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Revisitando a História da Educação e projetando Perspectivas futuras

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
CURSO 
Pedagogia 
DISCIPLINA: História da Educação
PROFESSOR (A) TUTOR (A): Maria Ferranti Marques Scorzoni
TÍTULO DA ATIVIDADE ESTRUTURADA: Revisitando a História da Educação e projetando Perspectivas futuras.
 
 ALUNO (A) AUTOR (A) DA ATIVIDADE: Ana Carolina Teodoro da 
Silva 
Introdução 
A educação é um processo inerente a todas as sociedades humanas e a interação com outros indivíduos da espécie , uma espécie de aprendizagem. Durante muito tempo pontuou- se uma diferença entre o homem e o animal, mas hoje todas as evidências apontam para um continuo envolvendo todas as formas de vida. provavelmente é possível encontrar em algumas espécies animais semelhança com a humanidade formas de adaptação ao meio que resultam mais de algum tipo de aprendizagem do que da hereditariedade. a educação é uma mera hipótese, em relação ao homem é um facto incontestável e incontestado. Em qualquer tempo e lugar, onde quer que haja um grupo humano, encontramos procedimentos de formação tendentes a transmitir às jovens gerações valores, saberes, aptidões. Esses valores, saberes e aptidões caracterizam e, portanto, distinguem essas diferentes culturas. Só os seres humanos são educáveis, porque só eles adquirem as noções e comportamentos que os caracterizam por aprendizagem. Durante muito tempo a integração dos jovens no modo de ser e estar da sua sociedade fez-se por interação. Era nos contatos diários no âmbito da família e grupos sociais. Essa educação antiga  sucedia sobre o saber (conhecimentos), o fazer (aptidões técnicas), o ser (valores) e o estar (reconhecer a sua posição na sociedade e agir em conformidade com ela). Tudo isso, como disse, como que absorvido naturalmente por impregnação .As criança ia absorvendo os elementos da cultura do seu grupo. É de crer que não houvesse nesse processo uma intencionalidade consciente, como não há ainda hoje na maioria desses contatos sociais: isto é, cada um de nós, nas interações quotidianas, está a fazer educação, sem que disso se aperceba. O mesmo acontecia nessas sociedades ditas primitivas. Isso não impedia que houvesse uma rígida demarcação entre o estatuto de adulto e o de criança. A passagem de um a outro estatuto era determinada pelo ritmo da maturação biológica, ou seja, pelo aparecimento dos caracteres sexuais externos e a capacidade de reprodução. Essa transição era marcada por ritos de iniciação, geralmente precedidos ou acompanhados por um processo educativo especial — formal, portanto — tendente a apetrechar o jovem com os saberes necessários à vida adulta e à total integração na sociedade. Naturalmente também existiu a educação essencialmente conservadora: por mais informal e não intencional que fosse, visava transmitir aos novos o modo de ser e estar, a visão do mundo, dos mais velhos; não havia aí espaço para a inovação, a originalidade, a criatividade pessoal, embora ela se manifestasse involuntariamente Nas sociedades orientais, ao se criarem segmentos privilegiados, a população composta por lavradores, comerciantes e artesãos, não tem direitos políticos nem acesso ao saber da classe dominante. A princípio o conhecimento da escrita é bastante restrito, devido ao seu caráter sagrado e esotérico. Pedagogia é a teoria crítica da educação, isto é, da ação do homem quando transmite ou modifica a herança cultural. A educação não é um fenômeno neutro, mas sofre os efeitos da ideologia, por estar de fato envolvida na política. Concretizam, com a intervenção cada vez maior do Estado para estabelecer a escola elementar universal, leiga, gratuita e obrigatória. Enfatiza-se a relação entre educação e bem-estar social, estabilidade, progresso e capacidade de transformação. Daí, o interesse pelo ensino técnico ou pela expansão das disciplinas científicas.
