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TCC-INVESTIGAÇÃO SOCIAL NOS CONCURSOS PÚBLICOS (2)


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SOCIEDADE EDUCACIONAL DE ITAPIRANGA – SEI
FACULDADE DE ITAPIRANGA – FAI
CURSO DE DIREITO
	
ANGELA KARINE BONI
INVESTIGAÇÃO SOCIAL NOS CONCURSOS PÚBLICOS: ASPECTOS E LIMITES QUANTO AOS ANTECEDENTES POLICIAIS E CRIMINAIS DO CANDIDATO
ITAPIRANGA, SC
	
2016
ANGELA KARINE BONI
INVESTIGAÇÃO SOCIAL NOS CONCURSOS PÚBLICOS: ASPECTOS E LIMITES QUANTO AOS ANTECEDENTES POLICIAIS E CRIMINAIS DO CANDIDATO
Projeto de monografia jurídica apresentado como requisito parcial para a aprovação na disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso I, do Curso de Direito da FAI – Faculdades de Itapiranga
Professor Orientador: Esp. Rogério Cézar Soehn
Itapiranga, SC
2016
SUMÁRIO
1 TEMA	3
2 DELIMITAÇÃO DO TEMA	3
3 PROBLEMA	3
4 HIPÓTESES	3
5 OBJETIVOS	4
5.1 OBJETIVO GERAL	4
5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS	4
6 JUSTIFICATIVAS	4
7 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA	5
8 METODOLOGIA	15
9 SUMÁRIO PROVISÓRIO	15
10 CRONOGRAMA	17
REFERÊNCIAS	19
BIBLIOGRAFIA	21
ANEXOS	22
1 TEMA
Os limites da investigação social nos Concursos Públicos em relação aos antecedentes policiais e criminais.
2 DELIMITAÇÃO DO TEMA
Os limites da investigação social nos Concursos Públicos, no que se refere a antecedentes policiais e criminais, frente aos princípios da Constituição Federal, da Administração Pública e da ressocialização do apenado, tomando como referência o posicionamento atual dos tribunais.
	
3 PROBLEMA
Até que ponto a investigação social, no que se refere aos antecedentes policiais e criminais, pode eliminar um candidato no concurso público, tendo em vista a necessidade da ressocialização do apenado e os princípios da Constituição Federal e da Administração Pública?
 
