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Ação Civil Pública (Lei 7347)

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LEI DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA – Lei 7.347/85
MATERIAL COM QUESTÕES DE CONCURSO e ALGUMAS REFERÊNCIAS À SÚMULAS E JULGADOS DOS TRIBUNAIS SUPERIORES
Material confeccionado por Eduardo B. S. Teixeira.
	Última atualização legislativa: nenhuma.
Última atualização jurisprudencial: 22/04/2020 - Info 892 (art. 5º, §6º); S. 629 STJ (art. 3º); Julgado STJ (art. 5º, I); Info 591 (art. 5º, §4º); Sem Info (art. 18); Info 955 (art. 1º, § único); Info 543 (art. 1º, § único)
Última atualização questões de concurso: 03/05/2020.
Observações quanto à compreensão do material:
1) Cores utilizadas:
· EM VERDE: destaque aos títulos, capítulos, bem como outras informações relevantes, etc.
· EM ROXO: artigos que já foram cobrados em provas de concurso.
· EM AZUL: Parte importante do dispositivo (ex.: questão cobrou exatamente a informação, especialmente quando a afirmação da questão dizia respeito à situação contrária ao que dispõe Lei da Ação Civil Pública - LACP).
· EM AMARELO: destaques importantes (ex.: critério pessoal)
2) Siglas utilizadas:
· MP (concursos do Ministério Público); M ou TJPR (concursos da Magistratura); BL (base legal, etc).
LEI No 7.347, DE 24 DE JULHO DE 1985.
	
	Disciplina a ação civil pública de responsabilidade por danos causados ao meio-ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico (VETADO) e dá outras providências.
	(DPESP-2012-FCC): A querela nullitatis pode ser deduzida em ação civil pública. (proc. civil)
##Atenção: Vejamos o seguinte julgado do STJ: “(...) A pretensão querela nullitatis pode ser exercida e proclamada em qualquer tipo de processo e procedimento de cunho declaratório. A ação civil pública, por força do que dispõe o art. 25, IV, “b”, da Lei n.º 8.625/93 (Lei Orgânica do MP), pode ser utilizada como instrumento para a anulação ou declaração de nulidade de ato lesivo ao patrimônio público. (...) A ação civil pública surge, assim, como instrumento processual adequado à declaração de nulidade da sentença, por falta de constituição válida e regular da relação processual. A demanda de que ora se cuida, embora formulada com a roupagem de ação civil pública, veicula pretensão querela nullitatis, vale dizer, objetiva a declaração de nulidade da relação processual supostamente transitada em julgado por ausência de citação da União ou, mesmo, por inexistência da própria base fática que justificaria a ação desapropriatória, já que a terra desapropriada, segundo alega o autor, já pertencia ao Poder Público Federal. (STJ, REsp 1.015.133/MT, Rel.p/ Acórdão Min. Castro Meira, 2ª Turma, j. 02/03/2010).
##Atenção: ##TRF5-2013: A Lei 7.347/85, que regula a Ação Civil Pública, contém normas predominantemente de direito processual. 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º  Regem-se pelas disposições desta Lei, sem prejuízo da ação popular, as ações de responsabilidade por danos morais e patrimoniais causados: (Redação dada pela Lei nº 12.529, de 2011). (MPSC-2010) (TJAL-2015) (DPERN-2015)
	##Atenção: A existência da ação civil pública “não prejudica a da ação popular”, expressão essa que deve ser entendida da seguinte forma: não existe litispendência entre ação civil pública e ação popular, mesmo que causa de pedir, pedido e sujeito passivo sejam os mesmos, somente existindo diferença no que se refere ao polo ativo, em que se verão diferentes representantes da mesma coletividade (ex: na ação popular, o cidadão Pedro; na ação civil pública, o MP).
I - ao meio-ambiente; (TJPA-2012) (MPMT-2012) (TJMA-2013) (TJCE-2014) (MPSC-2014)
	(TJBA-2019-CESPE): O MP de determinado estado da Federação propôs ação civil pública consistente em pedido liminar para obstar a construção de empreendimento às margens de um rio desse estado. No local escolhido, uma área de preservação permanente, a empresa empreendedora desmatou irregularmente 200 ha para instalar o empreendimento. A liminar incluiu, ainda, pedido para que a empresa fosse obrigada a iniciar imediatamente replantio na área desmatada. Nessa situação hipotética, a ação civil pública proposta deverá discutir apenas a responsabilidade civil da empresa. BL: art. 1º, I, LACP. (ambiental)
##Atenção: A Responsabilidade Criminal depende, obrigatoriamente, de ação penal pública incondicionada específica para apurar eventual prática de crime ambiental (art. 26 da Lei de Crimes Ambientais). A Responsabilidade Administrativa, nos termos do art. 70, §1º da Lei de Crimes Ambientais, são autoridades competentes para lavrar auto de infração ambiental e instaurar processo administrativo os funcionários de órgãos ambientais integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - SISNAMA, designados para as atividades de fiscalização, bem como os agentes das Capitanias dos Portos, do Ministério da Marinha. Logo, não poderia o MP propor ACP para discutir a responsabilidade administrativa da empresa. Portanto, a ACP proposta, no caso em exame, somente poderia discutir a Responsabilidade Civil da empresa.
II – ao consumidor; (MPBA-2010) (MPSC-2014)
	(TJMS-2008-FGV): Tomando em consideração a legitimidade ativa e a causa de pedir, bem como a jurisprudência do STJ, a Ação Civil Pública poderá ser legitimamente ajuizada nos termos da Lei 7347/85 pelo Procurador Geral do Município, tendo por causa de pedir relativa à proteção do consumidor. (difusos)
##Atenção: Por força constitucional, é dever do Estado a tutela do consumidor, tanto administrativamente, por meio dos Procons, quanto judicialmente. Extrai-se tal dever da regra inscrita no art. 5º, XXII da CF. Além disso, um dos princípios gerais da atividade econômica, prevista no art. 170, V da CF, é a defesa do consumidor. Deixe-se claro que a expressão “Estado” engloba todas as esferas do federalismo brasileiro, quais sejam, União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
III – a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico;
IV - a qualquer outro interesse difuso ou coletivo. (Incluído pela Lei nº 8.078 de 1990) (MPSP-2011) (TJBA-2012) (TJCE-2014) (MPSC-2014)
V - por infração da ordem econômica; (Redação dada pela Lei nº 12.529, de 2011). (TCDF-2012) (TJCE-2014)
	(PGEPR-2015-PUCPR): Sobre as hipóteses de tutela frente à lesão do patrimônio público pela prática de ato ilícito por parte de agente público, assinale a alternativa correta: A ação de improbidade administrativa, considerada espécie de ação civil pública, pode ser utilizada para reparação do dano e punição do agente. BL: art. 1º, VIII, LACP. (proc. civil).
