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2
INTEGRAÇÃO, INCLUSÃO SOCIAL NOS ANOS INICIAIS E DESAFIO NO CONTEXTO ESCOLAR.
NÁDIA KAMILA DOS PASSOS LEAL
ISOLDA CECILIA BRAVIN
RESUMO
O objetivo deste trabalho é analisar o processo da Integração, Inclusão social de alunos portadores de necessidades especiais no ambiente escolar, e quais desafios estão sendo enfrentados no contexto atual para a efetivação de uma prática educativa inclusiva. O processo de Integração tem a ideia unilateral, pois a pessoa com deficiência ou as que a apoiam precisam se adaptar ao que já existe na sociedade, a inclusão é muito mais completa e engloba a todos. A uma ampla discussão sobre o nosso papel diante da efetivação de direitos e respeito à diversidade, percebe-se que apesar de certos esforços, a educação inclusiva ainda não é um sonho concretizado em todos os ângulos, pois há muito a se fazer para chegar a uma educação digna, justa, igualitária e livre de qualquer preconceito. A inclusão social e escolar deve ser entendida em sua totalidade de forma ampla onde os envolvidos tenham conhecimento amplo tanto das leis que compõem este ambiente como dos objetivos pretendidos com esse processo.
PALAVRAS-CHAVE: INTEGRAÇÃO. INCLUSÃO. DESAFIOS.
1- INTRODUÇÃO
Este trabalho abordará sobre a integração, a inclusão e os desafios no processo de ensino e aprendizagem na escola regular, a partir de análise do processo de integração e inclusão, escolhi investigar esses temas por interesse em descobrir as possíveis dificuldades em relação à efetivação do processo inclusivo, relacionando a teoria, leis e regulamentações.
Atualmente no Brasil, há um grande índice de pessoas com algum tipo de deficiência, segundo dados, do IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 6,7% da população. Portanto, o processo de inclusão escolar é responsabilidade de todos e leva-nos a uma ampla discussão sobre o nosso papel diante da efetivação de direitos e respeito à diversidade. 
A inclusão é uma realidade e, sendo assim, necessita de um posicionamento de toda a sociedade, precisam-se educar todas as crianças em um mesmo contexto escolar. No entanto, mesmo diante dessa necessidade são muitas as barreiras que impedem que isso aconteça, em específico, nas instituições de ensino regular. É evidente a importância de um acompanhamento interdisciplinar, o apoio pedagógico do Atendimento Educacional Especializado e a colaboração da família para que as pessoas com necessidades educacionais especiais tenham uma educação de qualidade diante das suas limitações. 
A forma de abordagem adotada nesta pesquisa foi à qualitativa, ou seja, não houve preocupação em registrar números, o estudo foi dirigido em busca da compreensão de como os portadores de necessidades especiais estão se desenvolvendo por meio do ensino aprendizagem em classes regulares. Quanto aos objetivos, A pesquisa observa, registra, analisa e correlacionam fatos e fenômenos (variáveis). Realizada através de levantamento bibliográfico, leitura de artigos, sites da internet devidamente referenciados, obras de autores renomados como Carvalho (2006), Para Silva (2010). 
Conforme Oliveira (2014), a principal característica desse procedimento é permitir que o pesquisador entrasse em contato com obras reconhecidas no campo científico, de modo que se aprofundem no tema de estudo, diante disso a pesquisa apresenta de forma breve, sobre integração que se trata de um processo que visa integrar o aluno à escola, gerando meios para que o aluno com necessidades especiais se integre, a história da inclusão social escolar trazendo relatos sobre como as pessoas com deficiência eram tratadas, como surgiram às leis e como essas pessoas “ganharam” espaço na sociedade, com base em algumas pesquisas, é mencionado também sobre, inclusão nos anos iniciais, e para finalizar é abordado sobre o Desafio no contexto escolar.
2- INTEGRAÇÃO
A proposta de integração escolar surgiu na década de 70, na Escandinávia, por um grupo liderado por Wolfensberger que, inicialmente se referiu a esta como um processo de normalização.
 Este processo se baseava na premissa de que as pessoas que apresentavam alguma deficiência tinham o direito de usufruir de um estilo de vida o mais comum e normal possível em sua sociedade. Esta definição não significa tornar o indivíduo normal, mas sim, dar oportunidades para que estas pessoas possam ser atendidas e reconhecidas pela sociedade.
