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Aula_USP_corretivos agrícolas

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
“ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA “LUIZ DE QUEIROZ”
Departamento de Ciência do Solo
LSO-526 ADUBOS E ADUBAÇÃO
1. Introdução
Tropicais
Reação ácida
Precipitação Material de origem
pH < 7,0 (solo ácido) H+ > OH-
pH = 7,0 (solo neutro) H+ = OH-
pH > 7,0 (solo alcalino) H+ < OH-
H+ + OH- H2O 
Solos do Brasil
+ 
70%
Ferreira, 2014
Solos Tropicais
Latossolo Argissolo
Bw Bt
mar-18
Correção do Solo e Adubação da 
Cana-de-Açúcar
6
- Álico: Al (m%) > 50
- Não Álico : Al (m%) < 50
Distrófico: V < 30%Eutrófico: V > 50% 
Alfissolo Ultissolo
ARGISSOLOS
Latossolo Vermelho-Amarelo
Pirassununga-SP
Neossolo Quartzarêmico
Analândia-SP
SOLOS DISTRÓFICOS (V% < 30)
ÁLICOS (Al m% > 50)
CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS DOS 
SOLOS ARENOSOS: QUÍMICA, FÍSICA E 
BIOLÓGICAS
m (%) = Al 
CTC efetiva 
CTC efetiva = K + Mg + Ca + Al
Levantamento dos 
Solos
RC = (SB+Al)x100 / Argila
(g/kg)
Solo Eutrófico x Álico
Práticas corretivas
Al x Sistema radicular
Ca x Sistema radicular
Práticas corretivas
Sistema radicular profundo
2. Reação e pH do solo
HA H2O H
+ + A-
ácido próton aniônio
• Ácidos fortes - alta Ka: HCl, HNO3, H2SO4
• Ácidos fracos - baixa Ka: CH3COOH, H2CO3
Em solução aquosa, apresentam o seguinte 
comportamento:
HCl H+ + Cl-
CH3COOH CH3COO
- + H+
acidez potencial acidez ativa
pH = log 1 = - log [H+]
[H+]
onde,
H+ = atividade do íon hidrogênio em moles/L ou íons -
grama/L.
Assim, uma solução 0,0001mol/L de H+, apresenta pH
de:
pH = log 1 = log 1 = log 104
0,0001 10-4
A variação mais comum de pH dos solos brasileiros está
entre 4,0 a 7,5 sendo que solos com pH abaixo de 7,0 são
ácidos (VITTI, 1984).
pH = 4,0
3. Componentes da acidez do solo
3.1. Acidez ativa = atual = livre = iônica (pH)
3.2. Acidez trocável (Al3+)
3.3. Acidez não trocável (H0)
3.4. Acidez potencial = “total” = reserva (Al3+H0)
Figura 1. Componentes da acidez do solo.
3.1. Acidez ativa, atual, livre ou iônica
Refere-se à acidez devida aos íons H+ dissolvidos na
solução do solo (fator intensidade). Essa acidez é
expressa em termos de pH, tal como definido na equação.
pH = log 1 / [H+]
3.2. Acidez trocável
É a acidez devida aos íons Al3+ e H+ adsorvidos aos
colóides do solo por eletrovalência. Como a quantidade de
Al3+ é muito superior à de H+, é comumente expressa em
mmolc de Al
3+ dm -3.
3.3. Acidez potencial ou titulável ou de
reserva –
É a acidez provocada pelo conjunto de substâncias do
solo que pode liberar H+ para a solução do mesmo (fator
capacidade). É a soma da acidez trocável (Al3+ + H+
eletrovalentes) mais hidrogênio (H0) covalente. É
expressa em termos de mmolc de H
0 + Al3+ dm -3
Al(OH)3 + 3H
+  Al3+ + 3H2O 
Al3+ + 3H2O  Al(OH)3 + 3H
+
3.4. Acidez não trocável
Basicamente é devida aos íons H0 ligados por
covalência e de outras fontes de acidez que se ionizam
em função do pH do meio. É expressa como mmolc de
H0 dm-3. As principais fontes dessa acidez no solo são
devidas aos hidrogênios dos grupos carboxílicos e
fenólicos da matéria orgânica e hidrogênicos retidos nas
argilas e nos hidróxicos de Fe e Al (VITTI, 1984).
 - H
+
 -
 - Al
3+
ACIDEZ TROCÁVEL
O H

- C
O - Al
3+
/3 H

 - Al - OH
0
H

 Fe - OH
0
H

ACIDEZ NÃO TROCÁVEL
O H

- C
OH
0
ACIDEZ POTENCIAL
TOTAL OU TITULÁVEL
(FASE SÓLIDA)
ACIDEZ ATIVA, IÔNICA,
ATUAL OU LIVRE
(FASE LÍQUIDA)
Figura. Componentes da acidez do solo (Kinjo, 1983).
4. Desenvolvimento da acidez do solo
4.1. Suprimento de íons H+ para a solução do solo
H+
4.2. Remoção de bases da solução do solo
Ca++
Mg++ 
K+
Na+
4.1. Suprimento de íons H+ para a solução do
solo
a) Dissociação do ácido carbônico formado pela
dissolução do CO2 do ar do solo nas águas de chuva:
CO2 + H2O  H2CO3  H
+ + HCO3
-
b) Dissociação de radicais OH expostos em arestas de
fratura de minerais de argila e de óxidos hidratados de
ferro e de alumínio:
Si - OH + H2O  Si - O
- + H3O
+
M - OH + H2O  M - O
- + H3O
+
onde, M = Fe ou Al
c) Dissociação dos grupos ácidos da matéria
orgânica.
R - COOH + H2O  R - COO
- + H3O
+
R - - OH + H2O  R - - O 
- + H3O
+
d) Hidrólise de íons monômeros e polímeros de
alumínio adsorvidos ao complexo de troca:
Al3+ + 3H2O  Al (OH)3 + 3H
+
e) Ácidos produzidos pela atividade biológica e
práticas agrícolas:
e1) Aplicação de fertilizantes acidificantes ao solo
(NH4)2SO4 + 4O2  2H
+ + SO4
2- + 2H++ 2NO3
- + 2H2O 
e2) Drenagem de solos inundados (solos "gley"
thiomórficos), através da oxidação rápida da pirita
(FeS2), resultando em H2SO4.
