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Estética e História da Arte Brasileira II

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LICENCIATURA EM
 ARTES VISUAIS 
ESTÉTICA E HISTÓRIA DA 
ARTE BRASILEIRA II
Semestre 6
Prof.ª Fátima Regina Sans Martini
UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS
ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA II�
UNIMES VIRTUAL
L782c LOBO, Maurício Nunes
 Curso de Pedagogia: Atividades Curriculares Acadêmicas Adicionais (por)
 Prof. Maurício Nunes Lobo. Semestre 2. Santos:
 UNIMES VIRTUAL. UNIMES. 2006. 22p.
 
 1. Pedagogia 2. Atividades Curriculares Acadêmicas Adicionais.
 
 CDD 371
Universidade Metropolitana de Santos 
Campus II – UNIMES VIRTUAL
Av. Conselheiro Nébias, 536 - Bairro Encruzilhada, Santos - São Paulo
Tel: (13) 3228-3400 Fax: (13) 3228-3410
www.unimesvirtual.com.br
Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida por qualquer meio sem a prévia autorização desta instituição.
www.unimesvirtual.com.br
ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA II �
UNIMES VIRTUAL
UNIMES – Universidade Metropolitana de Santos - Campus I e III
Rua da Constituição, 374 e Rua Conselheiro Saraiva, 31
Bairro Vila Nova, Santos - São Paulo - Tel.: (13) 3226-3400
E-mail: infounimes@unimes.br
Site: www.unimes.br
Prof.ª Renata Garcia de Siqueira Viegas da Cruz
Reitora da UNIMES
Prof. Rubens Flávio de Siqueira Viegas Júnior
Pró-Reitor Administrativo
Prof.ª Rosinha Garcia de Siqueira Viegas
Pró-Reitora Comunitária
Prof.ª Vera Aparecida Taboada de Carvalho Raphaelli
Pró-Reitora Acadêmica
Prof.ª Carmem Lúcia Taboada de Carvalho
Secretária Geral
mailto:infounimes@unimes.br
www.unimes.br
ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA II�
UNIMES VIRTUAL
EQUIPE UNIMES VIRTUAL
Diretor Executivo
Prof. Eduardo Lobo
Supervisão de Projetos
Prof.ª Deborah Guimarães
Prof.ª Doroti Macedo
Prof.ª Maria Emilia Sardelich
Prof. Sérgio Leite
Grupo de Apoio Pedagógico - GAP
Prof.ª Elisabeth dos Santos Tavares - Supervisão
Prof.ª Denise Mattos Marino
Prof.ª Joice Firmino da Silva
Prof.ª Márcia Cristina Ferrete Rodriguez
Prof.ª Maria Luiza Miguel
Prof. Maurício Nunes Lobo
Prof.ª Neuza Maria de Souza Feitoza
Prof.ª Rita de Cássia Morais de Oliveira
Prof. Thiago Simão Gomes
Angélica Ramacciotti
Leandro César Martins Baron
Grupo de Tecnologia - GTEC
Luiz Felipe Silva dos Reis - Supervisão
André Luiz Velosco Martinho
Carlos Eduardo Lopes
Clécio Almeida Ribeiro
Grupo de Comunicação - GCOM
Ana Beatriz Tostes
Carolina Ferreira
Flávio Celino
Gabriele Pontes
Joice Siqueira
Leonardo Andrade
Lílian Queirós
Marcos Paulo da Silva
Nildo Ferreira
Ronaldo Andrade
Stênio Elias Losada
Tiago Macena
William Souza
Grupo de Design Multimídia - GDM
Alexandre Amparo Lopes da Silva - Supervisão
Francisco de Borja Cruz - Supervisão
Alexandre Luiz Salgado Prado
Lucas Thadeu Rios de Oliveira 
Marcelo da Silva Franco
Secretaria e Apoio Administrativo
Camila Souto
Carolina Faulin de Souza
Dalva Maria de Freitas Pereira
Danúsia da Silva Souza
Raphael Tavares
Sílvia Becinere da Silva Paiva
Solange Helena de Abreu Roque
Viviane Ferreira
ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA II �
UNIMES VIRTUAL
AULA INAUGURAL
Olá, seja bem-vindo! 
Nos semestres anteriores apresentei a disciplina de Estética e História 
da Arte Brasileira I. Ao longo desse semestre passarei às suas mãos a 
complementação: a disciplina Estética e História da Arte Brasileira II com 
seus objetivos estabelecidos no Plano de Ensino. Observando a disciplina 
que trata de história e artes visuais, proponho, sempre que possível, que 
você, meu caro aluno, após ler os textos e visualizar as imagens contidas 
nele, visite museus, leia livros de história ou acesse sites e links relativos 
ao tema para que possa refletir e ter o interesse despertado . 
Estarei sempre presente, mesmo que de modo virtual, para motivar, trans-
mitir conhecimento e clarear suas dúvidas, estabelecendo as orientações 
para a condução de seu aprendizado.
Espero tê-lo desafiado a descobrir e se encantar com o universo da arte 
brasileira a partir da descoberta do Brasil até o final do século XIX no 
semestre anterior. Da mesma forma, acredito que você tenha adquirido 
seguramente novos conhecimentos, habilidades, valores e atitudes, o que 
resulta em experiência e cultura para a prática diária. Continuemos, pois, 
nessa caminhada rumo ao século XXI.
Obrigada e um grande abraço.
Prof.ª Fátima Sans Martini
ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA II�
UNIMES VIRTUAL
ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA II �
UNIMES VIRTUAL
Índice
Unidade I - Brasil - Início do século XX .............................................................. 11
Aula: 01 - O regionalismo e o nacionalismo - São Paulo no início do século XX .......... 12
Aula: 02 - O nacionalismo na arquitetura e escultura - O movimento modernista ....... 14
Aula: 03 - O Movimento Modernista - Centenário da Independência - Semana 
 e Arte Moderna em São Paulo ..................................................................... 16
Aula: 04 - Depois da Semana - Movimento Antropofágico .......................................... 19
Resumo - Unidade I ..................................................................................................... 22
Unidade II - Brasil - Anos 30 do Século XX ........................................................ 29 
Aula: 05 - Brasil e as revoluções a partir de 1930 ....................................................... 30
Aula: 06 - Os elementos culturais e artísticos do período a partir dos anos 30 
 do século XX no Brasil ................................................................................ 32
Aula: 07 - O cenário artístico paulista a partir de 1930................................................ 34
Aula: 08 - O cenário artístico paulista - Grupo Santa Helena ....................................... 36
Aula: 09 - O cenário artístico paulista - Grupo Seibi - Salão de Maio ........................... 38
Aula: 10 - O cenário artístico paulista - Família Artística Paulista - Sindicato 
 dos Artistas Plásticos.................................................................................. 40
Resumo - Unidade II .................................................................................................... 43
Unidade III - Brasil - Anos 40 do Século XX ....................................................... 49 
Aula: 11 - O cenário artístico paulista - A década de 40 .............................................. 50
Aula: 12 - O cenário artístico paulista - Grupos de artistas .......................................... 52
Aula: 13 - O cenário artístico paulista - MASP e MAM ............................................... 54
Aula: 14 - O cenário artístico no Rio de Janeiro .......................................................... 57
Aula: 15 - Os pioneiros da arquitetura moderna .......................................................... 59
Resumo - Unidade III ................................................................................................... 61
Unidade IV - Brasil - Dos anos 50 ao final dos anos 60 do século XX ................ 67 
Aula: 16 - Brasil de 1950 até o final de 1960 ............................................................... 68
Aula: 17 - Os anos 1950 e a arte concreta brasileira em São Paulo ............................ 71
Aula: 18 - Arte Abstrata - Arte Abstrata Geométrica - Grupo Ruptura - Grupo Frente ....... 73
Aula: 19 - Exposição Nacional de Arte Concreta - Exposição Nacional de Arte 
 Neoconcreta - Informalismo ........................................................................ 75
Aula: 20 - Os elementos culturais e artísticos a partir dos anos 60 do século XX no Brasil .... 77
Aula: 21 - Arquitetura de 1950 e 1960 - A resistência paulista .................................. 79
Aula: 22 - Os anos 1960 nas artes visuais - Museu de Arte Contemporânea - Mac/ 
 USP - Grupos: Austral e Rex ........................................................................81
Resumo - Unidade IV ................................................................................................... 84
ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA II10
UNIMES VIRTUAL
Unidade V - Brasil - Anos 70 do Século XX ....................................................... 91 
Aula: 23 - Os anos de 1970 no Brasil .......................................................................... 92
Aula: 24 - As artes visuais em meados dos anos 70 do século XX no Brasil - 
 Pintura de Resistência ................................................................................. 95
Aula: 25 - A escultura em meados de 1970 - Escola Brasil ......................................... 97
Aula: 26 - Na contramão ............................................................................................. 99
Aula: 27 - Novos centros, novos artistas .................................................................. 101
Resumo - Unidade V .................................................................................................. 104
Unidade VI - Brasil - De 1980 ao início do século XXI...................................... 109 
Aula: 28 - O Brasil de 1980 ao início do século XXI ................................................... 110
Aula: 29 - As artes visuais em 1980 ......................................................................... 112
Aula: 30 - São Paulo e Rio de Janeiro – Casa 7 – Como vai você, Geração 80? ........ 115
Aula: 31 - Tendências dos anos de 1980 nas Artes Visuais ....................................... 117
Aula: 32 - As artes visuais após 1990 ...................................................................... 119
Resumo - Unidade VI ................................................................................................. 122
ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA II 11
UNIMES VIRTUAL
Unidade I
Brasil - Início do século XX
 
Objetivos
Conhecer e classificar o período que se inicia no início do século XX até os anos 
30 e os elementos culturais e artísticos do período no Brasil.
Plano de Estudo
Esta unidade conta com as seguintes aulas:
Aula: 01 - O regionalismo e o nacionalismo - São Paulo no início do século XX
Aula: 02 - O nacionalismo na arquitetura e escultura - O movimento modernista
Aula: 03 - O Movimento Modernista - Centenário da Independência - Semana 
 e Arte Moderna em São Paulo
Aula: 0� - Depois da Semana - Movimento Antropofágico
ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA II12
UNIMES VIRTUAL
Aula: 01
Temática: O regionalismo e o nacionalismo 
 - São Paulo no início do século XX
 