 Resumo das Aulas 
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NO BRASIL 
A história da educação se confunde com a história da humanidade. O processo de educação do homem foi fundamental para o desenvolvimento dos grupos sociais e de suas respectivas sociedades, razão pela qual o conhecimento de sua história e experiências passadas é essencial para a compreensão dos rumos tomados pela educação no presente. Mas como o processo de ensino e aprendizagem evoluiu ao longo da nossa história? Alguns historiadores acreditam que a educação sempre aconteceu ao longo do tempo, de uma forma espontânea e dinâmica. A interação com o mundo e com outros indivíduos sempre nos proporcionou algum tipo de aprendizado, seja observando um integrante mais velho da tribo caçar, o s fenômenos da natureza, o comportam entoo religioso no s rituais, etc.Com a formação das primeiras civilizações, o processo de ensino e aprendizagem começa a passar por uma transformação .No Egito, os jovens começavam a frequentar a escola por volta dos 7 ano s, aprendendo a ler, a contar histórias, escrever, entre outras coisas. Os maiores aprendiam também astronomia, música, matemática e poesia. Já entre os hebreus, a educação era realizada em 10 anos – entre o s 08 e 18 anos de idade. Nessa fase, muitas eram as civilizações em que os pais da criança eram os responsáveis por sua educação. Na Grécia Antiga, o acesso ao estudo não era um direito de todas as crianças: as mulheres eram educadas até, no máximo , os 7 anos e os meninos eram educados até o s 14 anos. No entanto , esse acesso dependia do poder aquisitivo dos pais, portanto era distribuído de maneira desigual e privilegiada.1Na Idade Média, a educação romana era fortemente influenciada pela tradição espartana. Os estudantes eram formados de acordo com o pensamento conservador da época e a educação desenvolvida em consonância com o s rígidos dogmas da Igreja Católica. Entretanto, com a reforma protestante e o renascimento, houve um resgate do s valores atenienses no s discursos sobre os objetivos da educação. Com a formação dos Estado s Nacionais, o conhecimento passa a ser organizado para ser transmitido pela escola através da figura de autoridade do professor como figura detentora do saber e garantidor da ordem e da disciplina. Esse modelo de educação se propagou pelos séculos XVIII e XIX ,influenciados pela revolução industrial e pelos regimes democrático s que se propagaram desde então. O acesso à educação passa a ser uma reivindicação enquanto direito do cidadão. Consolida-se então, um modelo de educação contundiste, que acompanhou os ideais da industrialização. Em meados do século XIX, alguns pensadores já começam a questionar esse modelo de educação. Há, a partir daí, uma ressignificação da figura do aluno e, por consequência, da relação professor- aluno. No Brasil ,as atividades de ensino permaneceram sob a incumbência das ordens religiosas durante o período colonial, entretanto a constituição de 1824 preparou o espaço para o surgimento de um Sistema Nacional de Educação. Se proliferou, então, o sistema público de educação, e paralelamente, o se torna privado .Hoje, ainda enfrentamos os desafios do passado, como a universalização da educação – um direito de todos presente na nossa atual constituição – mas nos vemos diante de um desafio ainda maior: as transformações que ocorreram nos últimos 30 anos revolucionaram todos os setores da nossa sociedade, no entanto , nosso modelo educacional continua o mesmo.O estudo dessa disciplina pretende abordar os principais acontecimentos que marcaram os quase cinco séculos de história da educação em nosso país , no intuito de compreende melhor a realidade da educação nos dias de hoje a partir das transformações s o ciais , políticas e econômica socorridas desde a chegada dos portugueses na América . 
A nossa viagem pela história da educação brasileira terá início com a chegada da Companhia de Jesus em 
nosso território em 1549 até a apresentação e discussão de um cenário mais recente em nossa educação em finados do
século . XX 
A nossa proposta é tenta r entender os avanços e retrocessos , as continuidades , e des continuidadesque fizeram 
parte da educação e da pedagogia brasileira ao longo da nossa história , sempre buscando fazer relações como 
contexto histórico existente na Europa e nos Estados Unidos . 
