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Conceitos em Banco de Dados Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Prof. Ms. Rodrigo da Rosa Revisão Técnica: Prof. Me. Douglas Almendro Revisão Textual: Profa. Esp. Kelciane da Rocha Campos Visão Geral de Banco de Dados • Introdução • Sistemas Gerenciadores de Banco de Dados - SGBDs • Modelo de Dados • Outros Conceitos Importantes sobre Banco de Dados · O aluno deverá, ao final deste módulo, ter uma visão abrangente de pontos fundamentais relativos ao assunto Banco de Dados. Além disso, deverá compreender a importância de banco de dados no cotidiano das pessoas de modo geral. OBJETIVO DE APRENDIZADO Visão Geral de Banco de Dados Orientações de estudo Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua formação acadêmica e atuação profissional, siga algumas recomendações básicas: Assim: Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e horário fixos como o seu “momento do estudo”. Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo. No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados. Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem. Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Determine um horário fixo para estudar. Aproveite as indicações de Material Complementar. Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma Não se esqueça de se alimentar e se manter hidratado. Aproveite as Conserve seu material e local de estudos sempre organizados. Procure manter contato com seus colegas e tutores para trocar ideias! Isso amplia a aprendizagem. Seja original! Nunca plagie trabalhos. UNIDADE Visão Geral de Banco de Dados Introdução Banco de dados segue a ideia de armazenamento de registros de conteúdos para possibilitar uma consulta em qualquer momento que se fizer necessário. Antigamente os registros em empresas, por exemplo, eram feitos em formulários de papel, seguindo uma ordem alfabética ou numérica de armazenamento, que estavam disponíveis, de modo geral, em certo tipo de mobiliário, como, por exemplo, em um arquivo. Veremos a seguir que banco de dados faz parte da vida cotidiana de todas as pessoas. Antes de definirmos Banco de Dados, precisamos entender o significado de duas palavras, que, para muitos, representam a mesma coisa: dado e informação. Estas palavras às vezes se confundem porque há uma relação muito próxima entre elas. Sendo assim, vamos às características de cada uma delas: • Dados: são fatos que por si não têm um significado que possua sentido ou relevância. Por meio deles não é possível chegar a conclusões que possibilitem tomarmos decisões; • Informações: são o resultado da organização dos dados através de um processamento qualquer, fazendo com que haja, deste modo, um significado entre eles em um contexto. Para que fique mais claro, vamos exemplificar: Suponha que você encontre em uma mesa um papel escrito com estas palavras: verde, caixa, pequena. O que representam, no seu ponto de vista, estas palavras? Perceba que elas são conhecidas, porém não nos remetem a um significado direto, ou seja, não há sentido algum. Sendo assim, as palavras brutas “verde, caixa e pequena” são classificadas como dados. Agora, no momento em que organizamos estas palavras podemos obter uma informação. Sendo assim, teremos “a caixa verde é pequena”. Conseguimos, então, atribuir um significado ao conjunto de dados que tínhamos anteriormente. Importante! Um computador processa dados e não informações. Importante! Os bancos de dados podem ser definidos como um conjunto de dados registra- dos sobre pessoas, objetos, lugares, empresas, que são estruturados de maneira organizada, com o propósito de servir para obtenção de alguma informação, ou seja, algo com significado. 