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O Segredo Do Bilionario_ Box Set

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Da Best Selling Autora, Ava G. Salvatore a coleção de romance O
Segredo Do Bilionário.
Esta coleção de romances em formato e-book é composta da série
Paixão Ardente. O conjunto inclui o seguinte: 
O Segredo Do Bilionário 1
O Segredo Do Bilionário 2
O Segredo Do Bilionário 3
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sinopse
 
Hannah Witt não é uma garota de uma noite apenas, mas depois de
tanto suas amigas encherem para sair e se divertir ela acaba encontrando um
lindo e misterioso homem. 
Liam Blackmont é um bilionário misterioso. Uma noite em um bar
local ele encontra a linda e jovem Hannah e ele a quer para si. 
Uma situação incomum coloca Hannah e Liam presos no mesmo
lugar, será que eles vão resistir à tentação?
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Playlist
Amy Sudt – Mistit
Avril Lavigne – Sk8er Boi
Avril Lavigne – Smile
Avril Lavigne – Wish You Were
Britney Spears – Toxic
Justin Timberlake – Love Stoned
Lady Antebellum – Just A Kiss
3 Doors Down – Let Me Go
ACDC – Highway to Hell
Adele – Rolling in the Deep
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prólogo
 
Hoje é o dia das garotas. Nós decidimos sair e tomar todas, curtir
geral na linda Seattle. 
O barman terminar de fazer uma bebida antes de deslizar de volta para
nós que estamos no final do bar.
- Senhoras. - Disse o barman. Seu cabelo escuro escorrido, fazendo-o
parecer como uma criança que mal tem idade suficiente para beber, muito
menos para ser barman.
- Ei garoto das bebidas, eu acho que precisamos de algo um pouco
mais forte para nossa menina aqui. - Taylor riu como se tivesse acabado de
contar uma piada, e o sorriso do garoto aumentou um pouco mais.
- Sim? Vocês estão tendo algum tipo de noite das meninas? 
- Sim. - Disse Taylor, um pouco mais alto do que o esperado.
- Minha amiga aqui precisa transar. Nós estamos tentando ajudá-la. 
- Taylor! – Eu gritei indignada com a sua falta de filtro.
Taylor e Marissa são minhas amigas desde o primeiro dia de aula na
faculdade, nós temos algumas aulas juntas e nos tornamos inseparáveis. Elas
sabiam que eu era relativamente nova em Seattle, então elas trataram me
colocar a par de todos os lugares bons para frequentar. 
Eu nunca fui muito de farar, até porque minha mãe sempre foi muito
protetora. Eu nasci e me criei em Boston, mas decidi fazer me inscrever para
a Universidade de Washington, minha mãe sempre me prendeu muito, e isso
estava me sufocando. Quando o meu pai foi embora, ela ficou obcecada pela
minha segurança. Eu acho que o fato dele ter nos abandonado a perturbou
além da conta. 
Marissa é mais quieta, já Taylor é um furacão em forma de pessoa.
Ambas são lindas e muito amáveis. Marissa é de origem tailandesa e Taylor é
hispânica. Mas ambas nasceram e se criaram em Seattle. Marissa tem vinte,
Taylor vinte e um e eu tenho dezenove anos. Taylor tirou um ano de folga
antes de ir para a universidade, ela viajou com umas amigas pela Europa. Eu,
por outro lado, nunca tinha saído de Boston, e para mim está sendo a cada dia
uma descoberta. Eu amo a minha liberdade.
O meu último relacionamento não durou nada, apesar de não estar
apaixonada por ele, eu senti falta quando terminamos. Nós estávamos nos
vendo há seis meses, mas ambos sabíamos que não iria dar em nada,
decidimos então cada um seguir o seu caminho. Eu acho que o controle que a
minha exerceu sobre mim acabou me tornando uma pessoa fria e sem
sentimentos, pois eu nunca me apaixonei de verdade, ninguém nunca esteve
em meus pensamentos o dia todo, e às vezes eu sinto falta de não ter alguém
com quem dividir minhas alegrias, realizações e frustações. E essa é a
resposta para a questão do porque eu ter saído hoje com as meninas para
festejar. Eu preciso de um pouco de emoção para me sentir viva.
- Nós vamos ter três tiros, e desta vez será duplo. - Marissa disse,
apertando meu ombro. Eu acho que ela estava fazendo isso mais para manter-
se em pé do que para ser solidária.
- Talvez devêssemos dançar ou comer. Nós estivemos bebendo por
apenas uma hora e minha cabeça está começando a rodar. – Falei.
Normalmente, eu não bebo assim. Na verdade, a última vez que eu
bebi mesmo, foi no meu aniversário de 18 anos para comemorar a minha
independência.
Taylor continuou olhando para o bartender com um olhar de quem
queria lamber todo o seu corpo. Assim que ele colocou nossas bebidas no
balcão, ele deu uma piscadela arrogante antes de colocar os tiros na nossa
frente.
- Para uma noite memorável. - Disse Taylor, levantando a taça como
uma oferenda. Ela tomou todo o conteúdo não parecendo afetada por sua
exibição de embriaguez. Marissa e eu levantamos os nossos copos, não tão
entusiasticamente, antes de trazê-los aos nossos lábios e jogar para trás o
conteúdo. A queimação do álcool não foi tão forte como eu tinha previsto, e
meu estômago se deleitou com o brilho de decadência alcoólica.
Marissa agarrou a minha mão, saltando seu caminho através da
multidão. Taylor seguiu logo atrás, e logo estávamos dançando ao som da
música que tinha o conteúdo do meu estômago subindo e descendo como
barras em um sintetizador.
Eu sempre amei como o álcool me fez sentir menos sobre a dança
autoconsciente em público. Eu estava realmente curtindo a nossa noite de
garotas.
Nós dançamos algumas músicas antes de eu interrompê-las com a
minha necessidade de um copo de água. Elas seguiram-me de volta para o
bar, e nós não estávamos lá por dois minutos antes de Taylor gritar quando
uma música soou na pista de dança.
Hannah você tem que ver isso. - Ela apontou para um homem que está
na outra extremidade do bar. Ele estava com um copo de um líquido marrom,
e fez meus joelhos fracos com a sua força aparente. Seguindo a linha de seu
corpo, eu podia ver que ele era extremamente alto, e sua camisa de botão
mostrava o quão forte ele era.
Ele não era um homem que eu normalmente ficava. Ele era um pouco
alto demais, um pouco musculoso, e talvez um pouco bonito demais. Ele era
alguém que só aparece em revistas de elite e muito bem vestido. Exalando
requinte e um toque de frieza. 
Talvez por isso que eu não consegui desviar o olhar. Este homem era
como uma beleza rara e majestosa que você não pode deixar de ficar
encantado com sua beleza. Olhando em volta para as pessoas mais próximas
a ele, eu notei que ele não parecia prestar atenção às várias mulheres e
homens que o observavam com fascinação óbvia.
- Doce Jesus! - Marissa disse enquanto babava pelo estranho. 
Voltando a minha água, eu resisti à vontade de virar o meu corpo
inteiro para encará-lo como minhas amigas tinham feito. Taylor colidiu com
o meu ombro, colocando mais força no movimento do que eu acho que ela
pretendia, mas o suficiente para chamar minha atenção de qualquer maneira.
Quando eu virei minha cabeça, ela simplesmente assentiu com a cabeça em
sua direção e disse: - Hannah você precisa olhar esse deus grego, ou eu vou
achar que você é gay. Embora eu deva dizer que esse tipo de homem deixa
você tão nervosa que você não sabe o que fazer.
Acho que era seguro dizer que eu tentei muito difícil não parecer
afetada por ele, e Taylor não ia deixar-me de fora tão facilmente.
- Eu preciso tenho que ir ao banheiro. - Eu disse, olhando em torno de
um corredor escondido que normalmente oculta os toaletes em lugares como
esses. Vi uma área escura com um sinal para os banheiros. 
A viagem para o banheiro foi um pouco decepcionante, mas isso não
era nada comparado com o que me esperava quando eu pisei fora do
banheiro.
O homem do bar.
Ele estava a poucos passos de mim, de frente para a entrada do
corredor como se ele estivesse esperando por alguém. Quando eu estava a
poucos passos dele, seu rosto se abriu em um sorriso, deixando-me
atordoada.
Olhei em volta, verificando cima do meu ombro. Eu sempre odiei
aquela sensação de que alguém estava olhando ou sorrindo para você, só para
virar e achar que eles não estavam olhando para você em tudo. Exceto,
quando me virei, não havia ninguém de frente para ele diretamente, o que me
levou a acreditar que aquele lindo sorriso fosse sem dúvida para mim. Este
deus grego está olhando paramim. Como se ele me conhecesse.
- Eu vi você. - Ele jogou suas palavras como se fosse algo a dizer de
passagem, não para abrir uma linha de comunicação, mas o que eu sabia? Eu
estava bêbada, e ele estava lindo. Em circunstâncias normais, eu estaria
correndo de volta para o bar, pedindo as minhas amigas para irmos embora,
mas minha mente estava trabalhando lentamente, incapaz de processar o que
estava acontecendo. Tudo o que eu podia fazer era percorrer todo o seu
corpo, e reconhecer como até mesmo os cabelos dos meus braços foram
afetados por ele.
- Eu vi você dançando com as suas amigas... - Ele se aproximou, suas
grandes mãos segurando os lados da minha cintura. Seus dedos, longos e
grossos, esticados através das minhas costas até que eles quase se
encontraram no meio acima da minha bunda. Minha respiração engatou,
enquanto seu rosto caiu ao lado do meu queixo para que ele pudesse falar
diretamente no meu ouvido. - Você está aqui comemorando alguma coisa?
- Não.
- Então, se eu roubar você, eu não vou arruinar aniversário ou
comemoração de alguém, vou?
- Não
Seu rosto estava contra a minha mandíbula, sua pele suave deslizou
sobre a minha como manteiga escorrendo a partir de uma faca quente. Sua
respiração em meu ouvido, provocando arrepios ao meu núcleo. Ele capturou
minha orelha entre os lábios, e o calor do momento fez mais para os meus
pensamentos acelerados do que os lábios macios e língua de camurça que
tocavam o meu corpo nesse exato momento. Eu nunca tinha tido um homem
demonstrando tão descaradamente o seu desejo por mim. Eu também nunca
estive com um homem antes, apenas garotos, na verdade dois apenas. O meu
primeiro namorado do colegial com quem eu perdi a minha virgindade, e o
cara que eu estava namorando, na verdade eu só tive relações sexuais com
um cara até hoje e não foi nada como eles contam nos livros.
O fato de que eu não sabia que seu nome era apenas um pensamento
passageiro enquanto seus lábios beijavam o meu ouvido.
Ele seguiu com uma lambida na minha garganta, o desejo entre nós
era evidente. E eu notei que ele deu um passo atrás. Ele se separou de mim
entrelaçando seus dedos com os meus enquanto ele me levou para frente do
bar. Foi aí que eu percebi que estávamos saindo sem aviar a minhas amigas.
- Espere, eu preciso avisar as minhas amigas. - Eu disse soltando a
minha mão da dele. Ele deu um passo para o lado e esperou pacientemente
enquanto eu falava com Taylor e Marissa.
- Jesus! - Marissa sussurrou.
- Mandou muito bem garota. – Falou Taylor.
Olhei de Marissa para Taylor, e de repente me bateu: Eu estava
prestes a sair com um homem que eu não conhecia. Mas ele parecia muito
notável, também suave, e dava para ver que esta não era a sua primeira vez
fazendo algo tão imprudente. Definitivamente era a minha.
Ele deve ter notado alguma coisa no meu rosto quando ele olhou para
mim, porque ele assentiu sutilmente, e antes que eu percebesse, ele estava
puxando alguma coisa de sua carteira e entregando para Tay.
Tay deu um rápido olhar para o pedaço de papel fino que facilmente
se encaixou na palma da mão e me deu um leve empurrão em direção ao
homem que estava com a palma da mão e me deu um leve empurrão em
direção ao homem que estava com a palma da mão estendida para mim. Algo
sobre sua troca me fez sentir mais confiável
Eu não precisava de qualquer outro impulso, e logo eu estava sentada
no banco do passageiro de seu carro. O carro era um Aston Martin Lagonda
na cor azul. Eu podia sentir o timbre de sua voz vibrar através do meu assento
para as minhas pernas, quando ele perguntou onde eu morava. Devo tê-lo dito
o meu endereço porque logo nós dois dobramos em direção a minha casa.
O resto parecia ser uma bagunça confusa, indefinida pela luxúria e o
álcool. Ele estacionou na minha garagem e eu me lembro de me atrapalhar
com a maçaneta da porta, e ser agradavelmente surpreendida quando ele
caminhou ao redor do carro para abrir a porta para mim. Ele até abriu a porta
de casa quando minhas chaves deslizaram da palma da minha mão e caiu aos
meus pés. Depois tudo se tornou tão intenso.
Ofegante eu montei seu corpo nu, nossos corpos estavam se movendo
em um borrão que tinha o meu corpo em chamas. A pulsação pesada pulsava
entre as minhas pernas.
Suas mãos agarraram os globos da minha bunda e as separou,
enviando faíscas para umidade fumegante entre as minhas pernas.
- Eu vou foder você tão duro. - Eu me lembrei dele dizendo. Ele
beliscou meus mamilos e a felicidade torturante abateu o meu corpo, fazendo
com que meu clitóris pulsasse ainda. Sua ereção pressionada com força
contra a minha fenda, empurrando na minha entrada.
Quando ele me tocou em todos os lugares. Eu nunca me senti tão
necessitada, tão desesperada, tão consumida.
- Abra os olhos. - Ele resmungou. Com seus belos olhos que mais
pareciam uma piscina de água cristalina, olhando para mim como se ele
precisasse disso, e ele não queria que eu perdesse nenhum momento do que
estava acontecendo entre nós. Seus olhos pareciam hipnotizar todos os nervos
do meu corpo, o coro de emoção vibrou através do meu núcleo, sussurrando
minha necessidade em cada parte do meu coração.
Eu nunca tive alguém me olhando assim.
Nunca.
Eu não poderia dizer se esses olhos estavam me aumentando ou me
quebrando. Dando-me coragem ou roubando um pedaço de mim.
Seus dedos traçaram o exterior da minha boca, mergulhando entre
meus lábios. Eu lambia os seus dedos, provando o sal e uísque ainda estavam
em seus dedos grossos. Eu vi seu movimento da boca. Ele estava falando,
mas tudo que eu podia focar era o caminho que aqueles mesmos dedos
viajaram.
- Ou, eu poderia fodê-la aqui. - Seu dedo mergulhou em minha
entrada nunca explorada, me chocando com sua intrusão sem corte. Meu
corpo estremeceu com a sua entrada abrasiva. Seu peito tremia com o riso
reprimido, e seu sorriso rapidamente se transformou em um sorriso quando
ele trouxe que um dedo de volta até seus lábios.
Olhei em seus olhos, enquanto a outra mão caiu entre as bochechas de
minha bunda, parando pouco antes de chegar a essa, a área proibida. Palavras
congelaram na minha garganta. Eu só não sabia se estavam o encorajando a
continuar ou para retardar as coisas. De repente, sua caiu sobre o meu feixe
de nervos, e começou a esfregar tão rápido que minha mente não poderia
processar.
Seus olhos brilhavam de desejo. Mesmo bêbada, eu poderia dizer que
ele era um homem que teve muitas mulheres, mas o seu desejo por mim
naquele momento era uma coisa inexplicável. Como se o toque da minha pele
obrigava-o a pressionar mais, ir mais longe, testar os limites invisíveis
enumeradas por dois estranhos.
Eu não peguei tudo o que ele disse, mas as coisas que eu ouvi enviou
minha mente em uma pirueta de prazer carnal.
- Você gosta de como o meu pau grosso fode você? Eu prometo que
você vai gostar de tudo que eu fizer para você. Não se esconda de mim. 
Ele trabalhou em mim lentamente, seus olhos nunca se afastando. Eu
apertei em cima dele, meu corpo avidamente puxando-o mais longe, mas seus
movimentos não aceleraram.
Seus quadris trabalharam lentamente, enviando ondas de prazer por
todos os meus poros.
Minhas mãos arranharam as suas costas.
Peles encharcadas de suor se moviam em uma sintonia.
Palavrões e sussurros.
Dedos curvados.
- Goze para mim. Goze minha bela flor.
E eu explodi, girando contra a escuridão que ameaçava me puxar para
baixo. Suas mãos encontraram o meio das minhas costas e seus gritos
seguiram os meus, anunciando a sua própria libertação.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Um
 