Nesta aula inicial falaremos sobre o que compõe as carac-
terísticas do regionalismo e do nacionalismo. Ainda nesta 
aula, observaremos alguns aspectos da cidade de São Paulo 
no início do século XX.
O regionalismo e o nacionalismo
Na Europa, o período entre as duas grandes guerras mundiais (1919-1939) 
caracterizou-se pelo fortalecimento do nacionalismo junto ao qual se de-
senvolvia na arte uma visão do mundo sombria e pessimista. No Brasil, 
nesse mesmo período, ao contrário, predominaram o regionalismo e a bus-
ca de novas técnicas.
O regionalismo foi um dos primeiros sinais, visível na literatura e na pintu-
ra, a revelarem a preocupação com o homem rural e com a cultura peculiar 
das cidades do interior. Assim, o início do século XX tornou-se o cenário 
de um tema local distante do academismo estritamente vinculado aos mo-
delos europeus.
Gonzaga Duque, em 1908, já manifestava certa inquietação em relação a 
uma arte importada e uma definição de nossos artistas em relação ao na-
cional. Na literatura, Os Sertões, de Euclides da Cunha, despertava a pro-
blemática social nacional. O escritor Oswald de Andrade, em um artigo de 
1915, conclamava os jovens artistas a uma conscientização do nacional.
Um dos poucos artistas do final do século XX, Almeida Júnior, paulistano 
de Itu, já citado na disciplina de História da Arte Brasileira I, considerado 
acadêmico do ponto de vista formal, classifica-se, em função de sua temá-
tica, dentro do ideal regionalista, como “precursor, encaminhador e mode-
lo” da pintura nacional, segundo Oswald de Andrade em Artes Plásticas na 
Semana de 22 (AMARAL, 2001).
 
 
 
Ao lado de José Ferraz de Almeida Júnior (1850-1899), 
a obra Amolação Interrompida de 1894. Acervo da Pinaco-
teca do Estado de São Paulo.
ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA II 13
UNIMES VIRTUAL
São Paulo no início do século XX
A cidade de São Paulo era uma jovem metrópole no início do século XX. Da 
pacata cidade agrária do princípio do ciclo do café (quando o centro da ci-
dade compunha-se de poucas ruas tortas, uma catedral, alguns mosteiros 
e pequenos prédios públicos) nada mais restava. O boom industrial trouxe-
ra imigrantes para o centro e pouco restava dos caboclos e ex-escravos. 
O desenvolvimento econômico rapidamente diferenciou a cidade paulista 
dos demais centros urbanos do país. Entre 1900 e 1920, a cidade dobrou 
sua população. 
A partir da Primeira Guerra Mundial1, a industrialização foi incrementada para 
atender à demanda interna de produtos manufaturados. Na segunda década, 
no plano das comunicações instalaram-se novas linhas postais, telegráficas 
e telefônicas. Isto fez surgir também o sistema de radiodifusão, o que firmou 
o ideal de modernidade e rapidez. No campo político, setores da burguesia 
aliaram-se contra a República Velha2 e provocaram os levantes de 1922 e 
19243. No processo de industrialização também participaram os imigrantes. 
Árabes, judeus, portugueses, japoneses, russos, alemães, armênios, entre 
outros, foram tomando bairros, criando lojas, empresas, trabalhando nas fá-
bricas e lavouras, o que deu um novo rosto à cidade.
A força e o dinamismo da cidade industrial, abarrotada de 
trabalhadores circulando pelos teatros de revista, contras-
tavam com a sociedade repleta de elementos patriarcais e 
conservadores ligados à realidade agrária (uma parcela de intelectuais re-
cém-formados nos padrões da cultura francesa e inglesa, ávidos por ópe-
ras italianas e poesia parnasiana4).
 
Site
www.prodam.sp.gov.br/dph/historia/ - acesso em 19/02/2008.
1 1ª Guerra Mundial (1�1�-1�1�) - utilizou a ciência e a tecnologia para efetuar o maior 
massacre que a humanidade já vira e mostrou a fragilidade do mundo quanto às idéias 
de progresso e segurança. 
2 República Velha (1���-1�30) - ordem oligárquica, fundamentada na política do café-
com-leite, onde os políticos paulistas e mineiros se revezavam no poder.
3 Revoltas de � de julho de 1�22 e � de julho de 1�2�, conhecidas por Movimento 
Tenentista.
4 Poesia Parnasiana - marcada pelo gosto exagerado na descrição nítida ou mimese. 
Concepções rígidas sobre a métrica e as rimas e preferência por temas greco-romanos, 
negando o mundo moderno.
www.prodam.sp.gov.br/dph/historia/
ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA II1�
UNIMES VIRTUAL
Aula: 02
Temática: O nacionalismo na arquitetura e escultura 
 - O movimento modernista 
 
Na aula anterior foram feitos comentários sobre o regiona-
lismo, a arte e a cultura da cidade de São Paulo, no início do 
século XX. 
 
O nacionalismo na arquitetura 
Dentre as cidades, São Paulo liderou a renovação das artes no país trans-
formando suas ruas e praças. “Não existia fazendeiro que não tivesse na 
capital a sua chácara ou casa” (AMARAL, 2001, p. 68).
As avenidas foram arborizadas, as praças e jardins receberam monumen-
tos; as ruas foram calçadas e receberam esgotos. 
Ao lado, Teatro Municipal de São 
Paulo, inaugurado em 1911 com 
projeto de Domiziano Rossi, funcio-
nário do escritório de engenharia de 
Ramos de Azevedo.
Teatro Municipal, c. 1�20. Crédito: 
Guilherme Gaensly.
Fonte:http://www.aprenda450anos.com.br/450anos/vila_metropole/2-
3_teatro_municipal
Na arquitetura o nativismo surgiu no Brasil por intermédio do arquiteto Ricar-
do Severo que, a partir de 1914, conclamou os arquitetos a projetarem resi-
dências e edifícios no estilo portuguêse na arte colonial mineira e baiana. 
O arquiteto de maior projeção, e que mais trabalhou no estilo neocolonial 
assim como na urbanização de São Paulo, foi Victor Dubugras. 
Entre os jovens arquitetos, o nome de Lúcio Costa destacou-se por proje-
tos neocoloniais “baseados em estudos não das edificações portuguesas, 
mas daquelas aqui realizadas” (AMARAL, 2001, p. 78). 
http://www.aprenda450anos.com.br/450anos/vila_metropole/2-3_teatro_municipal
http://www.aprenda450anos.com.br/450anos/vila_metropole/2-3_teatro_municipal
ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA II 1�
UNIMES VIRTUAL
Assim, os poderes públicos adotaram e construíram numerosos edifícios, 
tais como escolas, teatros, hospitais, conventos e igrejas no estilo neoco-
lonial, principalmente no Rio de Janeiro e em São Paulo. 
 
O nacionalismo na escultura 
Na estatuária, a cidade de São Paulo saiu na frente da cidade do Rio de Ja-
neiro em relação à modernidade dos monumentos, pois a capital do governo 
já tinha sido enfeitada no século anterior com monumentos à francesa. 
 
O poder público paulista utilizou concursos públicos para a 
escolha das estátuas e monumentos para enfeitar as pra-
ças somente na segunda década do século XX, já dentro 
do espírito nacionalista. Dentre os nomes dos artistas escultores que con-
correram ao concurso para o projeto do monumento à Independência em 
1919, encontravam-se Ettore Ximenez e Nicola Rollo. Em 1920, entre os 
concorrentes para o projeto do Monumento às Bandeiras estava Victor 
Brecheret (1894-1955). No entanto, o projeto modernista de Brecheret só 
foi inaugurado em 1953 para o Parque do Ibirapuera em São Paulo. 
Monumento às Bandeiras
Escultura, em granito, com 50 m de 
comprimento e 16 de altura.
Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/
Monumento_%C3%A0s_Bandeiras 
02.04.2007.
 
Saiba mais sobre as esculturas de Brecheret em AMARAL, 
Aracy A. Artes Plásticas na Semana de 22. São Paulo: 
Editora 34, 2001, pp. 164 a 171. Pesquise mais no Catálogo: 
BRECHERET, Victor. Exposição comemorativa do 20º aniversário de faleci-
mento. São Paulo: Museu Lasar Segall, 1976.
 
Entre no nosso banco de textos no ambiente virtual de apren-
dizagem e leia o texto sobre o Monumento às Bandeiras.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Monumento_%C3%A0s_Bandeiras 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Monumento_%C3%A0s_Bandeiras 
ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA II1�
UNIMES VIRTUAL
Aula: 03
Temática: O movimento modernista - Centenário da In-
dependência - Semana da Arte Moderna em São Paulo
 
Na aula anterior comentamos sobre o movimento naciona-
lista na arquitetura e estatuária no Brasil, principalmente 
no Estado de São Paulo que começava a se destacar dos 
outros estados quanto à arte e à cultura. 
 
O movimento modernista
Como já comentamos no semestre anterior, o Brasil e, mais precisamente, 
a cidade de São Paulo recebeu friamente as exposições dos artistas Lasar 
Segall (1891-1957) em 1913 e de Anita Malfatti (1889-1964) em 1914 com 
suas obras baseadas no expressionismo alemão. As primeiras exposições 
de Segall e Anita não causaram grande repercussão indicava, porém, um 
movimento de mudança caminhava a passos lentos, mas decisivos. A ex-
posição em 1917 de Anita Malfatti em São Paulo, com uma mostra no 
campo de Expressionismo e Cubismo, criou um clima de escândalo gerado 
pelo artigo Paranóia ou Mistificação�, de Monteiro Lobato.
No entanto, esse mesmo clima de irritação resultou na consciência de 
rebeldia e união em torno de Anita por parte de Oswald de Andrade, Mário 
de Andrade, Di Cavalcanti (1897-1976), Guilherme de Almeida e a partir de 
1919 com Brecheret.
O movimento modernista foi um processo que se pontuou historicamente 
ao mesmo tempo em que suas linhas e contornos foram se tornando mais 
fortes e mais visíveis. 
1�22 – Centenário da Independência
Em 1920, os preparativos para os festejos do centenário da Independência 
começaram a ser realizados. 
Nas colunas de jornais os jovens escritores criticavam e ridicularizavam as 
pompas e as idéias oficiais. Segundo Francisco Alambert, em A Semana 
de 22, “o evento planejado já estava tomando corpo” Tomando a data da 
Independência, a Semana de Arte Moderna foi preparada para “aparecer 
1 O artigo Paranóia ou Mistificação atacava violentamente a exposição, a pintora e, sobre-
tudo, os princípios da pintura moderna, que Monteiro Lobato repudiava.
ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA II 1�
UNIMES VIRTUAL
como um evento marcante, um evento que realizasse e completasse, ob-
viamente segundo a visão de seus elaboradores, o processo de libertação 
do país, a construção cultural da nação” (ALAMBERT, 1992).
 
