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98 - Sobre Visitar o Enfermo

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Sobre Visitar o Enfermo
John Wesley
Sermão 98
"Eu estava enfermo, e você me visitou" (Mateus 25:36)
1. Geralmente se supõe, que os meios da graça e as ordenanças de Deus são termos equivalentes. Nós comumente queremos dizer por esta expressão, aqueles que são usualmente denominados, obras da devoção; ou seja, ouvir e ler as Escritoras, receber a Ceia do Senhor; oração pública e pessoal, e o jejum. É certo, que esses são os canais comuns, que transmitem a graça de Deus, às almas dos homens. Porém, eles são os únicos meios da graça? Não existem outros meios, através dos quais, Deus se agradou, freqüentemente; sim, comumente, de transmitir sua graça àqueles que tanto amam quanto temem a ele? Certamente, existem obras de misericórdia, assim como obras de devoção, que são meios reais da graça. Eles são mais especialmente assim, para aqueles que os executam com um olho puro. E esses que os negligenciam, não recebem a graça que, do contrário, receberiam. Conseqüentemente, muitos que foram uma vez fortes na fé, não estão agora vulneráveis e fracos de espírito? No entanto, ainda assim, eles não estão conscientes de onde aquela fraqueza vem, já que eles negligenciam nenhuma das ordenanças de Deus. Mas eles saberiam de onde ela vem, tivessem considerado seriamente o que Paulo diz de todos os crentes verdadeiros: "Nós somos sua feitura, recriada em Jesus Cristo junto às boas obras, que Deus preparou para que pudéssemos caminhar nela". (Efésios 2:10). 
2. O caminhar nisto é essencialmente necessário, como a continuidade daquela fé, por meio da qual, nós já estamos na graça salvadora, então, para a obtenção da salvação eterna. Disto, nós não podemos duvidar, se seriamente considerarmos que essas são as mesmas palavras do próprio grande Juiz: "Venham, vocês, filhos abençoados de meu Pai, herdeiros do reino, preparado para vocês, desde a fundação do mundo. Porque eu estava faminto, e vocês me deram alimento: Sedento, e vocês me deram de beber: Eu fui um estranho, e vocês me acolheram: Nu, e vocês me cobriram: Eu estava doente, e me visitaram. Eu estava na prisão, e vieram me ver". (Mateus 25:34 em diante) "Verdadeiramente, eu lhes digo, na medida em que tiverem feito isto ao menor desses meus irmãos, terão feito isto a mim". Se isto não convencer vocês de que a continuidade nas obras de misericórdia é necessária para a salvação, considerem o que o Juiz de todos diz àqueles, do lado esquerdo: "Partam, vocês, amaldiçoados, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos: Porque eu estava faminto, e vocês não me deram alimento: Sedento, e vocês não me deram de beber: Eu fui um estranho , e vocês não me acolheram: Nu, e vocês não me vestiram. Doente e na prisão, e vocês não me visitaram. Na medida em que não fizeram isto a um dos menores destes, também não o fizeram a mim". Vejam, fosse apenas por isto, e eles deveriam "partir" de Deus, "para a punição eterna". 
3. Não é estranho, que esta importante verdade fosse tão pouca entendida, ou, pelo menos, tão pouco influente na prática daqueles que temem a Deus? Suponham que esta representação seja verdadeira; suponham que o Juiz de toda a terra fale corretamente: aqueles, e aqueles apenas, que alimentam o faminto, dão de beber ao sedento, vestem o nu, socorrem o estranho, visitam aqueles que estão na prisão, de acordo com o poder e oportunidade deles, deverão "herdar o reino eterno". E aqueles que não o fizerem, deverão "partir para o fogo eterno, preparado para o demônio e seus anjos". 
4. Eu proponho, no momento, limitar meu discurso a um artigo desses – visitar o enfermo: Uma obrigação clara, que todos aqueles que têm saúde, podem praticar, em um grau maior ou menor; e que, não obstante, é quase universalmente negligenciado, até mesmo, por aqueles que professam amar a Deus. E no tocante a isto, eu inquiriria:
I. O que está implícito, no visitar o enfermo?
II. Como isto pode ser executado?
III. E, por quem?
I
O primeiro ponto a ser considerado é: Qual a natureza desta obrigação? O que está implícito em "visitar o doente?". 
