Buscar

Asterisk: Software de PBX completo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Asterisk
O que é o Asterisk?
Asterisk é um software de PBX completo. Ele roda em Linux e provê todas as funcionalidades que você poderia esperar de um PBX e muito mais. Asterisk faz Voz sobre IP em três diferentes protocolos e pode se integrar à maioria dos padrões de telefonia utilizando hardware de baixo custo.
Distribuição Asterisk
· Elastix
· TrixBox
· VoIPonCD
· Fonalitv
· Disc-OS
· Meucci
Surgimento do Asterisk
Para falar da criação do Asterisk, temos antes que comentar a criação do Zapata.
O projecto ZAPATA foi conduzido por Jim Dixon, Ele é o responsável pelo envolvimento do hardware da Digium. Ele desenvolveu inicialmente para o sistema FreeBSD um driver para a placa Mitel89000C “ISDN Express Development Card”, e no sistema operacional funcionava numa API desenvolvida inicialmente pela AT&T com algumas funcionalidades de correio de voz e auto-atendimento, esta API foi chamada de Audix. O Audix funcionava em plataforma UNIX e custava como tudo em telefonia, milhares de dólares por porta e com as funcionalidades bastante limitadas. Jim então notou que existia uma grande limitação de I/O na placa Mitel89000C e resolveu desenvolver a sua própria placa disponibilizando todos os ficheiros do projecto, incluindo fotos e ficheiros de plotagem na Internet baptizando o projecto de Zapata. Como o conceito era revolucionário, Jim inspirado no mexicano (Emiliano Zapata), baptizou a primeira placa com o nome de tormenta, o mesmo nome da organização de Emiliano Zapata. Após a publicação de todas essas coisas na Internet, a resposta que Jim recebia constantemente era se existia o driver para Linux, ele nunca havia tido contacto com o Linux antes, e as dificuldades para entender os conceitos de módulos carregáveis fez com que Jim disponibilizasse um pequeno hack do código portado para Linux. Em 48 horas Jim recebeu a resposta de um desenvolvedor no Alabama (Mark Spencer), que se ofereceu para dar continuidade no desenvolvimento do driver para Linux. Mark Spencer inicialmente para suprir as dificuldades financeiras na aquisição de um PBX para a sua empresa de Help Desk, desenvolveu o Asterisk para controlar as ligações que seu Help Desk recebia. O conceito Asterisk até então era funcional mas não tinha um hardware útil e prático. O casamento do sistema de telefonia criado por Jim Dixon e o desenho da biblioteca de hardware/driver e interface, permitiu à Mark desenvolver novas funcionalidade e criar um sistema que poderia falar com telefones reais, linhas analógicas e digitais.
Conceito
Asterisk é um software de PBX, que funciona no sistema operacional Linux. O Asterisk faz Voz sobre IP utilizando os mais diversos protocolos, podendo se integrar a maioria dos padrões de telefonia utilizando hardware de baixo custo. Utilizam softwares livres,ou seja, não exigem pagamentos de licenças e garantem flexibilidade, qualidade e independência do fornecedor. O Asterisk proporciona conectividade com as redes STFC (Serviço telefónico fixo comutado) e com ele toda a estrutura de telefonia tradicional pode ser convertida para VoIP.
O Asterisk faz toda a manipulação das chamadas e o que o utilizador desejar fazer com elas. A estrutura de telefonia interna se torna obsoleta, pois todo o tráfego das chamadas, trafegam pela mesma rede de dados presente em qualquer empresa que tenha alguns computadores em rede trocando informações ou compartilhando acesso a Internet.
Funções
O Asterisk possui muitas aplicações, podendo substituir qualquer PBX tradicional com periféricos adicionais, reunindo-as em uma só máquina. As aplicações mais usuais são:
· Correio de voz: Permite que em caso do assinante chamador não atender a chamada, o chamador receba um sinal solicitando que deixe uma mensagem. Semelhante a uma secretária electrónica.
· Distribuidor automático de chamadas e fila de atendimento: É o sistema utilizado em call-centers. Ele distribui as chamadas de entrada entre os atendentes. Caso não tenha nenhum atendente disponível, ele atende a chamada e toca uma música ou uma mensagem para que o chamador aguarde. Quando um atendedor é liberado, o distribuidor encaminha a chamada.