4 HIPÓTESE
Consagra o princípio da igualdade, previsto no artigo 5º da Constituição Federal, serem todos iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza. Além disso, a administração pública trata do instituto da ressocialização do apenado, fazendo com que a sociedade o receba e o trate de forma igual. Desta forma, quando exclui a possibilidade do candidato que possui antecedentes policiais e criminais ou daquele que figure como réu em ação penal não transitada em julgado, de ter sua aprovação em concurso público, a própria administração se contradiz.
O candidato a concurso público que possui antecedentes policiais e criminais e o que figure como réu em ação penal não transitada em julgado, mas que foi aprovado em todas as outras fases previstas nos editais do Concurso, possui o mesmo direito dos demais de obter sua aprovação. 
Importante se faz destacar que dependendo o cargo, o entendimento é de que o princípio da idoneidade moral do candidato deve prevalecer aos demais princípios, porém, essa é exceção, somente devendo prevalecer quando se tratar de cargos que demandem confiança.
5 OBJETIVOS
5.1 OBJETIVO GERAL
Verificar a possibilidade do candidato aprovado no concurso público ser eliminado em razão da fase de investigação social quanto aos antecedentes policiais e criminais, analisando a finalidade da ressocialização do apenado e os princípios da Constituição Federal e da Administração Pública.
5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
a) Conceituar e expor a evolução histórica e constitucional dos Concursos Públicos e sua importância no ordenamento jurídico;
b) Analisar os princípios constitucionais e da Administração Pública e estudar a validade da exclusão de candidato de concurso público frente a tais princípios;
c) Conceituar Antecedentes Criminais e analisar o conflito existente entre antecedentes e o Art. 5º, XVLII, b, da Constituição Federal, bem como o instituto da ressocialização do apenado;
d) Estudar os aspectos e limites da fase de investigação social nos Concursos Públicos;
e) Analisar jurisprudências relativas aos casos de eliminação de candidato aprovado em concurso público em razão de possuir antecedentes policiais e criminais.
6 JUSTIFICATIVAS
O presente projeto de pesquisa surge devido ao fato que em nosso país, o ingresso em cargo público é desejo de diversas pessoas, que buscam garantir certa estabilidade profissional. 
O Concurso Público exige do candidato, além de determinado conhecimento científico, uma série de requisitos legais. Ocorre que o edital de alguns concursos públicos prevê que os candidatos sejam submetidos à fase da investigação social que avalia sua idoneidade moral. Essa verificação se faz através da exigência da certidão de antecedentes criminais do concursando.
A polêmica que muito se discute é até que ponto a sindicância da vida pregressa pode eliminar um candidato do concurso público levando em consideração seus antecedentes criminais.
Desta forma, o presente trabalho tem como objetivo analisar a validade de exclusão de candidato a concurso público na fase da investigação social, verificando se a ressocialização do apenado e os princípios da Constituição Federal e da Administração Pública estão sendo respeitados.
7 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A seleção de pessoas a fim de realizar serviços para o Estado foi uma preocupação que as autoridades governamentais tiveram desde os tempos mais remotos. Durante a História, diversos foram os meios utilizados para a seleção. Os métodos mais utilizados variavam desde sorteio, que aplicava-se ao mandado de natureza política, a herança, instituída na Idade Média, sendo extremamente criticada pelo fato do herdeiro nem sempre possuir as mesmas capacidades dos antepassados, eleições e concurso.[footnoteRef:1] [1: MAIA, Márcio Barbosa; QUEIROZ, Ronaldo Pinheiro de. O Regime Jurídico do Concurso Público e o Seu Controle Jurisdicional. São Paulo: Saraiva, 2007. p. 05.] 
O atual processo de seleção de servidores públicos é o Concurso Público, que está previsto no art. 37, incisos II, III e IV da Carta Magna. O concurso público é um procedimento administrativo que tem por finalidade apurar os candidatos mais aptos a servirem a administração pública.
José dos Santos Carvalho Filho dispõe que o concurso público constitui:
[...] um certame de que todos podem participar nas mesmas condições, permitindo que sejam escolhidos realmente os melhores candidatos. Baseia-se o concurso público em três postulados fundamentais. O primeiro é o princípio da igualdade, pelo qual se permite que todos os interessados em ingressar no serviço público disputem a vaga em condições idênticas para todos. Depois, o princípio da moralidade administrativa, indicativo de que o concurso veda favorecimentos e perseguições pessoais, bem como situações de nepotismo, em ordem a demonstrar que o real escopo da Administração é o de selecionar os melhores candidatos. Por fim, o princípio da competição, que significa que os candidatos participem de um certame, procurando alçar-se à classificação que os coloque em condições de ingressar no serviço público.[footnoteRef:2] [2: CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de direito administrativo, 27. ed. São Paulo: Atlas, 2014. p. 473.] 
