Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Asta Manuel Varre Carlos Machava Dinis Bembele Aproveitamento dos recursos hídricos em Moçambique Licenciatura em Ensino de Química Universidade Save Chongene 2020 Asta Manuel Varre Carlos Machava Dinis Bembele Aproveitamento dos recursos hídricos em Moçambique Trabalho de pesquisa científica de carácter avaliativo a ser apresentado no Departamento de Ciências Naturais e Matemática no curso de Química, sob orientação do Prof. Doutor: Manuel Tábua. Universidade Save Chongene 2020 i Índice Lista de figuras ........................................................................................................................... ii CAPÍTULO I: APRESENTAÇÃO DO TRABALHO ................................................................. 1 1. Introdução............................................................................................................................ 1 1.1. Objectivos..................................................................................................................... 1 1.1.1. Geral ...................................................................................................................... 1 1.1.2. Específicos ............................................................................................................ 1 CAPÍTULO II: METODOLOGIAS ............................................................................................ 2 2. Metodologia ......................................................................................................................... 2 CAPÍTULO III: REVISÃO DA LITERATURA ......................................................................... 3 3. Conceituação ....................................................................................................................... 3 3.1. Recursos hídricos .......................................................................................................... 3 3.2. Bacia Hidrográfica ........................................................................................................ 3 3.3. Localização de Moçambique ......................................................................................... 4 3.4. Recursos Hídricos de Moçambique ............................................................................... 4 3.5. Capacidade de Armazenamento de Água ...................................................................... 5 3.6. Demanda de água .......................................................................................................... 6 3.7. Cálculo da demanda de água para o uso agrícola ........................................................... 7 3.8. Cálculo da demanda de água para o uso doméstico ....................................................... 8 3.9. Cálculo da demanda de água para o gado ...................................................................... 9 3.10. Demanda de água para o meio ambiente .................................................................... 9 3.11. Disponibilidade hídrica ........................................................................................... 10 3.12. Águas subterrâneas .................................................................................................. 10 3.13. Importância dos recursos hídricos ............................................................................ 11 3.14. Modelo de Gestão de Recursos Hídricos .................................................................. 11 3.14.1. Mecanismos Legais.............................................................................................. 11 CAPÍTULO III: REVISÃO DA LITERATURA ....................................................................... 13 4. Conclusão .......................................................................................................................... 13 5. Referências Bibliográficas ................................................................................................. 14 ii Lista de figuras Figura 1: Bacias hidrográficas ..................................................................................................... 5 Figura 2: Armazenamento per capita de água em alguns países ................................................... 6 Figura 3: Esquematização do Balanço hídrico ........................................................................... 10 1 CAPÍTULO I: APRESENTAÇÃO DO TRABALHO Neste capítulo faz-se a apresentação do trabalho assim como dos seus objectivos. 