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02 livro V F Mason - Sociopath 02 - Sociopaths Revenge (Certo)

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Prévia do material em texto

O futuro finalmente começou a iluminar-se para mim. As memórias do passado não me assombram mais como 
antes. Meus pesadelos noturnos? Eu aprendi a lidar com eles. Até que ele ressurgiu dos mortos, quebrando 
toda a paz que eu tinha. 
Na esperança de destruir o sociopata, meus inimigos feriram e usaram minha única fraqueza: Sapphire. 
Minha Sapphire. 
Chegou a hora da vingança final, contra aqueles que nos machucaram... Os filhos da puta irao pagar por cada 
cicatriz e dor que tinham infligido. 
Aviso: é necessário ler Obsessão do Sociopata, antes de começar a ler A vingança do sociopata . 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Durante a hora seguinte, minha masmorra fica cheia de gritos do homem que tem seu pau cortado, 
dedos da mão quebrados e pês arrancados, e, finalmente, dez facadas o matam. Pego alguns pedaços do 
seu corpo, coloco-os dentro de uma caixa, e assino o endereço do seu clube, onde a polícia ira aparecer 
exatamente 10 horas depois quando notarem o assassinato. 
O mundo tem que saber. 
S tem que saber. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Alanna, Jessica, Bianca, Bia, Adriane, Bre Rose, Angela e Monica. 
Elza 
http://rosase-book2.blogspot.com.br/
http://portale-books.blogspot.com.br/
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prólogo 
DAMIAN 
 
 
 
Dor. 
Uma dor agonizante queima através do meu corpo me acordando. Meus pulmões 
imediatamente são preenchidos pelo cheiro da fumaça que me rodeia. 
Fogo. 
Sacudindo a nebulosidade da minha cabeça, tento me levantar, mas minhas pernas não se 
movem. Não importa o esforço que faça, elas não respondem. Assim que meus olhos se 
adaptam à neblina em torno de mim, vejo um enorme pedaço de madeira prendendo minhas 
pernas. Sento-me e tento com todas as minhas forças tentar afastá-lo, mas é inútil. 
O sangue escorre lentamente pela minha testa, lábios e bochechas. Minhas mãos calejadas 
estão cobertas de bolhas. Como isso aconteceu? Um lapso de memoria atravessa minha 
mente. 
Safira. 
Meus olhos procuram por ela enquanto o fogo se espalha mais rapidamente pelo local. Vejo 
que seu cabelo preto sedoso encontra-se perto do carro. Ela parece estar inconsciente. As 
chamas alaranjadas que nos rodeiam mudam perigosamente perto, indo em direção a seu 
corpo. 
NÃO! 
"Safira." Seu nome sai como um gemido abafado. Não importa o quão duro eu tente limpar 
minha garganta, eu não posso falar mais alto. Depois do acidente, há cinco anos, falar mais 
alto é um luxo que não possuo. Deus....Como eu quero gritar nesse momento para que a 
mulher que eu amo abra os olhos para que pudéssemos correr com a nossa pequena filha para 
longe desse inferno. 
Em seguida, um grito de terror enche o ar, e meu corpo congela com medo. 
"Papai!" Kristina grita em algum lugar a minha direita. "Papai, me ajude! Ele quer me levar." 
Ela começa a chorar e continua gritando meu nome. A risada de um homem ecoa no 
calabouço, e o som familiar de carne sendo golpeada duramente cria uma raiva insana dentro 
de mim. Minhas mãos apertam mais uma vez, com um grito, eu empurro a madeira, mas ela 
não se mexe. 
Ele não pode fazer isso. 
Não com a minha doce menina. 
Ele não a terá. 
"Vê brinquedo de foda? Você nunca me vencera. Agora a sua preciosa filha saberá como me 
fazer feliz." Kristina choraminga, e em um segundo, ouço a porta ao longe se fechar bem alto, 
prendendo-nos no interior. 
Minha filha. 
S esta indo estuprar a minha filha como fez diversas vezes comigo. 
NAOOO! DEUS NÃO!!! 
"Sinto muito, minha menina," eu sussurro com lagrimas de impotência escorrendo pelo meu 
rosto. "Papai falhou com você." Bato os pulsos duramente contra o chão ...a dor na minha pele 
não é nada comparada com a que sinto em meu coração e alma. 
Não importa o que eu faça, ela terá esses pesadelos para o resto da sua vida. 
E, infelizmente, eu serei impotente em detê-los... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1-Percursos da Vida 
 
5 ANOS DEPOIS 
CAROLINA DO NORTE, 2016. 
 
SAPPHIRE 
 
 
"Mamãe". 
"Sim, querida?" 
"Não fique com raiva." 
Minhas mãos param de digitar outro capítulo do meu livro e eu viro em minha cadeira para 
enfrentar a minha filha que esta com uma expressão de culpa no rosto. Seus longos cabelos 
castanhos estão presos em um rabo de cavalo e seus olhos azuis se arregalam em antecipação 
a minha resposta. 
 
O vestido rosa em seu corpo magro esta coberto de sujeira, e suas mãos seguram um pequeno 
cachorro. "O que você fez?" 
Ela pisca várias vezes, então, levanta o filhote em suas mãos perto do meu rosto. E fico cara-a-
cara com um filhote de 
cachorro pastor alemão adorável cuja língua esta pendurada para fora de sua boca quando ele 
estuda o meu rosto, e em seguida, ele me da uma lambida rápida. Estremecendo eu limpo 
meu rosto com um lenço de papel que achei na mesa, e olho para a minha filha. 
"Kristina, o que você fez?" 
"O encontrei no nosso quintal." 
Minhas sobrancelhas franzem em confusão. "No nosso quintal?" 
Ela assente com a cabeça, em seguida, acaricia o cachorro novamente. 
"Ele estava correndo ao redor da árvore de carvalho, e é tão bonito, mamãe. Posso ficar com 
ele?. " 
Respirando fundo, olho para minha filha. "Querida, não podemos ficar com ele. Ele 
provavelmente fugiu da casa de algum vizinho e os donos devem estar procurando por ele ". 
Kristina ergue o queixo teimosamente e seus olhos se estreitam. "Então eles não deveriam tê-
lo deixado sozinho. Eu estou reivindicando ele, mamãe ". 
Minha respiração para por um segundo e sinto uma pontada no peito; sempre acontece isso 
quando ela me faz lembrar seu pai. Tem sido um trabalho duro ser mãe solteira. Uma vez que 
assinei os papéis para o Programa de Proteção a Testemunhas, Connor e Melissa me deram 
um novo passaporte com um nome e uma identidade diferente. Agora me chamo Katrina 
Jackson, órfã em tenra idade, e mãe solteira que decidiu se mudar para a pequena cidade 
costeira na parte sul dos Estados Unidos devido à problemas financeiros. 
O FBI me comprou uma casa, um carro de segunda mão, e me dão algum dinheiro para 
sobreviver. Eles também me arranjaram um emprego na biblioteca local, e uma vez que 
ninguém queria o trabalho, os donos não se importaram que eu estava gravida na época. 
Eles me ligam uma vez por mês para me informar sobre o caso, mas ate hoje não acharam 
nenhuma pista sobre S e suspeito de que nunca irao encontra-las. 
A tranquilidade daqui me permitiu me concentrar na minha escrita quando estive prestes a 
ficar louca de tristeza. Eu finalmente auto-publiquei o meu primeiro romance, e 
surpreendentemente, o meu livro fez sucesso e me trouxe um bom dinheiro. 
 
Um ano atrás, minha filha se apaixonou por uma casa perto da praia, e foi impossível me 
recusar a compra-la. Eu tenho que ficar escondida, e provavelmente ninguém vira me procurar 
aqui. Além do fato de que todos do meu passado devem achar que estou morta. 
Nós temos um pequeno pedaço de paraíso, e na maior parte, eu estou feliz. Minha vida é boa. 
Eu ate mesmo tenho alguns amigos na cidade. O único problema em todo o cenário que venho 
enfrentando ultimamente é minha incapacidade de atender aos pedidos dos meus leitores, 
que me enviam e-mails constantes me perguntando se posso estar presente em diferentes 
eventos. Tudo isso é muito perigoso; por isso cada vez tive de recusar e manter minha 
identidade em segredo. 
Todas as noites tenho pesadelos, mas eu aprendi a lidar com eles. 
"Querida, você não pode reivindicar um filhote de cachorro de outra pessoa." 
"Sim eu posso." 
"Não, você não pode-" A campainha toca alta, parando-me no meio da frase, e faço um gesto 
para ela se sentar no sofá. "Essa conversa ainda não acabou." Ela senta-se no chão ao invés - 
graçasa Deus- e coloca o cachorro no colo, que continua a lamber tudo o que encontra. Estara 
com sede? Ótimo, agora ate mesmo comecei a me preocupar com o animal dos outros. 
Quando criança, eu sonhava em ter um cão, mas esse sonho rapidamente morreu quando 
meus pais se recusaram a me deixar ter um. 
Não. Eu balanço minha cabeça. Memórias do passado não pertencem a minha nova vida. 
Fazendo meu caminho até a porta, meus olhos vagam ao redor da sala, apreciando a vista. A 
nossa casa é decorada em tons de roxo e branco, enquanto fotos minhas e de Kristina em 
diferentes fases da sua vida decoram as paredes. A cozinha é grande, e tem uma mesa 
redonda de madeira de seis lugares, assim como armários embutidos de madeira branca, 
fogão e geladeiras inox. Todos os cômodos têm janelas amplas rodeando o nosso quintal, o 
que me permite sempre manter um olhar atento sobre Kristina. 
A nossa sala de estar, tem um enorme sofá, duas cadeiras almofadas e uma televisão de tela 
plana. 
Embora a maioria da mobília seja branca, há vários detalhes roxos colocados sobre os moveis. 
Rosas em diversos vasos foram colocadas ao redor da sala. O cheiro sempre me acalma. No 
andar de cima, ha três quartos e dois banheiros. Temos um quarto de hóspedes, mas 
raramente recebemos visitas. 
Enquanto o quarto estilo princesa de Kristina é roxo, meu quarto tem a mesma cor do resto da 
casa. Annie, minha nova melhor amiga, me disse que sou louca por ter um quarto todo branco 
quando tenho uma filha pequena cuja missão diária é sujar tudo ao seu redor. Sei que o que 
ela disse é verdade, só que me recuso a redecorar a minha casa. Essa casa é minha e da minha 
filha - faz parte de quem somos- e eu não quero nem preciso que ela seja impecável ou 
perfeita. 
 
