Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Módulo 2 Eletrônica Analógica 1 Capítulo 4 Diferenciadores, Integradores e Controladores 2 O Amplificador Inversor Generalizado Circuitos com impedâncias 3 O Diferenciador Diferenciador inversor 4 Se aplicarmos um sinal triangular simétrico na entrada de um diferenciador, a sua saída apresentará um sinal retangular. O Diferenciador 5 Se aplicarmos um sinal retangular na entrada do diferenciador, teremos uma série de pulsos agudos (spikes) na sua saída. O Diferenciador 6 Diferenciador inversor O aumento da frequência leva o amplificador rapidamente a saturação Ganho zero para a componente CC O Diferenciador 7 Diferenciador inversor O aumento da frequência leva o amplificador rapidamente a saturação O Diferenciador O ganho é diretamente proporcional à frequência: Instabilidade de ganho; Sensibilidade a ruídos; Processo de saturação muito rápido. 8 O Diferenciador Prático Diferenciador inversor prático Em baixas frequências: Em altas frequências: não satura! Filtro passa-alta 9 Diferenciador inversor prático Filtro passa-alta O Diferenciador Prático 10 Diferenciador inversor prático (R2=R1) O Diferenciador Prático 11 Diferenciador inversor prático (R2=R1) O Diferenciador Prático 12 passa-baixa com freq. de corte zero Integrador inversor O Integrador 13 Na prática, o integrador é muito mais utilizado do que o diferenciador. O Integrador 14 Se aplicarmos um sinal retangular simétrico na entrada do integrador, obteremos uma saída triangular. O Integrador 15 O ganho inversamente proporcional frequência (circuito não sensível a ruídos de alta frequência) Em baixas frequências o ganho aumenta consideravelmente, tendendo a infinito, quando a frequência tende a zero. O Integrador 16 Integrador inversor Se existir alguma componente CC na entrada, o capacitor se comportará como circuito aberto e a saída irá saturar Sobe até saturar Alto ganho em baixas frequências O Integrador 17 O Integrador Prático Em baixas frequências: Em altas frequências: não satura! Integrador inversor prático (integrador miller) Comp. CC circula por R 18 Integrador inversor prático (integrador miller) O Integrador Prático 19 Integrador inversor prático (integrador miller) O Integrador Prático 20 Integrador inversor prático (integrador miller) O Integrador Prático 21 Integradores Especiais 22 Integradores Especiais 23 Exercícios 24 Exercícios 25 Exercícios 26 Controladores Analógicos com AOPs Em controle de processos industriais é necessária a utilização de um elemento denominado controlador eletrônico analógico. A função básica do controlador é avaliar os erros ou desvios das variáveis controladas no processo, e enviar um sinal elétrico aos dispositivos diretamente relacionados às mesmas, de forma a atuar no sistema corrigindo os erros ou desvios encontrados. 27 Conceitos sobre Controle de Processos “E” é o erro ou desvio encontrado quando se mede o valor Cm da variável controlada em relação ao seu valor de set-point Csp. O valor de “E” está relacionado com a variável dinâmica do processo, de tal forma que, através da malha de controle, seja processada a ação corretiva necessária para prover a estabilidade do sistema. 28 Conceitos sobre Controle de Processos 29 O controlador é o elemento básico no sistema, pois ele atua como “cérebro” do mesmo. É o controlador que analisa o sinal de erro e determina o sinal de saída necessário para corrigir a instabilidade do sistema. Basicamente existem as seguintes ações de controle: Ação proporcional ou ação – P Ação integral ou ação – I Ação derivativa ou ação – D Conceitos sobre Controle de Processos Essas ações de controle podem ainda ser combinadas de tal forma que se tenham ações de controle mais efetivas sobre o processo. Assim sendo, podemos ter: ação-PI (proporcional+integral), ação-PID (proporcional+integral+derivativa), etc. 30 O tipo mais elementar de controle é o chamado controle on-off (liga-desliga). Nesse tipo de controle a saída do processo estará sempre com 0% ou 100% de resposta. Uma