 
Minhas pernas estavam quentes sob o lençol. O ar estava ligado,
fazendo com que a pele do meu pescoço se arrepiasse com a brisa.
Tentei ver através da névoa densa em torno dos meus pensamentos,
mas eu não conseguia, a minha garganta estava ressecada e os meus músculos
parecia que tinham sido esticados além de seus limites. Então, flashes da
noite anterior surgiram. Lembrei-me das minhas amigas, Taylor, Marissa e eu
tomando tiros com loucas.
Deus, eu precisava de um café e um banho.
Um barulhoecoou de algum lugar dentro de minha casa, fazendo com
que minha mente me puxasse para o presente. Eu não conseguia me lembrar
do que aconteceu na noite passada, e como eu cheguei em casa. E o que era
esse barulho na minha casa? Eu joguei fora o meu lençol e tentei ficar de pé,
mas me desequilibrei e quase caí.
Eu nunca mais quero beber. 
Caminhei pela casa, antes de perceber que eu estava completamente
nua, quando olhei para o canto da sala eu vi as minhas roupas jogadas pelo
chão, junto com os meus sapatos. 
O som da TV ligada me chamou atenção, estava passando algum
programa de culinária. Olhei para o sofá na esperança de encontrar o controle
remoto, mas é claro que estava longe de ser visto.
Eu comecei a procurar por trás das almofadas do sofá, e finalmente
encontrei o controle remoto. 
Ouvi uma rajada de vento muito forte, e levantei-me, ignorando os
protestos do meu estômago, e corri para a janela da frente. Puxei as cortinas,
revelando um céu cinzento. Parecia que uma tempestade estava se formando.
Eu estava olhando para fora, ainda sob a névoa dos acontecimentos da
noite anterior.
- O que está acontecendo?
Eu gelei ao ouvir uma voz masculina desconhecida atrás de mim. Eu
podia ver a parte inferior de suas pernas nuas refletido no vidro. Eu fechei as
cortinas e ignorei o tremor correndo através de mim ao som de outra pessoa
em minha casa. A casa onde eu moro sozinha. Senti minha respiração engatar
quando me virei para olhar para o homem entre minha sala de estar e sala de
jantar. Vestido com apenas uma cueca boxer branca, ele encheu a abertura do
espaço com o seu peito largo e estatura alta. Havia apenas algumas polegadas
entre o topo de sua cabeça e o teto. Ele parecia muito bom de ver com o peito
cinzelado e corpo todo tonificado. E repente eu estava tremendo novamente.
- O que... - Eu engoli, minha garganta mais uma vez seca pegando um
pouco de saliva que se instalou contra minha garganta como cimento. –
Desculpe? E o que você está fazendo na minha casa? – Falei para o estranho
na minha frente.
Ele deu alguns passos em direção a mim antes de parar no meio do
caminho. Ele ergueu as mãos para cima, e seu pé recuou um passo. Seu
cabelo curto, despenteado, mas que foi a única coisa que parecia sonolento
sobre ele. Seus olhos estavam brilhantes como duas lagoas, seus lábios
estavam cheios, e quando falou, sua boca curvou-se.
- Eu sei que você gostou tanto quanto eu fiz, mas eu honestamente
não posso dizer que eu já fodi uma mulher tanto para causar-lhe amnésia. Eu
acho que há uma primeira vez para tudo. - Seu sorriso perfeitamente
encantador tomou conta de seu rosto e me fez tremer de desejo.
- Sinto muito... Eu, uh, nós... - Eu nem sabia o que dizer. Meus nervos
não me deixavam pensar direito, e as minhas mãos entre as minhas tentaram
esconder o meu corpo nu do estranho. Meu corpo estava doendo, mas eu
pensei que fossem dores habituais após uma noite de farra. Após o segundo
pensamento, no entanto, a dor parecia estar localizada no interior de minhas
coxas e meus músculos do estômago.
- Isso significa que a segunda rodada está fora de questão? - Ele
perguntou com um sorriso. Esfregando os seus braços distraidamente,
enquanto ele falava, e tudo que eu conseguia pensar era montar nele e me
perder em seus braços. O que há de errado comigo? Este homem é um
estranho na minha casa, e tudo o que posso pensar é o seu corpo
impressionante que está totalmente exibido para o meu prazer?
Eu balancei esses pensamentos da minha mente e me concentrei,
tentando me lembrar de algo sobre a noite anterior. 
- Normalmente eu gosto de saber o nome da mulher cujo sabor ainda
está na minha língua na manhã seguinte, e vendo como eu vou ser um
hóspede pelo que me parece por alguns dias, eu não sei, possivelmente nas
próximas semanas, eu estou pensando que agora seria um bom momento para
perguntar. 
Ele não se virou para olhar para mim enquanto eu gemia atrás dele.
Isso ia ser muito difícil, eu fiz o meu caminho de volta para o meu quarto
para uma breve trégua para que eu pudesse reunir meus pensamentos sobre o
que aconteceu na noite anterior.
 