1. Introdução É sobejamente sabido que a importância da água para a existência da vida na Terra não se pode discutir. Esta, é um recurso natural muito fundamental para o desenvolvimento de diversas actividades antrópicas, tais como a produção de alimentos, energia, de bens de consumo, de transporte e de lazer, bem como para a manutenção e o equilíbrio ambiental dos ecossistemas na Terra. De acordo com Lima apud Shiklomanov (1998), a disponibilidade hídrica mundial é estimada em cerca de 40.000Km3/ano. Desses, avalia-se que apenas cerca de 4000Km3/ano são derivados dos rios para o consumo humano. Em Moçambique, o escoamento superficial total é cerca de 216Km3, dos quais cerca de 100Km3 são gerados no país, sendo os restantes 116Km3 gerados nos países vizinhos (MUAIEVELA, 2010). O presente trabalho tem como como o ponto fulcral “o aproveitamento dos recursos hídricos em Moçambique”. 1.1.Objectivos 1.1.1. Geral Estudar o aproveitamento dos recursos hídricos em Moçambique. 1.1.2. Específicos Identificar as principais bacias hidrográficas de Moçambique; Indicar a importância dos recursos hídricos em Moçambique; Explicar as formas de exploração dos recursos hídricos em Moçambique. 2 CAPÍTULO II: METODOLOGIAS Neste capítulo faz-se uma abordagem metodológica para a efectivação do presente trabalho. 2. Metodologia A metodologia usada para a realização do presente trabalho, quanto aos meios pode ser classificada como uma pesquisa bibliográfica uma vez que se baseia em obras publicadas. No entanto, quanto aos fins pode ser classificada como uma pesquisa exploratória e metodológica, uma vez que é realizada onde há sistematização de conhecimento e, também, por ser um estudo que se refere a uma determinada realidade associada a caminhos, formas, procedimentos a fim de atingir um objectivo pré-determinado. De acordo com Dilly et al apud Leripio (2001), a pesquisa exploratória objectiva, em geral, “provocar o esclarecimento de uma situação para a tomada de consciência e quando existe pouco conhecimento sobre o fenómeno”. Foi nesta óptica que se estabeleceu esta metodologia. 3 CAPÍTULO III: REVISÃO DA LITERATURA No presente capítulo, faz-se uma discussão teórica, buscando as ideias de vários autores sobre a temática do trabalho e o entendimento dos autores do trabalho. 3. Conceituação 3.1.Recursos hídricos De acordo com Júnior (2004), a parcela renovável de água doce da Terra é de cerca de 40.000 km3 anuais, correspondendo à diferença entre as precipitações atmosféricas e a evaporação de água sobre a superfície dos continentes. Nem todo esse volume, entretanto, pode ser aproveitado pelo homem. Quase dois terços retornam rapidamente aos cursos de água e aos oceanos, após as grandes chuvas. O restante é absorvido pelo solo, permeando suas camadas superficiais e armazenando-se nos aquíferos subterrâneos, os quais, por sua vez, serão as principais fontes de alimentação dos cursos de água durante as estiagens. A parcela relativamente estável de suprimento de água é, portanto, de pouco menos de 14.000 km3 anuais. Essa parcela de água doce acessível à humanidade no estágio tecnológico actual e a custos compatíveis com seus diversos usosé o que se denomina “recursos hídricos”. Com trecho acima, percebe-se que os recursos hídricos são definidos como uma parte de água doce usada pela humanidade. 3.2.Bacia Hidrográfica Segundo Sotaria apud Yoshizane (2005), bacia hidrográfica é a superfície do terreno, drenada por um rio principal com seus afluentes e subafluentes. A ideia de bacia hidrográfica está associada à noção da existência de nascentes, divisores de águas e características dos cursos de água, principais e secundários, denominados afluentes e subafluentes. Massingue apud o Zaag (2007), define bacia hidrográfica como sendo uma área definida topograficamente, drenada por um curso de água ou por um sistema interligado de cursos de água, tal que, todos os caudais efluentes sejam descarregados através de uma única secção de referência da bacia. No que concerne às definições de bacia hidrográfica dos autores acima, percebe-se claramente que esta não é mais um espaço drenado por um determinado rio com os seus afluentes. 