válvula, por exemplo, estará totalmente fechada ou totalmente aberta em cada situação. Uma extensão natural do controle on-off é o conceito de controle proporcional. Nessa ação de controle existe uma relação linear entre o sinal de erro de entrada e saída do controlador. Controlador de Ação Proporcional 31 A ação do controlador é determinada pelo sinal de erro (E) detectado pelo mesmo. Quando esse erro é nulo, o controlador apresenta uma saída fixada em um valor P1. Controlador de Ação Proporcional O gráfico da figura nos fornece uma equação da forma: Po = KpE + P1 onde Kp é uma constante de proporcionalidade. 32 A implementação eletrônica da equação Po = KpE + P1 pode ser obtida com AOPs, conforme se vê na figura. Note-se que o potenciômetro R1 irá permitir o ajuste da constante de proporcionalidade (Kp) Controlador de Ação Proporcional 33 A ação integral é aquela na qual a saída do controlador aumenta numa taxa proporcional à integral do erro da variável controlada. A equação de saída do controlador de ação integral é a seguinte: Controlador de Ação Integral 34 A ação derivativa é aquela na qual a saída do controlador é diretamente proporcional à taxa de variação do erro ou desvio da variável controlada. A equação de saída do controlador de ação derivativa é dada por: Controlador de Ação Derivativa 35 Exemplo controlador PI Controlador de Ação Integral 36 Demonstre que o circuito a seguir corresponde a um controlador PI (proporcional + integral). Supor o AOP ideal. Exercício 37 Exercício 38 Capítulo 5 Aplicações Não-Lineares com AOPS 39 Comparadores Em muitas situações práticas surge a necessidade de se comparar dois sinais entre si, de tal sorte que um desses sinais seja uma referência preestabelecida pelo projetista. Os circuitos eletrônicos destinados a essa função são denominados comparadores. Um exemplo de aplicação prática dos comparadores é o seguinte: através de sensores de nível, podemos detectar a situação de um reservatório de combustível líquido. Se o nível normal for tomado como referência, então devemos ajustar um sinal de tensão correspondente ao mesmo. Quando o nível estiver acima (ou abaixo) do normal (referência), o comparador deverá emitir um sinal de saída para o sistema controlador, de tal modo que a situação normal seja restabelecida. 40 Comparadores Basicamente, temos dois tipos de comparadores: comparador não-inversor e comparador inversor. No primeiro caso, temos o sinal de referência aplicado na entrada inversora do AOP e o sinal da variável a ser comparada aplicado na entrada não-inversora. 41 Comparadores Na primeira condição dizemos que o comparador está trabalhando no primeiro quadrante e, na segunda condição, que ele está trabalhando no terceiro quadrante. 42 Comparadores O segundo tipo de comparador básico a ser estudado é o comparador inversor. Nesse caso, a referência está na entrada não-inversora e o sinal da variável a ser comparada está aplicado na entrada inversora. 43 Comparadores Nos dois tipos de comparadores estudados até aqui, o sinal de referência era nulo, pois estava conectado ao terra. Entretanto, podemos utilizar como referência um sinal de tensão diferente de zero. 44 Comparadores Todos os tipos de comparadores são casos particulares de uma situação genérica, na qual temos um AOP trabalhando como comparador (malha aberta), em cujas entradas temos os sinais v1 e v2. Comparador não-inversor Comparador inversor Comparador inversor com referência não-nula 45 Comparadores Limitando a tensão de saída Um dos métodos consiste na utilização de dois diodos Zener conectados anodo-contra-anodo (ou catodo-contra-catodo), colocadosentre a saída e o terminal inversor do AOP. 46 Comparadores Limitando a tensão de saída Na Figura (b) temos uma provável forma de onda de saída (na verdade, ela depende da forma de onda de entrada). Notemos que os níveis de saída ficam limitados pelas tensões de regulação dos diodos Zener, acrescidos de 0,7 volts. 