 
 
 
 
 
Dois
 
Depois de colocar uma camisa para esconder a minha nudez, uma
batida soou através da porta parcialmente fechada. E eu apreciei que ele não
foi logo entrando como se a casa fosse sua só porque fomos forçados a esta
situação juntos. Embora, eu não soubesse nada sobre ele, havia algo que me
dizia que ele não era uma pessoa ruim, mas o que eu sabia? Esse foi o meu
primeiro caso de uma noite. Eu não tinha ideia do que estava no protocolo
padrão, exceto que eu tinha certeza de que a maioria dos encontros de uma
noite não era forçada a ficarem no mesmo lugar por conta de uma
tempestade.
- Está aberta. - Eu disse tão baixinho que não tinha certeza se o som
da minha voz chegou até ele.
Sentei-me na beira da cama, com um pé inclinando em direção ao
chão enquanto o outro pé descansava confortavelmente debaixo da minha
bunda. 
Ele entrou, tomando um assento ao meu lado, as longas pernas
esticadas ao longo do piso de madeira.
- Eu acho que nós precisamos conversar então eu vou começar. Vou
começar primeiro. Eu não sei do que você se lembra da noite passada, mas
você estava com suas amigas, eu te vi e quis você no mesmo instante, e
quando você foi ao banheiro eu te segui e então nós viemos para cá. - Ele
falou naturalmente, e tudo que eu conseguia pensar era em suas mãos sob o
meu corpo, como elas me levaram ao êxtase profundo muitas vezes na noite
anterior. Seu tamanho, seu toque, aquela boca. Afastei-me, tentando colocar
os meus pensamentos em ordem. 
- Eu sei quem você é. Desculpe, eu só nunca faço isso, e para mim foi
uma surpresa encontrá-lo aqui. – Eu falei corando pelos meus pensamentos.
Será que ele pode ler os meus pensamentos? Ele pode ver o que eu estou
pensando? Será que ele sabe como afetada estou por ele? Como é que eu vou
ser capaz de passar mais de um dia com um homem como ele? 
- Suponho que suas memórias estão voltando? A proposito, eu sou
Liam, e você é?
Eu caí para trás da cama, e ele me deu um sorriso maroto, como se
tudo isso fosse tão divertido para ele.
- Não precisa ser tímida. - Disse ele, alisando o meu cabelo de uma
forma tão suave e íntima que me deixou um pouco assustada com a forma
como ele me consumia.
- Apesar de que eu tenha que perguntar se você é maior de idade. –
Ele falou com um tom mais sério, que me fez perceber o quão maduro ele
realmente era. 
- Eu tenho dezenove anos, e você? – Perguntei procurando os seus
olhos azuis perfeitos.
- Graças a Deus. Eu tenho trinta e um anos, mas você ainda não me
falou o seu nome.
- Hannah. Meu nome é Hannah, eu sou estudante de Direito da
Universidade de Washington. 
Ele estendeu a mão e esperou que eu fizesse o mesmo. Quando sua
mão segurou a minha eu senti uma carga de eletricidade atravessar todo o
meu corpo. Nós ficamos assim por alguns minutos antes de alguém falar
alguma coisa.
- É um prazer conhecer você, Hannah.
Eu assenti, hipnotizada por seus olhos. Esse homem tinha alguma
coisa que me segurava e me fazia esquecer de todo o resto.
Minha mão apertar a mão dele. Sua mão estava surpreendentemente
quente, e eu tentei ignorar como sua mão pode encapsular a mina de todos os
ângulos. Eles eram tão grandes, mas eles também eram suaves e
reconfortantes, de uma maneira que me fez sentir autoconsciente e
desconfortável. Eu só não sei se era porque eu estava agora presa lá com
aquele homem, ou se era por causa de todas as coisas que eu tinha certeza de
que suas mãos tinham feito para mim na noite anterior, mas não conseguia
me lembrar.
- O que aconteceu ontem à noite não vai acontecer novamente. Na
verdade, nós precisamos de algumas regras se vamos passar tantos dias
juntos. – Falei.
Em questão de minutos, nossas mãos se moveram de agitação para
exploração. Seu polegar trabalhou sobre a palma da minha mão, fazendo
pequenos círculos que me acalmaram a tal ponto que eu poderia derreter nos
lençóis onde eu estava sentada.
Eu puxei minha mão da dele.Regras. Precisamos de regras. Eu não
podia me permitir ficar confortável com ele. Isso não fazia parte do meu
plano. Ele deveria ser um encontro de uma noite e só. Sem contar no fato de
que ele era muito mais velho do que eu, bem esse fato na realidade não me
importa muito, isso é apenas a minha razão tentando ser coerente. O que um
homem que nem ele queria com uma garota como eu. Ele certamente tem
encontros com mulheres maduras e experientes, e eu não sou nada disso. Na
verdade essa é a primeira vez que eu estou vivendo uma vida real por minha
conta e risco. 
A minha avó me deixou uma herança e eu usei uma parte dela para
comprar essa pequena casa, que é perto da universidade e ainda fica em uma
vizinhança tranquila.
E eu não sei o que ele espera de mim, mas no momento, eu não tinha
espaço na minha vida para qualquer coisa mais, além do meu curso e viver a
minha vida da forma que eu quisesse, sem complicações. Eu tinha objetivos.
Eu levantei e fiquei a meros centímetros de seu rosto. - Aqui estão as
minhas regras: 
- Nós vamos dormir em lugares separados. Você é um cara grande,
então...
- Estou feliz que você tenha notado. - Ele disse, olhando através de
sua carne ainda exposta, que estava apenas com a sua cueca.
Eu deveria ter percebido então o problema que ele seria, mas uma vez
que as regras fossem impostas, iria acalmar a sua libido e a minha. 
- E para tornar isso uma coisa real, em primeiro lugar, devemos ter
essa conversa com nós dois completamente vestidos.
- Eu não acho que tenho muita escolha, pois estou em desvantagem
aqui. Se eu só vou ter essas roupas para vestir pelo tempo que esperamos a
tempestade passar, eu não acho que eu quero ser usá-las todos os dias,
durante todo o dia. 
- Pare de inventar desculpas para ficar nu todo o tempo. Isso não vai
acontecer aqui. 
Eu pulei da cama, evitando o contato com ele enquanto eu me movia
pela sala olhando para as roupas jogadas pelo chão. 
- Eu não costumo ficar nu o dia todo, mas acredito que suas roupas
não serviram para um cara com o meu tamanho, então não me resta muita
escolha.
Eu achei o resto de suas roupas ao lado da cama. Eu joguei o pacote
em cima da cama, observando como ele pegou cada peça e começou a se
vestir.
- Você está olhando. - Disse ele com um sorriso. Virei-me para a
porta, tentando bloquear todos os pensamentos de seus músculos salientes, a
definição do seu estômago chamou a minha atenção, e sua ereção saliente não
ajudou a afastar os meus olhos curiosos.
- Eu tenho algumas camisetas que são um pouco maior do que o
normal. Eu acho que alguma deve servir em você.
- Eu não tenho como ser exigente, visto que não há muita escolha.
- Eu já volto. - Eu disse, saindo do quarto.
Eu guardava todas as coisas que não costumo usar no quarto de
hospedes, não é como se eu tivesse muitas visitas, embora Marissa e Taylor
sempre durmam aqui, mas nós dormimos sempre na sala. Eu amo dormir ou
arrumar a casa com camisetas grandes, elas cobrem tudo e eu posso ficar bem
à vontade. Eu as tenho desde que completei doze anos. Acho que a falta de
um irmão me fez carente em todos os sentidos.
O vento estava mais forte, e a chuva começava a cair. Seattle é uma
cidade portuária e sempre chove muito, mas eu nunca tinha presenciado uma
tempestade nesse tempo que estou vivendo aqui. 
Minha casa parecia pequena com a presença de Liam. Eu não sabia
como agir diante dele, eu nunca vivi com um homem. O meu pai foi embora
quando eu era muito nova e a única memória que tenho dele, é do último
natal que passamos juntos. Liam caminhou através da porta em minha
direção. – Deixa que eu pego isso? - Eu não tive a chance de responder antes
dele se pressionar contra mim, estendendo a mão para pegar as roupas. Seu
corpo estava quente contra o meu, ele cheirava a perfume e loção pós-barba.
Eu guardava as camisetas na prateleira mais alta do closet, então eu
sempre tinha que ficar na ponta dos pés para pegar, ou colocar um banquinho.
- Obrigada.
Ele colocou as roupas para baixo, havia seis camisetas largas, e dois
shorts grandes que eu usava para correr. Eu assisti Liam tomar cada item
entregue a ele, embora eu soubesse que cada peça ficaria pequena contra o
seu corpo grande, mas era melhor do que ficar nu o tempo. Prendi meu lábio