1. Por doente, eu não quero dizer apenas aqueles que se mantêm na cama, ou que estão doentes, no sentido mais restrito. Antes, eu incluiria todos que estão em um estado de aflição, quer da mente ou corpo; e isto, quer sejam bons ou maus; quer temam a Deus ou não. 
2. "Mas existe necessidade de visitá-los em pessoa? Nós não podemos trazer-lhes alívio à distância? Não responde ao mesmo propósito, se nós enviamos ajuda, como se a levássemos, nós mesmos?". Muitos estão tão circunstanciados, que eles não podem atender o doente em pessoa; e onde este é o caso real, é indubitavelmente suficiente para eles enviarem ajuda, sendo este o único expediente que eles podem usar. Mas isto não é propriamente visitar o doente; é uma outra coisa. A palavra a que nós atribuímos visita, em sua aceitação literal, significa olhar com atenção. E isto, vocês bem sabem, não pode ser feito, exceto se vocês estiverem presentes com eles. Enviar-lhes assistência é, portanto, uma coisa inteiramente diferente do que visitá-los. A primeira, então, deve ser feita, mas a segunda não pode ficar sem ser feita. 
"Mas eu enviei um medico para aqueles que estão doentes; e ele pode fazer mais por eles do que eu posso". Ele pode, em um aspecto; ele pode fazer mais, com respeito à saúde corpórea deles. Mas ele não pode fazer a eles mais, com respeito às suas almas, que são infinitamente de maior importância. E se ele pudesse, isto não desculparia vocês: O fato de ele ir, não cumpriria sua obrigação. Nem isto faria o mesmo bem a vocês, exceto se vocês os vissem com seus próprios olhos. Se vocês não fizerem, vocês perdem os meios da graça; perdem um excelente meio de aumentar sua gratidão a Deus, que os salva desta dor e enfermidade, e mantém sua saúde e força; assim como, o crescimento de sua simpatia para com o aflito, sua benevolência e todas as afeições sociais. 
3. Uma grande razão, porque os ricos, em geral, têm tão pouca simpatia pelo pobre, é, porque eles tão raramente os visitam. Por esta razão, é que, de acordo com a observação comum, uma parte do mundo não sabe o que outros sofrem. Muitos deles não sabem, porque eles não se preocupam em conhecer; eles se mantêm fora do caminho; e, então, usam suas ignorâncias voluntárias, como uma desculpa para seus corações duros. "Na verdade, senhor", diz uma pessoa de grande riqueza, "Eu sou um homem muito compassivo. Mas, para dizer-lhe a verdade, eu não conheço pessoa alguma no mundo que esteja em necessidade". Como isto aconteceu? Por que ele tomou o bom cuidado de se manter fora do caminho deles; e se ele se depara com algum deles, sem se querer, "ele passa pelo outro lado". 
4. Quão contrário a isto, é ambos o espírito e o comportamento, até mesmo, das pessoas do mais alto nível, na nação vizinha! Em Paris, as senhoras do primeiro nível, sim, as princesas de sangue, da Família Real, constantemente visitam o doente, especialmente, os pacientes no Grande Hospital. E elas não apenas tomam cuidado para aliviar as necessidades deles (se eles precisam de alguma coisa mais do que lhes é providenciado), mas atendem o doente em seu leito, cuidam de suas feridas, e executam os serviços mais inferiores por eles. Aqui está um modelo para o inglês; pobre ou rico, desprezível ou honrado! Por muitos anos, nós temos copiado abundantemente as loucuras do francês; que, pelo menos uma vez, copiemos sua sabedoria e virtude, merecedora da imitação de todo o mundo cristão. Que as fidalgas, ou mesmo as condessas na Inglaterra, não se envergonhem de imitar aquelas princesas de sangue! Aqui está um costume que traz honra à natureza humana. Ele começa na França; mas Deus proíbe que possa terminar lá! 