Em decorrência deste conceito, surgiu o termo integração. Após o seu surgimento, esta proposta se espalhou rapidamente pelos Estados Unidos, Canadá e Europa. Contudo, no Brasil, as discussões tomaram vulto apenas no final da década de 80 e início da década de 90.
 Apenas neste século, notamos propostas mais concretas de mudanças nas concepções da educação especial com o fechamento das classes especiais e com a abertura de salas de AEE, nas escolas regulares, para apoiarem a escolarização destas crianças.
 Desta forma, podemos notar claramente que, após esta mudança de paradigma, a integração foi perdendo espaço para a inclusão, pois, a integração privilegia o aluno portador de necessidades educativas especiais, dividindo com ele a responsabilidade da inserção, enquanto a inclusão tenta avançar, exigindo também da sociedade, em geral, condições para essa inserção. Em outros termos, a integração é um tanto mais “individualizada” e a inclusão um tanto mais “coletiva”. E o objetivo principal, da educação atual, é incluir a todos, sem distinção, independentemente de suas habilidades e limitações.
Dens (apud Masini, 2000):
Coordenador do movimento integracionista da Europa, em 1998, assinala as seguintes características que diferenciam os termos integração e inclusão: integração refere-se a intervenções necessárias para que a criança com necessidades especiais possam acompanhar a escola, sendo o trabalho feito individualmente com a criança e não com a escola; inclusão é o oposto, é um movimento voltado para o atendimento das necessidades da criança, buscando um currículo correto para incluí-la.
3- HISTÓRIA DA INCLUSÃO SOCIAL ESCOLAR 
Para que aconteça a Inclusão escolar segundo Carvalho (2006), significa que não é o aluno que se molda ou se adapta à escola, mas a escola consciente de sua função coloca-se a disposição do aluno. Sobre o assunto, destacamos que desde os tempos passados, vemos o quanto às pessoas com deficiência eram rejeitadas, pois eram tratadas de forma negligente e com práticas de abandono, sendo o sujeito culpado pela sua deficiência. Para Silva (2010) muitas práticas de exclusão se justificavam como um castigo divino devido aos pecados cometidos. 
Na Roma Antiga, tanto os nobres como os plebeus tinham permissão para sacrificar os filhos que nasciam com algum tipo de deficiência. Da mesma forma, em Esparta, os bebês e as pessoas que tinham alguma deficiência eram lançados ao mar ou em precipícios. Já em Atenas, havia o hábito de preservar vivos somente os filhos fortes e com boa saúde, mas essa decisão era responsabilidade do pai. Fortalecendo essas ideias Pessotti (1984) afirmam que práticas de abandono e negligências voltas às pessoas com deficiências eram muito comuns na antiguidade e aconteceram em diversas regiões europeias. 
Com a chegada das ideias liberais no Brasil, no final do séc. XVIII e início do séc. XIX sobre influencia do liberalismo inicia-se a educação das pessoas com deficiência, e esta, estava vinculada com a democratização dos direitos para todos os cidadãos. Além disso, na época foram criadas várias casas e institutos que atendiam pessoas com deficiências. A educação dessas foi fruto de muito trabalho de pessoas que se empenharam a desenvolver problemas procurando apoio dos governantes para mudar as condições de ensino. Jannuzzi (2004) identifica nesse início da história da educação especial do Brasil duas vertentes, denominadas por ele como Médico-Pedagógico e a Psicopedagógico, que são explicadas pelo autor da seguinte forma: Vertente médico-pedagógica: Mais subordinada ao médico, não só na determinação do diagnóstico, mas também no âmbito daspráticas escolares. Vertente psicopedagógico: Que não independe do médico, mas enfatiza os princípios psicológicos, embora o papel do médico ainda fosse importante. 
As vertentes Pedagógicas sofreram influências devido às ideias implantadas no sistema escolar, denominado Escola Nova que, segundo Cunha (1988), tinha com objetivos reduzir as desigualdades sociais estimulando a liberdade individual das crianças. No Brasil, o atendimento às pessoas com algum tipo de deficiência, teve início no período colonial com a criação de duas instituições: O Imperial Instituto dos Meninos Cegos, em 1854, que hoje é o Instituto Benjamin Constant (IBC), e o Instituto de Surdos Mudos, em 1857, que hoje é o Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES), os dois no Rio de Janeiro por meio da lei n 839, de 26 de setembro de 1857 aprovadas por D.Pedro. 