inferior, com cuidado para me certificar de que eu não estava babando com o
pensamento.
- Estas roupas vão ficar muito pequenas em mim, você não espera que
eu use isso não é? - Eu lhe lancei um olhar que o deixou saber como eu me
sentia sobre isso e ele deu de ombros. – Você é uma menina fodona.
Depois que ele colocou umas das camisetas que ficou muito colada ao
seu corpo, nós fomos para a sala.
- Como eu disse antes. - Eu comecei, estabelecendo-me no canto do
sofá, esperando por ele para tomar um lugar do outro lado. Ele sentou-se
perto o suficiente para que os nossos joelhos tocassem, e eu tentei não me
distrair com a forma como a nossa pele escovava continuamente quando ele
ficou confortável. 
- Como você é bem maior do que eu, eu não acho que seria justo ficar
com a cama, então eu não me importo de dormir no quarto de hóspedes ou no
sofá por alguns dias.
- Eu não entendo. Sua cama foi grande o suficientemente para nós
dois na noite passada. - Ele parecia genuinamente perplexo com a minha
declaração, como se fosse uma coisa normal dormimos juntos. 
- Isso foi ontem à noite. Estamos falando de agora em diante. Acho
que devemos criar alguns limites, e o primeiro deles é não dormir na mesma
cama, ao mesmo tempo. Isso confunde as coisas. 
- Não está me confundindo, minha menina.
Eu ignorei seu comentário e continuei. - Eu também tenho uma
grande quantidade de comida na minha dispensa, eu sou meio que maluca por
controle, e acho que minha mãe tem uma grande influência nisso, pois nós
sempre estocamos comida para que não faltasse quando mais precisássemos,
especialmente vivendo em uma região que tem tendência a tempestades.
Tenho água, sopas, biscoitos, alguns vegetais e legumes enlatados, também
carne, sucos, bacon e mais alguns itens. Então devemos passar bem até a
tempestade se estabelecer, e podermos sair.
- Para uma garota de dezenove anos, você é madura e muito
responsável. Estou impressionado.
- Ha, ha, muito engraçado. – Respondi tentando não soar ofendida
com a sua suposição. Embora eu tenha que lhe ser justa, não é normal alguém
da minha idade ser tão organizada e preparada para situações como essa. Mas
a verdade é que sempre fomos minha mãe e eu para cuidar de tudo. E isso me
tornou mais responsável e mais cuidadosa com tudo.
- Desculpe, eu não quis te aborrecer. 
- Você não fez nada, apenas estava pensando em coisas do passado.
- Quer falar sobre isso?
- Não, mas obrigada pela oferta.
- Ok, se precisar. Mais alguma regra?
- Nada que eu possa realmente pensar no momento. Embora eu ache
que devemos tentar passar algum tempo longe um do outro. Eu vou ficar no
quarto de hóspedes, enquanto você fica no meu quarto.
- Tudo bem, claro. Você tem uma escova de dente para me
emprestar? 
- Sim, claro. Eu vou buscar.
- Eu deveria ter perguntado antes, mas você não tem namorado ou
companheiro, certo? Não vai ter um cara lutando através da tempestade para
resgatá-la, e então me encontrará aqui preso com você, não é? 
- Não, eu não tenho namorado, ou qualquer coisa do tipo.
- Ok. Eu também não. - Gostei que ele não quisesse me perguntar por
que eu estava quase com medo da resposta. Se um homem como ele estava
solteiro, era apenas porque ele escolheu ser. 
Teria sido ontem à noite uma noite típica? Será que ele gostava de
transar com mulheres bêbadas para não se comprometer? Eu não conseguia
tirar isso da minha mente, e agora eu estava lá presa com ele, eu não pude
deixar de pensar sobre o tipo de homem que ele seria. 
Porque isso estava acontecendo comigo?
- Olha, esta é a sua casa e eu não quero fazer você se sentir
desconfortável, por isso, se há alguma coisa que eu poderia fazer para tornar
isso mais fácil, é só me avisar. 
- Ok, obrigada. Vamos dar uma olhada no que eu tenho de alimentos.Nós dois levantamos do sofá, e ele me seguiu através da sala de jantar
e para a cozinha. Eu amo a minha cozinha, ela é toda equipada com tudo que
eu preciso e aprecio. Tenho móveis projetados, um balcão de granito preto,
fogão e forno embutido, assim como a geladeira, lava-louças e micro-ondas.
Tudo comprado com o dinheiro da minha herança, minha mãe me presenteou
com algumas coisas, mas o restante eu mesma que comprei. 
Minha mãe vive em Boston, ela nunca quis casar de novo. Eu acho
que ela ainda tem esperanças do meu pai voltar. Apesar de ser muito
controladora, minha mãe é uma pessoa maravilhosa, eu não sei o que teria
sido da minha vida sem ela, mesmo com todo o excesso de cuidado. 
- Aqui está o que eu tenho na geladeira. - Eu disse, abrindo a porta e
entrando para a esquerda para que ele pudesse olhar por si mesmo. A cozinha
era pequena, mas dava para se mover com tranquilidade. Ele se moveu para
mais perto, e embora ele estivesse tocando os armários para a direita, seu
corpo roçou contra o meu, me fazendo pensar na primeira vez que ele me
tocou no bar.
- Você cozinha?
- Eu não sou um chefe de cozinha, mas minha comida não é ruim, por
quê?
- A energia pode ser cortada, e se isso acontecer, precisamos ter
alimentos que não precisam ser aquecidos no forno. Sugiro que cozinhemos. -
Ele abriu o freezer, puxando para fora os sacos de legumes congelados e
várias carnes que eu tinha dentro.
- Onde estão o restante as coisas que você falou?
- Na despensa, por aqui. – Eu liderei. Abrindo as portas duplas da
despensa, havia fileiras de prateleiras com sopa enlatadas, carne, feijão, frutas
em compotas, água, velas, lanternas, fósforos, líquido para fazer fogo, e toda
uma parafernália que costumávamos estocar na casa da minha mãe. Nós não
tínhamos um homem em casa, então, tivemos que aprender de um tudo um
pouco. 
- Você acha que tem alimentos suficientes aqui?
Ele bufou e apagou a luz, saindo com um olhar sarcástico no seu
rosto. Ignorei o seu, bufar cruzando os braços sobre o peito, esperando a sua
próxima avaliação. Seus olhos lamberam através de cada parte da minha pele.
Uma chama do desejo desenfreado percorreu seus olhos como hera.
Ele era arrogante, fazendo-o parecer um pouco infantil, mas eu sabia
que não havia nada infantil sobre esse olhar. Seus olhos me viam como eu
fosse um desafio, um mistério para ser desvendado, um tesouro escondido à
espera de ser encontrado. Eu não sabia o que pensar quando ele olhava para
mim assim.
Uma vez que ele já conhecia tudo, ele estava no meio da cozinha com
os pés na largura dos ombros. Ele parecia um pouco intimidante desta forma.
Eu ainda não tinha certeza de como eu me sentia sobre estar presa com
alguém que eu não conhecia, mas eu pensei que eu preferia tê-lo ali que não.
Eu nunca tinha estado sozinha em uma situação como está antes.
Eu tinha que ligar para a minha mãe e minhas amigas e avisar que
tudo estava bem, mas Liam ainda estava avaliando a quantidade de comida e
como iriamos armazenar tudo depois do cozimento para que não estragasse.
- A carne deve durar uns seis dias, os enlatados a gente pode deixar
apenas para uma emergência mais grave. Como o seu fogão é a gás não
precisamos nos preocupar com ele ser cortado, apenas economizar para não
secar antes da tempestade acabar. Quanto à água, nós devemos ficar bem,
pois você tem bastante, mas temos que racionar. Na realidade vamos racionar
tudo, pois não sabemos quantos dias ela ficará.
- Tudo bem, pronta para me mostrar como você faz?
- Espere, o quê? - Eu perguntei confusa pela sua sugestão de duplo
sentido.
- Eu já sei o que você tem aí. - Disse ele, com os olhos examinando as
curvas do meu corpo. – Estou falando de você me mostrar seus dotes
culinários, minha menina. - Devo ter corado uns dez tons de vermelho antes
de sua boca se transformar em um sorriso sexy que me incendiou toda a
minha calcinha.
Eu estou tão ferrada!
- Eu não sou uma menina, e muito menos sua. – Eu rebati.
- Selvagem, eu gosto.
- Hugh! – Eu bufei, e peguei todas as coisas necessárias para
começarmos a cozinhar. 
Liam estava curvado na frente da minha geladeira. Fazendo-me ter
pensamentos sujos com ele no chão da minha cozinha. Deus, o que há de
errado comigo?
Não ia ser nada fácil passar dias com Liam trancado aqui comigo. Eu
precisava por em prática as regras, e urgentemente.
 