Para atingimos tal objetivo , procuraremos trabalhar, com diferentes formas possíveis de fontes e correntes 
historio gráficas , afim desproporcionar uma visão ampla e diversificada da história da nossa educação . 
História da educação é uma disciplina curricular de diferentes cursos de formação em Pedagogia, Normal Superior e demais cursos de licenciaturas, além de uma área de pesquisa em expansão no Brasil.
O surgimento desta enquanto disciplina relaciona-se ao surgimento do curso de Pedagogia no Brasil na Universidade do brasil .
Enquanto área de pesquisa, diferencia-se das pesquisas em História pelas fontes às quais recorre: arquivos escolares, museus escolares, legislações específicas, diários de classe, cadernos de alunos, etc. Os temas de pesquisa são múltiplos também, abrangendo desde as instituições educacionais, representações de infância e da profissão docente, história da educação comparada (entre estados brasileiros e entre países), história das disciplinas escolares, história do ensino superior.
Ao longo de sua história, a educação passa por grandes transformações em sua metodologia e também na forma de transmissão e assimilação de conhecimento. Nas sociedades tribais, a educação era difusa, ou seja, transmitida de pai para filho através da prática e da vivência diárias. Na Antiguidade Oriental, a educação passa a ser tradicionalista, e o ensino privilégio de uma pequena elite, ficando a grande massa excluída e restrita à educação familiar informal. Já a educação grega, buscava a formação integral, corpo-espírito e o debate intelectual. Na Grécia nascem a Filosofia, da Grécia vêm os sofistas, o diálogo socrático, a utopia de Platão e a pedagogia aristotélica, que, embora apresentasse algumas semelhanças com a grega, ao contrário desta, era mais literária do que filosófica.
Na Idade Média, os parâmetros educacionais fundamentam-se na ideia do homem como criatura divina, que está na Terra apenas “de passagem”, e deve preocupar-se primeiramente em salvar a alma e a vida eterna. Há o surgimento da Patrística, a defesa da fé e conversão dos não-cristãos, e da Escolástica, a mais alta expressão da filosofia cristã medieval, que recebeu esse nome por tratar-se de uma filosofia ensinada nas escolas. A educação no período medieval fica a cargo do clero, que prega uma visão de mundo Teocentrista, com métodos rigorosos e formais. Durante o período do Renascimento ocorre uma transformação nessa visão, o movimento conhecido como Humanismo, esforça-se para superar o teocentrismo, enfatizando os valores antropocêntricos. Acentua-se a busca pela individualidade do homem, do poder da razão e do espírito de liberdade crítica, em oposição ao princípio da autoridade. Por iniciativa de particulares leigos são criadas escolas que melhor se adaptam ao espírito do humanismo. É durante o período que surgem nomes como Erasmo de Rotterdam e Michel de Montaigne.
Também no mesmo período ocorre a Reforma Protestante, à qual a Igreja Católica responde com a Contra Reforma, que entre outras medidas, cria a Companhia de Jesus. A Ordem estabelece uma rígida disciplina e seus seguidores, os jesuítas tinham como objetivo inicial a propagação missionária da fé. No Brasil os jesuítas se dedicaram à pregação da fé católica e ao trabalho educativo. De Salvador a obra jesuítica estendeu-se para o sul, e, em 1570, já era composta por cinco escolas de instrução elementar e três colégios. Porém, o sistema educacional dos jesuítas era elitista e privilegiava esse pequeno grupo à ascensão social.
Com a expulsão dos jesuítas do Brasil a educação ficou em segundo plano para os dirigentes do país e manteve-se assim durante o Império.