5. E se sua delicadeza não permitir que vocês imitem aquelas honradas senhoras, por se humilharem, da maneira como elas fazem, ao executar os serviços mais degradantes para o doente, vocês podem, no entanto, sem se humilharem a este ponto, supri-los com o que eles necessitam. Podem administrar ajuda de um tipo mais excelente, suprindo suas necessidadesespirituais; os instruindo (se eles necessitam de tal instrução), nos princípios da religião, esforçando-se para mostrarem o estado perigoso em que eles se encontram, sob a ira e maldição de Deus, por causa do pecado, e lhes indicando ao "Cordeiro de Deus, que tira os pecados do mundo". Além desta instrução geral, vocês teriam abundante oportunidade de confortarem aqueles que estão em dores do corpo, aflição de mente; encontrariam oportunidade para fortalecerem o fraco de espírito, avivarem aqueles que estão desfalecidos e fracos; e edificarem aqueles que creram, a "seguirem em frente para a perfeição". Mas essas coisas vocês devem fazer, pessoalmente, uma vez que, como vocês sabem, elas não podem ser feitas por procuração. Ou suponham que vocês pudessem dar o mesmo alivio ao doente, através de outro, vocês não poderiam colher o mesmo proveito para si mesmos; vocês não poderiam ganhar aquele crescimento na humildade, na perseverança, na ternura de espírito, na simpatia com o aflito, que ganhariam, se vocês os assistissem em pessoa. Nem vocês receberiam a mesma recompensa na ressurreição do justo, quando "cada homem deverá receber sua própria recompensa, de acordo com seu próprio trabalho". 
II
1. O segundo ponto a ser considerado é: Como devemos visitá-los? De que maneira, nós podemos trabalhar, para que o amor seja mais efetivamente executado? Como podemos fazer isto, principalmente para a glória de Deus, e o benefício de nosso próximo? Mas, antes que vocês comecem este trabalho, vocês precisam estar completamente convencidos de que vocês são, de modo nenhum, suficientes para ele; vocês nem têm graça suficiente, nem entendimento suficiente, para executá-lo da maneira mais excelente. E isto convencerá vocês da necessidade de apelarem ao Forte, por força, e de partirem em busca do Pai das Luzes, o Doador de todo bom dom, por sabedoria; sempre lembrando, "que existe um Espírito no homem que dá sabedoria; e a inspiração do Espírito Santo, que dá entendimento". Quando quer, portanto, que vocês estejam prestes a executarem o trabalho, busquem a ajuda Dele, através da oração sincera. Clamem por ele, para todo o espírito de humildade, a fim de que, se o orgulho roubar seus corações, se vocês afirmarem alguma coisa de si mesmos, enquanto vocês se esforçam para salvar outros, vocês não destruam suas próprias almas. Antes e durante o trabalho, do começo ao fim, que seus corações esperem nele por um continuo suprimento da humildade e gentileza, da paciência e longanimidade, para que vocês possam nunca ficar irados, ou desencorajados, diante de qualquer tratamento que seja, rude ou suave, delicado ou indelicado, com o qual possam se encontrar. Não fiquem estremecidos com a profunda ignorância de alguns, a imbecilidade, a estupidez espantosa de outros; maravilhem-se não da rabugice ou obstinação deles, diante da falta de crescimento deles, depois de todas as dores que vocês tiveram; sim, diante do fato de alguns deles voltarem atrás na perdição, e se tornarem piores do que eram antes. O relatório de vocês ainda está com o Senhor, e sua recompensa com o Altíssimo. 