Finalmente, eu abro a porta e vejo um homem parado de costas para mim, e algo dentro de 
mim para. 
Nenhum homem nunca veio aqui. 
Nunca. 
"Olá?" pergunto curiosa, e seus ombros ficam tensos. Ele vira-se lentamente e minha 
respiração engata. 
Nos últimos cinco anos, os homens tem sido a última coisa em minha mente. Não tenho saído 
com ninguém, nunca quis um encontro, muito menos casos esporádicos de uma noite. O 
Programa de Proteção a Testemunhas e uma criança pequena também não proporcionaram as 
melhores condições para namorar. Não, eu não risquei os homens do mapa. No futuro quero 
chegar a casar e ter uma figura paterna para Kristina, mas é cedo demais. 
Além disso, cada homem que conheci nessa cidade nunca provocou qualquer coisa dentro de 
mim. Eles são bonitos, mas não parecem ser suficientes dominantes, que é como eu gosto. 
Mas esse estranho é bem viril. Ele é alto, tem ombros largos, corpo musculoso e esculpido, e 
eu não tinha ideia de que uma camisa poderia esticar tanto. Seu queixo esta coberto com uma 
barba e ele tem um corte de cabelo desgrenhado. Os óculos de sol em seu rosto não me 
permitem ver a cor de seus olhos, mas o não deixo de notar as cicatrizes em volta do seu 
pescoço, como se alguém tivesse cortado sua garganta profundamente. Suas mãos estão 
dentro dos bolsos de sua calça enquanto nos encaramos, e uma sensação estranha toma conta 
de mim, lembrando-me do passado. 
Antes que ele pudesse responder, Kristina tromba contra minha perna e olha para o estranho 
com interesse nos olhos. O filhote de cachorro corre e, para minha surpresa, senta-se do lado 
da perna do estranho. 
"Lucky!" A voz de Kristina esta cheia de indignação. 
"Lucky?" Eu pergunto estupidamente. 
Minha filha balança a cabeça e aponta para o cão. "Esse é o seu nome." 
Fecho os olhos e oro por algum tipo de força me ajudar a lidar com minha filha teimosa. 
"Querida, você não pode dar nome a um cão que não é seu. " 
Então olho para cima para o estranho, cuja atenção esta estranhamente focada na minha filha, 
estudando-a, e então ele agacha-se e pega o cachorro, que imediatamente se acalma em seus 
braços. 
"Você gostou dele?" Sua voz é baixa e rouca, e um pouco arranhada. Como se ele tivesse 
reaprendido a falar. Talvez as cicatrizes no seu pescoço o tenham feito perder sua voz original. 
 
 
Kristina assente, e ele coloca o filhote em suas mãos enquanto sua boca alarga-se num sorriso. 
"Ele é seu." Ela abraça o cachorro. 
"Sério?" 
"Sim, ele é meu, mas acho que ele prefere viver mais aqui." 
Ela grita, e inesperadamente joga os braços ao redor do estranho e abraça-o perto com toda 
sua força. O homem congela mais em seguida, delicadamente devolve o abraço. Ele a solta e 
se levanta. Kristina salta animadamente. 
"Mamãe, nós agora podemos ficar com ele." Eu abro minha boca para corrigi-la, porque de 
nenhuma maneira tinha dado minha permissão para ficar com o cachorro... quando vejo o 
homem desaparecer de vista, deixando-nos sozinha na varanda. 
"Nós podemos, neh mae?" 
Kristina puxa minha calça, irritada, e com um suspiro pesado, eu balanço minha a cabeça 
concordando. E com um olhar severo em meus olhos, eu aponto para o banheiro. 
"Va agora para o banheiro mocinha, você e seu novo amigo precisam de um banho.. E não 
corra com o cão pela casa as patas dele estão imundas. Subo em poucos minutos" 
Ela faz beicinho, mas é algo que eu não vou ceder, por isso ela segue minhas instruções. 
Enquanto ando para o banheiro para dar banho na minha pequena rebelde, me pergunto 
como no espaço de dez minutos acabei com um filhote de cachorro e conheci meu novo 
vizinho. 
Ou o mais importante, por que ele saiu tão abruptamente, sem me dirigir uma única palavra?? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mais tarde naquela noite....... 
 
 
Depois de tomar um banho, vou ao quarto olhar o que Kristina esta fazendo, e para meu alívio, 
ela dorme profundamente, com Lucky deitado embaixo da sua cama. Balançando a cabeça 
divertida, vou ate o guarda roupa, pego um cobertor e cubro o filhote. Beijo o rosto da minha 
filha e deixo a lâmpada do abajur acesa, para que ela não tenha medo do escuro. 
Fecho a porta atrás de mim, e dou suspiro profundo. Os momentos quando ela dorme de 
alguma forma são os piores, porque o sossego ultrapassa a casa, e não tem como eu fugir das 
minhas memórias ou demônios. 
Vou para o meu quarto, e para minha surpresa, as cortinas estão voando ao vento e o cômodo 
esta iluminado pelo luar. Tiro o prendedor do meu cabelo permitindo-lhes cair solto pelas 
minhas costas enquanto sinto o cheiro da brisa da praia que enche o ar. Ainda só de toalha, 
pego a loção corporal em cima da cômoda e começo a aplicar na minha perna. 
De repente, o ar em torno de mim muda, e imediatamente, a presença de outra pessoa é 
registada na minha mente. Mãos fortes me agarram por trás, cobrindo minha boca para 
impedir que eu grite, e a outra mão remove a loção das minhas mãos e joga do outro lado do 
quarto. 
Ambos estamos respirando pesadamente, e pelo peito forte contra as minhas costas, sei que 
se trata de um homem. Ele me vira, e para minha surpresa, é o estranho que veio na varanda 
da minha casa esta tarde. Ele me empurra contra a parede, prendendo-me contra seu corpo e 
ainda cobrindo minha boca com a mão. Esta posição permite-me olhar melhor para ele. 
Olho para os seus olhos, que ele tinha escondido de mim. 
NÃO 
NÃO PODE SER.... 
Olhos cor de âmbar. 
Depois que eu paro de lutar, ele tira a mão da minha boca e meu sussurro ecoa pelo cômodo. 
 
"Damian?" 
 
 
 
 
Em algum lugar da Rússia 
 
O homem alto esta na varanda, admirando a vista em frente a ele vendo as pessoas festejarem 
lá embaixo. 
Ele esta completamente nu, mas ele não parece se incomodar com o fato e bebe mais um gole 
do seu whisky; o som do tilintar do gelo no copo é o único ruído que enche o local. Suas mãos 
e costas estão cobertas por várias tatuagens. Ele tem um corpo enorme e definido, e 
raramente alguém olha para ele sem sentir medo. O cabelo preto na altura dos ombros do 
homem é iluminado pelo luar, criando uma visão misteriosa. 
Ele fica tenso quando uma mão suave toca suas costas passandogentilmente os dedos sobre a 
tatuagem que representa o signo de Gêmeos. Qualquer toque que não inclua sexo como 
liberação física, repulsa-o e o faz querer rasgar a mão para longe do corpo da mulher. Ele 
sempre transa quando sente necessidade de molhar o pau em qualquer buceta disposta. 
Todas as mulheres são corpos sem rosto que ele utiliza de vez em quando. 
Com o humor inquieto o homem pega forte a mão da mulher e prende sob as suas...inclina-a 
contra a varanda e a fode ferozmente tendo um segundo round, coisa que ele raramente faz: 
foder duas vezes a mesma buceta.. Mas aquela mulher cometeu o erro de tocá-lo, embora ele 
tenha especificamente instruído para não faze-lo. Então o jeito foi descarregar sua raiva com 
sexo. Depois que esta saciado, ele diz com a voz baixa e rouca: 
" Мы сделали ... уйти (Já terminamos... vá embora) " 
A mulher o olha com raiva nos olhos: 
“Идиот” ( Idiota) 
E, sem outra palavra, recolhe suas roupas, e em um minuto, sai bufando do quarto, deixando-o 
sozinho. 
O telefone toca dentro do quarto do hotel, colocando um fim a sua solidão. Ele joga o copo de 
uísque vazio na cama desfeita, pega seu celular, e abre a mensagem. 
Ele está vivo. 
Seu coração para de bater por um momento e então começa a bater rapidamente e seus olhos 
se fecham de felicidade. 
"Damian", ele sussurra, e suas mãos, como sempre, tocam seu primeiro ferimento de faca, que 
sempre o fazia lembrar-se de seu irmão gêmeo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
Vivo 
 
 
 
John dispara a arma, e em um segundo, eu estou voando para baixo do penhasco, nem mesmo 
sentindo a dor da bala que ficou dentro de mim. Com um baque forte, acabo na água. Minha 
coluna é atingida pelas rochas enquanto meu corpo submerge. 
 
Nada além do silêncio me cumprimenta. 
 
Eu tinha que nadar para sobreviver, mas não posso, não enquanto espero que John se 
certifique de que tivesse me matado. Meu peito esta queimando como um filho da puta. Tudo 
em mim tenta ignorar como a porra da água está gelada e por algum motivo meu braço direito 
adormece e não quer se mover. Finalmente, nado debaixo d'água tanto quanto meus pulmões 
privados de oxigênio me permitem, e, em seguida, o mais silenciosamente possível, retorno a 
superfície do mar e inalo um pouco de ar muito necessário. 
 
Com nada além de água em torno de mim, meu corpo começa a tremer e crescer dormente do 
frio. Meus olhos embaçados notam a margem não muito distante, por isso, tomo uma 
respiração profunda, e começo a me mover em direção a ela. Do nada, minha cabeça bate 
contra uma pedra enorme e dor penetrante me atinge. Sangue goteja lentamente em meu 
ouvido, em seguida, começo a engolir água, e mal consigo manter os olhos abertos. 
 
Tudo isso associado com a dor forte que sinto no meu peito e com meu braço ferido, me levam 
a exaustão e esquecimento me cumprimenta. 
 
Sinto muito, minha Sapphire. Lamento não ser tão forte para lutar para sobreviver por você. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SAPPHIRE 
 
 
Isso não pode estar acontecendo. 
 
Ele esta morto. 
 
Eu vi seu corpo deslizando para baixo do penhasco quando meu pai atirou nele, e meu coração 
quebrou em pequenos pedaços. Ele só pode ser fruto de uma invenção da minha imaginação. 
 
Antes que eu possa perguntar qualquer coisa, seus lábios esmagam os meus, e ele toma minha 
boca em um beijo duro enquanto suas mãos espalmam meu rosto, não me permitindo 
reagir...No início, eu luto com raiva, querendo ficar longe dele. Como ele poderia vir aqui e 
esperar que eu aceite seu beijo?. Onde diabos esteve todos esses anos? 
 
Ele morde meu lábio inferior, fazendo uma sensação eletrificada correr através de mim, meus 
olhos se fecham sem permissão e meu corpo se inclina em sua direção. Nosso beijo se 
transforma em apaixonado, cru, e profundo, mas também desajeitado enquanto nossos lábios 
aprendem de novo a reconhecer um ao outro. Suas mãos deslizam para os meus braços, e 
seguem até minha cintura, onde ele me aperta com força. Suas mãos vão até minha bunda 
amassando-a e sem pensar, circulo minhas pernas ao redor de seus quadris. Sua ereção 
pressiona contra o meu núcleo coberto pela toalha, e um gemido necessitado escapa da minha 
boca. 
 
