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Resumo aves

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Especializações das aves 
O voo é a característica principal das aves. 
- Os movimentos das asas são utilizados durante a natação para impulsionar aves aquáticas (pinguins) enquanto outros (patos) usam seus pés para nadar. 
- Nem todas as aves voam – aves são derivadas de dromeossauros terrestres e algumas espécies de aves (avestruzes, emus e kiwi) são secundariamente não voadoras. 
- Muitas espécies gastam muito do seu tempo no solo e voam apenas por curtas distancias para escapar de predadores. 
Uma segunda característica é a diuturnidade. Somando-se a isso a maioria das aves tem excelente visão e as cores tem um significado importante em suas vidas. 
A estrutura das aves 
Em muitos aspectos as aves são variáveis, entretanto, a morfologia das aves é mais uniforme que a dos mamíferos. Muito desta uniformidade é o resultado da especialização das aves para o voo. 
Penas e voo
As penas desenvolvem-se de reentrâncias ou folículos na pele, geralmente arranjados em regiões ou pterilas, que são separadas por áreas de pele sem penas ou aptérias. 
- Mais que 90 por cento de uma pena consiste de beta queratina, uma proteína relacionada com a queratina, a qual forma as escamas dos lepidossauros. 
Tipos de penas 
As penas estão fixas à pele por uma base curta e tubular o cálamo. 
Uma longa raque afilada estende-se do cálamo e possui ramificações laterais muito próximas entre si denominadas de barbas. 
As bárbulas são ramificações das barbas, e ramos distais e proximais das bárbulas dispõem-se nos lados opostos das barbas. 
	- As terminações das bárbulas distais têm a forma de ganchos que se prendem em fendas das barbulas proximais da barba adjacente (pena flexível). 
- As barbas e bárbulas próximas à base da raque são flexíveis e as bárbulas não possuem ganchos. Essa porção da pena tem textura macia, solta e fofa denominada de penugem ou plumácea. 
- Mais distante da base, as barbas formam uma superfície firme denominada vexilo, que possui uma textura penácea. Essa parte da pena é que fica exposta na superfície externa da plumagem e serve como um aerofólio, que protege a penugem que fica em baixo, repele a água, reflete ou absorve a radiação solar. 
- As remiges (penas das asas) e as rectrizes (penas da cauda) são grandes e rijas, em geral, penas de contorno penáceas modificadas para o voo. 
- As semiplumas são penas com estrutura intermediaria, elas combinam uma raque longa com vexilos inteiramente plumáceos e podem ser distinguidas das plúmulas pelo fato de a raque ser mais longa do que a maior barba. 
	Em geral, estão escondidas sob as penas de contorno. 
Elas fornecem isolamento térmico e ajudam a preencher o contorno do corpo da ave.
- As plúmulas são penas inteiramente plumáceas na quais a raque é mais curta do que a maior barba ou está ausente. Elas proveem isolamento térmico para as aves adultas de todas as espécies. 
	A plúmula do recém-nascido fornece uma cobertura isolante térmica em muitas aves, na eclosão ou logo depois. 
	No recém-nascido elas antecedem, usualmente, o desenvolvimento das primeiras penas de contorno. 
	As plúmulas da glândula uropigial estão associadas à grande glândula sebácea. A papila da glândula possui normalmente, um tufo de plúmulas modificadas, em forma de pincel, que ajudam a transferir a secreção oleosa da glândula, para o bico, à fim de fornecer a plumagem uma cobertura à prova d’água. 
- As plúmulas de pó produzem um pó branco composto por grânulos de queratina. O pó que é espalhado por toda a plumagem é hidrófobo. Todas as aves possuem plumas de pó, mas elas são mais bem desenvolvidas nas garças. 
- As cerdas são penas especializadas com uma raque rígida. Elas ocorrem mais comumente em torno da base do bico, ao redor dos olhos, na cabeça ou mesmo nos artelhos de algumas aves. 
	As cerdas repelem partículas estranhas, protegendo as narinas e os olhos de muitas aves; atuam como órgãos sensoriais tácteis e, possivelmente, auxiliam na captura área de insetos voadores. 
