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Escola SENAI “Prof. Dr. Euryclides de Jesus Zerbini” Campinas/SP 2002 Telecomunicações Avançadas Volume 1 Telecomunicações Avançadas SENAI, Departamento Regional de São Paulo, 2002 Trabalho elaborado pela Escola SENAI “Prof. Dr. Euryclides de Jesus Zerbini” Coordenação Geral Magno Diaz Gomes Equipe responsável Coordenação Geraldo Machado Barbosa Elaboração Fausto Leite Alves Maurício Tadeu Teixeira Marcos Valério Gebra da Silva Equipe responsável pela formatação Coordenação Luciano Marcelo Lucena da Silva Formatação David Tadeu Cassini Manzoti Edmar Fernando Camargo Edney Messias Soares Eudenir Scheffer Junior Edição 1.0 SENAI - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Escola SENAI “Prof. Dr. Euryclides de Jesus Zerbini” Avenida da Saudade, 125, Bairro Ponte Preta CEP 13041-670 - Campinas, SP senaizerbini@sp.senai.br Telecomunicações Avançadas Sumário Introdução ao Curso 05 Introdução ao Sistema Celular 07 Conceitos Wireless 17 Introdução às Estações Móveis 49 Introdução às Estações Rádio Base 57 Introdução à Central de Comutação e Controle 65 Processamento de Chamadas 73 Utilização de Canal 107 Tráfego e Planejamento Celular 121 Referências Bibliográficas 151 Sumário Telecomunicações Avançadas Introdução ao Curso Este módulo é destinado a fornecer ao aluno uma visão geral das informações sobre o curso de Sistema Celular administrado pelo SENAI “Prof. Dr. Euryclides de Jesus Zerbini” Objetivos Após o término deste módulo o aluno será capaz de: • Descrever o conteúdo do curso; • Definir os métodos de avaliação usados no curso. Introdução ao Curso O Estudo do Sistema é destinado a apresentar uma visão geral dos princípios de telefonia, bem como os produtos no Sistema Móvel Celular. Os conceitos, padrões, encaminhamentos da chamada, equipamentos e componentes de hardware/software necessários para operar estes sistemas, serão introduzidos. Introdução ao Curso 5 Telecomunicações Avançadas Introdução ao Sistema Celular Este módulo fornece uma introdução aos Componentes do Sistema Celular da rede básica e dos padrões (ou modelos) nos quais opera um sistema celular. Objetivos Após o término deste módulo, o aluno será capaz de: Definir o que é considerado "wireless" (Sistema de Comunicação sem Fio) e relembrar os eventos associados à evolução do wireless. • • • Listar os componentes básicos de um Sistema Celular Listar os componentes básicos de uma Rede de Comunicações. Evolução Histórica do Celular A evolução das telecomunicações está paralela à evolução da humanidade. Nos tempos antigos para estabelecer uma comunicação bastava gritar de uma certa distância. Assim, quanto mais força a pessoa tinha no pulmão maior a distância de comunicação. Porém, a qualidade pobre em distâncias de pouco mais de duzentos metros conduziu ao desenvolvimento do telefone e do rádio no final de 1800 durante a revolução industrial. O serviço de telefonia com fio tornou-se o meio favorito para se comunicar em longas distâncias devido à qualidade e à consistência desde o início ao término da chamada. O rádio foi usado para necessidades especializadas (militares e mensagem de campo) e não para conduzir conversação do dia-a-dia. O equipamento e a tecnologia do rádio têm se aperfeiçoado continuamente desde seu aparecimento. Não foi nem mesmo no meio de 1980, quase cem anos após o desenvolvimento do rádio em 1888, que a telefonia com fio e sem fio começaram a se Introdução ao Sistema Celular 7 Telecomunicações Avançadas misturar. Hoje, o sistema de telefonia celular está expandindo em proporção maior que a taxa de crescimento com fio. A popularidade do serviço de telefonia celular se explica devido à liberdade, mobilidade e ao aumento da produtividade que o próprio serviço oferece. As pessoas não estão mais dependentes de telefones fixos ou públicos para lidar com comerciantes, fregueses, colegas de trabalho e relações em geral. Os EUA não estão sozinhos na luta para criar um sistema de telefonia sem fio. No final da década de 60, o Laboratório de Telecomunicações Japonesa (NTT) desenvolveu um plano para rádio celular com freqüência de 400 MHz (nunca implementada comercialmente). Mais ou menos dez anos mais tarde, o sistema metropolitano de Tokyo (NAMTS) foi introduzido contendo uma capacidade básica de 4000 assinantes, o que foi expandida para 8000. Padrões AMPS/D-AMPS O Sistema de Telefonia Móvel Avançado (AMPS) é o fundamento no qual o projeto celular se baseia. O modelo AMPS resultou de uma série de documentos técnicos AT&T que foram especificados pela Associação das Indústrias Eletrônicas/Associação das Indústrias de Telecomunicações (EIA/TIA 553) com as características gerais de um sistema efetivo de comunicações sem fio em larga escala. O modelo do Sistema de Telefonia Móvel Avançado Digital (D-AMPS) foi estabelecido posteriormente e foi baseado no AMPS. A Associação de Indústrias de Telecomunicações Celulares (GTIA) esboçou um documento de Requerimentos da Performance do Usuário (UPR) apresentando o perfil de urna nova geração de equipamento celular capaz de encontrar as necessidades crescentes da indústria celular. A CTIA aprovou a implementação do Acesso Múltiplo por Divisão de Tempo (TDMA) como uma técnica de escolha para a próxima geração de celular. Os Padrões Ínterim (IS) escritos para D-AMPS são: IS-54 • • Compatibilidade Estação Móvel Dual e Estação Rádio Base IS-55 Padrão de Performance Mínima Recomendado para Estação Móvel Dual 800 MHz Introdução ao Sistema Celular 8 Telecomunicações Avançadas IS-56 • • • • • • • • • Padrão de Performance Mínima Recomendado para Estação Rádio Base 800 MHz suportando Estações Móveis Duais IS-136 Terminais Dual Bands suportando ambas estações: 800 MHz e 1900 MHz com roaming nacional/internacional completo e facilidades transparentes. Os principais critérios endereçados aos dois padrões são: Grande capacidade de assinante Uso eficiente do espectro Disponibilidade para a densidade do tráfego Serviço para veículos e para portátil Serviço regular de telefones e serviços especiais Qualidade de serviço do telefone Condições de custeios AMPS/D-AMPS mantém a maior distribuição de mercado sem fio em todo continente Norte Americano, na Austrália, Nova Zelândia e em vários países da Ásia e Europa. Agências Reguladoras Associação das Indústrias (EIA) / Associação das Indústrias de Telecomunicações (TIA) A Associação das Indústrias Eletrônicas (EIA) é uma associação de comércio fundada em 1924 que oferece recomendações em artigos eletrônicos. A Associação das Indústrias de Telecomunicações (TIA) é uma subsidiária da EIA e representa grandes e pequenas companhias que fornecem materiais, produtos e sistemas de comunicações, serviços de 'distribuição e serviços profissionais aos EUA e aos países de todo o mundo. Constituída em 1988, a TIA funciona como a voz da indústria de telecomunicações em artigos públicos abrangendo seus derivados. Comissão de Comunicações Federal (FCC) A agência governamental que controla o regulamento das comunicações nos EUA é a Comissão Federal de Comunicações (FCC). A FCC é um serviço de presidência que regulamenta todo o sistema de comunicação elétrica originado nos EUA entre estados e países estrangeiros, incluindo rádio, televisão, fax, telégrafos, telefones e sistemas a cabo. As regulamentações a respeito das telecomunicações são encontradas no Artigo Introdução ao Sistema Celular 9 Telecomunicações Avançadas 47 do Código deRegulamentação Federal. Informações sobre o Serviço Móvel Público são encontradas na parte 22 no segundo dos cinco volumes que constituem o Artigo 47. O subartigo K do Artigo 47/Parte 22 se refere especificamente aos Serviços de Telecomunicações de Rádio Celular Público Doméstico. União Internacional de Telecomunicações (ITU)/Conferência Européia para Administração de Telecomunicações e Postais (CEPT) A União de Telecomunicações Internacional (ITU) é o equivalente Europeu do FCC e através de comitês designados endereça freqüência e uso de espectro. A Conferência Européia para administração de telecomunicações e postais (CEPT) também estabelece modelos principalmente para a Europa. Associação das Indústrias de Telecomunicações Celulares (CTIA™) Constituída em 1984, a Associação das Indústrias de Telecomunicações Celulares (CTIA™) é a organização internacional que representa todos os elementos das comunicações sem fio: celular, serviços de comunicação pessoal, rádio móvel, dados em wireless e satélite. A associação é dedicada a promover a simplicidade do uso e o serviço de cobertura ampla nas comunicações sem fio em benefício do próprio consumidor. Sistema Celular Básico Um sistema celular é formado pelos seguintes componentes básicos: Estação Móvel (EM) • • • • • • Estação Rádio Base (ERB) Central de Comutação e Controle (CCC) Estação Móvel (EM) O telefone móvel pode ser comparado a uma estação de rádio com potência de bateria automática. O telefone móvel é conectado via o sinal de rádio a uma estação rádio base próxima, que pertença a uma rede de telefonia móvel. A estação móvel é composta por três partes principais: Equipamento Telefônico Parte de Controle Parte de Rádio A potência de transmissão de uma estação móvel deve ser suficiente a todo momento de maneira que a estação Rádio Base possa captar seus sinais. A estação rádio base Introdução ao Sistema Celular 10 Telecomunicações Avançadas pode, dentro dos limites