Portanto, provavelmente o acontecimento foi preparado e re-
tardado para que atingisse a data simbólica. Em outubro de 
1921, um grupo de escritores paulistas dirigiu-se ao Rio de 
Janeiro a fim de expor suas obras e traçar uma estratégia, pois a capital fe-
deral estava no clima de agitação intelectual semelhante ao paulista. Duran-
te a permanência na cidade carioca, os grupos se reuniram e discutiram os 
planos e as obras de cada um, evitando um caráter regional ao movimento. 
 
Semana da Arte Moderna em São Paulo 
O cartaz anunciava a Semana de Arte Moderna em São Paulo e o recibo 
estabelecia o aluguel do Teatro Municipal de São Paulo ao Espetáculo da 
Semana de Arte Futurista.
A semana foi aberta no dia 11 de fevereiro de 1922. Até o dia 18, o Teatro 
Municipal abrigou uma exposição de arte, e nos dias 13, 15 e 17 foram re-
alizados espetáculos de música e dança e também conferências e leituras 
de poemas e prosa.
Os jornais dos dias 14, 16 e 18 noticiaram escandalizados ou entusiasmados 
os acontecimentos das noites anteriores. Os participantes na área de pintura 
foram segundo Aracy Amaral, “Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Ferrignac, Zina 
Aita, Martins Ribeiro, Oswaldo Goeldi, Regina Graz, John Graz, Castello e ou-
tros.” Na área da escultura encontravam-se Victor Brecheret e W. Haarberg. 
Na literatura participaram, entre outros: Mário de Andrade, Ronald de Car-
valho, Oswald de Andrade, Menotti del Picchia, Sérgio Milliet, Guilherme 
de Almeida, Plínio Salgado, Luiz Aranha e Ribeiro Couto. 
Entre os músicos que se apresentaram estavam Villa-Lobos e Guiomar 
Novaes. 
 
A Semana foi inaugurada com a conferência de Graça Ara-
nha, o patrono intelectual. Defendendo os pontos de vista 
ligados à nova arte, criticou a Academia Brasileira de Letras 
pelo seu caráter conservador e recebeu críticas da platéia. Os escritores 
foram, junto com os artistas plásticos, os que mais receberam críticas e 
causaram reação negativa na audiência. 
ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA II1�
UNIMES VIRTUAL
As tendências expostas iam do neo-impressionismo e futurismo ao ex-
pressionismo com tendências múltiplas, às vezes contrárias, mas sem dú-
vida obras motivadas e criadas para uma reação ao academismo. 
Assim, a Semana de 22 se encerrou e foi justificada por muito tempo entre 
os próprios participantes que escreveram e reescreveram sobre ela. Abai-
xo, um pequeno texto de Francisco Alambert em A Semana de 22:
 
Ela representou a conscientização de que o desenvol-
vimento intelectual encontrava-se defasado diante do 
desenvolvimento matéria. Seus eufóricos participan-
tes lançaram essas questões à espantada platéia: por 
que apesar de tudo, estamos atrasados? Qual a nossa 
visão do que somos, de nosso papel no mundo, polí-
tica e culturalmente? [...] A Semana de Arte Moderna 
e seus artífices [...] comandaram uma revolta contra 
valores burgueses em nome de um ideal artístico. Era 
o prenúncio de algumas das grandes transformações 
sociais e o apelo à idéia de revolução que viria surgir 
nos anos posteriores. (ALAMBERT, 1992, p. 27)
 
Entre novamente no nosso banco de textos e leia o texto 
sobre a Semana de Arte Moderna de São Paulo. 
ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA II 1�
UNIMES VIRTUAL
Aula: 0�
Temática: Depois da Semana 
 - Movimento Antropofágico
 
Observamos nas aulas anteriores osurgimento dos valores 
nacionais e regionais na arte brasileira. Os acontecimentos 
da Semana de 22 destacaram a cidade de São Paulo como 
centro cultural e revolucionaram os valores artísticos no Brasil.
 
Depois da Semana
Fundamentado no êxito das noites agitadas, os jovens artistas consegui-
ram espaço, e, entusiasmados, deram continuidade ao seu trabalho. Os 
participantes da Semana lançaram periódicos para representar os seus 
interesses. Várias revistas surgiram e outras já existentes desenvolve-
ram-se para difundir a arte moderna, entre elas O Pirralho, Fon-Fon, Papel 
e Tinta, Revista do Brasil, Klaxon e Terra Roxa. Essas revistas serviram 
também para discutir a questão da cultura regional e nacional. O Futuris-
mo ou Modernismo deram lugar ao Brasileirismo. As questões do nacio-
nalismo cultural e político passaram a ser o ponto mais marcante para a 
maioria dos artistas e intelectuais do período, dentro e fora dos estados de 
São Paulo e Rio de Janeiro. 
Surgiram também os movimentos Anta, a Poesia Pau-Brasil e a obra Ma-
cunaíma, de Mário de Andrade, em 1928.
 
Movimento Antropofágico
A inspiração para o movimento da Antropofagia remonta à tela pintada 
por Tarsila do Amaral dada de presente a Oswald de Andrade, em 1928, 
batizado de Abapuru, que significa “aquele que come”, o antropófago.
 
Segundo Oswald de Andrade, sua proposta não era voltar a 
uma vida natural, mas elaborar a construção de uma cultura 
alternativa àquela que as civilizações ocidentais e orientais 
elegeram como vencedora. Oswald pregava uma deglutição inspirada na 
morte do Bispo Sardinha pelos índios brasileiros: a cultura européia de-
cadente seria ingerida e remanejada ao gosto brasileiro. Trata-se de uma 
utopia baseada nos conceitos das tribos indígenas.
ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA II20
UNIMES VIRTUAL
Os artistas que participaram direta ou indiretamente da Semana de Arte 
Moderna em São Paulo 
Lasar Segall (1891-1957) conviveu com o meio artístico alemão e se fun-
damentou no drama social do homem para expressar sua arte. Fixando-se 
no Brasil, já mais amadurecido profissionalmente, transformou sua pintura 
expressiva em algo mais calmo e mais colorido.
Ao lado, a obra Bananal, de 1927. 
Acervo. Pinacoteca do Estado de 
São Paulo.
Anita Malfatti (1896-1964) viveu no meio artístico dos Estados Unidos 
em plena Primeira Guerra, depois de ter estudado em Berlim. Em 1917, de 
volta a São Paulo, apresentou uma obra fauvista e cheia de vitalidade. Foi 
combatida vivamente por Monteiro Lobato e defendida pelos modernistas. 
Com o pensionato do governo, permaneceu em Paris por cinco anos. Com 
experiências abstracionistas, encaminhou-se para temas religiosos e inte-
rioranos. Desta forma, perdeu a vitalidade dos primeiros anos artísticos.
Emiliano Di Cavalcanti (1897-1976) iniciou sua vida artística como ilus-
trador e caricaturista. Pintava e escrevia poesias. Seu nome é obrigatório 
quando se fala em Semana de Arte Moderna, pois participou ativamente 
com trabalho e Idéias. Partiu para Paris, em 1923, e transformou sua técni-
ca romântica em disciplina cubista, a qual foi aplicada ao tema “mulheres 
brasileiras”. 
John Graz (1891-1980) estudou na Escola de Belas Artes de Genebra e 
pesquisou a técnica de cartazes publicitários em Munique. Requisitado 
após a Semana como projetista de ambientes, pouco a pouco abandonou 
a pintura. Com sua esposa, Regina Graz, produziu inúmeros panneaux e 
almofadas na técnica futurista dos anos 1920 e introduziu o Art Deco na 
decoração. 
Vicente do Rego Monteiro (1889-1970) se encontrava em Paris em feve-
reiro de 1922. Rego Monteiro utilizou, entre outras técnicas, o cubismo nos 
temas brasileiros populares e lendários. O artista passou longas tempora-
das em Paris ilustrando livros franceses.
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UNIMES VIRTUAL
O artista participou do grupo latino-americano, em Paris, ao lado de Orozco 
e Rivera, entre outros. Foi um dos poucos artistas brasileiros a representa-
rem o movimento internacional do Art Deco na pintura. 
Tarsila do Amaral (1886-1973), amiga de Anita Malfatti, participou do 
“Grupo dos Cinco”, com Anita, Mário de Andrade, Oswald de Andrade 
e Menotti del Picchia. Estudou em Paris e, em 1924, de volta ao Brasil, 
participou das viagens em “descoberta do Brasil” com os amigos. Com 
a tela Abapuru, de 1928, iniciou a fase antropofágica, com tendência ao 
surrealismo. 
Ao lado, São Paulo, executada em 
1924, de Tarsila do Amaral. Acer-
vo. Pinacoteca do Estado de São 
Paulo.
 
Pesquise mais sobre a Semana da Arte Moderna em São 
Paulo e o que ela representou para a arte brasileira em 
AMARAL, Aracy A. Artes Plásticas na Semana de 22. São 
Paulo: Editora 34, 2001. 
 