- As filoplumas são penas finas com umas poucas barbas curtas ou bárbulas na extremidade distal. Elas são estruturas sensoriais que ajudam na ação de outras penas. 
	Elas tem numerosas terminações nervosas livres nas paredes de seus folículos e estes nervos conectam-se a receptores de pressão e de vibração ao redor dos folículos. 
	O sistema sensorial tem, provavelmente, o papel de manter as penas de contorno no lugar, ajustando-as adequadamente para o voo, isolamento térmico, banho ou exibição.
Forma do corpo e esqueleto 
As penas garantem a força de ascensão e o contorno aerodinâmico durante o voo. As penas são leves, não obstante elas sejam fortes e elásticas para o seu peso. 
	- Elas também são responsáveis pelo isolamento térmico necessário á endotermia, e suas cores e formas funcionam na camuflagem e exibição. 
Muitos ossos são pneumáticos e o crânio é especialmente leve, mas os ossos dos membros traseiros são mais pesados do que aqueles dos mamíferos. Assim a massa total do esqueleto de uma ave é semelhante àquela de um mamífero, mas a maior parte da massa de uma ave concentra-se em seus membros traseiros. 
As características de alguns órgãos das aves reduzem a massa corpórea. As aves não tem bexiga urinária e a maioria das espécies tem somente um ovário. 
- Os músculos peitorais de voadores fortes podem atingir 20 por cento da massa corpórea total. As aves têm corações grandes, alta velocidade de fluxo sanguíneo e pulmões complexos, que usam fluxos de corrente cruzada, de ar e sangue para maximizar a troca de gases e dissipar o calor produzido. 
Aerodinâmica
As aves de voo rápido têm muitas daquelas características observadas em uma aeronave de alta velocidade. As penas de contorno criam junções regulares entre as asas e o corpo e às vezes também entre a cabeça e o corpo, eliminando fontes de turbulência, que aumentaria a resistência ao vento. Os pés são dobrados junto ao corpo, melhorando ainda mais a aerodinâmica. 
Esqueleto 
Os ossos pneumáticos das aves, provavelmente, são um caráter ancestral da linhagem dos arcossauros e não um caráter derivado das aves. 
- Em geral, a pneumatização dos ossos é mais desenvolvida nas aves grandes que nas pequenas. As aves mergulhadoras (pinguins, mergulhões e Gaviidae) tem pouca pneumatização. 
- Em quase todas as aves o crânio é pneumático (embora o kiwi). O esterno, a cintura escapular e o úmero são pneumáticos e fazem parte de um sistema interconectado de sacos aéreos, que permite o fluxo de ar em uma direção, através dos pulmões. 
- A cintura pélvica das aves é alongada, e o ísquio e o íleo alargam-se em laminas finas que são firmemente unidas ao sinsacro, formado pela fusão de 10 a 20 vértebras. 
- Nas aves cerca de cinco vertebras caudais livres e um pigóstilo, formado pela fusão das outras vértebras. Ele sustenta as penas da cauda (rectrizes). 
- As vértebras torácicas são mantidas juntas por fortes ligamentos que muitas vezes são ossificados. 
As vértebras torácicas, que são relativamente imóveis, o sinsacro e o pigóstilo combinados com a cintura pelvina alongada, produzem uma coluna vertebral quase rígida. O tronco rígido equilibra-se nas pernas. 
- O esterno é muito expandido, comparado com o de outros vertebrados e possui uma quilha (exceto nas aves que não voam) a partir da qual se originam os músculos, grande peitoral e supracoracóideo.
- A escapula estende-se caudalmente sobre as costelas e é sustentada pelo coracoide que se funde, ventralmente, no esterno.
- Uma proteção adicional é fornecida pelas clavículas que, na maioria das aves, são fundidas na sua parte distal formando a fúrcula (osso da sorte). 
- Os membros traseiros são muito alongados. O quinto dedo é perdido e os metatarsos dos dedos remanescentes são fundidos com a região distal dos tarsos formando um osso denominado, tarsometatarso. 
- A porção distal da tíbia funde-se com a porção proximal dos ossos tarsais formando um osso composto denominado tibiotarso que forma a maior parte da coxa. A fíbula é reduzida a um osso delgado e fino. 