47 Comparadores Limitando a tensão de saída Outro método de limitação de tensão de saída de um comparador está indicado na figura abaixo. É importante que seja tomado o cuidado de se colocar um resistor de aproximadamente 330W para limitar a corrente sobre os diodos. 48 Comparadores Limitando a tensão de saída Se, no circuito anterior, substituirmos o diodo Zener inferior por um curto e escolhermos para o diodo Zener superior um valor Vz = 5,1V, teremos uma tensão de saída compatível com circuitos digitais da família TTL. 49 Comparadores Comparadores sob a forma de CIs A ampla utilização de AOPs trabalhando como comparadores levou os fabricantes a produzirem CIs comparadores específicos. Assim sendo, temos os famosos CIs comparadores LM311 e LM339 (ambos da National Semiconductors). 50 Comparadores Comparadores sob a forma de CIs LM339 é um integrado que apresenta quatro comparadores independentes no mesmo encapsulamento. O LM339 também permite o interfaceamento direto com as famílias lógicas TTL e CMOS, pois é projetado para trabalhar simetricamente ou com uma única fonte de alimentação. Aplicação típica do LM339, acionando portas lógicas da família TTL. 51 Comparadores Comparadores sob a forma de CIs O LM339 não é tão rápido quanto o LM311 (a velocidade de comutação do LM339 é da ordem de 1.300ns). Pelo fato de apresentar quatro comparadores em único encap- sulamento, os projetos tornam- se mais econômicos quando se utiliza o LM339. 52 Comparador Regenerativo SchmittTrigger A histerese no comparador regenerativo Podemos dizer que a palavra regenerativo é sinônimo de realimentação positiva. A propriedade mais importante do comparador regenerativo é a característica de HISTERESE apresentada pelo mesmo. O termo histerese vem do grego hystéresis, que significa atraso. A histerese não é um fenômeno exclusivo do magnetismo. De fato, existe histerese em alguns circuitos eletrônicos e, até mesmo, em certos tipos de válvulas utilizadas em controle de processos industriais. 53 Comparador Regenerativo SchmittTrigger A histerese no comparador regenerativo Observe que o sinal (vi) a ser aplicado no comparador apresenta uma forte interferência ou ruído. Em virtude disso, existem múltiplos pontos nos quais o sinal intercepta o eixo ou nível de referência (VR). Um comparador comum apresenta comutações em cada um dos pontos de intersecção. Essas co- mutações são falsas, pois foram motivadas pelo ruído sobreposto ao sinal normal. 54 Comparador Regenerativo SchmittTrigger A histerese no comparador regenerativo Na figura (a) apresentamos um sinal em cujo semiciclo negativo existe um pequeno ruído sobreposto. Esse ruído irá provocar comutações falsas, caso utilizemos um comparador inversor sem histerese. Entretanto, se aplicarmos histerese ao comparador, obteremos uma saída conforme se vê na figura (c). 55 Comparador Regenerativo SchmittTrigger Projetando comparadores regenerativos No comparador inversor regenerativo, observe a existência de realimentação positiva no mesmo. Devido à realimentação positiva, a saída do circuito estará em um dos dois estados de saturação: +Vsat ou –Vsat. 56 Comparador Regenerativo SchmittTrigger Projetando comparadores regenerativos A tensão de disparo (VDI ou VDS), na qual a saída comuta de estado, depende do sentido de comutação do comparador num determinado instante, ou seja, do estado baixo para alto ou do estado alto para baixo. Para valores negativos de vi superiores (em módulo) a VDI, a saída do compa- rador estará em +Vsat e a tensão de dis- paro (referência) para comutação de estado será VDS. Quando vi atinge VDS, a saída chaveia de +Vsat para -Vsat e a tensão de disparo para a próxima co- mutação passa a ser VDI. 57 Comparador Regenerativo SchmittTrigger Projetando comparadores regenerativos Comparador não-inversor regenerativo. Os níveis de referência (ou tensões de disparo) estabelecidos no ponto P são os seguintes: 58 Comparador Regenerativo SchmittTrigger Projetando comparadores regenerativos Convém ressaltar que os níveis de tensão de saída dos comparadores com histerese também podem ser limitados utilizando-se diodos Zener. Observe a correta conexão de R3 (limitador de corrente) no circuito. O valor de R3 pode ser, na maioria dos casos, igual a 330W. 59 Exercícios Comparador Regenerativo SchmittTrigger 1. Consideremos o circuito da figura, no qual R1 = 10 kW e R2 = 47 kW. Admitamos que o mesmo esteja alimentado com ±15 V. Pede-se: Calcular a tensão de disparo superior. b) Calcular a tensão de disparo inferior. c) Calcular a margem de tensão de histerese. 