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Parte I – A verdade sobre contratações Verdade 1 – A importância da “habilidade com gente” As organizações valorizam a contratação de pessoas com boas habilidades interpessoais. Mas o que define as habilidades interpessoais? Embora não haja consenso, a maioria das definições contempla habilidades como: · Comunicação Oral; · Liderança; · Capacidade de Motivação; · Capacidade de Negociação; · Capacidade de Administração de Conflitos; · Capacidade de Colaboração. Existe, hoje, uma mudança no modo como o trabalho é executado. Cada vez mais os empregados fazem parte de um ambiente de trabalho colaborativo onde requer maior interação como os outros, e o sucesso nessa interação depende de competência interpessoal. Verdade 2 – A primeira impressão é a que fica! Os psicólogos referem-se ao poder das primeiras impressões como efeito de primazia, ou seja, isso significa que as primeiras impressões influenciam as posteriores. Confiamos nas primeiras impressões porque basicamente, estamos à procura de um atalho e isso é agravado quando mais tarde recebemos informações que possam contrariar essa primeira impressão. Tendemos a refutá-las, deturpá-las, reinterpretá-las ou até mesmo ignorá-las. Estudos revelam que grande parte dos recrutadores, em vez de usar as entrevistas para coletar informações imparciais, na verdade, aplicam o processo meramente para confirmar suas primeiras impressões. Verdade 3 – Esqueça os traços de personalidade (O comportamento é que conta!) Tendemos a classificar as pessoas por seus traços de personalidade. Pensando no que se procura em um candidato ideal, a maioria dos gestores elencariam termos como trabalhador, ambicioso, autoconfiante, leal e confiável. Afinal, o que poderia dar errado quando contratamos pessoas com características como essa? O melhor indicador do comportamento futuro de uma pessoa é seu comportamento passado. Portanto, ao entrevistar candidatos, faça perguntas com foco em experiências anteriores como por exemplo: · Em seu último emprego, o que você mais queria realizar, mas não realizou? · O que você fez em seus trabalhos anteriores que demonstra...? · Como você lidou com a situação “xyz”? Verdade 4 – A inteligência conta (Ou por que contratar pessoas inteligentes) A inteligência é um tema que gera muita controversa e discussão mais acalorada. O QI - quociente de inteligência – é um indicador eficaz de inteligência? A inteligência é aprendida ou herdada? Pessoas inteligentes tem mais sucesso que seus pares menos inteligentes? O que sabemos é que toda atividade profissional exige o uso de inteligência ou habilidade cognitiva e pesquisas apontam que funcionários mais inteligentes são, em média, mais competentes. Disse Damon Runyon: “Nem sempre a corrida é dos mais velozes, nem a batalha dos mais fortes, mas essa é a melhor aposta que podemos fazer”. Em conclusões gerais, se você quiser contratar a melhor força de trabalho possível deve contratar as pessoas mais inteligentes que puder encontrar. Verdade 5 – Em caso de dúvida, contrate pessoas conscienciosas! O que é uma pessoa conscienciosa? É uma das dimensões dos traços da personalidade. CONCIENCIOSIDADE – você é muito consciencioso? (responsável, organizado) Em contraste com a Verdade 3 “Esqueça os traços de personalidade: o comportamento é que conta!”, Se você estiver procurando um único traço de personalidade que possa ser associado ao alto desempenho no trabalho, a recomendação é tentar contratar pessoas com alto nível de CONCIENCIOSIDADE. Verdade 6 – Quer funcionários amistosos? (A cordialidade está nos genes!) Estudos descobriram que até 80% das diferenças individuais em relação a felicidade podem ser atribuídos a seus genes. Empresas como a Southwest Airlines, Google, Apple e Four Seasons Hotel são empresas que contratam baseados na atitude. Sabe-se que há pessoas naturalmente mais otimistas do que outras. A recomendação é que se almeja funcionários cordiais, principalmente para atividades de atendimento e contato diretamente com clientes, deve concentrar-se no processo de recrutamento e descartar candidatos excessivamente críticos, desajustados e problemáticos que demonstrem pouca satisfação em