E ainda, sobre o concurso público, Fernanda Marinela de Souza destaca que:
O concurso público é um procedimento administrativo colocado a disposição da administração pública para a escolha de seus futuros servidores. Representa efetivação de princípios como a impessoalidade, a isonomia e a moralidade administrativa, permitindo que qualquer um que preencha os requisitos, aprovado em razão de seu mérito, possa ser servidor publico, ficando afastado os favoritismos e perseguições pessoais, bem como o nepotismo.[footnoteRef:3] [3: SANTOS, Fernanda Marinela de Souza. Direito Administrativo. 6 ed. Niterói: Impetus, 2012. p. 633.] 
A Constituição Federal exige concurso público tanto para cargos quanto para empregos. O inciso II do art.37 da Constituição Federal dispõe que para investidura em cargo ou emprego público, deve ser observado certos requisitos:
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: [...] II - a investiduraem cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração [...].[footnoteRef:4] [4: BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em:< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm>. Acesso em: 04 set 2016.] 
Desta forma, os Concursos Públicos são regidos por editais que contêm alguns requisitos para que os cidadãos possam se investir na carreira pública.[footnoteRef:5] Ocorre que alguns editais possuem como requisito para a admissão no cargo ou emprego a idoneidade moral, que se comprova através da fase de investigação social da vida do candidato. Nesse sentido: [5: MATTOS, Isabelle Patrocinio. Restrição imposta à participação em concurso público de candidato que responda a processo criminal. Monografia de conclusão de curso de bacharelado em Direito. Centro Universitário de Brasília, 2014. p. 26.] 
A investigação social é concretizada normalmente na etapa de sindicância de vida pregressa. Trata-se de instrumento utilizado pela Administração Pública para garantir a higidez de seu corpo de agentes, de modo a construir uma barreira ao ingresso no serviço público àqueles que se encontram de alguma forma maculados em sua estampa social.[footnoteRef:6] [6: DIAS, André Bernardes. A eliminação de candidatos na fase de investigação social em Concursos Públicos. Jus Navigandi, Teresina. Fev. 2015. Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/36621/a-eliminacao-de-candidatos-na-fase-de-investigacao-social-em-concursos-publicos>. Acesso em: 07 set. 2016.] 
Destarte, a finalidade da investigação social é investigar a vida do candidato em todos os campos possíveis, moral, profissional, social e familiar e dessa forma verificar se ele está apto a ser admitido no cargo público. O Superior Tribunal de Justiça se mantém firme ao afirmar que esta fase da investigação é eliminatória, sendo que o Edital de concurso público pode exigir a avaliação de conduta social, como requisito essencial para a aprovação do candidato.
 Ocorre que nesses editais, além da investigação, existem exigências de apresentação de certidão de antecedentes policiais e criminais, que é expedida pelo juízo criminal onde o candidato residiu nos últimos anos, como também da certidão fornecida pelas Secretarias de Segurança Pública dos Estados. 
Segundo Capez, os antecedentes são “todos os fatos da vida pregressa do agente, bons ou maus, ou seja, tudo que ele fez antes da prática de um crime”[footnoteRef:7]. Capez ainda distingue que os antecedentes criminais significariam “o anterior envolvimento em inquéritos policiais e processos criminais [...], os delitos que o condenado praticou antes do que gerou sua condenação”[footnoteRef:8]. [7: CAPEZ, Fernando. Curso de direito penal – parte geral. vol. 1. 13.ed. São Paulo: Saraiva, 2009, p. 486.] [8: CAPEZ, Fernando. Curso de direito penal – parte geral. vol. 1. 13.ed. São Paulo: Saraiva, 2009, p. 487.] 
O cuidado que a administração tem em desclassificar candidatos que respondem ação condenatória é notória, principalmente em cargos que envolvem a segurança pública, pois são cargos que exigem do indivíduo idoneidade moral, um comportamento compatível entre sua vida privada com sua vida pública.
Cabe ressaltar que a Administração Pública deseja que a sociedade aceite pessoas que contenham antecedentes em seus meios, principalmente através da ressocialização. Inclusive o Estado proíbe que sejam fornecidos antecedentes criminais para o fim trabalhista. A Lei de Execução Penal, em seu art. 10º, cita “a assistência ao preso e ao internado é dever do Estado, objetivando prevenir o crime e orientar o retorno à convivência em sociedade”[footnoteRef:9]. [9: BRASIL. Lei nº 7.210, de 11 de Julho de 1984, Lei de execução Penal. Disponível em:< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7210compilado.htm>. Acesso em: 07 set 2016.] 
