSO CLÍNICO Na brincadeira há a possibilidade de expressão de sentimentos, desejos e valores. Desenvolve habilidades de: → comunicação → socialização → desenvolvimento de autonomia → identificação de auto-imagem Na análise do comportamento o brincar proporciona: estímulos discriminativos, modelos, instruções e consequências = refinamento de comportamentos e aprendizados novos. Divisões: → Brincar – interação lúdica com o jogo ou atividade. Não representa processos fantasiosos. → Fantasiar – interações lúdicas que vão além da funcionalidade do brinquedo. Ex: faz de conta. → Fazer exercícios – atividades produzidas durante a sessão com o objetivo de melhorar o desempenho comportamental. Ex: lição de casa. → Conversar decorrente – a partir da brincadeira fazer conversas relacionadas. Ex: brincar de escolinha e falar da escola. → Conversar paralelo – quando se faz uma atividade e se fala de outra coisa Ex: brincar de massinha e falar de casa. → Conversar sobre brincar – não há interação lúdica, mas se fala de brincadeiras. Ex: falar sobre brincadeiras favoritas. → Conversar outros – conversar em outros momentos coisas que não se referem à brincadeira. Ex: perguntar sobre a família ou escola. As categorias servem para o terapeuta se organizar em relação a seus objetivos com a criança e qual atividade é mais adequada. Funções na avaliação → pode ser um reforçador positivo para aumentar a frequência na terapia. Avaliação funcional → entrevista com pais e responsáveis → fazer a avaliação funcional com a criança observando os atendimentos, níveis cognitivos, comportamentos problema e repertórios existentes. O brincar pode fornecer ao psicólogo: - acesso indireto as emoções - acesso direto as respostas - interação da criança com terceiros → isso acontece porque o brincar produz um contexto diferente a uma conversa séria e produz prazer. Brincar é um benefício para trabalhar CRB’s → fortalecer comportamentos e enfraquecer outros.
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