2. Quanto ao método especial de tratar o doente, você não precisa ater-se a algum, mas pode continuamente variar sua maneira de proceder, conforme as várias circunstâncias requeiram. Mas não poderia ser inoportuno, usualmente, começarem inquirindo dentro da condição exterior dele. Vocês podem perguntar, se eles têm o necessário para a vida; se eles têm alimento e vestimenta suficientes; se estiver frio, se eles têm combustível; se eles têm atendimento necessário; se eles têm recomendação própria, com respeito à enfermidade corpórea; especialmente se for de um tipo perigoso. Em diversos desses aspectos, vocês podem ser capazes de dar-lhes alguma assistência, vocês mesmos; e vocês sensibilizarem aqueles que são mais capazes que vocês, para suprirem a falta de serviço. Vocês poderiam propriamente dizer, em seu próprio caso: "Eu me sinto envergonhado de pedir"; mas nunca se envergonhe de pedir pelo pobre; sim, neste caso, seja um mendigo inoportuno; não aceite facilmente uma negativa. Use de todo o discurso, todo o entendimento, toda a influência que tiverem; ao mesmo tempo, confiando Nele que tem os corações de todos os homens em suas mãos. 
3. Vocês, então, facilmente discernirão, se existe alguma tarefa boa, que vocês possam fazer por eles, sem suas próprias mãos. Na verdade, a maioria das coisas que é necessária que seja feita, aqueles ao redor deles podem fazer melhor do que vocês. Mas, em alguns de vocês, pode existir mais habilidade, ou mais experiência, do que eles; e se vocês tiveram, não permitam que a delicadeza ou prestígio se coloque em seu caminho. Lembrem-se da palavra dele: "na medida em que vocês fizeram isto junto ao menor deles, vocês fizeram a mim"; e não pensem que alguma coisa seja tão insignificante, para se fazer por ele. Regozijem-se em serem humilhados, por amor a Ele!
4. Esses pequenos trabalhos de amor pavimentarão o caminho de vocês, para as coisas de maior importância. Depois de mostrarem que vocês têm respeito pelos corpos deles, vocês podem prosseguir e inquirir, concernente à alma deles. E aqui vocês têm um campo largo diante de vocês; vocês têm espaço para exercitarem todos os talentos que Deus deu a vocês. Vocês podem começar, perguntando: "Você alguma vez considerou que Deus governasse o mundo; -- que sua providência está sobre todos, e sobre você, em especial? – Alguma coisa, então, sobrevém a você, sem o conhecimento dele, -- ou sem que ele objetive isto para seu bem? Ele sabe tudo que você sofre; ele conhece todas as suas dores; ele vê todas as suas necessidades. Ele não apenas vê sua aflição, em geral, mas cada circunstância dela, em particular. Ele não está olhando do céu, e dispondo todas essas coisas para seu proveito?". Vocês podem, então, inquirir, se ele está familiarizado com os princípios gerais da religião. E mais tarde, amorosamente e gentilmente examinarem, se a vida dele tem sido concordante com isto: se ele conhece alguma coisa do poder; da adoração a Deus, "em espírito e em verdade". Se ele não conhece, esforcem-se para explicar a ele, "que sem santidade, nenhum homem verá ao Senhor"; e "exceto, se um homem nascer novamente, ele não poderá ver o reino de Deus". Quando ele começa a entender a natureza e santidade, e a necessidade do novo nascimento, então, vocês podem pressioná-lo a "arrepender-se em direção a Deus, e fé, em nosso Senhor, Jesus Cristo". 
5. Quando vocês encontrarem alguns deles que começam a temer a Deus, será apropriado dar a eles, um após o outro, alguns tratados simples, como as "Instruções para os cristãos". "Desperta, tu que dormes"; e a "Natureza e Objetivo do Cristianismo". Na próxima visita, você pode inquirir o que eles têm lido – o que eles se lembram; -- e o que eles entenderam. E, então, será tempo de reforçar o que eles entenderam, e, se possível, imprimir isto em seus corações. Esteja certo de concluir cada encontro, com uma oração. Se você não pode, ainda assim, ore sem uma forma, você pode usar algumas dessas compostas pelo sr. Spinckes, ou alguma outra de um escritor devoto. Mas, tão logo você puder romper com esta relutância, melhor. Peça a Deus, e ele abrirá sua boca. 