definidos, ordenar a Estação Móvel aumentar ou diminuir a sua potência a qualquer hora. Figura 1.1: Estações Móveis Figura 1.1: Estações Móveis Estação Rádio Base (ERB) A Estação Rádio Base (ERB) controla o tráfego do rádio para e da estação móvel dentro de uma área geográfica denominada célula. A ERB é conectada à Central de Comutação e Controle (CCC) e contém: Equipamentos de lnterface para a CCC • • • • • • • • Transmissor e Receptor de Rádio Antenas Torre Equipamentos de Controle Ambiental Central de Comutação e Controle (CCC) A CCC controla todas as conexões e desconexões das chamadas para um telefone móvel, e ao mesmo tempo, funciona como a interface entre a rede móvel e a rede de telefonia de comutação pública (PSTN). A CCC é encarregada de fornecer serviços ao assinante, tais como: Chamada em Espera Conferência Mensagem de voz Introdução ao Sistema Celular 11 Telecomunicações Avançadas Figura 1.2: Sistema Celular Básico Rede Básica A rede básica consiste em grande parte dos seguintes componentes: Rede Móvel Terrestre Pública (PLMN) • • • • • • • • • • • Sistema de Sinalização número 7 (SS7) Home Location Register (HLR) Rede de Telefonia de Comutação Pública (PSTN) PLMN A Rede Móvel Terrestre Pública (PLMN) é -a rede formada pelo sistema celular. Os componentes desta estrutura consistem de: EM ERB CCC Cada PLMN é uma rede composta por componentes que estão agrupados em áreas. Tem-se uma ilustração na página seguinte que define as áreas e componentes associados a PLMN. A célula é a unidade básica da PLMN. A rede de telefonia móvel é dividia em muitas células. Cada célula é controlada por uma ERB que está conectada a uma CCC. Células podem ser agrupadas para formar uma Área de Localização. Áreas de Localização, controladas por urna CCC, podem ser agrupadas para formar uma Área de Serviço. Uma ou mais Áreas de Serviço são combinadas para formar a PLMN. Introdução ao Sistema Celular 12 Telecomunicações Avançadas Figura 1.3: A Rede Celular Sistema de Sinalização Número 7 (SS7) O Sistema de Sinalização Número 7 (SS7) foi desenvolvido para a implementação da comunicação de rede de telecomunicações. A função primária do SS7 é transferir mensagens entre centrais em um formato padrão que pode ser lido por qualquer central compatível com SS7. Rede de Telefonia de Comutação Pública (PSTN) A PLMN -é a rede constituída de componentes celulares. A PSTN é constituída de centrais, base de dados e conexões para clientes fixos. As redes celulares estão conectadas à PSTN para enviar chamadas móveis para telefones fixos e para fornecer serviços tais como: roaming, registro e handoff a fim de criar uma rede sem interrupção (seamless). A rede PSTN no Brasil utiliza Sistema de Sinalização Número 7, para comunicar com a PLMN. Introdução ao Sistema Celular 13 Telecomunicações Avançadas Figura 1.4: A Rede Básica e o SS7 Mercados Usando as Redes AMPS/D-AMPS Celular Os equipamentos existentes são projetados para suportar: Densidade de assinante muito alta em grandes áreas urbanas • • • • • • • • Áreas largamente povoadas Os equipamentos no mercado celular utilizam um conceito funcionalmente modular que é aplicado tanto a hardware como a software com o objetivo de fornecer: Construção do sistema de acordo com as necessidades do cliente. Adição, remoção e modificação de funções. Tecnologia futura a custo reduzido. Ampla quantidade de facilidades de assinante incluindo as facilidades básicas que estão disponíveis na Rede de Telefonia de Comutação Pública (PSTN). Supervisão contínua de transmissão. Tecnologia de ponta. Sistema de Comunicação Pessoal (PCS) PCS, também chamado de "Upbanded" ou D-AMPS 1900 representa um conjunto de serviços de telecomunicações personalizados para o indivíduo. Os números do telefone usados nas estações móveis PCS tornam-se específicos para um indivíduo e as facilidades de serviço que cada assinante requer são customizadas para o indivíduo. A função de um único número de telefone PCS para um cliente facilita o início e a finalização das chamadas nas áreas regionais, nacionais e internacionais. A rede, que opera em uma banda de freqüência 1900 MHz, realiza todo o trabalho de Introdução ao Sistema Celular 14 Telecomunicações Avançadas localizar o cliente e implementar uma chamada através da operadora de serviço e do sítio mais próximo. PCS fornece os seguintes benefícios ao cliente: Utilização da tecnologia digital mais recente fornecendo assim uma comunicação de dados mais eficiente. • • Utilização de melhores equipamentos tais como: antenas menores e tecnologia de telecomunicações mais avançada. Introdução ao Sistema Celular 15 Telecomunicações Avançadas Exercícios Complete os espaços em branco com as respostas corretas. 1. Veicular, Transportável e Portátil são diferentes tipos de: 2. Qual componente do sistema celular básico que faz a interface entre CCC e EM? 3. Qual componente do sistema celular básico é a interface entre a rede móvel e a rede de telefonia de comutação pública? 4. Quais são os protocolos de comunicação de rede usados dentro da indústria de telecomunicações? 5. Liste os três componentes da Rede Móvel Terrestre Pública (PLMN). 6. Qual o padrão interim (IS) devemos usar quando trabalhamos com canal de controle digital? Introdução ao Sistema Celular 16 Telecomunicações Avançadas Conceitos Wireless Este módulo é destinado a fornecer uma introdução aos espectros de freqüência usados no Sistema Celular. Veremos como as bandas de freqüência estão separadas. A finalidade dos canais utilizados nosistema celular também será discutida. Objetivos Após o término deste módulo, o aluno será capaz de: • Identificar o espectro de freqüência para o celular e PCS • Descrever como os planos de freqüência são usados • Explicar estratégias de alocação de freqüências • Discutir brevemente a finalidade do canal de controle e de voz • Identificar os vários métodos de acesso Conceitos Wireless 17 Telecomunicações Avançadas Sumário Introdução às Freqüências 19 Técnicas de Modulação FM, FSK, PSK e 4 π DQPSK 20 Bandas de Freqüência e Separação de Canal 34 PCS 36 Planejamento de Freqüência 36 Métodos de Acesso 38 Exercícios de Revisão 41 Conceitos Wireless 18 Telecomunicações Avançadas Introdução às Freqüências O termo freqüência se refere ao número de ondas sonoras por segundo. Contudo, desde que o principal modo de transmissão e recepção de informações em comunicações sem fio vem sendo transmitido via freqüências de rádio (RF), uma compreensão generalizada sobre ondas de rádio se faz necessária. Uma onda de rádio é uma forma de energia eletromagnética, se propagando na velocidade da luz, que pode ser visualizada como uma fração de onda. De forma simplificada, a fração de onda possui três características importantes mostradas na ilustração abaixo: • Amplitude A magnitude ou altura dos pontos altos e baixos da fração de onda. • Freqüência O número de pontos altos que ocorrem em um segundo; a medida básica da freqüência é Hertz, e é definido como um cicio, um evento de alto a alto. A maior parte das freqüências de rádio são medidas em Kilohertz (kHz - 1000 Hertz) ou em megahertz (MHz - 1000.000 Hertz) respectivamente. • Fase O ângulo particular de inflação da onda em um momento preciso no tempo. A fase é normalmente medida graus. Fração de Onda Simplificada Figura 2.1: Fração de Onda Simplificada Conceitos Wireless 19 Telecomunicações Avançadas Técnicas de Modulação Modulação em Freqüência (FM) Neste método a informação análoga modula a freqüência da portadora. A portadora poderá ter sua freqüência modificada proporcionalmente a amplitude do sinal de informação. Esta modulação é usada em celulares analógicos na transmissão do canal de voz (AVC) Figura 2.2: Modulador em freqüência ( )vHz e fK m f ∆ ∆ = Onde: Kf = Constante de freqüência ∆f = Desvio de freqüência ∆em = Variação do sinal modulador (informação) A largura de faixa de um sinal FM pode ser aproximadamente por: ( )fmfBW +∆= 2 Modulações Chaveadas Para transmitir sinais por meio de rádio (ou Por Um modem), é necessário modularmos uma portadora de RF com o sinal que desejamos transmitir. Existem vários motivos para se usar uma portadora: • A freqüência do sinal de banda básica não é alta o suficiente para ser transmitida de forma eficiente por meio de antenas; • Precisamos designar uma nova freqüência para o sinal a ser transmitido, tornando possível evitar a interferência com outros sinais de banda básica iguais. Conceitos Wireless 20 Telecomunicações Avançadas A modulação de uma portadora de RF por um sinal digital gera um sinal modulado por chaveamento. Esse sinal chaveado transporta as informações por meio da alteração da amplitude, freqüência ou fase do sinal modulado. Modulação por Chaveamento de Amplitude - ASK A modulação ASK (Amplitude Shift Keying) utiliza um modulador semelhante ao AM, no qual a variação da amplitude do sinal modulado indica o código do dado transmitido. As principais características da modulação por chaveamento de amplitude são: • Facilidade de modular e demodular; • Pequena largura de faixa; • Baixa imunidade a ruídos. Devido às características citadas, a modulação por chaveamento de amplitude é indicada nas situações em que exista pouco ruído para interferir na recepção do sinal ou quando o baixo custo é essencial. Por isso, a modulação ASK é utilizada em aplicações muito distintas: • Transmissão via fibras ópticas, onde não existe ruído para interferir na recepção