(MPPR-2014): Sobre a legitimidade do MP para a propositura da ação civil pública na visão do STJ, assinale a alternativa correta: O MP tem legitimidade para ajuizar ação civil pública objetivando a cessação dos jogos de azar. BL: art. 1º, VIII, LACP e Tese 09 da Jurisprudência em Teses do STJ. (proc. civil).
##Atenção: ##Jurisprudência em Teses do STJ: ##Edição nº 19, Tese 09: “O Ministério Público tem legitimidade para ajuizar ação civil pública objetivando a cessação dos jogos de azar.”
##Atenção: ##STJ: Vejamos o seguinte julgado do STJ sobre o assunto: “(...) Cuidam os autos de ACP proposta pelo Ministério Público Estadual com o objetivo de coibir atividade de exploração de máquinas caça-níqueis. A LC 116/03 não legitima a prática de jogos de azar, como os denominados caça-níqueis, deixando de prever, expressamente, que se enquadram no conceito de diversões eletrônicas. Ademais, ela não revogou a norma contida no art. 50 da Lei de Contravenções Penais. A realização de jogos de azar, sem amparo legal, vulnera a ordem pública, a economia popular e o direito dos consumidores, além de infringir a legislação penal, notadamente os arts. 50 e 51 da Lei de Contravenções Penais. A Ação Civil Pública tem por finalidade a repreensão a ilícito civil, bem como a prevenção e a reparação de eventuais danos dele decorrentes, daí a irrelevância da caracterização do fato como crime ou contravenção. E se crime ou contravenção existir, nada impede a concorrênciasimultânea das duas investigações (inquérito penal e inquérito civil) ou ações (criminal e civil), inclusive com o empréstimo e aproveitamento, por uma, de provas geradas pela outra, mesmo interceptações autorizadas, desde que assegurados o contraditório e a ampla defesa. Corolário dessa compreensão do sistema jurídico brasileiro, ou seja, da diversidade e autonomia das duas jurisdições, é o fato de que medidas assecuratórias e tutela inibitória, análogas entre si ou de índole similar, podem ser deferidas tanto na instância civil, como na penal - simultânea, isolada ou consecutivamente.” (REsp 813.222/RS, Rel. Min. Herman Benjamin, 2ª T., j. 8/9/09, DJe 4/5/11).
VI - à ordem urbanística. (Incluído pela Medida provisória nº 2.180-35, de 2001)
VII – à honra e à dignidade de grupos raciais, étnicos ou religiosos. (Incluído pela Lei nº 12.966, de 2014) (PCDFT-2015)
VIII – ao patrimônio público e social. (Incluído pela  Lei nº 13.004, de 2014) (MPPR-2014)
	(PGEPR-2015-PUCPR): Sobre as hipóteses de tutela frente à lesão do patrimônio público pela prática de ato ilícito por parte de agente público, assinale a alternativa correta: A ação de improbidade administrativa, considerada espécie de ação civil pública, pode ser utilizada para reparação do dano e punição do agente. BL: art. 1º, VIII, LACP. (proc. civil).
Parágrafo único.  Não será cabível ação civil pública para veicular pretensões que envolvam tributos, contribuições previdenciárias, o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS ou outros fundos de natureza institucional cujos beneficiários podem ser individualmente determinados. (Incluído pela Medida provisória nº 2.180-35, de 2001) (MPRR-2008) (DPEAL-2009) (DPEMA-2009) (MPCE-2011) (MPAP-2012) (TRF5-2013) (TJPR-2014) (MPPR-2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (MPBA-2010/2015) (TJMS-2015) (PGM-Andralina/SP-2017)
	##Atenção: ##STF: ##DOD: O Ministério Público tem legitimidade para a propositura de ação civil pública em defesa de direitos sociais relacionados ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). STF. Plenário. RE 643978/SE, Rel. Min. Alexandre de Moraes, j. 9/10/19 (repercussão geral – Tema 850) (Info 955).
	##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: Em provas, tenha cuidado com a redação do art. 1º, parágrafo único, da Lei 7.347/85: Se for cobrada a mera transcrição literal deste dispositivo em uma prova objetiva, provavelmente, esta será a alternativa correta.
##Atenção: ##STF: ##DOD: O Termo de Acordo de Regime Especial – TARE, não diz respeito apenas a interesses individuais, mas alcança interesses metaindividuais, pois o ajuste pode, em tese, ser lesivo ao patrimônio público. A CF/88 estabeleceu, no art. 129, III, que é função institucional do MP, dentre outras, “promover o inquérito e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos”. O MP tem legitimidade para propor ação civil pública com o objetivo de anular Termo de Acordo de Regime Especial, em face da legitimação ad causam que o texto constitucional lhe confere para defender o erário. Logo, não se aplica à hipótese o § único do art. 1º da Lei 7.347/85. Em outras palavras, a ação civil pública ajuizada contra o TARE em questão não se cinge à proteção de interesse individual, mas abarca interesses metaindividuais, visto que tal acordo, ao beneficiar uma empresa privada assegurando-lhe o regime especial de apuração do ICMS, pode, em tese, mostrar-se lesivo ao patrimônio público, o que, por si só, legítima a atuação do Parquet. STF. Plenário. RE 576155, Min. Rel. Ricardo Lewandowski j. 12/8/10 (repercussão geral) (Info 595)
##Atenção: ##Jurisprudência em Teses do STJ: ##Tese 08, Edição nº 22: O Ministério Público tem legitimidade para propor ação civil pública com o objetivo de anular Termo de Acordo de Regime Especial – TARE.