6. Junto às mais importantes lições, que vocês se esforçarem para ensinar a todos os pobres, aos quais vocês visitam, seria um ato de caridade, ensinarem duas coisas mais, às quais eles geralmente estão pouco familiarizados a respeito, -- diligência e limpeza. Um homem piedoso já dizia: "A limpeza é próxima à santidade". De fato, a necessidade dela é um escândalo a toda a religião; fazendo com que se fale mal do caminho da verdade. E sem diligência, nós não estamos nem adequados para este mundo, nem para o mundo vindouro. Com respeito a ambos: "O que quer que tua mão encontre para fazer, faça-o com tuas forças". 
III
1. O terceiro ponto a ser considerado é: Através de quem, esta obrigação deve ser executada? A resposta está pronta. Por todos que desejam a "herança do reino" de seu Pai, "preparadadesde a fundação do mundo". Porque assim diz o Senhor: "Venham, vocês, abençoados; -- herdeiros do reino; -- Porque eu estava enfermo, e vocês me visitaram". E para esses, à esquerda: "Afastem-se, vocês, amaldiçoados; -- porque eu estava enfermo, e vocês não me visitaram". Isto não implica claramente, que, assim como todos que fazem isto são "abençoados", e deverão "herdar o reino"; então, todos que não o fazem, são "amaldiçoados", e deverão "partir para o fogo eterno?". 
2. Todos, portanto, que desejam escapar do fogo eterno, e herdar o reino eterno, estão igualmente preocupados, de acordo com seu poder, a praticar este importante dever. Ele é, de forma idêntica, obrigação do jovem e idoso, rico e pobre, homens e mulheres, de acordo com sua habilidade. Ninguém é tão jovem, se eles desejam salvar suas próprias almas, de maneira a estarem isentos de assistir ao seu próximo. Ninguém é tão pobre (exceto aqueles que necessitam do básico para a vida), a não ser aqueles que são chamados para fazerem coisa nenhuma, mais ou menos, a qualquer tempo que possam gastar, para o alívio e conforto daqueles seus companheiros aflitos. 
3. Mas, aqueles "que são ricos neste mundo", e que têm mais do que as conveniências da vida, são mais especialmente chamados, por Deus, para esta obra abençoada, e indicados, através de sua graciosa Providência. Como vocês não estão sob a necessidade trabalharem para seu sustento, vocês têm seu tempo à sua disposição! Vocês podem, portanto, repartir alguma parte dele, todos os dias, para este trabalho de amor. Se for praticável, é muito melhor terem uma hora fixa (porque qualquer tempo, nós dizemos, não é tempo), para não empregarem aquele tempo em alguma outra ocupação, sem necessidade urgente. Vocês igualmente têm uma vantagem especial sobre muitos, pela sua condição na vida. Estando numa posição melhor, vocês têm mais influência neste assunto. Os que estão numa posição inferior, evidentemente, olham para vocês com uma espécie de reverência. E a condescendência que vocês mostram ao visitá-los, dá-lhes um pré-conceito a favor de vocês, o que os inclina a ouvi-los com atenção, e de bom-grado receberem o que vocês dizem. Melhorem esse pré-conceito ao máximo, para o benefício da alma deles, assim como de seus corpos. Enquanto vocês forem, como olhos para o cego, pés para o coxo, marido para a viúva, e um pai para o órfão, vejam que vocês ainda mantenham uma finalidade maior em vista, a de salvarem as almas da morte, e que seu trabalho é fazerem com que tudo que digam e façam sirva para este grande propósito. 
