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APROVARIUMAPROVARIUM
Curso Preparatório para Concursos Públicos www.aprovariumonline.com.br 
Professor Tiago Torres Página 1 
 
 
AÇÃO CIVIL PÚBLICA 
Conceito: A Ação Civil Pública visa combater a violação aos direitos difusos e coletivos. Está 
disciplinada no artigo 129, III, da CF88 e regulamentada pela Lei 7347 de 1985. 
Direitos Difusos: São aqueles em que seus titulares não podem ser mensurados por serem 
indetermináveis, porém são ligados pelo mesmo fato, ou seja, pela mesma violação. Ex: Dano 
ambiental de Mariana. A tragédia se alastrou por várias cidades até o Espírito Santo. Não se 
consegue determinar todos os atingidos. 
Direito Coletivos: Já aqui, embora exista a violação a um direito coletivo, é possível determinar 
os atingidos, ou seja, os titulares do direito violado. São determináveis. Ex: Grupo de pessoas 
pertencentes a um consórcio cujo contrato possui cláusulas abusivas. 
 
1) OBJETO DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA: 
a) O objetivo da Ação Civil Pública será sempre: 
- Condenação em dinheiro; 
- Cumprimento de Obrigação de Fazer ou Não Fazer. 
OBS: Deve ser o pedido principal da sua peça processual e podem vir acumulados, se for o 
caso. 
b) O objeto da Ação Civil Pública: 
b.1) Na Constituição Federal: 
Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: 
III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio 
público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos; 
 
b.2) Na Lei 7.347 de 1985 
Art. 1º Regem-se pelas disposições desta Lei, sem prejuízo da ação popular, as ações 
de responsabilidade por danos morais e patrimoniais causados: 
l - ao meio-ambiente; 
ll - ao consumidor; 
III – a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico; 
IV - a qualquer outro interesse difuso ou coletivo. 
V - por infração da ordem econômica; 
VI - à ordem urbanística. 
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Professor Tiago Torres Página 2 
 
VII – à honra e à dignidade de grupos raciais, étnicos ou religiosos. 
VIII – ao patrimônio público e social. 
 Parágrafo único. Não será cabível ação civil pública para veicular pretensões que 
envolvam tributos, contribuições previdenciárias, o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - 
FGTS ou outros fundos de natureza institucional cujos beneficiários podem ser individualmente 
determinados. 
2) LEGITIMIDADE NA ACP: 
Legitimidade Ativa: A Ação Civil Pública deverá ser promovida pelo Ministério Público para 
proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e 
coletivos. É o que preceitua o artigo 129, III, CF88. 
Ainda que a ACP seja a ação, em regra, a ser promovida pelo Ministério Público, o parágrafo 
primeiro do artigo 129, da Constituição da República estende a legitimidade para a sua 
propositura à terceiros, nos termos da lei. De tal modo, a lei 7347/85 que disciplina a ACP trás 
os legitimados: 
Art. 5
o
 Têm legitimidade para propor a ação principal e a ação cautelar: 
I - o Ministério Público; 
II - a Defensoria Pública; 
III - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios 
IV - a autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista 
V - a associação que, concomitantemente: 
 a) esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano nos termos da lei civil; 
b) inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao patrimônio público e social, 
ao meio ambiente, ao consumidor, à ordem econômica, à livre concorrência, aos direitos de 
grupos raciais, étnicos ou religiosos ou ao patrimônio artístico, estético, histórico, turístico e 
paisagístico. 
§ 1º O Ministério Público, se não intervier no processo como parte, atuará 
obrigatoriamente como fiscal da lei. 
§ 2º Fica facultado ao Poder Público e a outras associações legitimadas nos termos 
deste artigo habilitar-se como litisconsortes de qualquer das partes. 
§ 3° Em caso de desistência infundada ou abandono da ação por associação legitimada, 
o Ministério Público ou outro legitimado assumirá a titularidade ativa. 
§ 4.° O requisito da pré-constituição poderá ser dispensado pelo juiz, quando haja 
manifesto interesse social evidenciado pela dimensão ou característica do dano, ou pela 
relevância do bem jurídico a ser protegido. 
§ 5.° Admitir-se-á o litisconsórcio facultativo entre os Ministérios Públicos da União, do 
Distrito Federal e dos Estados na defesa dos interesses e direitos de que cuida esta lei. 
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§ 6° Os órgãos públicos legitimados poderão tomar dos interessados compromisso de 
ajustamento de sua conduta às exigências legais, mediante cominações, que terá eficácia de 
título executivo extrajudicial. 
OBSERVAÇÃO N. 1: 
- Será mais plausível nos enunciados de peças das provas prático-profissionais da OAB ter 
como legitimado ativo na ACP uma Associação, nos termos do art. 5º, V, da Lei 7347/85. 
Todavia, ao nosso entender, é plenamente possível hipóteses em que figurem no polo ativo de 
uma prova da OAB os demais legitimados dos incisos, III (caso em que municípios menores, 
em razão de não possuírem procurador municipal, poder contratar advogado), IV (autarquia, 
empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista). 
OBSERVAÇÃO N. 2: 
- O requisito exigido na alínea “a” do inciso V, artigo 5º da Lei 7347/85, poderá ser dispensado 
pelo juiz, quando haja manifesto interesse social evidenciado pela dimensão ou característica 
do dano, ou pela relevância do bem jurídico a ser protegido. Desse modo, poderá a prova 
trazer como cliente legitimado ativo uma associação constituída há menos de um ano. Nessa 
hipótese, terá o candidato que fazer duas coisas: 1) No local destinado a falar sobre 
legitimidade na sua peça, deverá explicar que a associação não preenche o requisito inserido 
no art. 5º, V, “a” da Lei 7347/85, mas que em razão do manifesto interesse social e da 
dimensão ou característica do dano, ou ainda, pela relevância do bem jurídico a ser protegido 
deverá o juiz dispensar a pré-constituição de um ano, conforme o artigo 5º , parágrafo 4º da Lei 
7347/85; e 2) Deverá o candidato na parte de “Pedidos e Requerimentos” fazer o requerimento 
da dispensa da pré constituição anual da associação nos termos do artigo 5º, parágrafo 4º da 
Lei 7347/85. 
 