Apesar dessa iniciativa vários educadores tinham dificuldades em reconhecer o aluno com deficiência, por considera-los incapazes de realizar suas atividades essenciais. Aconteceu também nesse tempo, o período da institucionalização, conhecido como história da educação especial no Brasil, que foi caracterizado segundo Aranha (2005, p.14) “pela retirada das pessoas com deficiência de suas comunidades de origem e pela manutenção delas em instituições residenciais segregadas ou escolas especiais, frequentemente situadas em localidades distantes de suas famílias”. 
Nesse período foram criadas muitas instituições, e segundo Silva (2010, p.33), “grande parte delas existe até hoje, e exerce um importante papel na prestação de serviço em educação especial”. Uma dessas instituições foi o Instituto de Cegos Padre Chico, fundado em 1928, tendo como objetivo educar crianças com deficiência visual em idade escolar. Diante desse cenário histórico, percebe-se que atualmente nos debates sobre inclusão, o ensino escolar brasileiro enfrenta o desafio de buscar soluções que atendam à questão do acesso e da permanência de todos os alunos em suas instituições educacionais. Algumas escolas públicas e privadas já adotaram ações nesse sentido, ao apresentarem mudanças em sua organização pedagógica, de modo a reconhecer e valorizar as diferenças, em diferenciar e segregar seus alunos. Nota-se, porém que, apesar do longo caminho já percorrido, a escola inclusiva ainda tem muito que avançar. 
4- INCLUSÃO NOS ANOS INICIAIS
A inclusão social é a possibilidade de dar a todas as pessoas, independentemente de sua idade e diferenças, os mesmos direitos e oportunidades, Ao longo da história vêm à luta com o processo da inclusão dos portadores de necessidades especiais na rede regular de ensino. 
A educação especial é uma modalidade que atende pessoas com deficiências nos mais diversos níveis de competências, realiza um atendimento especializado para cada necessidade, com serviços e recursos pedagógicos direcionados e com ambientes físicos adequados, De acordo com Santos (1997), a educação e os cuidados na infância é amplamente reconhecido como fatores fundamentais do desenvolvimento global da criança, o que coloca para os sistemas de ensino o desafio de organizar projetos pedagógicos que promovam a inclusão de todas as crianças. A autora comenta ainda que a inclusão é um trabalho efetivo e em grupo, devendo haver um envolvimento entre educadores, coordenador, pais e crianças. Não há como agir com a criança mesmo pequena, sem considerar suas vontades, suas necessidades, seus medos e seus sentimentos. As mudanças substanciais em geral despertam ansiedade. Daí a importância de um trabalho consciente e responsável pela infância nestas instituições.
Atualmente dificilmente saberemos sua real situação quando se trata de educação e número de alunos matriculados. Vemos muito na TV, jornais, internet e outros meios falar de inclusão, mas dificilmente tratamos de um assunto muito importante que é a posição do Professor frente a isso, seus desafios e barreiras encontradas em sala de aula para que possam oferecer um ensino de qualidade para portadores de necessidades especiais, não somente necessidades físicas e intelectuais. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 10% da população mundial têm necessidades especiais. A Educação Infantil é o princípio da educação na vida de uma criança, é nessa etapa que ocorre o desenvolvimento integral (até 5 anos), como em seu aspecto físico, intelectual, psicológico e social. O atendimento educacional especializado às crianças com deficiência e transtornos, principalmente na rede regular de ensino. 
Góes e Laplan (2004) explicam que existe um gradativo processo de desmotivação dos professores quando se referem aos alunos portadores de necessidades especiais, porque não se sentem preparados ou em condições de dar assistência individualizada, principalmente nas séries iniciais. Devido isso, com o passar do tempo, o professor demonstra baixa expectativa de que os alunos consigam alcançar os objetivos estimados pelo educador. Assinalam ainda que o professor pode acomodar-se com a dificuldade do aluno e assim não procuram alternativas e caminhos de aprendizado, o que é preocupante, pois traz a frustação e até mesmo afastamento do docente sob a penalidade da frustação enquanto profissional da educação.