do sinal; • Transmissão de dados por infravermelho, como os usados em algumas calculadoras; • Controle remoto por meio de raios infravermelhos, como os usados em aparelhos de TV; • Controle remoto por meio de radiofreqüência, como os usados para ligar e desligar alarmes de carros, residências ou abrir portões. Métodos de Obtenção O sinal ASK pode ser obtido de duas maneiras: • Pelo uso de um modulador AM convencional ou • Pelo uso de um modulador chaveado. O uso de um modulador AM convencional é o método mais indicado para a obtenção do sinal ASK. Isso ocorre porque fica mais fácil limitar a banda passante do sinal modulante digital do que a do sinal modulado. Já os moduladores chaveados não respondem de maneira adequada aos sinais modulantes filtrados. Veja na Figura 2.3 a estrutura básica de um modulador ASK. O filtro passa-baixa corta os harmônicos do sinal modulante digital, reduzindo a largura de faixa do sinal Conceitos Wireless 21 Telecomunicações Avançadas modulante. Em princípio, a freqüência de corte do FPB deve ser igual à metade da velocidade de modulação. O modulador de amplitude gera o sinal ASK a partir do sinal digital filtrado e do sinal senoidal proveniente do oscilador que irá determinar a freqüência central do sinal ASK. A saída do modulador será um sinal ASK contendo um par de faixas laterais. Figura 2.3: Estrutura de um Modulador ASK Figura 2.4: Formas de ondas típicas da modulação ASK. Demodulação do Sinal ASK A demodulação do sinal ASK pode ser feita por meio de um detector de envoltória seguido por um filtro passa-baixa e um circuito de decisão, como mostrado na figura 14.8. Figura 2.5: Diagrama em blocos de um demodulador ASK. O detector de envoltória retifica o sinal ASK. Em seguida, o filtro passa-baixa elimina o componente pulsante do sinal entregue pelo detector de envoltória, recuperando o nível médio correspondente. Veja a Figura 2.6. O circuito de decisão compara o nível médio presente na saída do filtro passa-baixa com uma tensão de referência, V2. Se o Conceitos Wireless 22 Telecomunicações Avançadas nível médio estiver acima do valor de referência, o circuito de decisão coloca nível alto em sua saída. Caso o sinal na entrada do circuito de decisão esteja abaixo da tensão de referência VI, a saída estará em nível baixo. Figura 2.6: Formas de ondas típicas de um demodulador ASK. O uso de duas tensões de referência, V1 e V2, ajuda a reduzir os erros causados por sinais contendo ruídos. Se o ruído no sinal ASK for menor do que a metade do valor pico-a-pico do sinal, não haverá erro na decisão. Um disparador Schmmitt proporciona o mesmo tipo de proteção contra erros causados por ruídos. Modulação por Chaveamento de Freqüência - FSK A modulação por chaveamento de freqüência, FSK (Frequency Shift Keying), apresenta como principal característica à boa imunidade a ruídos, quando comparada com a modulação ASK. Como ponto negativo, a modulação FSK apresenta a maior largura de faixa dentre as modulações chaveadas. A modulação FSK é utilizada em modens de baixa velocidade, ou seja, com velocidade de transmissão igual ou menor que 1200 bps. Também é usada na transmissão de dados via rádio, ressaltando-se, por exemplo, a transmissão de sinais de radiocontrole. Na telefonia celular, é empregada a modulação FSK para a transmissão de controle entre a estação radiobase e o telefone celular, corno ocorre no sistema analógico AMPS. A modulação FSK pode ser obtida pela aplicação do sinal digital, com a banda de freqüência limitada, na entrada de um VCO. Figura 2.7: Diagrama em blocos de um modulador FSK. Conceitos Wireless 23 Telecomunicações Avançadas As variações de amplitude do sinal digital forçam o VCO a variarsua freqüência entre dois valores diferentes. A freqüência correspondente ao bit O é chamada de freqüência espaço e a correspondente ao bit 1, de freqüência marca. Veja a figura 2.8. Figura 2.8: Formas de ondas de um modulador FSK A largura de faixa do sinal FSK depende da velocidade de transmissão e da diferença entre as freqüências marca, fm, e espaço, fs. A Equação próxima é usada para o cálculo da largura de faixa do sinal FSK. ( ) ( ) ( smm ffrVFSKBW −++= 1 ) Onde: BW (FSK) = Largura de faixa do sinal FSK, em Hz; Vm = Velocidade de transmissão, em bps; R = fator de filtragem do filtro passa-baixa, em Hz; fm = freqüência marca, em Hz; fs = freqüência espaço, em Hz. O desvio de freqüência utilizado, que é a diferença entre a freqüência marca e a freqüência espaço, está relacionado com a velocidade de transmissão. Normalmente, se usa um desvio de freqüência, em Hz, entre a metade e o dobro da velocidade de transmissão, em bps. Para uma velocidade de transmissão de 10 kbps, podemos usar um desvio de freqüência entre 5 kHz e 20 kHz, por exemplo. Quanto maior o desvio, maior será a largura de faixa ocupada e a imunidade contra ruídos. Demodulação do Sinal FSK A demodulação do sinal FSK pode ser feita com o circuito mostrado na Figura 2.9. O amplificador limitador tem a finalidade de amplificar o sinal FSK aplicado na entrada do demodulador e eliminar as variações de amplitude e ruídos eventualmente presentes, em a. Na saída do amplificador limitador, em b, teremos um sinal de amplitude Conceitos Wireless 24 Telecomunicações Avançadas constante, que será aplicado aos FPFs dos circuitos marca e espaço. O amplificador limitador é o maior responsável pela boa imunidade contra ruídos da modulação FSK. Figura 2.9: Diagrama em blocos de um demodulador FSK. Outra razão para a boa imunidade a ruídos deve-se ao modo como funciona o circuito de decisão usado no demodulador. O circuito de decisão determina o nível de saída em função da amplitude dos sinais em sua entrada, pontos g e h. A saída irá para nível alto se a tensão no ponto g for mais elevada que no ponto h. Caso contrário, a saída irá para nível baixo. Quando a freqüência do sinal recebido for igual à freqüência espaço, aparecerá sinal na saída do FPF do circuito espaço, d, o sinal será retificador, que é filtrado pelo FPB, aparecendo uma tensão em h. Como a tensão em h será maior que a em g, o circuito de decisão coloca a saída em nível baixo. Figura 2.10: Formas de ondas do demodulador FSK. Conceitos Wireless 25 Telecomunicações Avançadas Modulação por Chaveamento de Fase - PSK A modulação por chaveamento de fase - PSK é a que apresenta a melhor imunidade a ruídos e um significativo aumento da velocidade de transmissão, quando usada urna codificação multibit na modulação. A largura de faixa ocupada é a mesma de um sinal ASK. A modulação PSK apresenta elevada imunidade contra ruídos, comparável, nesse aspecto, com a modulação FSK, chegando mesmo a superá-la. Por esse motivo e, também, devido à excelente velocidade de transmissão que proporciona, o PSK é largamente utilizado em modens de média velocidade e em rádios digitais. Na telefonia celular digital, o PSK é largamente empregado, na modalidade DQPSK. A forma mais simples de modulação PSK utiliza apenas 2 fases para a codificação do sinal. Normalmente, usa-se a fase 0' para transmitir o bit 1 e a fase 180' para transmitir o bit 0. A Figura 2.11 exibe as formas de ondas correspondentes, assim como a representação do sinal PSK por meio de uma constelação na qual cada ponto no plano IQ identifica um sinal (símbolo) emitido. Figura 2.11: Formas de ondas e constelação de um sinal PSK. O sinal PSK que possui apenas duas fases e na qual há inversão de fase entre os símbolos é também chamado de sinal PRK (Phase Reserve Keying), ou chaveamento por inversão de fase. Obtenção do Sinal PSK O sinal PSK pode ser obtido por meio de um modulador AM-DSB/SC pela aplicação do sinal modulante digital, com sua banda limitada. A Figura 2.12 mostra um modulador PSK básico. O filtro passa-baixa é usado para limitar a, banda de freqüência do sinal modulante digital, com a finalidade de restringir o espectro de freqüência ocupado pelo sinal modulado IISK. O filtro passa-baixa mais adequado para essa aplicação atenua Conceitos Wireless 26 Telecomunicações Avançadas 50%, na freqüência em hertz igual à metade da velocidade de modulação simétrica em relação ao ponto de 50%. Figura 2.12: Modulador PSK. O modulador AM-DSB/SC gera o sinal PSK com freqüência central igual à freqüência da portadora e largura de faixa dada pela Equação a seguir: ( ) ( rVPSKBW m += 1 ) Onde: BW (PSK) = largura de faixa do sinal PSK, em Hz; Vm = velocidade de modulação, em bauds; n = fator de filtragem do filtro passa-baixa usado antes do modulador. Demodulação do Sinal PSK O sinal PSK exige o mesmo tipo de demodulador que o sinal AM-DSB/SC. Assim, é necessária a aplicação de uma portadora de freqüência igual à utilizada no modulador. Isso cria uma das grandes dificuldades da modulação PSK, que é a regeneração da portadora a partir do sinal recebido. Uma das técnicas consiste em multiplicar por dois a freqüência do sinal PSK recebido, para suprimir as mudanças de fase, aplicar o sinal multiplicado em um PLL, para filtrar as variações bruscas de amplitude e fase que ocorrem nos momentos de transição, e, finalmente, dividir por dois a freqüência do PLL, obtendo a portadora regeneradora. A Figura a 2.13 ilustra o processo. • Ambigüidade de Fase. A modulação PSK cria uma ambigüidade de fase, ou seja, embora ela consiga distinguir as mudanças de fase que ocorrem no sinal recebido, não consegue detectar a fase absoluta do sinal. Para superar essa dificuldade, pode-se