Porém, se nem mesmo a Administração Pública está cuidando de aceitar pessoas com antecedentes criminais em seu meio, como pode querer cobrar dos cidadãos algo que nem mesmo o Estado cumpre? Segundo o juiz Adhemar Maciel, da 5ª Vara da Fazenda Pública, que concedeu a liminar a um candidato eliminado do concurso público por conter antecedentes criminais, “a presunção de irrecuperabilidade de quem já cometeu delito penal jogaria por terra toda a política criminal da reabilitação e reintegração do delinquente a seu meio social”[footnoteRef:10]. [10: BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Mandado de Segurança nº 48270. Apelante: Ovídio da anunciação Barreto Júnior. Distrito Federal. Relator: Ministro Pedro Acioli. Brasília, DF, 27 de agosto de 1996. Diario Oficial da União. Brasília, 27 ago. 1996. Disponível em: <http://stj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/19951231/recurso-especial-resp-48278-df-1994-0014315-0>. Acesso em: 09 set. 2016.] 
Outro conflito polêmico é a respeito da proibição da pena perpétua no Brasil. O Inciso I do art. 64 do Código Penal trata dos efeitos da reincidência, mencionando que “passado um lapso superior a cinco anos entre a data do cumprimento ou extinção da pena e a infração posterior, não se considera a condenação anterior”[footnoteRef:11]. [11: BRASIL. Decreto- lei nº 3.689, de 03 de outubro de 1941. Código de Processo Penal. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689.htm>. Acesso em: 09 set. 2016.] 
Apesar de tal efeito da reincidência, a jurisprudência dominante vem adotando o entendimento de que a condenação anterior deverá, no entanto, ser considerada pelo juiz quando da valoração dos antecedentes.[footnoteRef:12] Dessa forma, os efeitos dos maus antecedentes detêm um caráter de perpetuidade, marcando permanentemente a vida pregressa do agente, o que não é possível na Legislação Brasileira. [12: BOSCHI, José Antônio Paganella. Das penas e seus critérios de aplicação. Porto Alegre: Livraria do Advogado Editora, 2014. p. 190.] 
Ocorre que esse efeito entra em conflito com o disposto no art.5º, inciso XLVII, alínea b, da Constituição Federal: 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
XLVII - não haverá penas: 
[...] 
b) de caráter perpétuo 
[...].[footnoteRef:13] [13: BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em:< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm>. Acesso em: 09 set 2016.] 
Dessa forma, não é possível admitir tal efeito em relação aos antecedentes criminais, pois se a pena não pode ter caráter perpétuo e deve ter um limite temporal máximo de cumprimento, o mesmo deve ocorrer com os efeitos dos antecedentes, pois caso contrário, além de violar a própria Carta Magna e os princípios constitucionais, estaremos reconhecendo o “etiquetamento” do condenado, dificultando a ressocialização deste e produzindo efeitos perversos por toda sua vida.
Em sua atuação, a Administração Pública deve observar uma série de princípios. No presente trabalho deve-se atentar aos princípios que conduzem a Constituição Federal, os Concursos Públicos e a fase de investigação social dentro do certame. Segundo Maia:
 [...] em se tratando de tema relacionado ao concurso público, sobreleva a importância dos princípios no contexto da aplicação do Direito Administrativo brasileiro, dentro de sua função interpretativa, integrativa e limitativa da conduta dos agentes públicos.[footnoteRef:14] [14: MAIA, Márcio Barbosa; QUEIROZ, Ronaldo Pinheiro de. O Regime Jurídico do Concurso Público e o Seu Controle Jurisdicional. 1. ed. São Paulo: Saraiva, 2007. p. 20.] 
Desta forma, se faz necessário que a Administração Pública, no âmbito dos Concursos Públicos, obedeça a certos princípios,para que assim haja a efetividade das garantias estendidas a todos os candidatos interessados no Concurso.
O caput do art. 5º da Constituição Federal da República, trás em seu texto o princípio da igualdade, tratado como um dos princípios mais importantes da legislação brasileira, estipulando que “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”[footnoteRef:15]. Esse princípio serve como base, pois é imprescindível que o concurso público esteja voltado à promoção de igualdade, dando-se oportunidade a todos que queiram se candidatar. [15: BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em:< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm>. Acesso em: 09 set 2016.] 
Cabe mencionar que os editais preveem a exigência de alguns requisitos, porém não podem ser considerados discriminantes. Nesse sentido leciona Maia: 
O legislador deve estabelecer critérios aceitáveis para discriminar pessoas e situações com vistas ao provimento de cargo público, no afã de salvaguardar o núcleo essencial do postulado da isonomia e harmoniza-lo com outros valores fundamentais que a ordem jurídica busca preservar.[footnoteRef:16] [16: MAIA, Márcio Barbosa; QUEIROZ, Ronaldo Pinheiro de. O Regime Jurídico do Concurso Público e o Seu Controle Jurisdicional. 1. ed. São Paulo: Saraiva, 2007. p. 27.] 
 Assim, o edital de concurso público deve dar ampla acessibilidade a todos que preencham os requisitos estabelecidos em lei, observando sempre o princípio da igualdade, sem utilizar critérios discriminantes em seus requisitos.