4 3.3.Localização de Moçambique Moçambique situa-se na costa Este da África, entre as latitudes 10°20’ e 26°50’S, e entre as longitudes 30°12' e 40°51' E. O país cobre uma área de 799,380 km², apresentando uma longa costa de 2 770 Km e faz fronteira à Norte com a Tanzânia, à Oeste com o Malawi, Zâmbia, Zimbabwe e Suazilândia e à Sul com a África do Sul, numa extensão de fronteira terrestre de 2470 Km. 3.4.Recursos Hídricos de Moçambique De acordo com Muaievela apud Taucale, (2002), em Moçambique existem 104 bacias de rios principais (das quais 9 são bacia de rios transfronteiriços. Com excepção da bacia do rio Rovuma, em todas outras o país localiza-se mais a jusante em relação aos outros ripários. Segundo Sotaria (s/a), das bacias hidrográficas principais que drenam o país são de destacar de norte a sul as seguintes: Rovuma, Messalo, Montepuez, Lúrio, Monapo, Ligonha, Licungo, Zambeze, Pùngué, Búzi, Save, Govuro, Inharrime, Limpopo, Incomáti, Umbeluzi Tembe e Maputo e recebe mesmo nome das bacias. Os grandes cursos de água moçambicanos são de abastecimento predominantemente pluvial, de regime periódico, apesar de a maioria dos seus afluentes serem de regime ocasional, como aponta Sotaria (s/a). Com excepção do rio Rovuma, que serve de fronteira natural com a Tanzânia, Moçambique localiza-se no último troço de todos os rios internacionais, o que revela a sua dependência de água, relativamente aos países a montante. Na região sul do país, a dependência é maior se se considerar que apenas 10% do escoamento dos respectivos rios é originado pela chuva. As oscilações do caudal dos rios ao longo do ano são condicionadas por factores climáticos, registando os máximos na época das chuvas e os mínimos na estação seca. Nas terras altas os rios possuem grande capacidade erosiva e constituem cascatas, limitando por isso a navegabilidade. Nas planícies, formam meandros e depositam as suas aluviões ou formam lagoas e pântanos. Para além do relevo, a natureza dos solos também influencia o caudal, a estrutura e o padrão da rede hidrográfica (SOTARIA, s/a). 5 Figura 1: Bacias hidrográficas Fonte: SOTARIA (s/a) A maior bacia hidrográfica de Moçambique é a bacia transfronteiriça do rio Zambeze, localizada na região central, englobando cerca de 50% do escoamento total médio anual e 75% do escoamento médio total proveniente dos países ripários. 3.5.Capacidade de Armazenamento de Água Muaievela (2010), aponta que a maioria dos rios apresenta regimes torrenciais com altas vazões (ou caudais) durante os meses de Dezembro, Janeiro, Fevereiro e por vezes Março e baixos caudais nos restantes meses do ano correspondendo às épocas chuvosa e seca, respectivamente. O regime torrencial desses rios traz sérias dificuldades para o seu uso continuado sem armazenamento. De 6 acordo com a Muaievela, apud Barros (2009), as barragens são indispensáveis para o aproveitamento dos recursos hídricos de Moçambique. A capacidade de armazenamento total do país é cerca de 56.000 mm3, com capacidade usual de 45.000 mm3, o que corresponde a 21% da média anual do escoamento dos rios do país (MUAIEVELA apud Barros, 2009). A distribuição dessa capacidade de armazenamento é irregular. Cerca de 90% da capacidade encontra-se na barragem de Cahora Bassa no rio Zambeze. Excluindo a barragem de Cahora Bassa, a água armazenada disponível por pessoa e por ano é de cerca de 330 m3 (MUAIEVELA apud Barros, 2009). Figura 2: Armazenamento per capita de água em alguns países Fonte: MUAIEVELA (2010) Estes fatos mostram que embora Moçambique não seja considerado um país com escassez de água, sua distribuição irregular e a fraca distribuição da capacidade de armazenamento, colocam-no numa situação crítica em termos de disponibilidade. Daí a necessidade de aumento de infraestruturas de armazenamento. 3.6.Demanda de água Segundo Massingue (2014) apud DFID (2003) a demanda de água é definida como o volume de água requerido pelos usuários para satisfazer as suas necessidades, ou o número de pessoas que 7 pode utilizar água se tiver oportunidade. A demanda representa o output ou a quantidade de água que sai de um rio, lago, lagoa, dos vários rios de uma bacia hidrográfica ou de aquíferos. Salienta- se a existência da demanda natural que é a quantidade de água utilizada pelos organismos vivos, animais e vegetais não domesticados. 3.7.Cálculo da demanda de água para o uso agrícola Segundo Massingue (2014) apud FAO (1995), existem dois métodos, que podem ser utilizados para determinar a demanda de água para irrigação, que consistem em equações empíricas, que são usadas para validar uma experiência realizada no passado, ou seja, estas equações baseiam-se em experiências passadas. As equações empíricas podem dividir-se em dois métodos que são as estimativas aproximadas e detalhadas. O método das estimativas aproximadas, estima as demandas de irrigação por cultura e por cada área explorada: Onde: NAR - são as necessidades de água para a rega; DOT - é a dotação de rega; Perc - é a % da área ocupada pela cultura; Área - é a área total e; Efic - é eficiência da rega que é fixada em 40% de acordo com a classificação da (FAO, 2004). A dotação de rega duma espécie de cultura em m3/ha é dada pela fórmula: Onde: Kc - é o coeficiente cultural; 8 Eto - é a evapotranspiração e: Pe - é a precipitação efectiva. O cálculo da precipitação efectiva é dado de acordo com o método da (FAO,2004), em que: Em que P, é precipitação. Onde: Di – é a demanda de água para o uso agrícola (Mm3); A – é a área de cultivo (ha) e; Dliqd – é a quantidade de água aplicada a cada cultura a diferentes profundidades e durante todo o ciclo (m3/ha). 