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MIT - Motor indução Trifásico- Artigo 2ª unidade-convertido

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Máquinas Elétricas – Prof. José Valderi Cavalcante Silva -2020.1 
Nadja Sthephanie Rocha Lima Freire Barreto- 2ª unidade 1 
 
 
MOTOR INDUÇÃO TRIFÁSICO – MIT 
 
BARRETO,Nadja Sthephanie Rocha Lima Freire; SILVA, José Valderi Cavalcante 
Faculdade Independente do Nordeste - FAINOR 
Avenida Luis Eduardo Magalhães, 1305 – CEP 45028-440 – Vitória da Conquista, BA 
tuche10@hotmail.com; josevalderi@fainor.com.br 
 
 
 
Resumo: Este artigo é apresentado ao 
Colegiado de Engenharia Elétrica, para a 
disciplina de Máquinas Elétricas do docente 
José Valderi Cavalcante Silva, da Faculdade 
Independente do Nordeste – FAINOR, como 
complemento para nota da 2ª unidade . 
Motores elétricos são dispositivos que 
convertem energia elétrica em energia 
mecânica, geralmente operando de maneira 
eletromagnética. De maneira geral, os motores 
elétricos são divididos em duas grandes 
classes: – Motores de Corrente Contínua (DC) 
e Motores de Corrente Alternada (AC). O 
artigo consiste em motores de Indução trifásica 
- MIT, onde será demostrado os tipos e seu 
funcionamento dentre suas características e 
qualidades. 
 
Palavras-chave: Motores elétricos, Indução, 
funcionamento, MIT. 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Descoberto por Michael Faraday e James Clerk 
Maxwell que já conheciam o princípio do 
campo girante por volta de 1820. Em 1888 - 
Nikola Tesla patenteia o motor de indução 
bifásico. Em 1890 – Michael von Dolivo-
Dobrowlsky inventa o motor trifásico de 
gaiola. O MIT foi a primeira carga 
exclusivamente AC e deu origem à Segunda 
Revolução Industrial. 
Uma questão fundamental em todo tipo de 
motor elétrico é entender como se produz o 
movimento rotatório de um eixo (energia 
mecânica) a partir de corrente elétrica (energia 
elétrica). Tecnicamente falando, como se 
produz um torque eletromecânico no rotor. 
Como sabemos, torque (ou conjugado) é 
definido pelo produto de uma força por uma 
distância, sendo medido em Newton-metro 
(N.m) no sistema SI (Sistema Internacional). 
No motor de indução, a criação do torque no 
rotor baseia-se na lei de indução de Faraday e 
na lei de Lenz. O princípio de funcionamento 
de um motor de indução, será melhor 
compreendido com a figura a seguir, onde 
existe um imã permanente no formato de 
ferradura que se encontra suspenso, seguro por 
um fio, diante de um leve disco metálico que 
gira facilmente em torno de seu eixo completo, 
justamente por existir uma suspensão cônica 
apoiada a uma base fixa. 
 
 
Explicando melhor a figura acima, o imã 
permanente começa a girar em torno de seu 
eixo, por exemplo torcendo-se o fio, enquanto 
o disco está parado. O fluxo magnético NS 
produzido pelo imã começa a varrer a 
superfície do disco, caracterizando um fluxo 
variável ao longo do tempo. Essa variação 
produz a indução de uma tensão no disco, pela 
lei de Faraday, e consequentemente a 
circulação de correntes, pois o disco é metálico. 
Essas correntes induzidas têm sentido de 
mailto:tuche10@hotmail.com
 
