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Triagem neonatal Introdução Programa Nacional de Triagem Neonatal Sistema de rastreio em RN que possui distúrbios Entre 0 e 28 dias de vida Teste do pezinho Teste do reflexo vermelho Triagem auditiva Teste do coraçãozinho Avaliação do frênulo lingual Teste do pezinho Triagem neonatal biológica 1. Fenilcetonúria 2. Hipotireoidismo congênito 3. Doença falciforme 4. Fibrose cística 5. Hiperplasia adrenal congênita 6. Deficiência de biotinidase Profissional com luvas e realização da assepsia do pé do RN com álcool 70% Posicionar o pé do RN abaixo do nível do coração → maior fluxo sanguíneo Punção: com lancetas, nas laterais da planta do pé, para evitar pegar partes ósseas Após a punção, esperar a primeira gota de sangue e limpá-la, as outras gotas devem ser encostadas no local indicado, até preencher todo o círculo O sangue deve ser colhido de um lado só do papel Após coleta, comprimir o local para estancar o sangramento É realizado na maternidade ou na UBS, nesse caso entre o 3° e 5° dia de vida Fencilcetonúria Defeito inato do metabolismo, com um defeito na enzima fenilalanina hidroxilase Leva ao acúmulo de fenilalanina 1. Atraso global do DNPM 2. Deficiência mental 3. Comportamento agitado / padrão autista 4. Convulsões 5. Odor característico na urina O diagnóstico é pela dosagem quantitativa de fenilalanina na amostra sanguínea e deve ser colhida apenas após 48h do nascimento (ingestão de quantidade significativa de proteína): valor >10 mg/dl em 2 amostras distintas O tratamento é dieta com baixo teor de fenilalanina por toda a vida O RN deve ser acompanhado frequentemente até 1 ano de vida Hipotireoidismo congênito Emergência pediátrica Incapacidade da tireoide de produzir suficientemente os hormônios Redução geral do metabolismo Primária: disgenesia tireoideana Secundária: deficiência de TSH hipofisário Terciária: deficiência do TRH hipotalâmico Resistência periférica aos hormônios tireoideanos 1. Hipotonia 2. Dificuldade respiratória 3. Cianose 4. Icterícia prolongada 5. Constipação 6. Bradicardia 7. Sonolência excessiva 8. Choro rouco 9. Mixedema 10. Déficit de crescimento O RN que tem o diagnóstico precoce e inicia a reposição hormonal, não apresenta os sintomas Após triagem positiva, deve-se dosar o T4 total e livre e o TSH de sangue venoso O tratamento é com reposição hormonal O acompanhamento é feito com dosagem hormonal, avaliação do crescimento e DNPM, para ajuste das doses Doença falciforme e hemoglobinopatias Defeito na estrutura da cadeia beta da hemoglobina → hemácias assumem forma de foice A hemoglobina predominante no adulto é a HbA e no RN é a HbFA As hemoglobinas variantes mais frequentes são a S e a C Um adulto com HbAS (no RN é HbFSA) é portador do traço falciforme e o HbSS (no RN é HbFS) possui a doença 1. Anemia hemolítica 2. Crise vaso-oclusiva 3. Crise de dor 4. Insuficiência renal progressiva 5. AVC 6. Maior susceptibilidade a infecções 7. Sequestro esplênico Tratamento deve ser iniciado antes dos 4 meses de vida → ATB profilático + ácido fólico Fibrose cística Mucoviscosidade que afeta principalmente pulmões e pâncreas Processo obstrutivo causado pelo aumento da viscosidade do muco com alto índice de mortalidade 1. Pulmões: proliferação bacteriana por obstrução da via aérea levando a infecções crônicas, lesão pulmonar e insuficiência respiratória 2. Pâncreas: Obstrução dos ductos pancreáticos pela secreção espessa levando à perda de enzimas digestivas, má nutrição, esteatorreia e dificuldade de ganho de peso O diagnóstico presuntivo é pela dosagem de tripsina imunorreativa e a confirmação é por dosagem de cloreto no suor O tratamento é com acompanhamento regular, suporte dietético, uso de enzimas pancreáticas, suplementação de vitaminas A, D, E e K e fisioterapia respiratória Hiperplasia adrenal congênita Síndromes autossômicas recessivas, que são diferentes deficiências enzimáticas na produção de esteroides pela adrenal A deficiência mais comum é da 21- hidroxilase (síntese de cortisol e aldosterona) Forma clássica perdedora de sal 1. Virilização da genitália (excesso de androgênios) 2. Crise adrenal: depleção de volume, hipotensão, hiponatremia, hipercalemia Forma clássica não perdedora de sal 1. Virilização