	(DPEDF-2019-CESPE): O MP detém legitimidade ativa ad causam para propor ação civil pública que vise anular termo de acordo de regime especial (TARE) firmado entre ente federativo e determinados contribuintes. BL: Info 595, STF e Tese 08, Ed. 22 da Jurisp. em teses do STJ.
(MPPI-2012-CESPE): O estado do Piauí celebrou TARE com empresa privada, visando conferir regime especial de apuração do ICMS, para incentivar a instalação de empresas no estado. O MPE/PI, em sede de inquérito civil público aberto para investigar a celebração do contrato, constatou que o ajuste causara prejuízo aos cofres públicos, razão por que ajuizou ACP com o objetivo de anular acordos firmados com base nesse termo. A partir dessa situação hipotética, assinale a opção correta à luz da jurisprudência do STF: A defesa da integridade do erário público e da higidez do processo de arrecadação tributária consiste em direito metaindividual do contribuinte, o que legitima a atuação do MPE/PI nesse caso. BL: Info 595, STF.
##Atenção: ##STJ: ##DOD: ##TJDFT-2014: ##CESPE: O MP tem legitimidade para ajuizar ação civil pública cujo pedido seja a condenação por improbidade administrativa de agente público que tenha cobrado taxa por valor superior ao custo do serviço prestado, ainda que a causa de pedir envolva questões tributárias. STJ. 1ª T. REsp 1.387.960-SP, Rel. Min. Og Fernandes, j. 22/5/14 (Info 543).
##Atenção: ##TRF5-2013: As tarifas públicas não entram na vedação prevista no § único do art. 1º da LACP. 
	(MPSC-2016): A Ação Civil Pública constitui-se em ação de responsabilidade por danos morais e patrimoniais, a qual não poderá veicular matéria que envolva tributos ou outros fundos de natureza institucional cujos beneficiários sejam individualmente determinados, conforme excepciona a Lei n. 7.347/85. BL: art. 1º, caput e § único, LACP.
(PGERS-2010-FUNDATEC): Não possui o MP legitimidade para propor ação civil pública contendo pretensões ou pedidos que envolvam tributos. BL: art. 1º, § único, LACP. (proc. civil)
(TJRR-2008-FCC): O MP do Estado de Roraima, através de Promotor de Justiça, propõe ação civil pública em face do Município de Boa Vista, que instituiu taxa de coleta de lixo, cuja alíquota é 0,25% do valor venal do imóvel e contribuinte é o proprietário de imóvel urbano. É correto afirmar que não é cabível ação civil pública em matéria tributária por expressa vedação legal, apesar de ser o direito do contribuinte um direito individual homogêneo. BL: art. 1º, § único, LACP. (tributário)
(TJMS-2008-FGV): Não será cabível ação civil pública para veicular pretensões que envolvam fundos de natureza institucional cujos beneficiários possam ser individualmente determinados. BL: art. 1º, § único da Lei 7347/85. (difusos)
Art. 2º As ações previstas nesta Lei serão propostas no foro do local onde ocorrer o dano, cujo juízo terá competência funcional [= Competência Absoluta] para processar e julgar a causa. (MPRN-2009) (PGESP-2009) (TJMS-2010) (MPSC-2010) (MPGO-2010) (MPAL-2012) (MPTO-2012) (TCEAP-2012) (MPPE-2014) (TRF1-2013) (TRF2-2013) (Cartórios/TJPE-2013) (MPMT-2008/2014) (TCEPB-2014) (MPDFT-2013/2015) (Cartórios/TJSE-2014) (MPMS-2015) (MPPR-2008/2011/2012/2016) (TJRJ-2014/2016) (MPSP-2012/2017) (PGM-Andralina/SP-2017) (Anal. Judic./TJPE-2017) (Proc.-Câm. Legisl./DF-2018)
	##Atenção: ##STJ: ##DOD: A competência para processar e julgar ação civil pública é absoluta e se dá em função do local onde ocorreu o dano. STJ. 1ª Seção. AgRg nos EDcl no CC 113.788-DF, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, julgado em 14/11/2012.
##Atenção: ##STJ: Súmula 489-STJ: Reconhecida a continência, devem ser reunidas na Justiça Federal as ações civis públicas propostas nesta e na Justiça estadual.
##Atenção: ##TRF2-2013: ##CESPE: O STJ orienta-se no sentido de que a competência da Justiça Federal, prevista no art. 109, I, da CF/88, é fixada, em regra, em razão da pessoa (competência ratione personae), levando-se em conta não a natureza da lide, mas, sim, a identidade das partes na relação processual. Na hipótese, cuida-se de ação civil pública em que figura como um dos autores o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - Iphan, autarquia federal criada pelasLeis 8.029/90 e 8.113/90, na qual se busca a proteção do imóvel conhecido como "Casa do Barão de Vassouras", localizado no município de Vassouras-RJ, tombado pelo Poder Público federal. Figurando como parte uma autarquia federal, a competência para processar e julgar a ação é da Justiça Federal, consoante disposto no art. 109, I, da CF/88. 4. A interpretação do art. 2º da Lei 7.347/85 - que disciplina a ação civil pública de responsabilidade por danos causados ao meio-ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico -, deve ser realizada à luz do disposto no art. 109, I, § 3º, da CF/88, consoante precedentes do STF e desta Corte. Conflito conhecido para declarar competente a Justiça Federal, anulando-se a decisão proferida pelo Juízo estadual. (CC 105.196/RJ, Rel. Min. Benedito Gonçalves, 1ª Seção, j. 9/12/09)”
	(MPMG-2017): Parte integrante da Cadeia do Espinhaço, a Serra do Carretão, situada na região do Campo das Vertentes, estende-se pelo território de municípios, distritos e povoados pertencentes a duas comarcas distintas, a saber: Desterro de Entre Rios e Resende Costa. Em virtude do acesso dificultado pela inexistência de vias pavimentadas, ainda é refúgio para diversas espécies raras da fauna silvestre, algumas delas ameaçadas de extinção, tais como lobo-guará, bugio, veado-campeiro, etc., além de vegetação típica do bioma de mata atlântica. Dono de uma propriedade rural voltada para a criação de bovinos situada ao pé da referida serra, no município de Entre Rios de Minas, o Sr. Juquinha promoveu uma queimada com a intenção de limpar e propiciar a rebrota de pastos, técnica agrícola rudimentar altamente nociva, mas, infelizmente, ainda muito em uso em Minas Gerais. Como resultado de sua desídia em não providenciar um aceiro, as chamas se alastraram de forma descontrolada, devastando uma ampla área da referida serra, sendo contida pelos bombeiros, todavia, atingindo o território das duas comarcas mencionadas. Como resultado, verificou-se elevada mortandade de animais silvestres e queima de espécies vegetais nativas típicas de mata atlântica. Nesse contexto, é correto afirmar que a competência para processar e julgar a ACP para reparação dos danos ambientais e morais: É absoluta, em atenção à concomitância dos critérios territorial e funcional, e definida pelo local do dano, fixando-se pela prevenção. BL: art. 2º, LACP.