Máquinas Elétricas – Prof. José Valderi Cavalcante Silva -2020.1 
Nadja Sthephanie Rocha Lima Freire Barreto- 2ª unidade 2 
 
 
circulação determinados pela lei de Lenz (o 
fluxo criado por elas deve se opor à variação do 
fluxo), de tal modo que criam no disco 
polaridades magnéticas opostas aos polos do 
imã permanente. Sob o polo norte do imã cria-
se um polo sul no disco, que se atraem. No 
outro polo acontece a mesma coisa. Em 
consequência, o disco gira no mesmo sentido 
do movimento do imã. Se o sentido de rotação 
do imã permanente for invertido, também se 
inverte o sentido de giro do disco. Essa imagem 
acima apenas descreve o princípio de 
funcionamento, sendo que em um motor de 
indução real, o imã permanente girando é 
substituído por um campo girante criado por 
três bobinas fixas no estator, nas quais circulam 
correntes alternadas defasadas de 120 graus, e 
o disco metálico é substituído por um rotor 
cilíndrico na forma de uma gaiola metálica, 
como ilustrado na figura abaixo. Note que a 
gaiola possui aros metálicos na tampa e na 
base, de tal modo a curto-circuitar as varetas e 
permitir a circulação de correntes por elas. 
 
 
 
2. PRINCÍPIO DE 
FUNCIONAMENTO DO MOTOR 
DE INDUÇÃO TRIFÁSIO 
 
O princípio de funcionamento do motor de 
indução trifásico é o mesmo de todos os 
motores elétricos, portanto, baseia-se na 
iteração do fluxo magnético com uma 
corrente em um condutor, resultando numa 
força no condutor. Esta força é 
proporcional às intensidades de fluxo e de 
corrente. O estator está ligado à fonte de 
alimentação CA. O rotor não está ligado 
eletricamente a nenhuma fonte de 
alimentação. Quando o enrolamento do 
estator é energizado através de uma 
alimentação trifásica, cria-se um campo 
magnético girante. À medida que o campo 
varre os condutores do rotor, é induzida 
uma fem nesses condutores ocasionando o 
aparecimento de uma corrente elétrica nos 
condutores. Os condutores do rotor, 
percorridos por corrente elétrica, 
interagem com o campo magnético girante 
do estator para produzir um torque 
eletromagnético que atua sobre os 
condutores do rotor fazendo-o girar. 
Entretanto, como o campo do estator gira 
continuamente, o rotor não consegue se 
alinhar com ele. A velocidade do rotor é 
sempre menor que a velocidade síncrona 
(velocidade do campo girante). 
 
2.1. LEI DE FARADAY 
 
 “Sempre através da superfície abraçada 
por um circuito tiver lugar uma variação de 
fluxo, gera-se nesse circuito uma força 
eletromotriz induzida. Seu circuito é fechado 
será percorrido por uma corrente induzida. ” 
 
2.2. LEI DE LENZ 
 
 O sentido da corrente induzida é tal que esta 
pelas suas ações magnéticas tende sempre a 
impor-se a causa que lhe deu origem De acordo 
com a Lei de Lenz, qualquer corrente induzida 
tende a se opor às variações do campo que a 
produziu. No caso de um motor de indução, a 
variação é a rotação do campo do estator, e a 
força exercida sobre o rotor pela reação entre o 
rotor e o campo do estator é tal que tenta 
cancelar o movimento contínuo do campo do 
estator. Esta é a razão pela qual o rotor 
acompanha o campo do estator, tão próximo 
quanto permitam o seu peso e a carga. O motor 
de indução tem corrente no rotor por indução, 
e é semelhante a um transformador com 
secundário girante. É impossível para o rotor de 
um motor de indução girar com a mesma 
velocidade do campo magnético girante. Se as 
 
Máquinas Elétricas – Prof. José Valderi Cavalcante Silva -2020.1 
Nadja Sthephanie Rocha Lima Freire Barreto- 2ª unidade 3 
 
 
velocidades fossem iguais, não haveria 
movimento relativo entre eles e, em 
consequência, não haveria fem( força 
eletromotriz) induzida no rotor. Sem tensão 
induzida não há conjugado (torque) agindo 
sobre o rotor. A diferença percentual entre as 
velocidades do campo girante e do rotor é 
chamada de deslizamento (S de “slip”). O 
deslizamento também é comumente chamado 
de escorregamento. Quanto menor for o 
escorregamento, mais se aproximarão as 
velocidades do rotor e do campo girante 
(velocidade síncrona). A velocidade do motor 
de indução cai, com cargas pesadas. 
 