4FeS2 + 15O2 + 2H2O  2Fe2 (SO4)3 + 4H
+ + 2SO4
2-
e) Ácidos produzidos pela atividade biológica e
práticas agrícolas:
e1) Aplicação de fertilizantes acidificantes ao solo
(NH4)2SO4
NH4NO3
NH4H2PO4
2NH4
+ + O2  NO2
- + H+
H2O
Matéria 
Orgânica 
do solo
Plantas
NH4
+
NO3
-
m
i
e3) Mineralização da matéria orgânica
Barraglough (1991)
2NH4
+ + 3O2  2 NO2
- + 4H+ + 2H2O 
i
e3) Mineralização da matéria orgânica.
CHONPS + O2  CO2 + 2H2O + NH4
+
2NH4
+ + 3O2  2 NO2
- + 4H+ + 2H2O 
4.2. Remoção de bases da solução do solo
a) Lixiviação: os cátions básicos são deslocados da
solução do solo pelas águas de chuva.
Solo= Ca++ + 2H+ + 2HCO3
- Solo = H2 + Ca(HCO3)2
(solúvel)
b) Absorção de cátions pelas plantas: o cultivo sem
reposição provoca retirada contínua de cátions essenciais,
deixando em seus lugares, quantidades equivalentes de íons
hidrogênio.
Ca++, Mg++ + H - - H H+ H+
H - - H H+ H+ Ca= = Mg
c) Erosão: arrasta a camada superficial, mais rica em 
cátions (Ca, Mg e K), deixando exposta camada 
subsuperficial, mais rica em ânios (SO4
--, NO3
- e Cl-)
4.2. Remoção de bases da solução do solo
+
5. Reação do solo e as plantas
Tabela 1. Produção relativa de algumas culturas em função do pH (produção
máxima encontrada = 100) (MALAVOLTA, 1985).
CULTURA
pH em água
4,7 5,0 5,7 6,8 7,5
Milho 34 73 83 100 85
Trigo 68 76 89 100 99
Aveia 77 93 99 98 100
Centeio 0 23 80 95 100
Alfafa 2 9 42 100 100
Trevo doce 0 2 49 89 100
Trevo Vermelho 12 21 53 98 100
Soja 65 79 80 100 93
5.1. Efeitos diretos
Figura 3. Relação entre pH em água a produtividade do cafeeiro (Malavolta,
1985).
5.2. Efeitos indiretos
a) Efeito na disponibilidade de nutrientes
Tabela 1. Estimativa da variação percentual na absorção dos macronutrientes
pelas plantas, em função do pH do solo. (PNFCA, 1974; EMBRAPA, 1980).
Macronutrientes
pH em água
4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0
Nitrogênio 20 50 75 100 100 100
Fósforo 30 32 40 50 100 100
Potássio 30 35 70 90 100 100
Enxofre 40 80 100 100 100 100
Cálcio 20 40 50 67 83 100
Magnésio 20 40 50 70 80 100
Baixo 
Mg
Adequado 
Mg
25 OC 35 OC
Plantas sob o suprimento de Mg baixo são 
altamente susceptíveis ao estresse térmico
Baixo 
Mg
Adequado 
Mg
Mengutay et al., 2012
Interação K x Mg x Ca
Cakmak et al. (1994)
0,7Falta Mg
1,6
3,4
mg g-1 MS 8 h
Fluxo CH2OEfeito
K+
Ca2+
Mg2+
Fonte: Adaptado de Vitti (2011)
H
2
P
O
4
-
(A
B
S
O
R
Ç
Ã
O
)
Mg2+ (mmolc.dm
-3)5 a 8
Mg2+ + H2PO4
- [MgH2PO4]
EFEITO DO MAGNÉSIO NA ABSORÇÃO 
E TRANSPORTE DO FÓSFORO
b) Efeito na solubilidade de elementos tóxicos
Al3+ + 3OH- Al(OH)3
Fe3+ + 3OH- Fe(OH)3
Mn2+ + 2OH- Mn(OH)2
Aplicação de calcário e gesso em soqueira de solos de elevada 
CTC na Usina Passatempo em MS.
Tratamentos Soqueira
Calcário Gesso P 2O5 3 corte 4 corte 5 corte
Acréscimo
----------- t/ha ----------- kg/ha -------------------- t/ha -------------------- t/ha
0 0 0 52 76 54
2 0 0 56 85 62 21
2 0 40 60 93 66 37
0 0 40 56 77 55 6
0 3 0 60 90 56 19
0 3 40 60 85 60 18
Instalação: Nov/91 (2 corte); 7/92 (3 corte); 10/93 (4 corte); 10/94 (5 corte)
CTC na faixa de 112 mmolc dm
-3, teor de Ca + Mg na faixa de 32 mmolc dm-3 e V% de 29
O tratamento calcário e fósforo diferenciou dos demais
Demattê,J. L. I.
Figura 6. Produção de grãos de soja (var. UFV-1), em função de doses de fósforo em
diferentes níveis de calcário (efeito residual, adubação com fósforo e calcário feita em
maio de 1977), em Latossolo Vermelho Escuro argiloso. (SOUZA, 1984).
c) Efeito na atividade de microorganismos
d) Efeito na estrutura do solo
dispersão
Ca++ > Mg++ > K+ > Na+
agregação
Moléstia
Faixa de pH
(água)
a) Mal do Panamá < 5,0
b)Verrugose da batatinha 5,0
c) Sarna da batatinha 6,5 – 7,5
d) Hérnia das crucíferas 6,0 – 7,0 
Efeitos da calagem no aumento da 
produção
✓ Redução na absorção de Al, Mn e 
Fe
✓ Fornecimento de Ca e Mg
✓ Aumento na disponibilidade dos 
nutrientes
✓ Aproveitamento de P, K, S e Mo
✓ Melhoramento da estrutura do 
solo
✓ Aumento na atividade de 
microrganismos
(1) mineralização da matéria 
orgânica
(2) fixação do N
Maior 
Produção
6. Materiais e corretivos de ação
neutralizante
6.1. Conceito
H+ + OH- H2O 
Al3+ + 3OH- Al(OH)3
6.2. Aspectos básicos dos mecanismos de
neutralização
a) CaCl2
H2O
(1) CaCl2 Ca
++ + 2Cl-
(2) Cl- + H+ HCl
Porém, o HCl é um ácido forte, ou seja, permanece
dissociado.
