Buscar

Pneu Run Flat

Prévia do material em texto

Pneu Run Flat
Os pneus run flat se distinguem dos demais por terem paredes reforçadas. Descubra outras vantagens e diferenças!
Ter um furo à noite, com chuva, numa estrada deserta, é um cenário de pesadelo. Os pneus run flat podem ser a salvação, ainda que com algumas restrições. 
Os pneus run flat, ou de rodagem sem pressão, se distinguem dos normais por terem paredes reforçadas, que permitem, em caso de perda total de pressão, devido a um furo ou outro dano, continuar a viagem por mais 80 quilômetros a um máximo de 80 km/h. Num pneu run flat, mesmo vazio, as paredes do pneu suportam o peso do veículo, que pode chegar sem problemas a um local onde o pneu possa ser reparado ou substituído.
Pelo contrário, num pneu normal o que suporta o peso do carro é o ar sob pressão contido no seu interior. Se o pneu se esvaziar repentinamente, fica esmagado, salta da roda e é cortado por esta, o que representa perda de controle e, frequentemente, acidentes.
Os furos ou rasgos nos pneus são uma situação desagradável que os run flat podem evitar. A existência de um estepe pressupõe a troca de pneu (e quantas vezes nos esquecemos de pôr ar no pneu sobresselente e ele está vazio quando é necessário?). O kit de “reparação”, para além de só ser útil em furos muito pequenos, danifica o pneu, que tem que ser substituído por um novo (e também é preciso adquirir um novo kit). Há ainda os pneus autosselantes: eles dispõem de uma camada de borracha líquida sob a banda de rodagem, que, em contato com o ar, endurece instantaneamente, vedando o furo. Parecia ser uma tecnologia promissora, mas se revelou eficiente em apenas 80% dos furos na banda de rodagem do pneu e não cobre danos nas paredes laterais.
Restam os pneus run flat, que também apresentam inconvenientes: devido ao reforço da estrutura, são mais pesados, mais caros, mais rígidos (tornando o carro mais duro) e originam um maior consumo de combustível.
A presença dos reforços nas laterais faz com que o pneu run flat seja mais pesado (cerca de 2 kg a mais, no exemplo do EcoSport) e também mais caro (em média, de 20% a 50%). Outro detalhe é que, sendo um produto de baixa demanda (ainda), pode ser difícil encontrar reposição imediata para pneus de algumas medidas.
Os run flat não podem ser montados em rodas comuns, com hump H2, e sim apenas em rodas com o hump estendido, EH2, que é mais elevado. Em tempo: hump é a saliência na parte interna das rodas que mantém os talões do pneu encaixados. Ao utilizar pneus run flat em rodas convencionais (H2), o consumidor corre o risco de que eles não cumpram exatamente a função que os diferencia.
A sua principal desvantagem era só poderem ser montados em veículos já preparados de origem (chassis, suspensão etc.) para os receber, não podendo ser usados em qualquer veículo. Todos os outros problemas têm sido corrigidos e até o fato de os run flat serem mais caros é em parte compensado pela dispensa de um estepe.
Estruturas de um pneu:
- Banda de rodagem: é a única parte do pneu em contato com o solo. O desenho da banda de rodagem afeta a aderência em pisos secos e molhados e influência diretamente a emissão de ruído e a drenagem de água. A banda de rodagem possui os seguintes elementos principais:
– Sulcos: servem para drenar a água, evitar deslizamento, refrigerar e reduzir ruídos. São neles que se encontram os TWIs (Tread Wear Indicator) que sinalizam quando o pneu deve ser trocado.
– Ombro: essa parte do pneu é uma das que mais sofrem pelos desgastes excessivos. É uma área de grande esforço, pois recebe a força lateral durante as curvas e tem arrastes intermitentes.
– Barras: as barras geram a tração e são a parte em contato com o solo.
– Ranhuras: auxiliam a drenagem de água e a refrigeração do pneu. As ranhuras também são responsáveis por diminuir a ressonância.
· Lateral: possui borracha com propriedades específicas mais resistentes à fadiga gerada pela grande solicitação de flexão e extensão, além do envelhecimento devido ao tempo de exposição a ações climáticas. Também sofre abrasões intermitentes devido a roçamentos.
· Talão: é formado por fios de aço banhados por cobre e revestido individualmente por borracha para evitar a oxidação e facilitar a adesão. O talão fixa o pneu na roda de maneira a evitar o vazamento de ar e garantir que não ocorrerá destalonamento durante a solicitação normal de uso.