8 Juliano Santos Realce Juliano Santos Realce Juliano Santos Realce 9 Importante! Um banco de dados não precisa, necessariamente, ser algo informatizado. Pode ser uma agenda telefônica ou um bloco de registros de produtos em estoque de uma empresa, por exemplo. Importante! Algumas aplicações mais comuns de banco de dados são listadas a seguir: • Agências bancárias: cadastro de clientes, contas, depósitos, transferências, empréstimos e outras transações; • Universidades: cadastro de alunos e de funcionários, de notas, de frequência, de cursos, de disciplinas e demais registros acadêmicos e institucionais; • Empresas que atuam com vendas e compras: cadastro de produtos, estoque e clientes; • Indústrias: cadastro de funcionários, maquinários, mobiliários, estoques e pedidos de itens; • Quaisquer outras empresas que necessitam armazenar dados de seus clientes, fornecedores, parceiros, funcionários, estoques, itens de vendas e de compras, etc. Com a chegada da Internet, sendo ela acessível às pessoas comuns, todos nós podemos ter uma interação, ainda que indireta, com banco de dados. Por exemplo, se decidimos comprar algo por meio de um site existem diversas opções de tal produto. Se fizermos uma busca por um item específico, a consulta é feita diretamente no banco de dados desta empresa e retorna os resultados possíveis para que tenhamos a oportunidade de optar por um ou outro. Ao cadastrarmos nossos dados no site para que o produto chegue ao nosso endereço, tais dados estão sendo armazenados também em um sistema de banco de dados daquela organização. Sistemas Gerenciadores de Banco de Dados - SGBDs Conforme estudamos, os bancos de dados não necessariamente são informa- tizados. As pessoas e organizações podem manter banco de dados através de formulários, cadastros físicos, agendas, etc. Entretanto, à medida que elas vão acumulando grandes quantidades de dados, a consulta para a obtenção de infor- mações se torna cada vez mais complicada e demorada. Os SGBDs surgiram, então, para trazerem benefícios desta natureza e também de outras ordens. 9 UNIDADE Visão Geral de Banco de Dados Observe estas definições: Importante! O SGBD é um conjunto de programas que gerenciam a estrutura do banco de dados e controlam o acesso aos dados armazenados. O SGBD pode ser chamado de um software poderoso (ROB; CORONEL, 2011). O SGBD é uma aplicação informatizada (software) que fornece a interface entre os dados que estão armazenados fisicamente no banco de dados e o usuário (SILBERSCHATZ; KORTH; SUDARSHAN, 2012). Um SGBD é uma coleção de dados inter-relacionados e um conjunto de programas para acessar estes dados (DAMAS, 2007). Trocando ideias... Deste modo, podemos dizer que os SGBDs são os recursos de software que gerenciam banco de dados e que dão condições para que os usuários interajam com os dados ali armazenados. A utilização destes sistemas produz grandes benefícios, como, por exemplo: • a gerência de grandes volumes de dados; • a recuperação rápida de informações a partir dos dados armazenados; • a redução de dados redundantes, quando são utilizados padrões relacionais (que serão discutidos posteriormente, ainda nesta unidade); • a redução de informações inconsistentes: dois endereços residenciais cadastra- dos para um mesmo cliente, por exemplo; • a segurança, uma vez que são exigidosusuário e senha de acesso para alguém manipular os dados, além do fato de que é possível definir limites de acesso para cada usuário; • o compartilhamento de dados, já que estes sistemas podem ser acessados por vários usuários e aplicações. Importante! Softwares como Oracle, SQL Server, MySQL, Access, dentre outros, não devem ser chamados de Banco de Dados, como muitas vezes ouvimos. Estes fazem parte do contexto dos SGBDs, pois atuam diretamente na gestão dos dados. Importante! Os usuários de um SGBD podem ser classificados como: • Usuários comuns: são aqueles que interagem com banco de dados, porém não possuem conhecimento técnico de estruturas e processos. São exemplos aquelas pessoas que vão a uma agência bancária para realizar uma operação qualquer no caixa eletrônico. Quando são solicitadas senhas de acesso, ou são dadas opções de escolha de transações, ou no momento da efetivação de uma operação, este tipo de usuário está lidando com banco de dados; 10 Juliano Santos Realce Juliano Santos Realce Juliano Santos Realce Juliano Santos Realce 11 • Usuários administradores: são aqueles responsáveis por definirem privilégios de acessos a outros usuários, criarem ou excluírem tabelas, programarem em SGBDs, realizarem a manutenção dos sistemas de banco de dados, dentre outros. São conhecidos como DBAs (DataBase Administrator) ou administradores de banco de dados, profissionais que são remunerados