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Diabetes · Definição · É um aumento sérico da glicose, acima do limiar renal de absorção · Cursa com glicosúria · Tipos: · Não há resposta eficaz a insulina (resistência a insulina) · Tipo II · Ausência de insulina para transportar glicose para dentro da célula · Tipo I · Espécies: · Cães Normalmente insulino-dependentes · Cães apresentam processo autoimune contra pâncreas (Tipo I) · Possuem uma alteração imunomediada contra o pâncreas (ilhotas de Langerhans), onde estão as células beta, que são as resposáveis por produzir a insulina · Raças predispostas: · Pinscher · Schnauzer · Poodle · Cães serão para sempre diabéticos · A não ser em casos de diabetes transitória relacionada ao diestro, onde as fêmeas fazem hiplerglicemia · Raro de acontecer, normalmente vão se tornar fêmeas diabéticas no futuro · Gatos Normalmente insulino-resistentes · Doença de meia idade a idoso · Está bastante relacionada com a obesidade por conta da resistência à insulina · Gatos machos castrados apresentam maior chance de desenvolver diabetes · Machos castrados > Fêmeas castradas > Fêmea inteira · Gatos com comorbidades também fazem resistência insulínica · A insulina pode até ir até aos tecidos periféricos e entrar se ligar ao receptor, porém ela perde a capacidade de ativar os mediadores pós receptores, fazendo com que os canais não se abram · A diabetes por ausência de insulina (Tipo I) é uma doença de cão adulto e idoso · Fatores predisponentes · Obesidade · Causa resistência insulínica · Dieta · Dietas de alto índice glicêmico · Comorbidades · Hiperadrenocorticismo · Fêmeas (cães) · Como possuem ciclos curtos com períodos de diestros (P4 alta), elas vão ter resistência insulínica · Motivo pelo qual se castra fêmeas com diabetes · Genético · Há importante componente genético envolvido ~ · Fisiopatogenia · Glicose (que vem da alimentação Aumenta a glicose sanguínea Pâncreas secreta insulina · Insulina vai na célula e ativa o receptor que abre os canais que permite a entrada de glicose, entrando junto com potássio · Para que essa abertura dos canais aconteça, na hora que a insulina se une ao receptor ela ativa mediadores que permitem a abertura de canais para que haja a entrada de glicose e potássio · A glicose então entra para a célula · Tecidos principais: Muscular, adiposo, SNC e região periférica · O excesso de glicose, o que não é utilizado pela a célula, é armazenado no fígado em forma de glicogênio e no tecido adiposo, na forma de gordura · Casos de jejum prolongado ou exercício, a glicose da circulação começa a cair, então o pâncreas produz glucagon (células alfa das ilhotas de Langerhans) · O glucagon que cai no fígado faz com que libere glicose para a circulação, para manter os níveis de glicose · Quando a glicose não entra na célula, ela fica alta no sangue · Se ela fica alta há um estímulo nas células beta para a produção de mais insulina, porém o pâncreas se encontra em fadiga pancreática · Pode acontecer também de no pâncreas quando há a secreção de insulina, há a secreção de uma substância chamada amilina, que é produzida normalmente pelo pâncreas · Essa substância em excesso degenera e da origem a amiloide · Há então a deposição de amiloide no pâncreas, fazendo uma amiloidose pancreática, destruindo o pâncreas, entrando então em processo de fadiga pancreática + o processo de degeneração · Hiperinsulinemia pós prandial · Animal come alimento com alto índice glicêmico, disponibilizando glicose muito rápido · A glicose sobe rapidamente na circulação fazendo o pâncreas produzir uma quantidade muito grande de insulina de uma vez · O que ocorre com os receptores de insulina para pararem de funcionar? · Quando um gato tem uma comorbidade, ele pode desenvolver alterações do cortisol, resistência insulínica periférica. · A obesidade + comorbidades + falta de exercícios faz a resistência insulínica periférica · A insulina pode entrar no receptor, porém não ativa ele, não entrando glicose na célula · Como se a célula teoricamente não estivesse precisando daquela energia · Cães não possuem forma insulino-resistente? · Normalmente toda a diabetes inica da forma insulino-resistente, por conta de uma alimentação inadequada, falta de exercícios ou obesidade. · A insulino-dependência quer dizer que ele vai necessitar de insulina para o resto da vida, porque a partir de uma momento que o processo de instala e há a destruição do pâncreas se torna um processo irreversível · Gatos se tornam insulino-dependentes em casos que não há forma de remissão no caso · Se são insulino-dependentes por que a insulina não possui