· Cintas estabilizadoras: as cintas têm influência direta no desempenho do pneu, na dirigibilidade, no conforto e em sua durabilidade. Cada cinta é formada por fios de aço de configurações específicas para determinadas aplicações e é revestida de borracha para facilitar a adesão com outros compostos de borracha. Tem a função de proporcionar estabilidade na zona de rodagem, proteger a carcaça de impactos e perfurações, além de restringir o diâmetro do pneu.
· Carcaça: também possuindo direta influência no desempenho, a carcaça é formada por cordonéis de poliéster, nylon ou aço. As lonas de corpo recebem uma camada de borracha de ambos os lados para aumentar a adesão e evitar atrito interno. A carcaça resiste à pressão, suporta peso, choques, esforços gerados pelo torque do motor e aquecimento gerados por alta velocidade.
Materiais para montar um pneu
Basicamente, para construir um pneu, são necessários materiais como a borracha natural e sintética e os produtos químicos negro de fumo, sílica, óleo, antioxidante e enxofre. Além disso, poliéster, raiom e aço são utilizados na construção do pneumático:
Borracha natural: As propriedades da borracha natural incluem durabilidade e resistência ao desgaste.
Borracha sintética: A borracha sintética é um produto à base de petróleo que possui propriedades resistentes ao calor.
Negro de Fumo: O negro de fumo serve para aumentar a força da borracha.
Sílica: O pó branco de dióxido de silício proporciona melhor eficiência de combustível e aderência em piso molhado.
Óleo: O óleo amacia a borracha.
Antioxidante: Antioxidante inibe a oxidação da borracha.
Enxofre: O enxofre dá maior elasticidade à borracha.
Acelerador de vulcanização: O acelerador de vulcanização ajuda a construir ligações cruzadas entre borracha e enxofre.
Poliéster: Poliéster é usado como um material de lona do corpo em pneus de passageiros.
Raiom: Raiom é usado como um material de camada de corpo em pneus de passageiros.
Aço: O aço é usado como material de grânulos e correias de aço em pneus de passageiros.
Analise SWOT
Oportunidade
- Demanda de Mercado: Dentro do segmento de pneus de passeio, mais volumoso, os fabricantes de pneus instalados no Brasil venderam 6,3 milhões de unidades para as montadoras de automóveis, registrando alta de 7,1%. Para a reposição, contudo, os 12,6 milhões de pneus representaram queda de 3,3% sobre os mesmos sete meses do ano passado. A balança comercial de pneus continua favorável, com saldo positivo de US$ 127,5 milhões. Em unidades, no entanto, o Brasil importou 4,9 milhões de pneus a mais do que vendeu ao Exterior. Isso ocorre porque o País envia produtos com maior valor agregado ao exterior.
- Volume de material: Borracha natural, borracha sintética, negro fumo, sílica, óleo, antioxidante, enxofre, poliéster, raiom, acelerador de vulcanização e aço.
No pneu de passeio, a borracha predomina, sendo 27% sintética e 14% natural. O negro de fumo constitui 28% da composição. Os derivados de petróleo e produtos químicos respondem por 17%, o material metálico (ou aço) por 10% e o têxtil por 4%.
O país hoje produz cerca de 180 mil toneladas de borracha natural. Esse dado garante ao Brasil, o título de maior produtor de borracha natural da América Latina.
- Rentabilidade: A venda de pneus no Brasil terminou 2019 com 59,5 milhões de unidades, praticamente repetindo o número de 2018 (59,6 milhões) e resultando em mínima retração de 0,1%. A alta de 3,1% na entrega para as montadoras não foi capaz de compensar a queda de 1,7% no mercado de reposição, que é 2,7% mais volumoso. Os números foram divulgados pela Anip, entidade que reúne as fabricantes instaladas no Brasil.
O fornecimento de pneus de passeiopara as montadoras somou 10,6 milhões de unidades, resultando em alta de 4,4%. Mas a reposição desse segmento caiu 2,4% ao anotar 23,1 milhões de unidades.
A utilização de pneus importados, reformados e também a decisão do consumidor de adiar a troca explicariam a queda no pós-venda. Para os veículos pesados (caminhões e ônibus), a venda às montadoras cresceu 24,4% ao registrar 1,8 milhão de pneus entregues. Já a reposição, com 5,5 milhões de unidades, caiu 3,9%.
Os pneus para comerciais leves anotaram queda tanto na venda às montadoras (3 milhões de unidades, -8,2%) como para reposição (4,6 milhões, -0,8%). Para motos a Anip só divulga as vendas totais: 9,8 milhões de pneus, 0,8% a mais que em 2018. Como a produção de Manaus (AM) fechou 2019 com cerca de 1,1 milhão de motos fabricadas, estima-se que mais de 2,2 milhões de pneus foram entregues às montadoras.