Já Moll (1996) trás a ideia de que os educadores das Séries Iniciais e Ensino Fundamental, em sua grande maioria, ainda não foram preparados para lidar com discursos multifacetados e heterogêneos em sala de aula, esse fato pode ser indicador da construção das falas silenciadas e da padronização homogênea de comportamento.
 Desta forma, Moll ainda afirma com suas próprias palavras, que: 
“A criança que vive num ambiente estimulador vai construindo prazerosamente seu conhecimento do mundo. Quando a escrita faz parte de seu universo cultural também constrói conhecimento sobre a escrita e a leitura. Ler é conhecer. Quando mais tarde ela aprender a ler a palavra, já enriquecida por tantas leituras anteriores, apropriar-se á de mais um instrumento de conhecimento do mundo”. (MOLL, 1996, p.69).
 Pacheco (2007) nos convida a refletir sobre a interação e comunicação entre professor e aluno, para que o educador compreenda melhor as necessidades de cada um, porém como esse processo se dá com salas de aula cada vez mais lotadas e profissionais sobrecarregados. Sabe-se que a Lei de Diretrizes e Base não delimita um número máximo de alunos a serem mantidos em uma mesma sala de aula. O autor explica que se os professores estiverem disponíveis para dedicarem-se a uma quantidade menor de alunos, podem assim atender e compreender as necessidades de cada um e também oferecer um ensino de melhor qualidade, com um rendimento maior e maior absorção dos conteúdos por parte do discente. Turmas grandes não só dificultam a interação de alunos especiais como também dos demais.
 Na educação infantil é essencial que o aluno tenha uma dedicação maior, pois ele está na fase mais importante do seu desenvolvimento que requer muita paciência e atenção, dificilmente uma turma em maiores números um professor dedicado terá uma boa alfabetização futuramente, isso quer dizer que os profissionais precisam se desdobrar para oferecer um bom ensino para seus alunos e incluindo também a educação inclusiva. Eis a importância da mediação em sala de aula, mas nem sempre na rede regular o aluno deficiente tem apoio de u m mediador, com exceção nas escolas particulares em que o mediador é de responsabilidade da família que arca com os custos. 
Atualmente estudantes de Pedagogia são contratadas na rede regular pública para acompanharem alunos com deficiência, porém algumas estudantes não possuem estrutura curricular ou emocional e não tendo tais estruturas desistem muitas ainda estão no início do curso.
Muitas crianças especiais sofrem por não conviverem com a sociedade, muitas delas apenas saem de casa para ir à escola e se esse espaço não oferecer inclusão e a devida integração à criança pode sofrer e levar situações para o resto da vida. 
O ambiente escolar precisa estar preparado para receber esse alunoe a escola precisa preparar seus alunos e funcionários. São sinais de integração: Autonomia, progressos cognitivos, progressos sociais, autonomia, inclusão da criança na turma, aceitar as diferenças, e adaptar os colegas e a escola. Porém muitas vezes esses processos não são concretizados havendo desrespeito às diferenças e o ensino não é diferenciado o que é um aspecto importante e que dificulta os processos questionados faltando recursos pedagógicos, estrutura escolar precária, a falta de apoio no âmbito educacional e a falta de treinamento e especialização dos profissionais.
 Muitas vezes é necessária a aplicação de metodologias que a escola regular não possui e nunca ofereceu e o que ocorre então é a adaptação do aluno especial ao modelo escolar, o que de forma alguma é viável e nem sempre esse aluno consegue se adaptar, pois na verdade a escola é que precisa se adaptar para a chegada dele. Um aluno especial precisa de autonomia e/ou independência, apoio educacional e material especializado e o apoio emocional também são muito importantes e essenciais.