Quando da existência de concurso público, a Administração Pública também deve observar o princípio da publicidade. Assim, dá-se ao maior número possível de pessoas o conhecimento de sua existência. Segundo menciona Silva, “o Poder Público, por ser público, deve agir com a maior transparência possível, a fim de que os administrados tenham, a toda hora, conhecimento do que os administradores estão fazendo” [footnoteRef:17]. [17: SILVA, José Afonso da. Curso de direito constitucional positivo. 34 ed. rev. e atual. São Paulo: Malheiros, 2011. p. 336.] 
O princípio da publicidade também encontra amparo legal na Constituição Federal, que dispõe em seu art.37, artigo já mencionado, que a administração pública obedecerá ao princípio da publicidade. No caso dos concursos públicos, dá-se publicidade para a fase inicial do processo, ou seja, o edital. Após a prova, também se dá publicidade, divulgando o resultado, sendo finalizado com a investidura dos habilitados no cargo.
Outro princípio que merece destaque neste tema é o princípio da impessoalidade. Também positivado no art. 37 da Constituição Federal e segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro, “significa que a Administração não pode atuar com vistas a prejudicar ou beneficiar pessoas determinadas, uma vez que é sempre o interesse público que tem que nortear o seu comportamento” [footnoteRef:18]. [18: DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 28. ed. São Paulo: Editora Atlas, 2015. p. 101.] 
Assim sendo, o concurso público como meio de escolha do mais apto para desenvolver as atividades da Administração Pública, deve observar o princípio da impessoalidade, para que dessa forma, se dê oportunidade a todos para a participação na atividade pública.
O princípio da moralidade administrativa norteia a fase de investigação social dos concursos públicos. Tal princípio está positivado no artigo 2º da Lei 9.784/99 como um dos princípios a que se obriga a Administração Pública. No parágrafo único, inciso IV, exige, ainda, “atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé”[footnoteRef:19]. Também está previsto no art. 37 da Constituição Federal da República e é considerado requisito de validade do ato administrativo. [19: BRASIL. Lei nº 9.784. de 29 de Janeiro de 1999. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9784.htm>. Acesso em: 09 set 2016.] 
Sobre o princípio da moralidade administrativa, Alexandre Mazza ensina que:
O princípio jurídico da moralidade administrativa não impõe o dever de atendimento à moral comum vigente da sociedade, mas exige respeito a padrões éticos, de boa-fé, decoro, lealdade, honestidade e probidade incorporados pela prática diária ao conceito de boa administração. Certas formas de ação e modos de tratar com a coisa pública, ainda que não impostos diretamente pela lei, passam a fazer parte dos comportamentos socialmente esperados de um bom administrador público, incorporando-se gradativamente ao conjunto de condutas que o Direito torna exigíveis.[footnoteRef:20] [20: MAZZA, Alexandre. Manual de Direito Administrativo. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2015, p. 112.] 
Segundo o princípio da moralidade administrativa, o agente público deve atuar através de condutas éticas, manter-se honesto e correto; caso contrário, comete falta grave. O Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal dispõe que:
 III - A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da ideia de que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do servidor público, é que poderá consolidar a moralidade do ato administrativo.[footnoteRef:21] [21: BRASIL. Decreto nº 1.171 de 22 de Junho de 1994: Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d1171.htm>. Acesso em: 09 set 2016.] 
Celso Antônio Bandeira de Mello leciona que a Administração e seus agentes têm de atuar na conformidade de princípios éticos. Violá-los implicará violação ao próprio Direito, configurando ilicitude.[footnoteRef:22] [22: MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de direito administrativo. 28. ed. São Paulo: Malheiros , 2011. p. 122.] 
Logo, resta evidente a importância da fase de investigação social, uma vez que objetiva apurar a idoneidade moral do candidato, porém, somente no estágio probatório é que se comprovará a conduta profissional dele.
Já o princípio da presunção de inocência, previsto na Constituição Federal em seu art. 5º, LVII, prescreve que “ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória”.[footnoteRef:23] Este princípio pode ser considerado uma das mais importantes garantias constitucionais e deve ser respeitado. [23: BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em:< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm>. Acesso em: 09 set 2016.] 
O artigo 11, §1º, da Declaração Universal dos Direitos Humanos dispõe:
Toda pessoa acusada de um ato delituoso tem o direito de ser presumida inocente até que a sua culpabilidade tenha sido provada de acordo com a lei, em julgamento público no qual lhe tenham sido asseguradas todas as garantias necessárias à sua defesa.[footnoteRef:24] [24: DECLARAÇÃO Universal dos Direitos Humanos. 10 dez. 1948. Disponível em: <http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/Declara%C3%A7%C3%A3o-Universal-dos-Direitos-Humanos/declaracao-universal-dos-direitos-humanos.html>. Acesso: 27 set. 2016.] 