2.3. EXISTEM DOIS TIPOS DE 
MOTORES DE INDUÇÃO TRIFÁSICOS: 
 
2.3.1. ROTOR EM GAIOLA 
 
A gaiola possui anéis metálicos na tampa e na 
base, de tal modo a curtocircuitar as barras e 
permitir a circulação de correntes por elas. O 
rotor em gaiola de esquilo é constituído por um 
núcleo de chapas ferromagnéticas, isoladas 
entre si, sobre o qual são inseridas barras de 
cobre, dispostas paralelamente entre si e unidas 
nas suas extremidades por dois anéis 
condutores, que curto-circuitam as barras. 
 
As barras da gaiola de esquilo podem ainda ser 
fabricadas de alumínio injetado ou liga de 
latão. As barras do rotor tipo gaiola de esquilo 
nem sempre são paralelas ao eixo do rotor. As 
mesmas podem serdeslocadas ou colocadas 
segundo um pequeno ângulo em relação a ele, 
para produzir um torque mais uniforme e para 
reduzir o ruído magnético durante a operação 
do motor. O motor com rotor em gaiola de 
esquilo (squirrel cage) é o mais comum e mais 
robusto dos motores de indução para potências 
até 500 HP (373 kW). A ausência de contato 
elétrico entre o rotor e o exterior torna este 
motor bastante econômico e de baixa 
manutenção. A maior desvantagem é a 
dificuldade do controle de velocidade sem uso 
de dispositivos eletrônicos (inversores). 
 O estator do motor é também constituído por 
um núcleo ferromagnético laminado, nas cavas 
do qual são colocados os enrolamentos 
alimentados pela rede de corrente alternada 
trifásica. 
 
A gaiola é um conjunto de barras curto-
circuitadas por anéis. Não há contato elétrico 
com o exterior. A gaiola pode ser construída em 
alumínio, cobre ou liga de cobre. O núcleo do 
rotor é formado por lâminas de aço silício 
 
 
 
Máquinas Elétricas – Prof. José Valderi Cavalcante Silva -2020.1 
Nadja Sthephanie Rocha Lima Freire Barreto- 2ª unidade 4 
 
 
CORTE DE ROTOR EM GAIOLA 
 
 
 Fonte: The University of Western Australia 
 
Motor em Gaiola – Vista em Corte 
 
 
 Fonte: The University of Western Australia 
 
GAIOLA DE ALUMÍNIO 
 
 A gaiola em alumínio injetado é usada desde a 
década de 1930, tendo atingido grande 
desenvolvimento na década de 1960, com a 
linha de motores Custom 8000, da GE, e é 
usada em motores de aplicação geral entre 1 e 
250 HP. O alumínio se funde a 650°C. Quando 
se solidifica, comprime o pacote de lâminas. As 
barras são soldadas aos anéis usandose solda 
MIG (Metal Inert Gas). 
 
 
 Fonte: www.copper.org 
 
 
VANTAGENS DA GAIOLA DE 
ALUMÍNIO 
 
 Segundo a GE, a gaiola de alumínio apresenta 
as seguintes vantagens: 
• A tensão das barras mantém a 
compressão do pacote de lâminas. 
• O movimento da gaiola é eliminado. 
• As barras podem ser dimensionadas 
livremente. 
• O peso e a inércia do rotor são 
reduzidos. 
• A resistência elétrica do rotor é maior, 
mas o custo é menor do que o de 
rotores de cobre. 
 
 
http://www.copper.org/
 
Máquinas Elétricas – Prof. José Valderi Cavalcante Silva -2020.1 
Nadja Sthephanie Rocha Lima Freire Barreto- 2ª unidade 5 
 
 
CONSTRUÇÃO DO MOTOR GAIOLA 
 
 
Fonte: The University of Western Australia 
 
MOTOR EM GAIOLA DE ALUMÍNIO 
 
 
Fonte: www.copper.org 
 
 
 
 
ROTOR EM GAIOLA -1.000 HP 
 
 
Fonte: www.copper.org 
 
GAIOLA DE COBRE 
 
Motores com gaiola de cobre existem desde a 
década de 1930, mas a tecnologia de gaiola de 
cobre injetado só foi desenvolvida no início do 
século XXI. As maiores barreiras dizem 
respeito à necessidade de cobre de elevada 
pureza e à dificuldade em se evitar a fratura dos 
moldes, devido ao elevado ponto de fusão do 
cobre (1100 °C). 
 