A discussão sobre a inclusão na Educação Infantil é um desafio, com barreiras que cercam e dificultam o processo de interação professor e aluno. Nesse sentido cabe não somente à escola, mas também à sociedade discutir sobre o tema e apoiar seus educadores para que possam oferecer a nossas crianças um ensino de qualidade e satisfação enquanto profissionais. Segundo Mazzotta (1996) nenhuma criança com necessidades educativas especiais deve ser inserida em classes especiais ou passar de ano sem se submeter à avaliação de um profissional, como psicopedagogo e qualquer currículo devem respeitar o nível intelectual e limitações de cada educando, porém nem sempre isso acontece em determinadas escolas, e esse assunto também e um tanto complexo, pois mesmo que a escola respeite isso, surgirá por parte da família má interpretação, pois muitos entendem como preconceito ou má anseio por parte da escola de acompanhar seus filhos. 
Na perspectiva familiar cabe somente à escola o dever de incluir e aprovar seus filhos na educação regular, sem que eles tenham responsabilidade sobre isso, muitos não comparecem a reuniões escolares e quando são chamados para que sejam esclarecidos assuntos a cerca do desenvolvimento da criança não comparece ou fogem, seja por negligencia ou por medo do que irão ouvir, passando para a escola toda a sobrecarga e responsabilidade à cerca do desenvolvimento de seus filhos e no final a conclusão é que nem sempre a escola pode dar um próximo passo e garantir a educação necessária sem o conhecimento do responsável, pois é indispensável à participação da família para o prosseguimento do trabalho docente e na investigação a carca da necessidade da criança.
5- DESAFIO NO CONTEXTO ESCOLAR
A inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais no sistema regular de ensino, na atualidade, tem sido uma das questões mais discutidas no nosso país. Esse tema que por tanto tempo ficou isolado, hoje se torna uma das questões amparadas e fomentadas pela legislação em vigor.
 Em 1948 foi aprovada a declaração universal dos direitos humanos (ONU, 1948), que garante igualdade de direitos para todos os cidadãos sem qualquer distinção, mas especificamente, a declaração beneficia grupos minoritários, incluindo as pessoas com Necessidades Educacionais Especiais (NEE). Surgem, então, classes especiais em escolas, com objetivos de uma educação a parte, em 1970 acontece um movimento de integração entre os indivíduos, com o objetivo de incluir as crianças em ambientes escolares. 
Esse período é marcado pelo movimento de inclusão, com o intuito de ver a criança com necessidade educacional especial com outros olhos, parar de enxergar de forma excludente e passar a valorizar as diferenças. A questão da educação inclusiva tornou-se um tema defendido a partir da Constituição da República Federativa do Brasil (1988), que estabelece “promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação” (art.3º inciso IV). 
Apesar dessas iniciativas às pessoas com deficiência ainda encontram-se desprotegidas frente as suas limitações e necessidades, com o passar do tempo foi surgindo outras leis que garantia o suporte das pessoas com necessidades educacionais especiais. No Brasil, desde a Constituição de 1988, a legislação desejava que a matrícula de alunos com deficiência fosse realizada na rede regular de ensino sem, no entanto, apontar critérios para tal. O Art. 208 da carta magna diz que: 
O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de:
I- educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 1 7 (dezessete) anos de idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria;
II - progressiva universalização do ensino médio gratuito;
III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência,
Preferencialmente na rede regular de ensino. (CONSTIT UIÇÃO 1988, Art.208, I no). I; II;III.)
A inclusão na educação tem um sentido muito mais amplo, permite atender no espaço escolar a diversidade em seus múltiplos aspectos. Não basta só integrar, é preciso incluir o aluno valorizando suas habilidades e respeitando suas limitações para que a aprendizagem aconteça. Com intuito de fortalecer essa ideia, a questão da educação de pessoas com deficiências se tornou tema na Conferência Mundial sobre Necessidades Educacionais Especiais, elaborando assim a Lei de Salamanca (1994), esta declaração foi elaborada na Espanha, em uma Conferência Mundial sobre inclusão, com objetivo de prover diretrizes básicas para a criação de reformas políticas nos sistemas educacionais. Considerada inovadora por incluir a inclusão dentro dos direitos humanos, concedendo oportunidade a todo cidadão de participar na sociedade. 