Além disso, a Convenção Americana sobre Direitos Humanos de 1969, “Pacto de San José da Costa Rica”, que foi ratificada e promulgada pelo Brasil, trás em seu art. 8º que “toda pessoa acusada de um delito tem direito a que se presuma sua inocência, enquanto não for legalmente comprovada sua culpa.”[footnoteRef:25] [25: CONVENÇÃO Americana de Direitos Humanos – Pacto de San José da Costa Rica. 22 nov. 1969. Disponível em: <http://www.pge.sp.gov.br/centrodeestudos/bibliotecavirtual/instrumentos/sanjose.htm>. Acesso: 27 set. 2016.] 
Dessa forma, o princípio da presunção de inocência significa que ninguém poderá ser declarado culpado até que tenha decisão transitada em julgado, ou seja, até o término do devido processo legal, podendo, o acusado, exercer seu contraditório e ampla defesa utilizando-se de todos os meios de provas que se fizerem admitidosem direito. 
Outrossim, a Constituição Federal tutela a liberdade do condenado quando dispõe em seu art. 5º, LXVI, que “ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança”[footnoteRef:26], salvo exceções previstas em lei. [26: BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm>. Acesso em: 09 set 2016.] 
Ainda, ensina Nucci, o estado de inocência “é indispensável e irrenunciável, constituindo parte integrante da natureza humana, merecedor de absoluto respeito, em homenagem ao princípio constitucional regente da dignidade da pessoa humana” [footnoteRef:27]. [27: NUCCI, Guilherme de Souza. Princípios Constitucionais Penais e Processuais Penais. 10. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2010. p. 239.] 
Dessa forma, podemos verificar que a investigação social deve levar em conta diversos aspectos, sempre estando de acordo com os princípios e garantias fundamentais estabelecidos em nossa legislação. 
O problema reside no critério de seleção de alguns candidatos que são excluídos pelo fato de possuírem condenações oriundas de sentenças condenatórias transitadas em julgado, o que acaba por atentar contra a utilidade da pena e seu caráter prevencionista [footnoteRef:28], como ocorre no caso dos candidatos que figuram como réus em ações penais não transitadas em julgado frente ao princípio da presunção de inocência. [28: MATTOS, Isabelle Patrocinio. Restrição imposta à participação em concurso público de candidato que responda a processo criminal. Monografia de conclusão de curso de bacharelado em Direito. Centro Universitário de Brasília, 2014. p. 52.] 
Como mencionado, o art. 5º, inciso XLVII, da Constituição Federal, dita que não são possíveis penas de caráter perpétuo.[footnoteRef:29] Dessa forma, a própria pena principal da ação penal não pode ter caráter de perpetuidade, tampouco os efeitos da condenação que a originou, como os antecedentes criminais, que não podem persistir eternamente. Sugere-se aqui a utilização do prazo de 5 (cinco) anos previsto no art. 64, inciso I, do Código Penal, para a limitação temporal de resultados provenientes dos maus antecedentes. Dessa forma, o candidato não ficaria submetido a um rótulo por conta de processo que já cumpriu. [29: BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em:< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm>. Acesso em: 09 set 2016.] 
Quanto aos casos nos quais ainda não houve o trânsito em julgado da ação penal, a exclusão do candidato fere a principal garantia de nossa Constituição Federal, que é a presunção de inocência até o trânsito em julgado. Esses casos que envolvam conflito entre os princípios constitucionais da presunção da inocência e da moralidade administrativa devem ser solucionados por meio de técnicas de ponderação e proporcionalidade. Em um conflito de princípios, deve-se buscar a conciliação entre eles; irá depender de cada caso concreto a ponderação de tais princípios, podendo ser aplicados em graus diferenciados.[footnoteRef:30] [30: MONTENEGRO, Tayse. A Colisão dos Direitos Fundamentais – ênfase na visão de Robert Alexy. Juristas. Fev. 2013. Disponível em: < http://www.juristas.com.br/informacao/revista-juristas/a-colisao-dos-direitos-fundamentais-enfase-na-visao-de-robert-alexy/1557/>. Acesso em: 07 set. 2016.] 
Um caso em especial foi o caso de Gutemberg, um rapaz que prestou concurso público para a polícia civil e passou em todas as fases do Concurso, sendo somente reprovado na fase da investigação social. Ocorre que em abril de 1997, quando Gutemberg era menor de idade, participou do assassinato do índio Galdino Jesus dos Santos, caso polêmico que ocorreu em Brasília e teve grande repercussão. Foi uma ação impensada de cinco rapazes, dentre eles o concurseiro, onde eles colocaram fogo nas cobertas em que Galdino dormia, em uma parada de ônibus. 
Anos mais tarde, Gutemberg foi aprovado para o concurso da polícia civil, todavia, não obteve êxito em virtude do crime cometido. Na época, Gutemberg recebeu medida socioeducativa por ser menor de idade, cumprindo esta por quatro meses. Após sua reprovação na fase da investigação social, ele ainda conseguiu uma autorização da Justiça que o permitia continuar participando do Concurso Público, porém, essa liminar foi derrubada.