 
Fonte: www.copper.org 
http://www.copper.org/
http://www.copper.org/
http://www.copper.org/
 
Máquinas Elétricas – Prof. José Valderi Cavalcante Silva -2020.1 
Nadja Sthephanie Rocha Lima Freire Barreto- 2ª unidade 6 
 
 
VANTAGENS DA GAIOLA DE COBRE 
 
Testes indicam que a gaiola de cobre reduz as 
perdas no rotor entre 14% e 20% . A 
temperatura de trabalho do motor é reduzida, 
facilitando a ventilação. O rendimento pode ser 
elevado entre 1% e 3%, mas estima-se que 
rendimentos ainda maiores possam ser obtidos 
com projetos adequados das barras do rotor. 
 
 
Fonte: www.copper.org 
 
ROTORES COM GAIOLA DE COBRE 
 
 
Fonte: Teco-Westinghouse 
 
 
FABRICAÇÃO D FABRICAÇÃO DE 
ROTOR DE COBRE 
 
 
Fonte: Teco-Westinghouse 
 
2.3.2. ROTOR BOBINADO (EM ANÉIS). 
 
O motor de anéis ou motor bobinado (em 
Portugal, “motor enrolado”) é mais usado em 
potências elevadas (P>500 HP) ou quando se 
exige elevado torque de partida. O motor de 
anéis foi, durante muito tempo, a única forma 
de se controlar a velocidade de um MIT. Os 
anéis, posicionados no rotor, permitem o 
controle da corrente de rotor por meio de um 
reostato externo. O motor de indução de rotor 
bobinado difere do motor de rotor em gaiola de 
esquilo apenas quanto ao rotor. O rotor é 
constituído por um núcleo ferromagnético 
laminado sobre o qual são alojadas as espiras 
que constituem o enrolamento trifásico, 
geralmente em estrela. Os três terminais livres 
de cada uma das bobinas do enrolamento 
trifásico são ligados a três anéis coletores. Estes 
três anéis ligam-se externamente a um reostato 
de partida, constituído por resistências 
variáveis, ligadas também em estrela. Deste 
modo os enrolamentos do rotor também ficam 
em circuito fechado. A função do reostato de 
partida, ligado aos enrolamentos do rotor, é a 
de reduzir as correntes de partida elevadas e ao 
mesmo tempo elevar o torque, possibilitando a 
http://www.copper.org/
 
Máquinas Elétricas – Prof. José Valderi Cavalcante Silva -2020.1 
Nadja Sthephanie Rocha Lima Freire Barreto- 2ª unidade 7 
 
 
partida de cargas pesadas, no caso de motores 
de elevada potência. 
 
 
Fonte: Data Engenharia 
 
 
 
 
 
MONTAGEM DOS ANÉIS E ESCOVAS 
 
 
Fonte:ABB 
 
 
 
 
 
 
 
 
Máquinas Elétricas – Prof. José Valderi Cavalcante Silva -2020.1 
Nadja Sthephanie Rocha Lima Freire Barreto- 2ª unidade 8 
 
 
MONTAGEM DE MOTOR DE ANÉIS 
 
 
Fonte: Data Engenharia 
 
FABRICAÇÃO DOS ANÉIS 
 
 
Fonte: Data Engenharia 
 
ROTOR DE ANÉIS - ¼ HP 
 
 
Fonte: McMaster University 
 
ESTATOR DE UM MIT 
 
 
Fonte: Wikipedia GNU 
 
DENTES DE UM ESTATOR 
 
Fonte: Wikipedia GNU 
 
2.4 CAMPO MAGNÉTICO GIRANTE 
 
 Este princípio do eletromagnetismo clássico é 
extremamente interessante e sua descoberta 
possibilitou o desenvolvimento dos modernos 
motores de corrente alternada, em particular os 
motores de indução. De modo sintético, seu 
enunciado é: “Três correntes alternadas 
senoidais, com mesma amplitude e defasadas 
de 120º, circulando por três bobinas fixas, cujos 
eixos magnéticos distam 120º entre si, 
produzem um campo magnético girante de 
intensidade constante. ” A invenção desta 
engenhosa maneira de criar este campo se deve 
 
Máquinas Elétricas – Prof. José Valderi Cavalcante Silva -2020.1 
Nadja Sthephanie Rocha Lima Freire Barreto- 2ª unidade 9 
 
 
a um brilhante engenheiro croata, Nikola Tesla 
(1856-1943). 
 