para atuarem desta maneira. • Usuários programadores de aplicações: profissionais de TI que desenvolvem suas aplicações utilizando linguagens de programação e realizam a comunicação de tais aplicações com um banco de dados ou mais. Modelo de Dados Um modelo é uma estrutura, normalmente gráfica, que nos fornece condições de compreendermos melhor e mais facilmente uma realidade. Quando um arquiteto planeja uma casa, ele deve primeiramente elaborar a planta deste empreendimento. Esta planta é um exemplo de modelo. Expressa através de uma representação gráfica a realidade a ser construída. Um modelo de dados é um modelo que segue uma estrutura lógica de representação dos dados (de uma realidade). Um modelo pode ser iniciado com descrição de apenas parte de um problema e, na medida em que novos problemas são compreendidos, poderão ser incorporados na estrutura já desenvolvida até que se tenha uma compreensão geral de uma realidade. Os modelos de dados são importantes para facilitar a interação entre pessoas que participam de um determinado projeto, como, por exemplo, o projetista de banco de dados, o programador de aplicação e o usuário final. O primeiro é responsável por gerenciar o projeto de banco de dados por completo, considerando a análise de sistemas como recurso fundamental para a entrega de um ótimo e eficiente trabalho. O segundo, como descrito anteriormente, será responsável por desenvolver aplicações e criar condições de acesso destas aplicações ao banco de dados. O terceiro é o cliente, aquele que possui um problema que gera a necessidade da organização e implementação de um projeto de banco de dados. São exemplos de Modelos de Dados: • Modelo Hierárquico: um dos primeiros modelos de banco de dados e que apresentam os dados em uma estrutura que segue uma hierarquia, às vezes chamada de árvore invertida, pois a análise deve ser feita de cima para baixo, onde a raiz está no topo. Existem relações do tipo pai-filho onde um pai pode ser relacionado com um ou mais nós filhos, enquanto que cada filho pode ser relacionado somente com o seu nó pai. 11 Juliano Santos Realce Juliano Santos Realce Juliano Santos Realce Juliano Santos Realce Juliano Santos Realce UNIDADE Visão Geral de Banco de Dados Um exemplo de modelo hierárquico é a representação organizacional de uma empresa: Figura 1 – Exemplo de modelo hierárquico de uma empresa Por meio deste modelo, é possível verificar que o nó raiz é a PRESIDÊNCIA. Este é um nó pai e está relacionado com um nó filho chamado DIRETORIA. Já o nó DIRETORIA é nó pai de GERÊNCIA COMERCIAL, de GERÊNCIA FINANCEIRA e de GERÊNCIA DE TI (nós filhos). Esta é a leitura que deve ser realizada até o fim desta estrutura. • Modelo em Rede: modelo que foi desenvolvido para servir como se fosse uma evolução do modelo hierárquico, pois deveria solucionar muitos dos problemas que ocorriam no anterior. Importante! O modelo em rede foi criado para representar relacionamentos de dados complexos com mais eficiência do que o modelo hierárquico, melhorar o desempenho dos bancos de dados e impor um padrão a eles (ROB; CORONEL, 2011). Trocando ideias... Como padrões que surgiram junto com este modelo, podemos citar: 1. esquema de banco de dados: projeto geral do banco de dados que pode ser observado pelo administrador. Em outras palavras, é a visão do banco de dados como um todo por meio de uma organização conceitual; 2. Linguagem de Gerenciamento de Dados ou Linguagem de Controle de Dados (LCD): define o ambiente em que haverá o gerenciamento dos dados e também as formas de acesso aos dados em um banco de dados; 3. Linguagem de Definição de Dados (DDL): usada quando se pretende definir as estruturas de dados em banco de dados; 4. Linguagem de Manipulação de Dados (DML): usada quando se pretende realizar a manipulação dos dados que estão inseridos no contexto de banco de dados. 