Leia também: ANDRADE, Mário. O Movimento Modernista. 
in Aspectos da literatura brasileira. São Paulo: Martins, 
1942, pp. 231-255.
ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA II22
UNIMES VIRTUAL
 
Resumo - Unidade I
 
Iniciamos a unidade conhecendo e classificando o período 
do início do século XX até os anos 30 e os elementos cultu-
rais e artísticos desse período no Brasil.
Observamos que o regionalismo foi um dos primeiros sinais, visível na lite-
ratura e na pintura, a revelarem a preocupação com o homem rural e com 
a cultura peculiar das cidades do interior, o que se tornou, no Brasil, um 
tema local distante do academismo estritamente vinculado aos modelos 
europeus. 
Analisamos que a cidade de São Paulo era uma jovem metrópole no início 
do século XX e que a indústria trouxe imigrantes para o centro; pouco res-
tava dos caboclos e ex-escravos. O desenvolvimento econômico rapida-
mente diferenciou a cidade paulista dos demais centros urbanos do país.
Espreitamos que as primeiras exposições de Lasar Segall e Anita Malfatti, 
artistas recém-chegados de seus estudos na Europa, não causaram gran-
de repercussão, porém, um movimento de mudança caminhava a passos 
lentos, mas decisivos, o que resultou no movimento modernista, o qual 
resultou da Semana de 22 e destacou a cidade de São Paulo como centro 
cultural que revolucionou os valores artísticos no Brasil, com os nomes de 
Tarsila do Amaral, Vicente do Rego Monteiro, entre outros. 
Até nossa próxima unidade. 
 
Referências Bibliográficas 
ALAMBERT, Francisco. A Semana de 22. A Aventura Modernista no 
Brasil. São Paulo: Scipione, 1992.
ALMEIDA, P. Mendes de. De Anita ao museu. São Paulo: Perspectiva, 
1976. 
AMARAL, Aracy A. Artes plásticas na Semana de 22. São Paulo: Editora 
34, 2001.
ANDRADE, Mário. Aspectos das artes plásticas no Brasil. São Paulo: 
Martins, 1965, pp. 13-46.
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UNIMES VIRTUAL
ANDRADE, Mário. O Movimento Modernista. in Aspectos da literatura 
brasileira. São Paulo: Martins, pp. 231-255 .
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1997.
 
Edições especiais
_________ . Arte no Brasil. São Paulo: Comissão de Artes Plásticas da 
Secretaria de Cultura de São Paulo: Nova Cultural, 1986. 
ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA II2�
UNIMES VIRTUAL
_________ . Dicionário brasileiro de artistas plásticos. Brasília: INL, 
1980.
_________ . Dicionário Crítico da Pintura no Brasil. Rio de Janeiro: Arte 
Livre, 1988.
_________ . Pinacoteca do Estado de São Paulo. São Paulo: Safra, 
1994.
_________ . Pinacoteca do Estado de São Paulo. A coleção permanen-
te. Gráficos Burti. São Paulo, 2002. 
 
Catálogos
MODERNISMO: Anos Heróicos: Marcos históricos. Instituto Cultural 
Itaú. São Paulo, 1993.
SOUZA, Gilda Mello e. Apresentação – O Modernismo - De 1917 a 1930, in 
Museu Lasar Segall: Ciclo Pintura Brasileira Contemporânea. São Paulo, 
mai. 1975.
BRECHERET, Victor. Exposição comemorativa do 20º aniversário de fa-
lecimento. São Paulo: Museu Lasar Segall, 1976.
 
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http://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil#Era_Vargas
http://pt.wikipedia.org/wiki/Monumento_%C3%A0s_Bandeiras
http://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_antropof%C3%A1gico
http://www.itaucultural.org.br
http://www.mnba.gov.br/
http://www.pinacoteca.sp.gov.br/
http://www.saopaulo.sp.gov.br/saopaulo/ cultura/museus_pinac.htm
www.prodam.sp.gov.br/dph/historia/
 
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www.prodam.sp.gov.br/dph/historia/
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Glossário
Antropofagia: canibalismo.
Caráter regional: referente à cidade ou local.
Nacionalismo: exaltação do sentimento nacional; preferência marcante 
por tudo quanto é próprio da nação à qual se pertence; patriotismo.
Neocolonial: estilo baseado na arquitetura portuguesa e na arte colonial 
mineira e baiana.
Panneaux: pintura efetuada em tecido que, depois, era pendurado em pa-
redes como se fossem quadros.
Periódicos: revistas ou jornais com dia certo para circular.
Poesia Parnasiana: marcada pelo gosto exagerado na descrição nítida ou 
mimese. Concepções rígidas sobre a métrica e as rimas e preferência por 
temas greco-romanos, negando o mundo moderno.
Regionalismo: um dos primeiros sinais, visível na literatura e na pintura, 
a revelarem a preocupação com o homem rural e a cultura peculiar das 
cidades do interior. 
Temática: tema em que o artista se baseia para criar a sua obra.
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Exercício de auto-avaliação I
1) Nas primeiras décadas do século XX, existiu certa inquietação em relação a uma arte 
importada e uma definição de nossos artistas em relação ao nacional. Qual nome se deu 
a esse movimento?
Populismo
Regionalismo
Ditadura
Socialismo
2) Na arquitetura, o nativismo surgiu no Brasil por intermédio do arquiteto Ricardo Seve-
ro que, a partir de 1�1�, conclamou os arquitetos a projetarem residências e edifícios no 
estilo português e na arte colonial mineira e baiana. Qual nome se deu a essas constru-
ções, as quais fazem parte do ecletismo do início do século XX no Brasil?
Arquitetura Parnasianista
Arquitetura Romântica
Arquitetura Neocolonial
Arquitetura Clássica
3) O Monumento às Bandeiras é um projeto modernista dos anos 1�20, mas só foi inau-
gurado em 1��3 e se encontra no Parque do Ibirapuera, em São Paulo.
Américo da Silva (1898-1960)
Victor Brecheret (1894-1955) 
John Graz (1891-1980)
Mário de Andrade (1893-1945)
�) Em 1�20, iniciaram-se os preparativos para comemorar cem anos de um grande acon-
tecimento no Brasil. Qual o nome do evento que ocorreu em 1�22?
Centenário da Independência 
Centenário da República
Centenário da Revolução de 22
Centenário da Marcha contra os 15
a)
b)
c)
d)
a)
b)
c)
d)
a)
b)
c)
d)
a)
b)
c)
d)
ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA II 2�
UNIMES VIRTUAL
�) Segundo Oswald de Andrade, sua proposta não era voltar a uma vida natural, mas 
elaborar a construção de uma cultura alternativa àquela que as civilizações ocidentais e 
orientais elegeram como vencedora. Oswald pregava uma deglutição inspirada na morte 
do Bispo Sardinha pelos índios brasileiros em que a cultura européia decadente seria 
ingerida e remanejada ao gosto brasileiro. Uma utopia baseada nos conceitos das tribos 
indígenas. Estamos falando de que Movimento?
Das Tribos Indígenas
Antropofágico
Da Identidade Nacional
Antológico
a)
b)
c)
d)
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ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA II 2�
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Unidade II
Brasil - Anos 30 do Século XX
 
Objetivos
Conhecer e classificar a história do Brasil no período a partir dos anos 30 do sé-
culo XX, bem como os elementos culturais e artísticos do período.
Plano de Estudo
Esta unidade conta com as seguintes aulas:
Aula: 0� - Brasil e as revoluções a partir de 1930 
Aula: 0� - Os elementos culturais e artísticos do período a partir dos anos 30 do 
 século XX no Brasil
Aula: 0� - O cenário artístico paulista a partir de 1930
Aula: 0� - O cenário artístico paulista - Grupo Santa Helena
Aula: 0� - O cenário artístico paulista - Grupo Seibi - Salão de Maio
Aula: 10 - O cenário artístico paulista - Família Artística Paulista - Sindicato dos 
 Artistas Plásticos
ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA II30
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Aula: 0�
Temática: Brasil e as revoluções a partir de 1�30
Na Unidade anterior observamos o Brasil, do início do século 
XX até o final dos anos 20. Na década de 1920, a sociedade 
brasileira conviveu com o lado moderno e o lado atrasado 
no Brasil. Esse conflito se manifestou em diversos setores sociais. Na área 
cultural, por exemplo, em fevereiro de 1922, eclodiu a Semana de Arte Mo-
derna. Durante os eventos em São Paulo – cidade que mais cresceu nesse 
período – diversos artistas escandalizaram o público no Teatro Municipal 
com obras inovadoras, as quais rompiam com a estética que vigorava. Os 
artistas provocaram enorme impacto na provinciana cidade, abrindo cami-
nho para a transformação do gosto estético da maioria dos brasileiros. 
 
Brasil e as Revoluções a partir de 1�30 
Em 1929, o presidente paulista Washington Luís lançou a candidatura de 
Júlio Prestes, outro paulista, para presidente do Brasil. Rompendo com a 
política do café-com-leite, essa candidatura forçou os mineiros a se aliarem 
com o Rio Grande do Sul e Paraíba, os quais formaram a Aliança Liberal em 
apoio ao gaúcho Getúlio Vargas para presidente. No mesmo ano, o mundo 
foi atingido pela crise econômica desencadeada pela Grande Depressão 
americana1. A Aliança Liberal prometia ajuda e atenção aos operários, 
anistia aos tenentes condenados e moralização na política. Mesmo assim, 
Júlio Prestes ganhou as eleições de março de 1930. Os setores radicais 
se revoltaram quando o vice-presidente João Pessoa, ex-governador da 
Paraíba, foi assassinado em Recife. Na tarde de três de outubro de 1930, a 
revolução eclodiu no Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Paraíba e Pernam-
buco, espalhando-se pelo país. Vinte dias depois, o presidente Washing-
ton Luís foi deposto e Getúlio Vargas anunciou um governo provisório e 
prometeu uma nova era para o Brasil. Essa nova era significava uma nova 
atitude em relação à classe trabalhadora e às leis dos Sindicatos. 
Em São Paulo, depois de dois anos de tensão e manifestações contrárias, 
eclodiu a chamada Revolução Constitucionalista2. 
1 Grande Depressão americana – Crise econômica desencadeada pelo crack da Bolsa 
de Nova York em 1929. Com a depressão os preços do café despencaram e muitos fazen-
deiros brasileirosperderam tudo.
2 Revolução Constitucionalista – Os rebeldes paulistas assumiram o poder, mas foram 
deixados sozinhos pelas elites das outras regiões. Com isso, as forças federais derrota-
ram os paulistas em setembro de 1932.
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A partir de 1934, os anos que se seguiram foram de intensa radicaliza-
ção política e de crises que acabaram levando a um golpe de Estado que 
instituiu o Estado Novo em 1937 - uma ditadura marcada pela violência 
e pelo controle rígido da população. No âmbito econômico, as principais 
características do Estado Novo foram o impulso à industrialização com o 
auxílio de capitais norte-americanos, o nacionalismo, o protecionismo e a 
intervenção do Estado na economia, com a criação de empresas estatais. 
 
