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CDC - ATIVIDADE AVALIATIVA

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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA
FERNANDA GUIDA SILVEIRA GASPAR
A MINERAÇÃO NO BRASIL
O COMÉRCIO DE JOIAS EM OURO
Rio de Janeiro
2020
A mineração corresponde à uma atividade econômica e industrial que consiste na pesquisa, exploração, lavra (extração) e beneficiamento de minérios presentes no subsolo. Essa atividade é uma das grandes responsáveis pela atual configuração da sociedade em que vivemos, visto que diversos produtos e recursos utilizados por nós são provenientes dessa atividade, como computadores, cosméticos, estradas, estruturas metálicas, entre outros.
Assim, é possível dizer que a mineração é indispensável ao desenvolvimento socioeconômico. Contudo, a atividade mineradora é responsável por diversos problemas provocados no meio ambiente.
No século XVII, os bandeirantes paulistas descobriram minas de ouro no interior do Brasil, primeiramente na região do atual estado de Minas Gerais. Durante a primeira década do século XVIII, muitas pessoas migraram para a região das minas. Entre essas pessoas se encontravam homens brancos europeus, colonos, africanos escravizados e indígenas e lá eles desenvolveram vários povoados, arraiais e vilas. Na mineração, isto é, na extração do ouro nas minas, utilizava-se o trabalho dos negros escravizados trazidos da África. As minas correspondiam ao local no qual os escravos eram mais vigiados por seus senhores, que visavam evitar o contrabando de ouro. Além da vigilância permanente, o trabalho escravo realizado na mineração apresentava péssimas condições. Muitos escravos não suportavam mais do que cinco anos nessa atividade; e rotineiramente aconteciam mortes prematuras relacionadas às condições de trabalho insalubre e aos acidentes de trabalho. Além das péssimas condições de trabalho, os negros escravizados enfrentavam carências de alimentação e sucumbiam à proliferação de várias doenças, ocasionando diversos óbitos.
O Setor de trabalho nas minas, continua um dos mais arriscados do setor industrial, com altos índices de acidentes graves ou fatais. Com a tarefa de extrair os recursos minerais a muitos metros abaixo da superfície do solo, os mineiros colocam suas vidas em risco por falta de preparo e de melhores treinamentos, e, principalmente, pela negligência das empresas as quais eles representam. Para fiscalizar a indústria de mineração acerca das medidas e precauções de segurança tomadas por elas, cada país possui uma agência que regulamenta especificamente a questão da segurança do trabalho no setor de mineração. No Brasil, temos a Agência Nacional de Mineração (ANM) é uma autarquia federal, vinculada ao Ministério de Minas e Energia, responsável pela gestão da atividade de mineração e dos recursos minerais brasileiros. Além de aprovar a legislação, cabe ao governo e seus órgãos competentes inspecionar regularmente as condições de trabalho nas minas e se certificarem de que os mineiros estão em condições seguras.
Os consumidores, em grande maioria, não sabem de onde vem suas joias, não sabem as condições de trabalho dos mineradores, que são altamente escravizados. Em uma pesquisa realizada pelo Conselho Mundial de Ouro, revelou que dois terços (66%) dos potenciais consumidores de ouro no mundo dizem que não possuem o conhecimento necessário para comprar ouro. É preciso aumentar o conhecimento sobre o ouro através da TV, da mídia impressa e social; é necessário ter uma educação de qualidade sobre os benefícios de possuir ouro; e, embora não seja uma questão comum agora, a próxima geração de potenciais compradores de ouro precisa saber mais sobre as credenciais éticas do setor. Isso mostra o quanto esse mercado é obscuro e secreto.
Desde a mineração, com o trabalho desumano, até as lojas, o ouro passa por diversos ourives ou por pessoas ilegais. Vimos na rua diversas propagandas de “compro ouro”, porém, não sabemos exatamente sua procedência. O consumidor fica sem ter todas as informações legais sobre esse produto, trazendo assim uma dúvida.
Em 2014, a Secretaria Municipal de Ordem Pública, juntamente com a polícia, interditaram 11 lojas que vendiam ouro em Copacabana ilegalmente. 
“Esse tipo de comércio irregular estimula pessoas que cometem atos ilícitos como roubos e furtos de cordões e anéis a ganharem dinheiro comercializando produtos roubados para estes estabelecimentos, disse o subsecretário de Ordem Pública, Marcelo Maywald.”