4. "Mas, até mesmo os pobres não têm alguma parte ou porção nesta questão? Eles estão, de qualquer forma, preocupados em visitar o enfermo? O que podem dar aos outros, aqueles que dificilmente têm as conveniências, ou talvez, as coisas necessárias da vida para si mesmos?". Se eles não têm, ainda assim, eles não precisam ser totalmente excluídos da benção que atende a prática deste dever. Até mesmo estes podem se lembrar daquela excelente regra: "Que nossas comodidades diminuam as necessidades de nosso próximo. E nossas necessidades, diminuam as extremas misérias dele". E poucos são tão pobres, de maneira a não serem capazes de, algumas vezes, dar "duas moedas"; mas, se eles não são, se eles não têm dinheiro para dar, será que eles não podem dar o que é de maior valor? Sim, de maior valor do que milhares de ouro e prata. Se vocês falarem "em nome de Jesus Cristo de Nazaré", as palavras que vocês não podem ser cura para a alma, e tutano para os ossos? Vocês podem dar nada a eles? Mais do que isto, ao administrarem a graça de Deus a eles, vocês dão mais do que todo este mundo é merecedor. Sigam em frente. Sigam em frente, vocês, pobres discipulos de um Mestre pobre! Façam o que ele fez nos dias de sua carne! Quando quer que tenham oportunidade, comecem a fazer o bem, e a curar todos que estão oprimidos pelo diabo; encorajando-os a se livrarem de suas algemas, e fugirem imediatamente para Ele. 
Quem liberta os prisioneiros, e quebra
O cativeiro de ferro de seus pescoços. 
 
Acima de tudo, ofereçam-lhes suas orações. Orem com eles; orem por eles; e quem sabe, vocês podem salvar suas almas?
5. Vocês que são idosos, cujos pés estão prontos para tropeçar nas montanhas escuras, vocês não podem fazer um pouco mais, antes que não sejam mais vistos? Ó, lembrem-se:
Do pouco tempo a viver, se você é idoso,
Faça o melhor,
E gerencie sabiamente seu último investimento!
Como você já viveu muitos anos, pode-se esperar que você alcançou tal conhecimento que pode ser de utilidade para outros. Você certamente tem mais conhecimento dos homens, que é comumente aprendido pela experiência. Com que força restante, você emprega os poucos momentos que você tem a gastar, em ministrar àqueles que são mais fracos do que você mesmo. Seus cabelos cinzas não falharão em dar sua autoridade, e acrescentar peso ao que você fala. Você pode freqüentemente estimular, para aumentar a atenção deles.:
Acreditem-me, jovens, porque eu estou aflito,
E vergo ao peso de mais de sessenta anos.
 
Você freqüentemente tem sido um sofredor, talvez, você esteja tão tranqüilo. Quando mais, dê a eles, toda a assistência que puder, tanto com respeito às suas almas e corpos, antes que eles e você vão para um lugar, onde não mais retornarão. 
6. Por outro lado, vocês que são jovens têm diversas vantagens que são quase peculiares a vocês mesmos. Vocês geralmente têm uma fluidez de espírito, e uma disposição de temperamento, que, pela graça de Deus, tornam vocês dispostos a empreenderem, e capazes de executarem muitas boas obras, às quais outros estariam desencorajados. E vocês têm saúde e força, com as quais vocês estão eminentemente qualificados para assistir o enfermo, e aqueles que não têm força. Vocês são capazes de tomar e levar suas cruzes, que se pode esperar se coloque no caminho. Empreguem, então, todo o vigor do corpo e mente em ministrarem para seus irmãos afligidos. E glória a Deus, que vocês tenham a eles para devotarem tão honroso serviço; como aqueles divinos "servos do Senhor, que fazem o que agrada a ele", por ministrarem continuamente aos herdeiros da salvação. 
7. Mas as mulheres, assim como os homens, não podem levar uma parte deste honroso serviço? Sem dúvida, que elas podem; mais do que isto, elas devem; isto é adequado e correto e a obrigação sagrada delas. Nisto, não existe diferença; "não existe, nem homem, nem mulher, em Jesus Cristo". Na verdade, já passou muito tempo, para uma máxima, com muitos, de que "as mulheres eram apenas para serem vistas, e não ouvidas". E, assim sendo, muitas delas, são trazidas de tal maneira, como se elas fossem apenas pretendidas para as diversões agradáveis! Mas isto faz honra ao sexo? Ou é uma delicadeza verdadeira para com elas? Não. Trata-se da mais profunda indelicada; é crueldade horrível; é mera barbárie turca. E eu não sei como, alguma mulher, de razão e espírito, pode se submeter a isto. Que todas vocês tenham, em seu poder, asseverar o direito que o Deus da natureza lhes deu. Vocês, como eles, foram feitas na imagem de Deus; vocês são igualmente candidatas à imortalidade; vocês também são chamadas de Deus, quando tiverem tempo, para "fazerem o bem junto a todos os homens". "Não" sejam "desobedientes para com o chamado divino". Quando quer que tenham oportunidade, façam todo o bem que puderem, especialmente para seu próximo, pobre e doente. E cada uma de vocês, igualmente, "deverá receber sua própria recompensa, de acordo com seu próprio trabalho". 