Ao eclodir a Segunda Guerra Mundial3, o Brasil procurou 
manter uma posição de neutralidade em relação aos dois 
lados envolvidos no conflito. Somente em 1942, o Brasil de-
clarou guerra aos países do Eixo. Após o fim do Estado Novo e a deposição 
de Getúlio Vargas em 1945, o Brasil entrou em um período no qual se com-
binaram democracia, crescimento econômico e desenvolvimento cultural. 
3 Segunda Guerra Mundial (1939–1945) - Opôs os Aliados às Potências do Eixo. Foi o 
conflito que causou mais vítimas em toda a história da Humanidade.
ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA II32
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Aula: 0�
Temática: Os elementos culturais e artísticos do 
período a partir dos anos 30 do século XX no Brasil 
 
Na aula anterior observamos o Brasil e as Revoluções a par-
tir de 1930 e a instituição do Estado Novo, em 1937, com 
Getúlio Vargas no poder.
O regionalismo se firmou nos anos 1930, principalmente, nas mãos dos 
escritores. Foram lançados: A bagaceira, de José Américo de Almeida1, 
em 1928; O Quinze, de Raquel de Queiroz2, em 1930; O país do carnaval, de 
Jorge Amado3, em 1931; Menino do engenho, de José Lins do Rego4, em 
1932; Clarissa, de Érico Veríssimo5, em 1933; Vidas Secas, de Graciliano 
Ramos6, em 1938.
Em 1931, no Rio de Janeiro, acontecia a 38ª Exposição Geral de Belas 
Artes, mais conhecida por Salão Revolucionário, organizada por Lúcio Cos-
ta e pela primeira vez aberta a artistas com orientação modernista e a 
fundação do Núcleo Bernardelli. O Núcleo com professores experientes 
como Quirino Campofiorito revelou, entre outros, Joaquim Tenreiro, José 
Pancetti e Milton da Costa (1915-88).
Mário Raul Moraes de Andrade (1893-1945), poeta, contista e romancista, 
crítico e ensaísta, lingüista, musicólogo e folclorista, um dos principais in-
tegrantes do modernismo, preocupado em abrasileirar sua linguagem, pu-
blicou nos anos 1920, depois de Paulicéia Desvairada e Macunaíma, mais 
algumas obras famosas. No final dos anos 1920, viajou para o Amazonas 
e o Nordeste para colher material musical, popular e folclórico. Seguiu 
a evolução dos modernistas escrevendo sobre eles em vários jornais de 
São Paulo e Rio de Janeiro e colaborou ativamente com o departamento 
1 José Américo de Almeida nasceu em Areia, Paraíba, em 1 de outubro de 1887. Faleceu 
na cidade de João pessoa em 10 de março de 1980. A publicação do romance A baga-
ceira, em 1928, projetou-lhe o nome em todo o país, com o destaque dado à literatura 
regionalista.
2 Rachel de Queiroz nasceu em Fortaleza - CE, no dia 17 de novembro de 1910. Faleceu, 
no dia 04 de novembro de 2003, na cidade do Rio de Janeiro.
3 Jorge Amado de Faria nasceu no dia 10 de agosto de 1912, na fazenda Auricídia, em 
Ferradas, distrito de Itabuna - Bahia. Faleceu no dia 06 de agosto de 2001 em Salvador, 
Bahia. 
4 José Lins do Rego (jornalista, romancista, cronista e memorialista) nasceu no Engenho 
Corredor, Pilar, PB, em 03 de julho de 1901, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 12 de 
setembro de 1957.
5 Erico Veríssimo (1905-1975) - Natural de Cruz Alta, RS. Escritor de estilo simples, ex-
celente contador de histórias, uma das grandes expressões da moderna ficção brasileira.
6 Graciliano Ramos nasceu no dia 27 de outubro de 1892, no sertão de Alagoas. Faleceu 
em 20 de março de 1953.
ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA II 33
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de cultura da cidade de São Paulo até 1938, quando se mudou para o Rio 
de Janeiro. Em 1943, Mário de Andrade publicou Aspectos da literatura 
brasileira. 
Depois da Semana de Arte Moderna, o modernismo, na pintura, instalou-
se, aos poucos e demoradamente, na alma brasileira. São Paulo tornou-se 
a capital da cultura e das artes, com os artistas empenhados através de 
exposições e viagens a mostrar e disseminar a arte moderna. 
 
Conheça mais sobre Mário de Andrade em: ANDRADE, Má-
rio. Aspectos da literatura brasileira. São Paulo: Martins, 
1942. 
Além disso, no nosso banco de textos há um material sobre a vida do 
autor. Não deixe de ler!
ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA II3�
UNIMES VIRTUAL
Aula: 0�
Temática: O cenário artístico paulista a partir de 1�30 
Nas aulas anteriores conhecemos e classificamos a história 
do Brasil no período a partir dos anos 1930 e os elementos 
culturais e artísticos do período. Procure observar quantas 
obras e quantos artistas ainda são quase desconhecidos pela mídia bra-
sileira, mas de certa forma ajudam a constituir o mapa cultural e artístico 
moderno no Estado de São Paulo e, como conseqüência, a arte brasileira 
que hoje conhecemos. 
 
No início da década de 1930, no decorrer dos desenvolvi-
mentos artísticos individuais que resultaram da famosa Se-
mana de 22, houve, em São Paulo, a formação de grupos de 
artistas ligados ao crescimento industrial e à euforia cultural da capital: a 
Sociedade Pró-Arte Moderna (SPAM) e o Clube dos Artistas Modernos 
(CAM), no final de 1932. 
Nos anos 1930 e 1940, ao lado dos artistas oriundos de famílias da elite 
agrária ou da classe média ligada a profissões liberais, ao comércio e à in-
dústria, surgia a figura do artista (proletário oriundo da pequena burguesia 
em ascensão ou mesmo do operariado). As iniciativas artísticas desses gru-
pos fortaleceram e consolidaram o modernismo, pois ficou marcada a arte 
brasileira do país, bem como os artistas da geração seguinte - com uma 
tendência à moderação - adaptando a tradição acadêmica à inquietação dos 
modernos (resultado da tendência à negação da produção e das pesquisas 
modernas por grande parte da crítica brasileira que condena, como impró-
pria, a presença de alguns artistas e obras avançadas demais).
A Universidade de São Paulo foi criada em 1934, o que incentivou o clima de 
pesquisas. Professores franceses convidados para lecionar proporcionaram 
ao ambiente cultural da cidade um maior contato com os métodos objetivos 
da pesquisa e a publicação sobre arte nos meios de comunicação.
 
Os intelectuais do país buscavam a criação de novos espaços inspirados 
nos museus de arte moderna, fundados na Europa e Estados Unidos, prin-
cipalmente após os anos 1930.
ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA II 3�
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As mostras, seguindo a tradição antiga no País, realizavam-se em espa-
ços diversificados: desde entidades culturais e educacionais até hotéis de 
alto luxo, casas comerciais, livrarias, estúdios de fotógrafos ou mesmo 
recintos de lojas e armazéns temporariamente vazios e alugados para esse 
fim. [...] O velho centro, ou seja, o Triângulo e ruas adjacentes, desde os 
primeiros anos do século, hospedavam freqüentes mostras (ZANINI, 1991, 
pp. 28 e 29).
A sociedade e o meio cultural paulista, com os extintos CAM (1932-33) e 
SPAM (1932-34), puderam presenciar a formação do Salão de Maio, do 
Grupo Santa Helena e da Família Artística Paulista. 
A antiga Sociedade Paulista de Belas Artes, transformada em 1934 em 
Salão Paulista de Belas Artes, passou a aceitar a presença de artistas 
modernos ou menos conservadores.
O movimento moderno dos anos 1935 a 1945 tem como característica a 
pesquisa nos procedimentos técnicos impressionistas, a prática da pintu-
ra ao ar livre, a preocupação com o social e, principalmente, um interesse 
pela artede Paul Cézanne (1839 -1906). Os artistas modernos passaram 
a perceber que a pesquisa técnica é tão importante quanto a criação. Crí-
ticos como Mário de Andrade e Sérgio Milliet, atuantes nesse período, 
puderam reforçar o valor da técnica e do artesanato na arte.
 
Embora a temática dos expositores nos Salões de Arte Mo-
derna permaneça com a natureza morta, a paisagem e a 
figura humana, o tratamento, o estilo e a livre imaginação 
estão presentes, modernizando os temas. A estilização, o registro do co-
tidiano, o tipo humano trabalhador e humilde; os arredores da cidade de 
São Paulo e do interior são elementos que provam a busca dos artistas 
modernos por novos assuntos e procedimentos. 
 
Entre no nosso banco de textos e leia o material sobre essa 
aula disponível.
 