3) COMPETÊNCIA PARA JULGAMENTO 
 
A competência para julgar e processar a Ação Civil Pública será sempre do local do 
dano, nos termos do artigo 2º da lei 7347/85. 
 
Art. 2º As ações previstas nesta Lei serão propostas no foro do local onde ocorrer o 
dano, cujo juízo terá competência funcional para processar e julgar a causa. 
 
OBS: No que tange a competência para julgar e processar a ACP deverá o candidato 
observar se será caso de justiça comum ou de justiça federal, devendo observar 
inicialmente se o dano incorre em um dos incisos ou parágrafos do artigo 109 da 
Constituição Federal. 
 
Como exemplo disto, podemos citar as Ações Civis Públicas que envolvem interesses 
da União (artigo 109, I, CF). 
 
 
 
4) MEDIDA LIMINAR OU TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA ANTECIPADA? 
 
As tutelas provisórias estão disciplinadas no Novo Código de Processo Civil. A lei da 
Ação Civil Pública trás no artigo 4º a possibilidade de ajuizamento de ação cautelar, 
todavia, as ações cautelares foram extintas pelo Novo Código de Processo Civil. Deste 
modo, no caso especificado no artigo 4º da Lei da ACP ou candidato deverá obedecer 
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Professor Tiago Torres Página 4 
 
o disposto no artigo 303, caput, do Novo CPC, fazendo o pedido de tutela provisória 
antecipada na inicial, como se fosse um pedido de medida liminar, utilizando os dois 
artigos para fundamentar. 
 
Mas, se for o caso de uma liminar, nos termos do artigo 12 da Lei da ACP, somente 
será cabível na hipótese em que uma pessoa jurídica de direito público interessada se 
manifestar neste sentido. Será o caso em que se advogará para um Município, Estado, 
DF ou União, o que será raro em termos de exame de ordem. 
 
 
5) PEDIDOS E REQUERIMENTOS NA ACP 
 
- A concessão da tutela provisória (Liminar, Cautelar); 
- A dispensa do requisito de pré-constituição ânua da associação, nos termos do parágrafo 4º do artigo 
5º da Lei 7347 /85 (somente quando o enunciado demonstrar que a Associação é constituída há menos 
de 1 ano); 
- A citação da Ré, para que no prazo legal, querendo, conteste a presente ação civil pública; 
- A intimação do Ilustre Representante do Ministério Público para, caso não intervenha no processo, 
atue como fiscal da lei, nos temos do artigo 5º, parágrafo 1º da Lei 7347 /85; 
- A procedência do pedido para fins de condenar a Ré a pagar indenização pelos danos causados ao 
patrimônio público, nos termos do artigos 3º e 13º da Lei 7347 /85; 
- A condenação da Ré nos ônus da sucumbência; 
- A produção de todos os meios de provas em direito admitidas, especialmente documental e pericial; 
- A juntada de documentos em anexo (Estatuto da Associação Ambiental do Brasil, ato constitutivo, 
etc.). 
- A valor da causa de R$ 1000,00. 
 
