Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Diabetes não está apenas relacionada ao consumo em excesso do açúcar Feed-back do consumo do açúcar em condições de omeostase vai depender da insulina, hipotálamo e glucagon Pâncreas endócrino é o responsável pela produção de hormônios: • Insulina – pega o açúcar do sangue e leva para a célula. Precisa realizar esquema de chave-fechadura com a membrana da célula alvo • Glucagon – tira o açúcar das reservas e coloca novamente no sangue • Somatostatina • Polipeptídeo pancreático Não existe consumo de açúcar que faça por si só que o esse açúcar chega na célula Glicose é o principal combustível para os ciclos mais básicos a nível celular • Ex: ciclo de Krebs, glicolise Insulina carrega a molécula, se liga a proteína para a membrana permitir a entrada da molécula de glicose. Sem a insulina mesmo que o nível de açúcar no sangue seja alto não irá ter como entrar na célula Como a insulina é um hormônio protéico sua falta na corrente sanguínea pode estar relacionado a uma falha na sua produção, e não ser diretamente ligado ao consumo de açúcar Glicose Glicemia = quantidade de açúcar no sangue Principal fonte de energia (não é a única) Precursor energético e de outros componentes extremamente importantes no organismo • Aminoácidos, ácidos nucléicos e lipídios Catabolizador de reações básicas no organismo Não existe vida de mamíferos sem o consumo adequado de glicose de forma prolongada Quem metaboliza a glicose é o fígado • Forma o glicogênio • Faz a neoglicogênese – quebra do glicogênio Doenças hepáticas e pancreáticas estão intrinsecamente relacionadas Valor normal da glicose cães e gatos = 60 a 120 mg/dL • Valor referente não só da glicemia do paciente, mas também de outras fontes de glicídios. Como a glucosamina, ou outros locais onde essa glicose pode se instalar, como a hemoglobina glicada O controle da glicose se situa no hipotálamo • Reconhecimento que precisa haver ingestão de açúcar Se há algum problema ocorrendo no hipotálamo (principalmente em casos de processos neoplásicos) que se revelam na incapacidade de reconhecimento de que os níveis de açúcar estão baixos, vai começar a não ter necessidade de consumo de açúcar. Essa ilha de células presentes no hipotálamo que faz o reconhecimento da necessidade da presença de açúcar no sangue é chamada de Glicostato O hipotálamo vai liberar mediadores que vão induzir a liberação do Glucagon Glucagon = hormônio responsável por tirar o açúcar da reserva de energia que está no fígado para levar até a circulação Células de Langerhans= controla onde está o controle da produção e liberação de glucagon e produção e liberação de insulina Diabetes Mellitus Diabetes Mellitus O termo diabetes se refere a qualquer processo de doença que leve a um quadro de poliúria e polidipsia compensatória. Mellitus devido ao açúcar É um processo crônico progressivo Paciente vai cursar com Hiperglicemia = aumento de açúcar no sangue • Mas não necessariamente esse aumento se dá pelo aumento da ingesta de açúcar, mas pode exemplo pela incapacidade de ter a produção de insulina que levaria este componente a célula • Ou ocorre a produção da insulina mas ela não consegue se ligar a célula alvo Logo se tem açúcar demais no sangue vai ter glicosúria na urina O corpo não foi feito para eliminar açúcar, logo com o aumento dos níveis de glicose o hipotálamo irá sinalizar para a insulina que deve armazenar esse excesso, reserva de energia Diabetes tipo 1 Também conhecida como diabetes do gato, por ter maior incidência nessa espécie Insulina dependente Tratar o paciente com administração de insulina, ou ele morre. Já que ele não produz ou produz muito pouca insulina, perda da integridade das células de Langerhans Paciente com diabetes mellitus dependente de insulina = não produz nada de insulina Paciente com diabetes mellitus temporariamente não dependente de insulina= produz pouca insulina e precisa ser constantemente monitorado Patologias que favorecem o surgimento: • Pacientes com neoplasias pancreáticas • Pacientes com doença autoimune com deposição de anticorpo sobre o pâncreas Diabetes tipo 2 Também conhecida como diabetes do cão, maior prevalência nessa espécie Ao longo da vida o