##Atenção: A mencionada competência tem natureza absoluta. Isso porque, nos termos deste dispositivo, trata-se de COMPETÊNCIA FUNCIONAL, não estabelecida no interesse das partes, mas sim no interesse público na eficiência da função jurisdicional. A ratio deste modelo é atribuir a jurisdição ao órgão que possa mais eficazmente exercer sua função, em virtude de sua proximidade com as vítimas, com o bem afetado e com a prova. O STF e o STJ têm denominado a competência estabelecida no art. 2º da LACP como competência territorial e funcional, nos moldes da clássica classificação chiovendiana. Como na hipótese o dano se alastrou pelo território de duas comarcas, a competência deve ser fixada pelo critério da prevenção, nos termos do art. 2º, § único, da LACP.
##Atenção: Curiosidade - Classificação de Chiovenda:  
· Competência funcional em relação à competência material: diz respeito à repartição de funções entre diversos órgãos jurisdicionais em um mesmo processo (v.g. competência por fase do processo, como no se dá no Tribunal do Júri; competência recursal);
· Competência funcional em relação à competência territorial: diz respeito à fixação da competência ao órgão jurisdicional localizado onde o exercício da jurisdição se dá de forma mais fácil (caso do art. 2º da LACP). (FONTE: Adriano Andrade, Cleber Masson e Landolfo Andrade. Interesses Difusos e Coletivos. Editora Método, 2017).
(TJSE-2008-CESPE): Assinale a opção correta a respeito da ACP: Se determinado dano ecológico atingir uma vasta região, envolvendo várias comarcas de um mesmo estado, qualquer um dos foros do local do dano será competente para processar e julgar a ACP para responsabilizar os causadores do dano, fixando-se a competência pela prevenção. BL: art. 2º da LACP c/c art. 93, CDC.
##Atenção: A competência territorial para a ACP é funcional, ou seja, é absoluta. É uma competência sui generis. Quando o dano abranger mais de um território, por todos serem competentes, a competência será firmada pela prevenção.
Parágrafo único  A propositura da ação prevenirá a jurisdição do juízo para todas as ações posteriormente intentadas que possuam a mesma causa de pedir ou o mesmo objeto. (Incluído pela Medida provisória nº 2.180-35, de 2001) (TJAL-2008) (MPPR-2011/2012) (MPSP-2012) (DPESP-2013) (MPGO-2010/2015) (MPDFT-2015) (PGM-Salvador/BA-2015) (PGM-Andralina/SP-2017) (Anal. Judic./TJPE-2017) (PCMA-2018)
	##Atenção: ##STJ: ##DOD: No caso em que duas ações coletivas tenham sido propostas perante juízos de competência territorial distinta contra o mesmo réu e com a mesma causa de pedir e, além disso, o objeto de uma, por ser mais amplo, abranja o da outra, competirá ao juízo da ação de objeto mais amplo o processamento e julgamento das duas demandas, ainda que ambas tenham sido propostas por entidades associativas distintas. STJ. 4ª Turma. REsp 1.318.917-BA, Rel. Min. Antonio Carlos Ferreira, j. 12/3/13 (Info 520).
	(TJAC-2019-VUNESP): Assinale a alternativa correta, em relação à ação civil pública, que representa um dos instrumentos processuais da tutela ambiental: A propositura da ação prevenirá a jurisdição do juízo para todas as ações posteriormente intentadas que possuam a mesma causa de pedir ou o mesmo objeto. BL: art. 2º, § único, LACP. (proc. civil)
(TJRJ-2016-VUNESP): Foram propostas várias ações civis públicas em que a Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL também figurou no polo passivo, perante diversas Varas da Seção Judiciária dos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Distrito Federal, Pernambuco e Piauí. As ações foram propostas pelo Ministério Público Federal e várias Associações de Defesa de Consumidores de Energia, sendo que todas as ações discutem a mesma matéria, qual seja, a metodologia do reajuste tarifário aplicado pela ANEEL, desde 2002 às concessionárias de distribuição de energia elétrica. Visando evitar decisões divergentes acerca da mesma matéria, a ANEEL suscitou conflito de competência positivo perante o Superior Tribunal de Justiça para reconhecer competente em razão de conexão o juízo da 1ª Vara Federal da Seção Judiciária do Rio Grande do Sul, em caráter provisório, para análise das medidas urgentes em todos os processos, por ter sido nesta vara proposta a primeira ação coletiva, para evitar decisões conflitantes em âmbito nacional. Diante disso, assinale a alternativa correta, de acordo com a jurisprudência do STJ: Há conexão e em aplicação do disposto na Lei da Ação Civil Pública, tendo sido o juízo da 1ª Vara Federal do Rio Grande do Sul a primeira vara em que foi proposta a ação coletiva, esta está preventa para julgamento de todas as ações coletivas posteriormente intentadas que possuam a mesma causa de pedir ou o mesmo objeto. BL: art. 2º, § único, LACP.