mais efetividade? · Pois cães possuem um processo de degeneração contra o pâncreas, fazendo com que as células betas não consigam produzir mais insulina, porém ainda há receptores · Em gatos não adianta apenas utilizar a insulina, pois eles possuem um problema no receptor · Então deve-se mudar dieta, estimular atividade física · Como gatos são tratados com insulina se são insulino-resistentes? · Os gatos que vão a tratamento são animais que já não produzem mais insulina, porém você necessita tratar o que está causando a resistência à insulina periférica · O objetivo do tratamento do gato é que ele volte a produzir a insulina sozinho e que se torne diabético subclínico · Hormônios diabetogênicos · Cortisol · Fontes de cortisol · Se paciente recebe corticoide exógeno por problema de pele, por exemplo · Progesterona · Hormônio da tireoide · GH (Hormônio do crescimento) · Doença chamada acromegalia · Excesso de GH leva ao gato ficar diabético · Tratamento com as maiores doses de insulina, pois não há tratamento definitivo · HAC, doença imunomediada, atipoa, faz uso de anticoncepcional, esteja em diestro (P4 alta) e hipertireoidismo · Principais comorbidades · Sinais clínicos · Paciente só demonstra sinal clínico a partir que a glicose aumentada ultrapassa o limiar renal · Cães 220 a 250 · Gatos até 280 (se não tiver doença renal prévia) · Quando a glicose aumenta acima desses valores, o rim começa a perder glicose pela a urina, levando com ela água fazendo diurese osmótica · Paciente começa a apresentar sinais de poliúria e polidipsia · Animal apresenta quadro de polifagia com perda de peso · Pois para ter inibição do centro da fome, deve entrar glicose dentro da célula, então os hormônios da saciedade não são produzidos · A perda de peso ocorre pois não há insulina para depositar gordura no tecido adiposo · Além disso, a glicose não está entrando na célula, então animal começa a mobilizar tecido adiposo como fonte de energia, levando ao emagrecimento · Essa quebra de gordura vai liberar na circulação alguns derivados, como os beta-hidroxibutirato e cetonas · Pode-se dosar beta-hidroxibutirato Quando estiver alto já é indicativo que paciente está se tonando diabético · Esses metabólitos vão se depositar no fígado, causando degeneração gordurosa, hepatomegalia e produção de corpos cetônicos que serão eliminados na urina (cetonúria) · O aumento de corpos cetônicos causa acidose metabólica · Animais podem apresentar cistites decorrentes · Pois com a saída de glicose pela a urina, acaba se tornando meio de cultura · Alguns podem apresentar hematúria · Animais com cetonúria podem apresentar acidose metabólica · Glicose alta (muitas vezes imensurável), quantidade elevada de corpos cetônicos com quadro de desidratação · Paciente com cetoacidose diabética · Animais podem apresentar cegueira súbita · A glicose em excesso no olho se deposita em forma de sorbital, fazendo com que atraia água para dentro do cristalino · Cristalino sofre uma desestruturação, fazendo com que desenvolva catarata · Mais comum em cães · Diabéticos são pacientes que possuem imunidade comprometida, acabam fazendo piodermites recorrente · Excesso de quebra de gordura leva a um aumento de colesterol e triglicérides na circulação, havendo um aumento excessivo de glicose chamado de glicotoxidade, pois ela é tóxica para o próprio pâncreas acelerando a destruiçãopancreática · Pacientes que tem poliúria podem se tornar DRC e vir desenvolver pielonefrite · Gatos fazem neuropatia periférica · A glicose é tóxica para os neurônios motores periféricos · Vão apresentar posição plantígrada · Tarso achinelado · Podem apresentar resistência a subir em lugares · Diagnóstico · É mais fácil de diagnosticar em cães do que em gatos · Pois gatos fazem hiperglicemia por estresse · Faz aumento de glicose sérica decorrente de estresse (pode ser pelo ambiente) · Cães · Animal deve chegar em jejum · Medir glicose · Urinálise · Para ver glicose na urina, corpos cetônicos Glicemia alta + glicosúria + sinais de diabetes Cão diagnosticado com diabetes · Gatos · Por conta da hiperglicemia por estresse é mais difícil o diagnóstico · Medir glicose · Urinálise · Frutosamina · É um aminoácido, albumina glicosilada · A frutosamina estima quanta glicose estava no período de duas semanas atrás · Se há picos de glicose, ocorre a glicolisação de albuminas, fazendo com que a frutosamina esteja alta · Outros exames complementares · Hemograma · Leucocitose dependendo de comorbidades · Desidratação · Aumento de hematócrito · Aumento de proteínas · Ureia e creatinina · Por conta da diurese osmótica, depende do grau de DRC · Vão estar diminuídos · Perfil hepático · FA · AST · GGT Aumentados · ALT · Lipidograma · Aumento de triglicérides e colesterol · Urinálise · Presença de corpos cetônicos · Glicosúria · +++ -> acima do perfil de reabsorção · Ausência de glicose na urina vai mostrar a eficácia do tratamento · Hemoglobina glicosilada · Mais eficiente que a frutosamina · Mostra até 2 meses como estava a glicose · Tratamento · Pacientes com menos de 360 de glicose · Fazer 0,25 UI̸Kg · Pacientes com mais de 360 de glicose · Fazer 0,5 UI̸Kg · Cães: · Utilizar insulina NPH insulina intermediária · Sempre devem comer antes de aplicar a insulina · Pois possui ação em 6 a 8h e caso o animal não coma, vai fazer hipoglicemia · Gatos: · Utilizar insulina PZI ou glargina ação lenta · A glargina possui ação mais prolongada · Se deposita como se fosse uma cristalização no subcutâneo e libera de forma ao longo do dia · Recomendações com a insulina · Pedir para proprietário levar uma seringa de 30 UI, ensinar a ele puxar e aplicar a insulina no subcutâneo · Ensinar a dar glicose na orelha, pé ou mucosa da boca · Ideal fazer todo dia de manhã e a noite · Recomendar a compra de um glicosímetro · Dar uma escala com os dias para ele anotar os valores da glicose · Se conseguir medir a cada 4h é o ideal · A insulina apenas dura 1 mês na geladeira · Não pode sacudi-la · Não pode ficar na porta da geladeira · Caso o proprietário não lembre se já aplicou a insulina, não deve dar outra dose · Animal apresentou diarreia, vômito, mudança de comportamento ou alguma doença, não deve aplicar a insulina e levar ao veterinário · Dieta · Gatos é essencial para tentar remissão · Deve-se retirar toda a fonte de carboidrato · Não possuem restrições com horários por conta da ação lenta da glargina · Cães podem fazer uso de ração diabética ou alimentação natural específica · Comida a cada 12h para cães · Após comer, aplica insulina · Água · Monitorar a ingestão de água · A quantidade de urina tem que diminuir · Animal deve ganhar peso · Exceto em casos de obesidade · A polifagia tende ficar mais controlada e curva glicêmica retorna em torno de 10 dias · Curva glicêmica · Possui importância para terminar: · Comprometimento do proprietário · Adequação da dose de insulina · Resistência insulínica · Duração do efeito da insulina · Horário de aplicação · Proficiência do proprietário na aplicação da insulina · Animal deve estar adaptado a nova dose de insulina · Demora de 7-10 dias para a adaptação · Deve-se coletar amostras sanguíneas a cada 2h para a mensuração da glicemia, iniciando a primeira coleta antes da administração de insulina · Insulinas de ação intermediária Curva de 12h · Insulinas de ação lenta Curva de 24h · Os pacientes devem ser alimentados com sua dieta padrão e no horário habitual durante o processo · Faz-se a curva glicêmica e re-dosa em 10 dias Essa será a curva glicêmica efetiva · Curva glicêmica ideal · Possui formato de sino invertido com nadir (ponto mais baixo) ocorrendo no meio do caminho entre as injeções de insulina · Na maioria dos casos, a concentração inicial de glicose próxima ao horário de administração de insulina é de 300mg̸dL · O nadir da glicemia ocorre de 8 a 10 horas após a administração de insulina · O valor máximo da concentração de glicose sanguíneo ocorre no momento de cada aplicação da insulina · Nadir for maior que 150mg̸dL Dose de insulina deve ser aumentada · Nadir menor que 80mg̸dL Dose de insulina deve ser diminuída · Efeito Somogy · É resultante de uma resposta fisiológica normal a uma dosagem excessiva de insulina · Quando a concentração de glicose sanguínea diminui para valores inferiores a 65mg̸dL ou quando a concentração sanguínea cai rapidamente · Independente do nadir, ocorre uma estimulação direta da glicogenólise hepática induzida pela hipoglicemia e pela secreção dos hormônios diabetogênicos, minimizando os sinais de hipoglicemia e causando hiperglicemia evidente nas próximas 12h pelos mecanismos de feedback da glicose Resistencia insulínica Causas Hiperadreno junto, não consegue estabilizar glicose nesse caso senão tratar o hiperadreno, não consegue estabilizar, todos os outros fatores já estão descartados, investigar o hiperadreno (teste de supressão em baixas dose de dexametasona). Hipertireoidismo (Gato) Medicação- corticoide Pancreatite(Gato) Estresse alto que libera cortisol Acromegalia (Gato) Todas as doenças que secretarem hormônios diabetogenicos podem levar a resistência a insulina: cortisol, hormônios da tireoide, hormônio do crescimento, epinefrina, adrenalina, progesterona.
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