60 Oscilador com Ponte de Wien Osciladores são circuitos cuja função é produzir um sinal alternado a partir de uma fonte de alimentação contínua. Basicamente existem dois tipos de osciladores: Osciladores harmônicos: produzem sinais senoidais Osciladores de relaxação: produzem sinais não-senoidais Como exemplo de osciladores harmônicos podemos citar o oscilador em ponte de Wien. Como exemplo de oscilador de relaxação podemos citar alguns tipos básicos, a saber: gerador de onda dente-de-serra e multivibrador astável. 61 Oscilador com Ponte de Wien A ponte de Wien O dispositivo M é um indicador de nulidade ou balanceamento capaz de responder às variações de correntes alternadas do circuito Quando a ponte está em equilíbrio ou balanceada: 62 Oscilador com Ponte de Wien A ponte de Wien 63 Oscilador com Ponte de Wien O oscilador com ponte de Wien Se associarmos a ponte de Wien com um AOP obteremos um circuito denominado oscilador com ponte de Wien. A frequência de balanceamento fo da ponte é, também, a frequência de oscilação do circuito. Note que existe uma malha de realimentação negativa, através da qual se faz o controle de amplitude do sinal de saída. 64 Oscilador com Ponte de Wien O oscilador com ponte de Wien A limitação do sinal de saída é importante, pois, caso contrário, ao ser dada a partida do oscilador, a sua saída atingiria a saturação, distorcendo, portanto, o sinal senoidal desejado. 65 Oscilador com Ponte de Wien O oscilador com ponte de Wien O controle ou limitação de amplitude pode ser feito de várias formas: utilizando uma lâmpada em lugar de R4, utilizando diodos de sinal em antiparalelo ou diodos Zener em oposição. Em alguns circuitos mais sofisticados são utilizados dispositivos JFET ou MOSFET para prover o controle de amplitude. 66 Oscilador com Ponte de Wien O oscilador com ponte de Wien Observe que igualamos entre si os resistores e os capacitores do circuito ressonante e, portanto, a equação nos dá o seguinte: 67 Oscilador com Ponte de Wien O oscilador com ponte de Wien Os diodos D1 e D2 executam a função do chamado controle automático de ganho (CAG). De fato, à medida que a tensão de saída vo aumenta, a resistência CA (rca) do diodo que estiver conduzindo diminui (pois rca=0,026/iD na temperatura ambiente), devido ao aumento da corrente instantânea (iD) no mesmo. Consequentemente, o fator de realimentação negativa aumenta e a relação vo/v1 se torna menor do que 3. A situação de estabilida- de do circuito ocorre quando vo/v1 = 3. 68 Exercícios Oscilador com Ponte de Wien Projetar um oscilador com ponte de Wien, de tal modo que a frequência do sinal de saída possa ser ajustada numa faixa de 100 Hz a 1 kHz. Fazer os dois capacitores iguais a 0,01 mF. 69 O Temporizador 555 O temporizador 555 é um circuito integrado de alta versatilidade, pois apresenta um grande número de aplicações em circuitos eletrônicos. Na maioria das aplicações, o 555 é utilizado para produzir intervalos de tempo.Diagrama em blocos do circuito interno do CA555. Observe a existência de três resistores de 5 kW, ra- zão pela qual esse integra- do é denominado 555. O CA555 permite corren- tes de saída de até 200 mA e, portanto, pode acionar diversas cargas TTL. 70 O Temporizador 555 71 O Temporizador 555 Uma das aplicações mais comuns do 555 é a sua utilização como gerador de sinais quadrados para acionar circuitos lógicos. Na figura, temos três formas de se obter um trem de pulsos quadrados. Um parâmetro útil quando se projeta geradores de pulsos com o 555 é a chamada taxa de trabalho (TT). 