(3) HCl H+ + Cl-
Logo, não ocorreu neutralização do H+ ou Al3+.
b) Ca(OH)2
H2O
(4) Ca(OH)2 Ca
++ + 2 (OH-)
(5) OH- + H+ H2O
(6) 3OH- + Al3+ Al(OH)3
Analisando as equações acima pode-se concluir que:
(1) O ânion (e não o cátion) é responsável pela
neutralização de acidez do solo;
(2) Não é qualquer ânion que consegue neutralizar a
acidez; tem que ser um ânion derivado de ácido fraco
(VITTI, 1987).
6.3. Classificação dos materiais corretivos
De acordo com a legislação brasileira, os
corretivos de acidez do solo são classificados em:
6.3.1. Calcário (tradicional, "filler", calcinado)
6.3.2. Cal virgem agrícola
6.3.3. Cal hidratada agrícola
6.3.4. Carbonato de cálcio
6.3.5. Escórias industriais (siderurgia e papel)
6.3.1. Calcário
a) Calcário agrícola
Ca, Mg (CO3)2
CaCO3
MgCO3
Ca, Mg (CO3)2 Ca
++ + Mg++ + 2CO3
2-
CO3
2- + H2O HCO3
- + OH-
HCO3
- + H2O H2CO3 + OH
-
H2CO3 H2O + CO2
OH- + H+ H2O
3OH- + Al++ Al(OH)3
Reações do calcário no solo
H2 O
b) Calcário “filler”:
cálcario natural micro pulverizado (100% RE)
c) Calcário calcinado:
CaMg(CO3)2 CaO + MgO + Ca(OH)2 + Mg(OH)2 + CO2
Extração e processamento da Dolomita CaMg(CO3)2
✓ Calcário Agrícola
✓ Cal virgem
✓ Cal hidratada
✓ Calcário calcinado
Extração e processamento da Dolomita
CaMg(CO3)2
Extração e processamento da Dolomita
CaMg(CO3)2
Rocha 
dinamitada
Carregamento 
para 
processamento Britagem e 
peneiramento
Extração e processamento da Dolomita
CaMg(CO3)2
http://4.bp.blogspot.com/-ml-8Py3bVac/TV2QP2wF2EI/AAAAAAAAAA0/Uo6x3x0cY-U/s1600/mineradora_745616425.jpg
Moinho de martelo Moinho de bolas
Extração e processamento da Dolomita
CaMg(CO3)2
Reservas de Dolomita (CaMg(CO3)2) Brasileira 
Estado Reserva (mil toneladas)
Mato Grosso* 1.023.587
Mato Grosso do Sul* 913.666 
Minas Gerais* 216.583 
Paraná 129.864 
Goiás* 87.097 
Rio de Janeiro 27.011
Paraíba 16.665 
Bahia* 7.831 
Outros Estados 13.843
Total 2.436.147 
Fonte: Departamento Nacional de Produção Mineral: Anuário Mineral Brasileiro, 2010.
*As reservas estão localizadas nas regiões de produção, no cerrado.
Minas de magnesita Brumado - BA
Industria de Refratários Magnesita S.A. - Brumado - BA
➢ O principal produtor do país é a Magnesita
Refratários S.A.
➢ Principais concorrentes no cenário global: belga
Vesúvius e a austríaca RHI.
BA 91,8%
CE 8,2%
Magnesita: Produção Brasileira (MgCO3)
http://3.bp.blogspot.com/-uK4k7wsPEsY/TV2QW24bWNI/AAAAAAAAAA8/cF1dIeMObt0/s1600/magn.gif
MgO + 2H+ →Mg2+ + H2O
MgO + H2O → Mg
2+ + 2OH-
• Baixa solubilidade em água
8,6 mg L-1 a 30 ºC
MgCO3 + calor → MgO + CO2 ↑
Calcinação da magnesita
Reação do MgO no solo
6.3.2. Cal virgem agrícola
Ca, Mg (CO3)2 CaO + MgO + CO2
Ação neutralizante :
CaO Ca
2+
+ 2OH
-
+ 2H2O + Calor
(Solo)
MgO Mg
2+
+ 2OH
-
Cal virgem (Solução do solo)
OH
-
+ H
+
(Solução do solo) H 2O
6.3.3. Cal hidratada agrícola ou cal extinta
CaO + MgO + H2O Ca(OH)2 + Mg(OH)2 + calor
Ação neutralizante
Ca(OH2) Ca
2+
+ 2OH
-
+ H2O
Mg(OH2) (solo) Mg
2+
+ 2OH
-
Cal hidratada (Solução do solo)
OH-+ H+(Solução do solo) H2O
• moagem de margas (depósito terrestre de carbonato de cálcio), corais e 
sambaquis (depósitos marinhos de carbonato de cálcio). Ação 
neutralizante semelhante à do dos calcários.
• Lithothamnium  alga marinha calcificada de origem vegetal, presente 
em grandes colônias em mar aberto que ficam localizadas em 
profundidades de até 30 m. Material altamente poroso, sendo a causa da 
alta solubilidade. É formada por CaCO3 + MgCO3 (80% do total) e 
matéria orgânica + micronutrientes (20% do total)
• BAIXA UTILIZAÇÃO NA AGRICULTURA
6.3.4. Calcários Marinhos
Lithothamnium
Lithothamnium
Nutrientes
CaO ....... 45,0 a 48% Fe2O3........0,27 a 0,67 % 
MgO....... 3,8 a 5,3% Mn ............35 a 200 ppm
K2O....... 0,02 a 0,04% Zn ..............11 a 22 ppm
P2O5......0,04 a 0,16% Co...............11 a 16 ppm
S.............0,25 a 0,52% Mo...............1 a 5 ppm
SiO2........ 2,1 a 2,5% B....................8 a 20 ppm
Cu...............18 a 26 ppm
V.........................14 ppm
Ni........................15 ppm
Vitaminas/Aminoácidos
Vitamina B1.........0,05mg/100g
Vitamina C...........7,04mg/100g 
Vitamina PP.........1,46mg/100g
Aspargina...............56mg/100g
Serina........................4mg/100g
Glycina....................10mg/100g
Alanina.....................8mg/100g
Arginina..................14mg/100g
Tyrosina.................10mg/100g
Fenilalanina............6mg/100g 
Lysina......................9mg/100g 
Valina.......................2mg/100g
Le Bleu (1983)
PN ......... 90 a 95% 
Lithothamnium
6.3.5. Escórias industriais
CaSiO3. MgSiO3 Ca
2+ + Mg2++ 2(SiO3)
2-
+ H2O + OH
-
+ Al3+ Al(OH)3
(SiO3)
2- HSiO3
-
HSiO3
- + H2O + OH-H2SiO3
OH- + H+ H2O
H2O
3OH-
Resíduos alcalinos da indústria de papel
Tabela 2. Composição de resíduos da indústria de celulose, usados
como corretivo agrícola.