enviar uma seqüência conhecida de símbolos que torne possível a determinação da fase verdadeira do sinal. Para isso, antes do início da transmissão dos dados, é emitida uma longa seqüência de bits 1, dando a oportunidade ao PLL de ajustar sua fase. O problema, porém, permanece no caso de ocorrer uma falha de comunicação no meio da transmissão. Nesse caso, será perdida a sincronização. Esse problema é mais grave no caso dos Conceitos Wireless 27 Telecomunicações Avançadas rádios digitais, porque a transmissão é contínua, não havendo a oportunidade para a transmissão de sinais de sincronismo. A solução definitiva para o problema da sincronização é a modulação por chaveamento diferencial de fase, ou DPSK (Diferential Phase Shift Keying). Figura 2.13: Demodulador PSK DPSK A modulação por chaveamento diferencial de fase é a solução para a ambigüidade de fase da modulação PSK. O circuito usado é o mesmo que na modulação PSK, com a diferença de que é colocado um somador antes de os dados serem enviados para a modulação. O somador adiciona o dado atual ao anterior, sendo transmitido o resultado dessa sorna. O tipo de somador usado é de modulo 2 (ou-exclusivo). Nesse tipo, a saída será nula, no caso de o bit atual e o bit anterior terem o mesmo valor, e igual a 1, se os bits forem diferentes. Dessa maneira, a fase irá variar em uma condição e permanecer constante na outra. A Figura a seguir mostra um codificador diferencial. Figura 2.14: Codificador e decodificador Conceitos Wireless 28 Telecomunicações Avançadas • Modulação PSK multinível. A modulação PSK abriu a possibilidade concreta de se aumentar a velocidade de transmissão pela modulação simultânea de dois ou mais bits de cada vez. Para isso, tornou-se necessário o uso de um sistema de modulação bidimensional por meio de duas portadoras de mesma freqüência, porém defasadas em 90". Veja a Figura 2.15. Figura 2.15: Modulador em quadratura. Dessa maneira, foi possível modular de forma simultânea, mas independente, dois bits, sendo obtido o sinal denominado QPSK (Quadrature Phase ShiftKeying), mostrado na Figura 2.16. O modulador de quadratura mostrado pode gerar todas as modulações por chaveamento de fase, dependendo apenas dos sinais modulantes X e Y aplicados. Os filtros passa-baixa limitam a banda de freqüência de sinal modulante e impedem o espalhamento do espectro de freqüência gerado. O sinal modulante X controla a amplitude e a fase (O' ou 180') do sinal modulado 1 (lnphase). O sinal modulante Y controla a amplitude e a fase (90º ou 270º) do sinal modulado Q (Quadrature). Os moduladores AM-DSB/SC geram os sinais modulados 1 e Q em função dos sinais modulantes X e Y, aplicados em suas respectivas entradas. Os sinais de saída são dos moduladores AM-DSB I SC vetorialmente somados, obtendo-se o sinal QPSK. O circuito de quadratura roda em 90' a fase da portadora antes de aplicá-la na entrada do modulador Q. Conceitos Wireless 29 Telecomunicações Avançadas Figura 2.16: Constelação do sinal QPSK ou 4PSK Velocidade de Transmissão versus Velocidade de Modulação O modulador QPSK permite o envio de dois bits toda vez que ele modula. Assim, sua velocidade de transmissão é igual ao dobro da velocidade de modulação. A relação entre a velocidade de transmissão e a velocidade de modulação é igual ao número de bits codificados em cada símbolo transmitido. O número de símbolos, M, é igual a 2N sendo N o número de bits codificados em cada símbolo. As equações seguintes relacionam ambas as grandezas: NM 2= mt NVV = Onde: M = Número de símbolos; N = Número de bits codificados por símbolo; Vm = Velocidade de modulação, em bauds; Vt = velocidade de transmissão, em bps. A Figura 2.17 exibe um sinal PSK cuja constelação é composta por oito símbolos, ou seja, M é igual a 8. A cada um dos símbolos é associado um código de três bits. Ou seja, a velocidade de transmissão será três vezes maior que a velocidade de modulação. Figura 2.17: Sinal SPSK. Conceitos Wireless 30 Telecomunicações Avançadas Como desvantagem, devido à redução da distância entre os símbolos, o sinal SPSK é mais suscetível a ruídos que o sinal QPSK. Demodulação do sinal QPSK O processo usado para demodular o sinal QPSK é basicamente o mesmo usado para demodular sinais PSK. Porém, como o sinal QPSK é composto por duas componentes de sinal em quadratura, são utilizados dois demoduladores de fase, um para a componente 1 e outro para a componente Q. Veja a Figura 2.18. Figura 2.18: Demodulador para sinais em quadratura O circuito de decisão recebe os sinais 1 e Q provenientes dos respectivos detectares de amplitude. Em seguida, comparadores de tensão detectam a presença de sinais e sua polaridade, fornecendo sinais de saída que são aplicados a circuitos lógicos combinacionais. Na saída desses circuitos, teremos os bits de dados correspondentes ao sinal modulado em quadratura. O regenerador de portadora para sinais modulados em quadratura deve sofrer alterações para se adaptar ao maior número de fases distintas utilizadas. Para sinais com oito fases, como os sinais 8PSK e 8QAM, é necessário o uso de quadruplicadores de freqüência no lugar do dobrador. No circuito regenerador de portadora mostrado na Figura 2.13, o divisor por dois deve ser substituído por um divisor por quatro. Modulação de Amplitude em Quadratura - QAM A modulação em amplitude em quadratura, QAM (Quadrature Amplitude Modulation) é utilizada em modens analógicos e rádios digitais de alta velocidade. Ela é muito Conceitos Wireless 31 Telecomunicações Avançadas semelhante à modulação QPSK, utilizando as mesmas técnicas para a modulação e demodulação. Em relação ao QPSK o QAM apresenta as seguintes diferenças: • A amplitude do sinal QAM é variável; • Apresenta uma menor taxa de erro, para a mesma relação sinal/ ruído e velocidade de transmissão; • Atinge maior velocidade de modulação, por permitir maior número de símbolos em sua constelação; • Exige amplificadores lineares nos equipamentos de transmissão, o que torna o seu uso mais complicado. A modulação QAM é obtida com um modulador em quadratura, como o mostrado na Figura 2.15. A constelação do sinal 16QAM é exibida na Figura 2.19: Constelação do sinal 16QAM. O sinal 16QAM codifica quatro bits por símbolo, significando que sua velocidade de transmissão é quatro vezes maior que a de modulação. Assim, um rádio digital que transmita 34 Mbps no formato 16QAM, precisará modular na velocidade de 8,5 Mbaud, resultando em uma redução significativa da largura de faixa ocupada. O fato de utilizar uma constelação mais densa faz com que o sinal 16QAM seja mais suscetível a ruídos do que os sinais já examinados, como o 8PSK. O sinal 16QAM exibe três valores diferentes de amplitude 2 ,3,162 e 23 . Demodulação do Sinal QAM. Por utilizar a técnica de modulação em quadratura, a demodulação de sinais QAM emprega o mesmo circuito básico mostrado na Figura 2.18, A principal alteração ocorre no circuito de decisão, no qual a proximidade dos níveis obriga ao uso de um Conceitos Wireless 32 Telecomunicações Avançadas número maior de comparadores. Para cada um dos sinais demodulados, I e Q, são necessários dois comparadores e um detector de polaridade. O sinal de saída desses circuitos é aplicado a um circuito lógico combinacional, em cujas saídas obtemos os dados recebidos. Modulação 4π DQPSK. O sistema TDMA usa urna variação do sinal PSK para a transmissão das informações digitais entre a ERB e o telefone celular. A modulação 4π DQPSK ( 4π Differential Quadrature Phase Shift Keying) utiliza uma constelação de oito pontos, sendo transmitidos dois bits de cada vez (e não três, corno se poderia pensar). Os dois bits indicam a mudança de fase do sinal gerado, conforme a tabela: Tabela 2.1 O primeiro bit da dupla de bits indica se a mudança de fase é positiva (bit 0) ou negativa (bit 1). O segundo bit indica o tamanho do deslocamento de fase: ±45º (bit 0) ou ±135º (bit 1), corno mostra a Figura 2.20. Figura 2.20: Sinal 4π DQPSK. A vantagem da modulação 4π DQPSK é produzir menor largura de faixa e menor variação de amplitude durante os saltos de fase, quando comparada com a modulação 8PSK. Conceitos Wireless 33 Telecomunicações Avançadas A velocidade de transmissão do sistema TDMA é de 48,6 kbps, com uma velocidade de modulação de 24,3 kbaud, ocupando uma largura de faixa de 30 khz. Bandas de Rádio Freqüência Usadas FREQÜÊNCIA CLASSIFICAÇÃO DESIGNAÇÃO TIPO DE SERVIÇO 30 – 330 Hz Freqüências Extremamente Baixas ELF Tom de teclado 0,3 – 3 kHz Freqüências de Voz VF Telefonia, Voz ou Música. 