· Sistema de mensagens unificadas: Esse sistema direcciona todas as mensagens dos utilizadores em um único lugar como, por exemplo, a caixa de correio electrónico do utilizador. As mensagens de e-mail, mensagens de correio de voz e fax são encaminhadas para a caixa postal.
· Servidor de música de espera: Sistema responsável pela música de espera. A música pode estar num ficheiro em formato mp3.
· Discador automático: utilizado em telemarketing, o programa disca para um número e distribui para os operadores.
· Sala de conferência: Permite que 2 ou mais utilizadores falem em conjunto. Pode ser configurada uma senha de acesso a sala.
· Media Gateway: Converte as ligações de telefonia analógicas em telefonia VoIP.
· Unidade de Resposta Audivel (URA): permite ao Asterisk criar um sistema de resposta automática. Muito usado para auto-atendimento, permitindo economia pois despensa os atendedores.
A arquitectura do Asterisk
A arquitectura do Asterisk é baseada em 4 pontos principais: Canais, Codecs, Protocolos e Aplicações, que serão apresentadas em maiores detalhes a seguir.
Canais
Segundo (TEHA,2005), um canal pode ser interpretado como uma conexão que “traz” uma chamada ao Asterisk PBX. Um canal pode ser uma conexão a um telefone analógico tradicional, ou a uma linha telefónica STFC, ou uma chamada lógica, como uma chamada via Internet. Do ponto de vista de canais, não existe distinção se é um telefone ou uma linha telefónica – tudo é visto como CANAL. Toda chamada é originada ou recebida em um canal distinto. Alguns exemplos de tipos de canais suportados pelo Asterisk são: SIP, H323, IAX, Skinny (driver para protocolo dos telefones IP Cisco), VOFR (Voz sobre Frame Relay), VPB (linhas telefónicas para as placas FXO/FXS da fabricante Voicetronix).
Codecs
Ao se pensar no conceito de Telefonia IP, podemos associar directamente a ideia de tentar colocar o máximo de chamadas possíveis através de um circuito, a fim de fazer o melhor uso da estrutura. Isso pode ser feito codificando-se a voz em uma forma que ocupe menor banda. Os codecs são responsáveis por essa tarefa. O tráfego de voz nos circuitos digitais STFC ocupa uma banda de 64 kbps. Aplicando-se codecs como o G711, para o tráfego da voz em redes de dados, alcançamos a mesma banda. Porém 22 codecs como o GSM conseguem reduzir essa banda para aproximadamente 13 Kbps e o G729 consegue compressão para uma reduzir a banda a 8 Kbps. Como outros tipos de codecs suportados podem listar G726, Speex, G723.
Protocolos
Os protocolos são responsáveis por definir a forma/linguagem como os pontos de comunicação vão negociar entre si. São responsáveis por tarefas como sinalização para estabelecer conexão, determinar ponto de destino, rotear entre pontos, e também questões de sinalização de telefonia como campainha, identificador de chamada, desconexão, etc. O protocolo mais usado inicialmente era o H323, que tem sido sobreposto nos últimos tempos pelo SIP, tendo este último se difundido largamente, devido a sua simplicidade e objectividade. No âmbito do Asterisk, seu protocolo IAX também tem tido grande difusão, devido ao seu tratamento de trunking e NAT.
· H.323 – foi criado pela International Telecommunication Union(ITU), e originalmente projectado para prover um mecanismo de transporte IP para vídeo conferência. É um dos protocolos de referência ao início do desenvolvimento de VoIP. É comummente referenciado como superior ao SIP, porém sua complexidade tem sido um dos grandes responsáveis pela sua impopularidade e consequente difusão do SIP.
· SIP – O Session Initiation Protocol(SIP) é o protocolo que vem despontando nas comunicações de Voz sobre IP, sobrepondo a domínio do H.323. A premissa do SIP é de negociar as capacidades dentre dois (ou mais) pontos finais envolvidos numa comunicação. Muito da sua difusão é atribuída a sua simplicidade como protocolo, com uma sintaxe similar a outros protocolos tradicionais como HTTPe SMTP.