72 Exercícios O Temporizador 555 Um circuito temporizador com 555 está montado conforme indicado na Figura. Determinar a frequência do sinal de saída e a taxa de trabalho (TT) em estado alto do circuito. Fazer R1 = 1kW, R2 = 470kW e C=0,0047mF. Carga do capacitor por R1 e R2 até atingir 2Vcc/3 Descarga do capacitor por R2 até atingir Vcc/3 73 O Multivibrador Astável com AOP Um multivibrador é um circuito que apresenta apenas dois estados de saída: alto ou baixo. O estado alto apresenta uma certa amplitude em relação ao estado baixo, que normalmente está no nível “zero”, ou seja, na referência de tensão. Assim, a forma de onda do sinal de saída tem como padrão um pulso retangular. Os multivibradores podem ser classifica- dos em três tipos: Monoestável Biestável Astável. 74 O Multivibrador Astável com AOP Na operação astável, o multivibrador comuta constantemente entre os dois estados possíveis, produzindo um trem de pulsos com uma determinada frequência. 75 O Multivibrador Astável com AOP A amplitude do sinal de saída pode ser reduzida através de uma redução no valor da tensão de alimentação ou utilizando-se dois diodos Zener idênticos e em oposição (VZ1 = VZ2). Se for desejada uma forma de onda assimétrica, basta fazer VZ1 ≠ VZ2. Para evitar problemas de limitação ou distorção por slew-rate, quando trabalha- mos em frequências relati- vamente altas, devemos uti- lizar AOPs com SR adequado. 76 Exercícios O Multivibrador Astável com AOP Um projetista deseja determinar a relação entre R2 e R3 no circuito da Figura, de tal modo que a frequência do sinal de saída do multivibrador astável possa ser calculada pela seguinte fórmula: Qual a relação procurada pelo projetista? 77 Gerador de Onda Dente-de-Serra Em muitas situações práticas torna-se necessária a utilização de um sinal do tipo dente-de-serra (sawtooth). Note que existe, em paralelo com o capacitor, um elemento chaveador denominado PUT (ou TUP) – transistor de unijunção programável. O PUT irá disparar quando a tensão de anodo (rampa de saída) do mesmo atingir o valor da tensão de disparo (VG), pré-ajustada através da bateria Vp (VG = Vp). 78 Gerador de Onda Dente-de-Serra Apresentamos na figura um circuito prático para produzir sinais dente-de-serra com frequência e amplitude ajustáveis através de dois potenciômetros lineares. O circuito apresenta a vantagem de utilizar as tensões de alimentação do AOP (±15V) para prover as tensões Vp ou VG e Vi. É interessante ressaltar que, sendo a frequência do sinal uma função da tensão de entrada Vi, esse circuito pode ser considerado um tipo de conversor tensão-frequência. 79 Exercícios Gerador de Onda Dente-de-Serra Determinar a amplitude e a frequência do gerador de onda dente-de-serra apresentado na figura. Supor VF ≈ 1V. Esboçar a forma de onda de saída. 80 Circuitos Logarítmicos Os circuitos logarítmicos são também denominados de amplificadores logarítmicos. Estes circuitos são utilizados em computação analógica e em áreas onde exista a necessidade de se comprimir a faixa dinâmica de uma informação ou medição a ser processada, por exemplo: medidores de VU (unidade de volume de áudio), instrumentação nuclear e equipamentos de radar. Circuito logarítmico Um dos dispositivos eletrônicos mais conhecidos pela sua característica de não-linearidade é o transistor bipolar IC = corrente de coletor, IES = corrente entre emissor e base quando coletor e base estiverem curto-circuitados, VBE = tensão base-emissor K = constante Boltzmann, T = temperatura absoluta em Kelvin, q = carga elétron. 