- A verdadeira articulação do joelhofica escondida pelo contorno das penas do corpo, e o que se visualiza como a parte de baixo das pernas é na realidade o tarsometatarso. 
Músculos 
Os músculos de voo compreendem de 25 a 35 por cento da massa corpórea total nos voadores fortes, tais como beija-flores e andorinhas. Estas espécies têm pernas pequenas; os músculos associados a elas correspondem somente a 2 por cento da massa corpórea. 
- As aves predadoras, tais como gaviões e corujas, usam suas pernas para capturar presas. Nessas espécies os músculos de voo chegam a 20 por cento da massa corpórea e os músculos dos membros traseiros representam 10 por cento. 
- As aves nadadoras - por exemplo, patos - tem uma mesma proporção entre os músculos dos membros traseiros e os de voo. 
 - Aves, tais como saracuras, que são principalmente terrestres e correm para escapar dos predadores, têm os membros dos músculos traseiros mais desenvolvidos do que os de voo.
- Galináceo: A cor escura dos músculos das pernas revela a presença de mioglobina nos tecidos e indica uma alta capacidade para o metabolismo aeróbio nos músculos dos membros traseiros destas aves. Os músculos do peito não possuem mioglobina e tem pouca capacidade para o metabolismo aeróbio. 
- As aves que são capazes de sustentar um voo forte têm músculos do peito escuros com alta capacidade metabólica aeróbia. 
Membros traseiros (Pelvinos)
As aves, normalmente, são especializadas em duas ou mais formas de locomoção: marcha bípede ou natação com os membros traseiros e voo com os membros dianteiros. 
Andar, saltar e empoleirar-se 
Todas essas três tendências cursoras estão representadas, em graus variados, nas aves corredoras;
1. Aumento progressivo no comprimento dos elementos distais dos membros, com relação aos proximais.
2. Uma diminuição na área da planta do pé, que faz contacto com o solo. 
3. Redução no numero de artelhos 
- Como o centro de gravidade precisa ficar sobre os pés de um bípede, para a manutenção do equilíbrio, a redução da superfície de contato com o solo, só pode ser mantida com alguma perda na estabilidade da ave. 
- Características de grande porte, tais como os grandes ossos pesados da perna arranjados em colunas verticais como suportes de grande massa corpórea são observadas em algumas grandes aves terrestres primitivas que não voavam. 
	As aves-elefante (Aepyornithiformes) de Madagascar e as moas (Dinornithiformes) da Nova Zelândia, hoje extintas.
- Saltar é uma forma especial de locomoção podal, encontrada principalmente em aves arborícolas, que se empoleiram. Ela é mais desenvolvida nos pássaros e, regularmente, apenas algumas aves não Passeriformes saltam. 
- Muitos pássaros não podem caminhar, saltar é sua única maneira de locomoção terrícola. Alguns grupos de pássaros têm uma maneira mais terrícola de existência; estas aves possuem não só um tipo de marcha, bem como a habilidade de saltar. 
Pé de ave mais especializado para empoleirar em galhos: aquele no qual quatros artelho são livres, moveis e de comprimento moderado e com o artelho caudal bem desenvolvido, situando-se no mesmo plano que os três craniais, em sentido oposto a eles (anisodáctilo).
A condição zigodáctila, com dois artelhos craniais opostos aos dois que se estendem para trás é característica de aves que escalam ou empoleiram-se em superfícies verticais (Pica-Pau). 
Os tendões plantares, que se inserem, individualmente, nas falanges dos artelhos deslizam em sulcos que estão localizados craniais a articulação do joelho e caudais á articulação do tarsometatarso, de tal modo que os tendões apertam e flexionam em torno do poleiro. Além disso, projeções dos tendões que ficam sob os ossos dos artelhos e sulcos travam os tendões no local, nas bainhas, e ajudam a manter o aperto dos artelhos em torno do galho. 
Escalar 
As aves escalam em troncos de árvores ou outras superfícies verticais, usando seus pés, caudas, bicos e raramente seus membros dianteiros (peitorais). 
