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Estudo Dirigido Fisioterapia na Saúde da Criança (SDE0105) Professora Dra. Lidiane Carine Lima Santos Barreto Aluno: Maria Ana Costa dos Santos Matrícula: 201707221987 Turma: 1) A respeito das Teorias do Controle Motor explique qual seria a ideia principal de cada uma delas. a) Teoria do Reflexo: A ideia principal dessa teoria preconiza que a atividade reflexa se manifesta em respostas automáticas com padrões de movimento geneticamente definidos. b) Teoria hierárquica ou Teoria Neuromaturacional do Desenvolvimento: A ideia principal é que o controle é exercido de cima para baixo em níveis superior, médio e inferior. c) Teoria dos sistemas: Ela preconiza que é impossível compreender o controle neural do movimento sem as forças externas e internas que agem sobre o corpo. d) Teoria ecológica: Ela Preconiza a interação com o meio ambiente, e as percepções para a orientação das ações. e) Teoria da ação dinâmica: A ideia principal dessa teoria preconiza observar uma pessoa em movimento numa nova perspectiva no princípio da auto organização que resulta da interação entre componentes físicos e neurais. 2) Sobre Cronologia das reações e dos reflexos cite como sugere-se que seja o estímulo e qual a resposta esperada: a) Reação de Moro: Estimulo: O examinador coloca a criança sobre antebraço e apoia a cabeça com a outra mão. A mão que segura a cabeça move se, então, para baixo, a cabeça da criança cai na mão aberta. Resposta: Na primeira fase ocorre a extensão, abdução e rotação externa dos MMSS, abertura das mãos (dedos em forma de leque) e abertura de boca. Na segunda fase ocorre a flexão, adução do MMSS, pronação dos antebraços, retorno à linha média e fechamento das mãos e da boca. b) Reação de Galant: Estimulo: unilateral na região paravertebral, no sentido cefalocaudal. Resposta: será o encurtamento lateral ou lateroflexão do tronco do lado da pesquisa, a pelve é puxada para cima e pode ocorrer flexão do membro inferior do mesmo lado. c) Marcha Automática: Estimulo: Mantendo-se o bebê pelo tronco, quando o seu antepé toca o solo e inclina-se o tronco para frente com uma ligeira transferência de peso para os lados. Resposta: inicia-se os movimentos de marcha espontaneamente. d) Reação de extensão protetora dos braços: Esta reação consiste em duas fases e ajuda a manter o bebê sentado. Na primeira fase ocorre a extensão do braço, punho e dedos, para atingir o solo ou, outro apoio. Na segunda fase a criança coloca o peso sobre o braço e a mão levada para o apoio. e) Reação de Colocação ou Placing reaction: Estimulo: segura o bebê pelo tronco, logo abaixo das axilas, e passa-se o dorso do seu pé na borda da mesa. Resposta: Flexão de membro inferior, seguida de uma extensão, fazendo com que toque a mesa com a sola do pé, podendo sustentar seu peso nessa perna. f) Reflexo Tônico Cervical Assimétrico (RTCA): Virando isoladamente a cabeça para um dos lados, as extremidades do lado facial estendem-se, e as do lado occipital fletem-se. g) Reação de Landau: Estimulo: Observa-se elevação da cabeça a cima do tronco. Resposta: Em seguida o tronco é retificado e as pernas estendidas. 3) Descreva as Etapas do Desenvolvimento Motor e Marcos Motores por trimestre: a) Primeiro trimestre: Etapas: Alinhamento da cabeça: predomínio da hipertonia flexora fisiológica. Posição supina: cabeça virada para o lado e o tronco inferior fletido com quadris continuamente impedidos de se aproxima da superfície de apoio. Posição prona: os braços e as pernas ficam fletidos embaixo do tronco, deslocando assim o peso corporal para a região facial. Postura sentada: não é uma posição independente nesse período. Costas curvas, cabeça inclina se para frente com o queixo afastado do