81 Circuitos Logarítmicos Circuito logarítmico Se introduzirmos na malha de realimentação negativa de um AOP um transistor na configuração base-comum, obteremos o circuito logarítmico em sua forma básica. Mas, Então: 82 Circuitos Logarítmicos Circuito antilogarítmico Se no circuito logarítmico substituirmos o resistor R1 por um transistor PNP e o transistor Q por um resistor R1, obteremos o circuito antilogarítmico em sua forma básica. Levando essas relações em: obteremos 83 Circuitos Logarítmicos Circuito multiplicador de variáveis Combinando os circuitos logarítmico e antilogarítmico podemos implementar diversas funções, tais como: X1/2, X2, X3, 1/X, X/Y, XY. Para ilustrar uma dessas aplicações, iremos implementar a estrutura básica de um multiplicador de duas variáveis. Para simplificar a análise do circuito multiplicador, vamos desprezar as constantes IES de cada estágio. Assim, temos: Ponto A → ln V1 Ponto B → ln V2 Ponto C → ln V1+ ln V2 Ponto D → Vo = e(ln V1+ ln V2) Vo = V1V2 84 Operação: se vi>0 → va>0 e D entra em condução e vo=vi se vi<0 → va<0 e D entra no corte e vo=0 (amp-op satura) Desvantagens: Se vi<0 → vo=0 (diferença de potencial entre as entradas igual a vi) → proteção de sobretensão Tirar o ampop da saturação leva tempo → limitação em frequência Retificador de Precisão com AOP 85 Diodo conduz (2) em (1) leva a : (1) (2) Análise Retificador de Precisão com AOP 86 Versão melhorada do rectificador de meia onda de precisão: O diodo D2 é incluído para manter a malha de realimentação do amp-op fechada durante os intervalos de corte do diodo D1, evitando assim que o amp-op sature. Característica de transferência para R2 = R1. Operação: se vi>0 → D2 entra em condução vx=0 ; D1 não conduz e vO=0 se vi<0 → vx=0 (corrente em R1 sent. Esq.); vA>0 e D2 entra no corte e D1 conduz : vO=-vi para R1=R2 vx vA Retificador de Precisão com AOP 87 Versão melhorada do rectificador de meia onda de precisão: vx vA Análise (D2 cortado e D1 conduzindo): (1) Retificador de Precisão com AOP 88 Versão melhorada do rectificador de meia onda de precisão: vx vA (2) em (3) resulta: (2) (3) (4) (4) em (1) Retificador de Precisão com AOP 89 O AOP em Circuitos de Potência Suponhamos um amplificador (inversor ou não-inversor) construído com um AOP de resistência de saída (Ro) muito baixa. Se conectarmos uma carga ZL na saída do amplificador, a sua tensão de saída (Vo), bem como a sua impedância de entrada (Zif), não serão afetadas pela carga ZL. Entretanto, existe um valor mínimo para ZL em função da capacidade de corrente fornecida pelo AOP. Para o AOP 741, a carga típica é 10 KW. Não são aconselháveis cargas menores do que 2 KW ligadas diretamente à saída do amplificador. 90 Capítulo 6 Proteções e análise de falhas em circuitos com AOPS 91 Proteção das entradas de sinal Qualquer componente eletrônico apresenta especificações máximas para suas diversas características elétricas, tais como tensão, corrente e potência. Se por algum motivo alguma dessas características for ultrapassada, o dispositivo poderá sofrer danos irreparáveis. O estágio diferencial de um AOP poderá ser danificado, caso a máxima tensão diferencial de entrada do mesmo seja excedida. Para o AOP 741 essa tensão é da ordem de ±30V. 92 Proteção da saída Atualmente a maioria dos AOPs possui proteção interna contra curto-circuito na saída. O AOP 741, por exemplo, apresenta essa proteção. Se consultarmos a folha de dados do fabricante do AOP 741, encontraremos para a corrente de curto-circuito de saída um valor de 25mA. O fabricante garante que a duração do curto-circuito de saídapode ser ilimitada ou indeterminada, desde que a capacidade de dissipação térmica do componente não seja excedida (310 mW para o AOP 741 com encapsulamento plástico de 8 pinos e 500 mW para o encapsulamento metálico). 93 Proteção contra latch-up Chamamos de latch-up (ou sobretravamento) aquela condição na qual a saída de um AOP permanece fixada em um determinado nível de tensão CC, mesmo depois de ser retirado o sinal de entrada responsável pela mesma. Se um AOP entrar em latch-up, é bem provável que ele fique definitivamente danificado. AOP 709 Pino8 (entrada de compensação de frequência). 94 Proteção das entradas de alimentação Essa é uma das mais importantes técnicas de proteção de AOPs. Se a polaridade das tensões de alimentação do AOP forem invertidas, o componente ficará irremediavelmente danificado. De fato, a inversão de polaridade significa polarizar incorretamente quase todos os componentes que fazem parte do circuito interno do AOP. Isso irá provocar o aparecimento de tensões e correntes internas não condizentes com o circuito, causando a sua destruição. 