Acrescento ainda que, nas lojas interditadas foi encontrada uma oficina para fundir ouro, além de um botijão de gás, um maçarico e um cilindro de oxigênio armazenados de maneira irregular. Encontraram ainda, trabalhadores em situação degradante pelo contato direto com diversos componentes químicos, como o ácido sulfúrico, hidróxido de amônia e querosene, que também são inflamáveis e estavam armazenados inadequadamente.
No Brasil temos a Kinross Paracatu, Trans 70 Mineradora, Minerios de Ouro Branco LTDA e, tantas outras mineradoras no Brasil. Mesmo com uma rede farta de empresas, ainda há tráfico de ouro em nosso país.
 O Projeto de Lei 1842/19 prevê a criação de cadastro estadual de registro das pessoas físicas e jurídicas que atuam no comércio de compra e venda, fundição e purificação de joias usadas, ouro e metais nobres. O objetivo é comprovar a regularidade das operações realizadas. A proposta está em análise na Câmara dos Deputados. 
Atualmente, temos a Lei número 7005, de 15 de Maio de 2015, que dispões sobre o registro de estabelecimentos que atuam no comércio ou na fundição de ouro, metais nobres e joias usadas no âmbito do Estado do Rio de Janeiro. Temos também a Lei número 7.766, de 11 de Maio de 1989., que regula operações realizadas com o produto no Brasil. 
No Direito do Consumidor, temos diversos dispositivos que buscam proteger o consumidor, como por exemplo o artigo 18. A advogada Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste), explicou que a substituição nas compras em loja física só é assegurada pelo CDC quando há defeito no produto e não ocorre o reparo:
“Ocorre quando o consumidor pede a solução e a solução não vem. Neste caso, tem direito à troca ou a receber o dinheiro de volta. A recomendação é que, tão logo perceba o defeito, faça o pedido de solução à empresa”, aconselhou a advogada.
De acordo com o CDC, fornecedores e fabricantes têm até 30 dias a partir da reclamação para resolver o problema. O código prevê, ainda, prazo de 30 dias para o consumidor reclamar casos de bens não duráveis. Para bens duráveis, que são utilizáveis por mais tempo, como imóveis e eletrodomésticos, são 90 dias de prazo, segue o dispositivo:
Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade, com a indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadas.
§ 1º Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta dias, pode o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha:
I - a substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso;
II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos;
III - o abatimento proporcional do preço.
Como exemplo, cito uma ação ajuizada no XVI Juizado Especial Civil:
“Em 2012 o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, julgou procedente uma ação contra a joalheria Vivara. De acordo com os autos, o rapaz, com a intenção de pedir a mão da namorada em casamento, encomendou as alianças na joalheria em ouro 18 quilates, sendo a da noiva com cinco pedras de diamante. No mesmo dia em que entregou a joia à moça, uma das pedras se soltou. O casal, então, entrou em contato com a joalheria, que providenciou a reposição do diamante. No entanto, algunsmeses depois, o fato voltou a se repetir. Além disso, houve demora na entrega da aliança masculina, que aconteceu apenas um mês após o prazo acordado com a loja. 
Em sua defesa, a Vivara alegou que, na condição de revendedora, não seria responsável pelos defeitos de fabricação do produto. 
Conforme decisão da 4ª turma, cada um dos autores da ação vai receber R$ 3 mil. Além do dano moral e da ofensa ao Código de Defesa do Consumidor, os juízes Vanessa Cavalieri, Flávio Citro e Eduarda Monteiro também determinaram a restituição do valor de R$ 1.600, pago pelas alianças.”
Sendo assim, concluo mostrando a beleza e o cenário obscuro por trás de lindas joias em ouro. O Código de Defesa do Consumidor assegura o consumidor contra práticas abusivas, como o artigo 39, que muitas vezes são cometidas na hora da compra e venda do produto. 
Referências:
https://brasilescola.uol.com.br/historiab/trabalho-escravo-nas-minas.htm
https://brainly.com.br/tarefa/12163720
http://alerjln1.alerj.rj.gov.br/contlei.nsf/f25edae7e64db53b032564fe005262ef/8c72c46538be4dd183257e49005b5669?OpenDocument
https://www.migalhas.com.br/quentes/182828/joalheria-indenizara-casal-de-noivos-por-defeito-em-aliancas
http://www4.tjrj.jus.br/ejud/ConsultaProcesso.aspx?N=20137000649286
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7766.htm

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