Art. 3º A ação civil poderá ter por objeto a condenação em dinheiro ou o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer. (MPAM-2007) (MPMT-2008) (PGECE-2008) (MPRN-2009) (DPEAL-2009) (MPMG-2010) (TJRO-2011) (TCESE-2011) (TJBA-2012) (MPAP-2012) (MPAL-2012) (MPDFT-2013) (MPPE-2008/2014) (TJCE-2014) (TJRJ-2014) (TJMS-2015) (TJAL-2015) (MPSP-2005/2008/2015) (MPPR-2012/2019) (PCMA-2018) (MPSC-2019)
	##Questiona-se: É possível que a empresa seja condenada, cumulativamente, a recompor o meio ambiente e a pagar indenização por dano moral coletivo? SIM. Isso porque vigora em nosso sistema jurídico o princípio da reparação integral do dano ambiental, de modo que o infrator deverá ser responsabilizado por todos os efeitos decorrentes da conduta lesiva, permitindo-se que haja a cumulação de obrigações de fazer, de não fazer e de indenizar. O art.3º da Lei 7.347/85 afirma que a ACP “poderá ter por objeto a condenação em dinheiro ou o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer”. Para o STJ, essa conjunção “ou” – contida no citado artigo, tem um sentido de adição (soma), não representando uma alternativa excludente. Em outras palavras, será possível a condenação em dinheiro e também ao cumprimento de obrigação de fazer/não fazer. Veja precedente nesse sentido:
(...) Segundo a jurisprudência do STJ, a logicidade hermenêutica do art. 3º da Lei 7.347/1985 permite a cumulação das condenações em obrigações de fazer ou não fazer e indenização pecuniária em sede de ação civil pública, a fim de possibilitar a concreta e cabal reparação do dano ambiental pretérito, já consumado. Microssistema de tutela coletiva. (...) 4. O dano moral coletivo ambiental atinge direitos de personalidade do grupo massificado, sendo desnecessária a demonstração de que a coletividade sinta a dor, a repulsa, a indignação, tal qual fosse um indivíduo isolado. (...) (REsp 1269494/MG, Rel. Min. Eliana Calmon, 2ª Turma, j. 24/9/13)
Cumpre esclarecer que não há “bis in idem” neste caso, considerando que as condenações possuem finalidades e naturezas diferentes. Vale ressaltar, por fim, que, apesar dessa possibilidade existir em tese, a condenação, no caso concreto, e o seu eventual valor dependerão da situação:
O STJ tem entendimento consolidado segundo o qual é possível a cumulação de obrigações de fazer, de não fazer e de indenizar nos casos de lesão ao meio ambiente, contudo, a necessidade do cumprimento de obrigação de pagar quantia deve ser aferida em cada situação analisada. STJ. 1ª Turma. AgInt no REsp 1538727/SC, Rel. Min. Regina Helena Costa, j. 07/08/18.
##Atenção: ##Súmula Nova do STJ: 
Súmula 629-STJ: Quanto ao dano ambiental, é admitida a condenação do réu à obrigação de fazer ou à de não fazer cumulada com a de indenizar.
	(DPEMG-2014-FUNDEP): Sobre ação civil pública, assinale a alternativa correta: Com base na interpretação sistemática do ordenamento jurídico, admite-se a cumulação das condenações em obrigações de fazer ou não fazer e indenização pecuniária em sede de ação civil pública. BL: art. 3º, LACP e jurisprudência (vide quadro acima). (proc. civil)
Art. 4o Poderá ser ajuizada ação cautelar para os fins desta Lei, objetivando, inclusive, evitar dano ao patrimônio público e social, ao meio ambiente, ao consumidor, à honra e à dignidade de grupos raciais, étnicos ou religiosos, à ordem urbanística ou aos bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico.  (Redação dada pela  Lei nº 13.004, de 2014) (TJSP-2008) (MPMT-2008) (MPSP-2008) (MPMG-2011) (MPPR-2011/2012) (MPAL-2012) (DPESP-2013) (TRT6-2013) (MPPE-2014)
	(DPEMS-2014-VUNESP): Em relação à ação civil pública, é correto afirmar que poderá ser ajuizada ação cautelar objetivando, inclusive, evitar o dano à honra e à dignidade de grupos raciais, étnicos ou religiosos, dentre outros.. BL: art. 4º, LACP. (proc. civil)
Art. 5o  Têm legitimidade para propor a ação principal e a ação cautelar: (Redação dada pela Lei nº 11.448, de 2007). (MPPR-2008) (TCEAP-2010) (PGERS-2011) (TJRS-2012) (Cartórios/TJRO-2012) (TCEBA-2013) (MPPE-2014) (MPBA-2015) (MPSC-2016) (TJAC-2019)
	(TCERN-2015-CESPE): A ação popular e a ação civil pública diferem no que se refere à legitimidade ativa; quanto ao objeto, ambas tutelam interesses similares. BL: art. 1º, da LAP e art. 5º, inciso LXXIII, CF e art. 5º, LACP.
##Atenção: De forma bem simples, a ação popular tem como legitimado ativo  o CIDADÃO em pleno gozo dos direitos políticos; Já a ação civil pública tem um rol mais amplo de legitimados ativos como, por exemplo, o MP e a Defensoria Pública. Ambos tutelam direitos coletivos. 
(Anal. Judic./TJDFT-2015-CESPE): No sistema processual pátrio de tutela coletiva, a legitimação ativa para propositura de ação civil pública é concorrente e disjuntiva entre diversos entes indicados pela legislação. BL: art. 5º, LACP.