Somente a partir da proclamação da República, em 1889, que a educação começou a ser mais valorizada, dando início ao seu processo de desenvolvimento. A partir de então passou a ser mantida pelo poder público, tornou-se obrigatória a todos e foi vista como uma forma de mobilidade social.
No século XX muitas mudanças e conquistas aconteceram na área da educação, mas até hoje, século XXI, luta-se por escolas de boa qualidade a todos.
Educação na antiguidade
Tomando a herança cultural deixada pela antiguidade como a fonte principal sobre a qual a civilização ocidental se ergueu, o legado deixado pelas principais cidades estados da Grécia Antiga – Esparta e Atenas – constitui-se como princípio de organização social e educativa que serviu de modelo para diversas sociedades no decorrer dos séculos. Reconhecida por seu poder militar e caráter guerreiro, o modelo de educação espartano baseava-se na disciplina rígida, no autoritarismo, no ensino de artes militares e códigos de conduta, no estímulo da competitividade entre os alunos e nas exigências extremas de desempenho. Por outro lado, Atenas tinha no logos (conhecimento) seu ideal educativo mais importante. O exercício da palavra, assim como a retórica e a polêmica, era valorizado em função da prática da democracia entre iguais. Como herança da educação ateniense surgiram os sofistas, considerados mestres da retórica e da oratória, eles ensinavam a arte das palavras para que seus alunos fossem capazes de construir argumentos vitoriosos na arena política. Fruto da mesma matriz intelectual, porém em oposição ao pensamento sofista, o filósofo Sócrates propunha ensinar a pensar – mais do que ensinar a falar - através de perguntas cujas respostas dependiam de uma análise lógica e não simplesmente da mera retórica. Apesar de concepções opostas, tanto o pensamento sofista como o pensamento socrático contribuíram para a educação contemporânea através da valorização da experiência e do conhecimento prévio do aluno enquanto estratégias que se tornaram muito relevantes para o sucesso na aprendizagem do aluno na contemporaneidade.
Educação na Idade Média
Podemos reconhecer traços da tradição espartana na educação medieval. Os estudantes eram formados de acordo com o pensamento conservador da época e a educação desenvolvida em consonância com os rígidos dogmas da Igreja Católica. Cabe ressaltar que até o século XVII os valores morais e até mesmo os ofícios responsáveis pela garantia da subsistência eram transmitidos em grande parte dentro dos próprios círculos familiares, sendo que esses valores e códigos de conduta eram profundamente influenciados pelo pensamento religioso. Em contrapartida, com as Reformas Religiosas e o Renascimento inicia-se uma nova era para o Ocidente e é marcada pelo ressurgimento dos ideais atenienses nos discursos sobre os objetivos da Educação. O conhecimento era tipo como um corpo sagrado, essa matriz de pensamento permaneceu dominante e foi grande responsável pela concepção do papel da educação desde o desaparecimento do Antigo Regime até a constituição dos Estados Nacionais: o conhecimento passa a ser organizado para ser transmitido pela escola, através da autoridade do professor enquanto sujeito detentor do saber e mantenedor da ordem e da disciplina.
Educação moderna
Foi esse modelo de educação escolar centrado na figura do professor como transmissor do conhecimento que se expandiu ao longo dos séculos XVIII e XIX, impulsionado pela Revolução Industrial e a consequente urbanização e aumento demográfico. Além disso, o fortalecimento e expansão de regimes democráticos influenciou a reivindicação pelo acesso a escola enquanto direito do cidadão e à educação passa a ser atribuída a tarefa de formar cidadãos, cientes de direitos e deveres e capazes de exercê-los perante a sociedade.