12 13 No modelo em rede, existe a possibilidade de que um nó filho tenha mais de um nó pai, diferentemente do modelo hierárquico. A figura a seguir apresenta um exemplo de modelo em rede. CONTAS A PAGAR DEPARTAMENTO FINANCEIRO CONTAS A RECEBER RELATÓRIO DE COMPRAS VENDEDORES RELATÓRIO DE VENDAS Figura 2 – Exemplo de modelo em rede Neste modelo, podemos perceber que RELATÓRIO DE VENDAS é nó filho de dois nós pais, DEPARTAMENTO FINANCEIRO e VENDEDORES. O nó DEPARTAMENTO FINANCEIRO é nó pai de mais dois nós filhos ainda, CONTAS A PAGAR e CONTAS A RECEBER. Apesar de o modelo em rede surgir como um aprimoramento do modelo hierárquico, ele não conseguiu atingir um nível satisfatório de aceitação e, deste modo, um novo modelo passou a existir, sendo o modelo mais utilizado até os dias atuais: o modelo relacional. • Modelo Relacional: surgiu em 1970 e foi desenvolvido pelo matemático Edgar Frank Codd. Ele apresentou sua pesquisa no artigo “A Relational Model of Data for Large Shared Data Banks” (Um Modelo Relacional de Dados para Grandes Bancos de Dados Compartilhados). Baseou-se na teoria dos conjuntos, que é um ramo da matemática, para propor este modelo que descreve a organização dos dados por meio de relações, por vezes chamadas de tabelas, que possuem linhas e colunas. Importante! TUPLA é o nome dado a cada uma das linhas de uma relação/tabela. Importante! Os softwares Microsoft SQL Server, Oracle, DB2, MySQL, dentre outros, são conhecidos como softwares de banco de dados relacionais, pois utilizam a ideia do modelo relacional para processar os dados. Ex pl or 13 Juliano Santos Realce Juliano Santos Realce UNIDADE Visão Geral de Banco de Dados A figura a seguir apresenta um exemplo de modelo relacional: Tabela 1 – Exemplo de modelo relacional Tabela Cliente Tabela Dependente CLI_COD CLI_NOME CLI_END CLI_CID CLI_UF CLI_CEP CLI_TEL 100090 João Pedro Rua x, 1 São Paulo SP 03748-987 1139840987 100091 Ricardo Toledo Rua y, 92 Lapa SP 04987-978 11984567586 100092 Jonas Barbosa Rua z, 39 São Paulo SP 02983-987 11977893846 DEP_COD DEP_NOME DEP_FONE CLI_COD 900000 Rafael Toledo 11987997364 100091 900001 Frank Barbosa 11957466378 100092 900002 Richard Barbosa 11946578992 100092 Perceba que neste exemplo temos duas tabelas chamadas de CLIENTE e DEPENDENTE. Cada uma delas é responsável por armazenar dados de referências pessoais, como nome, endereço e telefone. Elas se relacionam por meio da coluna, também chamada de “atributo” como exemplo, CLI_COD. Observando a figura 3, é possível saber quem é (ou quem são) o dependente do cliente Jonas Barbosa?Ex pl or Cada tupla da tabela dependentepode se relacionar, neste caso, com apenas uma tupla da tabela cliente, enquanto que cada tupla da tabela cliente pode se relacionar com uma ou mais tuplas da tabela dependente. Fica simples, deste modo, notar que o cliente João Pedro não possui dependente descrito no modelo. Já o cliente Jonas Barbosa possui dois dependentes, sendo eles Frank Barbosa e Richard Barbosa. O modelo relacional será objeto de estudo mais detalhado desta disciplina. • Modelo Entidade-Relacionamento (MER): a exemplo do modelo relacional, este modelo tem recebido grande aceitação até os dias atuais. Surgiu em 1976, desenvolvido pelo cientista da computação Peter Chen. Ele não é uma evolução do apresentado anteriormente, mas sim uma forma de abordar o conjunto de relações de uma maneira mais simples de serem compreendidas, pois utiliza representação gráfica para descrever atividades complexas. Uma ideia complementa a outra. Os principais componentes deste modelo são: as entidades, os atributos e os relacionamentos. 14 Juliano Santos Comentário do texto CHAVE PRIMÁRIA Juliano Santos Comentário do texto CHAVE ESTRANGEIRA Juliano Santos Destacar Juliano Santos Destacar 15 A figura a seguir apresenta um exemplo básico deste modelo: Figura 3 – Exemplo de Modelo Entidade-Relacionamento Podemos perceber que esta representação gráfica apresenta as entidades CLIENTE e DEPENDENTE, que eram chamadas de tabelas no modelo relacional. Conforme a descrição, um cliente pode ter apenas um ou mais dependentes, enquanto que cada dependente pode ser dependente de apenas um cliente. Em um projeto de banco de dados, geralmente utilizam-se ambos os modelos (relacional e entidade-relacionamento), pois no primeiro os dados podem ser visualizados, o que não acontece no segundo. Entretanto, o segundo modelo permite uma percepção mais facilitada do arranjo geral do projeto e da relação existente entre cada uma das entidades que compõem o projeto como um todo. O modelo entidade-relacionamento será objeto de estudo mais