· IAX – provém da sigla Inter-Asterisk eXchange protocol. É um protocolo aberto desenvolvido voltado ao sistema Asterisk com o propósito de definir um modelo de comunicação entre servidores Asterisk. È um protocolo de transporte que usa uma única porta UDP(4569), tanto para sinalização, como para o tráfego stream RTP, o que o torna mais fácil para o tratamento em firewall´s e NAT. Possui a habilidade peculiar de fazer trunk de múltiplas sessões em um único fluxo de dados, reduzindo consequentemente o consumo de banda em situações de conexões de canais simultâneos para o um host remoto. O tráfego de diversos canais acontecendo em um único fluxo reduz o overhead(cabeçalho) de protocolo que aconteceria para o fluxo com canais individuais. Isso reduz a latência, o consumo de processamento e largura de banda requerida.
Comparativo entre o SIP e o IAX
1. O IAX é mais eficiente do que o RTP para qualquer número de ligações e qualquer codec. O benefício é algo como 2.4Kbps para uma única chamada podendo até triplicar o número de chamadas possíveis a cada 1Mbps com o codec G.729. esta medição é feita no nível de rede(MAC) e o canal em modo trunk.
2. IAX é um elemento de informação codificado ao invés de ser codificado como ASCII. Isto torna as implementações substancialmente mais simples e mais robustas contra ataques de buffer overflow, pois não existe a necessidade de interpretação(parsing) de texto. O tamanho de uma sinalização IAX é menor que as do SIP, mas isto não significa nada se a implementação não for grande o suficiente, onde várias requisições de registo são frequentemente realizadas. em termos gerais, IAX é mais eficiente na sua codificação, descodificação e verificação da informação, isto torna difícil a não compatibilidade de uma implementação IAX feita por um autor e outra feita por outro autor, pois muito pouco é necessário para a interpretação de código.
3. IAX tem uma separação clara entre as camadas 2 e 3, significando que tanto a sinalização quanto o áudio, tem estado definido, são transmitidos robustamente de maneira consistente. Quando uma chamada termina abruptamente, a chamada irá terminar de maneira tranquila, mesmo que não exista áudio e/ou sinalização. SIP não tem este tipo de mecanismo, e sua confiabilidade do ponto de vista de sinalização é obviamente pobre, necessitando de padrões adicionais dentro do seu código RF3261.
4. Os modos unificados de sinalização e tráfego de voz permite ao IAX fluir de forma transparente por NAT´s e proporciona a um Administrador de firewall ter que abrir somente uma porta para permitir o seu uso. Ele não requer que um cliente IAX saiba absolutamente nada a respeito da rede na qual ele está em operação. Colocado de forma mais clara, nunca existirá uma situação que possa ser criada pelo firewall na qual o IAX não consiga completar uma chamada e não seja capaz de passar o tráfego de voz (excepto, é claro, se não existir banda suficiente).
5. O sistema de transferência autenticada do IAX permite você transferir voz e controle de chamada de um servidor-de-meio de um jeito robusto de tal forma que se as duas pontas não poderem se verem por alguma razão, a chamada continua através do servidor central.
6. O IAX separa claramente o Caller*ID do mecanismo de autenticação do utilizador. O SIP não tem um método claro de fazer isso a não ser que o Remote-Party-ID seja utilizado.
7. O SIP é um padrão do IETF. Apesar de existir alguma documentação recente cortesia de Frank Miller, o IAX ainda não é uma publicação padrão neste momento.
8. O IAX permite a uma ponta verificar a validade de um número de telefone para saber se o número está completo, possa ser completado, ou esteja completo mas possa estar grande demais. Não existe uma maneira para suportar completamente isso no SIP.
9. O IAX sempre envia DTMF fora de banda de modo que nunca existe qualquer confusão sobre qual método a ser utilizado.
10. O IAX suporta transmissão de linguagem e contexto, que é muito útil em um ambiente Asterisk.
Aplicações
Como pode ser visto da definição de extensões, as aplicações determinam as acções a serem tomadas pelo Asterisk. Elas são responsáveis por fazer o tratamento do canal, desde atendendo uma chamada, tocando uma gravação, recebendo dígitos, desligando uma chamada, ou qualquer outro formado de aplicação que possa ser implementado para uso em uma estrutura de telefonia, como a exemplo de um sistema de pedidos com reconhecimento de voz.
Para conectar as chamadas de entrada com as chamadas de saída ou outros utilizadores do Asterisk são usadas diversas aplicações, como o Dial. A maior parte das funcionalidades do Asterisk são criadas na forma de aplicações como o VoiceMail, correio de voz, conferência, entre outras.