3 – 30 kHz Freqüências Muito Baixas VLF Fax, Tv sem movimento ou de varredura lenta 30 – 300 kHz Baixas Freqüências LF TV comercial; Sistema de Navegação 300 – 3000 kHz Médias Freqüências MF Telefonia duplex de quatro freqüências; rádio amador; rádio AM 3 – 30 MHz Altas Freqüências HF Rádio Amador 30 – 300 MHz Freqüências Muito Altas VHF Rádio FM; Telefones sem fio; Rádio Amador; Canal de TV 2-6; Telefones Móveis de Negócios; 300 – 3000 MHz Freqüências Ultra Altas UHF Rádio Amador; Canais de TV (UHF); Sistema de Navegação de Aeronaves; Celular PCS; SMR 3 – 30 Ghz Freqüências Super Altas SHF MINI-LINK 30 – 300 Ghz Freqüências Extremamente Altas EHF Tabela 2.2: Bandas de Rádio Freqüência Usadas Bandas de Freqüência e Separação de Canal Celular Na América do Norte, a Comissão Federal de Comunicação (FCC) alocou um espectro de freqüência para o celular. Este espectro deve ser explorado pelas companhias que Conceitos Wireless 34 Telecomunicações Avançadas possuem uma licença para prover o serviço celular, no Brasil parte do espectro, identificado como banda A, é utilizado pelo Sistema Telebrás, privatizado em julho de 1998. O restante do espectro, identificado como banda B é explorado por 10 companhias licenciadas. A licença dadaa uma empresa lhe dá o direito de explorar, ou melhor, fornecer serviço celular em uma área específica (particular). Na ilustração abaixo é possível identificar o atual espectro de freqüência para o celular. Figura 2.21: Espectro de Freqüência O espaço entre os canais de transmissão e recepção definida como distância duplex, é de 45Mhz e o espaço entre canais adjacentes é de 3OKhz, conforme mostrado na Figura 2.22. Cada banda possui 416 canais. Separação de Canal Conceitos Wireless 35 Telecomunicações Avançadas Figura 2.22: Espectro de Freqüência Quando desenvolvemos um processo de planejamento celular é possível a implantação de um sistema analógico tanto na Banda A quanto na Banda B. Neste caso, dar 416 canais existentes em cada Banda, 21 canais serão utilizados para realizar as funções de controle (canais de controle analógico), enquanto os demais serão utilizados como canais de voz. Por outro lado, quando um sistema digital é implantado qualquer um dos 416 canais existentes podem ser utilizados como canais de controle digital. Normalmente estes canais se encontram nas faixas estendidas (Bandas A' e A" ou B'), já que em um sistema analógico, os canais de controle estão localizados nas bandas não estendidas (A - Canais de 313 a 333 ou B - Canais de 334 a 354). PCS Concessão para espectros de freqüência PCS foram controladas pelo FCC e iniciadas em Dezembro de 1994 nos Estados Unidos. Espectro O FCC alocou 120 MHz de espectro de Banda Larga (1850-1990 MHz) para uso das operadoras do PCS. As bandas foram designadas de acordo com o diagrama abaixo: Figura 2.23: Espectro de Banda Larga Planejamento de Freqüência Os planejamentos de freqüência são utilizados para definir canais adequados em uma área específica. Estes planos são usados para aumentar o número de chamadas simultâneas que podem ocorrer através da técnica de reutilização de freqüência. A reutilização de freqüência significa que dois canais de rádio podem usar exatamente o Conceitos Wireless 36 Telecomunicações Avançadas mesmo par de freqüências (Tx e Rx) desde que haja urna separação geográfica suficiente entre eles. O quadro de Alocação de Freqüência na página seguinte é um exemplo do plano de freqüência 7121 usado na Ericsson para operadores da Banda A. Funções de Canal Cada um dos canais no quadro de alocação de freqüência pode ser classificado em uma das duas categorias: canal de controle ou canal de voz. 0 canal de controle fornece a comunicação necessária entre a Central de Comutação Controle (CCC) e a Estação Móvel (EM) quando o telefone não está em conversação. Os canais de controle podem operar somente em certas freqüências previamente definidas pelo planejamento celular. O canal de voz fornece o suporte para as conversações. As funções dos canais de voz e controle serão discutidas no modulo de Tráfego Celular mais adiante neste curso. Tabela de Alocação de Freqüências Tabela 2.3: Tabela de Alocação de Freqüências Conceitos Wireless 37 Telecomunicações Avançadas Métodos de Acesso Os métodos através dos quais as freqüências são processadas são identificados como métodos de acesso. Os métodos de acesso mais usados no momento são: • FDMA – Múltiplo Acesso por Divisão de Freqüência • TDMA – Múltiplo Acesso por Divisão de Tempo • CDMA – Múltiplo Acesso por Divisão de Código O FDMA é o método de acesso usado em transmissão analógica enquanto o CDMA e o TDMA são métodos usados em transmissão digital. FDMA Em sistemas analógicos convencionais, o FDMA é usado para possibilitar que múltiplas comunicações ocorram ao mesmo tempo sem interferência. Todo canal está relacionado a uma freqüência específica dentro da banda. Duas freqüências são atualmente utilizadas quando a comunicação duplex é usada. As freqüências de RX e de TX são separadas por 45 MHz. TDMA O TDMA é usado em sistemas digitais para ultrapassar o limite de uma conversação por portadora. Os equipamentos no CMS 8800 usam seis timeslots na corrente arquitetura. Cada quadro, ou freqüência consiste de 1944 bits (972 símbolos), divididos em seis timeslots de tamanhos iguais. Portanto cada timeslot contem 324 bits (162 símbolos). A duração do quadro TDMA de cada canal RF é de 40 ms (25 quadros/segundo), 6,67 ms para cada timeslot. Os canais de tráfego digitais full ratem utilizam dois timeslots igualmente espaçados do quadro. Isto faz com que tenhamos três conversações em uma portadora. Os canais de tráfego digitais half ratem utilizam um timeslot por quadro. Isto permite seis conversações numa mesma portadora. CDMA CDMA usa uma freqüência ou canal para transportar mais de uma conversação ao mesmo tempo. Cada mensagem codificada é reendereçada no final da recepção. Cada Conceitos Wireless 38 Telecomunicações Avançadas chamada possui um código único que permite que ela seja distinguida das outras chamadas no mesmo canal. Formato do Timeslot TDMA Figura 2.24: Formato do Timeslot TDMA Conceitos Wireless 39 Telecomunicações Avançadas Exercícios 1. A freqüência de transmissão e recepção do sistema celular é separada por _____________ Hz e o canal é separado por _________________ HZ. 2. O método de acesso utilizado pelo equipamento Ericsson digital é ____________ e o método de acesso usado pelo equipamento Ericsson analógico é _____________. 3. O fornece o meio para conversação. 4. O termo “half rate” se refere aos canais de tráfego digital que utilizam dois timeslots de igual tamanho por quadro. ( ) V ( ) F. 5. O espectro de freqüências para a transmissão de ERB é de ______________ até ______________. 6. Quantos assinantes são suportados em um canal de tráfego digital? 7. A banda A ou B possuem canais disponíveis em ___________ grupos de freqüência. 8. Como se chama o sinal modulado por um sinal digital? 9. O que é ASK e quais são as suas características? 10. Quais as aplicações para a modulação ASK? Conceitos Wireless 40 Telecomunicações Avançadas 11. Como podemos obter o sinal ASK? 12. Por que é mais indicado o uso de um modulador AM para a geração do sinal ASK? 13. Desenhe a estrutura básica de um modulador ASK. 14. Desenhe as formas de ondas presentes em um modulador ASK. 15. Qual a vantagem em se utilizar duas tensões no circuito de decisão? 16. O que é FSK e qual a sua principal característica? Conceitos Wireless 41 Telecomunicações Avançadas 17. Qual o ponto negativo da modulação FSK? 18. Desenhe o diagrama em blocos de um modulador FSK. 19. Desenhe as formas de ondas presentes no modulador FSK. 20. O que determina a largura de faixa do sinal FSK? 21. Corno se determina o desvio de freqüência a ser usado no modulador FSK? 22. Quais as razões da maior imunidade a ruídos do sinal FSK? Conceitos Wireless 42 Telecomunicações Avançadas 23. O que é a modulação PSK e quais as suas características? 24. Quais as aplicações da modulação PSK? 25. Como é chamado o sinal PSK de duas fases? 26. Qual é a maior dificuldade na demodulação do sinal PSK? 27. Quais as soluções para o problema da ambigüidade de fase da modulação PSK? 28. Qual a vantagem da modulação DPSK em relação à modulação PSK? 29. Quais as características da modulação PSK multinível e suas vantagens? 30. Qual a relação entre a velocidade de transmissão e a velocidade de modulação de um sinal PSK multinível? 31. Qual a vantagem e a desvantagem do sinal SPSK em relação ao sinal QPSK? Conceitos Wireless 43 Telecomunicações Avançadas 32. Quais as aplicações da modulação QAM?33. Compare a modulação QAM com a QPSK indicando suas diferenças. 34. Quais os tipos de modulador e demodulador utilizados na modulação QAM? Problemas Propostos 1. Desenhe a estrutura de um demodulador ASK. 2. Descreva a finalidade de cada bloco do demodulador ASK. 3. Cite algumas aplicações para a modulação FKS. Conceitos Wireless 44 Telecomunicações Avançadas 4. Desenhe o diagrama em blocos de um demodulador FKS e explique seu funcionamento. 5. Desenhe as formas de onda e a constelação do sinal PSK de duas fases. 6. Desenhe o diagrama em blocos de um modulador PSK e descreva o seu funcionamento por meio de texto e formas de onda. Conceitos Wireless 45 Telecomunicações Avançadas 7. Desenhe o diagrama em blocos de um demodulador PSK. 8. Descreva a modulação DPSK. 9. Desenhe o diagrama em blocos de um modulador em quadratura. 