qualquer aspecto do seu trabalho. Verdade 7 – Não ignore a Inteligência Emocional A Inteligência Emocional é composta por 5 dimensões: · Autoconsciência · Autogestão · Automotivação · Empatia · Habilidades sociais Pessoas com alta IE conhecem as próprias emoções e são capazes de ler pistas emocionais. Foram feitos estudos com 11 presidentes norte-americanos, de Roosevelt a Clinton e após a análise de vários atributos, identificarem que a principal qualidade a diferenciar os três mais bem-sucedidos e os 3 mais malsucedidos, foi a Inteligência Emocional. Verdade 8 – Abandone os estereótipos de idade Existem vários estereótipos negativos relacionados a trabalhadora mais velhos, especialmente acima dos 55 anos. A força de trabalho está envelhecendo e naturalmente e os gestores possivelmente irão se deparar com pessoas mais velhas em suas equipes. Estudos evidenciam que não há qualquer prejuízo considerável na capacidade cognitiva com a idade e algumas desvantagens muitas vezes são compensadas com a experiência. Verdade 9 – Associe personalidades a ocupações Foram identificados 6 tipos de personalidade e as pessoas são mais felizes quando colocadas em postos de trabalho alinhados as suas características Essas personalidades são: · Pessoas realistas · Pessoas investigativas · Pessoas sociáveis · Pessoas convencionais · Pessoas empreendedoras · Pessoas artísticas Verdade 10 – Contrate quem combina com sua cultura (seu “bom funcionário” pode ter sido uma lástima para outro!) As empresas, assim como as pessoas, têm cada uma sua própria cultura. Algumas valorizam o atendimento, o cliente, enquanto outras tem o foco no bem-estar das pessoas e na humanização do tratamento, outras empresas focam exclusivamente em processos. É importante que as culturas estejam em harmonia e alinhadas para que haja uma boa prestação de serviço e a satisfação a lindo prazo. Nunca subestime o papel que a cultura organizacional desempenha no sucesso ou fracasso de um empregado. Verdade 11 – A boa cidadania conta! Gestores querem funcionários que vão além das expectativas. Ou seja, pessoas que não se limitam a desempenhar somente aquilo que está em sua descrição de trabalho, que vão além da “operação padrão. Para que o funcionário apresente um bom Comportamento de Cidadania Organizacional, é necessário que tenham autonomia, assim terão a liberdade para realizar tarefas extras, ajudar os outros e tomar decisões que possam ajudá-los a fazer seu trabalho. Verdade 12 – Recrutamento realista (a organização como ela realmente é) A maioria dos gestores, quando realiza entrevistas de emprego, concentra-se exclusivamente em promover aspectos positivos. Muito embora normalmente conheçam o lado negativo do trabalho e da organização, os recrutadores tomam o cuidado para não desmotivar um candidato promissor. Um levantamento feito com 2.300 funcionários demonstrou que a principal queixa foi uma demonstração irreal e imprecisa do novo emprego. Erram os gestores que se concentram apenas nos aspectos positivos da organização. É mais provável reter um novo contratado quando se é franco com ele desde o início, pois a ausência de informações negativas gera expectativas irrealistas, o que pode levar o contratado fique rapidamente decepcionado, o que, por sua vez, leva a baixa satisfação do emprego e demissões precoces. Verdade 13 – Administre o processo de socialização de novos funcionários O processo de socialização, muitas vezes, é utilizado pelas empresas para doutrinar e ensinar a filosofia da empresa. A socialização acolhe os que chegam e promove uma afinação no comportamento dos funcionários para que eles se alinhem com o que a gerência pretende. A socialização se dá em quatro passos que podem ser: · Formal ou Informal · Individual ou Coletivamente · Serial ou Aleatória · Avalizar ou Alienar De modo geral, quanto mais a gerência sevale de programas de socialização formal, coletiva, serial e enfatiza a alienação, maior a probabilidade de comportamentos previsíveis e padronizados. Por outro lado, o uso de opções informais, individuais, aleatórias e de avaliação criará uma força de trabalho de profissionais individualistas. Assim os gestores podem usar a socialização como ferramenta gerencial.