É evidente a necessidade de uma educação para todos sem diferenças e com possibilidades de inclusão e não mais integração. Precisa-se de uma escola que consiga lidar com as especificidades existentes, oferecendo o apoio necessário para que a pessoa com necessidade sinta-se bem, tenha um ensino diversificado e uma estrutura adequada, facultando todo apoio a qualquer criança, que esteja com necessidade de chegar até a escola, Após este fato aconteceu outro marco que trouxe contribuição para a educação especial, a Lei de Diretrizes e Bases- 9.394/ 92- LDB. Com a promulgação da Lei abre portas para se garantir o direito a toda população de ter acesso à educação gratuita e de qualidade, para valorizar os profissionais da educação, sendo considerado o marco inicial das ações oficiais na área da educação especial, no final do sé c. XIX a meados do séc. XX , a lei estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, Essa lei expõe em seu conteúdo alguns avanços significativos. 
Podemos citar a amplitude da oferta da educação especial na faixa etária de 0 a 6 anos; a ideia da melhoria da qualidade dos serviços educacionais para os alunos, e a necessidade do professor estar preparado e com recursos adequados para atender a diversidade dos alunos. 
A educação especial deve ser oferecida, preferencialmente na rede regular de ensino e quando necessário deve haver serviço de apoio especializado. Para fortalecer essas prerrogativas a Lei Diretriz Nacional para a Educação Especial na Educação Básica (Resolução CNE/CEB nº 2/2001), determinam que os sistemas de ensino devam matricular todos os alunos com deficiência, transtorno global do desenvolvimento e altas habilidades, cabendo às escolas organizarem- se para o atendimento aos educandos com necessidades educacionais especiais o que contempla, portanto, o atendimento educacional especializado suplementar a escolarização. Porém, ao admitir a possibilidade de substituir o ensino regular, acaba por não potencializar a educação inclusiva. 
O Ministério da Educação, comprometido com a garantia do acesso e permanência de todas as crianças na escola, tem como meta a efetivação de uma política nacionalde educação inclusiva fundamentada na ideia de uma sociedade que reconhece e valoriza a diversidade, criando assim, em 2004 a Cartilha – O Acesso de Alunos com Deficiência às Escolas e Classes Comuns da Rede Regular. 
A partir do Plano Nacional de Educação (PNE, 2001- 2011), que em sua Meta pretende “Universalizar, para a população de 4 a 17 anos, o atendimento escolar aos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotados na rede regular de ensino” dentre as estratégias, está garantir repasses duplos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB) a estudantes incluídos; implantar mais salas de recursos multifuncionais; fomentar a formação de professores de AEE; ampliar a oferta do AE E; manter e aprofundar o programa nacional de acessibilidade nas escolas públicas; promover a articulação entre o ensino regular e o AEE; acompanhar e monitorar o acesso à escola de quem recebe o benefício de prestação continuada. 
As diretrizes do Atendimento Educacional Especializado – AEE na educação básica, regulamentado pelo Decreto nº 6.571, de 18 de setembro de 2008, tem como finalidade o atendimento a pessoas com necessidade educacional especial em todos os níveis, disponibilizando os recursos e serviços para incluir o aluno. Tem como função elaborar e organizar recursos pedagógicos para assegurar a acessibilidade eliminando as barreiras para um bom desenvolvimento e participação dos alunos, considerando suas dificuldades. 
O AEE pode ser realizado nas Salas de Recursos da escola ou em outra escola de ensino regular, não sendo realizado no mesmo turno da escolarização, podendo ser realizado, no centro de atendimento educacional especializado. Esse atendimento educacional especializado AEE deve constar no Projeto político Pedagógico (PPP) da escola de ensino regular, para que possa contribuir em um bom atendimento aos alunos com necessidades.
 Em 6 de julho de 2015 aconteceu um importante marco para a educação especial e inclusiva, foi promulgada a Lei Brasileira de Inclusão (LBI), conhecida também como Estatuto da Pessoa com Deficiência. Que tem como objetivo reivindicação de benefícios e direitos sociais, assegurando e promovendo, condições de igualdade, possibilitando liberdade, visando à sua inclusão social e cidadania.
 Segundo (Carvalho 2006), as escolas inclusivas são escolas para todos, o que implica um sistema educacional que reconheça e atenda às diferenças individuais, respeitando as necessidades de qualquer dos alunos. Diante de tudo isso, podemos ver que há muitos avanços a respeito da inclusão durante todo esse tempo, porem ainda existem dificuldades que ainda precisam ser superadas para a “verdadeira” inclusão e é muito importância à sensibilidade ao analisar as dificuldades e encontrar soluções que possam a cada dia, minimizar com as diferenças existentes na sociedade, em específico, na escola para que aconteça a aprendizagem igualitária sem dicotomias.