"Minha", ele sussurra contra minha bochecha, arrastando seus lábios pelo meu pescoço e 
mordendo dolorosamente minha pele, com certeza deixando marcas vermelhas. 
 
"Damian, espere." Tudo isso é loucura. Ele ignora as minhas palavras e se mantem chupando 
minha clavícula. Ele abre minha toalha, expondo meus seios, permitindo que o ar fresco frio 
entre em contato com meus mamilos endurecidos, enviando um arrepio delicioso através do 
meu corpo já excitado. Mas de repente sinto o familiar formigamento do pânico me sacudir 
para longe do frenesi de suas mãos inspiradas. "Nós não podemos," eu digo, minha voz um 
pouco assustada. Ele finalmente para, seu corpo musculoso e pescoço ficam cheios de tensão. 
Ele levanta os olhos cheios de luxúria para mim, vejo que também há raiva mal contida neles. 
 
Deus, pensei que nunca teria a chance de ver esse olhar dirigido para mim novamente. 
 
"Por quê porra?", Ele retruca mordaz, e sua mão puxa meu cabelo para trás dolorosamente. 
"Por que não podemos fazer amor....Você não me quer mais?" Sua voz áspera não faz nada 
para acalmar meu coração batendo aceleradamente, ele tenta me beijar novamente e afasto o 
rosto, mas seus olhos ainda seguram perigosamente os meus, me desafiando a ousar desvia-
los. 
 
"Você me deixou" digo, embora outras questões ocupem minha mente. Por alguma razão, 
essa é a questão mais importante agora. Meus olhos se enchem de lágrimas que lentamente 
começam a deslizar pelo meu rosto, ao me dar conta que ele se afastou de mim por anos. 
"Você me deixou", repito, e por um segundo, parece que milhares de mãos sufocam o meu 
pescoço me fazendo sentir falta de ar. Revivo a dor agonizante de todos esses anos sem ele. 
 
Seus olhos confusos vagam sobre mim; ele levanta a mão e enxuga as minhas lágrimas com o 
polegar. "Eu não tive escolha, minha Sapphire." 
 
Meus olhos se fecham enquanto tento parar o prazer que se espalha através do meu corpo ao 
ouvir meu nome de seus lábios. 
 
"Realmente acha que eu teria te deixado de bom grado?” Sua respiração quente na minha 
clavícula confunde minha mente, tornando difícil de controlar meu desejo por ele, mas eu 
tinha que obter respostas.. 
 
”Tens deixado outro homem tocar no que é meu?”. 
 
Levo alguns segundos para registrar sua pergunta na minha mente enevoada pela excitação, 
mas no momento que o faço, uma fúria toma conta de mim como nunca antes. Empurro seus 
ombros duro, e ele me solta, colocando alguma distância. 
Nós dois estamos respirando pesadamente, são os únicos sons no silêncio da noite gelada. A 
suave brisa sopra através da janela aberta causando arrepios na minha pele, mas eu não dou a 
mínima de estar nua na frente dele. 
 
Quem diabos ele pensa que é? 
 
"Essa é a sua primeira pergunta?" Ele abre a boca para falar, mas levanto minha mão o 
detendo. "Não, deveria ser: 'Como está minha filha?' ou "Como você tem passado sem mim? 
Mas não, você só quer saber se há outros homens na minha vida”. Estou tão furiosa que eu 
não presto atenção a sua expressão escurecendo a minha menção de outros homens. "Isso é 
tudo com que se importa, Damian? Quer saber ? Não é mais da sua maldita conta se estou 
saindo com alguém ou não. Este corpo -passo a mão dos meus seios a bunda- não te pertence 
mais, seu obsessivo, idiota arrogante" 
 
Todas aquelas palavras são tão estúpidas, considerando que apenas segundos atrás meu corpo 
estava clamando pelo seu. Sem mencionar que não houve ninguém desde que o conheci. Mas 
ele me irritou demasiado com aquela pergunta. Sinceramente, não consigo me entender, 
deveria estar toda derretida em ver a personificação dos meus sonhos aqui vivo diante de 
mim. Sei que agide forma irracional, porém Damian também não deveria ter me abandonado. 
Com a cabeça erguida, me viro em direção ao banheiro, mas não consigo dar dois passos antes 
que braços fortes me levantem me jogando contra a cama. Com um grito alto, caio contra o 
colchão, e antes que eu possa respirar, o corpo musculoso de Damian está sobre o meu, ele 
prende minhas mãos por sua acima da minha cabeça enquanto seus olhos furiosos estão 
focados nos meus. 
 
"Porra, ‘não é da minha maldita conta’ Sapphire?", Ele pergunta com a voz baixa, e mexe os 
quadris entre o meu ventre, pressionando sua ereção contra a minha buceta. "Seu corpo não 
me pertence mais?" Com movimentos eficientes, ele amarra minhas mãos juntas com seu 
cinto de couro. Quando no inferno ele o tirou?? O aperto do cinto é doloroso contra minha 
pele, observo ele se levantar, os olhos cheios de luxúria e necessidade carnal incandescente. 
Ele tira a camisa, permitindo-me admirar seu peito musculoso. Faço uma careta ante a visão 
de várias novas cicatrizes recém cicatrizadas em seu peito, e anseio passar os dedos sobre elas. 
 
Instintivamente, eu quero beija-lo, acalma-lo e tranquiliza-lo, apagando assim as más 
memórias que ele possa ter sofrido ao adquirir tais cicatrizes. 
 
Em seguida, Damian puxa seu jeans para baixo, juntamente com a cueca, e fica 
completamente nu na minha frente. Lambo meus lábios com a visão de sua ereção rígida, e ele 
rosna, fazendo-me corar da cabeça aos pés. 
 
Pairando sobre mim como um lobo, suas mãos viajam até meus quadris e, em seguida, para o 
interior das minhas coxas onde seus dedos cavam dolorosamente espalhando minhas coxas 
mais amplamente e um gemido necessitado escapa da minha boca. 
 
“Não gema!” 
Infelizmente, é difícil argumentar com meu corpo quando o amor da minha vida esta a tocá-
lo.... Ele lambe minha clavícula, arrasta seus lábios até os meus seios, e gentilmente mordisca 
um mamilo, fazendo-o endurecer em um pico doloroso. 
 
"Por que o seu corpo responde a mim, então?", Pergunta Damian, bem antes de chupar duro 
meu mamilo, fazendo ondulações profundas de prazer correr através de mim. Minhas costas 
arqueiam para fora da cama apenas para ser pressionado para baixo contra seu peito no meu. 
Ele lambe minha pele e, em seguida, pega o outro mamilo na boca, dando-lhe o mesmo 
tratamento que o primeiro. Seus lábios se arrastam mais para baixo, deixando beijos ardentes 
que acendem meu desejo ainda mais. Ele mergulha a língua dentro do meu umbigo antes de 
chegar ao lugar que me doía mais. Damian coloca minhas pernas sobre seus ombros enquanto 
seus polegares abrem minha buceta aos seus olhos famintos. Sem qualquer aviso, ele 
mergulha a língua dentro do meu interior, fazendo-me gemer baixinho. 
 
Damian chupa em volta do meu clitóris, em seguida, fecha os lábios em torno dele, 
pressionando-o e vejo estrelas, prestes a gozar duro contra sua boca. Ele não me da trégua e 
continua a se concentrar em meu clitóris, dois de seus dedos entram em mim, criando atrito. 
Meus quadris tencionam enquanto ele empurra cada vez mais fundo. O prazer final está tão 
perto, mas antes que eu possa alcançá-lo, ele para. 
 
"DAMIAN!" protesto frustrada. 
 
 
Ele ignora a minha indignação. Sua boca pousa na minha, permitindo-me sentir o meu gosto 
em seus lábios enquanto sua língua faz amor com a minha. Ele agarra forte meus quadris e 
entra duramente em mim. Eu engasgo sentindo prazer e dor. 
 
Minha boceta estica para acomodá-lo, e meus músculos vaginas não utilizados por um longo 
tempo, protestam ante a invasão. 
 
Ele para de se mover ao mesmo tempo. "Você está bem?" 
 
A sensação de queimação ainda esta presente, é quase como perder minha virgindade uma 
segunda vez. A dor é rapidamente substituída por inquietação. Eu balanço a cabeça. "Você tem 
que se mover." 
 
Ele franze a testa. Noto gotas de suor na sua testa e percebo como é difícil para ele colocar 
suas necessidades acima das minhas. Como ele continua a ficar parado, lentamente mexo 
meus quadris puxando mais fundo seu pênis, e ele cerra os dentes. "Vou te foder duro se você 
não parar." 
 
Meus dedos curvam de prazer ante a imagem mental que suas palavras invocam. "Faça 
então." 
 
Seu controle estala, e ele bombeia selvagemente no meu interior, respirando pesadamente 
contra a minha orelha. Envolvo minhas pernas mais apertadas em torno dele. Um grito alto de 
prazer está prestes a escapar da minha boca quando ele cobre-a com a palma da sua mão, 
Permitindo-me desfrutar o meu prazer sem medo de acordar a nossa filha. Seus lábios chupam 
meu mamilo novamente, quando ele bombeia seu pênis em mim implacavelmente. A 
cabeceira bate suavemente contra a parede a cada impulso seu, e o som é como música para 
meus ouvidos, eliminando quaisquer outros pensamentos da minha mente. 
 
Nada mais importa nesse momento além da conexão que nossos corpos compartilham. Ele 
toma uma nádega em cada mão e me puxa para mais perto dele, me dando apenas o que eu 
preciso para alcançar as estrelas. 
 
De repente, minhas costas arqueiam, minha respiração engata, e meu corpo fica imóvel e um 
clímax entorpecente me toma. Um grito rasga da minha garganta no processo. Fico sem 
fôlego, enquanto ele continua a bater dentro de mim até que sua cabeça inclina para trás e ele 
geme de prazer quando chega ao clímax. Damian deita em cima de mim, seu peso 
ligeiramente me esmagando, mas não quero que ele se afaste. Não agora, nem nunca de 
qualquer maneira. 
 
Fecho os olhos, mas a paz que procuro não vem. Tão maravilhoso quanto é a sensação de 
estar em seus braços, tudo o que consigo sentir agora é nojo de mim mesma por ceder tão 
facilmente. 
 
Mexo debaixo dele tentando me soltar, mesmo ele não querendo deixar. Tento novamente 
"Me solte" ele permite que eu me levante, com os olhos inteligíveis. Agarrando a toalha que 
está jogada em um canto do quarto, eu cubro minha nudez, mesmo que seja uma atitude 
estúpida, considerando que ele tinha provado e tocado meu corpo apenas alguns segundos 
atrás. E corro para o banheiro sentindo-me tola e vulnerável. 
 