ENUNCIADO (OAB-GO 2005.2): 
A “Ambiental do Brasil”, associação civil de direito privado e interesse público, 
organização não governamental, sem fins lucrativos, políticos ou religiosos, de 
caráter ambientalista e de proteção ao patrimônio público, com duração 
indeterminada, fundada há 5 meses, sediada na Capital do Estado de Goiás, cujo 
estatuto prevê a defesa de bens e direitos sociais, coletivos, difusos relativos ao meio 
ambiente e ao patrimônio público, contratou seu escritório profissional de 
advocacia, munida de laudos técnicos pertinentes, para adoção de medida cabível 
em face de dano causado ao patrimônio público cultural da Capital do Estado. 
A “Ambiental do Brasil” assevera que o dano haveria sido causado por empresa 
privada concessionária de serviço público estadual durante a restauração, prevista 
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na concessão, de obras sacras e de templos religiosos. Diante dessa suposta situação, 
como advogado(a) da “Ambiental do Brasil” apresente a peça prático profissional 
que o caso reclama. 
QUESITOS ESSENCIAIS 
Para quem você 
advoga? 
Ambiental do Brasil – Associação Civil de Direito Privado 
Contra quem você 
advoga? 
Empresa Privada Concessionária de Serviço Público Estadual 
O que pretende o seu 
cliente? (Objeto da 
Ação e fundamento) 
Condenação da Ré para pagar indenização pelos danos causados ao patrimônio 
público. 
Existe urgência no 
direito pretendido 
pelo seu cliente? 
Não há urgência. 
Qual órgão 
jurisdicional irá 
julgar a ação? 
(Competência) – 
Indicar o vocativo. 
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Vara Cível da Comarca de 
Goiânia - Goiás 
Quais os 
fundamentos serão 
utilizados? 
 Art. 25 da Lei 8.987 de 1995 + Art. 1º, III e VIII da Lei 7347 de 1985 + Art. 129, 
III, da CF. 
Pedidos 
 Concessão da Tutela Provisória (Liminar ou Tutela Antecipada) - Citação da Ré - 
Intimação do MP - Procedência dos pedidos para Condenar a Ré a Indenizar pelos 
danos - Fazer ou Não Fazer - Produção de Provas - Juntada de Documentos - Valor da 
Causa: R$ 1000,00. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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MODELO DA PEÇA: 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ...VARA CÍVEL DA COMARCA DE ..... DO 
ESTADO DE GOIÁS 
(espaço de cinco linhas) 
 AMBIENTAL DO BRASIL, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o n... (ato 
constitutivo em anexo), com endereço... e endereço eletrônico..., por meio de seu advogado que a 
esta subscreve, com endereço..., endereço eletrônico... (procuração anexa, nos termos do artigo 
287, do Código de Processo Civil), vem respeitosamente, perante Vossa Excelência, com fundamento 
na Lei 7347/85, no artigo 129, parágrafo 1º da Constituição Federal e artigo 319 do Código de 
Processo Civil, propor a presente 
AÇÃO CIVIL PÚBLICA 
Em face de EMPRESA..., Pessoa Jurídica de Direito Privado, inscrita no CNPJ sob o número..., com 
endereço... e endereço eletrônico... pelos fatos e fundamentos a seguir expostos. 
I –DOS FATOS 
A Ré é empresa concessionária de serviço público estadual responsável pela restauração e obras 
sacras e de templos religiosos no Estado de Goiás. Ocorre que durante a restauração prevista na 
concessão a empresa causou danos ao patrimônio público social e cultural do Estado, devendo pois, 
ser responsabilizada nos termos da lei 7347 de 1985. 
II– DO FORO COMPETENTE E DO CABIMENTO 
 Nos termos do artigo 2º da lei 7347/85, as ações civis públicas devem ser propostas no 
foro do local onde tiver ocorrido o dano. No presente caso, a lesão ao patrimônio público cultural e 
social causada pela Ré durante a restauração ocorreu na cidade..., sendo portanto, o foro local da 
justiça comum competente para processar e julgar a presente Ação Civil Pública. 
 No tocante ao cabimento da Ação Civil Pública, o dano ocorreu durante a restauração de 
obras sacras e de templos religiosos, afetando o patrimônio público, de valor histórico e cultural, 
configurando em lesão à direitos difusos e coletivos da população local. Nesse sentido, o artigo 1º da 
Lei 7347/85 em seu inciso III, permite a busca da indenização quando ocorrer danos patrimoniais 
aos bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico. Já o artigo 1º da Lei 
7347/85, inciso VIII, acrescenta a responsabilização pelos danos causados ao patrimônio público e 