 Mantoan (2000, p, 7-8), “observa que as escolas abertas à diversidade são escolas em que todos os alunos sentem-se respeitados e reconhecidos nas suas diferenças, ou melhor, são escolas que são indiferentes às diferenças”. Ao nos referimos a essas escolas, estamos tratando de ambientes educacionais que se caracterizam por um ensino de qualidade, que não exclui, não categoriza os alunos em grupos arbitrariamente definidos por perfis de aproveitamento escolar e por avaliações padronizadas e que não admitem a dicotomia entre educação regular e especial. 
6- CONSIDERAÇÕES FINAIS 
A partir da questão que foi exposta ao longo deste trabalho, conclui-se que a inclusão ainda é um tema pouco debatido quando se trata de inclusão na rede de ensino regular, embora seja um assunto que vem tomando amplas proporções na contemporaneidade, encontra-se, de modo, distante do ideal a ser cumprido – tendo como base as leis regulamentadoras – necessitando obter o reconhecimento de que ela tem suma importância para a sociedade ainda há muita resistência por parte da escola em receber alunos portadores de necessidades especiais, tratando-os de forma preconceituosa. 
A escola precisa ter um olhar de diversidade, que leve o aluno a desenvolver suas diferenças, aceitando cada indivíduo da forma que o é. Podemos também ressaltar sobre a formação do professor, que muitas vezes está despreparado para aquela experiência, e nega-se a obter novos conhecimentos e métodos para que possa melhorar e evoluir a qualidade de sua aula. Outra dificuldade encontrada foi à infraestrutura das escolas, que em sua maioria não possui a acessibilidade necessária para o aluno, nem os materiais pedagógicos básicos para que as atividades aconteçam, constata-se ainda a importância da interação entre família e a escola, que quando não estão interligadas, ocasionam certa “exclusão” do aluno com os demais membros que compõe a escola. Pois muitas vezes o aluno está inserido na sala, mas não está incluído.
Conclui-se que as escolas para todos, são escolas inclusivas, que os alunos com ou sem especificidades estudam e realizam atividades juntos. Esses ambientes educativos desafiam as possibilidades de aprendizagem de todos os alunos e as estratégias de trabalho pedagógico adequadas às habilidades e necessidades de todos. O trabalho fortaleceu o meu olhar sobre o tema, trazendo novas discussões e esclarecendo as dúvidas que antes foram geradas, no entanto não esgotou as reflexões sobre o assunto, as mudanças são fundamentais para inclusão, e exige esforço de todos possibilitando que a escola possa ser vista como um ambiente de construção de conhecimento, deixando de existir a discriminação de idade e capacidade. O campo é vasto e ainda precisa ser bastante investigado.
7- REFERÊNCIAS
CARVALHO, Rosita Edler. Educação inclusiva: com os pingos nos "is". 4. ed. Porto Alegre: Ed. Meditação, 2006.
JANNUZZI, G. d e M. A educação do deficiente no Brasil: dos primórdios ao início do século XXI. 2 ed. Campinas: Autores Associados, 2004
SILVA, Aline Maira Da. Educação Especial e Inclusão Escolar: história e Fundamentos. Curitiba: Ibpex, 2010. (Série Inclusão Escolar).
OLIVEIRA, M.M. Como fazer pesquisa qualitativa. 6.ed, Petropólis, RJ: Vozes, 2014
MANTOAN, Maria Teresa Eglér. INCLUSÃO ESCOLAR: O que é? Por quê? Como fazer? São Paulo: Moderna, 2003. — (Coleção cotidiana escolar)
©MARIA TERESA EGLÉR MOANTOAN 2003. Editora Moderna. COORDENAÇÃO EDITORIAL José Carlos de Castro
SITEANTIGO. portaleducacao.com. br › inclusão-e-integração Resultados da pesquisa Resultados da Web
WWW.conedu.com.br INCLUSÃO ESCOLAR: O DESAFIO
LEI DE DIRETRIZES E BASES- 9.394/ 92- LDB.

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