- Espécies, tais como pica-paus e arapaçus, que usam seus artelhos como forma de apoio. A cauda é usada como apoio para manter o corpo, contrabalançando a reação exercida pela cabeça e pelo pescoço, durante as potentes bicadas, o pigóstilo e as vertebras caudais livres, nestas espécies, são mais largos e sustentam penas fortes e rijas. 
- Os Sittidae e aves similarmente modificadas escalando tronco e paredes rochosas não só de cabeça para cima como de cabeça para baixo: garra do hálux é fortemente curvada e maior do que aquelas dos artelhos voltados para frente. 
Natação na superfície 
As modificações dos membros traseiros das aves são as especializações mais evidentes para a natação. Entre outras mudanças pode-se incluir um corpo largo que aumenta a estabilidade na água, uma plumagem densa que fornece flutuabilidade e isolamento térmico, uma grande glândula uropigial, produtora de óleo, que impermeabiliza a plumagem contra a água e modificações.
- Os pés das aves aquáticas são providos de membranas interdigitais e lobos. 
- Durante a evolução das aves os pés com membranas interdigitais, entre os três artelhos voltados para frente (palmados com membranas), foram adquiridos, independentemente, pelo menos quatro vezes.
- Os pés totipalmados, com membranas interdigitais em todos os quatro artelhos são encontrados nos pelicanos e seus parentes. 
A transição de uma ave nadadora de superfície para uma de sub-superfície ocorreu de duas formas, fundamentalmente, diferentes: ou pela especialização ainda maior dos membros traseiros, já adaptados para natação, ou pela modificação da asa para usá-la como nadadeira embaixo d’água. 
- Os mergulhadores de pés-propulsores altamente especializados evoluíram, independentemente, em Podicipedidae (mergulhões) e Phalacrocoracidae (biguás). 
- Os mergulhadores de asas-propulsoras evoluíram nos Procellariiformes (Pelecanoides spp.) e Sphenisciformes (pinguins). 
As aves que mergulham contornam o problema da flutuabilidade reduzindo o volume dos sacos aéreos tendo ossos menos pneumáticos; expelindo ar da sua plumagem antes de submergir, e no caso de alguns pinguins, engolindo algumas pedras que atuam como lastro. 
Elas são capazes de tolerar altas taxas de dióxido de carbono de sangue e podem conseguir uma quantidade considerável de energia através do seu metabolismo anaeróbio. 
Alimentação e digestão 
Os mecanismos predatórios das aves concentram-se em seus bicos e pés. 
A presença de um bico córneo no lugar dos dentes não é exclusiva das aves (Testudines). Mas a diversidade dos bicos é notável. 
- Aves insetívoras (Parulídeos) que encontram seu alimento na superfície da folha – normalmente tem bicos curtos, finos e pontiagudos que são adaptados ao tamanho do inseto. 
- Os varredores aéreos (andorinhões, andorinhas e bacuraus) que coletam suas presas no ar, têm bicos curtos, frágeis e uma ampla fenda bucal. 
- Os falcões verdadeiros têm uma estrutura denominada dente lamial que na realidade é uma projeção afiada da maxila superior, que se encaixe em um entalhe apropriado na maxilar inferior.
- As ave piscívoras (biguás e pelicanos) têm picos com a ponta em forma de gancho afiado, enquanto os patos mergulhadores têm bicos longos, estreitos e com uma série de serrilhas ao longo dos lados do bico. 
- Os patos (Anatini) têm bicos com lamelas córneas que formam sulcos transversais e suas línguas também tem projeções córneas. A língua e o bico são providos de uma grande numero de corpúsculos sensoriais e formam um sistema de filtração que permite aos patos encher o bico de lama e água, separar as presas e eliminar os detritos. 
- Um grupo segura a semente no seu bico e corta-a fazendo movimentos para frente e para trás com a maxila inferior. As aves do segundo grupo seguram a semente contra sulcos no palato e quebram a testa exercendo uma pressão para cima com sua robusta maxila inferior. 
- Outras aves têm especializações diferentes para comer sementes: os cruza-bicos e os pica-paus.