 
 
 
 
 
 
 
SEDE DA BRATVA, MOSCOU, RÚSSIA 
 
 
"Dominic, temos um problema." Michael aparece na porta do meu quarto e geme quando 
percebe meu estado nu. "Cara, talvez você devesse cobrir-se? Toda esta beleza masculina é 
demais para meus olhos inocentes", ele caçoa. 
 
Viro-me para ele e levanto minha sobrancelha. "Eu acho que você esquece que faz a mesma 
coisa, Michael." 
 
Ele revira os olhos, inclina-se para o lado contra a batente da porta, e cruza os braços. "Você 
pode parar o olhar ameaçador agora. Você nunca faria qualquer coisa contra mim. Eu sou 
demasiado bonito para isso”, ele brinca e depois bate os cílios para mim. 
 
Michael não é um membro típico da Bratva. Ele é descontraído, tem senso de humor, tem 
coração mole na metade dos trabalhos que fazemos, e ele é gay. 
 
Gay é a parte mais incomum. 
 
Encontrei-o nas ruas de Irkutsk, na Sibéria uma noite, quando ele tentou roubar minha carteira 
no bolso de trás da minha calça, e o peguei na hora. Porra, foi como um dejavu. Ele tinha 
apenas 15 anos de idade, e algum lugar dentro de mim se compadeceu, senti pena do menino 
e levei-o sob minha asa. O homem se encolhia com qualquer demonstração de violência e 
vomitava metade do tempo, inclusive quando via sangue. Ele age mais como um assistente 
pessoal cuidando de todos os meus encontros e casas, isso não me incomoda, no entanto. A 
situação é benéfica para ambos os lados, considerando que lhe permito estar ocupado com 
alguma coisa sem que seja questionado por ninguém. Afinal não somos uma instituição de 
caridade para ajudar sem qualquer retorno. 
 
Bratva, ou popularmente conhecida como máfia russa, é uma organização criminosa, que 
existe a gerações a gerações de pessoas com os mesmos valores e código de lealdade. Nós 
vivemos, lutamos e morremos pela fraternidade. Háuma hierarquia específica que nunca 
pode ser quebrada ou questionada, e todo mundo sabe o seu lugar. 
 
Os demais da Bratva não gostam de Michael, mas desde que estou no comando, ninguém 
questiona. Infelizmente, o pequeno punk de vinte anos, acha que tem direito de explorar sua 
sexualidade desmedidamente e sem sigilo, até saiu com alguns caras. E também já tomou 
porrada algumas vezes dos membros por nos expor, e nessas poucas vezes, nunca me 
intrometi. Ele tem que aprender os limites da sua liberdade. Foda quem quiser, mas não 
brinque com a Bratva. 
 
Qualquer outra vez, eu teria ignorado suas insinuações, mas minha mente ainda estava fresca 
a partir da mensagem que recebi apenas alguns segundos atrás, e o significado dela. Não 
estava no clima para as malditas palhaçadas de Michael. 
 
"Michael". Digo o nome dele com um tom de aviso cortando qualquer humor de seus olhos, e 
ele se endireita tenso. Todo mundo sabia que não deveriam se meter comigo quando ouviam 
essa voz. 
 
"Como eu disse, temos um problema. Três homens chegaram há dez minutos; eles estão lá 
embaixo e querem falar com você. " Ele limpa a garganta. "Alguns grandes caras com algum 
tipo de negócio." E por grande, ele quis dizer ricos e poderosos. 
 
"E porque eles querem me encontrar?" Não que isso fosse incomum; muitos homens ricos 
americanos veem a Bratva para que façamos algum tipo de atividades. Pakhan Vasya é famoso 
por isso, e uma vez que sua organização é uma das maiores na Rússia, as grandes armas 
chegam até nós. 
 
No entanto, pelo último ano e meio, o trono pertence a mim, e me tornei extremamente 
seletivo com quem lido. Metade do negócio com os americanos não trouxe um bom 
rendimento como costumava. Algumas das leis Bratva eram arcaicas, por isso fiz a minha 
missão de detê-los. Isto criou algumas revoltas entre as organizações menores nas pequenas 
cidades daqui, mas eu as parei rapidamente. Ninguém e nada podem ir contra o sistema. 
 
"Por causa de Sasha." 
 
Sinto uma raiva insana ante essas palavras. Sasha estava se transformando uma dor na bunda. 
Você fode uma mulher uma vez, e ela começa a pensar que é a presidente da Bratva ao invés 
de você. Não, eu não sou a pessoa que fez essa porra, mas o filho de Vasya, Boris, um irritante, 
pedaço de merda. Ambos sentiram que estavam no poder após a morte de Vasya, mas a 
Bratva não funciona dessa maneira. Você tinha que ser votado e aprovado, e ninguém iria 
aprovar a merda de um drogado alcoólatra que tinha uma cadela brava de mulher junto com 
ele para governar um império como este. Quem poderia confiar num homem que é um 
escravoceta¹? (homem manipulado por mulheres). Esposas, namoradas e cadelas não tem 
acesso a qualquer informação nossa e aprendem a manter a boca fechada. 
 
"Dê-me quinze minutos. Leve-os até sala de espera. " 
 
Michael balança a cabeça e corre lá para o andar de baixo. 
 
Pego uma camisa do armário e coloco-a, juntamente com os meus sapatos. Preto é a única cor 
no meu guarda-roupa. Pareço uma criatura bastante perigosa com os meus olhos cor de 
âmbar, pele bronzeada e cabelos negros. Pego meu celular, excluo a última mensagem, e 
coloco no bolso de trás. As conversas e mensagens com Connor nunca podem ser rastreadas 
porque ele sempre usa endereços de IP anônimos especiais, mas a segurança do meu irmão é 
algo que nunca irei arriscar. 
 
Pensar no agente do FBI traz de volta memórias de quase sete anos atrás, quando a terra 
inclinou fora de seu eixo para mim. 
 
 
 
 
 
SEDE DA BRATVA, SETE ANOS ATRÁS. 
 
 
Bato na porta e depois de um segundo, escuto um firme: "Войдите (entre)" 
 
Abro a porta de madeira maciça do escritório de Vasya, conforme solicitado, e entro onde ele 
estava sentado em sua cadeira onde bebe chá habitualmente. 
 
Acho o amor dele por chá, hilariante. Ele compra diferentes sabores de chá por todo o mundo 
e nunca compartilha com ninguém. 
 
"Quer um pouco de chá, парень² (cara)?" 
 
Bem, exceto eu. De alguma forma, ele sempre me convidou para participar de seu ritual 
sagrado. As únicas coisas que curto são: café, chá e álcool, assim como de costume, recuso 
educadamente. Ele revira os lábios e faz um sinal para eu me sentar. Escolho a cadeira na 
frente dele, e tento pensar em uma razão para a sua chamada repentina. Não fiz nada de 
errado, e todas as minhas missões como Boevik (espécie de investigador de campo) foram bem 
sucedidas. 
 
"Есть разговор, парень." (Nós precisamos conversar). 
 
Minhas sobrancelhas franzem e levanto o meu queixo, a seu pedido para conversarmos. 
 
"Какой?" (Que tipo de conversa?). Pergunto. 
 
Ele abre a gaveta ao lado dele, pega uma pasta de papel pardo, e joga-a sobre a mesa. 
"Прочиай это и сам реши что с этим делать. Я приму любое твое решение. " (Leia isto e 
decida o que fazer. Aceitarei qualquer decisão que tomar). 
 
O seu pedido para ler o arquivo e tomar uma decisão por mim mesmo, me enche de 
apreensão. 
 
O medo toma conta de mim quando percebo que ele tinha encontrado informações sobre 
meu irmão e quando lhe pedi um tempo atrás para fazê-lo, ele até disse algo como: 
 
Qual o ponto em procurar um estranho? Nenhum para ele, mais para mim muito...Damian é 
meu irmão. Meu irmão gêmeo. Nossa conexão nunca foi embora. Mas sei que não tenho mais 
nada em comum com ele. Eu vivo uma vida criminosa. Era justo envolve-lo nessa merda? Onde 
quer que estivesse provavelmente viva uma vida melhor do que a minha, já devia ter seguido 
em frente e superado nosso passado sombrio. 
 
Ou pelo menos eu esperava que tivesse, porra, o pensamento por algum motivo me enche de 
ressentimento. Encaro Vasya e digo a ele em um tom uniforme que não quero saber mais nada 
do assunto. 
Mesmo que não haja nada a se "pensar" porque duvido que vá alterar a minha decisão, 
balanço a cabeça e saiu do escritório. Minhas pernas quase correm em direção à minha moto e 
minhas mãos coçam para agarrar o guidão e apreciar a porra de um passeio em alta 
velocidade. 
 
Não vou lêr. 
Queimarei todos os arquivos. 
 
Ligo a moto e paro na colina onde minha viagem me levou, abro os papeis com o coração 
disparado e descubro que meu irmão vivia sob a identidade de Dominic e Damian, e ostentava 
sua maldita vida como a porra de um rico herdeiro. Descobri que nossos pais tinham nos 
deixado uma herança. Merda, Damian provavelmente nem se lembrava mais de mim. 
O fato me golpeia como uma facada no coração. O investigador particular de Vasya tinha feito 
um excelente trabalho, porque, metade das informações estavam bem detalhadas. Há 
também informações sobre como os gêmeos escaparam do cativeiro. 
Mais tarde naquela noite, queimo o arquivo, embora tenha memorizado todos os nomes e 
fotos, bloqueando todas as informações dentro da minha mente. 
Esqueço-as até que um dia, dois anos depois, acordo sentindo como se estivesse me afogando 
com a intensa dor que sinto no meu peito. 
Odiei Daminan até o dia que revi Connor e a percepção do que eu achava que sabia mudou 
para sempre. 
 
 
 
 
 
 
PRESENTE 
 
 
 
Olho para o quarto uma última vez, para garantir que nada importante foi deixado para trás: 
há um pequeno armário com roupas, uma varanda que me permite uma boa vista do lado 
principal da casa, uma cama preta king-size com lençóis amarrotados, e uma modesta 
cabeceira com uma lâmpada de cabeceira branca, que é a única fonte de luz no quarto. 
 
Nunca tive o desejo de trazer nenhuma mulher para cá ou ter um relacionamento; porra... elas 
são apenas para foda. Tenho outro quarto reservado estritamente para sexo. Nunca levo 
qualquer um para a ala principal da sede. Uma das razões para o tapete no chão e o mármore 
do chão serem em tons claros é para não irritar meus nervos. Como resultado, o quarto foi 
apelidado pelos meus homens de "quarto de hotel", e todo mundo sabe que não devem me 
perturbar quando estou nele. 
 