##Atenção: Nesse sentido é o entendimento de Hugo Nigro Mazzilli: “É concorrente e disjuntiva a legitimação para a propositura de ações civis públicas ou coletivas em defesa de interesses difusos, coletivos e individuais homogêneos, pois cada um dos co-legitimados pode ajuizar essas ações, quer litisconsorciando-se com outros, quer fazendo-o isoladamente. É concorrente, porque todos os co-legitimados do art. 5º da LACP ou do art. 82 do CDC podem agir em defesa de interesses transindividuais; é disjuntiva porque não precisam comparecer em litisconsórcio” (A defesa dos interesses difusos em juízo: meio ambiente, consumidor, patrimônio cultural, patrimônio público e outros interesses. 17ª ed., Saraiva, 2004, pág. 289)
##Atenção: Vide art. 82 do CDC:
Art. 82. Para os fins do art. 81, parágrafo único, são legitimados concorrentemente: (Redação dada pela Lei nº 9.008, de 21.3.1995)
I - o Ministério Público,
II - a União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal;
III - as entidades e órgãos da Administração Pública, direta ou indireta, ainda que sem personalidade jurídica, especificamente destinados à defesa dos interesses e direitos protegidos por este código;
IV - as associações legalmente constituídas há pelo menos um ano e que incluam entre seus fins institucionais a defesa dos interesses e direitos protegidos por este código, dispensada a autorização assemblear.
§ 1° O requisito da pré-constituição pode ser dispensado pelo juiz, nas ações previstas nos arts. 91 e seguintes, quando haja manifesto interesse social evidenciado pela dimensão ou característica do dano, ou pela relevância do bem jurídico a ser protegido.
(TJMA-2013-CESPE): O ajuizamento da ação coletiva pelas entidades legalmente autorizadas configura legitimação concorrente e disjuntiva, ou seja, qualquer legitimado pode ajuizar a ação, independentemente dos outros, sem prevalência alguma entre eles. BL: art. 5º, LACP e art. 82 do CDC.
##Atenção: Isto significa que há mais de um legitimado (legitimidade concorrente). Além disso, podem agir de forma autônoma, isto é, um não depende da iniciativa do outro (legitimidade disjuntiva). (Fonte: Caderno aulas curso G7 Jurídico).
I - o Ministério Público; (Redação dada pela Lei nº 11.448, de 2007). (MPPE-2008) (TJBA-2012) (MPPR-2012) (MPAL-2012) (TJMA-2013) (MPSC-2014) (MPT-2015) (Cartórios/TJDFT-2019)
	##Atenção: ##STJ: ##DOD: ##MPPR-2019: Vejamos o seguinte do julgado do STJ: "(...) Já o acórdão paradigma, da Corte Especial, entendeu ter o MP legitimidade para reclamar a defesa de direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos em ACP, ainda que se estivesse diante de interesses disponíveis. Tal orientação, ademais, é a que veio a prevalecer neste Tribunal Superior, que aprovou a Súmula 601, de seguinte teor: "o Ministério Público tem legitimidade ativa para atuar na defesa de direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos dos consumidores, ainda que decorrentes da prestação de serviço público." Além disso, tanto a Lei da Ação Civil Pública (arts. 1º e 5º) como o CDC (arts. 81 e 82) são expressos em definir o MP como um dos legitimados a postular em juízo em defesa de direitos difusos, coletivos ou individuais homogêneos do consumidor. Incumbe verificar, então, se tal legitimidade ampla definida expressamente em lei (Lei n. 7.347/85 e Lei n. 8.078/90) é compatível com a finalidade do MP, como exige o inc. IX do art. 129 da CF/88. Nos termos da jurisprudência desta Corte, a finalidade do MP é lida à luz do preceito constante do caput do art. 127 da CF/88, segundo o qual incumbe ao Ministério Público "a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis". Daí porque se firmou a compreensão de que, para haver legitimidade ativa do MP para a defesa de direitos transindividuais não é preciso que se trate de direitos indisponíveis, havendo de se verificar, isso sim, se há "interesse social" (expressão contida no art. 127 da Constituição) capaz de autorizar a legitimidade do MP". (STJ. REsp 1126316 / ES. Rel. Min.Reynaldo Soares da Fonseca. DJe 21/03/2018)
	(MPPR-2019): A jurisprudência do STJ tem reconhecido a legitimidade ativa do MP para as ações civis públicas que tenham por objeto direitos individuais homogêneos, ainda que disponíveis, mas que assumem caráter de indivisibilidade e indisponibilidade por dizerem respeito a relevantes interesses sociais, cuja violação repercute negativamente na ordem social.
##Atenção: ##STF: ##DOD: O MP é parte legítima para ajuizamento de ACP que vise o fornecimento de remédios a portadores de certa doença. STF. Plenário. RE 605533/MG, Rel. Min. Marco Aurélio, j. 15/8/2018 (repercussão geral) (Info 911).
##Atenção: ##STF: ##DOD: O MP tem legitimidade para promover ACP sobre direitos individuais homogêneos quando presente o interesse social. STF. 2ª Turma. RE 216443/MG, rel. orig. Min. Menezes Direito, red. p/ o acórdão Min. Marco Aurélio, j. 28/8/12 (Info 677).
##Atenção: ##STJ: ##DOD: O MP tem legitimidade para propor ACP objetivando a liberação do saldo de contas PIS/PASEP, na hipótese em que o titular da conta — independentemente da obtenção de aposentadoria por invalidez ou de benefício assistencial — seja incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, bem como na hipótese em que o próprio titular da conta ou quaisquer de seus dependentes for acometido das doenças ou afecções listadas na Portaria Interministerial MPAS/MS 2.998/01. Esse pedido veiculado diz respeito a direitos individuais homogêneos que gozam de relevante interesse social. Logo, o interesse tutelado referente à liberação do saldo do PIS/PASEP, mesmo se configurando como individual homogêneo, mostra-se de relevante interesse à coletividade, tornando legítima a propositura de ACP pelo MP, visto que se subsume aos seus fins institucionais. STJ. 2ª Turma. REsp 1.480.250-RS, Rel. Min. Herman Benjamin, j. 18/8/2015 (Info 568).
##Atenção: ##STJ: ##DOD: O MP tem legitimidade ad causam para propor ACP com a finalidade de defender interesses coletivos e individuais homogêneos dos mutuários do Sistema Financeiro da Habitação. O STJ entende que os temas relacionados com SFH possuem expressão para a coletividade e que o interesse em discussão é socialmente relevante. STJ. 3ª Turma. REsp 1.114.035-PR, Rel. originário Min. Sidnei Beneti, Rel. para acórdão Min. João Otávio de Noronha, j. 7/10/2014 (Info 552).