 
 
 
2.4.1. VELOCIDADE DO CAMPO 
GIRANTE 
 
A velocidade do campo girante em um motor 
de indução é chamada velocidade síncrona. 
Como já mencionado, essa velocidade depende 
da frequência da tensão trifásica de 
alimentação do motor. Quanto maior a 
frequência, maior a velocidade. Porém, os 
motores de indução podem ser construídos com 
número de polos diferentes de dois e, nesse 
caso, o número de polos precisa ser levado em 
conta. Para motores de indução, a relação entre 
velocidade do campo girante, frequência da 
tensão e número de polos é a mesma deduzida 
anteriormente para os alternadores, ou seja: 
 
𝑛𝑠 =
120. 𝑓
𝑝
 (𝑟𝑝𝑚) 
Em que ns é a velocidade do campo girante 
(síncrona) em rpm, o número de polos é p e f é 
a frequência expressa em Hz. 
 
 
2.4.2. VELOCIDADE DO ROTOR 
 
Em qualquer motor de indução, a velocidade do 
rotor (que é a mesma do eixo) é sempre menor 
que a velocidade síncrona (do campo girante). 
Se, por hipótese, o rotor conseguisse alcançar a 
velocidade síncrona, então o campo girante e o 
rotor gaiola estariam efetivamente parados (um 
em relação ao outro), não haveria variação 
relativa de fluxo e, portanto, indução. Em 
regime permanente, a velocidade do rotor 
depende da diferença relativa das frequências 
da tensão de alimentação e da tensão induzida 
no rotor, da seguinte forma: 
 
𝑛𝑟 =
120(𝑓 − 𝑓𝑟)
𝑝
 
 
Em que nr é a velocidade do rotor e fr é a 
frequênciada tensão induzida no rotor, em Hz. 
 
 
2.5. ESCORREGAMENTO 
 
A diferença relativa entre a velocidade do rotor 
e a velocidade síncrona em um motor de 
indução é expressa através de um parâmetro 
 
Máquinas Elétricas – Prof. José Valderi Cavalcante Silva -2020.1 
Nadja Sthephanie Rocha Lima Freire Barreto- 2ª unidade 10 
 
 
chamado escorregamento, símbolo s, definido 
da seguinte maneira: 
 
𝑆 =
𝑛𝑠 − 𝑛𝑟
𝑛𝑠
% 
Por ser uma grandeza adimensional e menor 
que um, o escorregamento é expresso 
normalmente em porcentagem. 
Para compreender melhor o significado do 
escorregamento, considere, por exemplo, um 
motor de indução trifásico de 4 polos sendo 
alimentado por uma rede de 60 Hz. A 
velocidade do campo girante (síncrona) desse 
motor é: 
 
𝑛𝑠 =
120. 𝑓
𝑝
 (𝑟𝑝𝑚) 
𝑛𝑠 =
120.60
4
 (𝑟𝑝𝑚) 
𝑛𝑠 =
7200
4
= 1800 𝑟𝑝𝑚 
Se a velocidade do rotor do motor em vazio 
(sem carga) é 1780 rpm, o escorregamento 
nessa situação será: 
 
 
𝑆 =
𝑛𝑠 − 𝑛𝑟
𝑛𝑠
% 
 
𝑆 =
1800 − 1780
1800
% 
 
𝑆 =
20
1800
∗ 100% 
 
𝑆 = 0,0111111 ∗ 100% 
 
𝑆 = 1,1% 
 
 
Por outro lado, se a velocidade do motor 
quando em plena carga (nominal) é 1200 rpm, 
então o escorregamento será: 
 
 
𝑆 =
𝑛𝑠 − 𝑛𝑟
𝑛𝑠
% 
 
𝑆 =
1800 − 1200
1800
% 
 
𝑆 =
600
1800
% 
 
𝑆 = 0,33333333 ∗ 100 % 
 
𝑆 = 33,33 % 
 
 
Portanto, observamos que o escorregamento 
vai aumentando à medida que a carga mecânica 
exigida do motor aumenta, pois, o rotor vai se 
atrasando para permitir uma maior indução e 
aumentar o torque. 
 