Ripasa* Itapetininga**
----------------- % ---------------
CaO 36,9 46,8
MgO 1,5 0
Umidade 25,5 12,4
PN 69,5 81,0
(*) SAA.CATI
(**) Depto. de Solos e Nutrição de Plantas (ESALQ/USP)
7. Características físicas e químicas dos
corretivos
Eficiência dos corretivos de acidez do solo
7.1. Poder de Neutralização (PN);
7.2. Reatividade (RE);
7.3. Poder Relativo de Neutralização Total (PRNT);
PRNT = PN x RE
100
7.4. Efeito Residual (ER).
7.1. Poder de Neutralização determinado
Figura 8. Representação da determinação do poder de
neutralização.
50 mL 0,5M = 25 mmol HCl 
Existe uma alternativa, nem sempre correta, mas, em
geral, aproximada de calcular o PN através dos teores de
CaO e MgO do corretivo (PN calculado).
PN = Eq.CaCO3 = %CaO x 1,79 + %MgO x 2,48
O fator 1,79 é o valor da relação entre a massa
molecular do CaCO3 com a do CaO:
massa molecular do CaCO3 100
= = 1,79
massa molecular do CaO 56
7.1.2. PN calculado
O fator 2,48 é o valor da relação entre a massa molecular
do CaCO3 com a do MgO:
massa molecular do CaCO3 100
= = 2,48
massa molecular do MgO 40,3
Portanto, a multiplicação dos teores de CaO e
MgO por esses valores converte-os em % CaCO3.
7.1.3. PN calculado x PN determinado
Na Tabela a seguir encontram-se comparações
entre o valor do PN calculado e do determinado de
diversas amostras, citados em Alcarde (1992).
Tabela. Valores comparativos do % ECaCO3, determinados através do PN,
ou calculados através dos teores de CaO e MgO.
Amostras % E CaCO3 Amostras % E CaCO3
Determinado Calculado Determinado Calculado
1 107,6 107,7 6 53,9 76,7
2 77,1 85,7 7 54,6 75,7
3 88,1 91,7 8 95,0 98,2
4 69,7 83,2 9 76,7 80,7
5 98,2 99,0 10 84,7 85,2
Tabela. Capacidade de neutralização de diferentesmateriais neutralizantes
(ALCARDE, 1992).
Material
neutralizante
Poder de neutralização
ou equivalente ao CaCO3 (%)
CaCO3 100
MgCO3 119
CaO 179
MgO 248
Ca(OH)2 135
Mg(OH)2 172
CaSiO3 86
MgSiO3 100
Tabela. Garantia mínima para comercialização dos corretivos (Capítulo II, Seção
II – Dos corretivos de acidez –  1 – In DAS/ n. 35. 04/julho/06.
Materiais corretivos de 
acidez
PN (%Eq
CaCO3) 
Mínimo
Soma % CaO % 
MgO
Mínimo
PRNT 
Mínimo 
Calcário agrícola 67 38 45
Cal virgem agrícola 125 68 120
Cal hidratada agrícola 94 50 90
Calcário calcinado
agrícola
80 43 54
Outros corretivos de 
acidez
67 38 45
7.2. Reatividade (RE)
Tabela. Reatividade das partículas de diferentes tamanhos dos
calcários.
Fração granulométrica Reatividade (RE)
Peneira n.º ABNT Dimensão (mm) (%)*
> 10 > 2 0
10 - 20 2 a 0,84 20
20 - 50 0,84 a 0,30 60
< 50 < 0,30 100
(*) Percentual do corretivo que reage em 3 meses
RE(%) = (0,2xP10-20) + (0,6xP20-50) + (1,0xP50) 
Legislação sobre corretivos de acidez
Instrução Normativa DAS/ n. 35, de 04/julho/2006
Art. 2º - Os corretivos de acidez do solo deverão possuir
as seguintes características físicas mínimas - passar 100%
em peneira de 2mm (ABNT-10): 70% em peneira de
0,84mm (ABNT-20) e, 50% em peneira de 0,30mm
(ABNT-50).
Art. 3º - Os corretivos de acidez passarão a ser
comercializados de acordo com suas características
próprias e com os valores mínimos constantes na
descrição a seguir:
PN= poder de neutralização, expressando o equivalente em
CaCo3 do corretivo determinado conforme o método analítico da
legislação vigente.
RE= reatividade das partículas do corretivo, calculada por:
a) reatividade zero para a fração retida na peneira ABNT n.º
10;
b) reatividade 20% para a fração que passa na peneira
ABNT n.º 10 e fica retida na peneira ABNT n.º 20;
c) reatividade de 60% para a fração que passa na peneira
ABNT n.º 20 e fica retida na peneira ABNT n.º 50; e
d) reatividade de 100% para a fração que passa na
peneira ABNT n.º 50.
2mm 0% ABNT - 10
100%
0,84mm 20% ABNT - 20
70%
0,30mm 60% ABNT - 50
100%
50% Exigência da Legislação
Reatividade do calcário
7.3. Poder Relativo de Neutralização
Total (PRNT)
PRNT = (PN x RE) / 100 
7.3. Poder Relativo de Neutralização
Total (PRNT)
Englobando os valores de PN e da RE, calcula-se o PRNT do 
corretivo expresso pela seguinte equação:
PRNT = PN x RE
100
Logo, PRNT expressa o potencial da pureza que exerce sua ação 
num período de 3,0 meses. Assim, por exemplo, um calcário com 
as seguintes características:
PN = 90%
RE = 80%
terá um PRNT de 72%, isto é, 80% (RE) de seu potencial de
neutralização (PN = 90%) será exercido em 3,0 meses, ou seja
72%, enquanto que, 90-72 = 18%, agirá posteriormente.