animal possuía uma dieta com fornecimento elevado de açúcar ou fornecimento repentino Picos de liberação de insulina muito grande – começa a acontecer uma resistência insulínica periférica A insulina não consegue mais se ligar a membrana celular, o chave-fechadura não consegue mais acontecer pela grande quantidade de insulina que chega nessa célula. Falha na ligação química da insulina com a célula algo Precisa tomar diferentes tipos de insulina, pois a insulina endógena não é mais eficiente Tem um aumento e redução de insulina no organismo de forma constante Diabetes tipo 3 Também conhecida com diabetes derivada de outras doenças Na rotina veterinária é a frequente diabete ocasionada no paciente com hiperadrenocorticismo (mais comumente ligada ao cão) Glicotocixidade Um dos grandes problemas do paciente diabético não é a falta da presença do açúcar na célula, mas o aumento crônico do açúcar presente no sangue causa glicotoxicidade A célula informa ao hipotálamo que precisa de açúcar, ele vai ativar o glucagon para quebrar a molécula mas não terá insulina para fazer o açúcar entrar na célula. Por isso a célula vai continuar pedindo por mais açúcar, que irá elevar a quantidade no sangue pos a insulina não está presente para fazer com que ele entre na célula Infusão do açúcar em locais indesejados vai causar o fenômeno da glicotoxicidade Alguns carboidratos são moléculas grandes, muito soluto dentro do sangue (muito açúcar), precisa colocar o excesso de soluto para fora ou consumir mais água, levando ao desequilíbrio hidroeletrolítico Incapacidade de cicatrização pela impregnação do açúcar em leito vascular causando vasculite, a inflamação crônica vai formar a cascata de coagulação a todo momento de forma ineficaz Sendo assim o paciente com diabetes é mais sujeito a doença cardiovascular e tromboembólicas Necrose de extremidade, pois o açúcar se instala no leito vascular periférico Resistência insulínica e redução da insulina = quando a célula reconhece que a elevada concentração de açúcar está causando uma mudança de osmolaridade e passa a não querer mais receber esse açúcar Diabetes em gato O principal é a diabetes tipo 1, mas pode ocorrer e cães também Tem diminuição da secreção ou aumento dos risco dos fatores de resistência Sabe-se que o gato tem o fator de predisposição genética Macho tem maior ocorrência que fêmeas, pois geralmente são semi domiciliados Quando a falha é por falta de síntese de insulina, a amiloidose se revela com deposição de imunocomplexo e de outras proteínas nas células de Langerhans Outros fatores como obesidade, processos infecciosos entres outros Em cães acredita-se que fatores genéticos e insulinite imunomediada sejam fatores preditivos para diabetes do tipo 1, mas outros fatores como a pancreatite pode desenvolver diabetes do tipo 2 Obesidade é o maior motivo da ocorrência de diabetes Paciente precisa ficar estável, pois não tem como substituir o pâncreas Disfunção diabética Hiperglicemia = paciente desenvolve hiperglicemia por resistência insulínica, incapacidade de liberação de insulina ou por alto consumo de açúcar Rins = o controle osmótico precisa colocar esse soluto (açúcar) para fora Desidratação Poliúria = tentativa de controle osmótico, urina com baixa densidade e tende a ser translúcida Polidipsia compensatória = quando desidrata ativas o centro da sedeCom a hiperglicemia as reservas de energia estão sendo eternamente consumidas pois a mitocôndria esta querendo que o glucagon leve o açúcar. A retirada de energia constante leva a remoção de reservas de açúcar do músculo, da gordura e do próprio fígado levando a perda de peso Se perde peso e quebra as reservas de energia, atua no centro da saciedade, paciente começa a comer muito Sendo clássico paciente que é magro e come bastante Se o açúcar não chega na célula mas fica circulante no sangue e vai ser constantemente eliminado pelo rim pode afetar os túbulos renais e causar uma lesão renal Quando o hipotálamo percebe que mesmo com a ação do glucagon não está sendo suficiente começa a quebrar outras reservas de energia como a gordura Com a quebra dessa gordura começa a liberar alguns catabólitos como os corpos cetônicos Acetilcoenzima A e Cetona são as derivadas