A partir de meados do século XIX, portanto, o modelo hierarquizado e autoritário de educação que caracterizou as instituições escolares até então passou a ser questionado por educadores como Maria Montessori, na Europa, e John Dewey, nos Estados Unidos. Impulsionados pelo desenvolvimento dos estudos de psicologia sobre aprendizagem e desenvolvimentohumano, e com críticas a pedagogia tradicional e a forma como os conteúdos curriculares eram impostos aos alunos, esses e outros educadores passaram a reivindicar a participação ativa dos alunos no processo de aprendizagem. Desta forma e como mencionado anteriormente, essas propostas resgataram princípios atenienses de educação ao valorizar a experiência anterior do aluno e seus conhecimentos prévios à aprendizagem escolar.
Em função dessa trajetória histórica, cabe salientar que a Educação não atendeu sempre aos mesmos tipos de objetivos e toda a sua análise requer, antes de tudo, um intenso esforço de reflexão e contextualização. Através deste caminho pode-se melhor compreender métodos e teorias educacionais, pois observamos traços presentes nas práticas educativas atuais que remetem a herança deixada pelos modelos educativos analisados até aqui. Se, de um lado, está o valor da disciplina e do conhecimento a ser transmitido pela escola; e, de outro lado, a ideia de que o conhecimento é construído e consequentemente ninguém ensina nada a ninguém de forma definitiva; é importante a constatação de que essas correntes de pensamento não se excluem, uma vez que nos dias atuais é necessário conciliar o valor do conhecimento ao valor do engajamento dos alunos como estratégia para sanar as exigências de um mundo em contínuo desenvolvimento e marcado pelo fluxo constante de informação disponível a uma ampla gama de pessoas situadas em diferentes regiões do mundo.
Como salienta Moacir Gadotti, o conhecimento tem presença garantida em qualquer projeção que se faça sobre o futuro; contudo, os sistemas educacionais ainda não conseguiram avaliar de maneira satisfatória o impacto das tecnologias da informação sobre a Educação. Logo, será preciso trabalhar em dois tempos: o tempo do passado e o tempo do futuro. Fazendo de tudo para superar as condições de atraso e, ao mesmo tempo, criando condições para aproveitar as novas possibilidades que surgem através desses novos espaços de conhecimento.
Pensadores que influenciaram a pedagogia
Jean Piaget 
Jean Piaget é o mais conhecido dos teóricos que defendem a visão interacionista do desenvolvimento. Ele considerou que se estudasse cuidadosa e profundamente a maneira pela qual as crianças constroem as noções fundamentais de conhecimento lógico, tais como: tempo, espaço, objeto, causalidade e outros poderia compreender a gênese (ou seja, o nascimento) e a evolução do conhecimento humano. Daí o nome dado a sua ciência de Epistemologia Genética, que é entendida como o estudo dos mecanismos do aumento dos conhecimentos. Convém esclarecer que as teorias de Piaget têm comprovação em bases científicas. Ou seja, ele não somente descreveu o processo de desenvolvimento da inteligência mas, experimentalmente, comprovou suas teses.
Skinner Burrhus Frederic 
Skinner, eminente psicólogo contemporâneo nascido nos Estados Unidos em 1904 relatou uma de suas observações, sobre o comportamento de pombos e ratos brancos. Para seus experimentos Skinner inventou um aparelho que depois de passar por modificações é hoje muito conhecido e utilizado nos laboratórios de psicologia, chamado como Caixa de Skinner. Influenciado pelos trabalhos de Pavlov e Watson, Skinner passou a estudar o comportamento operante, desenvolvendo intensa atividade no estudo da psicologia da aprendizagem. Esses estudos levaram-no a criar os métodos de ensino programado que podem ser aplicados sem a intervenção direta do professor, através de livros, apostilas ou mesmo máquinas.