social, tornando a presente Ação Civil Pública perfeitamente cabível. 
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III – DA LEGITIMIDADE E DO DANO 
Nos termos do artigo 129, III, da Constituição Federal, dentre as funções institucionais do 
Ministério Público, está a de promover a ação civil pública para proteger o patrimônio público e social, 
do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos. Muito embora, a redação do artigo 
incuba ao Ministério Público a legitimidade para a propositura da Ação Civil Pública, o parágrafo 4º do 
artigo 129 da Constituição estende à terceiros a sua propositura também, condicionada à lei. 
De tal modo a lei 7347/85, estabeleceu no artigo 5º os legitimados a propositura da Ação 
Civil Pública e especificamente no inciso V, a associação que concomitantemente: “a” – esteja 
constituída há pelo menos 1 ano nos termos da lei civil e “b” – inclua, entre as suas finalidades 
institucionais, a proteção ao patrimônio público e social, ao meio ambiente, ao consumidor, à ordem 
econômica, à livre-concorrência, aos direitos de grupos raciais, étnicos ou religiosos ou ao patrimônio 
artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico. 
Pois bem, a Autora da Associação atende plenamente o requisito da alínea “b” do artigo 5º 
da Lei 7347/85, pois seu estatuto prevêa defesa de bens e direitos sociais, coletivos e difusos 
relativos ao meio ambiente e ao patrimônio público. Todavia, a Autora, não atende o requisito da 
alínea “a” do artigo 5º da Lei 7347 /85 pois fora constituída há cinco meses. Porém, o não alcance 
ao requisito supracitado não impede a figuração no polo ativo da autora, pois o parágrafo 4º do artigo 
5º da Lei 7347 /85 dispõe que o requisito da constituição ânua poderá ser dispensado pelo juiz 
quando haja manifesto interesse social evidenciado pela dimensão ou característica do dano, ou pela 
relevância do bem jurídico a ser protegido. É o caso, pois houve dano em patrimônio público social, 
histórico e cultural durante a restauração de obras sacras e templos religiosos. 
No tocante à legitimidade passiva, o Código Civil de 2002 preleciona em seu artigo 927 
preleciona que aquele que, por ato ilício, causar dano a outrem está obrigado a repará-lo. Ainda, mais 
precisamente pertinente ao caso, o artigo 25 da Lei 8987/95 diz: 
 “art. 25. Incumbe à concessionária a execução do serviço concedido, 
cabendo-lhe responder pelos prejuízos causados ao poder concedente, aos usuários ou a terceiros, 
sem que a fiscalização exercida pelo órgão competente exclua ou atenue essa responsabilidade”. 
Frisa-se que a ré, é empresa concessionária, responsável pela execução do serviço de 
restauração, cabendo-lhe sob o comando do artigo 25º da Lei 8987 /95 responder pelos prejuízos 
causados quando da execução dos serviços a ela delegados, devendo pois ser responsabilizada e 
condenada a reparar os danos. 
Já o dano causado pela Ré durante a restauração de obras sacras e templos religiosos incide 
no artigo 1º, incisos III e VIII da Lei 7347 /85, pois afetou bens de valor histórico, estético, 
artístico, turístico e paisagístico do Estado, bem como o patrimônio público e social. 
IV – DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS 
Diante do exposto, requer a Vossa Excelência: 
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Professor Tiago Torres Página 8 
 
- A dispensa do requisito de pré-constituição ânua da associação, nos termos do parágrafo 4º do 
artigo 5º da Lei 7347 /85; 
- A citação da Ré, na pessoa de seu representante legal, para que no prazo, conteste a presente ação 
civil pública; 
- A intimação do Ilustre Representante do Ministério Público para, caso não intervenha no processo, 
atue como fiscal da lei, nos temos do artigo 5º, parágrafo 1º da Lei 7347 /85; 
- A procedência do pedido para fins de condenar a Ré a pagar indenização pelos danos causados ao 
patrimônio público, nos termos do artigos 3º e 13º da Lei 7347 /85; 
- A condenação da Ré nos ônus da sucumbência; 
- A produção de todos os meios de provas em direito admitidas, especialmente documental e pericial; 
- A juntada de documentos em anexo (Estatuto da Associação Ambiental do Brasil, ato constitutivo, 
etc.). 
Dá-se a causa o valor de R$ 1000,00. 
Termos em que, 
Pede e espera deferimento. 
Local..., Data... 
Advogado... OAB....

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