Ficheiro:Arquitetura ASTERISK.JPEG
Plano de discagem
O plano de discagem é o coração do Asterisk. Ele é que define como o Asterisk irá fazer a gestão das chamadas. Consiste de uma lista de instruções ou passos que o Asterisk deve seguir. Essas instruções são disparadas a partir dos dígitos recebidos de um canal ou aplicação. Para configurar o Asterisk é fundamental que se entenda o plano de discagem dele. A maior parte do plano de discagem está contida no ficheiro extensions.conf no directório /etc/asterisk. O ficheiro pode ser separado em quatro partes: Contextos,Extensões, Prioridades e Aplicações.
Contextos
Os contextos são responsáveis pela organização e segurança do plano de discagem. Definem também o escopo, permitindo separar partes diferentes do plano de discagem. Os contextos estão ligados directamente aos canais. Quando uma ligação entra no Asterisk por um canal, ela é processada dentro de um contexto.“ Exemplificando: vamos supor que você tenha duas classes de ramais: aqueles que podem fazer ligações de longa distância e aqueles que não. Você pode criar dois contextos, [gerente] e [funcionário]. Dentro do contexto [gerente], quando o dígito “0” é discado, ouve-se o tom de discagem da rede pública. Dentro do contexto [funcionário] quando o dígito “0” é discado, é recebida, por exemplo, uma gravação “ligação não autorizada” . ” Exemplo extraído de (MEGGELEN e outros, 2005)As extensões são definidas dentro de cada contexto.
Extensões
As extensões são responsáveis por disparar um evento no Asterisk, determinando o fluxo das chamadas. No ficheiro de configuração possuem basicamente o formato:
exten=> número(nome), prioridade, aplicação.
Quando um número é digitado, de acordo com a prioridade, uma aplicação será executada. Exemplificando:
exten=> 2025,1, Dial(SIP/2025,10)
exten=> 2025,2, Dial(SIP/2020,10)
exten=> 2025,3, voicemail(b2025)
No exemplo acima, quando é digitado o número “2025” a primeira acção(prioridade 1)tomada pelo Asterisk, é de gerar uma chamada para o telefone IP usando SIP registado como 2025. Se a ligação não for atendida em 10 segundos, a próxima acção(prioridade 2)é desviar essa ligação fazendo uma chamada para o telefone SIP 2020, e caso também não haja resposta, a ligação é encaminhada para a caixa de mensagem do telefone 2025.
Prioridades
Como foi visto anteriormente, as prioridades são passos numerados, determinando uma ordem de acções a serem tomadas. A sequência segue sempre na ordem numérica crescente, todavia os números não precisam ser necessariamente consecutivos, podendo desta forma ter uma sequência de números de prioridades igual a 1, 2, 5, 9, por exemplo, que serão executados de forma crescente.
Instalando o Asterisk
O ports do Asterisk actualmente é mantido por Maxim Sobolev <sobomax (A) portaone (DOT) com > e vários outros desenvolvedores ao redor do mundo. O suporte à Asterisk no FreeBSD é pleno, não há qualquer funcionalidade que não esteja totalmente funcional. As pequenas excepções são módulos de terceiros, não oficialmente suportados pelo Asterisk, mas ainda assim estes módulos podem ser usados no FreeBSD com pequenas adaptações no código.
 nagazaki# cd /usr/ports/net/asterisk
 nagazaki# make install clean
Opcionalmente você pode evitar que o Ports compile o Asterisk com suporte a H.323. Sem H.323a compilação será bem mais rápida. Esse protocolo é pouco funcional e vem sendo amplamente substituído por SIP/RTP, sendo praticamente um protocolo descontinuado no que tange à VoIP (mas ainda utilizado em Vídeo sobre IP). Se não quiser compilar com H.323, use a opção WITHOUT_H323=yes para instalar o asterisk:
 nagazaki# cd /usr/ports/net/asterisk
 nagazaki# make WITHOUT_H323=yes install clean
Criando um ambiente de testes
Consiste em um ATA (Adaptador para telefone analógico), com duas portas FXS. Entendendo os modelos de portas FXO e FXS.
 FXS = Foreign EXchange Subscriber
É a interface que fornece a linha analógica, em outras palavras, é o “plug na parede”.
 FXO = Foreign eXchange Office
É a interface do telefone.