 
 
 
Três
 
Cozinhar com Liam parecia tão natural e familiar que em alguns
momentos eu me assustei com a interação entre nós. Ele parecia tão
confortável na minha casa, trabalhando na minha cozinha como se fosse a
sua. Ele se moveu de um lado da cozinha para o outro de forma intuitiva,
como se soubesse onde encontrar todos os ingredientes para cozinhar. Eu
estava ficando a cada minuto mais encantada com a forma como ele se move,
seus músculos, seu cabelo liso, e as caretas que ele faz ao testar alguma
combinação de temperos. É muito interessante de se ver. Suas mãos são tão
grandes que me fazem lembrar o que elas fizeram para mim na noite passada.
Deus! O homem é o sexo com pernas. 
- Eu acho que vou cobrar o aluguel por sua estadia. – Falo brincando
para espantar os meus pensamentos sujos.
Ele se inclinou sobre o balcão para falar: - Sim, eu vou fazer questão
de pagar cada minuto que estive aqui. – Falou ele com uma voz de puro sexo.
- Oh! – Foi tudo que eu consegui pronunciar depois de engolir em
seco.
- Nós provavelmente só temos mais algumas horas antes de tudo
começar a ficar caótico. Eu acho melhor você ligar para sua família e suas
amigas para que elas não se preocupem. 
- Você tem razão. Eu já volto. 
Tentar explicar a minha mãe que eu ia ficar bem não foi uma tarefa
fácil. Ela passou quase uma hora me dizendo o que fazer e como proceder no
caso da tempestade piorar. Enfim consegui acalmá-la e prometer que assim
que tivesse como mandaria notícias, mas enquanto tivesse sinal no celular
que eu enviaria uma mensagem ou ligaria a cada hora. 
Havia algumas mensagens de Taylor e Marissa, logo que encerrei a
chamada com a minha mãe liguei para elas, mas o celular estava fora de área
ou desligado, mas deixei algumas mensagens informando que estava bem, e
que meu encontro de uma noite acabou de se estender, pois estávamos presos
no mesmo lugar até que a tempestade fosse embora.
Antes de voltar para a cozinha eu fiquei sentada relembrando um
pouco da noite passada. Liam em cima de mim, atrás, a sua língua por todo o
meu corpo, os seus dedos, e ele definitivamente tem um jeito com as
palavras.
- Hannah?
Jesus! Parece que ele pode sentir quando estou pensando nele. O
homem parece uma cobra, rastejando de forma que ninguém possa notar a
sua presença. - Sim?
- Você é alérgica a alguma coisa? Eu já comecei a temperar algumas
coisas, mas parei apenas para perguntar se tem algo que você não possa
comer.
- Obrigada, mas não. Eu posso comer de tudo. – Falei.
Ele voltou para a cozinha, e eu esperei até que ouvi a prova de que ele
continuou seu trabalho antes de respirar.
Quando voltei para a cozinha, eu rapidamente coloquei o telefone no
carregador antes de voltar para a minha tarefa. Enquanto Liam temperava as
carnes, eu decidi fazer um pouco de bolos, biscoitos e pão. Apesar de foi um
pouco difícil me concentrar, pois Liam estava usando uma camiseta branca
que mostrava todos os seus músculos. Deus! O homem era grande em todos
os sentidos.
Quatro horas depois, parecia que teríamos um banquete. Havia pratos
transbordando a pia, mesas e bancada. Nós fizemos de tudo, carnes, massas,
sucos etc. Depois limpamos tudo e depois caímos no chão da cozinha de tão
cansados.
- Você tem irmãos? – Liam perguntou.
- Que tipo de pergunta é essa? 
- Bem, eu estou tentando conhecer um pouco minha companheira de
confinamento.
- Não, eu sou filha única.
- Isso significa que você não têm jogos de tabuleiro. 
- O que tem uma coisa a ver com a outra? - Perguntei, curiosa por sua
linha de questionamento.
- Apenas uma observação. - Ele respondeu com um simples encolher
de ombros enquanto ele me seguia para a sala de estar. 
- Eu nãotenho irmãos, mas eu tenho amigos, e nós costumamos jogar
quando estamos entediados. Embora eu tenha que dizer que eles não estão em
tão bom estado. Nós usamos bastante para noite de garotas, onde não há
álcool ou encontros de uma noite.
- Ok, melhor velhos do que nada. Isso ajudará a passar o tempo. 
- Eu vou buscar e já volto. – Falei me levantando.
Para ser perfeitamente honesto, eu já tinha começado a questionar
como viável era para ficar trancado noite e dia com este homem sem me jogar
para ele, mas depois ele falou, com suas palavras sedutoras que parecia
lamber minha espinha com sussurros. Eu não ia demorar a quebrar as regras.
As regras que eu mesma defini.
Ele parecia não sentir qualquer efeito, estava agindo normalmente.
Mas o que se esperar de um cara maduro? Eles estão acostumados a terem
garotas como eu caindo aos seus pés. E isso tudo era muito novo para mim,
talvez se eu fosse tão madura quanto ele eu não estivesse surtando tanto. 
Eu não estava inteiramente certa de como proceder nesses tipos de
coisas. Não havia ninguém que eu poderia falar sobre isso, e eu não estava
sem acesso à internet para poder pesquisar sobre o que fazer. 
- Há quanto tempo você mora aqui? E porque uma garota da sua idade
mora sozinha?
- Um pouco mais de um ano. - Eu respondi tentando não soar
ofendida com a sua afirmação de que eu era uma pirralha. – E quanto à sua
outra pergunta. Eu moro sozinha porque não encontrei nenhuma colega de
quarto para dividir um apartamento, então eu usei o dinheiro da minha
herança para comprar essa casa. 
- Sinto muito ser tão inconveniente, mas só estou tentando entender
você. E ainda não consigo entender porque você mora em um lugar tão
afastado da civilização.
- Não precisa se explicar. Eu sei que parece estranho uma garota viver
sozinha em uma cidade que ela mal conhece, mas eu queria independência.
Então me inscrevi para a universidade longe de casa, e como eu fiz a
inscrição tardiamente, eu não tive como conseguir um alojamento no campus
da faculdade. E eu gosto de estar perto da natureza. 
A minha casa ficava em um lindo bosque nos arredores de Seattle, e
eu amava acordar todos os dias com o aroma suave do campo. 
- Minha mãe também achou, e muito desconfortável com a ideia da
sua menininha viver tão longe, mas ela teve que aceitar e respeitar a minha
decisão. Afinal, eu não sou mais uma garotinha. E ao longo do caminho
existem outras casas na região, apenas não somos coladas umas nas outras. 
- Tudo bem. – Ele respondeu surpreso com a minha firmeza. 
******
A energia ainda não tinha acabado nós optamos por assistir uns filmes
antigos que ele encontrou no meu rack. Eu fiz pipoca enquanto ele
posicionava o filme. 
Antes de o filme começar nós nos revezamos tomando banho. Ele
vestiu uma das minhas camisas e o short que eu tinha lhe emprestado. Eu
coloquei um dos meus pijamas que cobria todo o meu corpo, não que ele não
tivesse visto nenhuma parte, mas eu não precisava ficar mostrando. 
Liam parecia tão delicioso com a camisa preta apertada e os shorts
que mais pareciam cuecas para ele.
Deus, que homem grande!
Estava um pouco frio, então eu peguei um cobertor para cada um de
nós.
Com pernas longas estendidas, Liam sentou-se confortavelmente
pressionado no canto do sofá grande, colocando suas pernas para descansar
na mesinha de centro. Liam era muito alto e largo, eu não queria ser uma
cadela sem coração, então tive uma ideia.
- Me ajude a afastar o sofá. – Falei ao me levantar. 
Nós afastamos os sofás e a mesinha, e eu fiz uma cama em cima do
tapete, coloquei travesseiros e almofadas, para que ele pudesse ficar
confortável. Sentei-me com as pernas dobradas, as mãos descansando entre
as minhas pernas.
Liam deitou ao meu lado, deixando um espaço entre ele e eu, o que
me deixou um pouco mais confortável. O filme não era nada romântico, ele
escolheu uma comédia e eu agradeci silenciosamente. Eu não preciso ter mais
pensamentos sujos com ele, além daqueles que teimavam em ficar na minha
mente suja e descarada. 
Eu não sei se Liam pensou sobre a nossa noite juntos, pois ele não
demonstrou nada. Na verdade, ele assistiu ao filme como se fosse à primeira
vez, os únicos movimentos eram para pegar pipoca e mastigar. 
Foi somente quando sua mão acidentalmente encostou-se à minha, ao
tentar pegar algumas pipocas da tigela, que ele finalmente olhou para mim.
Nossos olhos se encontraram por um breve momento. Um momento que
pareceu uma eternidade quando a luz da TV cintilou em seus olhos, fazendo
seus olhos azuis brilharem ainda mais. Quando ele olhou para longe, eu lutei
com tudo de mim para não chegar e tocar seu rosto, ele trouxe os olhos de
volta para os meus para que eu pudesse ler suas profundezas.
Esse momento intenso foi o único que compartilhamos, e logo os
créditos finais estavam rolando toda a tela. Eu não estava pronta para encerrar
a noite, mas eu não sabia o que fazer. A tentação era muito forte, e eu senti a
minha força de vontade enfraquecer a cada hora que meu corpo o sentia
próximo.
- Eu vou pegar mais cobertores e travesseiros. - Eu disse,
desdobrando-me e subindo para os meus pés. Seu corpo ficou imóvel, e ele
estava estranhamente quieto enquanto me observava sair da sala. Voltei com
mais cobertores e travesseiros do que uma pessoa poderia possivelmente
necessitar, e como esperado, ele começou a falar assim que me viu com os
cobertores na mão.
- Você sabe que não está tão quente, e que nós certamente vamos
precisar apenas de um lençol?
- Eu não sei, pode ser que volte a esfriar. E não quero que fiquemos
resfriados. Um agradecimento simples seria suficiente. - Eu respondi
ironicamente quando eu joguei o pacote no lado oposto do tapete. Ele
escolheu entre os cobertores um lençol de casal e um travesseiro, em seguida
os acomodou ao seu lado, então começou a tirar a camisa.
- O que você está fazendo? - Eu gritei, chocada. Não foi até as
palavras saíram da minha garganta que eu percebi como histérica eu soei,
gritando com ele sobre expor algo que eu não só tinha visto, mas tocado,
lambido, e beijado. Minhas pernas ficaram moles, e o zumbido suave que
vinha crescendo desde que o filme começou agora era uma fogueira acesa no
encontro das minhas coxas. Liam parou de levantar a barra da sua camisa.
Com um sorriso brilhante ele disse: - Vou te dizer, eu vou manter a minha
roupa de baixo se você não surtar toda vez que você me ver sem camisa.
- Você teria que manter sua roupa de baixo de qualquer maneira.
- Normalmente eu não durmo com roupa. - Ele disse como ele
levantou a sua camisa. Eu não disse mais nada. Eu queria ficar e assistir seus
músculos, mas não o fiz. Eu estava satisfeita o suficiente pelo breve
vislumbre da pele acima do cós da cueca. Memorizando como os músculos
de seu abdômen se desvaneceram e o caminho de pelos que se escondia nas
profundezas ocultas por sua cueca.
Fazendo meu caminho para o quarto, eu gritei: - Boa noite. - Eu parei
na porta, me perguntando o que eu deveria fazer: aberta ou fechada?
Normalmente eu dormia com a porta fechada, mas fechando iria deixar Liam
fora como se ele fosse um intruso, para não falar o quão rude seria. Não era
exatamente um convite, deixando a porta aberta, mas também não estava
fechando uma porta-literal e figurativamente.
Eu tropecei ao redor da escuridão do quarto, batendo na beira da cama
para usar como guia, levando-me para o lado esquerdo da cama. Eu me
acomodei no colchão macio, puxando o lençol fino para cobrir o meu corpo.
Dormir não foi fácil, os pensamentos da noite anterior me
assombraram. Eu me virei e revirei no colchão como uma galinha no poleiro,
procurando o melhor lugar para dormir, mas para todo lado que eu me virava
o cheiro dele ainda permanecia nas fronhas e lençóis, tornando mais difícil
dormir.
Depois do que pareceram horas e depois de finalmente ceder à
vontade de puxar o travesseiro, encharcado de seu cheiro, apertado contra o
meu peito, eu adormeci em um sono profundo que não fez nada mais para
minha mente cansada do que ficar acordado faria. Atempestade estava no seu
ápice, e amanhã seria um dia difícil.
 
 
 
 
 