dessa quebra O aumento da lipólise vai produzir energia porém a oxidação dos ácidos graxos vai fazer com que haja a produção de catabólitos indesejáveis Cetoacidose diabética= Alteração do pH sanguíneo Processo que vai acerar de acordo a demanda celular, onde as mitocôndrias vão continua querendo açúcar, o paciente vai estar caquético, fadigado e fraco O corpo cetônico vai queimar o rim que já está lesionado, pois vai ter uma alteração do pH intra renal – alteração de todas as reações químicas Como os corpos cetônicos são indesejáveis pelo organismo, ele passa a tentar expulsar, através da água – desidratando ainda mais o paciente, aumentando a concentração de corpos cetônicos, acidose grave e morte Sinais clínicos Hálito com cheiro de acetona Inapetência, desmaio Glicosúria, poliúria e polidipsia (desidratação) Centro da fome e centro da saciedade – polifagia Emagrecimento – no tipo 1 Diagnóstico Hiperglicemia de estresse no gato pode ser falso positivo para diabetes Glicemia – após 8 horas de jejum Dosagem de frutosamina – se o nível tiver elevado é porque o paciente não esta conseguindo levar açúcar para dentro das células Curva glicêmica – 1 a 2 horas/ ao longo de 10 a 12 horas em casa para gatos para diminuir os fatores de estresse, uso do glicosímetro, fura o coxin ou ponta de orelha Hemoglobina glicada – mais em humanos, alguns laboratórios veterinários podem fazer. Dosagem da glicose da hemácia, se dentro da célula ta com a glicose aumentada é um indicativo Tratamento Para diabetes tipo 1, sendo ela dependente total ou intotal de insulina, tem que tratar o que ocasionou. • Amiloidose, neoplasias apenas paliativos • Autoimune – corticóide Apara diabetes tipo 2 – pode levar a hiperglicemia transitória, tratamento com hipoglicemiante Paciente com resistência insulínica uso da insulina terapêutica Precisa descobrir se o pâncreas funciona de fato Objetivos do tratamento: Trata as manifestações clinicas Controlar a glicemia – sem hipoglicemia (quando o tutor faz a insulina sem alimentar o paciente, a hipoglicemia mata) Aumentar a sensibilidade periférica a insulina ao longo do processo fazendo diferentes tipos de insulina para o mesmo paciente Exercícios – ativação do metabolismo, acelera o metabolismo, a célula quer mais glicose e libera a insulina Insulina • Inibe a lipólise – em conseqüência a Cetoacidose • Inibe a continua quebra de glicose pelo fígado – que pode levar a falência do órgão • Inibe a glicotoxêmia Protocolos de insulinoterapia Classificar o paciente – se é pré diabético, tem pios de glicemia mas não é uma continuo hiperglicêmico. Faz hipoglicemiante Tratamento para gatos Dieta 45 a 50 kcal/kg/dia Hipoglicemiantes – sulfoniureias e glipizida por meses NPH ou lenta pode ser ineficaz 1 a 2 UI/gato, BID SC – 0,2 a 0,5kg/12h com a alimentação Insulina regular – cetoacidose diabética Insulina de longa ação – indesejáveis em SC Tratamento para cães Dieta baixa em carboidratos porém rica em fibras precisa fazer o animal ingerir água NPH ou lenta a longo prazo 1 a 2 UI/cão 0,5/kg/12h , BID SC junto com a alimentação Insulina regular começa rápido e termina rápido – quando o paciente chega com cetoacidose Insulina de longa ação é indesejável em SC Misturas – se o paciente começa a ter resistência Paciente com cetoacidose – fluidoterapia NaCl 0,9% suplementada com potássio, para produzir bases fortes e induzir o equilíbrio do pH sanguíneos, precisa ser feito IV e se o quadro se repete terá maior resistência Insulinoterapia: • IV com insulina regular ou de curta duração (2,2U/kg cão e 1,1U/kg gato em 250ml de solução salina) 10 horas • SC 0,1 a 0,4 Ukg/ de 4 horas até a regressão da cetoacidose Monitoração Outras doenças: pancreatite, hiperadreno, infecções, ICC, quadro mais acentuado Derivados da diabetes: • Vasculite • Inflamação crônica • Tromboembolismo • Dificuldade de cicatrização Atenção com o tutor com quadros de hipoglicemia, desmaio, fraqueza, falta de disposição, mucosa mais pálida Complicações: • Hipoglicemia • Neuropatia diabética – decorrente da impregnação da glicose nos vasos do sistema nervoso • Catarata (cães) – instantânea, após o pico de hiperglicemia • Anticorpos – no pâncreas • Hipertensão e nefropatia
Compartilhar