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ATIVIDADE EXECUÇÕES - A1

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QUESTÃO 1
Mário possuía uma dívida referente a um empréstimo (mútuo) verbalmente acordado com André no valor de 30 mil reais. Após muita negociação, Mário comprometeu-se a pagá-la a partir do mês subsequente. Por cautela, os advogados das partes elaboraram instrumento particular para formalizar a transação, minuta que foi devidamente assinada por todos os envolvidos e duas testemunhas. Apesar do acordo entabulado, o débito não foi pago no vencimento. Assim, André ajuizou execução de título extrajudicial em face de Mário. Regularmente citado, Mário não efetuou o pagamento no prazo legal, tão pouco apresentou qualquer defesa, tendo sido penhorado um veículo de sua propriedade no importe de 35 mil reais. Tal ato fora regularmente averbado no Detran. Apesar disso, dias após, Mário vendeu referido veículo ao seu cunhado (Pedro), que levou o carro para sua cidade. Na qualidade de advogado de André, informe ao cliente qual a medida judicial adequada ao caso em tela, salientando ainda qual o meio processual adequado para tal alegação e as consequências jurídicas do pedido. Fundamente sua reposta no CPC/15. (5 pontos)
RESPOSTA
Com base no exposto Mário agiu de má-fé, uma vez que foi regularmente citado e após iniciou a tratativa de venda do veículo para seu cunhado Pedro, no intuito de fraudar sua obrigação da penhora. Caracteriza então conduta comissiva por parte de Mário, onde ao tentar ludibriar a penhora do veiculo cometeu crime atentatório a dignidade da justiça, conforme versa o Código de Processo Civil em seu artigo 774º incisos I e III.
André deverá ajuizar em face de Mário ação de responsabilidade civil do não cumprimento das obrigações do contrato.
Comprovada a fraude a execução, toda a tratativa de venda do veiculo de Mário para seu cunhado Pedro não tem validade, uma vez que surge a ineficácia relativa do ato de oneração ou alienação do bem. O juiz fixará multa não excedente ao valor de 20% do valor atualizado do veiculo, conforme versa o Código de Processo Civil em seu artigo 774º Parágrafo Único.
QUESTÃO 2
Em 10 de dezembro de 2017, Dirceu alugou um imóvel para fins residenciais pelo prazo de 30 meses, registrando como fiador no contrato de locação sua tia, Dilma.
Após ficar desempregado em junho de 2019, Dirceu não conseguiu mais efetuar os pagamentos dos aluguéis e condomínio, permanecendo inadimplente em suas obrigações por 8 meses seguidos, quando simplesmente abandonou o imóvel sem deixar notícia. Ao tomar conhecimento do abandono do imóvel, Michel (locador) lhe procura, na qualidade de advogado, para saber quais providências judiciais pode adotar. Na mesma reunião, Michel ainda lhe informa que Dilma possui um imóvel residencial (apartamento), local onde mora com sua família na Zona Sul de São Paulo. Na qualidade de advogado(a) de Michel (locador), descreva qual a medida judicial adequada para cobrança de aluguel e demais encargos acessórios (multa moratória, multa compensatória, condomínio, etc.), bem como se é possível a penhora do imóvel de Dilma, o qual é utilizado como moradia da família. Fundamente as respostas na legislação em vigor. (5 pontos)
RESPOSTA
Conforme expresso no Código de Processo Civil em seu artigo 784 inciso VIII, a dívida dos aluguéis atrasados por Dirceu, se trata de um titulo executivo extrajudicial. Michel deverá ajuizar uma ação de execução de título extrajudicial em face de Dilma.
Tratando da penhora do imóvel de Dilma, ainda que este seja utilizado como moradia familiar poderá ser penhorado, pois, o fato dela aceitar ser fiadora de Michel lhe coloca no quadro excessivo da lei da Impenhorabilidade do bem de família - LEI Nº 8.009, DE 29 DE MARÇO DE 1990, que em seu artigo 3º inciso VII esclarece que em caso de obrigação decorrente de fiança concedida em contrato de locação poderá ocorrer à penhora.
MANOEL ROBERTO GONÇALVES GARCIA – RA: 8942363

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