95 Proteção contra ruídos e oscilações da fonte A presença de fontes geradoras de ruídos ou interferências, próximas aos circuitos com AOPs, pode alterar o nível da tensão CC de alimentação do integrado, a qual deve ser estabilizada e de baixíssimo ripple (ondulação). Essa alteração pode prejudicar a resposta do circuito e, dependendo da aplicação e dos níveis dos sinais processados, poderá provocar erros grosseiros e perigosos ao sistema. Para proteger o AOP contra os ruídos e oscilações da fonte de alimentação, costuma-se colocar um capacitor da ordem de 0,1 mF entre o terra e cada um dos terminais de alimentação do AOP. 96 Análise de falhas em circuitos com AOP Normalmente, um circuito com AOP é bastante complexo e, quase sempre, um teste aleatório com um multímetro não é suficiente para determinar prováveis falhas no circuito. Com realimentação negativa, o AOP apresenta a propriedade do curto-circuito virtual. Assim sendo, ao medirmos a diferença de potencial entre os terminais de entrada de um AOP realimentado negativamente, deveremos encontrar valores de tensão inferiores a alguns milivolts. 97 Análise de falhas em circuitos com AOP Em realimentação positiva, o circuito apresenta alto grau de instabilidade e, normalmente, a saída apresenta-se saturada. Nessa situação, a tensão diferencial de entrada é relativamente alta (da ordem de alguns volts). Assim sendo, em um circuito realimentado positivamente, se verificarmos que a tensão está muito baixa em relação a ±Vcc ou se encontrarmos um valor de tensão muito baixo entre os terminais de entrada, é bem provável que o AOP esteja danificado. Finalmente, consideremos o AOP em operação com malha aberta. A análise de falhas é aproximadamente idêntica à situação anterior. De fato, o AOP estará basicamente funcionando como comparador e a tensão de saída deverá estar sempre saturada em um valor positivo próximo a +Vcc (cerca de 1V a menos) ou em um valor negativo próximo a –Vcc (cerca de 1V a mais). 98 Alguns testes especiais para falhas Existem alguns testes interessantes e eficazes para estabelecermos se um AOP está danificado ou não, quando este se acha inserido num sistema ou circuito de alto porte. Se fizermos um curto-circuito entre os pontos a e b, garantindo assim, um curto-circuito virtual, deveremos ter aproximadamente 0 (zero) volts na saída. Caso isto não ocorra, o AOP está danificado. 99 Alguns testes especiais para falhas Outro teste importante é o denominado teste de ganho CC. Note que deveremos abrir o circuito nos terminais de entrada e saída de sinal para evitar interações dos estágios anterior e posterior ao estágio sob teste. Esse teste é muito útil para determinar se um AOP está danificado, pois, nesse caso, surge uma perda de ganho no sistema. Medindo Vi e Vo, o técnico pode estabelecer se o AOP está trabalhando corretamente, 100 Testes de AOPs utilizando osciloscópio Uma das aplicações mais importantes do osciloscópio é no rastreamento de sinais em um sistema ou circuito eletrônico, a fim de localizar falhas no mesmo. Note que os capacitores na entrada do primeiro estágio e na saída do último têm como objetivo bloquear possíveis sinais CC, que poderiam prejudicar as medições, bem como causar distorções nos sinais obtidos nas saídas. 101 Alguns procedimentos adicionais Conferir a polaridade da alimentação. Conferir as conexões de todos os pinos. Se o AOP estiver se aquecendo, verificar se a saída está curto-circuitada ou se a carga é muito alta (valor ôhmico baixo). Se a saída de um amplificador (inversor ou não-inversor) estiver saturada, verificar se a malha de realimentação está aberta (Rf= ∞) ou se o resistor de entrada está em curto (R1=0). Verificar se o terra do sinal de entrada é o mesmo do AOP. Verificar se a impedância de entrada do circuito não está muito baixa, comparada à impedância de saída da fonte de sinal. 