 
Quatro
 
Eu me arrastei para a cozinha para conseguir um pouco de café. Eu
sou uma pessoa movida por cafeína.
Liam sentou olhando para mim enquanto eu passava pela sala de
jantar.
Eu tentei ligar a luz da cozinha, mas quando a luz já tinha sido
desligada. Ótimo, agora era oficial.
- Droga!
Eu tateei nas gavetas procurando as velas, mas o meu estado zumbir
não ajudou muito. Eu ouvi Liam se mover e minutos depois, ele estava bem
atrás de mim. O meu corpo inteiro ficou consciente de sua proximidade
apesar do estado de coma em que estava. Eu tentei ignorar a maneira como
seu corpo parecia na escuridão da sala, moldando os deliciosos abs, e que
meus olhos registraram protuberância bem avantajada.
Hannah! Café. Foco no café.
- Eu acho que a eletricidade acabou. - Ele cruzou os braços sobre o
peito, aparentemente contente em apenas me ver toda assanhada e
amarrotada.
- Sim. Como você dormiu? - Perguntei enquanto preparava a
cafeteira, e ao mesmo tempo tentando manter meus pensamentos e olhos
longe da sua ereção matinal.
- Muito bem obrigado. E se você? Eu ouvi você se remexer um pouco.
- Foi difícil pegar no sono. Eu não estou acostumada a dormir sem o
ar estar ligado. Deus, eu sou tão idiota. Como é que eu vou fazer café na
cafeteira sem energia? Você sabe fazer café sem uma cafeteira?
- Sim. - Ele se moveu para pegar uma panela do armário. – Já sei você
não funciona sem cafeína. 
- Correto. 
Eu assisto como ele faz tudo como se fosse à coisa mais simples do
mundo. O que na realidade é, mas vê-lo em ação é muito excitante. 
Eu permaneci em silêncio à sua direita prestando mais atenção à
forma como os ombros tensos e estômago apertava, e a maneira como ele se
mexia. Eu tenho certeza que eu babei.
- Então... - Eu não sabia o que eu queria dizer. Eu estava procurando
por algo, qualquer coisa para preencher o silêncio entre nós. Apenas o som de
água fervendo entre nós. Eu estava tentando organizar os meus pensamentos
com clareza para me lembrar de como agir em torno dele. Eu não sabia o que
fazer. Tudo o que eu queria era beijar todo o seu corpo, montar sua ereção e
cavalgar por horas até não sobrar mais energia no meu pequeno corpo.
- Aqui. – Ele derramou um pouco de café na minha caneca, e eu
derramei um pouco de leite levantando a caneca debaixo do meu nariz,
sentindo o aroma fresco. O cheiro forte pareceu relaxar cada músculo do meu
corpo, dissolvendo meus pensamentos emaranhados. Quando abri os olhos
para tomar um pequeno gole, eu vi o rosto de Liam sobre a borda do copo,
observando meus movimentos como um leão observando a sua presa.
- Você pode colocar a mesa, e eu vou levar um pouco de comida. –
Ele disse tenso enquanto coçava preguiçosamente o peito, tirando minha
atenção para o punhado de pelos que se arrastavam para baixo e desaparecia
sob sua cueca, e eu não queria nada mais do que seguir o caminho com os
dedos. Seu pênis se contraiu, e foi esse movimento que me alertou para o
lugar onde meus olhos tinham se arrastado, mais uma vez. Chocado com a
minha própria falta de controle, eu quase derramei o meu café tentando
recuperar a compostura.
Quando ele se virou, eu jurei que eu vi um traço de sorriso em seu
rosto, como se ele estivesse se divertindo com a minha atração por ele.
Honestamente, eu não sabia o que o fazer comigo mesmo. O homem é mais
velho do que eu, mais vivido, e ele sabia como enlouquecer garotas como eu. 
Depois de arrumar a mesa para o nosso café eu sentei do lado oposto.
Onde eu tinha uma visão da minha janela para a rua. Na verdade não dava
para ver quase nada, pois chovia muito e estava totalmente nublado. Liam
apareceu logo em seguida carregando pães e bolos, vestindo apenas a sua
cueca e nada mais. 
Eu vou precisar de muito autocontrole, para não pular em Liam toda
vez que ele aparecer assim.
Ele colocou a comida em cima da mesa e depois puxou uma cadeira a
minha frente. Ele fez um bom trabalho na cozinha. Fritou alguns ovos e
bacon. Cortou frutas e trouxe também um pouco de suco de laranja.
Liam quebrou um bolinho ao meio descascando a crosta e comendo
apenas a parte interna.
- Você não gosta do bolinho inteiro?
- Sim, mas eu prefiro a parte de dentro, é mais macia e fofa. Dar ao
bolinho mais sabor. - Ele respondeu, apanhando pedaços do bolinho, antes de
colocá-los em sua boca. Sua boca fechada em torno desses dedos,
posteriormente lambendo todas as migalhas que haviam sobrado.
Normalmente, eu não gostava de assistir pessoas comerem, mas algo em
observar Liam era tão erótico. A forma como seus dedos desapareciam entre
esses lábios cheios que eram tão suculentos.
Eu gostei da maneira como ele estava na minha mesa, na minha casa,
fazendo algo tão simples como pegar um bolinho. Ele pertencia aqui, como
se isso fosse apenas um dia normal de nossas vidas. Eu não me deixei pensar
sobre isso tempo o suficiente para se tornar instável por quão confortável ele
parecia caber em minha casa. Em vez disso, comecei a pegar mais bolinho.
- O que você quer fazer hoje? - Ele me perguntou.
- Bem, vamos ver. Não podemos ir lá fora, não temos qualquer
eletricidade, e está muito escuro, sem contar com a chuva e o vento. Hmm,
não parece que temos um monte de opções. 
- Não, mas eu tenho certeza que eu poderia pensar em algumas coisas
para manter-nos ocupados.
- Eu tenho certeza que você poderia, mas eu acho que vou passar por
agora. Acho que vou ler um pouco e, em seguida, tomar um banho, e você? 
- Eu?
- Você malha?
Os pedaços de bolinho entre meus dedos foram moídos em pó,
enquanto tentava conter o calor que emanava entre as minhas pernas. Ele não
respondeu imediatamente, mas eu podia sentir ele me olhando, esperando que
meus olhos encontrassem os dele, para apontar o óbvio. 
Liam fez-me sentir coisas que eu nunca tinha sentido antes, mas eu
não tinha espaço em minha vida para algo com um homem como ele. Eu não
tenho tempo para distrações, não quando eu quero focar nos meus estudos e
futuro. 
Depois de uma batida, eu olhei para cima para encontrá-lo me
olhando com aquele sorriso diabólico iluminando o seu rosto bonito.
E isso não ajudou realmente, pois havia uma brasa que estava se
transformando em um inferno rugindo dentro de mim. Parecia ser o super
poder dele.
- Por que, Hannah, se eu não soubesse melhor, eu pensaria que era
uma linha de recolhimento.
Eu arranquei um pedaço do meu bolinho minha e atirei nele. Ele
fingiu raiva, jogando a mão para desviar a trajetória da migalha. E a migalha
caiu em algum lugar além de onde ele estava sentado. Ele olhou ao redor
antes de voltar para mim.
- Ei, não podemos desperdiçar nossos valiosos recursos. Você deve
tratar essas migalhas como ouro, cada gota conta, caramba. 
- Diz o homem que se recusa a comer a parte externa do bolinho.
- Talvez eu estivesse salvando aqueles para os tempos difíceis.
- Que seja. - Eu disse, levantando-me da mesa. Eu levei ambos os
nossos pratos e depositei-os na pia da cozinha. Liam ainda estava sentado na
cadeira da sala de jantar quando eu estava fazendo meu caminho para o
escritório para pegar um dos meus livros favoritos.
Chegando ao escritório, eu decidi meditar um pouco. Alcancei o
tapete de ioga e estirei no chão do escritório.
Droga, ele nunca respondeu a minha pergunta. Foi difícil limpar a
minha mente quando cada vez que eu fechava os olhos Eu ficava imaginando
a sua camisa ensopada de suor, cheirando a perfume viril natural misturado
com o salgado que faria a minha boca salivar.
Imaginei essas fortes mãos esfregando preguiçosamente sobre seus
peitorais e para baixo. Sua mão mergulhando entre as pernas, ensaboando-se
um lugar que me fez salivar.
Eu ouvi o chuveiro sendo desligado e eu podia ouvi-lo sussurrando ao
redor. Espero que ele esteja colocando alguma roupa. O som dele se
movendo pelo quarto marcou o fim da minha sessão.
Não obtendo nenhum resultado com a meditação, eu decidi tomar um
banho para acalmar esses pensamentos.
Quando cheguei ao meu banheiro, tirei a roupa eentrei no chuveiro
esperando lavar todos os pensamentos de Liam. A água morna escorrendo
pela minha cabeça, toquei o meu pescoço para trás deixando-a correr sobre
mim. Os meus sentidos estavam hiper conscientes de tudo. Cada passagem
das minhas mãos pela minha pele parecia como uma escova de eletricidade,
enviando pequenos choques através do meu sistema me causando alguns que
arrepios, apesar do calor da água. Tentei focar no sabão que deslizou entre as
palmas das mãos criando uma espuma tão espessa que cobria as minhas
mãos, como luvas. O sabão escorregou, caindo contra o piso do chuveiro com
um baque forte. Um som que não poderia mascarar o rangido muito distinto
da porta do banheiro sendo aberta.
Eu praticamente me joguei no fundo da banheira em uma pressa para
me cobrir. Eu agarrei a cortina de chuveiro claro, puxando-a apertado contra
o meu corpo, ao mesmo tempo, tentando contorcer os meus membros em
uma maneira de esconder tudo.
- Que porra você está fazendo? - Eu gritei para Liam, que casualmente
entrou como se ele não tivesse ouvido o chuveiro ligado ou sem o bom senso
para saber que você não entra sem bater. Ele acabou de entrar não se
incomodando com a minha visão curvada, com a bunda no ar tentando
recuperar o maldito sabão.
Sua risada estrondosa só contribuiu para a minha raiva aumentar com
a sua falta de respeito. Aparentemente, ele não tinha senso nenhum, quando
se tratava de espaço pessoal.
Será que ele vai ser assim pelos os próximos dias? Se for, eu não tinha
certeza se nós dois sairíamos vivos. Precisamos de novas regras.
- Não é engraçado. - Eu disse, irritada com o seu divertimento.
- Sim, é um pouco.
Ele continuou rindo como se fosse à coisa mais engraçada que ele já
tinha visto. Ele está rindo da minha visão enrolada na cortina do chuveiro, ou
ele está realmente rindo de mim?
- Eu já vi tudo o que há para ver, querida. Eu conheço todos os seus
bens. Não há necessidade de ser tímida agora. 
- Saia! – Eu gritei.
- Tudo bem, tudo bem. Eu pensei ter esquecido alguma coisa aqui. -
Ele olhou ao redor, mas realmente não parecendo procurar qualquer coisa em
particular. Era quase como se ele tivesse inventando, e então rapidamente
disse: - Oh, acho que ele não está aqui.
- Bom. Agora, saia. 
Ele me lançou um de seus sorrisos e fechou a porta. Eu soltei uma
respiração que eu não sabia que eu estava segurando e meu punho afrouxou
sobre a cortina que agora estava incorporada ao meu corpo molhado. Peguei
o sabonete e rapidamente tomei o meu banho com o meu corpo ainda
trêmulo.
Primeira coisa a partir de agora, sempre fechar as portas na chave.
Depois de alguns minutos, eu saio do chuveiro e me seco. Limpando a
condensação do espelho, desconfortavelmente ciente da menina olhando para
mim.
Olhei para o meu rosto um pouco mais perto, de alguma forma,
sentindo-me insultada pela imagem que olhava para mim. Meu cabelo,
encharcado, pendurado pelos meus ombros. Eu alcancei uma escova e
comecei a pentear, pensando em como eu tinha me metido nisso. Por que eu
tinha aceitado sair e me divertir? Agora, eu estava presa com um homem
lindo na minha casa.
Depois de muito pentear e pensar eu decidi que não havia muito a ser
feito. Eu faria uma hidratação mais tarde, afinal de contas, eu tinha bastante
tempo livre. E eu iria aproveitá-lo estudando e colocando algumas coisas em
ordem.
Eu me preparei para sair do banheiro, e notei que ele estava de volta
ao sofá. Desta vez, vestido adequadamente.
Trovões e relâmpagos oscilavam no céu escuro. Eu não podia ver os
seus olhos, mas podia sentir a profundeza deles olhando para a tempestade.
Eu podia ver seus olhos na minha sombra, me observando, os meus
passos vacilaram quando eu me aproximava. Fiquei imaginando o que ele
viu. Um rubor subiu pelo meu pescoço com o pensamento dele me
imaginando nua. Ele viu tudo. 
E fiquei imaginando o que ele estava pensando. A verdade é que Liam
pode ter qualquer mulher que ele quiser, e não vou me admirar se quando
sairmos daqui ele nunca mais queira me ver. Eu sou apenas uma garota que
não sabe nada da vida. Esse pensamento me deprimiu um pouco.
- Pelo menos você é inteligente o suficiente para colocar algumas
roupas. - Eu murmurei, sentando-me no lado oposto do sofá. Ele ainda estava
muito perto, mas eu não queria que ele pensasse que eu estava
propositadamente evitando-o por causa da situação no banheiro. Eu nunca
tive namorados na minha casa, por isso era mais estranho lidar com isso. 
- Eu estava esperando que você não fosse. Eu não consegui ver muito
lá dentro. 
- Sobre isso. Precisamos respeitar o espaço do outro. Você precisa
bater antes de entrar.
- Foi apenas um pouco de nudez. Além disso, foi um acidente. 
- Não me pareceu acidente. Você só invadiu o local. Você achou o
que pensou ter deixado lá? 
- Sim, o meu relógio. - Disse ele olhando para o pulso.
Apertei os olhos para ele, com as sobrancelhas levantadas
inocentemente. Concentrei a minha atenção no seu rosto grande e na barba
por fazer. Um relógio Eu não tinha notado até então, mas era meio difícil de
perder algo assim aqui dentro. Meus olhos não ficaram no relógio por muito
tempo, seguindo até os antebraços musculosos e suas veias pulsando com
cada respiração que ele inalava. Aqueles braços poderiam me prender bem.
Eu me perguntava se eu aproveitei esses braços enquanto eu estava com ele.
Será que eu os notei? Talvez não, obviamente, nós tínhamos outras coisas em
nossas mentes no momento, mas agora que eu os vi, eu queria passar minha
língua e sentir os seus músculos.
- Eu estou indo ler e estudar um pouco. Eu estarei em meu escritório
se precisar de mim, por favor, sinta-se em casa. - Eu disse com as palavras
apressadas, antes de fugir da sala.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cinco
 