tórax e sofre repetidos balanceios. Postura de pé: pés cruzados, assimetria de MMII, ponta dos pés, progredindo para uma astasia. Marco motor: Controle de cabeça no 3ª mês. b) Segundo trimestre: Etapas: Rolando e Sentando: executa movimentos dos braços e das pernas contra gravidade, experimenta movimento de rotação do tronco. Posição supina: alcança os pés com as mãos e tenta leva lós até boca para explora lós. Deita se de lado e realiza o movimento de ponte. Adquire o apoio dos braços com extensão de cotovelos Posição prona: Maior elevação do tronco da superfície de apoio, usando os cotovelos e as mãos. Traz os pés a boca. Adota postura-pivô. Giro em torno do eixo do estomago com braços e pernas elevados. Transfere o peso em direções laterais, alongando a musculatura, tenta alcançar brinquedos. Inicia o rastejamento. Rolando e sentado: Rola tanto de prono – supino – prono com rotação de tronco Posição sentada: senta e se apoia com as mãos para frente. As pernas são mantidas numa postura circular. Braços abduzidos com extensão do cotovelo, punhos e mãos. Postura de proteção superior: breves instantes de independência na posição sentada. Posição de pé: começa a suportar o peso do corpo nos membros inferiores. Inicia a transferência de peso de um lado para o outro Marco motor: permanece sentado quando coloca no 6ª mês. c) Terceira Trimestre: Etapas: Engatinhando e passando para de pé com apoio: durante este período o lactante torna se móvel e desenvolve a habilidade de movimentar e pelo ambiente. Posição supina: a preferência pela posição supina diminui. Rola realizando forte padrão de extensão de cabeça e parte superior de tronco. Posição prona: pivoteia em círculos sob o abdômen, utiliza padrões de movimento dos membros superiores e inferiores dissociados, realiza flexão lateral de tronco, pode brincar na posição deitado de lado. Posição sentada: senta sem apoio, paraquedas para frente e para os lados, utiliza as mãos para atividades recreativas, faz preensão com toda mão. Posição quadrupede: realiza balanceio, pode usar a postura de “urso andando”, engatinha Postura de pé: transfere o peso de um lado para o outro, centro da gravidade é deslocado para manter o equilíbrio. Engatinha e passa para de pé com apoio. Marco motor: engatinha com movimentos cruzados em qualquer mês do trimestre. d) Quarto Trimestre: Etapas: Andando: tenta ficar de pé soltando as mãos. Inicia o andar fora sem apoio. Posição sentada: postura muito funcional, equilíbrio bem desenvolvido, gira em círculos usando as mãos e pés como propulsão, pode adotar a postura de “W” e sentar. Posição de pé: postura preferida, desenvolve a habilidade de sentar a partir da posição vertical, passar para a postura agachada a partir da posição de pé. Iniciam passos na direção diagonal para frente ou na direção lateral com a mão sendo segurada, escala moveis. Andam na ponta dos pés, dificuldade de equilíbrio ao tentar carregar um brinquedo com uma mão. Braços em “proteção superior mediana e inferior”. Progressão da marcha coordenada. Marco motor: marcha independente 12 a 14 meses de idade. 4) Quais os 5 sinais objetivos do RN são avaliados no Teste de APGAR e como podemos interpretar estes dados. -Frequência cardíaca: ausente, lenta (abaixo de 100 batimentos por minuto). -Respiração: ausente, lenta, irregular, boa, chorando. -Tônus muscular: flácido, alguma flexão nas extremidades, movimento ativo. -Irritabilidade reflexa: sem resposta, careta, tosse, espirro ou choro. -Cor da pele: azul, pálido, corpo rosado, extremidades azuis, completamente rosado. O somatório da pontuação (no mínimo zero e no máximo dez) resultara no índice de Apgar e o recém-nascido será classificado como: -Sem asfixia (Apgar 8 a 10) -Com asfixia leve (Apgar 5 a 