7.4. Efeito Residual (ER)
O ER é o tempo de duração da correção da acidez, ou
seja, é a duração da calagem. O fator que mais interfere nesse
parâmetro é a reatividade, isto é, quanto maior a reatividade
do corretivo, menor o efeito residual. Logo:
ER = PN - PRNT
Na Tabela a seguir está apresentado valores de PN, RE,
PRNT e ER de três tipos de calcário.
Tabela. Cálculo e interpretação do PRNT em calcários (Alcarde, 1992).
Calcários PN RE PRNT Ação do PN
------------- % -------------- 3 meses ER
1 100 70 70 70 30
2 80 87 70 70 10
3 70 100 70 70 0
Características de calcários 
Calcário CaO MgO PN RE PRNT ER
%
Goiascal Dolomítico 31,8 16,8 97,8 83,8 81,90 15,9
Goiascal Calcítico 48,0 3,2 92,6 95,4 88,30 7,1
Jandaia Dolomítico 35,7 13,0 95,8 89,3 85,50 3,8
Calbrás Dolomítico 29,4 18,5 98,0 87,7 85,90 1,8
Ouro Branco Dolomítico 29,2 17,2 94,0 89,6 84,20 5,4
PN: Poder de Neutralização
RE: Reatividade
ER: Efeito Residual
PRNT: Poder Relativo de Neutralização Total
9. Critérios para recomendação de
calagem
9.1. Considerações fundamentais
Si O- H
H+
Al O- Al
Al+++
Fe O- H
CTC Ca++
Potencial Al O- Ca
Mg++
R - COO-Mg
K+
R O-K
CTC Potencial = Ca++ + Mg++ + K+ + H + Al
SB acidez
CTC - SB V% = SB x 100
100 - V% CTC
= Ca
= Mg
- K
- Na
≡ Al
- H
O - H0
O - H0
O - H0
O - H0
Bases Trocáveis
Al trocável
H trocável
H não-trocável
CTCe
CTC7
CAPACIDADE DE TROCA CATIÔNICA
CTC potencial (CTC7) – CTC efetiva (CTCe) = H0 covalente (não trocável)
9.1. Relação entre pH e cátions trocáveis
do solo
a) CTC efetiva (CTCe) é aquela que o solo
apresenta em função do seu pH atual, ou seja:
CTC efetiva = SB + acidez trocável
SB = soma de bases trocáveis = Ca++ + Mg++ + K+ + Na+
e,
Acidez trocável = Al3+
logo,
CTC efetiva = SB + Al3+
b) CTC potencial (T) é aquela que o solo
apresenta num determinado pH, geralmente pH = 7,0:
T = SB + acidez titulável pH 7,0
Acidez titulável = H0 + Al3+
logo,
T = SB + H + Al
V% = (SB/T) x 100
m% = Al/(CTCe) x 100
m% = Al / SB + Al x 100
pH = 0,03176 V + 4,283 (r=0,95**)
RECOMENDAÇÃO DE CORREÇÃO E ADUBAÇÃO: 
PASTAGEM
CALAGEM  ELEVAÇÃO DA SATURAÇÃO POR BASES
RELAÇÃO: ENTRE pHH2O E SATURAÇÃO POR BASES - V(%)
SB
V=  . 100
CTC
V= Relação matemática
Ex (1) SB = 15 mmolc/dm3
CTC = 30 mmolc/dm3
V = 50%
Ex (2) SB = 30 mmolc/dm3
CTC = 60 mmolc/dm3
V = 50%
Figura. Relação entre os cátions trocáveis e os valores de pH (RAIJ, 1981).
Tabela. Valores de pH e saturação por alumínio em função da saturação por
bases – V% (RAIJ et. al., 1985).
V% pH em CaCl2 pH em água m%
4 3,8 4,4 90
12 4,0 4,6 68
20 4,2 4,8 49
28 4,4 5,0 32
36 4,6 5,2 18
44 4,8 5,4 7
52 5,0 5,6 0
60 5,2 5,8 0
68 5,4 6,0 0
76 5,6 6,2 0
84 5,8 6,4 0
92 6,0 6,6 0
100 6,2 6,8 0
Poder tampão do solo
Cálculos:
a) Volume de 1 ha (V)
V = Sh
V = 10.000 m2 x 0,20 m = 2.000 m3
= 2.000.000 litro
b) Quantidade de solução/ha
2.000.000 litro 100%
x 25%
x = 500.000 litro solução/ha
c) Quantidade H+ livre (em solução)/ha
pH = 4,0
pH = log 1
[ H+]
H = 0,0001 íons - g H+/L solução
0,0001 íons -g H
+ 1,0 litro solução
y 500.000 litro
y = 50 g/ha de H 
d) Quantidade de CaCO3 necessária para a
neutralização
m = 2,5 kg CaCO 3 /ha
1 eq. g CaCO 3 reage com 1 eq. g H
+
nº eq. g H
+
= 50g H = 50 eq. g H +/ha
-------------------
1
1 eq. g H
+
1 eq. g CaCO 3
50 eq. g H
+
z
z = 50 eq. g CaCO 3
nº eq. g CaCO 3 = m(g) CaCO 3 = m(g)CaCO 3
mol 10 0
val 2
50 = m(g)CaCO 3
50
m(g) CaCO 3 = 50 x 50
Observa-se, portanto, que seriam necessários apenas
2,5 kg de carbonato de cálcio, para eliminar a
acidez atual (da solução) de um solo com pH = 4,0.