Uma vez que estou no corredor escuro, iluminadoapenas pelo luar vindo de uma janela 
enorme a minha esquerda, eu aperto um botão na parede para abrir a passagem secreta para 
o meu escritório. A passagem tem uma escada, paredes cinza enferrujadas que cheiram às 
vezes a ratos. Mas o local me permite mover-me para todos os cantos da grande sede sem ser 
notado. Ninguém sabe sobre ela, só o presidente da Bratva. O mesmo tem que saber como 
proteger o seu povo, e o mais importante, a sua família em caso de algum perigo rondar a 
casa. 
 
Sem ter a porra do meu irmão mais, e sem o propósito de ter minha própria família, esse 
conceito me parece ridículo. Eu tendo uma esposa e filhos? Ninguém precisava de um monstro 
como eu, como pai. 
 
Finalmente, entro no meu escritório e acendo a luz. Sento-me na cadeira, inclino-me para trás, 
e aperto um botão ligando para Michael. 
 
Hora de trabalhar. 
 
 
 
 
 
3 
O passado Nunca para de caçar 
Você 
 
 
 
Uma mão suave toca a minha testa, colocando um pano molhado sobre ela, e com a outra 
coloca algo no meu peito, me fazendo estremecer. Meus olhos se abrem, apesar de minhas 
pálpebras estarem pesadas como tijolos. Ouço o som de estalos de madeira crepitando dando 
calor e uma luz suave ao ambiente. No início, minha visão esta embaçada, e mal consigo ver 
nada no quarto escuro, mas logo meus olhos se ajustam. Parece ser uma cabana de madeira 
com algumas cadeiras, alguns cobertores e uma mesa pequena. O cheiro de camomila e 
hortelã enchem o ar e, por fim, uma mulher ajoelhada na minha frente entra em foco. 
Cicatrizes. 
De alguma forma, é a primeira coisa que me chama atenção quando meus olhos percorrem seu 
rosto. Ela tem as maçãs do rosto salientes, pele bronzeada, cabelo preto como a noite e olhos 
em forma de gato, seu cabelo sedoso cai em suas costas em linhas retas. Ela teria sido 
considerada uma mulher excepcionalmente bela e exótica, se não fosse para pelas duas longas 
cicatrizes que marcam seu rosto. Os ferimentos provavelmente foram provocados por uma 
faca que passou de sua orelha direita a seus lábios carnudos, e a outra cicatriz se estende pela 
testa ate sua orelha esquerda. As cicatrizes parecem irritadas e vermelhas. A localização das 
mesmas enfatizam que quem fez isso com ela, tinha propositadamente o intuito de lhe causar 
muita dor. 
Apesar de não saber muito sobre ela, raiva enche-me ao ver suas feridas, e aperto meus 
punhos duramente, só para gemer quando dor agonizante passa por mim a partir da ação. Só 
então, a minha mente registra ataduras em minhas mãos e peito, e muito provavelmente na 
cabeça. 
"Não se mova", ela diz em voz baixa, o que me irrita. Qualquer voz que não pertence à minha 
mulher causa essa reação em mim. 
Saphire. 
Onde ela esta? E por que eu estou na cama com uma mulher estranha cuidando das minhas 
feridas? 
"Minha mulher", eu digo, ou pelo menos penso ter dito. No entanto, não sai nenhum som da 
minha boca, porem sei que movi meus lábios. "Minha mulher," eu repito, mas nenhuma reação 
vem dela e nenhum som de voz é registrado em meus ouvidos. Entendo que a segunda 
tentativa foi tão mal sucedida como a primeira. 
Que porra esta acontecendo? Porque não consigo falar?? 
Arqueio meu peito para cima, sentar e entender o que esta acontecendo, apenas para ser 
empurrado para trás por mãos surpreendentemente fortes. 
"Deite-se. Você esta muito fraco. Você se enroscou na rede de pesca. " Então ela pressiona 
algum tipo de tecido estranho com cheiro no meu nariz, e em poucos segundos, eu estou 
inconsciente. Apenas um pensamento povoa minha mente: 
Onde está a minha mulher? 
 
SAPHIRE 
 
 
Fechei a porta atrás de mim e encostei-me nela, segurando a toalha fortemente na minha 
frente e lutando contra os soluços que ameaçavam entrar em erupção do meu peito. Meu 
corpo estava dolorido nesses lugares não utilizados, e minhas pernas tremiam um pouco, mas 
eu não podia sentar-me. Sentar iria me fazer lembrar do seu controle firme ou ver as marcas 
em meus pulsos de suas restrições, e eu não queria. 
Minhas emoções estavam por todo o lugar, e eu não conseguia entender. Eu não deveria estar 
feliz que ele estava vivo e aqui? Eu não deveria ansiar estar em seus braços após o ato sexual 
que, nos últimos cinco anos ocorreu apenas em meus sonhos? Eu não deveria compartilhar 
tudo o que me tinha acontecido sem ele, dizer-lhe como era difícil viver no mundo onde ele foi 
considerado morto? Por que eu não estava fazendo nada disso? Por que meu corpo anseia ele 
e seu toque, mas o meu coração e alma rejeita isso? 
Respirando fundo, eu deixo cair a toalha e vou tomar um banho quente. A água quente acalma 
todos os meus músculos doloridos e criou uma nuvem cheia de vapor, fechando-me pra fora 
do mundo exterior. Eu descanso minha testa sobre os azulejos frios e deixo sair tudo. 
O nó apertado no meu peito abriu soltando soluços silenciosos. Lágrimas derramando pelo 
meu rosto e imediatamente sumindo junto com a água quente. Eu tinha construído uma boa 
vida, pacífica para a minha filha, e Damian iria destruí-la. Talvez parte de mim chorou pela 
mulher que eu havia me tornado em todos os nossos anos separados e pelos sonhos 
esmagados, que eu costumava ter sobre nós. 
Por que o fato de ele estar vivo me está deixando infeliz? 
Eventualmente, o entorpecimento do meu corpo começou a diminuir, e minha mente 
registrou o quão frio a água estava. Fechei rapidamente o chuveiro, agarrei o roupão branco 
nas proximidades, e o envolvi em torno de mim, suspirando de prazer ao sentir o tecido macio. 
Com minha manga, eu limpei o nevoeiro do espelho e estudei o meu reflexo nele. Meu cabelo 
de ébano caído no meu peito; gotículas de água pingavam no chão. Apesar das lágrimas e 
angústia dentro de mim, minha pele estava vermelha; meus olhos azuis brilhavam e pareciam 
estranhamente vívidos. Meus lábios estavam vermelhos e inchados do seu beijo, fazendo-os 
parecer mais cheio do que o habitual. No geral, o meu reflexo mostrava uma mulher que foi 
bem fodida poucos minutos atrás. Então, por que as lágrimas? 
Confusão, raiva, frustração. 
Essas emoções não podiam descrever como eu me sentia no momento. No entanto, a única 
coisa que eu tinha certeza era que me esconder no banheiro e me afundar em auto-piedade 
não ajudaria nada. Hora de agir como mulher adulta e enfrentar a situação. 
Com um suspiro de frustração, eu sequei o cabelo com uma toalha menor, a envolvi em torno 
da minha cabeça, e respirando fundo, abri a porta. A luz da casa de banho e o luar brilhando 
no quarto eram as únicas fontes de luz que me permitiu localizar Damian, completamente 
vestido perto da janela, olhando para a costa com uma expressão melancólica. Ignorando a 
pontada no meu peito e a voz dentro de mim me dizendo para correr para os seus braços e 
nunca deixa-lo ir, eu limpei minha garganta, e seus belos olhos ainda torturados deslocaram-se 
para mim. 
"Nós precisamos conversar", eu disse, surpreendendo a mim mesma com a calma em minha 
voz. Ele balançou a cabeça, deu um passo em minha direção, mas eu levantei a mão para detê-
lo. Meu corpo era um traidor, uma cadela de duas caras que não conseguia pensar direito 
quando estava perto de Damian. Era melhor manter uma certa distância. "Vamos descer e 
tomar um chá." Deus, eu parecia uma velha senhora Inglêsa de algum romance histórico. "Eu 
só preciso de alguma distração da dor de cabeça." A desculpa era tosca e falsa, mas iria fazê-lo 
fazer o que eu pedi. 
Sua mandíbula apertou, seu rosto ficou ainda sério, mas ele balançou a cabeça mais uma vez e 
me seguiu. Eu parei no quarto de Kristina para me certificar de que ela estava bem. 
Felizmente, ela dormia profundamente, o cachorro chutou suas patas, obviamente lutando 
contra alguém em seu sono. Os olhos de Damian suavizaram com a visão da nossa filha, mas 
não disse nada. 
Quando entramos na cozinha, fiz um gesto para ele se sentar na cadeira ao lado da mesa e 
enchi a chaleira com água.Um silêncio pesado caiu sobre nós, os únicos sons feitos eram da 
chaleira no fogão. Ele nunca foi o falador, então parecia que até mesmo essa conversa, o que 
ocorrera, estava em minhas mãos para começar. 
Virei-me e encostei-me ao balcão, os braços cruzados, a minha sobrancelha levantada para ele, 
enquanto o seu olhar estava focado intensamente em mim. Nada de novo, realmente, seus 
olhos sempre voltados para mim quando nós estávamos no mesmo ambiente. 
 
"Damian, que tal me explicar como você estava vivo todos estes anos e nunca se preocupou 
em entrar em contato comigo?" Ele faz uma careta ante meu tom acusador, mas não me 
importo. Será que ele imaginou flores e corações durante a nossa conversa? 
 
"Eu não podia encontrá-la." Eu não esperava ouvir aquelas palavras dele. "Eu acordei em uma 
cabana perto do Rio Hudson. Demorou alguns meses para uma curandeira me curar com as 
opções limitadas que tinha. Uma vez que finalmente fui capaz de entrar em contato com 
Connor, procurei ajuda profissional, mas ainda levou um ano e meio de reabilitação. Connor 
não me deu, não importa o quão duro tentei descobrir sua localização. Ele se recusou a colocar 
em risco a sua segurança, como se eu fosse fazer tal merda. " Ele cerrou os punhos e rosnou 
furiosamente. "Minha aparência foi mudando drasticamente, e ninguém poderia esperar 
encontrá-la aqui. S esqueceu tudo sobre você; ele nunca teve você como uma ameaça séria 
para começar. Finalmente, cerca de um ano atrás, Connor divulgou finalmente divulgou seu 
endereço. " Esta informação não me dizia nada realmente. Parecia que Damian só estava 
compartilhando alguns pontos comigo em vez de me contar toda a história. Merda, eu não 
pedi para um resumo; pedi todos os detalhes. O descaramento que ele teve depois de todo 
esse tempo para ... espere, ele localizou Kristina e eu acerca de um ano atrás? 
 