O crânio da maioria das aves consiste de quatro unidades ósseas, que podem se movimentar uma em relação às outras (cinesecraniana). Á medida que a boca se abre, a maxila superior flexiona-se para cima e a maxila inferior expande-se lateralmente junto a sua articulação com a caixa craniana. 
 - As aves limícolas de bicos longos para localizar vermes e crustáceos investigam na lama e na areia. Apresentam uma forma de cinese craniana na qual a zona flexível da maxila superior deslocou-se para perto da ponta do bico. 
Sistemas sensoriais 
As aves tem um sistema visual bem desenvolvido que se mantem ativo enquanto a ave está dormindo (os lobos ópticos são grandes). A olfação é relativamente pouco importante para a maioria das aves e os lobos olfatórios são pequenos. 
- O cerebelo, que coordena os movimentos do corpo, é grande. 
Visão 
Os olhos das aves são grandes, tao grandes que o encéfalo é deslocado dorsocaudalmente.
O olho de uma ave é como o de qualquer vertebrado, com relação a sus estrutura básica, mas a forma varia de uma esfera achatada a algo que se aproxima de um tubo. 
- Pécten e gotículas de óleo. 
Audição 
A cóclea das aves tem a mesma estrutura básica que a dos outros vertebrados, mas ela parece ser especializada para distinções sutis de frequência e do padrão temporal do som. 
- A cóclea de uma ave tem cerca de dez vezes mais células ciliadas por unidade de comprimento. 
A sensibilidade do sistema auditivo das aves é, aproximadamente, a mesma de todos os seres humanos, apesar do pequeno tamanho das orelhas das aves. A maioria das aves tem membranas timpânicas grandes em relação ao tamanho da cabeça.
- Uma membrana timpânica grande aumenta a sensibilidade auditiva e as corujas têm os maiores tímpanos. 
- As corujas são as aves mais sensíveis acusticamente. Elas têm membranas timpânicas e cócleas grandes, bem como centros auditivos bem desenvolvidos no encéfalo. O disco facial formado por penas rijas atua como um refletor parabólico de sons, focando aqueles com frequências acima de 5 quilohertz, no canal auditivo externo, e amplificando-os em 10 decibéis. 
As aves podem ouvir bem também na região do infrassom (sons de frequência muito baixas). 
Olfação 
O sentido do olfato é muito desenvolvido em algumas aves e pouco na maioria delas. 
Bulbos relativamente grandes são encontrados em espécies que nidificam no chão e em colônias, espécies associadas com agua, espécies carnívoras ou piscívoras.
- Algumas aves usam o olfato para localizar a presa. 
- O kiwi tem narinas na ponta do seu bico longo e localiza minhocas no interior do solo, por meio da olfação. 
- A olfação, provavelmente, tem importância nas habilidades de orientação e navegação de algumas aves. As aves marinhas com narinas tubulares (albatrozes) nidificam em ilhas, e quando volta do forrageamento no mar aproximam-se das ilhas a favor do vento. 
Sistemas de acasalamento, Reprodução e Cuidado Parental 
Cores e Padrões: As cores das penas são determinadas por uma combinação de características estruturais e de pigmentos.
- As cores escuras são produzidas por melanina. Os pigmentos pretos de melanina enrijecem as penas.
- Os pigmentos carotenoides são responsáveis pela maioria das cores vermelhas, laranja e amarela. As aves obtem este pigmento a partir da dieta. 
- Porfirinas são compostos químicos que contêm metais, semelhantes à hemoglobina e à bile do fígado. A luz ultravioleta induz as porfirinas a emitirem uma fluorescência vermelha. 
- As cores estruturais resultam de diminutas partículas de melanina nas células da superfície das barbas das penas, que refletem comprimentos específicos de luz. 
- As cores iridescentes resultam da interferência de ondas de luz refletidas das superfícies externa e interna de estruturas ocas. A nuança da cor iridescente depende da distância entre as superfícies refletoras e, a intensidade da cor, depende de quantas camadas de estruturas refletoras a pena contém. 
Vocalização e Exibição Visual: As aves utilizam cores, posturas e vocalizações para a identificação de espécies, sexo e indivíduo. 
- Normalmente o canto é a vocalização mais longa e mais complexa produzida por uma ave. Em muitas espécies são executados somente pelos machos sexualmente maduros e apenas durante a estação reprodutiva. 