102 Alguns procedimentos adicionais Se o AOP não possui proteção interna contra latch-up, verificar se a proteção externa foi utilizada. Verificar se as entradas têm retorno CC para o terra. Verificar a continuidade dos condutores. Verificar se as pistas e pinos metalizados da placa de circuito impresso não estão abertos ou curto-circuitados. Verificar todos os pontos de solda (solda fria). 103 Considerações finais Antes de instalar um sistema ou circuito eletrônico é conveniente tomar algumas precauções relativas ao local no qual o mesmo vai ser instalado. Para tomar as medidas preventivas necessárias, o técnico de manutenção deverá observar o grau de incidência dos seguintes fatores prejudiciais ao circuito: Umidade excessiva do ar Calor excessivo do ambiente Ácidos e gases corrosivos na atmosfera ambiente Partículas metálicas em suspensão Vibrações mecânicas frequentes Fontes de interferências frequentes. 104 1 2 Z Z V V I O - = sRC sC R V V I O - = - = 1 dt t dv CR t v I O ) ( ) ( - = C j R R Z Z V V i o w 1 1 2 1 2 + - = - = 0 / 1 2 ® - = c j R V V i o w 1 2 1 2 R R Z Z V V i o - = - = C j R R Z Z V V i o w 1 1 2 1 2 + - = - 2 0 1 2 1 log 20 ÷ ø ö ç è æ + = w w R R V V db i o 0 0 log 20 log 20 w w w w - = Þ << db i o V V para 2 1 log 20 0 = Þ = db i o V V para w w 1 log 20 0 = Þ >> db i o V V para w w 2 0 1 1 log 20 ÷ ø ö ç è æ + = w w db i o V V sRC R sC V V I O 1 1 - = - = ò - = t I O dt t v CR t v 0 ) ( 1 ) ( t V CR dt V CR dt t v CR t v cc t cc t I O × - = × - = - = ò ò 1 1 ) ( 1 ) ( 0 0 RC j Z Z V V i o w + - = - = 1 1 1 2 1 - = - = R R V V i o RC j Z Z V V i o w 1 1 2 - = - = RC j Z Z V V i o w + - = - = 1 1 1 2 2 0 2 1 1 log 20 w w + = db i o V V 1 log 20 0 = Þ << db i o V V para w w w w w w log 20 log 20 0 0 - = Þ >> db i o V V para ò + + - = t o dt v v v RC v 0 3 2 1 ) ( 1 ò - = t o dt v v RC v 0 1 2 ) ( 1 ò + = t I o P dt t E K t P 0 1 ) 0 ( ) ( ) ( dt t dE K t P D o ) ( ) ( = î í ì < - > + = 0 , 0 , i sat i sat o v V v V v î í ì > - < + = 0 , 0 , i sat i sat o v V v V v ï î ï í ì > - < + = ref i sat ref i sat o V v V V v V v , , ) ( 1 2 v v A v vo o - = i vo o i v A v v v v = Þ î í ì = = 2 1 0 i vo o i v A v v v v - = Þ î í ì = = 0 2 1 ) ( 2 1 i ref vo o ref i v V A v V v v v - = Þ î í ì = = ) ( ) ( ) ( ) ( 2 1 1 2 1 1 sat DI sat DS V R R R V b V R R R V a - × + = + × + = ) ( ) ( ) ( ) ( 2 1 2 1 sat DI sat DS V R R V b V R R V a - × = + × = AC BA BC AC AB v v v V Z Z Z v V Z Z Z v + = + = + = 4 3 3 2 1 1 2 1 2 1 1 2 2 1 4 3 2 1 2 1 2 2 1 2 2 1 2 2 2 1 1 4 3 1 2 3 4 3 4 1 2 2 1 1 4 3 3 4 3 3 2 1 1 2 1 )] /( 1 [ ) /( ) 1 /( / 1 1 0 C C R R f imaginária Parte C C R R R R real Parte R wC R R wC j R wC R wC R R jwC R wC j R R R Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z V Z Z Z V Z Z Z v v v o AC BA BC p = => + = => - + + = + - = = => + = + => + = + = + + + - = + = 1 2 2 1 4 3 C C R R R R + = 1 1 4 ´ 3 3 1 v v RPOT R v o = ÷ ÷ ø ö ç ç è æ + + = RC f R POT R R o p 2 1 2 4 ´ 3 3 = = + = 2 1 2 2 1 2 2 ) ( 2 1 2 1 2 1 1 1 ) ( 2 2 R R R t t t T t TT R R R R t t t T t TT L H + = + = = + + = + = = C R R t V e v v v v cc RC t C C C C ) ( 693 , 0 3 / 2 )] 0 ( ) ( [ ) ( 2 1 1 / + = Þ = - ¥ - ¥ = - ( ) C R R f t t T C R t 2 1 2 1 2 2 2 443 , 1 , 693 , 0 + = + = = ÷ ÷ ø ö ç ç è æ + = = 3 2 1 2 1 ln 2 1 R R C R f T C R f 1 1 @ ( ) i F p V RC V V T - = KT BE qV BE e I e I I ES KT qV ES C @ ÷ ÷ ø ö ç ç è æ - = 1 ÷ ÷ ø ö ç ç è æ = @ ÷ ÷ ø ö ç ç è æ - = ES C BE ES KT qV ES C I I q KT V e I e I I KT BE qV BE ln 1 1 R V I V V i C BE o = - = ÷ ÷ ø ö ç ç è æ - = ES i o I R V q KT V 1 ln KT BE qV BE e I e I I ES KT qV ES C @ ÷ ÷ ø ö ç ç è æ - = 1 BE i o C V V R V I = - = 1 KT qV ES o i e I R V 1 - = 0 0 > > a i v e v se d a o V v v - = o i a v e e v e e e A v = = - = - + - + ); ( i d i o v V A v A A v @ + - + = 1 1 1 2 1 R v e R e v o i - = - - - ÷ ÷ ø ö ç ç è æ + + - = - 1 2 1 2 1 R R e R R v v i o d o a a V v v Ae e e A v + = - = - = - - + ) ( A V A v e d o - - = - 1 2 R R v v i o - @ i f o V R R V 1 - =
Compartilhar