8. Sabe-se bem que, na Igreja primitiva, existiram mulheres particularmente designadas para esta obra. Na verdade, existiu uma ou mais, em toda a congregação cristã, debaixo do céu. Elas eram, então, denominadas Diaconisas, ou seja, servas; servas da Igreja, e de seu grande Mestre. Tal foi Febe, (mencionado por Paulo, em Romanos 16:1) "uma Diaconisa da Igreja de Cencréia". É verdade, que a maioria dessas eram mulheres idosas, e bem experientes na obra de Deus. Mas as jovens foram totalmente excluídasdaquele serviço? Não: Nem era preciso que fossem, contanto que soubessem em quem elas acreditavam; e mostrarem que elas eram santas de coração, sendo santas em todo o seu modo de vida. Tal Diaconisa, se alguma respondeu a esse modelo, foi a sra. Law Miranda. Alguém objetaria sua visita e alivio ao doente e pobre, porque ela era uma mulher; mais do que isto, porque era uma jovem também? Algum de vocês deseja trilhar seus passos? Vocês têm uma aparência agradável, um discurso agradável? Tanto melhor, se vocês forem totalmente devotados a Deus. Ele usará esses, se seus olhos forem puros, para fazer com que suas palavras penetrem no mais profundo. E enquanto vocês ministram para outros, quantas bênçãos podem resultar em seu próprio peito! Por meio disto, sua leviandade pode ser destruída; sua afeição por ninharias, curada; seus temperamentos errôneos, corrigidos; seus maus hábitos, enfraquecidos, até que eles sejam arrancados pela raiz; e você será preparado para adornar a doutrina de Deus, nosso Salvador, em todo cenário futuro da vida. Apenas sejam sempre cautelosos, se você visita ou conversa com aqueles de outro sexo, a fm de que suas afeições não se misturem, por um lado, e assim, você encontre uma maldição, em vez de uma bênção. 
9. Vendo-se, então, que esta é uma obrigação, para a qual somos chamados; rico e pobre, jovem e idoso, homem e mulher, (seria bom que os pais treinassem seus filhos nisto, assim como em dizer suas orações e ir à igreja), que nos baste o tempo passado, onde quase todos nós negligenciarmos isto, como que através de um consentimento geral. Que necessidade tem cada um de nós de dizer: "Senhor, perdoe meus pecados de omissão". Bem, em nome de Deus, que nós, agora, a partir deste dia, comecemos isto, com um consentimento geral.E eu ora, que nunca saia de sua mente que esta é uma obrigação, que você não pode executar, por procuração; exceto em um único caso, -- exceto se você está incapacitado, por sua própria dor e fraqueza. Neste único caso, é suficiente enviar um alívio que você, do contrário, daria. Comecem, meus queridos irmãos; comecem agora; ou a impressão que vocês agora sentem, irá desaparecer; e, possivelmente, não poderá mais retornar! Qual será a conseqüência, então? Em vez de ouvir aquela palavra: "Venham, vocês, abençoados! – Porque eu estive enfermo, e vocês me visitaram"; você deve ouvir aquela terrível sentença: "Afastem-se de mim, amaldiçoados! – Porque eu estava enfermo, e vocês não me visitaram".
[Editado por Chris Dinter, estudante da Northwest Nazarene College (Nampa, ID), com correções de George Lyons for the Wesley Center for Applied Theology.]

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