- O canto é um comportamento aprendido, controlado por uma serie de regiões de controle do canto (RCCs) no encéfalo. As RCCs são controladas hormonalmente. 
- O comportamento vocal das fêmeas de aves varia muito entre os grupos taxonômicos: em algumas espécies as fêmeas produzem apenas chamados simples, enquanto que em outras espécies elas se engajam com os machos em duetos complexos. 
- Os cantos das aves identificam as espécies que estão cantando. Os dialetos são transmitidos de uma geração a outra, com os jovens aprendendo os cantos de seus pais e vizinhos. 
- Os cantos de aves também possuem variações individuais, o que lhes permite reconhecer os cantos dos residentes de territórios adjacentes e também distinguir o canto de seus vizinhos e aqueles dos intrusos. 
- Os cantos dos machos identificam sua espécie, seu sexo e a ocupação de um território. 
- As exibições visuais estão comumente associadas ao canto; por exemplo, uma postura corpórea particular, que exibe penas coloridas pode acompanhar os cantos. 
- Os machos têm cores mais brilhantes do que as fêmeas e penas modificadas como resultado da seleção sexual. Nas aves cores brilhantes e outros ornamentos dos machos podem ser indicativos do bom estado nutricional, da resistência a parasitas, ou de habilidade em evitar predadores.
Sistemas de Acasalamento e Investimento Parental 
Acredita-se que os sistemas de acasalamento dos vertebrados refletem a distribuição de alimento, os locais de reprodução e os parceiros em potencial.
- Um macho está pronto para acasalar-se de novo pouco após ter inseminado uma fêmea; mas ela precisa ovular, depositar o vitelo e formar uma nova postura antes de tentar um segundo acasalamento. 
- Para os machos a estratégia mais produtiva pode ser acasalar-se com tantas fêmeas quanto possível. Uma fêmea pode maximizar seu sucesso dedicando certo tempo para escolha cuidadosa do melhor macho para cuidar dos seus filhotes.
- A maior ou menor facilidade com a qual os machos podem conseguir acasalamentos múltiplos depende das condições ecológicas, especialmente da disponibilidade de alimento e de locais para nidificar. 
	Se o alimento e os locais para os ninhos estiverem distribuídos mais ou menos uniformemente no habitat, é pouco provável que um macho possa controlar uma área suficientemente grande para monopolizar muitas fêmeas.
	Se os recursos estiverem limitados no espaço, com áreas improdutivas entre eles, as fêmeas serão forçadas a agregarem-se nas áreas com recursos. Então será possível um macho monopolizar várias fêmeas, defendendo uma área. 
- A distribuição temporal de fêmeas que se reproduzem também é importante determinando o potencial para um macho conseguir acasalamentos múltiplos. Uma consideração importante é o número de fêmeas receptivas com relação ao numero de machos reprodutivos em um dado momento. 
	Se a proporção de machos para fêmeas na população é de 1:1 e se todas as fêmeas tornam-se receptivas ao mesmo tempo, haverá uma fêmea receptiva para cada macho reprodutivo. Os machos tem pouca oportunidade de monopolizar um grande numero de fêmeas. 
	Se as fêmeas tornam-se receptivas durante um período de semanas, o numero de machos reprodutivos em um dado período de tempo será maior que o do que o numero de fêmeas. Nesta situação é possível um macho acasalar-se com muitas fêmeas durante a estação reprodutiva. 
	À medida que aumenta a competição entre os machos por parceiras, a variação no sucesso reprodutivo dos machos aumenta individualmente e a seleção sexual tem tendência a tornar-se mais intensa. 
-Monogamia: refere-se a uma ligação de parceiros, entre macho solteiro e uma fêmea solteira. O casal pode permanecer junto parte de uma estação reprodutiva, uma estação inteira, ou por toda a vida. 
	A distribuição de recursos e o grau de cuidado parental parecem ser dois fatores que são frequentemente importantes. Ambos ospais participam, em geral, dos cuidados com os filhotes. 
	Talvez o incentivo mais importante para a formação de um par, em muitas espécies de aves, seja a necessidade de cuidados, por ambos os pais, para o crescimento da ninhada. 