EQUIVALÊNCIA DE UNIDADES
1 = CaO, MgO, K2O e P2O5, respectivamente
2 = CaCO3 e MgCO3, respectivamente
1,0 t/ha CaCO3 (PRNT = 100%)  10 mmolc.dm
-3 Ca = 1 cmolc.dm-3 Ca
1 ha = 2.000.000 dm³ (0-20cm) densidade = 1
meq.100cm-3
cmolc.dm
-3
mmolc.dm
-3 mg.dm-3
(ppm)
Elemento 
(kg.ha-1)
Óxidos 
(kg . ha-1)
Carbonatos
(kg.ha-1)
1 Ca 10 200 400 560¹ 1000²
1Mg 10 120 240 400¹ 840²
1 K 10 300 800 960¹ -
1 Al 10 90 180 - -
1 P - 100 200 460¹ -
9.2. Determinação da necessidade de
calagem
9.2.1. Neutralização do alumínio e/ou elevação dos teores
de cálcio e magnésio (CEFSEMG, 1999)
NC (t/ha) = cmolc Al
3+.dm-3 x f
NC (t/ha) = cmolc Al
3+.dm-3 x f
onde:
NC = t/ha de calcário (PRNT=100%) a ser aplicado,
considerando a camada de 0-20cm.
Al3+ = cmolc.dm
-3 revelado pela análise do solo,
lembrando que cmolc.dm
-3 = meq.100 cm-3 = mmolc
dm-3 x 10.
f (fator de correção) = 1,5 para culturas tolerantes a
acidez
f (fator de correção) = 2,0 para culturas não tolerantes a
acidez
Minas Gerais
NC (t/ha) = [(I x Y x cmolc Al.dm
-3)+(X-cmolc Ca+Mg.dm
-3)]
onde:
I (fator da planta) =
0,33 (para culturas tolerantes a acidez, ex.: braquiárias);
0,50 (para culturas pouco tolerantes a acidez, ex.:
seringueira);
0,66 (para culturas medianamente sensíveis a acidez, ex.:
abacaxi) e
1,00 (para culturas sensíveis a acidez, ex.: citros, soja,
milho, feijão e algodão).
Y = Varia em função da textura do solo:
Y = 1, arenosa;
Y = 2, média;
Y= 3, argilosa;
Y = 4, muito argilosa.
X = Variável em função das necessidades de cálcio +
magnésio = 1,0 a 3,0
X = 1,0 (para mandioca e seringueira); 
X = 1,5 (para braquiárias e eucalipto);
X = 2,0 (para arroz, girassol, milho, sorgo, trigo, soja,
feijão);
X = 3,0 (para amendoim, algodão, cana-de-açúcar).
Região de cerrado
c1) Argila > 200g.kg-1 e Ca + Mg < 2,0 cmolc.dm
-3
NC (t/ha)= [2 x cmolc Al.dm
-3 + (2 - cmolc. Ca+Mg.dm
-3)]
c2) Argila > 200g.kg-1 e Ca + Mg > 2,0 cmolc.dm
-3
NC (t/ha) = (2 x cmolc Al.dm
-3)
Região de cerrado
c3) Argila < 200 g.kg-1 (*)
NC (t/ha) = 2 x cmolc Al
3+.dm-3 ou
NC (t/ha) = 2 - cmolc Ca
2+ + Mg2+. dm-3
(*) Utilizar a expressão com maior recomendação.
9.2.2. Método do Tampão SMP
Tabela 8. Recomendações de calagem (calcário com PRNT= 100%) com base no
índice SMP, para a correção da acidez dos solos do Rio Grande do Sul e de Santa
Catarina. (CFS - RS/SC, 2000).
Tabela 8. Recomendações de calagem (calcário com PRNT= 100%) com base
no índice SMP, para a correção da acidez dos solos do Rio Grande do Sul e de
Santa Catarina. (CFS - RS/SC, 2000).
.
pH 
SMP
pH em água a atingir 
5,5 6,0 6,5
t/ha
6,3 0,8 1,8 3,1
6,4 0,6 1,4 2,6
6,5 0,4 1,1 2,1
6,6 0,2 0,8 1,6
6,7 0,0 0,5 1,2
6,8 0,0 0,3 0,8
6,9 0,0 0,2 0,5
7,0 0,0 0,0 0,2
Exemplos de culturas
utilizadas em cada pH:
pH 5,5 - abacaxi, arroz irrigado,
batatinha e eucalipto.
pH 6,0 - arroz de sequeiro, cana
de açúcar, citros, girassol, fumo,
gramíneas em geral, soja, feijão,
milho, trigo, tomate.
pH 6,5 - alfafa.
Figura. Relação entre o pH de suspensões de solos na solução
tampão SMP e valores de H+Al determinados por extração com
solução de acetato de cálcio a pH 7 (QUAGGIO et al, 1985a).
9.2.3 Método da saturação por bases
NC (t/ha) = (V2 – V1) T
10 × PRNT 
onde:
NC = t . ha-1 de calcário para a camada de 0-20cm.
V1 = saturação por bases atual do solo =
(SB/T) x 100
V2 = saturação por bases mais adequada para algumas
culturas (Tabela 10, RAIJ et al., 1996)
T = capacidade de troca catiônica potencial do solo (T =
SB+H+Al) em mmolc dm
-3
PRNT = poder relativo de neutralização total do calcário (%)
Tabela. Valores de saturação por bases (V2%) recomendado para algumas
culturas no Estado de São Paulo (RAIJ et al., 1996).
Culturas Faixa de V%
Cereais
Arroz 50
Sorgo 50(*) – 70(**)
Trigo 60 – 70
Milho 50(*) – 70(**)
Frutíferas
De clima temperado 70
Abacaxi 50
Banana 60
Citros 70
(+) Solos com M.O. > 50 g.kg-1
(++) Solos com M.O. < 50 g.kg-1
Tabela. Valores de saturação por bases (V2) recomendado para algumas culturas no
Estado de São Paulo (RAIJ et al., 1996).
Culturas Faixa de V%
Hortaliças
Alface 70 – 80
Tomate 80
Batata 60
Brássicas 70-80
Leguminosas
Feijão(1) e Soja(2) 60(1) - 70(2)
Amendoim 60
Estimulantes
Cacau 50
Café 50
Fumo 50continua...
Tabela. Valores de saturação por bases (V2%) recomendado para algumas
culturas no Estado de São Paulo (RAIJ et al., 1996).