Até a próxima aula!
ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA II3�
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Aula: 0�
Temática: O cenário artístico paulista 
 - Grupo Santa Helena 
 
Na aula anterior observamos, de modo geral, o cenário artís-
tico paulista a partir de 1930. Vamos verificar a partir dessa 
aula os diversos grupos artísticos paulistas.
Grupo Santa Helena 
O Grupo Santa Helena teve início com a abertura do escritório, no Palace-
te Santa Helena situado na Praça da Sé, por Francisco Rebolo Gonzáles 
(1902-80) antes de 1935.
Em outra sala, instalou-se Mário Zanini (1907-71), artista amador, o qual 
já pintava ainda jovem ao lado de outros pintores na Praça da Sé. À noite, 
Rebolo e Zanini freqüentavam o Curso de Desenho da Escola Paulista de 
Belas Artes. Da união com outros alunos, como Alfredo Volpi (1896-1988), 
Fulvio Pennacchi (1905-92) e Manoel Martins (1911-79), completado por 
Aldo Bonadei (1906-74), Clóvis Graciano (1907-88), Humberto Rosa (1908-
48) e Alfredo Rullo Rizzotti (1909-72), originou-se o grupo que se reunia no 
Palacete para desenhar e trocar idéias sobre a arte. A afinidade do grupo, 
na maioria imigrante ou descendente de italianos, originou-se na ocupação 
profissional, na origem social e na naturalidade. 
A imagética ideológica que emanava de convicções formadas pelas ori-
gens operárias ou pequeno-burguesas de todos, dava-lhes consistente 
coesão ou uma aura coletiva, o que, no entanto, não obstrui a identifica-
ção de idiossincrasias. Do proletarismo de sua mentalidade [...] emanava 
naturalmente a linguagem do grupo em que ressoavam os fortes aspectos 
ítalo-brasileiros da cultura da cidade. (ZANINI, Catálogos, 1995, p. 9) 
Embora o Palacete fosse freqüentado por outros nomes, o Grupo Santa 
Helena configurava-se com nove nomes: 
Volpi, Rebolo, Pennachi, Bonadei, 
Graciano, Zanini, Rosa, Rizzotti e Mar-
tins. Situa-se entre os anos de 1935 e 
1937. Ao lado a obra Paisagem com 
Figuras, 1941, de Fulvio Pennachi 
(1905-92).
ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA II 3�
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Segundo Lisbeth Rebollo Gonçalves, “em nenhum momento deu-se a elabora-
ção de qualquer regra que limitasse ou tentasse unificar, formalmente, as pers-
pectivas estéticas dos integrantes do Santa Helena” (GONÇALVES, 1976).
Alguns mostram-se atraídos pela figura humana, outros se dirigem para 
soluções livres, mas a atração da maioria está na paisagem. Juntos, saí-
am a pintar as regiões periféricas da cidade de São Paulo, constituídas de 
fábricas e pequenas chácaras. As áreas urbanas das cidades do interior e 
do litoral são representadas com o mesmo interesse, na produção artística 
livre da ideologia cultural que se estabelece na capital. 
Com talento e trabalho, os artistas 
do Santa Helena transcendem as 
fórmulas e tendências, introduzin-
do uma representação autêntica da 
paisagem brasileira. Ao lado a obra 
Paisagem, executada em 1942 por 
Humberto Rosa (1908-48).
 
 
Entre no banco de textos da nossa disciplina e leia o mate-
rial disponibilizado para você.
ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA II3�
UNIMES VIRTUAL
Aula: 0�
Temática: O cenário artístico paulista 
 - Grupo Seibi - Salão de Maio
 
Na aula anterior reconhecemos algumas obras e artistas 
do início dos anos 1930 do século XX nas aulas anteriores. 
Uma das características desse período é a formação de gru-
pos de artistas. 
Grupo Seibi
Fundado por Hajime Higaki (1908-98), Shigeto Tanaka (1910-70), Takahashi 
(1908-1977), Yoshyia Takaoka (1909-78), Yuji Tamaki (1916-79) e Tomoo 
Handa (1906-96), em 1935, o Grupo de Artistas Plásticos de São Paulo 
– Seibi – reuniu artistas japoneses, alunos das aulas de Desenho e Modelo 
vivo da Escola Paulista de Belas Artes. Os integrantes realizaram a primei-
ra e única exposição no Clube Japonês, na capital paulista, em 1938. 
Em 1947, após o término da Segunda Guerra, 
os integrantes voltaram a se Reunir. Houve 
uma ampliação do número de pintores no 
ateliê, que foi reaberto publicamente. Ao lado 
a obra Rio de Janeiro, executada em 1951, 
de Yoshyia Takaoka (1909-78). 
 
Fonte: http://www.escritoriodearte.com.br/ - acesso em 20/02/2008. 
A partir de 1952, com a criação do Salão do Grupo Seibi, o espaço dos 
artistas nipo-brasileiros amplia-se frente ao meio artístico nacional, com 
exposições coletivas de Flávio-Shiró-Tanaka (1928-), Tadashi Kaminagai 
(1899-1985), Manabu Mabe (1924-97), Massao Okinaka (1913-2000), Shi-
geo Nishimura (1918-1983), Takeshi Suzuki (1908-1987), Tikashi Fukushi-
ma (1920-2001) e Tomie Ohtake (1913-).
Massao Okinaka, ao lado, dedicou 78 anos de sua vida 
ao sumiê1. 
Fonte: http://madeinjapan.uol.com.br 
acesso em 20/02/2008.
1 Sumiê - A arte em preto e branco. A técnica de pintura japonesa que retrata a forma e 
a essência dos objetos.
http://www.escritoriodearte.com.br/
http://madeinjapan.uol.com.br
ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA II 3�
UNIMES VIRTUAL
Salão de Maio
O Salão de Maio foi organizado pela primeira vez em 1937 pelo pintor e 
crítico de arte Quirino da Silva (1897-1981), auxiliado por Geraldo Ferraz, 
crítico de arte, Paulo Ribeiro de Magalhães, Madeleine Roux e Flávio de 
Carvalho (1899-1973). 
Tarsila do Amaral (1886-1973), Cícero Dias (1907-2003), Cândido Portinari 
(1903-62) e Tomás Santa Rosa (1909-56) foram alguns pintores que envia-
ram obras para a exposição. 
O primeiro Salão de Maio foi um acontecimento em grande parte ligado 
às classes dominantes, claramente intelectuais, com tendência a ferir, no-
vamente, o público com as ousadias da arte moderna. Observaram-se 
a exclusão de outros expositores mais conservadores, muitos de classe 
mais baixa e alguns operários, o que fez surgirem opiniões dissidentes 
quanto à organização. 
As exposições se repetiram nos anos de 1938 e 1939, compondo diversas 
tendências e manifestações, acompanhadas de palestras, debates e publi-
cação da Revista Anual do Salão de Maio. 
Na lista dos expositores, percebe-se a integração dos modernos, mem-
bros do Grupo Santa Helena, da Família Artística Paulista e outros artistas 
tradicionais.
Ao lado a obra Mestiço, executada em 1934 por 
Cândido Portinari (1903-1962). Acervo. Pinacote-
ca do Estado de São Paulo.
 
 
No nosso banco de textos você encontra dois textos muito 
interessantes. Não deixe de ver!
ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA II�0
UNIMES VIRTUAL
Aula: 10
Temática: O cenário artístico paulista - Família 
Artística Paulista - Sindicato dos Artistas Plásticos
 
Estamos observando nas últimas aulas alguns grupos for-
mados na década de 1930 do século XX na cidade de São 
Paulo. 
Família Artística Paulista
A Família Artística Paulista surge com Waldemar da Costa, Paulo Rossi Osir 
(1890-1959), alguns artistas anônimos da Praça da Sé e outros já conheci-
dos, como Anita Malfatti (1889-1964), Ernesto de Fiori (1884-1945) e Vitto-
rio Gobbis. Recém-chegado de uma viagem de estudos na Europa, com livre 
transito no meio intelectual paulista, Rossi Osir se irritava e julgava leviana 
a camada mais alta da sociedade formadora do Salão de Maio ao impedir a 
entrada de elementos de uma classe mais simples de artistas. 
Em 10 de novembro de 1937, a primeira exposição da Família, formadapela 
turma do Grupo Santa Helena, Bonadei, Volpi, Clóvis Graciano, Penacchi, 
Humberto Rosa, Manoel Martins, Zanini e Rebolo Gonzáles; acrescentada 
pelos nomes de Anita Malfatti, Armando Balloni (1901-69), Arnaldo Barbo-
sa, Hugo Adami (1899-1999), Arthur Krug (1896-1964), Waldemar da Costa 
(1904-82), Joaquim Lopes Figueira, passa despercebida pelo público e igno-
rada pelos modernistas que os julgavam acadêmicos e ultrapassados. No 
entanto, não é intenção dos integrantes manterem a exclusão dos moder-
nos, pois eles próprios tendiam para correntes mais avançadas da arte.
Em Maio de 1939, foi realizado o II Salão da Família Artística Paulista na 
rua Líbero Badaró, 287, com os nomes de Cândido Portinari, Domingos 
Viegas de Toledo Piza (1887-1945), Anita Malfatti, Osir e Villanova Artigas 
(1915-85) entre os componentes do ‘Grupo Santa Helena’, Penacchi, Ri-
zzotti, Rebolo, Volpi, Graciano, Zanini, Bonadei e Martins.
Foi somente com a 2ª Exposição da Família, em 1939, que as coisas come-
çaram a melhorar, quando Mario de Andrade, que mal conhecia o trabalho 
de alguns elementos do grupo, [...] numa fuga a São Paulo, dá um pulo à 
exposição da Família, surpreende-se com o que vê e escreve o célebre 
artigo ‘Esta Paulista Família’, a 2 de julho de 1939, em O Estado de São 
Paulo (ALMEIDA, 1976, pp. 133 e 134).
ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA II �1
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Em 1940, os integrantes da Família fizeram a última exposição no Rio de 
Janeiro, que contou com a presença de Ernesto de Fiori, Vittorio Gobbis, 
Malfatti, Piza, Bruno Giorgi (1905-93), Waldemar da Costa e os componen-
tes do Grupo Santa Helena. 
 