Em decisão diversa, o Supremo Tribunal Federal julgou procedente o pedido de um candidato reprovado pela fase da sindicância da vida pregressa por ter Inquérito Policial na ficha de antecedentes. Julgou procedente o pedido e decidiu que sua aprovação era válida, determinando a posterior nomeação e posse no cargo, conforme acórdão abaixo:
ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. MANDADO DE SEGURANÇA. CONCURSO PÚBLICO. PROCURADOR DA FAZENDA NACIONAL. SINDICÂNCIA DE VIDA PREGRESSA. LEGITIMIDADE PASSIVA DO ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO. DESCLASSIFICAÇÃO EM FACE DA EXISTÊNCIA DE INQUÉRITO POLICIAL. OFENSA AO PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA. 1. Hipótese em que a impetrante foi excluída do certame na fase de sindicância pregressa por ter respondido a inquérito policial, por exercício irregular da advocacia (assinatura do "livro de advogados" em cadeia pública enquanto ainda era estagiária), o qual restou arquivado em razão de prescrição. 2. O Advogado Geral da União é autoridade legítima para figurar no polo passivo da demanda, posto que a parte se insurge em relação à homologação do certame, publicada pelo AGU no âmbito de sua competência (fls. 119) (arts. 4º, XVI, da LC 73/93 e 12, §1º, I, da Lei 10.480/02), bem como requer, em última análise, o reconhecimento do seu direito à nomeação ao cargo de PFN, cuja responsabilidade é também daquela autoridade (arts. 4º, XVII e 49, §2º, da LC 73/93, 12, §4º, da Lei 10.480/02 e 2, III, do Dec. 4.734/03). Precedente: MS 13.237/DF, Rel. Min. Marco Aurélio Belizze, Terceira Seção, DJe 24/04/2013. 3. A tese trazida na impetração encontra amparo na jurisprudência deste STJ e também a do STF, que se orientam, em remansosa maioria, pela vulneração ao princípio constitucional da presunção de inocência quando, em fase de investigação social de concurso público, houver a eliminação de candidato em decorrência da simples instauração de inquérito policial ou do curso de ação penal, sem trânsito em julgado. Precedentes: AgRg no RMS 39.580/PE, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, DJe 18/02/2014; AgRg no RMS 24.283/RO, Rel. Min. Jorge Mussi, Quinta Turma, DJe 08/06/2012; AgRg no RMS 28.825/AC, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, Sexta Turma, DJe 21/03/2012; AgRg no RMS 29.627/AC, Rel. Min. Adilson Vieira Macabu (Des. Convocado do TJ/RJ), Quinta Turma, DJe 09/08/2012; AgRg no REsp 1.173.592/MG, Rel. Min. Gilson Dipp, Quinta Turma, DJe 06/12/2010; RMS 32657/RO, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, Primeira Turma, DJe 14/10/2010. 4. Soma-se a isso que, do que se tem nos autos, não se vislumbra que a candidata possua um padrão de comportamento social ou moral reprovável, a ponto de impossibilitá-la do exercício do cargo para o qual concorreu e foi devidamente aprovada, mormente porque os fatos a ela imputados ocorreram em 2002; o inquérito policial tramitou por vários anos sem a apresentação de denúncia por parte do Ministério Público, acabando arquivado em 2008 em face da prescrição em perspectiva (fls. 68/71); as omissões acerca das condutas adotadas diante da abertura do inquérito policial não tem o condão de configurar grave desvio de conduta; e não há prova da alegada falsidade ideológica, tampouco informação de reincidência ou cometimento de qualquer outra conduta desabonadora no decorrer desses anos (consoante certidões de "nada consta" de diversos órgãos públicos - fls. 78/99). 5. Segurança concedida, para, reconhecida a nulidade do ato administrativo que desligou a candidata do certame em questão, determinar seja a mesma considerada aprovada, com a posterior nomeação e posse no cargo de PFN. Prejudicado o agravo regimental.[footnoteRef:31][31: BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Mandado de Segurança nº 20.209 – DF (2013/0169681-3). Impetrante: M T DE 0 S. Relator: Ministro Benedito Gonçalves. Brasília, DF, 27 de Agosto de 2014. Diário Oficial da União. Disponível em: <http://www.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/doc.jsp?livre=MS+20209&b=ACOR&p=true&t=JURIDICO&l=10&i=4>. Acesso em: 28 set. 2016.] 
Deste modo, a presente pesquisa tem como objetivo analisar a validade da exclusão dos candidatos a concurso público em razão da fase de investigação social, tendo em vista que a exclusão afronta os princípios que regem a Constituição Federal e a Administração Pública, assim como se opõem ao Instituto da ressocialização. Busca-se, dessa forma, que ao final seja possível alcançar uma resposta adequada ao problema, atendendo os pressupostos da legislação e ao entendimento atual dos Tribunais Superiores.
8 METODOLOGIA
Método de Abordagem: dedutivo.
Método de Procedimento: histórico e analítico. 
Técnica de Pesquisa: documental indireta.
9 SUMÁRIO PROVISÓRIO
1 INTRODUÇÃO
2 CONCURSOS PÚBLICOS 
2.1 HISTÓRICO EVOLUTIVO E CONSTITUCIONAL DOS CONCURSOS PÚBLICOS E SEU CONCEITO
2.2 O CONCURSO COMO UM PROCEDIMENTO PRÉ-ESTABELECIDO DE ESCOLHA DOS MAIS APTOS E SEU EDITAL
2.3 A FASE DE INVESTIGAÇÃO SOCIAL E VIDA PREGRESSA DO CANDIDATO
2.3.1 Antecedentes policiais e criminais
2.3.1.1 O Instituto da Ressocialização do Apenado
2.3.1.2 Conflito entre antecedentes e a vedação de pena de caráter perpétuo
2.3.2 Candidato que possui ação penal não transitada em julgado
	