"Você encontrou-nos um ano atrás, e só hoje resolver aparecer? Você estava decidindo se 
queria conhecer Kristina e me rever? " Sarcasmo saindo de mim. Eu não sabia por que doía 
tanto, mas fez. Um ano maldito, sem qualquer esforço para chegar a nós! Enquanto eu ainda 
soluçava no meu travesseiro à noite como uma idiota, lamentando sua a "morte". Meus olhos 
se arregalaram em choque quando ele levantou-se abruptamente da cadeira, quase 
derrubando-a no chão, mas, em seguida, segurando-a a tempo, provavelmente por causa de 
Kristina . 
 
"Não faça isso. Porra, apenas não ", disse perigosamente, com o rosto escurecendo de raiva e 
... dor? "Sim, eu te deixei sozinha nessa bagunça. Assustada e grávida, você teve que tomar 
certas decisões e viver achando que eu estava morto. Sei que isso te machucou, e sei que você 
está com raiva. Mas porra não, Sapphire. Eu tive que viver com o fato de que você estava em 
algum lugar lá fora, e não podia fazer nada, além imaginar que tudo estava bem. Eu tive que 
usar tudo em meu poder apenas para obter o seu endereço. E tive que assistir você e nossa 
filha, meu bebê, por um longo ano de merda... apenas para me certificar de que não iria 
colocar em risco suas vidas. Antes de me condenar pense como foi difícil e massacrante para 
mim todo esse tempo”. 
Ele respirava pesadamente, enquanto nos enfrentamos. A chaleira assobiou, sinalizando que o 
chá estava pronto. Alívio imediato tomou conta de mim porque tinha algo para me concentrar 
ao invés vez de comentar sobre o que ele tinha dito. 
 
Virei-me e, com as mãos trêmulas, peguei duas xicaras do armário, em seguida, enchi-as com 
chá de hortelã. Respirando fundo, eu estava pronta para enfrentá-lo novamente quando seu 
peito duro pressionado contra minhas costas e suas mãos acabaram de cada lado dos meus 
quadris, perdendo-me ao balcão, bloqueando a minha saída. Sua respiração quente na minha 
bochecha fez arrepios correrem através de mim quando meu corpo instantaneamente reagiu à 
sua proximidade; meus mamilos endureceram, e meu núcleo formigava. Deus, por que meu 
corpo reagi tão fortemente a ele? Não deveria estar menos sensível depois de todos esses anos 
longe? 
Ele nem sequer têm a mesma aparência! 
 
"Perdoe-me anjo. Me aceite de volta. Por favor, Sapphire, " ele sussurrou, afastando os poucos 
fios de cabelo do meu pescoço e pressionando seus lábios frios contra a minha pele. Meus 
olhos se fecharam e uma respiração baixa me deixou. Sua mão viajou até meu seio, apertando 
suavemente, mas foi o suficiente para um gemido escapar da minha garganta. "Deixe o chá 
estúpido e volte comigo lá para cima. Uma vez com você, nunca é o suficiente. " A outra mão 
segurou meu queixo e o virou para que ele pudesse se inclinar para baixo e pegar a minha 
boca, em um beijo apaixonado e quente, mas suave. 
 
Prazer e desejo me fizeram esquecer facilmente todas as minhas reservas. Todos os meus 
medos e dúvidas. Todos os anos solitários sem ele. Eu quase desisti, quando o som de sirenes 
no fundo me trouxeram de volta à realidade. 
Som de sirenes. 
O som sempre me remetia a todas as lembranças daquele dia fatídico de volta: meu pai me 
sequestrando, atirando em Damian, Damian caindo do penhasco. 
Tudo. 
E assim, todo o desejo correndo pelas minhas veias foi transformado em gelo, e meu corpo 
congelou. Damian sentiu, parou todos os movimentos, e quando me afastei para longe dele, 
ele não me impediu. 
Eu removi a toalha do meu cabelo, permitindo que os fios caíssem livremente pelas minhas 
costas, e corri meus dedos por eles, assim minhas mãos estariam ocupadas com alguma coisa 
enquanto eu andava para trás e para frente. 
O que eu deveria fazer? Costumava ter todos esses sonhos sobre ele estar vivo e nós termos 
uma vida incrível com varias crianças. Casa com cerca branca, churrascos aos domingos, 
nossos filhos indo para escola. Fiquei varias noites sem dormir porque eu chorava todo o 
maldito tempo, sobre o futuro que não poderia mais ter. Cada vez que um homem me 
chamava para um encontro, eu recusei, porque simplesmente não podia imaginar qualquer 
outro homem em meus sonhos. Isso não esta certo. Eu não deveria estar afogando-me em 
felicidade e euforia com a possibilidade de que ainda poderia ter tudo isso com Damian? 
 
"Sapphire!" Seu tom de comando me tirou do meu estupor, e parei abruptamente, olhei para 
ele, e então constatação me bateu duro. 
 
Apesar dos meus sonhos, eu não poderia fazê-lo. 
 
Agora não. 
 
Talvez nunca. 
 
"Damian, eu não acho que posso fazer isso ", eu sussurrei. Ele deu um passo para trás como se 
eu tivesse batido nele e meu coração sangrou por sua dor. Resisti o instinto de ir até ele e 
acalmá-lo. "Você entra aqui no meio da noite, fazendo exigências e proclamando os seus 
desejos. A pior parte é que você espera que vá ouvi-lo e fazer o que você quer. " Meus olhos 
prenderam os dele, enquanto disse minhas próximas palavras. "Eu tenho uma vida aqui. Eu 
construí uma vida para nossa filha. Tenho meus amigos, meu trabalho, minha casa, e você 
quer destruir tudo isso. " 
 
Ele balançou sua cabeça. "Não anjo. Eu quero fazer-nos uma família e viver o nosso sonho. Eu 
não estou aqui para destruir nada. " 
 
Lambo meus lábios secos, que ainda estavam inchados dos seus beijos, e depois respiro fundo. 
"Cinco anos atrás, você prometeu me salvar também. Você prometeu que estaríamos juntos e 
lidar com esse problema. Mas você me deixou sozinha, com o coração quebrado, e grávida. 
Não posso permitir que faça isso novamente. Não é só sobre mim. Eu tenho que pensar em 
Kristina. " Ele engoliu em seco e nem sequer tentou mascarar a expressão de dor profunda em 
seu rosto. 
 
"É diferente agora. Nós podemos ter....." 
 
Eu não o deixei terminar. "Diga-me você não está planejando vingança. Diga-me que não está 
atrás de S. Que você colocou o seu passado para trás e pode seguir em frente comigo e 
Kristina. " Pesar enche seus olhos respondendo qualquer pergunta que tinha. "Veja, você não 
pode fazer isso porque nós dois sabemos o que você precisafazer. Você não nos coloca acima 
da sua vingança, Damian. Eu te amo, mas simplesmente não posso voltar com você, se esse é o 
seu plano ", digo sentindo uma dor forte no meu coração, porque tudo dentro de mim gritava 
para não ferir o belo homem que amava, mas eu tinha que pensar na minha menina e na 
nossa vida em primeiro lugar. Sua mandíbula fica tensa, e seu peito sobe e desce no que eu 
suspeito ser raiva mal-contida. 
 
"Você não quer que faça parte da vida da nossa filha?", Ele perguntou asperamente, e meu 
estômago revirou com suas acusações, que não era nada justa. 
 
"Não, Damian. Não é isso o que estou dizendo. Você pode dizer-lhe que é o pai dela, se for 
seguro. Ela ficara feliz de ter um pai, e nunca vou afasta-la de ti. Mas quando você sair 
perseguindo bandidos, pelo menos ela me terá aqui como seu porto seguro. Estarmos 
juntos, simplesmente não é possível no momento. " esperava que ele visse a logica da minha 
decisão. Eu não estava dizendo não definitivamente, apenas dizendo não agora. Não até que 
ele se livrasse dos fantasmas do seu passado. 
 
Ficamos ali nos olhando por alguns segundos, e então ele diminuiu a distância entre nós em 
três passos curtos, e seus lábios pousaram nos meus. O beijo era punitivo e machucou meus 
lábios. Seu toque estava cheio de raiva, desespero e dor, e antes que eu pudesse abrir minha 
boca para dizer mais alguma coisa, ele me soltou e desapareceu na noite, saindo pela porta do 
terraço que eu não tinha notado que estava aberta. 
Meu dedo tocou os lábios inchados enquanto as lágrimas lentamente deslizavam pelo meu 
rosto. Meus joelhos estão enfraquecidos, e escorreguei para o chão. Chorei com toda minha 
força nas mangas do meu robe. 
Ele se foi. 
Ele ouviu minhas palavras. 
Ele fez a escolha certa para nossa filha e para mim. 
Por que então, doe tão assustadoramente assim? Doeu mais do que os eventos daquele dia 
sobre a falésia. 
Todos esses anos, pensei que ele estivesse morto, e por incrível que pareça, eu estava 
confortável sabendo que não havia escolha. 
Mas como eu poderia estar bem, quando quebrei meu coração mais uma vez por um bem 
maior, quando o único homem que amei mais que tudo nesse mundo voltou para mim, e 
mandei-o embora? 
 
 
 
 
 
 
 
 
SEDE BRATVA, MOSCOW, RUSSIA 
 
A maciça porta de madeira marrom no meio do escritório se abriu e Michael entrou primeiro, 
seguido por três homens americanos, dois mais velhos e um em torno da minha idade. Fiz um 
gesto com a mão para que eles se sentassem nas cadeiras em frente a minha mesa, eu 
precisava saber quem estava no comando entre o grupo. Um deles veio para frente com um 
sorriso seco e sentou-se confortavelmente na cadeira de couro. Ele tinha cabelos brancos, um 
corpo forte, mãos enrugadas, rosto envelhecido, e usava um terno marrom. Ele cheirava a 
dinheiro e mesquinhez. 
 
Os Bratva’s Byki (seguranças), Lesha e Serega, meus guarda-costas se posicionaram cada um ao 
meu lado com os braços cruzados e carrancas. Já, o homem era um desrespeito ao não me 
cumprimentar corretamente. Outro homem mais velho se juntou a ele na cadeira ao lado e 
zombou de Michael. Este tinha cabelos na altura dos ombros e pele pálida. Usava calça jeans e 
uma camisa e sentou-se com uma postura relaxada. Parecia que achava que todo mundo lhe 
devia alguma coisa. Havia algo familiar sobre ele, mas não conseguia decifrar o quê. O tinha 
visto antes com Vasya? O cabelo na parte de trás do meu pescoço se arrepiou quando um 
sentimento inquietante passou por mim. 
Sessenta segundos. 
Esse foi o tempo que me levou para decidir que qualquer negócio com eles seria impossível. 
Meu instinto nunca falhava. 
"Desde quando bichas fazem parte da Bratva?" Sua voz fez tudo ao meu redor congelar, me 
fechando em um nevoeiro de fúria, e toda a minha atenção voltou para ele. 
Aquela voz. 
 
Tome meu pau como um bom menino, putinha. 
Chupe-o mais duro. 
Grite de dor, enquanto te fodo duro. 
 