detalhado desta disciplina. • Modelo Orientado a Objetos (MOO): neste modelo, os dados e também seus relacionamentos são estruturados em um único lugar chamado de OB- JETO. Grandes complexidades em relação ao assunto banco de dados exi- gem modelos que atendam problemas desta natureza e, neste caso, o MOO é uma boa solução. Surgiu em 1980 com este propósito, uma vez que lin- guagens de programação orientadas a objetos foram ganhando forte espaço dentre as aplicações. Os dados são manipulados pelas aplicações, as informações são armazenadas em objetos e não em tabelas com linhas e colunas. O código de uma aplicação (qualquer linguagem de programação orientada a objetos) é armazenado junto aos próprios dados. São representados pelo diagrama de classes da UML. UML signifi ca Uni� ed Modeling Language ou Linguagem de Modelagem Unifi cada e permite representar sistemas de maneira padronizada, utilizando técnicas de características gráfi cas e fazendo com que projetos sejam visualizados de maneira mais intuitiva e elucidativa. Pos- sui mais de 10 diagramas para representar funções específi cas de um sistema. Ex pl or Artigo SQL Magazine 61 - Introdução à Linguagem de Modelagem Unifi cada. https://goo.gl/dmJul0Ex pl or 15 Juliano Santos Realce Juliano Santos Realce Juliano Santos Realce Juliano Santos Realce Juliano Santos Realce Juliano Santos Destacar UNIDADE Visão Geral de Banco de Dados A figura a seguir apresenta um exemplo de modelo orientado a objetos. Figura 4 – Exemplo de Modelo Orientado a Objetos utilizando diagrama de classes Podemos observar neste diagrama que a estrutura de atributos está associada a funções de uma aplicação. Um exemplo é: em DEPARTAMENTO (chama-se classe Departamento) os atributos são “Id”, “Nome” e “Local”, enquanto que as funções da aplicação são “CadastrarDepartamento”, “EditarDepartamento”, “ExcluirDepartamento” e “ConsultarDepartamento”. Ao lado da classe DEPARTAMENTO existe o número 1, enquanto que ao lado da classe FUNCIONÁRIO existe a indicação 0..*. Isto quer dizer que: 1. pode haver um departamento que não possui nenhum funcionário; 2. pode haver um departamento que possui muitos funcionários; 3. cada funcionário está associado a apenas um departamento. Outros Conceitos Importantes sobre Banco de Dados • Banco de Dados Paralelos: os sistemas gerenciadores de banco de dados paralelos (SGBDP) surgiram no final da década de 80 na tentativa de solucionar problemas dos chamados gargalos de dispositivos E/S. Importante! E/S é um termo utilizado para abreviar a expressão Entrada/Saída. Em se tratando de dispositivos E/S, nos referimos aos dispositivos de Entrada/Saída que são presentes em nosso dia-a-dia, como, por exemplo, teclado, mouse, scanner (Entrada) e monitor, impressora (Saída). Você Sabia? 16 Juliano Santos Realce Juliano Santos Realce Juliano Santos Realce 17 O que vem em mente quando ouvimos a palavra “gargalo”? Ex pl or Esta palavra nos remete à ideia de algo que limita a passagem de algo. Em outras palavras, se tomarmos como exemplo um funil percebemos que a entrada é larga, enquanto que a saída é estreita. Se despejarmos algum líquido na entrada, haverá uma limitação na saída que fará com que a velocidade em que este líquido saia seja muito menor à velocidade com que o líquido entrou no objeto. O problema de gargalo de dispositivos de E/S ocorre porque a velocidade de processamento dos dados e também de transmissão destes dados por uma rede evolui consideravelmente com o tempo, enquanto que a velocidade de acesso aos discos rígidos, por exemplo, não evolui na mesma proporção. Deste modo, podemos imaginar uma enxurrada de dados sendo processados para serem armazenados em disco em uma velocidade alta, porém a velocidade com que os dados são alocados no HD não é suficiente para acompanhar tal processamento. Importante! Sistemas paralelos consistem em um conjunto de componentes (processadores, memó- ria e discos) que podem se comunicar entre si por meio de uma rede de interconexão (barramento ou malha, por exemplo). (SILBERSCHATZ; KORTH; SUDARSHAN, 2012.) Trocando ideias... A figura a seguir apresenta um exemplo de arquiteturas de banco de dados paralelas: Figura 5 – Arquiteturas de banco de dados paralelas, segundo SILBERSCHATZ; KORTH; SUDARSHAN, 2012: a) memória compartilhada; b) disco compartilhado Podemos observar na figura 5a que nesta estrutura existem cinco processadores que compartilham uma única memória. Neste caso, os processadores podem se comunicar e os dados da memória podem ser acessados por qualquer processador. 