 De janeiro a dezembro o Brasil exportou US$ 1,15 bilhão em pneus e trouxe US$ 970 milhões, o que resultou em superávit de US$ 183,6 milhões. Esse total foi 7% mais alto que o anotado em 2018. Em unidades, o Brasil importou 35,7 milhões de pneus, 20,8 milhões a mais do que exportou, mas manteve a balança comercial positiva porque continua embarcando produtos de maior valor que aqueles que importa.
Ameaças
- Alto Investimento: No início de uma nova empresa sempre se tem um alto investimento para iniciar as atividades com a compra de equipamentos, estrutura física e outros, principalmente quando se trata de uma indústria com processos que utilizam equipamentos de alto custo, como é o caso de um processo de produção de pneus.
- Legislação: Como se trata de uma indústria que produz efluentes gasosos que agridem ao meio ambiente, e também devido a um dos produtos gerados serem considerados um passivo ambiental, a empresa deve estar sempre atenta às novas mudanças que podem ocorrer na legislação quanto as condições de manipulação e transporte do negro de fumo e emissões desses poluentes gasosos, para manter o processo de tratamento destes, dentro dos parâmetros estabelecidos. Tendo que possivelmente investir ou mudar seu processo produtivo instalando outros equipamentos para poder se adequar as novas leis.
-Ambiente econômico instável: Em março de 2020, a indústria nacional de pneumáticos teve queda de 11,7% em comparação ao mesmo período de 2019. O resultado é consequência do declínio significativo nas vendas para montadoras (-29,6%). Com isso, o mês fechou com um total de 4.474.381 unidades comercializadas. Os dados fazem parte do levantamento setorial divulgado pela Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (ANIP).
“Com o início das medidas de contenção do contágio do Covid-19 durante o mês de março, o setor sofreu impacto significativo nas vendas às montadoras, que paralisaram a produção de veículos progressivamente. O desempenho dos próximos meses dependerá do retorno das atividades das montadoras e do mercado de forma geral”, afirma Klaus Curt, presidente executivo da ANIP.
- Profissionais qualificados: A empresa contará com profissionais qualificados em todos os setores para garantir bons resultados, e assim fortalecer as relações com os clientes para construir uma imagem de referência e consequentemente se manter no mercado através de uma boa gestão.
Forças
Fraquezas
- Iniciante no mercado: Como a ........ está entrando no mercado com o processo de fabricação de pneu runflat, ela terá que superar algumas barreiras de entradas descritas por Porter que serão impostas pelos concorrentes que já estão nestes mercados tais como poluentes, descartes, custos concorrentes e etc...
- Recursos financeiros: A ........ terá um processo de produção de pneus runflat com equipamentos de alto custo e grandes instalações, isso tudo implicará em um grande investimento inicial, custos fixos elevados. Os recursos financeiros provenientes dos sócios não irão cobrir todos os gastos, sendo assim terá que ser feito financiamentos bancários que acarretam altos juros.
Forças competitivas de Porter 
As cinco forças competitivas de Porter são: Rivalidade entre concorrentes, ameaças de entrada, produtos substitutos, poder de barganha dos compradores e poder de barganha dos fornecedores. No ambiente em que a (Nome Empresa) será inserida pode ser destacadas duas destas forças competitivas, a ameaça de entrada e produtos substitutos. 
A força competitiva de ameaça de entrada é dependente de quais barreiras de entrada já existem e de como se comportará os concorrentes existentes com a entrada do novo concorrente entrante. A economia de escala retém a entrada de novas empresas impondo a ela produzir em quantidades muito grandes e assim se arriscar a receber uma forte reação dos atuais concorrentes ou então ingressar com produção menor e então conformar-se com desigualdade de custos; as duas opções não são desejáveis. (PORTER, 2004) 
Os produtos substitutos são aqueles que se tornam semelhante aos produtos da concorrência por atender as mesmas necessidades que o cliente deseja, mesmo que suas características não sejam parecidas. Mesmo que a disputa na hora de comercializar não seja com a mesma intensidade, são suficientes para diminuir uma fatia de mercado. Há um perigo na substituição dos produtos, pois muitas vezes eles se tornam obsoletos e/ou poucos benefícios competitivos em relação aos méis modernos produtos e com custo x benefício melhor. (PORTER, 2004) 
A (Nome Empresa) terá que lidar com a força competitiva de ameaça de entrada com a economia de escala imposta pelos concorrentes tendo que competir com porte muito abaixo e consequentemente com desvantagens de custos. E com a força competitiva de produtos substitutos existentes no mercado, pois os mesmos produtos vendidos pela (Nome Empresa) pelo processo de produção de runflat já são comercializados a partir de outros processos.

Continue navegando