10. Desenhe a constelação de um sinal QPSK. Conceitos Wireless 46 Telecomunicações Avançadas 11. Descreva a estrutura de um demodulador QPSK. Conceitos Wireless 47 Telecomunicações Avançadas Introdução às Estações Móveis Este módulo é destinado a fornecer uma introdução à Estação Móvel (EM). Os tipos de Estações Móveis e a interface com a rede celular serão discutidos. Objetivos Após o término deste módulo, o aluno será capaz de: • Listar as quatro classificações de uma EM • Identificar e descrever como a EM se comunica com outros componentes do sistema • Identificar as três partes principais de uma EM • Definir a finalidade de se ajustar potência Introdução às Estações Móveis 49 Telecomunicações Avançadas Sumário Componentes e Funções de uma Estação Móvel 51 Tipos de Estações Móveis 54 Interface com Outros Componentes do Sistema 55 Exercícios de Revisão 56 Introdução às Estações Móveis 50 Telecomunicações Avançadas Componentes e Funções de uma Estação Móvel O telefone móvel pode ser comparado a uma estação de rádio alimentado por bateria. Ele é conectado via sinal de rádio a rádio base mais próxima pertencente à rede de telefonia móvel. Os componentes da estação móvel estão listados abaixo. A Estação Móvel possui três partes principais: • Suporte e Teclado Contém todos componentes do telefone inclusive órgãos para ouvir e falar. • Parte de Controle Responsável por controlar a transmissão para a ERB. • Parte de Rádio Realiza a transmissão. A parte de rádio consiste de três partes como listado abaixo: • Transmissor (TX) Transmite o sinal do móvel para a ERB. • Receptor (RX) Recebe o sinal da ERB. • Amplificador de Potência Amplifica os sinais de entrada e saída no móvel. A figura abaixo mostra a estrutura básica de um telefone celular. Figura 3.1: Estrutura básica de um telefone celular. O fone e o microfone são os transdutores usados pelo usuário, permitindo-lhe ouvir e falar. O visor de cristal líquido exibe as condições operacionais do aparelho, indicando o estado da carga da bateria, a intensidade do sinal recebido e o número do telefone chamado. Alguns aparelhos exibem ainda outras mensagens, como os nomes das Introdução às Estações Móveis 51 Telecomunicações Avançadas pessoas cadastradas na memória do aparelho e o número do telefone que está chamando o celular. O teclado permite ao usuário digitar o número do telefone chamado e controlar o funcionamento do aparelho. Os Leds são usados para indicar certas condições, como o alarme de bateria descarregada ou a presença de uma ERB que permita a operação normal do telefone celular. A antena tem a finalidade de captar e irradiar os sinais de radiofreqüência utilizados para a comunicação do telefone celular com a ERB. A antena necessita ser estendida inteiramente, para que se possa obter a máxima eficiência de funcionamento do telefone celular, garantindo o maior alcance possível e o menor nível de interferências ou ruídos. Finalmente, a bateria é responsável pelo fornecimento de energia elétrica necessária para alimentar os circuitos do telefone celular. A duração da carga da bateria é influenciada pela sua capacidade de corrente em A/h (amper/hora), a fração do tempo total despendido em chamadas telefônicas, a distância existente entre o telefone celular e a ERB, o modo de operação, se analógico ou digital e o envelhecimento da bateria. Quanto maior o tempo gasto falando-se ao telefone, menor será a duração da bateria. Também, se a distância entre o telefone celular e a ERB aumentar, obrigando o aumento da potência transmitida, menor será a duração da carga da bateria. O modo analógico, por exigir maior potência de transmissão do telefone celular, encurta a duração da carga. Finalmente, baterias velhas já não possuem a mesma capacidade de corrente. Projeto de uma Estação Móvel e Facilidades Comuns O projeto de uma EM pode variar já que estas são produzidas por diferentes fabricantes. Algumas facilidades encontradas nos telefones celulares variam de telefone para telefone, enquanto que outras facilidades dependem de padrões (tais como AMPS, D-AMPS; etc.) sob os quais o telefone foi fabricado. Abaixo tem-se alguma das facilidades comum encontradas em telefones: • Indicador de Serviço • Indicador da intensidade do Sinal • Display de Cristal Liquido (LCD) (mais proeminente) atingindo de duas linhas de caracteres a cinco linhas de caracteres em altura; ou Diodo Emissor de Luz (LED). • Teclado alfanumérico Introdução às Estações Móveis 52 Telecomunicações Avançadas • Telefones "Flip" que reduzem o tamanho do telefone quando este não esta em uso. • Pequenas antenas com equipamento de borracha ajudam a evitar estragos na antena. • Aumento da capacidade da bateria Abaixo tem-se as facilidades encontradas nos telefones devido aos vários modelos ou fornecidas através das portadoras: • Chamada em Espera. • Envio e recebimento de dados, fax e mensagens curtas (Serviço de Mensagens Curtas (SMS) • Busca • Correio de Voz Classificações dos Telefones Móveis Há quatro classes de telefones móveis conforme mostrado abaixo: • Classe I Telefones Veiculares (Analógico e Digital) • Classe II Transportáveis (Analógico e Digital) • Classe III Portáteis (Analógico e Digital) • Classe IV Portáteis (Analógico e Digital) Estabelecimento de Potência para Estações Móveis O estabelecimento de potência para estações móveis é determinado pela Estação Rádio Base. Tais potências são ajustadas em níveis de O a 10 que correspondem aos níveis predeterminados da Potência de Radiação Efetiva (ERP) medidos em watts. As Estações Móveis de classe I, II e III podem operar em níveis de potência de O a 7, enquanto as Estações Móveis de classe IV podem operar em níveis de potência de O a 10. As mudanças dos níveis de potência são baseadas em leituras da intensidade do sinal enquanto o telefone celular está em operação. Introdução às Estações Móveis 53 Telecomunicações Avançadas Tipos de Estações Móveis A seguir tem-se os três tipos de estações móveis usados no celular hoje em dia: Estação Móvel Veicular • Uma estação móvel permanentemente instalada em um automóvel • Potência de irradiação efetiva (ERP) de 4 Watts • Estação Móvel com Classe de Potência 1 Estação Móvel Transportátil • Telefone com multi-função sem requerer instalação • Uso de um pacote de bateria recarregável • Uso de adaptador de acendedor de cigarro para operar em um automóvel • Potência de irradiação efetiva (ERP) de 1,6 Watts • Estação Móvel de Classe de Potência 11 Estação MóvelPortátil • Unidade pequena, leve e portátil • Pode ser guardada em uma maleta, bolso ou em uma bolsa • Uso de uma bateria recarregável • Potência de irradiação efetiva (ERP) de 0,6 Watts • Estação Móvel de Classe de Potência III e IV Figura 3.2: Estações Móveis Introdução às Estações Móveis 54 Telecomunicações Avançadas Interface com Outros Componentes do Sistema A Estação Móvel (EM) se comunica com a MSC (através da RBS) usando canais de controle e de voz. O canal de controle é usado para iniciar a chamada. O canal de voz é usado para transmitir e receber comunicação de voz bem como monitorar a qualidade da transmissão da comunicação. Maiores informações sobre as funções dos canais de controle e de voz serão apresentadas no Módulo 6 deste curso. Figura 3.3: Comunicação da Estação Móvel Introdução às Estações Móveis 55 Telecomunicações Avançadas Exercícios 1. Liste as quatro classes de telefones móveis 2. A EM se comunica com a CCC através da ERB usando 2.a. Canal de voz 2.b. Canal de controle 2.c. Fibra óptica 2.d. As alternativas a e b estão corretas 3. Qual a diferença entre as estações móveis de classe III e IV? 4. As partes principais da estação móvel são: Introdução às Estações Móveis 56 Telecomunicações Avançadas Introdução às Estações Rádio Base Este módulo é destinado a fornecer uma introdução ao equipamento de Estação Rádio Base (ERB). Os diferentes equipamentos da ERB e como eles se interligam dentro da rede celular serão discutidos. Objetivos Após o término deste módulo, o aluno será capaz de: • Discutir a importância das configurações de antena • Discutir as funções e os componentes de uma ERB. • Identificar e descrever resumidamente como a ERB se comunica com outros componentes do sistema celular Introdução às Estações Rádio Base 57 Telecomunicações Avançadas Sumário Funções e Componentes da ERB 59 Antenas 61 Diversidade em Recepção 61 Tipos de Célula 62 Tipos Básicos de Estação Rádio Base (ERB) 63 Exercícios 64 Introdução às Estações Rádio Base 58 Telecomunicações Avançadas Funções e Componentes da ERB A Estação Rádio Base (ERB) controla a comunicação com as estações móveis e das estações móveis. Ela faz a interface entre as estações móveis e a central (CCC). A rádio base também supervisiona a transmissão de rádio durante todas as chamadas em progresso. Isto é feito através do tom de áudio e supervisão (TAS) no caso de ser analógico e através da taxa de erro de bit (BER) no caso de digital e através das medições dos níveis de sinais recebidos das estações móveis. A rádio base pode ser instalada em quase qualquer lugar. Isto se torna possível pela customização da instalação dependendo do site e da necessidade do cliente. Urna rádio base pode ser configurada para atender uma célula omnidirecional ou um número limitado de células setorizadas. Uma ERB dispõe das seguintes instalações e equipamentos: • Armário, onde ficam instalados os equipamentos; • Torre, usada para dar sustentação às antenas; • Antenas, usadas para estabelecer a comunicação com os celulares. A ERB está conectada à central de comutação e controle celular por meio de cabos PCM, fibra óptica ou rádio digital. Por meio deles são transmitidos os canais de voz, permitindo que os celulares comuniquem-se com outros telefones celulares localizados dentro da área de cobertura de uma outra ERB ou com telefones fixos. A Figura 16.8 mostra a estrutura típica de uma ERB. Figura 4.1: Estação Radiobase (ERB). Introdução às Estações Rádio Base 59 Telecomunicações Avançadas A torre é usada para colocar as antenas em uma altura elevada, para escapar das obstruções causadas por prédios próximos e garantir uma cobertura uniforme de sinal, em todas as direções. Além das antenas do sistema celular, a torre pode sustentar a unidade externa do rádio digital, caso