Entendendo melhor o funcionamento das portas FXO e FXS. Ao realizar uma chamada: (FXO) Tire o telefone do gancho(dispositivo FXO). A porta FXS detecta que o telefone está fora do gancho. Digite um número de telefone, que é transmitido á porta FXS em Tom Duplo de Multifrequência (DTMF). Ligação Interna: (FXS) A porta FXS recebe a ligação, e então envia um impulso tónico (som) ao dispositivo FXO anexado. O telefone toca. Assim que alguém atende, pode responder a chamada. Ainda não tenho disponível em meu ambiente de testes uma porta FXO configurada no PBX, mas isso é questão de tempo. Neste ambiente de testes, tenho a seguinte configuração:
 [ MODEM ADSL ] --------------------- [ Switch 8 portas ]
 | |
 | |
 | |
 [ ASTERISK ] [ATA]
 |
 [Telefone]
Criando uma URA (Unidade de Resposta Audível)
Neste modelo, primeiro iremos gravar os prompts para a URA e logo após ver como tudo ficou.
O CONTEXTO [default] já vem por padrão configurado no Asterisk.
 ;Gravando os PROMPTS para a URA
 [default]
 ; Bem Vindo, para falar com suporte técnico pressione 1, outras opções pressione 2.
 exten => 1000,1,Record(bemvindo:gsm)
 exten => 1000,2,Hangup()
 ; Suporte técnico
 exten => 1001,1,Record(suporte:gsm)
 exten => 1001,2,Hangup()
 ; Atendimento ao cliente.
 exten => 1002,1,Record(atendimento:gsm)
 exten => 1002,2,Hangup()
 exten => 0800,1,Goto(ura,s,1)
 [ura]
 exten => s,1,Ringing
 exten => s,2,Background(bemvindo)
 exten => s,3,Wait(2)
 exten => s,4,Hangup()
 exten => 1,1,Playback(suporte)
 exten => 1,2,Hangup()
 exten => 2,1,Playback(atendimento)
 exten => 2,2,Hangup()
Agora existem 3 novas opções inseridas em nossos CONTEXTOS.
Record = Grava em um ficheiro de áudio, podemos escolher o tipo de gravação, gsm, mp3 e etc…
Wait = Aguarda alguns segundos antes de passar para a próxima opção do CONTEXTO.
Background = Toca o ficheiro de áudio aguardando algum digito de resposta do utilizador.
Discando para o número 0800, o Asterisk ira nos redireccionar para o CONTEXTO [ura] na primeira regra s,1, iremos ouvir a chamada “bem-vindo” e durante a chamada já poderemos escolher a opção para o próximo menu.
Trunk
Trunk(tronco) nada mais é que a ligação entre dois servidores Asterisks. Para ter uma conexão de trunk é necessário que você implemente as seguintes configurações nos dois PBXs:
iax.conf
register => UTILIZADOR-peer:password@IP
[UTILIZADOR-peer]
username=OUTRO_SERVIDOR-user
type=peer
secret=password
qualify=yes
host=IP
disallow=all
allow=g729
[UTILIZADOR-user]
type=user
secret=password
host=IP
disallow=all
context=from-internal
allow=G729
extensions.conf
[trunk]
exten => _7XXX,1,Dial(IAX2/UTILIZADOR-peer/${EXTEN:1},30,r)
Reencaminhar chamadas
O exemplo a seguir mostra como criar um script de siga-me, essa configuração permite que o Asterisk toque da sua mesa no escritório, por exemplo, para um telemóvel e depois volte para o voicemail. Se você não estiver disponível para atender ou não quiser ele irá tocar de volta no voicemail.
exten => 1234,1,dial(sip/1234,20)
exten => 1234,2,playback(pls-wait-connect-call)
exten => 1234,3,Setvar(NewCaller=${CALLERIDNUM})
exten => 1234,4,SetCIDNum(0${CALLERIDNUM})
exten => 1234,5,dial(${TRUNK}c/9871234321,20,r)
exten => 1234,6,SetCIDNum(${NewCaller})
exten => 1234,7,voicemail2(u1234@default)
exten => 1234,101,voicemail2(b1234@default)
exten => 1234,102,hangup
Explicações:
exten => 1234,1,dial(sip/1234,20)
Toca uma mensagem de transferência para que o chamador saiba que o sistema está fazendo alguma coisa.
exten => 1234,2,playback(pls-wait-connect-call)
Seta uma nova variável com as informações do caller id atual.