 
2.6. CURVA TORQUE-
ESCORREGAMENTO 
 
A curva torque versus escorregamento, em 
regime permanente, de um motor de indução 
típico é mostrada na figura abaixo: 
 
 
 
Note, antes de tudo, que o escorregamento s é 
plotado do maior valor (100 %) para o menor 
valor (0 %), correspondendo aos valores de 
velocidade do rotor nula (motor parado) e igual 
à velocidade síncrona (impossível), 
respectivamente. O valor de torque nominal, 
Tn corresponde ao ponto de operação normal 
para o qual o motor foi projetado, sendo que o 
 
Máquinas Elétricas – Prof. José Valderi Cavalcante Silva -2020.1 
Nadja Sthephanie Rocha Lima Freire Barreto- 2ª unidade 11 
 
 
respectivo escorregamento é o escorregamento 
nominal. Geralmente, os motores de indução 
operam em velocidades próximas à velocidade 
síncrona, vale dizer, com escorregamentos bem 
pequenos. Outros pontos notáveis na curva são: 
Tp - torque de partida (deve ser maior que o 
torque de carga nominal, senão o motor não 
parte; Tmax e Tmin) - torque máximo e 
mínimo, respectivamente. 
 
2.7. VANTAGENS E DESVANTAGENS 
 
Este tipo de motor se apresenta como uma boa 
opção para acionamentos controlados, pois 
possui vantagens sobre o motor de corrente 
contínua (CC), pois não existe o comutador. Há 
inúmeras vantagens neste tipo de motor, pode-
se citar: 
• A manutenção simples e menos 
onerosa; 
• Construção simples e custo reduzido; 
• Grande versatilidade de adaptação às 
cargas dos mais diversos tipos 
 • Limpeza e simplicidade de comando; 
• Menor que o motor de CC de mesma 
potência; 
 • O consumo de energia nos processos 
de aceleração e frenagem é menor; 
 •. Pode obter velocidades maiores, o que 
implica em potências maiores; 
• Baixo custo de aquisição 
• Baixo custo de manutenção 
• Torque de partida não nulo 
• Robustez 
• Disponível em potências de ¼ HP a 
mais de 30.000 HP 
 
 Simplificando, normalmente o motor de 
indução trifásico opera com uma velocidade 
constante que varia ligeiramente com a carga 
mecânica aplicada ao eixo, devido a sua 
simplicidade e robustez é um motor muito 
utilizado e adequado para quase todos os tipos 
de máquinas acionadas. E quando se compara 
os motores com rotor de gaiola e rotor 
bobinado, se vê que os motores com rotor de 
gaiola resultam em uma construção do 
induzido mais rápida, mais prática e mais 
barata. Trata-se de um motor robusto, barato, 
de rápida produção, não exigindo coletor, 
reduzindo, portanto a quantidade de 
componentes no motor e consequentemente 
simplificando sua manutenção, além de se ser 
uma máquina de rápida ligação à rede. As suas 
desvantagens são: 
• Controle de velocidade difícil; 
• Corrente de partida elevada; 
• Fator de potência baixo e sempre 
indutivo; 
porém, quando se fala em desvantagem, essa 
por sua vez reside na dependência entre fluxo e 
a tensão do estator, o que não ocorre nos 
motores de corrente continua (CC) com 
excitação independente. Este fato limita a faixa 
de variação de velocidade do motor, quando 
controlado por variação da tensão do estator. 
Porém, como houve uma evolução em sistemas 
eletrônicos que permitem o controle do motor 
por variação simultânea da tensão e frequência 
do estator, esta desvantagem acaba 
desaparecendo. 
 