3.8.Cálculo da demanda de água para o uso doméstico Segundo Massingue (2014) apud HIGGINS (2000) existem dois métodos para avaliar a procura interna de água e uso rural, que são os métodos directos e indirectos. Quando a quantidade de água consumida é calculada a partir do tamanho da população e níveis de demanda estimadas em termos de consumo per capita é designada de método indirecto, como mostra a fórmula a seguir: Onde: Qd – quantidade de água demandada para consumo doméstico por ano; Pt – número total de pessoa; 9 𝑞𝑝 𝐶 – consumo per capita de água e; 365 – número de dias por ano. Os métodos directos consistem em pesquisas sócio-económicas e técnicas participativas, que são utilizadas para estimar a demanda actual e futura utilização. Vários países da África Austral mostram que o cálculo da demanda de água para o consumo doméstico é em função do nível de vida. Este depende da população, renda familiar, educação, actividade agrícola, tipo de habitação e número do agregado familiar. 3.9.Cálculo da demanda de água para o gado Segundo Massingue (2014) apud DFID (2003), a estimativa do consumo total de águados animais é relativamente simples. A avaliação do consumo dos animais deve ser realizada, usando dados típicos de água do consumo per capita para cada tipo de animal e determinando o número de cada tipo de gado na área que está sendo avaliada. Para estimar a quantidade da água necessária para o abeberamento do gado, é apresentada a seguir a equação: Onde: Dg – é a demanda de água para o abeberamento do gado (Mm3); Y – é o número de animais; Cp – é o consumo de água por cabeça por dia. Para o gado bovino, suíno e caprino, assumiu-se um valor de 40, 10 e 5 litros/cabeça/dia respectivamente e; Ano – é respectivo aos dias do ano (dias) 3.10. Demanda de água para o meio ambiente Há uma variada gama de métodos disponíveis para avaliar os fluxos, baseado em: índices hidrológicos simples, simulações hidrológicas, análise de dados históricos e técnicas de simulação de respostas biológicas, frequentemente chamadas de métodos de simulação do habitat. Estes 10 métodos são dependentes do tipo de rio, se é perene ou intermitente. (MASSINGUE, 2014 apud ALVES, 1994). 3.11. Disponibilidade hídrica É a quantidade de água disponível num curso de água. A avaliação da disponibilidade hídrica é fundamental para definir se os recursos hídricos disponíveis suportam as demandas desejadas (MASSINGUE, 2014 apud SANTOS, 2001). A avaliação da gestão dos recursos hídricos é fundamental para essas duas questões, subsidiando a tomada de decisão quanto a hierarquização de intervenientes numa determinada bacia. Também pode ser determinada visando suprir uma demanda específica ou visando a estabelecer políticas públicas. A sua determinação consiste fundamentalmente no cálculo do balanço hídrico que se baseia em elementos de entrada, saída e armazenamento, como mostra o esquema a seguir: Figura 3: Esquematização do Balanço hídrico Fonte: MASSINGUE (2014) Sotaria (s/a), aponta que das principais bacias hidrográficas existentes em Moçambique, (Rovuma, Messalo, Montepuez, Lúrio, Monapo, Ligonha, Licungo, Zambeze, Pùngué, Búzi, Save, Govuro, Inharrime, Limpopo, Incomati, Umbeluzi, Tembe e Maputo) cada uma apresenta as suas características e este aspecto remete a diferentes usos das mesmas. Nesta senda, os rios são a principal fonte de água em Moçambique, estimando-se a existência disponível, em média, cerca de 216.000 de m3 por ano. Deste valor, 54% das águas são originadas fora do país, das quais 76% provêm do rio Zambeze. 3.12. Águas subterrâneas Ainda no estudo dos recursos hídricos, destacam-se também as águas subterrâneas que de acordo com Sotaria (s/a) são todas as águas que ocupam todos os espaços vazios de uma formação geológica, os chamados aquíferos e estes por sua vez, são formações geológicas subterrâneas que funcionam como reservatório de água, sendo alimentado pelas chuvas que se infiltram no subsolo. 11 Segundo Sotaria apud MICOA, (s.a), em Moçambique existem três unidades hidrogeológicas favoráveis à exploração deste recurso, que está de certa forma relacionado com os principais tipos de formações rochosas que ocorrem em Moçambique, sendo elas: as formações geológicas do Complexo Cristalino, as formações do Karroo e as formações sedimentares do Pós-Karroo; sendo que estas últimas têm uma ocorrência limitada, pelo facto de que cerca de 60% da área do país predominarem rochas impermeáveis. 