##Atenção: ##STJ: ##DOD: O MP tem legitimidade para ajuizar ACP contra a concessionária de energia elétrica com a finalidade de evitar a interrupção do fornecimento do serviço à pessoa carente de recursos financeiros diagnosticada com enfermidade grave e que dependa, para sobreviver, da utilização doméstica de equipamento médico com alto consumo de energia. Conforme entendimento do STJ, o MP detém legitimidade para propor ACP que objetive a proteção do direito à saúde de pessoa hipossuficiente, porquanto se trata de direito fundamental e indisponível, cuja relevância interessa à sociedade. STJ. 1ª Turma. AgRg no REsp 1.162.946-MG, Rel. Ministro Sérgio Kukina, j. 4/6/2013 (Info 523).
##Atenção: ##STJ: Súmula 601-STJ: O Ministério Público tem legitimidade ativa para atuar na defesa de direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos dos consumidores, ainda que decorrentes da prestação de serviço público.
	(MPDFT-2015): O MPDFT propôs ação civil pública de responsabilidade, em favor de pessoas que utilizaram a rede mundial de computadores, sítio de uma empresa aérea, para a compra de passagens aéreas, mas que acabaram comprando, sem perceberem, um seguro de viagem cuja opção de compra já estava pré-selecionada. Assinale a alternativa correta: O MPDFT tem legitimação ativa extraordinária, do tipo substituição processual, para propor a ação civil pública em defesa dos consumidores, porque estamos diante de direitos individuais homogêneos. BL: art. 5º, I, LACP c/c art. 82, I, CDC.
##Atenção: É evidente que estamos diante de direitos individuais homogêneos, a saber: a) Há divisibilidade do objeto, isto é, a lesão sofrida a cada titular pode ser reparada na proporção da respectiva ofensa, o que possibilita ao lesado optar pelo ressarcimento de seu prejuízo através de ação individual. Nesse sentido, cada consumidor que se sentir prejudicado poderá ajuizar ação individual para obter o ressarcimento do seguro contratado sem seu consentimento; b) A origem é comum. No caso em tela, o fato de todos terem comprado passagens aéreas da mesma companhia e contratado, de forma irregular, o seguro-viagem; c) Os titulares são determinados. É possível facilmente determinar as pessoas que compraram a passagem aérea. Dito isto, é possível concluir que, em relação ao que foi exigido na assertiva, há consenso doutrinário quanto à natureza da legitimidade para defesa coletiva de direitos individuais homogêneos: trata-se de legitimação extraordinária. Isso porque os direitos individuais homogêneos, ainda que defendidos em ação coletiva, continuam sendo direitos individuais, divisíveis, e, portanto, com titulares individualmente determináveis. Desse modo, o ente que busca defendê-los em uma ACP, apesar de fazê-lo em nome próprio, defende interesses alheios. Portanto, amparado pelo art. 82, I do CDC c/c art. 5º, I da LACP, tudo isto no âmbito do microssistema processual coletivo, é possível que o MPDFT tenha legitimação extraordinária para pleitear em juízo a reparação dos consumidores na situação exposta.
(MPSC-2014): O Ministério Público, ao atuar judicialmente na defesa de direitos e interesses difusos ou coletivos, o faz como substituto processual. BL: art. 5º, I, LACP.
##Atenção: Ocorre substituição processual quando alguém, autorizado pelo ordenamento jurídico, em nome próprio, pleiteia em juízo a tutela de direito alheio (art. 18, CPC/15). Substituto processual é, portanto, aquele que em juízo pleiteia, em nome próprio, a tutela de direito alheio; e substituído é o titular do direito cuja tutela é pleiteada por outrem. É exatamente o que ocorre nas hipóteses de legitimação extraordinária do MP. De modo geral, na jurisprudência, entende-se que, sejam os direitos difusos, coletivos ou individuais homogêneos, a legitimação para sua defesa na ACP é extraordinária, havendo substituição processual. Entretanto, a doutrina moderna diverge quanto à natureza da legitimação nas ações civis públicas, entendendo que, se o direito for individual homogêneo, a legitimação será extraordinária; no caso dos direitos difusos e coletivos em sentido estrito, a legitimidade ativa, inspirada no direito alemão, será autônoma para a condução do processo (legitimação anômala).
(TJSP-2011-VUNESP): O som produzido por templo religioso durante os ofícios causa desconforto a moradores da vizinhança. O MP propõe ação civil pública e a defesa argui sua ilegitimidade, além de invocar a liberdade de culto – inciso VI do art. 5º da CF/88. A decisão adequada à espécie deverá julgar procedente a ação civil pública, pois o MP é parte legítima e o som excessivo configura poluição sonora. BL: art. 5º, LACP e art. 129, I e III da CF/88 e art. 54, caput da Lei 9605/98. (direito ambiental)
##Atenção: Consoante o art. 129, I, CF/88, é função institucional do MP, privativamente, promover ação penal pública, na forma da lei. De acordo com o art. 129, III, CF/88, é função institucional do MP “promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos”. Além disso, o art. 54 da Lei 9605/98 prevê a configuração do crime de poluição para o ato causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar à saúde humana.
II - a Defensoria Pública; (Redação dada pela Lei nº 11.448, de 2007). (TJES-2011) (TJPA-2012) (TJBA-2012) (MPPR-2012) (DPEES-2012) (DPESP-2013) (TJCE-2014) (DPEMG-2014) (MPSC-2014) (MPT-2015) 
	##Atenção: ##TJES-2011: ##CESPE: ##Repercussão Geral STF: Tema 607: A Defensoria Pública tem legitimidade para a propositura de ação civil pública que vise a promover a tutelajudicial de direitos difusos ou coletivos de que sejam titulares, em tese, pessoas necessitadas. (RE 733433, Data: 04/11/2015). 