Efeito da Saturação A vazio Rotor 
bloqueado 
 
 Simulação numérica de um MIT tetrapolar 
em gaiola 
 
 
 A VAZIO 
 
Máquinas Elétricas – Prof. José Valderi Cavalcante Silva -2020.1 
Nadja Sthephanie Rocha Lima Freire Barreto- 2ª unidade 12 
 
 
 
ROTOR BLOQUEADO 
 
3. DADOS DA PLACA DO MOTOR 
(MOTORES TRIFÁSICO) 
Placa de Identificação 
 
A fim de evitar ligações elétricas erradas, é 
extremamente importante que o instalador 
saiba identificar o tipo de motor e sua forma de 
ligação, dados que estão descritos na placa de 
identificação, a figura a seguir é um modelo 
mais antigo: 
 
 
 
Máquinas Elétricas – Prof. José Valderi Cavalcante Silva -2020.1 
Nadja Sthephanie Rocha Lima Freire Barreto- 2ª unidade 13 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA DOS 
MOTORES: 
 
 
4. CONCLUSÃO 
 
 Todo motor elétrico converte energia elétrica 
em energia mecânica. O processo de conversão 
de energia dos motores de indução baseia-se na 
lei de indução de Faraday e na lei de Lenz, daí 
derivando seu nome. Um motor de indução é 
um motor elétrico que funciona somente em 
corrente alternada - assim como os 
transformadores - o que ficará claro quando se 
estudar o seu princípio de funcionamento. O 
motor de indução é o tipo de motor elétrico 
mais utilizado em geral, sendo largamente 
usado em instalações industriais devido à sua 
simplicidade, robustez, durabilidade e pequena 
necessidade de manutenção. Normalmente, 
cerca de 60 % da carga de uma instalação 
industrial é constituída por motores de indução, 
enquanto que, considerando a carga total em 
regiões industrializadas, os motores de indução 
são responsáveis por cerca de 40 % dessa carga. 
Por essa razão, os motores de indução são 
também chamados motores industriais. 
 
 
Máquinas Elétricas – Prof. José Valderi Cavalcante Silva -2020.1 
Nadja Sthephanie Rocha Lima Freire Barreto- 2ª unidade 14 
 
 
5. REFERÊNCIAS 
 
 
 
➔ A. E. FITZGERALD, C. KINGSLEY, 
S. D. UMANS, Máquinas Elétricas, 5a 
edição, Bookman. 
 
➔ CHAPMAN, Stephen J. Fundamentos de 
máquinas elétricas de Fitzgerald e Kingsley . 
3ª edição. 
 
 
➔ CHAPMAN, Stephen J. Fundamentos de 
máquinas elétricas de Fitzgerald e Kingsley . 
5ª edição.MC GRAW HILL 
 
➔ Del Toro, V.; Electromechanical 
Devices for Energy Conversion and 
Control Systems. New Jersey (USA), 
Prentice Hall, Inc., Englewood Cliffs, 
1968. 
 
➔ Kosow, Irving Lionel, 1919-. Maquinas 
elétricas e transformadores por Irving 
L. Kosow; tradução de Feline luis 
Daiello e Percy Antônio. Soares. Porto 
Alegre 
 
➔ http://resumosparaengenheiros.blogspot.com/2
017/12/dados-da-placa-do-motor-motores.html 
 
➔ https://daelt.ct.utfpr.edu.br/professores/alvaug/
MAQ2/motores_inducao_construcao.pdf 
 
➔ P. C. Sen. Principles of Electric 
Machines and Power Electronics. John 
Wiley & Sons, Inc. 2nd. 1997. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://resumosparaengenheiros.blogspot.com/2017/12/dados-da-placa-do-motor-motores.htmlhttp://resumosparaengenheiros.blogspot.com/2017/12/dados-da-placa-do-motor-motores.html
https://daelt.ct.utfpr.edu.br/professores/alvaug/MAQ2/motores_inducao_construcao.pdf
https://daelt.ct.utfpr.edu.br/professores/alvaug/MAQ2/motores_inducao_construcao.pdf

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