Lev S. Vygotsky (1896-1934) , 
Vygotsky professor e pesquisador foi contemporâneo de Piaget, e nasceu e viveu na Rússia, quando morreu, de tuberculose, tinha 34 anos. Construiu sua teoria tendo por base o desenvolvimento do indivíduo como resultado de um processo sócio-histórico, enfatizando o papel da linguagem e da aprendizagem nesse desenvolvimento, sendo essa teoria considerada histórico-social. Sua questão central é a aquisição de conhecimentos pela interação do sujeito com o meio. As concepções de Vygotsky sobre o processo de formação de conceitos remetem às relações entre pensamento e linguagem, à questão cultural no processo de construção de significados pelos indivíduos, ao processo de internalização e ao papel da escola na transmissão de conhecimento, que é de natureza diferente daqueles aprendidos na vida cotidiana. Propõe uma visão de formação das funções psíquicas superiores como internalização mediada pela cultura. As concepções de Vygotsky sobre o funcionamento do cérebro humano, colocam que o cérebro é a base biológica, e suas peculiaridades definem limites e possibilidades para o desenvolvimento humano. Essas concepções fundamentam sua idéia de que as funções psicológicas superiores (por ex. linguagem, memória) são construídas ao longo da história social do homem, em sua relação com o mundo. Desse modo, as funções psicológicas superiores referem-se a processos voluntários, ações conscientes, mecanismos intencionais e dependem de processos de aprendizagem.
Maria Montessori
 Maria Montessori nasceu em Chiaravalle, Itália, aos 31 de Agosto de 1870. Era Filha de um militar. Quando tinha a idade de doze anos seus pais foram residir em Roma, tendo em vista os estudos da filha. A jovem resolve fazer Medicina, extrapolava assim as perspectivas da época. Até então nenhuma mulher havia ingressado numa Faculdade de Medicina. Maria Montessori formou-se em 1896. Era a primeira mulher médica italiana. Quando como médica, teve que tratar de crianças com deficiências. Voltando à Universidade para estudos complementares, ela então iniciou seu trabalho pedagógico com crianças normais; em 1907, quando convidada para organizar uma escola numa área da favela que se urbanizava, no bairro São Lourenzo, da cidade de Roma. Mais tarde, viajou à várias partes do mundo, pondo suas descobertas e fundando escolas. Escreveu vários livros, traduzidos hoje em muitos idiomas, e numerosos artigos sobre educação. Morreu em 1952. Maria Montessori era médica e isto permitiu abordar a educação com a visão não só de uma filósofa ou educadora no sentido da palavra, mas sim de verdade científica. Para ela a sala de aula era uma espécie de laboratório para observar as crianças, testar e retestar a validade de conceitos e práticas que pudessem ajudar as crianças no seu crescimento integral. Dar à criança consciência da evolução do homem no planeta, introduzi-la na história, fazê-la responsável pela vida vegetal, animal e humana, situá-la na comunidade e na grande aldeia global são os verdadeiros objetivos que Montessori propõe para a educação. Ao introduzir a criança nesse universo, Montessori a constitui herdeira legítima de toda a caminhada e evolução do gênero humano. Através da atividade e trabalho a criança descobre seu inserimento, responsabilidades e valor na perpetuação e construção da cultura.
BNCC: O que é a Base Nacional Comum
 Durante os últimos dois anos, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) foi pauta dos mais importantes debates sobre educação no país. O documento da Base foi homologado pelo Ministério da Educação (MEC), em sua terceira versão, no dia 20 de dezembro de 2017 para as etapas da Educação Infantil e Ensino Fundamental. Em 14 de dezembro de 2018, o documento foi homologado para a etapa do Ensino Médio. Juntas, a Base da Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio integram um único documento: a BNCC da Educação Básica. A BNCC dessas duas primeiras etapas será implementada nas escolas a partir desse ano (o prazo máximo é até o início do ano letivo de 2020), mas instituições e sistemas de ensino estão se preparando para a sua chegada desde já: a começar pela adequação dos currículos, capacitação da equipe docente e atualização dos materiais e recursos didáticos utilizados.Já o prazo para a BNCC do Ensino Médio entrar em vigor também é 2020. No entanto, as mudanças só atingirão todas as séries desse segmento em 2022, quando as primeiras turmas do novo Ensino Médio se formam.
o que é a BNCC?