7) -Com asfixia moderada (Apgar 3 a 4) -Com asfixia grave (Apgar 0 a 2) 5) Faça um roteiro com o passo a passo para uma avaliação fisioterapêutica em pediatria. Métodos Básicos de uma avaliação: Entrevista com a criança e os pais: Queixa principal dos pais e a idade e circunstânciasnas quais o problema foi descoberto pela 1ª vez. História: Consta de registros médicos (exames), hipótese diagnóstica, medicação, informações sobre a família e sua história genética, sobre a gravidez, o parto (eventos peri e neonatais, a história da gestação e parto). Perguntar a mãe: Como foi a gestação da sua criança? Quanto tempo durou? Como foi o parto da sua criança? Quanto pesou sua criança ao nascer? Ela apresentou algum problema logo após o nascimento? Observação Clinica: Observação da criança em repouso e em movimento em diferentes posturas e também a interação da criança com o ambiente, a comunicação, resposta social e cognição Importante Avaliar: -Aspectos de comportamento -Aspectos da comunicação -Aspectos da compreensão - Aspectos da postura - Aspectos de controle postural e alinhamento -Uso dos membros e mãos - Aspectos sensoriais -Forma de locomoção -Deformidades Instrumentos de avaliação / Exame físico: Uso de testes de desenvolvimento padronizados; testes específicos de funcionalidade (goniometria, testes musculares, escalas de avaliação de tônus muscular, avaliação de AVDs com ou sem uso de órteses ou dispositivos auxiliares de locomoção), obtenção e registro de medidas úteis na avaliação e que serão utilizadas posteriormente como parâmetro de reavaliação. Exames Físicos: -Avaliação do Tônus Muscular - Avaliação da Espasticidade - Avaliação do Trofismo Muscular - Avaliação dos Reflexos Osteotendinosos - Avaliação do Equilíbrio Estativo e Dinâmico - Avaliação da Coordenação - Avaliação do Grau de Força Muscular - Avaliação da Mobilidade -Avaliação de Sensibilidade - Avaliação de Posturas e Transferências - Avaliação da Marcha - Avaliação Lactente Testes de Desenvolvimento: -Promover intervenção precoce. -Auxiliar na determinação do diagnóstico (área do desenvolvimento afetada). -Orientar o planejamento de um programa de intervenção; -Monitorizar os progressos funcionais: reavaliação e alta terapêutica. - Instrumentos de pesquisa clínica: avaliação da efetividade das condutas aplicadas. Visão Geral dos Testes: Testes seletivos: Utilizados para identificar déficits no desempenho de uma criança: Encaminhamento a serviços especializados. Testes de função: Utilizados para avaliar componentes de áreas específicas de funcionamento do SNC, como a avaliação da função motora ampla ou estado reflexo, por exemplo. Testes de capacidade funcional: Utilizados para avaliar habilidades funcionais necessárias ao desempenho completo da criança no ambiente familiar ou escolar. -Testes seletivos -Testes de Milani Comparetti - Testes de Denver (TSDD) - Testes de Função Motora. 6) Por que o termo Paralisia Cerebral não é o mais adequado para definir a patologia? E qual seria o termo ideal? Na verdade, não é o mais adequado, tendo em vista que significa ausência total das atividades físicas e mentais, o que não ocorre neste caso. O termo ideal seria Encefalopatia crônica não progressiva. 7) Diferencie os tipos de Paralisia Cerebral. a) Espástico: È a forma mais comum. Os músculos apresentam-se tensos e contraídos. Ocorre devido a danos no córtex motor. b) Discinético: Caracterizado pela presença de movimentos involuntários. Ocorre devido a danos nos gânglios da base. c) Atáxico: Caracterizado pela descoordenação dos movimentos. Afeta o equilíbrio e a perspectiva do posicionamento do corpo no espaço. Ocorre devido a danos no cerebelo. d) Misto: Combinação de danos. 