 
A voz dos meus pesadelos. 
A fonte da minha humilhação e dor mais profunda. 
O desgraçado do Richard. 
 
Na maioria das vezes quando ele me fodeu no passado, estava usando uma máscara para 
melhorar toda sua repugnante tara sádica de mestre-escravo. Nas raras ocasiões sem ela, eu 
tentei bloquear minha mente do que ele estava fazendo com o meu corpo, então mal abria os 
olhos. As únicas coisas vivas em minha mente sobre ele eram seus marcantes olhos verdes 
frios e seu sorriso sujo. Agora, porém, ele estava usando lentes, mas sua voz fodida era 
inconfundível. De alguma forma, ela pareceu mais perigosa mais de uma década atrás, quando 
tive que me ajoelhar em frente a ele e implorar por misericórdia, mas, naquele momento, só o 
meu autocontrole me impediu de puxar a minha arma e disparar o gatilho direto contra sua 
testa. 
 
Michael limpou a garganta, me trazendo de volta à realidade. Percebi que todos me 
observavam com interesse e os meus homens com preocupação. A fúria profunda dentro de 
mim deve ter se refletido no meu rosto. Não havia nenhuma maneira de mascarar isso. Eu 
sabia que todos estavam prontos para atacar os recém-chegados, mas não poderia permitir 
que eles fizessem isso. 
 
Não quando meu irmão passou toda sua vida procurando esse infeliz. 
Não quando a vingança de Damian se tornou a minha. 
 
Só assim, as regras do jogo mudaram e, com elas, o meu plano. No entanto, eu sou o Pakhan 
(chefe), e seu insulto a um dos meus homens não seria malditamente tolerado. 
 
"Porra, sugiro que você escolha suas palavras sabiamente da próxima vez que se referir aos 
membros da minha fraternidade. Não se esqueça em qual território estás ". 
 
Minha voz estava mortalmente fria e distante, fazendo seus olhos se arregalarem de medo, 
mas a expressão orgulhosa em seu rosto não permitiria que ele recuasse. Ele abriu a boca em 
protesto, mas foi parado com uma mão em seu ombro por um homem mais jovem atrás dele. 
Só agora, a minha atenção se voltou totalmente para ele, com meus olhos digitalizando-o da 
cabeça aos pés. Ele usava calça jeans e uma camisa, exibindo sua figura volumosa. Várias 
tatuagens cobrindo seu pescoço, enquanto seus olhos verdes estudavam os homens na frente 
dele. O cara perto dele com pele bronzeada, também parecia familiar, mas não pude fazer a 
conexão, e isso me irritou ainda mais. Que porra havia de errado com meus olhos? 
 
"Irmão, vamos lá. Você sabe por que estamos aqui.” 
Irmão? 
 
Richard ficou tenso com essas palavras, mas acenou com a cabeça e depois apontou sua mão 
para nós, ainda olhando para o irmão. 
 
S. 
 
Todos aqueles anos passados na cela com meu irmão gêmeo tomou conta de mim, esses 
irmãos nos estupraram e fizeram o que diabos quisessem, esmagando nossos espíritos no 
processo. Cada um deles tinha o seu favorito. Damian era o favorito de S, então, em algum 
momento, começou a transar exclusivamente com ele, enquanto Richard fez o mesmo 
comigo. Verdade seja dita, não teria sequer reconhecido S se não tivesse sido por Richard. S 
estuprou-me nos primeiros anos de nosso cativeiro quando estávamos com cerca cinco anos, e 
tinha lembranças muito vagas do mesmo. 
 
S sentou-se mais confortavelmente na cadeira, acendeu seu charuto, e deu uma tragada. 
 
"Meu nome é Benjamin, e esse é o meu irmão, Richard, junto com Robert, seu filho. Nós 
viemos porque temos uma proposta para você. " Os filhos da puta nem sequer suspeitavam 
com quem estavam falando. A porra de suas vozes me deixava irritado, mas agarrei o braço da 
cadeira e apertei-o com toda a minha força. 
 
Nome. Nós tínhamos seus nomes reais; uma tarefa que pareceu quase impossível ao longo de 
todos esses anos. 
 
Não mostre nenhuma emoção. 
 
As palavras ecoaram como um mantra na porra da minha cabeça. 
 
"E você acha que vou achá-la interessante porque ...?" Minha voz era firme e constante, 
diferente da minha agitação interna. 
 
"Nós temos algo que você quer." Suas palavras trouxeramuma risada gelada e sem humor de 
mim. 
 
"Sério?" Minha testa se levantou, e me inclinei para frente. "O que seria." Segurei o olhar do 
outro, S e Richard, por alguns segundos, e então ele tirou algo do bolso interno do paletó e 
jogou-o sobre a mesa. 
 
A imagem mostrou uma bela jovem, quase adulta eu diria, com o cabelo escuro sedoso e os 
mais profundos olhos castanhos que eu já vi, e os mesmos estavam cheios de dor. Tudo dentro 
de mim gritou para ir ate ela e protege-la. Ao mesmo tempo, porém, o meu pau se endureceu 
ante a imagem inesperada na minha cabeça, dela estendida na minha cama disposta a fazer 
tudo que eu quisesse, enquanto sua pele brilhava a partir das luzes de velas. Emoções 
desconhecidas que correram através de mim, eram irritantes porque nunca tinha fantasiado 
instantaneamente sobre ninguém. Além disso, tal desejo me deixou doente considerando 
quão jovem ela parecia ser. 
 
"O nome dela é Rosalinda Giovanni. Ela é a única filha de Emmanuelle Giovanni (mas conhecido 
como Don). " A surpresa com esta informação era tão grande que foi impossível mascarar a 
minha reação dos homens. 
 
Emmanuelle Giovanni, também conhecido como Don, era o chefe da mais poderosa máfia 
italiana nos Estados Unidos. Ele controlava os principais negócios de droga e de armas ilegais 
no pais, e todos tinham de pedir sua permissão para entrar em Nova York, onde suas principais 
sedes estavam localizadas. Nenhuma máfia, seja russa ou irlandesa, queria cruzar o caminho 
do homem. Quinze anos atrás, ele tinha perdido sua amada esposa em um acidente de 
transito. Ela morreu instantaneamente, e Don perdeu a cabeça. Por si mesmo, ele destruiu 
toda uma organização por ela, torturando, matando, e, em seguida, mutilando os corpos, peça 
por peça, como uma forma de vingança. Ele era um filho da puta letal que não tinha 
misericórdia para aqueles que o traiam ou desobedeciam. 
 
Emmanuelle tinha apenas uma fraqueza: sua filha. Ela parecia quase como um fantasma 
porque ninguém nunca a tinha visto. A Mafia normalmente não toca na família, uma das 
regras sagradas da Cosa Nostra, mas Don simplesmente tinha muitos inimigos e poucos aliados 
para garantir a segurança de Rosalinda. Ultimamente, no entanto, Emmanuelle quase nunca 
aparecia nas reuniões. Enrique, seu segundo em comando, lidou com a maioria dos seus 
negócios. Não que alguém fosse estúpido o suficiente para perguntar onde o Don estava ou 
por que ele não tinha aparecido. 
 
Rosalinda. Eu lentamente digo o nome dela na minha mente e tento ignorar o prazer que se 
espalha através de mim. "Ela foi raptada há alguns anos atrás, diretamente de sua escola 
católica". Seus lábios se levantaram em um sorriso que sempre fez revirar meu estômago 
durante a minha infância; S compartilhou com seu irmão. "E ela foi entregue a nós." 
 
Suas palavras me deram calafrios, mas ele não notou minha reação, e continuou: "Eu tinha 
planos dela se casar com o meu filho, Erik. Giovanni bloqueou meu negócio principal e não 
queria lidar ou ser persuadidos a participar em qualquer coisa que eu tinha para oferecer. " 
Considerando que tipo de negócios ele gostava, isso não me surpreende. Don tinha uma regra 
de ouro. Nada estava fora dos limites, exceto crianças e mulheres relutantes. 
 
"Então você a trocou por dinheiro?" Eu mal conseguia conter o impulso de o agarrar pelo 
colarinho e sufoca-lo até a morte. S sacudiu a cabeça e novamente exalou um fluxo pesado de 
fumaça. 
 
"Erik deveria transar com ela para que ela pudesse perder a virgindade. Giovanni, você vê, é 
um grande tradicionalista. A virgindade é sagrada para as boas meninas sicilianas em seus 
pais." Os olhos de Michael se arregalaram de horror ante essas palavras, e ele engoliu em 
seco. 
 
Bratva, criado por Vasya, consistia em homens perigosos que não tinham nenhum problema 
em eliminar quem quer que estivesse em seu caminho. Nós matamos, roubamos, batemos a 
merda fora das pessoas, e provocamos o medo. As palavras misericórdia ou segunda chance 
não existem no nosso vocabulário. Se você nos ferrar, pagará o preço com a sua vida. 
Normalmente, eu segurava a arma e puxava o gatilho para acabar com a vida de alguém. 
 
No entanto, uma vez que eu vim para cá, tive a certeza de uma coisa. Nós nunca estupramos 
ou nos forçamos em ninguém. Se alguém o faz, pagava por isso com a sua vida como os nossos 
inimigos. Primeiro, eles teriam seu pau cortado e, em seguida, uma morte dolorosa. As putas 
na sede da nossa mansão, tinham o direito de dizer não, a qualquer um. Ninguém foi 
estuprada durante minha supervisão. 
 
"Mas então a infeliz escapou com sua virgindade intacta, batendo na cabeça de Erik com uma 
lâmpada de cabeceira", disse Richard com desaprovação. "A única coisa que ele conseguiu foi 
cotar-lhe o rosto com uma faca de cozinha, deixando duas cicatrizes bem longas." Richard riu 
enquanto uma fúria assassina que nunca tinha sentido antes tomou conta de mim, 
ameaçando acabar com meu controle e matar o filho da puta com as minhas mãos. 
"O ponto é, não sabemos onde a garota estúpida se meteu e precisamos de você para 
encontrá-la." 
 
Mantendo a máscara em meu rosto, eu pego um cigarro e acendo-o. "E faria isso porque ...?" 
 
No minuto em que esses filhos da puta deixarem meu escritório, entrarei em contato com 
Connor sobre o assunto e enviarei o meu povo em uma missão de resgate. A menina deve 
estar aterrorizada, fora de sua mente com tudo o que tinha acontecido. Benjamin se mexeu no 
seu assento e rosnou. 
 
"Porque já faz cinco anos." 
 