A Base Nacional ComumCurricular é um documento que determina as competências (gerais e específicas), as habilidades e as aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver durante cada etapa da educação básica – Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio. A BNCC também determina que essas competências, habilidades e conteúdos devem ser os mesmos, independentemente de onde as crianças, os adolescentes e os jovens moram ou estudam.
A Base não deve ser vista como um currículo, mas como um conjunto de orientações que irá nortear as equipes pedagógicas na elaboração dos currículos locais. Esse documento deve ser seguido tanto por escolas públicas quanto particulares.
objetivo da BNCC
A criação de uma Base Nacional Comum Curricular tem o objetivo de garantir aos estudantes o direito de aprender um conjunto fundamental de conhecimentos e habilidades comuns – de norte a sul, nas escolas públicas e privadas, urbanas e rurais de todo o país.  Dessa forma, espera-se reduzir as desigualdades educacionais existentes no Brasil, nivelando e, o mais importante, elevando a qualidade do ensino.
A Base também tem como objetivo formar estudantes com habilidades e conhecimentos considerados essenciais para o século XXI, incentivando a modernização dos recursos e das práticas pedagógicas e promovendo a atualização do corpo docente das instituições de ensino.
A BNCC da Educação Básica por segmentos
Como já citamos no início desse post, a Base Nacional Comum Curricular da Educação Básica é formada por três segmentos: Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio. Preparamos para você uma lista dos principais destaques de cada segmento. Vamos ver?
Educação Infantil
· Foi homologada em dezembro de 2017 e deve ser implementada em todas escolas do país até 2020.
· A organização da Base ocorre por 6 direitos de aprendizagem em 5 campos de experiências, relacionados às 10 competências gerais da BNCC.
· Seus eixos estruturais são o brincar e o interagir.
· É focada no desenvolvimento da oralidade e da escrita
Ensino Fundamental
· Assim como a Base da Educação Infantil, o documento do Ensino Fundamental foi homologado em dezembro de 2017 e a Base deve ser implementada em todas escolas do país até 2020.
· A alfabetização deve acontecer nos 2 primeiros anos do Ensino Fundamental.
· No componente curricular de História, o ensino deve seguir a cronologia de fatos e acontecimentos.
· O ensino da Língua Inglesa se torna obrigatório a partir do 6º ano.
Ensino Médio
· Aprovada pelo CNE em 4 de dezembro de 2018.
· Homologada em 14 de dezembro de 2018 pelo ministro da Educação.
· Os componentes de Língua Portuguesa e Matemática devem estar presentes no currículo dos 3 anos de Ensino Médio.
· O foco da Base está no protagonismo do jovem na sociedade, bem como em sua autonomia e no mundo do trabalho.
Conclusão 
Concluo esse trabalho então, mostrando as perspectivas que se abriram para a educação (e consequentemente para a sociedade) após o esclarecimento. Uma vez que a educação é o reflexo da sociedade, pudemos ver, através do tempo a história da educação é dividida em inúmeras fases. Alguns historiadores acreditam que a educação sempre aconteceu ao longo do tempo, de uma forma espontânea e dinâmica. A interação com o mundo e com outros indivíduos sempre nos proporcionou algum tipo de aprendizado, seja observando um integrante mais velho da tribo caçar, os fenômenos da natureza, o comportamento religioso nos rituais, etc.Com a formação das primeiras civilizações, o processo de ensino e aprendizagem começa a passar por uma transformação.
 A pedagogia e as correntes filosóficas", respectivamente, as consequências que foram geradas pelas mudanças tanto na sociedade quanto na educação.
Vimos também, que a nova educação se propõe a construir um homem novo, sem mentalidade de classe. e percebemos que ela olhou mais para a criança (pedocentrismo) do que anteriormente.