ele seja utilizado. A conexão do sistema de antenas com os equipamentos contidos no armário é feita por um conjunto de cabos coaxiais, próprios para a operação em UHF, entre 824 e 894 MHz. O armário localizado na base da torre abriga, entre outros, os equipamentos de rádio, os equipamentos de força, o sistema de ar condicionado (se houver), as baterias e o distribuidor de RF. Os equipamentos de rádio são utilizados para o controle, a localização e a conversação. Os rádios de controle são usados apenas em certas fases da operação do sistema celular. Os rádios de localização são usados para identificação dos celulares que se encontram dentro da área de cobertura da ERB. Os rádios de conversação são usados para transmissão das mensagens de voz, trocadas entre os celulares e os outros assinantes. Os rádios de conversação operam no modo duplex, sendo usados aos pares. Cada par é formado por um radiotransmissor e um radio- receptor, operando em freqüências diferentes. A freqüência de transmissão da ERB é 45 MHz, maior que a de recepção. Os equipamentos de força fornecem a energia de corrente contínua usada para alimentar os demais equipamentos existentes na ERB. O equipamento de força usa a rede pública de energia elétrica como fonte primária de energia, dispondo, ainda, de um conjunto de baterias que garantem a operação ininterrupta da ERB no caso de uma eventual falta de energia da rede de corrente alternada. O distribuidor de RF proporciona uma forma eficiente de conexão entre os equipamentos de rádio e o sistema de antenas da ERB. É composto, basicamente, por duplexer, que são filtros passa-faixa usados para acoplar sinais na direção desejada, impedindo que atinjam indevidamente outros equipamentos. O distribuidor de RF, por exemplo, bloqueia o sinal de transmissão, impedindo que ele atinja a entrada dos receptores. Por outro lado, direciona o sinal de transmissão até as antenas de transmissores. Na Figura 4.2, são mostrados os equipamentos da ERB e suas conexões. Introdução às Estações Rádio Base 60 Telecomunicações Avançadas Figura 4.2: Estrutura dos equipamentos de uma ERB. Antenas A antena é um componente do grupo de componentes da rádio base conhecido como sistema de antena. A antena irradia e recebe ondas de rádio através do espaço livre. Na transmissão a antena converte a potência vinda do rádio para um padrão distinto. Este padrão pode ser tridimensional e também direcional. A antena de recepção coleta sinais dos assinantes celulares e os envia para o rádio. Prover cobertura adequada pode ser problemático. Para prover cobertura, uma das táticas freqüentemente usadas é o incremento da potência de irradiação efetiva (ERP) para as estações rádio base. Quando esta tática não da resultado, ou melhor, não é viável, uma outra alternativa viável pode ser a seleção cuidadosa da antena. Como exemplo, antenas com especificação horizontal e vertical podem ser usadas para prover cobertura. Problemas de recepção também podem ser solucionadas através da seleção cuidadosa da antena. Diversidade em Recepção Todas as rádio bases podem utilizar duas antenas de recepção para diminuir os efeitos de fading. • Perda por fading no caminho de transmissão ocorre quando o móvel se distancia da ERB Introdução às Estações Rádio Base 61 Telecomunicações Avançadas • Sombras ocorrem quando montanhas, árvores e edifícios causam um fading lento de pouca duração • Fading multi-percurso ocorre quando o sinal é refletido em edifícios, montanhas etc. causando o fading rápido • As duas antenas devem estar espaçadas de 3 a 6 metros dependendo do comprimento de onda Os rádios da ERB são equipados com duas entradas para antena de recepção. A porção de recepção de cada rádio combina os sinais de entrada. Isto fornece um aumentono sinal resultante causando uma redução da degradação da qualidade de conversação. Tipos de Célula Os dois tipos de sites de células usados em telefonia móvel são o omnidirecional e o setorizado. Os sites omnidirecionais usam antenas capazes de transmitir e receber em todas as direções. A antena omnidirecional possui áreas de cobertura idênticas e seu gráfico de representação é um hexágono. Este tipo de cobertura é usado geralmente em áreas rurais onde o tráfego é leve, assim a antena omnidirecional é usada para cobrir áreas extensas. Os sites setorizados usam antenas direcionais para cobrir áreas específicas ou um setor da ERB. Existem normalmente três setores que devem ser sobrepostos para fornecer uma cobertura de RF total. Cada setor contém seus gabinetes e sua antena e da mesma forma que o site omnidirecional, é representado graficamente por um hexágono. Refira-se a página seguinte para uma ilustração dos conceitos gráficos dos sites omnidirecional e setorizado. Figura 4.3: Tipos de Sites Celulares. Introdução às Estações Rádio Base 62 Telecomunicações Avançadas Tipos Básicos de Estação Rádio Base (ERB) Os tipos básicos mais conhecidos incluem: • ERB Macro • ERB Micro • ERB Pico Figura 4.4: Macrocélulas e Microcélulas Interface com Outros Componentes no Sistema Como mencionado anteriormente, a ERB comunica-se com: • A Central de Comutação e Controle – CCC • Estações Móveis – EM Central de Comutação e Controle Uma ERB se comunica com uma CCC via enlace E1 (utilizado no Brasil) ou T1. Estações Móveis A comunicação entre a ERB e a EM é feita através da utilização de freqüências (portadoras) localizadas no espectro (Banda A ou Banda B). Introdução às Estações Rádio Base 63 Telecomunicações Avançadas Exercícios Responda as seguintes questões: 1. Nomes de dois tipos de sites celulares: 2. Explique resumidamente como a ERB se comunica com a CCC. 3. Descreva com suas palavras como a ERB se comunica com as estações móveis. Introdução às Estações Rádio Base 64 Telecomunicações Avançadas Introdução à Central de Comutação e Controle Este módulo é destinado a fornecer uma introdução à Central de Comutação e Controle. Objetivos Após o término deste módulo, o aluno será capaz de: • Descrever a função e os componentes de uma Central de Comutação • Identificar os componentes da Hierarquia do Sistema AXE • Definir os níveis do sistema e suas funções • Definir o objetivo de um Aplication System (AS) Introdução à Central de Comutação e Controle 65 Telecomunicações Avançadas Sumário Introdução à CCC 67 Funções Básicas de uma CCC 67 Estrutura do Sistema AXE 68 Sistema de Aplicação e Fonte 69 Sistema de Processamento de Dados – APZ 69 Home Location Register (HLR) 70 Exercícios 72 Introdução à Central de Comutação e Controle 66 Telecomunicações Avançadas Introdução à CCC Sistema Celular O coração de um sistema celular é a comutação celular. Utilizaremos como exemplo uma central de Comutação Digital AXE 10 da Ericsson que fornece as funções de Central Comutação e Controle (CCC). A função básica de uma CCC é conectar um assinante com outro assinante de tal forma que qualquer assinante possa eventualmente se conectar a qualquer outro. Funções Básicas de uma CCC Uma CCC executa muitas funções além das comutações telefônicas: • Bilhetagem e tarifações • Superposição das ERB’s • Teste e localização de falhas • Administração de todo o sistema • Análise estatística de tráfego • Análise de dados das ERB’s e controle de funções O Que é um AXE? O Sistema AXE 10 da Ericsson é também denominado Sistema Controlado por Programa Armazenado (CPA). Isto significa que programas de computador controlam a operação da central. Além disto, o AXE 10 fornece automaticamente facilidades ao assinante móvel que estão disponíveis em uma Rede de Telefonia de Comutação Pública (PSTN). AXE é um código de três letras usado pela Ericsson. Figura 5.1: Definição do AXE Introdução à Central de Comutação e Controle 67 Telecomunicações Avançadas Estrutura do Sistema AXE O AXE 10 consiste de um número de subsistemas, cada um realizando um papel específico na central telefônica. A cada um destes subsistemas é designado um alto grau de autonomia sendo que cada um deles se comunica com outros subsistemas via interfaces padrão. Devido a este estilo modular da arquitetura do sistema, os subsistemas podem ser facilmente combinados de diferentes maneiras para atender as necessidades de diferentes tipos de centrais e redes telefônicas. A ilustração seguinte mostra a ordem destes subsistemas (diagrama em blocos): • Nível 1 do Sistema Composto de diferentes Níveis 2 do Sistema. • Nível 2 do Sistema Composto de diferentes Níveis de Subsistema. • Nível de Subsistema Composto de Blocos Funcionais diferentes. • Blocos Funcionais Compostos de Unidades Funcionais diferentes. • Unidades Funcionais É o menor nível. Este pode ser software ou hardware. Figura 5.2: Estrutura do Sistema AXE Introdução à Central de Comutação e Controle 68 Telecomunicações Avançadas Sistema de Aplicação e Fonte • APT é o equipamento de telefonia para comutar as chamadas telefônicas. • APZ é o computador utilizado para controlar o equipamento de comutação. O AXE 10 é usado em todo o mundo, sendo portanto facilmente configurado para oferecer uma variedade de serviços de telecomunicações para uma área particular que ele estará operando. Para tornar isso uma realidade, a Ericsson desenvolveu a idéia do Sistema de Aplicação e Fonte. Existem diferentes configurações dos sistemas APT e APZ que estão correntemente sendo usadas dependendo do tipo de aplicação ou parte do mundo em que eles estão localizados. Para evitar que se faça um APT ou APZ especial a