8) Pesquise na literatura e faça uma síntese dos principais achados científicos de modalidades terapêuticas para reabilitação de crianças com Paralisia Cerebral. a) Conceito Bobath: As participantes apresentavam controle cervical incompleto e de cintura escapular ausente; apenas uma rolava. Os objetivos fisioterapêuticos eleitos com maior frequência foram: inibir padrão patológico; diminuir tônus muscular; aumentar a extensibilidade muscular; aumentar controle cervical, aumentar mobilidade e controle de cintura escapular; estimular o rolar e proporcionar os benefícios do ortostatismo. As condutas utilizadas para contemplar os objetivos propostos formaram um protocolo fisioterapêutico de atendimento individualizado. O tratamento aplicado envolveu: padrão de inibição, manobras para diminuir a hipertonia e facilitação do controle cervical, de cintura escapular e do rolar. Fonte: Tratamento Fisioterapêutico Na Paralisia Cerebral Tetraparesia Espástica, Segundo Conceito Bobath. b) Metodo Therasuit: Pina e Cunha (2006) em um estudo comparativo, afirmaram que a fisioterapia intensiva promove maiores ganhos motores em crianças com PC. Koscielny (2011) através de estudo comprovou que o tratamento intensivo pelo método Therasuit promove ganho de força muscular e melhora do desenvolvimento motor e manutenção de posturas, avaliados através da escala GMFM-88. Conclui- se que o tratamento intensivo através do método Therasuit é eficaz no ganho de função motora grossa de crianças com paralisia cerebral; porém, ainda há escassez de estudos sobre o Método Intensivo Therasuit. Fonte: A influência do método Therasuit no desenvolvimento motor de crianças com paralisia cerebral Juliana Wiss Marmo¹; Ana Paula Damélio¹; Bárbara Soares de Oliveira. c) A análise dos resultados mostrou aumento significativo do desempenho funcional do participante, após o treinamento, nos itens referentes à mobilidade, nas áreas de Habilidades Funcionais e Assistência do Cuidador. Os resultados sugerem que o treino em esteira com suspensão parcial de peso foi uma técnica de intervenção eficaz para a melhora do desempenho funcional do participante. Verificou-se transferência do aprendizado na esteira para a rotina diária, com obtenção de ganhos motores nas tarefas cotidianas, levando à maior independência funcional e autonomia, necessárias à sua inclusão. Fonte: PARALISIA CEREBRAL: desempenho funcional após treinamento da marcha em esteira Michely Salvador Silva, Sandra Mara Beltrami Daltrário. d) A utilização da equoterapia durante 45 minutos por semana ao longo de um ano resultou em ganhos expressivos na simetria da postura, na coordenação dos movimentos e na tonicidade muscular, aprimorando habilidades motoras e contribuindo para o prognóstico da marcha, o que recomenda sua utilização na população de crianças com paralisia cerebral, especialmente em países em desenvolvimento, pois se constitui em método oferecido pelo Sistema Único de Saúde – SUS. A recreação resulta em prática prazerosa onde os ganhos mensurados ocorrem concomitantes ao desenvolvimento da auto-estima e da socialização. Fonte: A equoterapia no tratamento de crianças com paralisia cerebral no Nordeste. Ana Eugenia Ribeiro Araujo e Araujo, Esp, Valdinar Sousa Ribeiro, D.Sc, Barbara Tereza Fonseca da Silva, M.Sc. e) Fisioterapia Aquática: A hidroterapia é uma estratégia terapêutica de grande valia para pacientes com PC devido a sua eficácia na melhora da flexibilidade, da postura, da amplitude de movimento, da força muscular e da funcionalidade. A combinação destes benefícios se reflete na qualidade de vida destes pacientes. Fonte: atividades aquáticas em pacientes com paralisia cerebral: um olhar na perspectiva da fisioterapia (Flayani da silva schmitz, felipe stigger).
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