Diante desse contexto, presenciamos a ascensão do proletariado, que faz as suas escolas de acordo com os seus interesses, ou seja, o trabalho. Proporcionam um ensino técnico e também se preocupam com a alfabetização e a cultura dos operários .“Educação é o processo longo, a onde poderíamos ver mais melhorias se tivesse mais suporte e apoio.
  
Bibliografia:
Vi https://sae.digital/bncc-o-que-e-qual-e-o-seu-objetivo/site: https://pedagogiaaopedaletra.com/pensadores-que-influenciaram-a-pedagogia/
ALVES, Luís Alberto Marques. História da Educação. Faculdade de Letras da Universidade do Porto, 2012. Disponível em: http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/10021.pdf
AMADO, Casimiro Manuel Martins. História da Pedagogia e da Educação. Universidade de Évora, 2007. Disponível em: http://home.dpe.uevora.pt/~casimiro/HPE-%20Guiao%20-%20tudo.pdf
GADOTTI, Moacir. Perspectivas Atuais da Educação. Revista São Paulo Perspectiva. Vol.14,  no.2. São Paulo,2000. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-88392000000200002.
As Competências do Professor ao Longo da História. Curso Específico de Formação aos Ingressantes nas Classes Docentes do Quadro do Magistério. Secretaria de Estado da Educação de São Paulo, 2017.
SAVIANI, Dermeval. História das ideias pedagógicas no Brasil. Campinas, Autores Associados, 2011.
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da Educação. 2 ed. rev. atual. São Paulo. Moderna, 1993.
ROMANELLI, Otaíza de O. História da educação no Brasil. 19 ed. Petrópolis: Vozes, 1997.
SAMPAIO, Helena. Ensino superior no Brasil. O setor privado. Ed. Hucitec. São Paulo, 1999.
VIDAL, Diana Gonçalves & FARIA FILHO, Luciano Mendes de. As lentes da história: estudos de história e historiografia da educação no Brasil. Campinas: Autores Associados, 2005.
Dharampal, . (1983). The beautiful tree: Indigenous Indian education in the eighteenth century. New Delhi: Biblia Impex.
Ligações externas
Grupo de Estudos e Pesquisas "História, Sociedade e Educação no Brasil" Faculdade de Educação - HISTEDBR/UNICAMP
Grupo de Estudos e Pesquisas em História da Educação (em português)
Núcleo Interdisciplinar de Estudos e Pesquisas em História da Educação (em português)
Sociedade Brasileira de História da Educação (em português)
Centro Internacional de la Cultura Escolar (em castelhano)
Sociedad Española de Historia de la Educación (em castelhano)
Institut National de Recherche Pédagogique (em francês)
	Este artigo sobre educação ou sobre um educador é um esboço relacionado ao Projeto Ciências Sociais. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.
A RAINHA , M ar ia Lú c ia d e Arruda. História d a Educação e da Pedagogia Geral e do Brasil. São Paulo , Moderma, 
2006. 
GH I RA LD ELLI J R ., Paulo. História da Educação . 2ª Edição . São Paulo , Cortez, 2 00 0. 
LOPES, Eliane Marta Teixeira; FARIA FI LHO, Luciano Mendes; VEI GA , Cynthia Greive ( Orgs .). Quinhentos anos 
de educação no Brasil . 3. ed . Belo Horizonte: Autêntica, 2003. 
ROM ANEL LI, Otaíza de Oliveira . História da Educação no Brasil. Petrópolis , Rio de Janeiro 
A disciplina procura fundamentar os principais conceitos inerentes a educação e a pedagogia presentes em 
diferentes contextos da realidades social e cultural brasileira. Além do esforço de relacionar passado e presente , esta 
disciplina tem como proposta buscar as possíveis interfaces entre a história da educação o, a filosofia, a sociologia e a 
antropologia. 
https://www.infoescola.com/pedagogia/historia-da-educacao/

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