exten => 1234,3,Setvar(NewCaller=${CALLERIDNUM})
Coloca um 0 antes do número do caller id para que a ponta chamada saiba que a chamada está vindo como uma transferência do telefone do escritório, por exemplo.
exten => 1234,4,SetCIDNum(0${CALLERIDNUM})
Disca para o telemóvel 987-123-4321. Dá um toque para o chamador antes que # seja pressionado no telemóvel.
exten => 1234,5,dial(${TRUNK}c/9871234321,20,r)
Se a ponta chamada escolhe não atender a chamada muda a informação do caller id de volta.
exten => 1234,6,SetCIDNum(${NewCaller})
Direciona o chamador para o voicemail.
exten => 1234,7,voicemail2(u1245@default)
Se a ponta chamada estiver no telefone (o telemóvel estiver ocupado) direciona directo para o voicemail.
exten => 1234,101,voicemail2(b1234@default)
exten => 1234,102,hangup
O c depois do comando TRUNK é o que faz a chamada esperar até que seja pressionado # para completar a chamada.
Você pode utilizar alguma outra coisa ao invés de ,r que dá ao chamador o sinal de chamando enquanto a chamada está sendo transferida para o telemóvel. Utilizando,m como opção irá tocar uma música em espera até alguém atender.
Puxando a ligação de um ramal
Para puxar a ligação de um telefone vizinho que não pára de tocar, faça as seguintes configurações:
1 – Configure o grupo ao qual suas extensões pertencem dentro de um ficheiro sip.conf, iax.conf, zapata.conf.
[4x00] callgroup=1 pickupgroup=1,2
2 – Configure o ficheiro features.conf
pickupexten=*8; Puxa a ligação quando digitado *8
Vantagens
· Redução de Custos – A redução de custos possibilitada pelo Asterisk pode ser vista de forma directa na economia com chamadas via IP, não mais passando em alguns casos pela STFC. Deve ser considerada também a economia indirecta quando falamos do agregado de funções, que para serem disponibilizadas em uma central telefónica convencional, eleva imensamente os custos, como a exemplo do recurso de Unidade de Resposta Audível (URA), que um módulo custa em torno de US$ 2.000,00
· Autonomia para controle do sistema de telefonia – Esse é um dos recursos de destaque, pois agora não existe mais a dependência de um técnico de uma central proprietária. Funcionalidades, mudanças e novos desenvolvimentos podem ser implementados facilmente.
· Riqueza de recursos – As funcionalidades/possibilidades são inúmeras. Citando apenas algumas funcionalidades que vão além dos PBX: – Conectar empregados trabalhando em casa ao PBX da empresa sobre conexão de banda larga (HomeOffice) – Conectar escritórios em localidades, até mesmos estados, diferentes, sobre IP, via Internet ou rede privada. – Correio de voz integrado ao e-mail/webmail – Construir aplicações de resposta automática por voz, que podem conectar o utilizador a um sistema de pedidos por exemplo, ou outras aplicações internas – Dar acesso ao PBX da empresa para utilizadores em viagem, conectando por exemplo a partir de um hotel ou aeroporto. Além de recursos só encontrados em sistemas topo de linha, como:
- Integração para sintetizar fala (text-to-speech).
- Registo de chamadas para integração com sistema de tarifação.
- Integração com reconhecimento de voz.
- Música em espera para clientes aguardando na fila (c/ suporte a MP3).
· Plano de discagem flexível e poderoso – Um dos destaques do sistema, é a flexibilidade quantoao plano de discagem, e recursos como controle de rota de menor custo.
Problemas da Tecnologia
Alguns problemas ainda limitam uma maior explosão na expansão da telefonia IP. Alguns deles inerente a tecnologia, como é o caso da confiabilidade ainda não desenvolvida totalmente ( quando haver fibra óptica será ultrapassada esta questão ), os custos dos equipamentos ainda são bem altos, por exemplo, um modelo dos mais simples de VoIP Fone actualmente não fica por menos de € 60,00.
Outro grande ponto, é a questão da base já instalada da estrutura STFC (Serviço Telefónico Público Comutado), que já existe aproximadamente 1 bilhão de linhas instaladas, existindo uma resistência natural dos utilizadores até uma maturação maior da tecnologia, além das operadoras resistirem por conta da possibilidade de abertura do mercado com esse novo paradigma.

Continue navegando