Há para essa vitória uma explicação muito significativa: a 
de que a orientação da Família Artística vinha ao encontro 
das aspirações do público, exausto e desiludido ante os ma-
labarismos intelectualizantes que vinham aos poucos destruindo a plás-
tica em nome de doutrinas econômicas e teorias científicas. A Família 
materializava essa reação do equilíbrio e da sensibilidade, da poesia e da 
plástica, do desenho e do valor, a que todos, no fundo, aspiravam (MILLIET, 
Catálogos, 1940).
Sindicato dos Artistas Plásticos
Em 1937, a Sociedade Paulista de Belas Artes, criada em 1921 e converti-
da em Salão Paulista de Belas Artes (SPBA), foi reconhecida pelo Ministé-
rio do Trabalho e se transformou no Sindicato dos Artistas Plásticos. 
Em 1936, haviam sido realizadas assembléias que visavam à criação do 
Sindicato. Em 12 de agosto desse ano, houve a Assembléia Geral extraor-
dinária [...], registrando-se o comparecimento de Alexandre Albuquerque, 
Ottone Zorlini, Roque de Mingo, Mário Zanini, José Cucê, Alfredo Volpi, 
Ângelo Simioni, Francisco Rebolo Gonsales, Fulvio Pennacchi e Adolpho 
Fonzari (ZANINI, 1991, p. 43).
O Sindicato abria as portas a todos os inscritos, sem seleção de correntes, 
excluindo-se o mais fraco simplesmente pelo bom senso. 
No processo da organização, os membros procuravam profissionalizar a 
atividade artística, encarando o artista como um operário. O que significa 
estar de acordo com as novas regras sociopolíticas vigentes a partir da 
Revolução de 30, que tinha por objetivo agrupar as diferentes classes de 
trabalhadores em sindicatos. 
Assinalando um período novo, o Sindicato 
dos Artistas Plásticos procurou proporcio-
nar eventos e organizar salões, até 1949, 
o que contribuiu para a consolidação das 
tendências modernas frente à saturação 
das idéias acadêmicas. Ao lado, a obra 
Bairro de Pinheiros, 1946, de Ottone Zorlini 
(1891-1977). Acervo Gianfranco Zorlini.
ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA II�2
UNIMES VIRTUAL
Durante os onze anos de funcionamento do Sindicato dos Artistas Plásti-
cos, aumentou, em relação aos conservadores, a predominância dos artis-
tas modernos; oferecia-se inclusive participação dos mesmos no conselho 
diretor e na comissão organizadora. 
[...] o Salão do Sindicato registrou sempre esse duplo comparecimento. 
A ala modernista, porém, afirmava-se com a participação contínua dos 
artistas [...] tanto de antiga carreira quanto em fase de formação. Esta-
vam entre os inscritos, incluindo muitos estrangeiros: John Graz, De Fiori, 
Takaoka, Quirino da Silva, João Goussef (1897-1953), Arthur Krug, Ângelo 
Simeone (1899-1974), Mick Carnicelli (1893-1967), Armando Balloni [...] 
Lothar Charoux (1912-87), Júlio Guerra (1912) [...] Maria Leontina (1917-
84), Alice Brill (1920) [...] Geraldo de Barros (1923), Manabu Mabe (1924), 
Sophia Tassinari (1927), Flávio-Shiró (Tanaka), Artur Luiz Piza [...] (ZANINI, 
1991, p. 44.).
 
Leia mais em: ZANINI, Walter. A Arte no Brasil nas Déca-
das de 1�30-�0. São Paulo: Nobel / EDUSP, 1991.
 
Visite o nosso banco de textos freqüentemente. Lá você 
sempre encontrará materiais interessantes para sua leitura. 
Entre no site abaixo e dê uma olhada nas obras estudadas.
 
http://www.itaucultural.org.br/ - acesso em 20/02/2008.
http://www.itaucultural.org.br/
ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA II �3
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Resumo - Unidade II
Nessa segunda unidade foi possível conhecer e classificar 
a história do Brasil no período a partir dos anos 30 do sé-
culo XX e os elementos culturais e artísticos do período. 
O regionalismo se firmou nos anos 1930, principalmente nas mãos dos 
escritores. 
Reconhecemos o cenário artístico paulista a partir de 1930 e os diversos 
grupos constituídos. Descobrimos que nos anos 1930 e 1940, ao lado 
dos artistas oriundos de famílias da elite agrária ou da classe média ligada 
a profissões liberais, ao comércio e à indústria, surgia a figura do artista 
(proletário, oriundo da pequena burguesia em ascensão ou mesmo do ope-
rariado).
Assim, vemos surgir o Grupo Santa Helena, com os artistas Mário Zani-
ni, Alfredo Volpi, Fulvio Pennacchi, Manoel Martins, Aldo Bonadei, Clóvis 
Graciano, Humberto Rosa e Alfredo Rullo Rizzotti; e ainda o Grupo Seibi, a 
Família Artística Paulista, entre outros grupos. 
Observamos o surgimento do Salão Paulista de Belas Artes e, posterior-
mente, a constituição do Sindicato dos Artistas Plásticos. 
Assim, estudamos e reconhecemos os conceitos estéticos ligados à arte 
brasileira no período. 
Um grande abraço. Até a próxima unidade!
 
Referências Bibliográficas 
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http://pt.wikipedia.org/wiki/Fam%C3%ADlia_Art%C3%ADstica_Paulista
http://pt.wikipedia.org/wiki/Grupo_Santa_Helena
http://www.itaucultural.org.br
http://www.mac.usp.br/projetos/seculoxx/modulo2/modernidade/eixo/
spam/index.html
http://www.pinacoteca.sp.gov.br/
http://www.releituras.com/marioandrade_bio.asp
http://www.saopaulo.sp.gov.br/saopaulo/ cultura/museus_pinac.htm
http://www2.uol.com.br/franciscorebolo/tempo/40.htm
www.pitoresco.com.br/brasil/fukushima/fukushima.htm
www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/setembro2005/ju302pag12.html
www.usp.br
forumpermanente.incubadora.fapesp.br/portal/.instituicoes/mamsp/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fam%C3%ADlia_Art%C3%ADstica_Paulista
http://pt.wikipedia.org/wiki/Grupo_Santa_Helena
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www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/setembro2005/ju302pag12.html
www.usp.br
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Exercício de auto-avaliação II
1) Rossi Osir se irritava e julgava leviana a camada mais alta da sociedade formadora do 
Salão de Maio ao impedir a entrada de elementos de uma classe mais simples de artis-
tas. Osir, Waldemar da Costa e alguns artistas anônimos da Praça da Sé, entre outros, 
foram responsáveis pela formação de qual grupo paulista?
Grupo Tapir
Grupo dos três irmãos
Família Artística Paulista
Família Unida de artistas
2) O grupo formado pelos seguintes artistas Volpi, Rebolo, Pennachi, Bonadei, Graciano, 
Zanini, Rosa, Rizzotti e Martins se situa entre os anos de 1�3� e 1�3�. De que grupo 
estamos falando?
Grupo Tapir
Família Artística Paulista
Grupo Santa Helena
Grupo do Palacete Paulista
3) Em 1�3�, a Sociedade Paulista de Belas Artes, criada em 1�21 e convertida em Salão 
Paulista de Belas Artes (SPBA), após ser reconhecida pelo Ministério do Trabalho, trans-
formou-se em:
Sindicato dos Artistas Plásticos.
Salão de Exposição Paulista
Salão de Arte Moderna de São Paulo
Sindicato dos Artistas de Pintura Moderna
�) Em 1�3�, foi criada uma universidade em São Paulo, a qual incentivou o clima de 
pesquisas. Professores franceses foram convidados para lecionar, proporcionando ao 
ambiente cultural da cidade, um maior contato com os métodos objetivos da pesquisa 
e a publicação sobre arte nos meios de comunicação. Estamos falando da universidade 
com a seguinte sigla:
USP
UFE
MAP
UFSP
a)
b)
c)
d)
a)
b)
c)
d)
a)
b)
c)
d)
a)
b)
c)
d)
ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA II��
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�) Fundado por Hajime Higaki (1�0�-��), Shigeto Tanaka (1�10-�0), Takahashi (1�0�-
1���), Yoshyia Takaoka (1�0�-��), Yuji Tamaki (1�1�-��) e Tomoo Handa (1�0�-��) em 
1�3�, o Grupo de Artistas Plásticos de São Paulo reuniu artistas japoneses, alunos das 
aulas de Desenho e Modelo vivo da Escola Paulista de Belas Artes. Os integrantes reali-
zam a primeira e única exposição no Clube Japonês, na capital paulista, em 1�3�. Esse 
grupo também é chamado de:
Grupo dos 19
Grupo Seibi
Grupo Tapir
Grupo dos 15
a)
b)
c)
d)
ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA II ��
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Unidade III
Brasil - Anos �0 do Século XX
 
Objetivos
Conhecer e classificar a história do Brasil no período a partir dos anos 40 do sé-
culo XX e os elementos culturais e artísticos do período.
Plano de Estudo
Esta unidade conta com as seguintes aulas:
Aula: 11 - O cenário artístico paulista - A década de 40
Aula: 12 - O cenário artístico paulista - Grupos de artistas 
Aula: 13 - O cenário artístico paulista - MASP e MAM
Aula: 1� - O cenário artístico no Rio de Janeiro
Aula: 1� - Os pioneiros da arquitetura moderna
ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA II�0
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Aula: 11
Temática: O cenário artístico paulista 
 - A Década de 1��0 
 
Na Unidade anterior conhecemos e classificamos a história 
do Brasil no período a partir dos anos 30 do século XX e os 
elementos culturais e artísticos do período. 
 