17 Juliano Santos Realce UNIDADE Visão Geral de Banco de Dados Na figura 5b notamos que qualquer um dos cinco processadores pode acessar qualquer um dos três discos diretamente. Cada processador possui uma única memória associada a si. Os sistemas paralelos são utilizados quando há a necessidade de realização de consultas em bancos de dados muito grandes e contribuem para a melhora de velocidades de processamento e E/S, pois utilizam diversos processadores, memórias e discos funcionando em paralelo. • Banco de Dados Distribuídos: em um sistema com a característica distri- buída, o banco de dados é armazenado em diversos computadores que se comunicam entre si por meio de uma rede. Ao contrário dos sistemas paralelos de banco de dados, os sistemas distribuídos não compartilham dispositivos. A figura a seguir apresenta um exemplo de arquitetura de banco de dados distribuída: São Paulo Es taç õe s d e T rab alh o Estações de Trabalho Estações de Trabalho Estações de Trabalho ServidorServidor Servidor Servidor Dados Dados Dados Dados Rio de Janeiro Campo Grande São José do Rio PretoRede de Computadores Figura 6 – Arquitetura de Banco de Dados Distribuída, conforme Rosário (2013) 18 Juliano Santos Realce Juliano Santos Realce 19 Podemos observar nesta arquitetura que existem quatro cidades distantes geograficamente, cadauma possuindo um sistema com servidor e banco de dados, porém comunicam-se entre si por meio de uma rede. Deste modo, o sistema localizado em Campo Grande, por exemplo, pode consultar dados que estejam armazenados no Rio de Janeiro, São Paulo e/ou São José do Rio Preto. • Banco de Dados Não-Relacionais: o avanço das possibilidades de armazenamento e processamento de grandes volumes de dados, principalmente na web, trouxe problemas de limitações aos modelos de banco de dados relacionais, pois apresentam instabilidade quando este é o contexto. Outro problema apresentado é o fato de que quanto maior for o volume de dados a serem gerenciados, mais recursos como processadores, memórias e discos serão necessários, tornando o sistema cada vez mais caro. NoSQL é um termo utilizado para classificar banco de dados do tipo Não- Relacional de código aberto. Surgiu em 1998, criação de Carol Strozzi. Bancos de dados Não-Relacionais não exigem computadores superpoderosos e contam com a facilidade de manutenção que descarta a necessidade de muitos profissionais atuando nestes sistemas. Eles são fundamentais para acompanhar os avanços da tecnologia empregados nas redes sociais, em conteúdos que são gerados diariamente por dispositivos móveis e também pelo enorme volume de pessoas que se conectam a eles. 19 Juliano Santos Realce Juliano Santos Realce Juliano Santos Realce UNIDADE Visão Geral de Banco de Dados Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Sites Artigos – Aprimoramento Rápido e Essencial DEVMEDIA. https://goo.gl/5fExE4 Conferências de Oracle Code Developer ORACLE. http://www.oracle.com.br O Que é Banco de Dados ROSÁRIO, Luiz Garetti. https://goo.gl/w2C5tm Leitura A Relational Model of Data for Large Shared Data Banks CODD, E. F. A relational model of data for large shared data banks. Communications of the ACM, volume 13, number 6, June, 1970. IBM Research Laboratory, San Jose, California. https://goo.gl/f9CKkg 20 21 Referências DAMAS, Luís. SQL – Structured Query Language. 6ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2007. 384 p. ROB, Peter; CORONEL, Carlos. Sistemas de banco de dados – projeto, imple- mentação e administração. 8ª ed. São Paulo: Cengage Learning, 2011. 711 p. ROSÁRIO, Luiz Garetti. O que é banco de dados. Disponível em: <http:// imasters.com.br/banco-de-dados/o-que-e-banco-de-dados-distribuido/?trace=151 9021197&source=single>. Acesso em: 6 fev. 2017. SILBERSCHATZ, Abraham; KORTH, Henry F.; SUDARSHAN, S. Sistema de banco de dados. 6ª ed. Elsevier, 2012. 904 p. 21
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