3.13. Importância dos recursos hídricos De acordo ESTRATÉGIA NACIONAL DE GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS (2007), a água tem um valor económico como também valores ambiental, social e cultural. Por isso é importante para o desenvolvimento económico e redução da pobreza. O documento acima aponta ainda que tomando em conta o valor social da água e em linha com o conceito da água como um bem económico, a Política Tarifária da Água é guiada pelo princípio de utilizador e poluidor -pagador, - equidade, conservação ambiental, uso eficiente da água, descentralização e gestão participativa. A promoção da sustentabilidade económica e financeira dos sistemas de abastecimento de água e das instituições de gestão, manutenção e gestão a curto prazo. 3.14. Modelo de Gestão de Recursos Hídricos Para a gestão dos recursos hídricos, foram criados mecanismos legais e institucionais. 3.14.1. Mecanismos Legais Muaievela (2010), aponta os instrumentos legais para a gestão dos recursos hídricos os seguintes documentos: a Lei das Águas de 1991, a Política Nacional de Águas de 1995 e revisada em 2007, Política Tarifaria de Águas de 1998 e um conjunto de Decretos. 3.14.1.1. Lei das Águas de 1991 A Lei das Águas de 1991 considera como domínio público hídrico as águas interiores, as superficiais e os respectivos leitos, as subterrâneas, e são propriedade do Estado-Nação. Constituem ainda domínio público hídrico as obras, equipamentos hidráulicos e suas dependências realizadas pelo Estado-Nação ou por sua conta. 12 A Lei introduz a descentralização na gestão dos recursos hídricos, cooperação institucional, participação pública na tomada de decisão, licenciamento no uso da água, princípio de poluidor pagador, o papel do sector privado no desenvolvimento dos recursos hídricos, cooperação internacional em rios compartilhados, bacia como unidade de gestão dos recursos hídricos e a necessidade da preservação, uso eficiente e sustentável dos recursos hídricos e as prioridades no abastecimento (LEI DA ÁGUA, 1991. 3.14.1.2. Política Nacional de Águas de 2007 A Política Nacional de Águas revisada de 2007 preconiza em seus objetivos a redução da vulnerabilidade a cheias e secas através de uma coordenação e planejamento, uso de medidas estruturais e não estruturais em áreas ciclicamente afectadas; promoção da paz e integração regional e garantia de recursos hídricos para o desenvolvimento de Moçambique através da gestão conjunta da água em bacias hidrográficas compartilhadas (MUAIEVELA, 2010). 13 CAPÍTULO III: REVISÃO DA LITERATURA 4. Conclusão “Na natureza nada é nosso, é tudo tesouro para o amanhã”, com esta frase deixamos ficar as nossas palavras conclusivas, fazendo perceber que é papel de cada um fazer a sua parte na preservação dos recursos hídricos para as gerações futuras. O aproveitamento correcto ou a não poluição dos recursos hídricos é um dos factores que contribui positivamente no bem-estar de uma comunidade, país ou continente. A poluição dos recursos hídricos decorre das actividades e atitudes inadequadas adoptadas pelo homem, que podem até ser actos pequenos. Quanto mais poluímos, menos recursos teremos disponíveis e obter um recurso hídrico limpo fica cada vez mais caro. Como consequência, verifica- se escassez de água potável em alguns pontos do nosso país porque a água dos aquíferos vem sendo poluído de uma forma rápida. 14 5. Referências Bibliográficas DILLY, Jaqueline et al. A Indústria de Transformação e o Meio Ambiente. Universidade Federal de Pelotas UFPel). S/A; JÚNIOR, José, S. P. Recursos hídricos – conceituação, disponibilidade e usos. Câmara dos Deputados – Praça 3 Poderes, Consultoria Legislativa. 2004; LIMA, Jorge, E.F.W. Recursos hídricos no Brasil e no mundo. 1ª Edição. Embrapa Cerrados, Planaltina. 2001; MASSINGUE, Alberto Ricardo. Avaliação do processo da gestão integrada dos recursos hídricos (Estudo de caso: Bacia do Rio Limpopo-Moçambique). Vilankulo, Universidade Eduardo Mondlane. 2014; MUAIEVELA, Nordino, M. Gestão de recursos hídricos de bacias de rios transfronteiriços: análise do grau de atendimento à demanda de água na bacia do rio Incomáti em Moçambique. Rio de Janeiro: UFRJ/COPPE, 2010; REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE. Estratégia nacional de gestão de recursos hídricos. Conselho de Ministros, Moçambique. 2007 SOTARIA, Geraldo, Cardoso. Manual do curso de licenciatura em Gestão ambiental. S/ed. Instituto Superiorde Ciências e Educação a Distância (ISCED), Beira-Moçambique. S/A.
Compartilhar