Até então, eu não tinha gasto muito tempo olhando para os meus
trabalhos de faculdade, havia alguns para serem revisados. Mas um em caso
me chamou atenção. O réu, Frank Pardole. Eu estava tentando obter
informações básicas sobre sua família. Não havia muito para encontrar
porque ele parecia não ter nenhum parente vivo, apenas uma ex-namorada.
Passei a maior parte da tarde olhando para registros médicos
envolvendo o réu e a Sra. Martin, que foi atendida no hospital com um osso
da perna direita perna fraturado, algumas lacerações e contusões no seu rosto
e braços. O professor Kent nos presenteou com uma cópia do relatório
médico, mas não têm as fotos incluídas, tornando mais difícil estudar o caso.
Eu só gostaria de ter a foto, então eu poderia usar minhas próprias palavras.
Minha vista estava cansada depois de gastar horas olhando para a tela
do computador. Eu me afastei um pouco da mesa, descansando os cotovelos
sobre a mesa quando eu esfreguei os punhos em meus olhos tensos. Eu já
tinha visto e revisto o caso várias vezes, mas ainda faltava alguma coisa.
- Eu acho que isso é um sinal para fazer uma pausa. - Disse Liam, de
pé ao lado da porta do meu escritório. Parecia que ele era capaz de ver mais
de mim apenas me observando das portas. Acho que isso foi uma das coisas
que me atraiu para ele. A mesma coisa tinha acontecido no bar, ele tinha me
olhado antes de fazer um movimento. Ele tinha certo magnetismo que não
pode ser ignorado.
Eu não sei quanto tempo eu fiquei olhando para ele assim, mas devem
ter sido minutos porque ele finalmente se afastou da porta, cada passo lento e
gracioso com uma abordagem calculada. Eu senti como se estivesse sendo
perseguida enquanto meus olhos viram os seus pés se aproximar. No
momento em que meus olhos pousaram no seu rosto, ele estava usando
aquele sorriso arrogante. Se eu estava sem palavras antes, eu estava
praticamente em coma agora. Sua mão se estendeu sobre a extensão da minha
mesa, a palma da mão voltada para cima, querendo que eu colocasse a minha
na sua.
Ele ainda usava um sorriso, mas este era cativante. Meus lábios
tremeram nos cantos só de olhar para ele. Eu não coloquei a minha na sua,
embora eu estivesse tentada. Eu não podia. Seria muita tentação tocá-lo.
Todos os pensamentos daquela manhãvieram à tona, vendo um Liam seminu
em nada além de suas cuecas boxer, com a mão casualmente escovando o
peito como se quisesse me convencer a correr as minhas mãos pelo seu corpo
excepcional. 
- Então?
Ele questionou com a mão ainda estendida, tirando-me dos meus
pensamentos. Saí da minha cadeira e ele simplesmente me observou seus
olhos enrugando um pouco nos cantos quando ele olhou para a mão que eu
ignorei. Aparentemente, ele se divertiu com a minha recusa flagrante em
tocá-lo. Eu realmente não quero dar-lhe a impressão de que eu tinha um
problema ao tocá-lo, na verdade, eu não quero que ele pense sobre nós em
tudo, mas já era tarde demais. Tentei não alongar muito quando ele me levou
de volta para a sala de jantar onde o almoço estava servido para nós.
******
- Sente-se no sofá enquanto eu pego uma coisa.
Enquanto eu continuei até o sofá, ele pendurou uma esquerda para a
cozinha. Sentei-me incerta de suas intenções quando ouvi o som de armários
abrindo e fechando, como se estivesse procurando algo em particular.
- Você sabe, você realmente tem uma maneira de me fazer sentir
como uma hóspede em minha própria casa. - Eu gritei por cima do ombro.
- Isso é um dos meus talentos. Eu tenho alguns outros, mas você já
viu alguns deles, então. 
- Você é um idiota. Agora, por que eu estou sentado aqui? Não tem
luz, então ver televisão está fora de questão.
Ele ainda estava rindo para si mesmo quando notei a garrafa na mão.
Não conseguia me lembrar de comprar a garrafa de uísque ou beber, mas a
forma como o líquido espirrou em torno da garrafa meio vazia me levou a
acreditar que eu comprei-a em algum ponto nos últimos seis meses ou as
meninas tinham trazido.
- Você é algum sobrevivente ou algo assim?
- Agora, quem está fazendo piadas? Eu, um sobrevivente? Por quê?
Porque eu sei algumas coisas sobre a conservação de alimentos? 
- Bem, nem todo mundo sabe fazer o que você fez com a comida. 
- Eu apenas sei me virar, e eu vi essa garrafa quando estávamos
cozinhando e achei que poderíamos relaxar um pouco.
- Beber vai nos deixar com ressaca e desidratado. E nós estamos
racionando água no momento, de modo que não parece ser uma boa ideia.
- Nós vamos ficar bem. Além disso, se ficar sem água, nós podemos
reciclar a urina. - Meu estômago embrulhou com o pensamento. Eu esperava
que ele estivesse brincando, porque não havia uma chance no inferno que eu
estaria bebendo urina. Vamos esperar que a tempestade passe, em questão de
dias, não semanas, caso contrário, eu não sei quanto tempo eu posso resistir a
essa promessa. - Se beber a sua própria urina não parece lhe satisfazer, eu não
me importo em partilha a minha.
Ele quase se engasgou com o riso com a sugestão, apertando o copo
na mão, segurando-o sobre seu estômago quando ele tombou. Todo o seu
corpo tremia até que ele caiu no sofá como uma criança. Havia algo
admirável sobre como despreocupado ele parecia ser, como se ele não levasse
as coisas muito a sério. Essa não foi a primeira vez que eu me perguntei sobre
sua vida fora da minha casa, mas foi a primeira vez que me senti obrigada a
pergunta-lhe. Eu sabia que não deveria embora. Isso era para ser apenas um
caso de uma noite, e eu estava tentando tratá-lo com a mesma premissa.
Sem sexo. Sem intimidades.
- Para uma menina tão jovem, você é muito má. Confie em mim. Nós
ficaremos bem. Se isso faz você se sentir melhor, eu vou fazer disso uma
opção. O que acha disso? 
Ele sentou perto de mim, um braço estendido em toda a volta do meu
sofá e o tornozelo descansando em cima de seu joelho oposto.
Independentemente da sua sugestão. Eu sabia que as palavras permaneciam
na ponta da sua língua e estavam prontas para atacar como um veneno,
paralisando tudo o que ele desejava. Até agora tinha sido uma luta tentando
resistir a ele, mas com o álcool entrando na jogada, eu não tinha tanta certeza
de que eu seria capaz de segurar minhas defesas.
- E então, o que me diz? Você ainda não me disse se concorda. 
Seus olhos percorreram a sala, desde o mobiliário até os pequenos
brinquedos no console de mídia. Eu não sabia o que ele estava procurando,
mas quando seus olhos pousaram sobre os meus novamente, ele parecia estar
satisfeito com o que ele tinha encontrado lá. Tentei não pensar em mim como
um desses objetos.
- Vamos jogar para deixar mais interessante? 
- Nós não somos um pouco velho demais para isso?
- Que nada. O que você diz? O perdedor tem que tomar um tiro ou
remover uma peça do vestuário. 
Olhei para meus pés descalços, pela primeira vez, e a minha falta de
acessórios. Minha decepção deve ter sido evidente, porque ele disse: - Você
tem muito mais coisas para tirar do que eu.
Oh meu Deus!
Algo sobre ele dizendo isso me fez perguntar o que exatamente estava
abaixo daqueles shorts. Ele tinha dito que gostava de se sentir livre. 
Havia tantas coisas erradas sobre isso que eu nem sabia por onde
começar, mas o tempo parecia passar tão devagar, e eu me convenci de que
não faria mal jogar um pouco. 
- Tudo bem, mas eu vou primeiro.
- Claro. Afinal, eu sou um cavalheiro.
- Sei. - Eu resmunguei. Ele era um cavalheiro, em alguns aspectos,
mas eu não ia concordar com ele.
Ele já parecia ter um ego bastante grande. E eu odiaria contribuir para
isso. Embora, eu não tivesse tanta certeza de que todo o meu trabalho duro de
me manter longe dele fosse evaporar na primeira bolinha que saltou para fora
do copo.
 
