Buscar

Olho dos animais domesticos e seus anexos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 9 páginas

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS – UNIPAC
MEDICINA VETERINÁRIA
MARIANA SANTAROSA DOS SANTOS
2º PERIODO
O OLHO DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS 
E SEUS ANEXOS
ANATOMIA VETERINÁRIA
CONSELHEIRO LAFAIETE – MG
2020
Olho
O olho, órgão da visão, compõe-se de diversas partes, as quais possuem a capacidade de receber estímulos de luz do ambiente, registrá-los e convertê-los em um sinal elétrico, o qual é transportado para o encéfalo. Os neurônios receptores contêm moléculas fotossensíveis que são transformadas quimicamente por impulsos de luz e reagem com a atividade neural das células vizinhas. O sinal resultante é transportado por cadeias de neurônios até atingir os centros cognitivos do encéfalo, onde a imagem final é formada. A visão se baseia em um sistema complexo, o qual envolve todas as partes do olho, inclusive suas estruturas acessórias, bem como diversas áreas do encéfalo.
Bulbo do olho
Há uma variação considerável entre espécies quanto à forma, ao tamanho do bulbo do olho e também entre indivíduos. O contorno do bulbo do olho não é arredondado de maneira uniforme: sua parte posterior exibe uma curvatura maior do que a parte anterior, onde a córnea se pronuncia para frente. A divisão dos dois segmentos é delimitada por um sulco visível, o sulco da esclera.
A parede do bulbo do olho é formada por três camadas concêntricas que envolvem o interior, envolvendo assim também suas outras estruturas. O interior do bulbo do olho se divide em três câmaras: Câmara anterior, entre a córnea e a íris; Câmara posterior, entre a íris, o corpo ciliar e a lente; Câmara postrema, por trás da lente, cercada pela retina.
As camadas do bulbo do olho são: Túnica fibrosa do bulbo: esclera e córnea; Túnica vasculosa do bulbo: corioide, corpo ciliar e íris; Túnica interna do bulbo: parte cega da retina e parte óptica da retina.
Túnica fibrosa do bulbo 
A camada externa fibrosa compõe-se de tecido colágeno bastante denso, amplamente responsável pelo formato do olho. Ele é formado de duas partes: a esclera, esbranquiçada e opaca, que envolve aproximadamente três quartos posteriores do bulbo, e a córnea transparente, a qual cobre a parte anterior do bulbo. Os dois componentes se encontram na junção corneoescleral, também denominada limbo da córnea.
Esclera
A substância própria da esclera consiste em uma densa rede de fibras colágenas em orientação paralela. Algumas fibras elásticas estão espalhadas nessa rede colagenosa, auxiliando na resistência à pressão interna do olho, bem como nas forças consideráveis às quais os músculos extraoculares o sujeitam.
Na junção corneoescleral, a face interna da esclera é marcada por uma pequena crista, o anel da esclera, onde se fixa o músculo ciliar. A face externa é marcada pelo sulco da esclera, o qual é particularmente pronunciado em carnívoros. O seio venoso escleral, por onde drena o humor aquoso, localiza-se entre essas duas estruturas e é importante para a regulação da pressão ocular. Uma obstrução do fluxo aquoso leva ao aumento da pressão ocular, e animais afetados podem desenvolver glaucoma.
A esclera é coberta pela conjuntiva na proximidade da junção corneoescleral, a qual se reflete na face do bulbo como a conjuntiva bulbar.
Córnea
A córnea forma o segmento transparente anterior da túnica fibrosa do bulbo do olho e se pronuncia para a frente. Sua substância própria compõe-se de fibras paralelas de colágeno que estão dispostas em forma lamelar. O ponto mais elevado da córnea se chama vértice, e sua periferia é o limbo. A córnea dos carnívoros é arredondada, ao passo que a dos ungulados é oval, com um ângulo nasal obtuso e um ângulo temporal agudo.
Corioide 
A corioide é uma túnica pigmentada intensamente vascularizada que envolve a parte posterior do bulbo do olho.
