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Prova P Penal N1

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Nome:
EDEMIR EDINOR DA SILVA
RA.19.130.699-2
	
PROCESSO PENAL_II 
NAS QUESTÕES 1 A 5, ASSINALE VERDADEIRO OU FALSO, FUNDAMENTANDO SUA REPSOTA): (6,0)
1)O princípio da identidade física do juiz não se aplica ao processo penal  (F)
Inicialmente, cumpre-nos destacar que o Princípio da Identidade Física do Juiz foi introduzido no Código de Processo Penal pela Lei nº 11.719/08, ao passo que já vigia no Processo Civil desde o Código de 1973 (art. 132). A Lei nº 13.105/2015 (Novo Código de Processo Civil) não possui artigo correspondente, embora se perceba resquícios deste princípio no art. 366 NCPC. Ainda, o Código de Processo Penal esclarece que a lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, bem como o suplemento dos princípios gerais de direito (Art. 3º).
Por este princípio, o juiz que presidiu a instrução deverá proferir a sentença (art. 399, §2º, CPP). Este comando tem por função proporcionar o contato direto entre o julgador e oacusado, de modo a auxiliá-lo na formação de seu convencimento. Antes de sua introdução não havia óbice para que a oitiva de testemunhas e do acusado fosse feita por um magistrado e a sentença fosse prolatada por outro, prejudicando o réu na maioria das vezes.
2)A absolvição sumária é instituto exclusivo do rito do júri popular(F )
A absolvição sumária é uma decisão de mérito que coloca fim ao processo, julgando improcedente a pretensão punitiva do Estado” (NUCCI 2008, p. 803). Trata-se de um julgamento antecipado da lide favorável ao réu.
O art. 415 do Código de Processo Penal prevê as hipóteses em que o legislador poderá absolver sumariamente o acusado, in verbis:
Art. 415. O juiz, fundamentadamente, absolverá desde logo o acusado, quando:
I – provada a inexistência do fato;
II – provado não ser ele autor ou partícipe do fato;
III – o fato não constituir infração penal;
IV – demonstrada causa de isenção de pena ou de exclusão do crime.
Parágrafo único. Não se aplica o disposto no inciso IV do caput deste artigo ao caso de inimputabilidade prevista no caput do art. 26 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, salvo quando esta for a única tese defensiva.
As situações indicadas pelo legislador processual penal são taxativas, são constitutivas de numerusclausus, não podendo dessa forma, ser estendidas para outras hipóteses.
3)No procedimento ordinário, o juiz poderá substituir as alegações orais das partes por memoriais, se houver complexidade do caso penal e número elevado de acusados.( V )
As alegações finais em memoriais foram incluídas no CPP pela Lei 11.719/08. Antes da reforma, as alegações eram oferecidas por escrito, no prazo de três dias (art. 500 do CPP, revogado). Com a alteração, as alegações finais serão, em regra, oferecidas oralmente, ao final da audiência, para uma maior celeridade do processo, mas, excepcionalmente o juiz poderá abrir prazo para que as partes ofereçam suas alegações finais por escrito, em memoriais.
Pensando em casos como processos com muito réus, quando as alegações finais orais poderiam gerar tumulto e desatenção e em processos que discutam causas mais complexas, o legislador incluiu o §3º do art. 403 do CPP que diz:
“O juiz poderá, considerada a complexidade do caso ou o número de acusados, conceder às partes o prazo de 5 (cinco) dias sucessivamente para a apresentação de memoriais. Nesse caso, terá o prazo de 10 (dez) dias para proferir a sentença.”
Nessas hipóteses, a fundamentação legal dos memoriais será o art. 403, §3º do CPP.
4)O prazo peremptório para a conclusão do procedimento instrutório nos crimes dolosos contra a vida é de sessenta dias.( F )
A perempção ocorre quando o querelante deixar de promover o andamento do processo durante 30 dias, segundo o art. 60 do CPP e se falecer o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, o responsável não promover o andamento durante 60 dias.
5)As provas devem ser produzidas em uma só audiência, podendo o juiz indeferir as consideradas irrelevantes, impertinentes ou protelatórias.( V)
"Art. 400. Na audiência de instrução e julgamento, a ser realizada no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, proceder-se-á à tomada de declarações do ofendido, à inquirição das testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, nesta ordem, ressalvado o disposto no art. 222 deste Código, bem como aos esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida, o acusado. § 1o As provas serão produzidas numa só audiência, podendo o juiz indeferir as consideradas irrelevantes, impertinentes ou protelatórias. § 2o Os esclarecimentos dos peritos dependerão de prévio requerimento das partes. "
6) A proposta da transação penal, nas infrações de menor potencial ofensivo, é privativa do Ministério Público (F) 
A proposta cabe ao Ministério Público (em caso de ação penal pública, condicionada ou incondicionada) ou o querelante (em ação penal privada, privada personalíssima ou subsidiária da pública) oferece ao investigado uma pena restritiva de liberdade ou multa.
7) Explique os sistemas de oitiva denominados: (1,0) 
a)“crossexamination”
 Com a nova redação dada pela Lei n.º 11.690/08, referido dispositivo conta com a seguinte redação:
Art. 212/CPP - As perguntas serão formuladas pelas partes diretamente à testemunha, não admitindo o juiz aquelas que puderem induzir a resposta, não tiverem relação com a causa ou importarem na repetição de outra já respondida. 
Assim, no procedimento comum, vige o sistema do crossexamination, ou seja, as perguntas são formuladas pelas partes diretamente às testemunhas. A participação do juiz será após as perguntas das partes.
 