3 PRINCIPIOS NORTEADORES DOS CONCURSOS PÚBLICOS
3.1 PRINCÍPIO DA IGUALDADE
3.2 PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE
3.4 PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE
3.5 PRINCÍPIO DA MORALIDADE
3.6 PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA
4 A VIDA SOCIAL DO CANDIDATO A CONCURSOS PÚBLICOS E A JURISPRUDÊNCIA ATUAL
4.1 ANÁLISE JURISPRUDENCIAL ACERCA DA EXCLUSÃO DE CANDIDATO A CONCURSO PÚBLICO NO ÂMBITO ESTADUAL
4.2 ANÁLISE JURISPRUDENCIAL ACERCA DA EXCLUSÃO DE CANDIDATO A CONCURSO PÚBLICO NOS TRIBUNAIS SUPERIORES
4.3 A VALIDADE DA EXCLUSÃO DE CANDIDATO DE CONCURSO PÚBLICO NA FASE DE INVESTIGAÇÃO SOCIAL
5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
ANEXOS
10 CRONOGRAMA
	Atividades
	2016
	2017
	
	Ago
	Set
	Out
	Nov
	Dez
	Jan
	Fev
	Mar
	Abr
	Mai
	Jun
	Entrega dos documentos exigidos pelo NTCC (carta de aceite, ficha de orientação, etc.)
	X
	X
	X
	X
	X
	X
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	X
	X
	X
	Pesquisa do tema
	X
	X
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Levantamento Bibliográfico
	X
	X
	X
	X
	
	
	
	
	
	
	
	Leituras e/ou fichamentos
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	Elaboração do problema
	X
	X
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Desenvolvimento do projeto
	X
	X
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Protocolo do projeto
	
	X
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Defesa do projeto
	
	
	X
	
	
	
	
	
	
	
	
	Redação do primeiro capítulo
	
	
	
	X
	
	
	
	
	
	
	
	Protocolo do primeiro capítulo
	
	
	
	X
	
	
	
	
	
	
	
	Redação do segundo capítulo
	
	
	
	
	
	
	X
	X
	
	
	
	Redação do terceiro capítulo
	
	
	
	
	
	
	X
	X
	
	
	
	Redação dos elementos pré e pós-textuais
	
	
	
	
	
	
	
	X
	X
	
	
	Revisão final e protocolo da monografia
	
	
	
	
	
	
	
	
	X
	
	
	Defesa da monografia
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	X
	
	Protocolo da versão final
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	X
	Orientações – encontros com orientador
	X
	X
	X
	X
	
	
	X
	X
	X
	X
	X
23
REFERÊNCIAS
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ANEXOS