da genitália externa 2. Sem manifestação de deficiência mineralocorticoide Forma não clássica 1. Hiperandrogenismo ou sem manifestações O diagnostico presuntivo é pela 17- hidroxi-progesterona O tratamento para RN do sexo feminino com hiperandrogenismo é reposição hormonal com baixas doses de glicocorticoides Pacientes assintomáticos não precisam de tratamento Deficiência de biotinidase Defeito no metabolismo da biotina Se manifesta clinicamente a partir da 7ª semana de vida 1. Crises epilépticas 2. Hipotonia 3. Microcefalia 4. Atraso no desenvolvimento 5. Dermatite eczematoide O RN que tem triagem positiva, faz testes quantitativo da atividade da biotinidase O tratamento é com biotina em dose diária Teste do reflexo vermelho Identifica condições que comprometem a transparência ocular e que podem impedir o desenvolvimento visual Realizado pelo oftalmoscópio direto → projeta a luz nos olhos, atravessa estruturas transparentes, atinge a retina e reflete a luz vermelha O reflexo deve ser colocador de 50 cm a 1 m do olho do RN Observar ausência/presença dos reflexos, simetria e intensidade A presença do reflexo é normal A opacidade dos meios pode levar à retina branca ou perda do reflexo Principais causas de TRV negativo 1. Catarata congênita 2. Glaucoma congênito 3. Retinoblastoma 4. Leucoma 5. Inflamações intraoculares da retina e vítreo 6. Retinopatia da prematuridade Deve ser realizado ainda na maternidade, ou no máximo até 1 mês de vida Recomenda repetição do teste nas consultas de puericultura, de 2 a 3 vezes ao ano, por 3 anos, se detectado alguma alteração, deve-se encaminhar para atendimento especializado Todo bebê de 6 meses a 1 ano devem fazer um exame oftalmológico Teste do coraçãozinho Cardiopatias congênitas de 1 a 2/ 1000 RN Cardiopatias congênitas criticas cursam com dessaturação periférica no período neonatal, por isso o teste de triagem é a oximetria de pulso Realizado na maternidade em todo RN > 34 semanas Aferição da SatO2 no membro superior direito e depois em qualquer uma das pernas, entre 24 e 48h de vida O normal é uma SatO2 > 95% nas duas medidas e uma diferença < 3% entre os membros Caso o resultado seja alterado, deve-se realizar de novo em 1h, se continuar anormal, o RN deve fazer um ECO em 24h Triagem auditiva A deficiência auditiva tem grandes consequências na infância, inclusive implica no desenvolvimento da linguagem, que se desenvolve nos primeiros 6 meses Indicadores de alto risco de perda auditiva 1. História familiar de surdez congênita 2. Anomalias craniofaciais 3. Espinha bífida 4. Síndromes genéticas 5. Peso < 1.500g 6. Anóxia grave 7. Uso de ventilação assistida 8. Permanência em UTI por > 5 dias 9. Sepse/meningite neonatal 10. Infecções congênitas 11. Uso de drogas ototóxicas Realizada preferencialmente nas primeiras 24 a 48 h de vida, ou no máximo até 1 mês de vida O tipo de teste usado depende da presença de fatores de risco Para RN sem fator de risco faz o teste de Emissões Otoacústicas Evocadas, se tiver falha, repete, se manter a falha, faz o Potencial Evocado Auditivo do Tronco Encefálico Para RN com fatorde risco faz direto o PAETE OEAE identifica perdas auditivas cocleares (pré-neurais) e necessita da integridade da orelha média e externa. O PAETE precisa de sedação e analisa as vias auditivas até o tronco cerebral. Os RN que tiveram falha no teste, repetem em 30 dias, e o reteste deve ser feito com o PAETE em ambas as orelhas, mesmo que a falha tenha sido unilateral Se continuar falha, encaminha para o otorrinolaringologista e se o RN passar, faz acompanhamento com pediatra Avaliação do frênulo lingual A anquiloglossia é uma alteração do frênulo ligual, que é anormalmente curto e espesso, que restringe a movimentação da língua Interfere na amamentação negativamente Protocolo Bristol 1. Aparência da ponta da língua 2. Fixação do frênulo na margem gengival inferior 3. Elevação da língua 4. Projeção da língua A pontuação varia de 0 a 8, resultados de 0 a 3 indicam possível redução grave da função lingual Se o escore for menor que 3, repete antes da alta da maternidade Caso o escore se mantenha e não haja mais nenhum fator que justifique a dificuldade na amamentação, pode-se considerar a cirurgia
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