	A terceira situação seria uma proporção sexual que desviasse bastante de 1:1. 
- Poligamia: refere-se a uma situação na qual um indivíduo tem mais de um parceiro na estação reprodutiva. Na poliginia um macho acasala-se com mais de uma fêmea. Na poliandria uma fêmea acasala-se com dois ou mais machos. 
	Poliginia: o macho pode aumentar seu sucesso reprodutivo acasalando-se com mais de uma fêmea. Na poliginia de defesa de recurso os machos controlam o acesso às fêmeas monopolizando os recursos críticos – tais como locais de nidificação ou alimento – que têm distribuição fragmentada. Na poliginia de dominância dos machos os machos disputam as fêmeas estabelecendo padrões de dominância, ou demonstrando sua qualidade através das exibições. 
	Os machos não participam do cuidado parental e todos os deveres de incubação e proteção dos filhotes são realizados pela fêmea. Menos comumente é o caso em que a fêmea é emancipada e o macho assume as responsabilidades do casal. 
	Poliandria de defesa de recurso parece ser típico de situações nas quais o custo de cada esforço reprodutivo é baixo e a probabilidade de sucesso da ninhada é pequena.
- A promiscuidade é uma mistura de poliginia e poliandria, na qual ambos, os machos e as fêmeas acasalam-se com vários indivíduos diferentes. 
- Reprodução: está limitada à postura de ovos. Se as aves são vistas como tendo sido especializadas para produção de um ovo relativamente grande de cada vez, bem como para incubação dos ovos e cuidados parentais complexos, as vantagens potenciais da retenção dos ovos são muito menores, pois são maiores os custos da fecundidade diminuída e do maior risco de mortalidade materna. 
- Nidação: os ninhos dão proteção aos ovos não apenas contra a agressões físicas como o calor, o frio ou a chuva, bem como contra os predadores. Os ninhos das aves variam desde cavidades rasas no solo até enormes estruturas que representa o esforço combinado de centenas de indivíduos, durante muitas gerações.	
	Apenas 16 por cento dos pássaros nidificam em colônias. Uma colônia é, potencialmente, uma concentração de presas que podem atrair predadores, mas a alta densidade de aves nidificando pode oferecer uma certa proteção. Um intruso pode ser ameaçado, de todos os lados, pelas bicadas. 
- Incubação Acredita-se que todas as outras aves incubam seus ovos usando o calor metabólico. A maioria dos pássaros, assim como os patos, gansos e galináceos só iniciam a incubação após ter posto o penúltimo ou ultimo ovo. 
- A prolactina e o estrógeno, ou andrógeno, estimula a formação de uma placa de incubação (área de pele nua na superfície ventral) na fêmea e no macho, respectivamente. 
	As penas da placa de incubação caem e há um aumento na irrigação sanguínea na derme, que pode assim dobrar em espessura, dando à pele uma textura esponjosa. 
	Nem todas as aves desenvolvem e em algumas espécies somente a fêmea tem placa de incubação. 
- Cuidado parental: As aves atuais seguem os padrões ancestrais mas nem todas as espécies produzem filhotes precoces. Ao invés disto, os ninhegos de aves mostram um espectro de maturidade que varia desde filhotes precoces, que são emplumados e auto-suficientes já no momento da eclosão, até forma altriciais, que são nuas e inteiramente dependentes de seus pais para a alimentação e termorregulação. 
	Precocial: olhos abertos, cobertos com penas ou plúmulas, deixam o ninho após um ou dois dias. 
	Semiprecocial: olhos abertos, cobertos com plúmulas, capazes de andar, mas permanecem no ninho e são alimentados pelos pais (Gaivotas). 
	Altricial: olhos fechados, poucas plúmulas ou sem, incapazes de deixar o ninho, alimentados pelos pais (Pássaros).
	Semialtricial: cobertos com plúmulas, incapazes de deixar o ninho, alimentados pelos pais (Olhos fechados: corujas e Olhos abertos: garças e gaviões). 
	Os filhotes altriciais são guardados e alimentados por um ou ambos os pais, após a eclosão.

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