A década de 1��0
O período que coincidiu com a 2ª Guerra Mundial, entre 1939 e 1945, determi-
nou uma fase de permanência no país por parte dos artistas impossibilitados de 
viajarem e manterem contatos com a arte européia. Artistas estrangeiros, da 
mesma forma, fixaram residência no Brasil integrando-se à cultura nacional.
Por outro lado, a guerra possibilitou algumas exposições da Europa e dos 
Estados Unidos no país. Entre elas, destacam-se: a Exposição de Arte 
Francesa, em 1940, as Exposições de Gravuras Britânicas Contemporâ-
neas e a Arte Contemporânea do Hemisfério Ocidental no ano de 1942. 
Em seguida, as exposições de Pintura Austríaca Contemporânea e Pintura 
Canadense Contemporânea, em 1944.
No início dos anos 1940, foram inauguradas a Livraria Brasiliense, a Ga-
leria Prestes Maia, situada na Praça do Patriarca, e a Galeria Itá à Rua 
Barão de Itapetininga, onde são realizadas importantes mostras individuais 
e coletivas. O Centro Paranaense no Edifício Martinelli e o ateliê de Clóvis 
Graciano, à Rua Xavier de Toledo, tornaram-se também locais de numero-
sas exposições na década de 1940. Em 1947, a Galeria Domus foi criada 
pelo casal Fiocca, a qual se dedicou somente às exposições de artistas 
modernos. No mesmo ano, o Museu de Arte de São Paulo foi entregue ao 
público. O hábito de grupos de artistas se reunirem para debater e trocar 
conhecimentos foi intensificado na cidade de São Paulo.
Residências, Cafés e, mais tarde, a Seção de Arte da 
Biblioteca Municipal, o Clube dos Artistas, o Museu 
de Arte de São Paulo, o Museu de arte Moderna e a 
Galeria Domus tornam-se pontos de encontro. [...] É 
sob o signo do desenvolvimento industrial do país e 
da conseqüente formação de classes urbanas mais 
diferenciadas e definidas de umaelite industrial que 
se acresce à agrária, de um ambiente propicio à mo-
ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA II �1
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dernização, de um modo geral, que temos o estímulo 
para os acontecimentos histórico-artísticos do decê-
nio 40. (GONÇALVES, Catálogos, 1977)
 
Visite o site indicado e veja textos e imagens sobre a his-
tória do Brasil http://www.historiadobrasil.net/ - acesso em 
20/02/2008.
http://www.historiadobrasil.net/
ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA II�2
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Aula: 12
Temática: O cenário artístico paulista 
 - Grupos de Artistas - O Clubinho
 
Observamos na aula anterior a década de 1940 e os movi-
mentos culturais do período. Continuemos com o cenário ar-
tístico paulista e a formação dos diversos grupos artísticos.
 
Grupos de artistas 
Na década de 1940, diversos grupos de artistas foram constituídos, na 
cidade de São Paulo, com a intenção de discutir as novas tendências e 
promover as exposições de seus integrantes. Outra razão, talvez a mais 
importante, foi o fator econômico. Com origem na classe média, eles se 
reuniam para dividir o aluguel e o custo de um modelo vivo para as aulas 
de desenho. 
Ao Grupo Santa Helena junta-
ram-se outros pintores ami-
gos, como: Ângelo Simioni e 
Ottone Zorlini (1891-1967). Ao 
lado, de Ottone Zorlini (1891-
1967), a obra Bairro de Pinhei-
ros, São Paulo, de 1946. Acer-
vo de Gianfranco Zorlini.
 
 
 
Ao lado esquerdo, a obra Ami-
gos, da década de 1960 de 
Ângelo Simeone (1899-1972) 
Acervo de Olympia Simeone 
Fontcuberta.
 
ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA II �3
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O Clubinho
Os pintores Paulo Rossi Osir, Alfredo Volpi, Mário Zanini, Rebolo Gonzalez 
e Quirino da Silva, no ano de 1945, formaram o Clubinho, uma associação 
com sede no Edifício Esther situado na Praça da República. 
O Clubinho, como era chamado, seria, entre todas as sociedades artísticas 
de São Paulo, a de vida mais longa e a menos polêmica. Promoveu expo-
sições, conferências e outros eventos, mas, pelos anos de 1950, suas 
funções culturais reduziram, tornando-se, sobretudo, lugar de convivência 
social. (ZANINI, 1991, p. 42)
Ateliê Osirarte
Paulo Rossi Osir fundou o ateliê-oficina de azulejos em 1940, convidando 
para integrantes, entre outros, Ernesto De Fiori, Mario Zanini (1907-71) e 
Alfredo Volpi (1896-1988). Trabalhavam nas salas, entre outros, Waldemar 
Cordeiro e Paolo Maranca. 
A empresa Osirarte executava e desenvolvia composições sobre painéis 
ou azulejos avulsos, com temas nacionais e populares, para diversos artis-
tas, entre eles Portinari e Burle Marx. 
Durante a década de 1940, a Osirarte promoveu diversas exposições em 
São Paulo, uma no Rio de Janeiro (1943) e duas na Argentina: Buenos 
Aires (1946) e Mendoza (1947). No início da década de 1950, Rossi Osir e 
Volpi afastaram-se da oficina, que já adquirira um caráter mais empresarial 
e cuja atuação se restringiu à execução de encomendas. (MODERNISMO, 
Catálogos, 1994, p. 20)
Exposição Antieixista
Em de 1943, ano seguinte à declaração, do presidente Getúlio Vargas, de 
guerra do Brasil ao Eixo, um grupo de pintores paulistas e cariocas mani-
festava-se contra o fascismo. 
 
[...] realiza-se a Exposição Coletiva Antieixista de que 
participam, entre outros, Paulo Rossi Osir, Alfredo 
Volpi, Rebolo Gonzales, Clóvis Graciano, Mário Zanini, 
Manoel Martins, Aldo Bonadei, Ângelo Simeone e Al-
fredo Rullo Rizzotti. (GONÇALVES, Catálogos, 1977.)
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ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA II��
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Aula: 13
Temática: O cenário artístico paulista 
 - MASP e MAM
 
Na aula anterior observamos a formação de alguns grupos 
de artistas nos anos 1940 em São Paulo, como o Clubinho 
e o Ateliê Osirarte, importante ateliê produtor de pintura em 
azulejos na década de 1940. 
MASP e MAM
A segunda metade da década de 1940 ficou marcada, no plano institucional, 
pela criação de dois museus importantes. Em 1947, foi criado o Museu de 
Arte de São Paulo, o MASP, pela iniciativa do jornalista Assis Chateaubriand. 
A constituição do acervo e organização, no entanto, fica sob a direção de 
Pietro Maria Bardi. A partir de 1968, o museu passou a contribuir para o 
campo didático e profissional, mantendo cursos e promovendo eventos im-
portantes no prédio projetado Lina Bo Bardi, na Avenida Paulista. 
Em 1948, instala-se o Museu de Arte Moderna de São Paulo, o MAM, 
fundado por Francisco Matarazzo Sobrinho e orientado de início pelo crítico 
defensor das tendências abstratas, Léon Degand, organizador da Mostra 
do Figurativismo ao Abstracionismo, em março de 1949.
Os acervos europeus e das Américas aqui exibidos 
– com a participação de nomes-chaves da arte inter-
nacional – representaram um acesso valioso para os 
artistas locais, num tempo em grande parte avaro no 
proporcionar estadas de brasileiros no Exterior. (ZA-
NINI, 1991, p. 61)
I Exposição Circulante de Arte
Em 1947, o Departamento Estadual de Informações e a Divisão de Turismo 
e Expansão Cultural promoveram a I Exposição Circulante de Arte. 
Levada a algumas cidades do Interior, incluía 97 obras 
de pintores e escultores modernos e acadêmicos. Fi-
guravam na mostra expositores de gerações diversas, 
como Di Cavalcanti, Segall, Tarsila, Guinard, Bruno 
Giorgi, Volpi, Mário Zanini, Bonadei, Rebolo, Pennacchi, 
Manoel Martins, Humberto Rosa [...] Ângelo Simeone, 
Renné Lefèvre, Vicente Mecozzi, Danilo di Petre, Yolan-
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da Mohalyi, Arcângelo Ianelli, Aldemir Martins (1922), 
Mário Gruber e Flávio-Shiró (Tanaka). (Ibid, p.45)
Grupo dos 1�
A Galeria Prestes Maia organizou no final dos anos 1940 uma exposição 
com a intenção de mostrar a arte jovem e moderna de São Paulo.
Dentre os expositores revelam-se: Maria Leontina (1917-84), Aldemir Martins, 
Marcelo Grassmann (1925-), Lothar Charoux (1912-87), Luis Sacilotto (1924-
), Otávio Araújo, Mário Gruber, Odetto Guersoni e Flávio-Shiró (Tanaka).
Em abril de 1947, nas salas da União Cultural Brasil 
- Estados Unidos de São Paulo, um grupo de jovens 
artistas expressionistas realizava sua primeira e única 
exposição coletiva. [...] O evento compreendia ainda 
uma série de palestras sobre arte moderna [...] Como 
movimento, o Grupo dos 19 revelou-se efêmero, os 
que o integravam possuíam entre si marcantes dife-
renças, que com os anos se acentuariam. (ARTE NO 
BRASIL, 1986, pp. 241-243)
Os 19 artistas presentes na Mostra não chegaram a constituir um grupo e 
fizeram parte, entre outros, de uma geração de pintores e desenhistas com 
grande diversidade estilística que trabalharam na metade final do século XX.
Grupo 1�
O Grupo 15, também chamado de ‘Grupo do Jacaré’, é fundado pelo pin-
tor Ioshiya Takaoka em 1948, ao alugar e dividir um ateliê com os outros 
integrantes, Atayde de Barros, Hajime Higaki, Kenjiro Masuda, Geraldo de 
Barros (1923-), Shigeto Tanaka, Takeshi Suzuki, Tamaki e Tomoo Handa. 
As dificuldades econômicas para manter um ateliê 
individual, a falta de um ambiente estimulante ao de-
senvolvimento de pesquisas em arte e a necessidade 
de abrir espaços ao diálogo e aos debates foram as 
principais razões que levaram à formação do Grupo. 
(MODERNISMO, Catálogos, 1994, p. 28) 
Grupo Guanabara 
O Grupo Guanabara surgiu no final de 1949, a partir de reuniões dos artis-
tas Takeshi Suzuki, Tamaki, Arcângelo Ianelli (1922-), Takaoka, Armando 
Pecorari, Tomoo Handa, entre outros, realizadas na oficina de molduras do 
pintor Tikashi Fukushima, em São Paulo.
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Os artistas se reuniam com o objetivo de firmar as idéias e o desenvolvi-
mento de seus trabalhos sem, no entanto, fixar tendências rígidas ou uma 
determinada corrente artística. 
Na ultima exposição, em 1959, outros nomes foram incorporados ao Gru-
po Guanabara, como: Wega Nery (1912-), Manabu Mabe, Tomie Ohtake e 
Sofia Tassinari

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