Eu quase engasguei com a fumaça. "Por que agora, depois de todos esses anos?" Descrença 
corria em minha voz. Richard franziu a testa e respondeu: 
"Nós não precisamos de Don como nosso inimigo agora." 
Rosalinda estava desaparecida por cinco malditos anos. Medo e uma dor profunda se alojou 
dolorosamente dentro do meu peito. Ela estava morta; esperança era uma coisa estúpida de 
se manter. Se ninguém conseguiu encontrá-la, com certeza era porque seu cadáver estava 
provavelmente em algum rio ou debaixo de uma ponte. Justamente só mais uma coisa para ter 
que me vingar. Não tendo conhecimento de meus pensamentos, Benjamin continuou com um 
aceno de concordância. 
"Se você puder encontrá-la ou, pelo menos nos dar uma pista de onde ela poderia estar, 
vamos assinar um acordo de negócios com você." 
"Acordo?" Por que diabos essas pessoas se sentem confiantes o suficiente para propor 
negócios para o chefe da Bratva? Eu os odiava com tudo meu ser, mas esses filhos da puta não 
eram estúpidos e nunca faziam nada sem um propósito. Benjamin colocou um pedaço de 
papel na minha mesa. 
 
"O único negocio que Vasya queria. Tráfico de seres humanos ". Ele compartilhou um olhar 
com Richard. "A prostituição infantil rende milhares. Nós costumávamos ter um grande 
negócio nos Estados Unidos, mas, em seguida, o fodido do Sociopata arruinou tudo. Tivemos 
de fechá-lo, considerando que ele matou todos, exceto eu e Alfred. " A mão de Benjamin 
bateu na mesa duro enquanto seu rosto ficou vermelho de ódio. 
 
O gosto amargo da traição na minha boca era difícil de engolir. Vasya Konstantinov me deu 
uma segunda chance na vida, quando ele me encontrou anos atrás nas ruas de Austin. Ele me 
tratou como seu filho e me ensinou todas as lições importantes sobre Bratva e o código de 
honra. Eu nunca em um milhão de anos imaginei que ele iria considerar estar envolvido em 
tráfico de seres humanos, especialmente quando crianças inocentes estavam envolvidas. A 
única figura paterna que já conheci, fora capaz de tal coisa vil. Esta informação arruinou 
algumas das minhas memórias, e para lidar com tal decepção seria necessário mais que 
garrafa de uísque. 
"Por que ele iria poupá-lo?" 
Eu nunca entendi todos aqueles anos porque Damian manteve-os vivos. Ele estava guardando-
os por último? Ou por que ele mesmo consideraria deixá-los respirar depois de tudo o quetinham feito a nós? Se tivesse sido eu, iria mata-los primeiro usando todos os métodos de 
tortura conhecidos pelo homem. 
Porra, em breve. 
 
"Ele não teve a chance." Richard sorriu com a porra de seu sorriso sinistro e sujo. "John o 
matou antes que ele pudesse chegar até nós. E então John foi morto por sua própria filha 
porque ela se apaixonou pelo sociopata. " 
 
"Onde está a garota agora?" Eu não conhecer Sapphire, mas ela era a mãe de minha sobrinha 
e o amor da vida do meu irmão, então ela tinha a minha total lealdade e proteção. Connor a 
manteve em algum lugar seguro graças ao WPP* (programa de proteção a testemunhas), mas eu 
preferia saber que tipo de informações que esses bastardos tinham sobre ela. 
 
Benjamin acenou com a mão com desdém. "Quem se importa? Ela nunca falara, porque não 
sabe nossas identidades. Esta provavelmente se escondendo em algum lugar; afinal de contas, 
ela era a puta de um assassino", disse ele com uma careta de desgosto. “Eu não dou a mínima 
para ela. O que eu quero de volta, é o meu negócio”. 
 
"E" ‘muitos meninos " também, para você e seu irmão estuprarem. 
Enquanto eu vivesse, eles não teriam a chance de arruinar mais vidas. 
 
Com um largo sorriso no meu rosto que não atingiu meus olhos, agarrei o contrato e concordei 
com um falso acordo. 
"Vocês tem um acordo." 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
Arrependimentos do 
passado 
 
 
O som de vidro quebrando me puxou para fora do meu sono, e eu abri os olhos rapidamente, 
procurando a arma que eu sempre mantinha ao lado da minha cama. Ela não estava lá, e eu 
balancei a cabeça para limpá-la. A mulher ajoelhou-se para recolher os pedaços quebrados e 
jogá-los fora, em que eu assumi que era a lata de lixo. Ela olhou para trás e franziu a testa. 
 
"Você deveria dormir", ela disse com desagrado em sua voz, mas ela pegou a tigela da mesa e 
sentou-se no canto da cama onde eu estava deitado. Ela colocou-a nos meus lábios secos e 
ordenou: "Beba". Se não fosse por minha sede, eu teria discutido com seu tom. 
 
Eu estava familiarizado com a rotina, mesmo isto me deixando louco. Eu acordava com sede e 
desorientado. Ela iria me alimentar ou aplicar mais ataduras e, em seguida, passar alguma 
coisa no meu nariz onde eu iria cair no sono. Sempre eu sussurrava algo sobre Sapphire, que 
ela não podia ouvi-lo, porque a minha voz tinha desaparecido. E eu sempre sentia uma dor 
latejante em meu peito e pescoço, apesar dos analgésicos pesados que ela continuava me 
dando. Ela nunca respondeu a nenhuma pergunta, e na maior parte do tempo ficava longe de 
mim. Meu corpo se rebelava contra a ideia de outra mulher me tocar, mas eu não podia fazer 
muito nessa situação. Eu precisava da minha força para entender o que diabos estava 
acontecendo e sair daqui para encontrar a minha mulher, minha mulher grávida. 
 
Prazer diferente de qualquer outro e medo se espalhou através de mim com a ideia de Sapphire 
grávida do nosso bebê. Quando ela levou mais tempo do que o necessário no banheiro, eu 
sabia que algo estava errado. Então eu pensei sobre sua falta de período e os desejos de 
comida constantes. Apenas uma conclusão veio à mente, e quando ela saiu do banheiro com 
um olhar animado e assustado em seu rosto, eu sabia que estava carregando meu filho. 
 
No entanto, Connor me esperava no bar, e para a nossa segurança, eu tive que sair e deixar a 
nossa conversa para mais tarde. Uma conversa que nunca aconteceu. Acho que foi a coisa mais 
difícil para eu lidar. Depois que nós saímos do cativeiro, descobriu-se que a mãe de Ben e Beth 
não era assim tão boa mãe quanto a imaginação de seus filhos a descreveram. A mulher tinha 
sérios problemas com drogas. Embora nunca tivesse abusado das crianças com base nos 
relatórios que Luke tinha, ficou claro que o ambiente em que vivia, não era bom para criá-los. 
Eles foram considerados mortos de qualquer maneira, a mãe deles aceitou com pesar e se 
afundou mais em seu vício. Um ano depois, ela morreu em alguma briga de rua ao longo. Ela 
não era uma mulher má. Só nunca teve a chance de fazer melhor. No momento em que 
localizaram ela, era tarde demais para fazer qualquer coisa sobre isto. 
 
Obtendo suas certidões de nascimento se provou que, na verdade, eles tinham nove anos e não 
seis como eu pensei inicialmente, o que foi muito fodido considerando suas estaturas. Luke os 
manteve com ele e os educou em casa. 
 
Beth-agora conhecida como Frankie -tem alguns talentos artísticos. Ela sonhava em desenhar 
roupas de moda. Mas Connor -antes conhecido como Ben-por outro lado, provou ter uma 
mente analítica e algumas habilidades excepcionais na escola, o que lhe permitiu formar aos 
quinze anos, devido à sua grande inteligência. Ele obteve seu diploma de bacharel em Ciência 
da Computação quando completou dezenove anos e tinha o sonho de se juntar ao FBI, mas eles 
não podiam recrutar até que uma pessoa atingisse vinte e três anos de idade. No entanto, Luke 
tinha usado seus contatos militares anteriores, juntamente com as excelentes habilidades de 
Connor e eles o recrutaram. Nós precisávamos dele na força então ele teria que ter acesso a 
todas as informações e ajudar-nos ao longo. 
 
Não que ele tivesse qualquer ideia de quais eram minhas intenções ou nas coisas em que eu 
estava metido. Ele nunca fez parte do meu plano, e não quero que seja. Ambos mereciam uma 
segunda chance na vida, mas há alguns meses atrás eu dei-lhe todas as informações que ele 
precisava para o caso de precisar proteger a minha família. 
 
Sapphire estava em algum lugar seguro. Fiz um bom negócio com Connor para que ele 
mantivesse a sua promessa, mas eu não dava a mínima para isso agora. Eu tinha que chegar 
até ela e tranquilizá-la que eu estava vivo. Sacrificar minha vida por ela valeu a pena, mas por 
alguma estranha razão, me foi concedido uma segunda chance na Terra, então planejo gastar 
com ela e nosso bebê. Para isso, eu precisava de respostas. 
"Sapphire", eu sussurrei de novo, e ela exalou em frustração. O primeiro sinal de emoção que 
eu já tinha visto dela. 
 
"Olha, eu não tenho ideia que nome você está sussurrando. Sua voz é quase muda. Por que, eu 
não sei. Não faz sentido, porque sua bala no peito afetaria sua voz tanto?. Eu acho que foi por 
causa da queda, você bateu a cabeça nas pedras. Além disso, o seu braço e perna parecem 
estar quebrados. Entendo que você está chamando alguém que ama, mas não posso ajuda-lo 
quanto a isso. Deixe-me curá-lo tanto quanto puder nesta cabana e então você poderá seguir 
seu caminho”. 
Apesar da dor na minha cabeça, eu levantei minhas sobrancelhas, indicando o curativo na 
minha testa, então ela teve que ajustá-lo novamente. "Não se preocupe. Eu quase terminei 
meus pré-requisitos científicos de um curso pre-med* (*Curso acadêmico introdutório na área de 
medicina) e estava prestes a começar a universidade para estudar medicina. Você pode 
imaginar? Foi antes daquele monstro me fazer isso! " 
Ela apontou para o rosto e aplicou algo como gel em meu pescoço. 
Quanto ela poderia ter aprendido no curso? "Odeio-os", ela sussurrou, enquanto uma única 
lágrima deslizou para baixo da ponta de seu nariz e ela desviou o olhar. "Durma", disse ela em 
um tom muito mais calmo e levantou-se para sentar-se na cadeira. Não importa o que, eu 
ficaria para sempre em débito com essa garota por cuidar da minha saúde. E um homem como 
eu nunca esquece as lágrimas de olhos inocentes. 
Quem quer que a tenha machucado iria receber a minha ira também. 
 
Outra promessa que eu pretendia cumprir. 
 
 
 
SAPPHIRE 
 
 
"Mamãe." A voz melodiosa de Kristina me tirou dos meus pensamentos, e eu virei minha 
cabeça para a cadeira onde estava sentada tomando seu café da manhã. "Sim, pequena?" Ela 
enfiou uma grande colher cheia de cereal na boca e mordeu-o em voz alta, ainda tentando 
falar com a boca cheia, não importa quantas

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