Culturas Faixa de V%
Fibrosas
Algodão 70
Rami 60
Sacarinas e amido
Batatinha 60
Cana-de-açúcar 60
Mandioca 50
Industriais
Seringueira 50
CALAGEM – SELEÇÃO DO MÉTODO
PASTAGEM EXCLUSIVA
ESPÉCIES: TOLERÂNCIA À ACIDEZ
TOLERANTES SUSCEPTÍVEISB. humidicola
B. decumbens
Andropogon
Panicum maximum
B. Brizantha
Hyparrenia rufa
ARENOSO ARGILOSO ARENOSO ARGILOSO
Al e Ca + MgCa + Mg Al e Ca + Mg Sat. por Bases – V%
Correção do solo
Rio Verde (GO)
V% adequado
Milho 70%
Soja 60%
Áreas de abertura: método de saturação por bases (Raij et al., 1997)
NC (t/ha) = [(V20-20 – V10-20) • CTC0-20] + [ (V220-40 – V120-40) • CTC20-40]
0-20 cm
CALAGEM – (plantio direto graõs)
Em que:
NC, necessidade de calcário
V1, saturação por bases atual do solo
V2, saturação por bases desejada: Soja e arroz 60% e Milho 70%
CTC, capacidade de troca de cátions, em mmolc dm
-3
PRNT, poder relativo de neutralização total (%)
10 ×PRNT 
20-40 cm
NC (t/ha) =
(V2 - V1) CTC
10 × PRNT 
onde: 
NC = t ha
-1
 de calcário para a camada de 0-20cm. 
V1 = saturação por bases atual do solo = SB/Tx100 
V2 = saturação por bases mais adequada para soja e arroz = 60% e milho = 70% 
CTC = capacidade de troca catiônica potencial do solo (T=SB+H+Al) 
em mmolc dm
-3
 
PRNT = poder relativo de neutralização total do calcário (%) 
Áreas de manutenção: método de saturação por bases (Raij et al., 1997)
CALAGEM – (plantio direto)
c) Método do Ca+Mg: Abertura - 20-40 cm; Manutenção - 0-20 cm
NC (t/ha) =
{30 - (Ca + Mg)} x 10
PRNT
OBS: Utilizar o critério que revelar maior dose de calcário
NC= t ha-1 de calcário 
Ca= teor de Cálcio no solo (mmolc dm
-3)
Mg= teor de Cálcio no solo (mmolc dm
-3)
PRNT= poder relativo de neutralização total do calcário (%)
CALAGEM – (plantio direto)
COMO APLICAR?
• Estabelecimento do sistema: Sem limite de dosagem
• Incorporação profunda
• Plantio direto ESTABILIZADO: 
ATÉ 2,5 t ha-1 por vez
• Na superfície sem incorporação
Produtividade de Soja (sc ha-1)
HENRY SAKO (2016)
Saturação por Bases (%)
Produtividade de Soja (sc ha-1)
HENRY SAKO (2016)
Saturação por Cálcio (%)
- Calagem (com incorporação profunda, corretivo de 
alta reatividade);
- Gessagem;
- Plantas de cobertura com alta capacidade de 
formação de biomassa radicular;
Tecnologias disponíveis 
PREPARO
CONVENCIONAL
TALHÕES PARA 
PLANTIO
INÍCIO
SIM
N
Ã
O
PRAGAS
DE SOLO
NÃO COMPACTAÇÃO
DE SOLO
FERTILIDADE
SUBSUPERFÍCIE
V > 35%
S
I
M
PREPARO
REDUZIDO
PREPARO
DIRETO
S
I
M
NÃO
Luz, Pedro (2011) - USP
Chave para tomada de decisão do 
preparo do solo
Fonte: Grupo Horita
Mecanismos envolvidos na correção da 
acidez do subsolo pela calagem superficial
✓ Formação e migração de Ca(HCO3)2 e Mg(HCO3)2
✓Deslocamento mecânico de partículas de calcário (canais
de raízes mortas – intactos – ausência de preparo)
✓Adição de calcário e fertilizantes nitrogenados
✓Manejo de resíduos orgânicos
ML0 ou ML-1 ( M = Ca ou Mg) - mobilidade no solo
Subsolo: M – complexos orgânicos – deslocado pelo Al+3 :
complexos mais estáveis – redução de acidez trocável
(CAIRES, 2009)
1. Ca++ e Mg ++ x (HCO-3 ) 2
Ca (HCO3 ) 2
2. Raízes mortas: Canais = Processo mecânico 
3. Calcário + Fertilizantes N e S
4. Resíduos orgânicos (plantas de cobertura/animal)
M (Ca, Mg e Al) + L (Ligante orgânico) ML
5. Aplicação de gesso sobre o calcário
Palha
Plantas 
Cobertura
Rotação de 
Culturas
Culturas
Aveia preta BraquiáriaMilho
Caires, E (2017)
Plantas de cobertura pós trabalho de solo
Renato Duch, MS
Fonte: Grupo Horita
Trincheira
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
MUDANÇAS NO SISTEMA 
SOLO-PLANTA NO PLANTIO DIRETO
C H O N P S B
H2PO4
-
SO4
--
NO3
-
H3BO3
CO3
-
HCO3
-
Microorganismos
Heterotróficos
pH=6,0
O2
Umidade
*Calagem: CaMg (CO3)2 Ca
++ + Mg++ + HCO3
- + OH-
////////////////////////////////////////////////////////
----------------------------------
CaHCO3
-
CaNO3
-
Calcário
pH
6,8
4,5
< Disponibilidade de B 
– Mn – Fe - Zn
< Disponibilidade de P
– N – K – Ca - Mg
0 cm
30 cm
GRADIENTE DE pH EM SOLOS DE PLANTIO DIRETO
IA = 58 (100 kg MAP => 58 kg de Calcário – PRNT 100%)
Valduga (2011)
Necessidade de calagem para o sistema plantio direto 
Estado do Paraná
Amostragem de solo: 0-20 cm
Calcular a dose de calcário pelo método da elevação da
saturação por bases para 70%
Distribuir a dose de calcário calculada sobre a superfície do
solo em uma única aplicação ou de forma durante até 3 anos
A calagem na superfície somente deve ser recomendada para
solo com pHCaCl2 <5,6 ou saturação por bases < 65% na
profundidade de 0-5 cm
O monitoramento da acidez na camada superficial do solo (0-
5cm) serve para auxiliar a avaliação da frequência da aplicação de
calcário na superfície
10. Fatores a serem considerados na
prática da calagem
10.1. Fatores externos
a) Análise do solo
b) Uniformidade da aplicação
c) Antecedência da aplicação
d) Incorporaçãoe) Localização
* área total  pré plantio
* sulco de plantio  culturas perenes
* em faixa  pomares adultos
10.2. Fatores relacionados ao Corretivo
a) Teor de Mg no solo
Mg  5 mmolc dm
-3  culturas anuais e perenes
Mg  8 mmolc dm
-3  frutíferas
hortaliças
algodão
b) Porcentagem de Ca e Mg na CTC do Solo
Tabela. Porcentagem de saturação de K, Mg e Ca em relação ao valor T do solo, na faixa de
V% mais adequada para as plantas (VITTI et al., 2000).