 
 
 
 
Seis
 
- Você está tentando me deixar bêbada ou me ver nua? 
Sua sobrancelha levantou. – Não, eu gosto de uma boa caçada. E eu
gosto de minhas mulheres com um pouco de mistério. 
- Bem, eu acho que não importa no meu caso porque eu não sou sua
mulher.
- Isso nós vamos ver.
- Não se iluda. Olha, você vai jogar ou não? 
- Ansiosa, minha menina. - Ele balançou a cabeça, rindo.
- Estou indo com calma, tenho medo de você me embebedar e abusar
do meu corpinho. – Ele riu e piscou com um sorriso arrogante.
Nós continuamos a jogar as bolinhas e tomar os copos. Eu já podia
sentir o álcool fazer efeito no meu estômago. 
Na escuridão da sala, os olhos de Liam ainda brilhavam como joias
raras. Cinco minutos antes, eu talvez não quisesse jogar com ele, mas não era
como se houvesse alguma coisa melhor para fazer, e talvez em sua vida real
ele não tivesse ninguém com quem pudesse ser divertir um pouco, sem que
envolvesse sexo. Estávamos ambos nos divertindo, e eu não poderia dizer que
eu tinha jogado o jogo muitas vezes, mas se ele quer jogar, vamos jogar.
O jogo continuou, e na primeira oportunidade Liam tirou a sua calça,
enquanto eu tinha tirado o meu sutiã, e estava apenas com minha calcinha. 
Eu perdi de novo e antes que eu pudesse pegar o copo, as mãos de
Liam estenderam para me agarrar, acalmando os dedos ainda entrelaçadas em
volta do copo de uísque.
- Eu quero aumentar a aposta. Eu não quero que o jogo acabe agora.
Que tal mudar a escolha do perdedor? 
- Uma nova aposta? – Eu perguntei confusa, pois eu estava do jeito
que ele queria, sem quase nada me cobrindo.
- Que tal recolocarmos algumas peças, e a cada vez que um de nós
ganharmos, nós podemos escolher entre tirar uma peça ou beijar o outro
jogador? 
- Você está apenas tentando me beijar. Eu conheço o seu jogo. - Meu
dedo balançado, e apontando para ele agora sentado apenas alguns
centímetros de mim.
- Você está perto de perder.
- Você não me respondeu.
- Sobre o beijo? Você só quer me provocar. 
- Há um milhão de lugares em seu corpo que eu adoraria colocar meus
lábios. A sua boca é apenas um deles. Você está com medo?
- De você? Claro.
Eu esqueci o que estávamos fazendo quando ele tirou a minha mão do
copo, me deslocando com um puxão suave do meu pulso. Com a minha mão
ainda na dele e ele se aproximando, eu podia sentir a energia bruta correndo
por mim com a proximidade dele.
A antecipação me fez sentir-se presa em minha própria pele,
completamente em dívida para sobre onde ele queria colocar aqueles lábios
exuberantes cheios de promessas. Eu puxei minhas pernas para mais perto do
meu corpo, dobrando meu corpoem direção ao seu. Com a mudança de
posição que eu podia sentir o cheiro dele melhor. Ele ainda tinha um perfume
masculino que parecia estar enraizado em todos os poros, mas ele também
cheirava ao meu gel de banho, o que me ofereceu um tipo de conforto que eu
não sabia que eu queria dele.
Seu aroma familiar e limpo misturado com a adição de seu cheiro
natural me fez querer passar o resto da noite aninhando-me na cama.
Os dedos envolvidos em torno de meus pulsos, e minhas mãos caíram
no sofá como âncoras afundando. Eu lutei contra os meus joelhos para dar-
lhe uma visão melhor de Hannah Witt.
Suas mãos se moveram para minhas pernas, queimando por onde
passava. Seu corpo pairou sobre as minhas pernas, sua respiração enviando
cobertores de calor em toda a minha pele e até as minhas pernas para o meu
núcleo. Os seus lábios macios trilhando um caminho pelo meu joelho,
acendendo uma fogueira debaixo da minha pele que continuou queimando
enquanto ele beijava entre os joelhos. Tentação apareceu através dos meus
pensamentos, e quando eu tinha certeza de que meu corpo iria se render,
Liam se afastou. Uma espiada de sua língua escapou de sua boca, lambendo
ao longo dos lábios que seguravam o gosto da minha pele na superfície.
Ele acabou de piscar para mim?
Ele se afastou, afundando de volta para no sofá com um sorriso
arrogante. Algo sobre o olhar me fez querer sorrir também.
O jogo continuou e quando ele perdeu, eu não podia decidir se foi
intencional ou se ele realmente perdeu, especialmente com a última peça de
roupa sendo seus jeans. Antes de o botão de sua calça, mesmo se abrir eu
sabia o que esperar quando suas calças caíssem no chão. Eu vi ainda curiosa e
apreensiva como ele estava.
Eu não poderia imaginá-lo tirando as calças. Imaginei o oposto
acontecer enquanto eu observava seus dedos desapertar o botão e o barulho
do seu zíper sendo desfeito. Suas mãos se moveram em ambos os lados de
seus quadris, puxando o tecido que lutava em suas coxas no caminho para
baixo.
Seu pênis saltou livre, e eu não consigo lembrar o que ocorreu
primeiro o suspiro que escapou de meus pulmões ou a mão que cobria a
minha boca, larga o suficiente para ele preencher com seu comprimento
impressionante, grande o suficiente para impressionar qualquer um. À
primeira vista, eu desviei o olhar, intimidada por seu tamanho e também
porque eu já tinha o montado. 
Deus! Ele é tão grande.
Os meus olhos encontraram os dele, observando-o ver a minha
reação. Liam ainda estava com a cueca aos seus pés. 
- Você é... Você tem... Um bonito pênis.
- Ele não é bonito, é poderoso.
Eu atirei-lhe um olhar mostrando o quanto a sua arrogância me
irritava.
Eu podia ver sua cabeça grossa rosada, e isso me deixou excitada
instantaneamente. Não sei se foi por causa do tamanho ou se pela sensação de
tê-lo dentro de mim.
Quando eu me tornei tão excitada? Parecia que eu não poderia sentar
na mesma sala que ele, sem a minha pele rastejando com necessidade de que
ele me tocasse. Eu só queria alívio. Minha pele estava úmida e os músculos
atados enquanto tudo dentro de mim apertava com desejo.
Liam sentou-se no sofá com braços abertos e pernas abertas o
suficiente para eu pudesse ver tudo. Parecia que ele não tinha senso de
modéstia, e após as bebidas que eu tinha tomado, o meu decoro parecia não
existir. Ganhei a próxima rodada, o que não fazia muita diferença, pois não
havia nada para ele tirar. Havia apenas duas opções disponíveis para ele,
beber ou beijar. Seus olhos pousaram em mim, e eu balancei a cabeça em
direção ao copo apenas para receber um sorriso.
- Vou querer um beijo. – Ele falou.
Eu balancei a cabeça tentando me lembrar das regras propostas, mas
eu não conseguia me lembrar de nada, apenas do seu corpo nu.
- Não é assim que funciona. Você não pode decidir se eu quero te
beijar. 
- Não custa tentar, porém, não é?
- Tome a sua bebida.
Algumas perdas mais tarde, Liam me proibiu definitivamente de
tomar quaisquer mais bebidas.
- Você tem ainda tem muitas peças para tirar, vamos perder o sutiã. 
Com Liam sendo tão desinibido, senti uma corrente de desafio
executado através de mim como um fio vivo correndo de sua extremidade do
sofá até onde eu estava sentada. Há quanto tempo ele seria capaz de resistir a
mim, enquanto eu me sentava apenas há poucos centímetros de distância sem
nada entre nós?
- Eu acho que isso significa que eu ganhei. - Eu disse enquanto meus
dedos se encontraram no fecho do meu sutiã. A renda do meu sutiã contra
meus braços nus, lembrando-me de cada polegada nua disponível não só para
os olhos de Liam, mas seu toque, sua língua. Meus olhos seguiram a descida
do tecido no chão, inconsciente dos movimentos de Liam levando-o tão perto
que meu braço roçou o quando me mudei para colocar as mãos sobre os meus
seios.
 
 
 
 
 
 
 
 
Sete
 
- Quem disse? – Ele perguntou com as sobrancelhas levantadas em
confusão. Seus olhos azuis me observaram, por sua vez, procurando ou
esperando uma reação, eu não tinha certeza, mas o que ele viu ali o encorajou
a continuar. Suas mãos se moveram sobre mim. Eu podia sentir cada
imperfeição da palma da mão, os calos que confirmaram trabalho duro.
Minha mente obcecada sobre cada detalhe, embolsando afastado cada
sentindo. Ele puxou meus tornozelos, afastando os meus joelhos e deixando-
me completamente aberta para ele. Minhas pernas foram jogadas em seu
colo, o cabelo grosso de suas pernas me fizeram cócegas enquanto ele me
colocava em suas coxas enquanto a minha bunda era nivelada com seu
quadril. Suas mãos ignorando minhas coxas, dando um aperto reconfortante
antes de arrastar-se ao lado da minha cintura.
- Sabe o que você faz para mim?
Ele se aproximou seus olhos brilhando maliciosamente enquanto suas
mãos queimavam-me como um incinerador. Sua boca estava tão perto, eu
poderia absorver suas palavras na minha língua, mas longe o suficiente que
eu não poderia prová-las.
- O que? - Eu murmurei. Minha mente estava tentando se concentrar
nas palavras que vinham de sua boca e não na necessidade que ele despertado
na minha pele como uma corrida de sangue tentando encontrar a saída mais
próxima.
- O meu pau está fodidamente dolorido nos últimos dois dias,
dolorido para estar em sua bocetinha apertada. Quando eu estou dentro de
você parece mais como o céu, eu posso até seguir a luz. Eu me sinto como se
estivesse encontrado o meu lar.
- Tenho certeza de que você está apenas entediado.
- Você acha que eu quero você apenas porque é a única mulher aqui?
Minha menina, você é tudo que um homem como eu poderia querer. Na
verdade você é boa demais para alguém como eu, mas eu sou egoísta demais
para deixá-la ir. 
Seus dedos escovaram o lado de fora da minha abertura perto o
suficiente para sentir o calor de suas mãos, mas não o suficiente para saciar o
tremor do meu núcleo.
Com uma das mãos ele acariciou o comprimento de sua ereção. -
Diga-me que você não vai fechar-se para mim, porque nós vamos ficar algum
tempo juntos aproveitando a companhia do outro. E se a resposta for a que eu
espero, eu vou levá-la tão duro que você não vai saber que dia ou hora são
assim que eu terminar com você. 
Eu assisti com fascínio total hipnotizada cada vez que o seu punho
fechava sobre a ponta do seu pau latejante.
Sua outra mão se manteve firme contra o meu pescoço, mantendo-me
no lugar enquanto seus lábios se fecharam em torno dos meus.
Ele lambeu ao redor da minha boca, me implorando para me abrir
para ele, para receber a língua que lambia tão suave e gentil, mas nada, mas
hesitante. Eu esqueci tudo sobre a pergunta que ele fez e deixei a sua boca
levar meu corpo. Ele empurrou seus quadris em seu punho fechado, e eu
passei as minhas mãos pelo seu corpo, traçando os contornos de seu corpo,
cada músculo.
Nossas línguas dançavam em sincronia perfeita. Encorajada pelo
álcool ou pela excitação, eu segurei sua coxa, puxando-o para mais perto. De
certa forma, foi como a primeira vez tudo de novo, exceto que o meu corpo
parecia se lembrar do seu mesmo que minha mente estivesse tão insegura.

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