Corpo ciliar
O corpo ciliar é um segmento médio espessado da túnica vasculosa, entre a corioide e a íris. Trata-se de um anel elevado, do qual surgem os processos ciliares que se irradiam em direção à lente no centro. As fibras zonulares se projetam dos processos ciliares para o equador da lente para suspendê-la ao redor de sua periferia. O corpo ciliar está em contato com o corpo vítreo e forma as margens laterais da câmara posterior. Sua face externa é coberta pela esclera, e sua face interna pela parte cega da retina.
O corpo ciliar forma um anel simétrico em carnívoros, mas é assimétrico em ruminantes e no equino, nos quais a parte visual da retina se projeta mais para a frente. Fibras elásticas, células pigmentadas, vasos sanguíneos e fibras musculares ciliares estão inseridos no tecido conectivo do corpo ciliar.
Íris
A íris é a continuação do corpo ciliar e constitui a parte mais anterior da túnica vasculosa. Trata-se de um anel delgado de tecido intensamente vascularizado que repousa sobre a face anterior da lente. A margem pupilar da íris delimita a pupila, por onde a luminosidade penetra a parte posterior do olho. A margem ciliar é contínua com o corpo ciliar e com o ângulo iridocorneal. A íris separa o espaço entre a córnea e a lente em uma câmara anterior e uma câmara posterior do olho, as quais se comunicam por meio da pupila.
As células pigmentadas da íris contêm melanina, a qual protege a retina de luminosidade intensa. A quantidade e o tamanho dos pigmentos definem a cor dos olhos, que é determinada geneticamente por vários genes codominantes. Caso as fibras colágenas estejam em um agrupamento denso, há escassez de células pigmentadas no estroma da íris, e o olho parece ser azul ou cinzento (suíno e caprino). Caso haja muitas células pigmentadas em uma rede fina de fibras colágenas, a íris fica com coloração marrom escura (bovino, equino). Menos células pigmentadas resultam em uma coloração mais clara e amarelada da íris (cão, suíno, pequenos ruminantes). Em albinos, a íris não possui nenhum pigmento. Os olhos parecem vermelhos, devido à vascularização nessa área, que não fica obscurecida pelo pigmento.
Nervo óptico 
O nervo óptico, ou II nervo craniano, na verdade é um trato do encéfalo, que por convenção é chamado de nervo. Ele é formado pelos axônios das células multipolares do estrato ganglionar da retina. Ele passa caudalmente pela gordura intraorbital e pelo músculo retrator do bulbo, e penetra o crânio através do forame óptico e dos canais ópticos. Em todos os mamíferos, a maioria das fibras cruza para a face contralateral na altura do quiasma óptico.
Lente
A lente é uma estrutura transparente e biconvexa sustentada pela zônula ciliar. Ela possui pólos anterior e posterior, um equador e um eixo central. A face posterior costuma ser mais convexa que a face anterior. Durante a acomodação, a convexidade da lente se altera. A arquitetura lamelar da lente é essencial para sua transparência. Processos de doenças que afetam o metabolismo lenticular resultam em perda de transparência, formando catarata.
Órbita
A órbita é a cavidade cônica na face lateral do crânio que contém o bulbo do olho e maioria dos anexos oculares. Ela é contínua caudalmente com as fossas pterigopalatina e temporal. Sua delimitação externa é um anel ósseo, o qual se abre lateralmente em carnívoros e no suíno, onde o anel é completado pelo ligamento orbital.
A posição das órbitas depende da espécie: no cão e no gato, elas se projetam para a frente, enquanto em herbívoros elas são mais laterais.
Fáscias e musculatura extrínseca do bulbo do olho
As seguintes camadas envolvem o bulbo do olho, o nervo óptico e os músculos do olho:
- Fáscias musculares (fáscia e musculares), as quais envolvem os músculos do bulbo do olho e se projetam para as pálpebras;
- Bainha do bulbo (vagina bulbi), a qual cobre o bulbo do olho e se separa da esclera pelo espaço episcleral.
Esses músculos facilitam o movimento do bulbo do olho contra o tecido adiposo retrobulbar e também recobrem o nervo óptico e os músculos retratores do bulbo do olho. Os músculos importantes para o funcionamento do olho formam três grupos: músculos intrínsecos, extrínsecos e palpebrais. Os músculos intrínsecos regulam o diâmetro da pupila e oformato da lente. O grupo dos músculos palpebrais inclui os músculos da pálpebra e da cabeça que regulam a forma e a posição da fissura palpebral.