c) Uso e quantidade de gesso utilizado
V% K%T Mg%T Ca%T
40 3 9 28
50 4 11 35
60 5 15 40
70 5 16 48
Dispersão crescente
Ca
2+
> Mg
2+
> NH4
+
> K
+
> Na
+
Agregação crescente
Tabela. Relações (Ca+Mg)/ K do solo e aspectos das culturas da soja (MASCARENHAS
et al, 1998). e do algodoeiro (MALAVOLTA et al., 1967).
Culturas (Ca+Mg)/ K Aspectos da cultura
Soja 22 a 30 Normal com alta 
produtividade
56 Deficiente em potássio
>64 Haste verde e retenção foliar
Algodão 36 Alta produção (3,0 t/ha em 
caroço)
10 Baixa produção (1,2 t/ha em 
caroço)
Diagnose Visual
Deficiência de Mg
Relação 
Ca/Mg
Interpretação
1 a 3 Baixa
4 a 6 Normal
7 a 10 Alta
> 10 Muito Alta
Tabela 15. Efeito de calagem, do calcário e magnésio trocáveis no solo e da
relação Ca/Mg na produção de feijão, Buri/SP, 1990.
meq / 100 cm3 de solo Relação Produção
Ca+2 Mg+2 Ca/Mg (sacos/60 kg/ha)
2,7 1,8 1,5/1,0 36,0
3,7 1,6 2,3/1,0 40,00
5,4 1,7 3,2/1,0 44,0
10.4. Fatores relacionados ao Manejo
- Dose de aplicação
- Uniformidade na aplicação
- Antecedência de aplicação
- Profundidade de incorporação
- Localização do corretivo
a) Aplicação em área total
b) Sulco de plantio
c) Calcário direcionado na faixa de
adubação
Figura. Relação entre época de aplicação do calcário e mudança no pH do solo.
Figura. Efeito do tempo de reação do calcário na correção da acidez (PR).
5,0
6,0
6,5
X
X
X
Al
pH
pH
30 60
m
120 dias
0
0,8
1,6
2,4
meq.
Al
Localização: Pré plantio em área total.
Calcário em pré-plantio (área total)
Objetivo: Correção de acidez e fornecimento de Ca e Mg
Tríplice operação
Cana-queimada
Citros: 500 g / metro de sulco
Café: 100 g / metro de sulco / tonelada aplicada em área total
Calcário no sulco de plantio
Objetivo: Fornecimento de Ca e Mg
20-30 cm
A= aplicação 
do calcário
após aração e 
incorporação
com gradagem.
B= incorporação 
de 1/2 com 
aração e 1/2 
depois da 2ª 
aração e 
gradação em 
seguida.
Figura. Influência da profundidade de incorporação do calcário em latossolo
vermelho escuro na produção do milho.
Tabela. Influência da aplicação de doses crescentes de calcário, aplicadas as duas profundidades, sobre a
produção de milho, em um latossolo roxo do cerrado.
Produção de grãos
Calcário 1º cultivo 2º cultivo 3º cultivo Média Índice
t/ha ------------------------------- kg/ha -------------------------------- %
0 – 15 cm
0 2115 4569 880 2521 100
1 3123 5281 1474 3397 135
2 3531 5689 1863 3694 146
4 4004 5903 2265 4057 161
8 3723 5960 2052 3912 155
0 – 30 cm
1 4019 5684 2086 3930 155
2 4341 5858 2573 4257 169
4 4797 6682 3058 4846 192
8 4792 7266 3601 5220 207
LSD 0,05 573 551 759 - -
Com AraçãoSem Aração
Incorporação do calcário
MAZZA (2006)
Tratamento Estágio TCH Solo
Ganho 
TCH
Gradagem 1C 54,43 AQ-II
20,75
Aração 1C 75,18 AQ-II
Aplicadores
Figura. Distribuidor de corretivos de
arrasto, equipado com dosador
volumétrico e distribuidor tipo rotor
duplo.
1- Mecanismo dosador volumétrico do
tipo esteira transportadora,
2- Chapa raspadora,
3- Cardam para acionamento da esteira,
4- Distribuidor do tipo rotor duplo.
Figura. Dosador gravimétrico
com engate nos três pontos do
sistema hidráulico, equipado
com distribuidor pendular.
1- Reservatório,
2- Dosador gravitacional,
3- Agitador mecânico,
4- Alavanca reguladora de vazão e
5- Pêndulo.
Área central
da entrelinha
Esquerdo Direito Distância (m)
LUZ (1989)
Figura 15. Perfil transversal da aplicação a lanço
Figura 16. Granulometria da aplicação a lanço.
Figura 17. Perfil transversal da aplicação em faixa
Figura 18. Granulometria da aplicação em faixa
Figura 19. Curva do PRNT para os modos de aplicação
11. Fórmula para compra do Calcário
Agrícola
F.C. = Fórmula de comprar calcário
P.C. = Preço do calcário
P.F. = Preço do frete
P.R.N.T. = Poder relativo de neutralização total
Obs.: O agricultor deve comprar o calcário que
apresentar o menor custo por PRNT.
F.C. = P.C. + P.F.
P.R.N.T.
"E ele deu a opinião, segundo a qual quem conseguisse obter 
duas espigas de milho e duas folhas de grama num pedaço de 
chão onde somente uma crescia antes, merecerá mais da 
humanidade e prestará um serviço mais essencial a seu País do 
que toda a raça de políticos juntos." (J. SWIFT)
Prof. Dr. Godofredo Cesar Vitti - gcvitti@usp.br
OBRIGADO!
mailto:gcvitti@usp.br

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