cada vez que há um novo pedido, a Ericsson utiliza o Sistema Fonte. Tal sistema é simplesmente composto por e todos os blocos funcionais feitos, ou melhor, projetados pela Ericsson para os sistemas de APT ou APZ. Uma vez já determinado o tipo de APT ou APZ necessário os blocos funcionais do Sistema Fonte são usados para formar o sistema de aplicação (AS). Figura 5.3: Sistema de Aplicação e Fonte Sistema de Processamento de Dados – APZ Atualmente o processador da Ericsson no mercado é o Processador Central APZ 212. As funções básicas do Processador Central são: • Execução de Programa • Manutenção Introdução à Central de Comutação e Controle 69 Telecomunicações Avançadas • Administração de Modificações do Sistema • Carregar e realizar o Dump • Retenção do AS e do Exchange Data O processador APZ 212 é um processador de 32 bits. Em operações normais ambos processadores realizam as mesmas atividades ao mesmo tempo com um lado agindo como executivo enquanto o outro é mantido pronto para assumir a operação do sistema caso o primeiro venha a falhar. A ilustração seguinte é um diagrama simplificado da porção APZ de uma CCC. Observe que há dois tipos diferentes de conexões possíveis com as estações rádio base. Figura 5.4: Porção de APZ da CCC Home Location Register (HLR) A CCC foi originalmente designada para fornecer a interface entre a ERB e o PSTNIPLMN para no máximo 65000 assinantes. O crescimento explosivo do mercado de celular mostrou a limitação da CCC. Base de dados centrais foram instalados para aumentar a capacidade de assinantes. Tornou-se óbvio que barreiras significativas ainda permaneceram, então o Home Location Register (HLR) foi acrescentado. O HLR expande a capacidade de assinantes para 600.000 assinantes, dependendo do tipo do Processador Central usado e da carga de tráfego antecipada. O HLR torna Introdução à Centralde Comutação e Controle 70 Telecomunicações Avançadas possível o uso de um nó de rede centralizado como a base dos dados para assinante. O HLR substituirá várias bases de dados locais e distribuídas. Uma das muitas vantagens de um HLR é que haverá menos elementos na rede que necessitam ser atualizados com relação às informações sobre os assinantes. Funções Básicas O HLR é uma base de dados para um certo número de assinantes. O HLR contém todos os dados do assinante móvel, tais como: identidade, serviços suplementares, e informações de localização necessárias para o encaminhamento das chamadas de entrada. Um HLR é normalmente dividido por um grupo de CCCS. Ele comunica-se com os outros nós da rede via enlaces de sinalização. Nenhuma conexão de conversação será estabelecida. Isto também significa que não há necessidade de um GS no HLR. Em redes que contém um HLR, os assinantes estão sempre em roaming do ponto de vista da CCC. Quando requisitado, o HLR fornece a informação do assinante a um registrador em uma das CCC’s cooperantes. Aquela central é então responsável pelo estabelecimento da chamada, supervisão, desconexão, localização, handoff, tarifação, etc. O HLR não controla a tarifação. A ilustração mostra uma arquitetura geral da rede que inclui um HLR auxiliando várias CCC’s diferentes. Figura 5.5: Arquitetura Geral Introdução à Central de Comutação e Controle 71 Telecomunicações Avançadas Exercícios Coloque a resposta correta nos espaços fornecidos. 1. Liste três funções do Processador Central. 2. Qual é a características do AXE 10 que permite o desenvolvimento contínuo a nível de sistema como também o de sistema aberto /fechado? 3. AXE 10 é dividido em dois sistemas. Quais são seus nomes? 4. Dê o nome dos cinco níveis da Estrutura Hierárquica do AXE 10: 5. Marque com (V) verdadeiro ou (F) falso as frases abaixo: ( ) O HLR funciona como uma base de dados para assinantes ( ) Dados de tarifação são memorizados no HLR ( ) O HLR sempre está conectado a apenas uma única CCC ( ) Nenhuma conexão de conversação é estabelecida no HLR 6. Cite 3 tipos de dados que são memorizados no HLR. 7. HLR é responsável por fornecer qual tipo de serviços para à CCC ? 7.a. Estabelecimento da chamada e desconexão 7.b. Cobrança, localização e handoff 7.c. Informação de identificação e facilidades referente ao assinante 7.d. Comutação da Chamada 7.e. Nenhuma das alternativas acima Introdução à Central de Comutação e Controle 72 Telecomunicações Avançadas Processamento de Chamadas Este módulo é designado para introduzir como as chamadas são processadas usando os canais de voz e canais de controle. Objetivos: Após o término deste módulo o aluno será capaz de: • Identificar as funções do canal de voz e controle • Identificar o processo para estabelecimento da chamada • Identificar o processo de handoff • Identificar o processo de liberação da chamada Processamento de Chamadas 73 Telecomunicações Avançadas Sumário Introdução 75 Canal de controle 75 Canal de voz 76 Processamento de camadas 76 Registro 77 Roaming 77 Chamada para uma estação móvel 78 Chamada de uma estação móvel 83 Handoff analógico 89 Handoff digital assistido pelo móvel (MAHO) 93 Handoff de digital para digital 98 Handoff de digital para analógico 101 Liberação da chamada 102 Resumo 104 Exercícios 105 Processamento de Chamadas 74 Telecomunicações Avançadas Introdução Neste módulo veremos como os canais de controle e de voz trabalham juntos para permitir que as chamadas celulares sejam processadas. Este módulo contém também informações necessárias para a compreensão do estabelecimento e a liberação da chamada e o handoff (analógico e digital). Canal de controle O Canal de Controle fornece a comunicação necessária entre a Central de Comutação e Controle (CCC) e a Estação Móvel (EM) quando o telefone não se encontra em estado de conversação. Abaixo são listadas algumas das características deste canal: • Dados contínuos para todas as estações móveis na célula • Cada célula tem pelo menos um canal de controle • As duas funções principais: - Busca Informação enviada da estação rádio base para a estação móvel - Acesso Informação enviada da estação móvel para a estação de rádio base Figura 6.1 Processamento de Chamadas 75 Telecomunicações Avançadas Canal de Voz O Canal de Voz fornece os meios para a comunicação de voz. • Canal de Voz Direto (FVC) é usado para comunicação da Estação Rádio Base (ERB) para a Estação Móvel (EM). • Canal de Voz Reverso (RVC) é usado para comunicação da Estação Móvel (EM) para a Estação Rádio Base (ERB). • Somente, uma conversação pode ocorrer em cada canal de voz quando se estiver utilizando o equipamento de rádio analógico. • Três conversações podem ocorrer em cada canal de voz quando se estiver utilizando o equipamento de rádio digital. Figura 6.2 Processamento da Chamada Há vários passos envolvidos no envio ou recebimento de uma chamada numa EM. A localização da EM tem que ser conhecida na CCC e a verificação de assinantes em uma base de dados deve ser feita antes de uma chamada ser processada. Uma vez que chamada está em progresso, o assinante tem a habilidade de entrar em outras áreas sem interrupções. Antes do processo da chamada ser explicado, alguns termos devem ser definidos para melhor compreensão do processo. Processamento de Chamadas 76 Telecomunicações Avançadas Registro Registro é um processo pelo qual a CCC se mantém informada sobre as estações moveis ativas. Há dois tipos de registro: • Forçado - Causado por eventos específicos. Por exemplo, ao ligar o aparelho ou ao pressionar a tecla "send". Este tipo de registro é usado para localizar um assinante móvel em roaming. Como ele se move de uma área de localização para outra, ele deve transmitir sua nova posição à sua central de origem. • Periódico - Ocorre automaticamente em intervalos de tempo específicos. Este tipo de registro ocorre em intervalos regulares para estações móveis ativas em uma CCC. A CCC mantém um registro das estações móveis ativas em sua área de serviço. Registro Figura 6.3 Roaming Roaming é a operação de uma estação móvel fora da sua área de serviço. A comunicação com uma estação móvel dentro da sua área de serviço é controlada pelo seu sistema. A comunicação com um móvel em roaming é controlada pelo sistema visitado. Processamento de Chamadas 77 Telecomunicações Avançadas Figura 6.4 Chamada para uma estação móvel 1. Uma chamada para uma estação móvel é recebida pela CCC. 2. Uma mensagem de busca contendo MIN1 e MIN2 é enviada para todas as estações rádio base dentro da área de localização em que a estação móvel fez seu último registro. 3. A mensagem de busca é transmitida no canal de controle direto de cada estação rádio base. Figura 6.5 Processamento de Chamadas 78 Telecomunicações Avançadas 4. A estação móvel no estado livre monitora o canal de controle mais forte. 5. A estação móvel recebe a mensagem de busca e compara o MIN recebido com o seu próprio MIN. 6. Se a estação móvel reconhecer seu MIN, ela envia uma resposta de busca no canal de controle reverso (acesso). 7. A estação rádio base envia a resposta de busca para a CCC Figura 6.6 8. A CCC seleciona um canal de voz livre na célula. Baseada no Protocolo Indicador de Capacidade da Estação Móvel, a CCC irá selecionar um canal de voz digital ou analógico. Se nenhum canal digital estiver disponível, a CCC selecionará um canal analógico. 9. A CCC realiza o teste de continuidade bidirecional do caminho digital, com o Tom MBLC, para garantir a continuidade do caminho
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