Pálpebras
As pálpebras são pregas musculofibrosas que podem cobrir a face anterior do bulbo do olho para bloquear luminosidade, proteger a córnea e ajudar a manter a córnea úmida.
Há três pálpebras nos mamíferos domésticos: a pálpebra superior, a pálpebra inferior e a terceira pálpebra, prega semilunar da conjuntiva.
A abertura entre as pálpebras superior e inferior varia em tamanho e é controlada pelos músculos palpebrais. As margens livres das pálpebras superior e inferior se encontram nos ângulos nasal e temporal do olho.
Aparelho lacrimal
A lâmina lacrimal pré-corneal protege o olho ao enxaguar o material estranho e é fundamental para a manutenção da transparência da córnea. Produção lacrimal insuficiente resulta em opacificação.
A lâmina lacrimal compõe-se de uma camada oleosa superficial, uma camada aquosa central e uma camada glicoproteica delgada cobrindo a córnea. A camada oleosa superficial é produzida pelas glândulas tarsais e proporciona lubrificação, impede o transbordamento de lágrimas da margem da pálpebra e retarda a evaporação da camada aquosa subjacente. A camada aquosa é o principal componente da lâmina lacrimal e é produzida pela glândula lacrimal e pela glândula da terceira pálpebra. Ela umedece e nutre a córnea. A camada mais interna é produzida pelas células caliciformes do epitélio conectivo e auxilia na aderência da lâmina pré-corneal à face corneal.
O aparelho lacrimal inclui as estruturas responsáveis pela produção, pela dispersão e pela eliminação das lágrimas: Glândula lacrimal; Glândulas da terceira pálpebra; Canalículos lacrimais; Saco lacrimal; Ducto lacrimonasal.
A glândula lacrimal é uma glândula tubulo alveolar posicionada entre o bulbo do olho e a parede dorso temporal da órbita. Sua secreção é serosa em todos os mamíferos domésticos, com exceção do suíno, no qual é mucosa. Em carnívoros, ela se situa sob o ligamento orbital, enquanto no equino ela ocupa a fossa lacrimal. Sua secreção é eliminada por vários ductos excretórios diminutos que se abrem na margem dorsotemporal da pálpebra superior do saco da conjuntiva. O movimento de piscar os olhos distribui o fluido lacrimal sobre a face anterior do olho.
Vascularização e inervação 
A artéria oftálmica externa, um ramo da artéria maxilar, é a principal fonte de vascularização do bulbo do olho.
As veias, de modo geral, são paralelas às artérias. O retorno venoso da corioide é possível através de quatro veias vorticosas que desembocam na veia oftálmica externa. O plexo venoso escleral, por onde drena o humor aquoso,
se abre nas veias ciliares anteriores. Arteríolas e vênulas emergem do disco óptico e se espalham em diversos padrões para nutrir e drenar a retina.
O olho e seus anexos são inervados pelo II, III, IV, V, VI e VII nervos cranianos. O nervo óptico ou II nervo craniano é um trato do sistema nervoso central unicamente sensorial e se refere à visão. Os nervos oculomotor, troclear e abducente controlam o movimento do bulbo do olho ao inervar sua musculatura extrínseca. O nervo facial é motor para o músculo orbicular do olho e também fornece as fibras parassimpáticas para o nervo petroso maior que inerva as glândulas lacrimais.
O olho é intensamente inervado por ramos do nervo trigêmeo. O nervo oftálmico constitui a principal inervação sensorial do olho e da órbita: o nervo frontal inerva a pálpebra superior; o nervo lacrimal inerva a pele e a conjuntiva no ângulo lateral; o nervo infratroclear inerva o ângulo medial do olho, e o nervo nasociliar inerva a córnea e a corioide. O ramo zigomático do nervo maxilar é sensor para a pálpebra inferior. Os ramos do nervo trigêmeo são responsáveis pelas vias aferentes dos reflexos corneal e palpebral.
Bibliografia
Anatomia dos animais domésticos - Konig

Outros materiais