b)“sistema presidencialista” 
Já no tocante ao interrogatório do acusado, por ser um ato privativo do juiz, eventuais reperguntas são feitas pelo magistrado, vigendo o sistema presidencialista.
Art. 188/CPP - Após proceder ao interrogatório, o juiz indagará das partes se restou algum fato para ser esclarecido, formulando as perguntas correspondentes se o entender pertinente e relevante.
8)Discorra sobre as modalidades de citação no processo penal. (1,0)
São quatro as modalidade de citação previstas no Código de Processo Penal, a saber: 1) citação pessoal (art. 351 e ss.): na qual o acusado é citado pessoalmente, in facien, constituindo-se a forma ideal de chamamento, por importar em uma presunção absoluta (juris et de jure) de que ele tem pleno conhecimento do processo; 2) citação por requisição (art. 358): feita ao militar por meio de seu superior hierárquico, 3) citação por edital (art. 361): quando não encontrado o acusado, faz-se expedir edital pelo qual se presume a tomada de conhecimento do processo. Trata-se de uma ficção, pois se ignora que o réu, assim chamado a juízo, tomou efetivamente conhecimento do processo. Aliás, jamais se soube que alguém tenha comparecido a juízo a partir de consulta ao diário oficial ou órgão de imprensa, razão pela qual essa modalidade é conhecida também como citação ficta; 4) citação por hora certa (art. 362): cabível quando houver suspeita de que o réu se oculta para evitar a citação.
9) Conceitue “ infração de menor potencial ofensivo” e indique a legislação penal aplicável. (1,0)  
Infração de menor potencial ofensivo é um conceito jurídico concebido para designar os crimes de menor relevância, com ações julgadas e processadas pelos Juizados Especiais Criminais. Conforme a Lei n.º 9.099/95, em sua redação original, seriam consideradas infrações de menor potencial ofensivo os crimes e contravenções com pena cominada em até um ano. Mas, para estender o carácter de agilidade, desafogando os sobrecarregados Juizados Criminais Comuns, a Lei n.º 10.259/01, combinada com a Lei n.º 11.313/06, ampliou o leque da competência dos Juizados Especiais, para a apreciação de processos penais de crimes com penas cominadas em até dois anos.
Lei n.º 9.099/95
Art. 61.  Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo, para os efeitos desta Lei, as contravenções penais e os crimes a que a lei comine penamáxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa. (Redação dada pela Lei nº 11.313, de 2006)
Lei n.º11.313/06
Art. 1o Os arts. 60 e 61 da Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995, passam a vigorar com as seguintes alterações:
”Art. 61. Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo, para os efeitos desta Lei, as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 (dois) anos', cumulada ou não com multa.”

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