##Atenção: O STJ, ao interpretar os requisitos legais para a atuação coletiva da Defensoria Pública, encampa exegese ampliativa da condição jurídica de “necessitado”, de modo a possibilitar sua atuação em relação aos necessitados jurídicos em geral, não apenas dos hipossuficientes sob o aspecto econômico. Caso concreto que se inclui no conceito apresentado (STJ, AgInt no REsp 1510999).
	(Anal. Gestão Educ./SEDF-2017-CESPE): Situação hipotética: A defensoria pública ingressou em juízo com uma ação civil pública contra empresa privada que praticava ato lesivo ao meio ambiente e à ordem urbanística de determinado ente federativo. Assertiva: Nesse caso, a defensoria pública poderia requerer a condenação da empresa requerida ao pagamento em dinheiro em função dos danos provocados, e cumular a esse pedido a cessação dos atos lesivos, bem como o cumprimento de recuperação dos danos causados ao meio ambiente e à ordem urbanística. BL: art. 3º e 5º, inciso II, LACP e STJ (REsp 1.145.083/MG e REsp 1328753/MG). (proc. civil)
##Atenção: A jurisprudência do STJ está firmada no sentido da viabilidade, no âmbito da Lei 7.347/85 e da Lei 6.938/81, de cumulação de obrigações de fazer, de não fazer e de indenizar na reparação integral do meio ambiente (REsp 1.145.083/MG, Rel. Ministro Herman Benjamin, Segunda Turma, DJe 4.9.2012). Além disso, para o STJ, na hipótese de ação civil pública proposta em razão de dano ambiental, é possível que a sentença condenatória imponha ao responsável, cumulativamente, as obrigações de recompor o meio ambiente degradado e de pagar quantia em dinheiro a título de compensação por dano moral coletivo. STJ. 2ª Turma. REsp 1328753-MG, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 28/5/2013 (Info 526). Parte superior do formulário
Parte inferior do formulário
(PGM-Andralina/SP-2017-VUNESP): Quanto ao Processo Civil Coletivo, é correta a seguinte afirmação: A Defensoria Pública tem legitimidade para propor ação civil pública na defesa de direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos. BL: art. 5º, II, da LACP (proc. civil).
(TJMT-2009-VUNESP): Tem legitimidade para propositura de Ação Civil Pública de responsabilidade por danos causados ao meio ambiente: a Defensoria Pública. BL: art. 5º, II, da LACP (ambiental).
III - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; (Incluído pela Lei nº 11.448, de 2007). (TJCE-2014) (TJRJ-2014) (MPDFT-2013) (MPSC-2014) (MPT-2015) (PGEPR-2015)
	##Atenção: ##STJ: ##DOD: O Município tem legitimidade ad causam para ajuizar ACP em defesa de direitos consumeristas questionando a cobrança de tarifas bancárias. Em relação ao MP e aos entes políticos, que têm como finalidades institucionais a proteção de valores fundamentais, como a defesa coletiva dos consumidores, não se exige pertinência temática e representatividade adequada. STJ. 3ª T. REsp 1.509.586-SC, Rel. Min. Nancy Andrighi, j. 15/5/18 (Info 626).
	(TJSP-2008-VUNESP): Sendo sabido que a Constituição Federal e a Constituição Estadual estabelecem normas sobre direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, assinale a alternativa correta. O próprio Município, a União e os Estados podem propor ação civil pública de responsabilidade de particular ou de ente público por danos causados ao meio ambiente, embora sabido que o Ministério Público é a instituição que mais toma a iniciativa sobre o caso. BL: art. 5º, III, da LACP (proc. civil).
IV - a autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista; (Incluído pela Lei nº 11.448, de 2007). (MPRN-2009) (DPEAL-2009) (TCESE-2011) (MPPR-2012) (TJPA-2012) (TJRN-2013) (TJRJ-2014) (MPSC-2014) (MPT-2015) (Anal. Judic./TJPI-2015) (Consultor Proc. Legisl/AL-MS-2016) (PGM-Andralina/SP-2017)
	(TJSE-2015-FCC): Determinada empresa pública do Estado de Sergipe, na qual a defesa do meio ambiente não está no rol de suas atividades, inconformada com grave e extenso dano ambiental causado por uma indústria localizada no Município de Teresina, ajuizou ação civil pública em face da indústria e do Município, este em razão de sua omissão, visando à recuperação do dano ambiental. A ação civil pública deverá ser julgada procedente. BL: art. 5º, IV, da Lei 7347/85. (ambiental)
##Atenção: Dentro do rol taxativo das entidades que têm legitimidade para propor a ação civil pública, como dispõe o art. 5º da Lei 7.347/85, estão as entidades e órgãos da administração pública, direta ou indireta, ainda que sem personalidade jurídica, especificamente destinados ao ajuizamento da ação coletiva (art. 82, III, do CDC, aplicável de maneira integrada ao sistema da ação civil pública cf. art. 21 da Lei n. 7.347/85).
V - a associação que, concomitantemente: (Incluído pela Lei nº 11.448, de 2007). (MPAL-2012) (Proc.-Câm. Marília/SP-2016)
a) esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano nos termos da lei civil; (Incluído pela Lei nº 11.448, de 2007). (MPMG-2011) (Anal. Judic./TRF1-2011) (TJPR-2013) (MPSC-2010/2014) (Cartórios/TJSP-2011/2016) (TJAC-2019)
b) inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao patrimônio público e social, ao meio ambiente, ao consumidor, à ordem econômica, à livre concorrência, aos direitos de grupos raciais, étnicos ou religiosos ou ao patrimônio artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico.  (Redação dada pela  Lei nº 13.004, de 2014) (MPSC-2014) (Cartórios/TJSP-2016)
	##Atenção: ##STJ: ##Atualização Legislativa: ##Contribuição da @mafaldaleitora: 
Lei 5.764/71 (Lei das Cooperativas): Art. 21: O estatuto da cooperativa, além de atender ao disposto no artigo 4º, deverá indicar: (...)XI – se a cooperativa tem poder para agir como substituta processual de seus associados, na forma do art. 88-A desta Lei. (Incluído pela Lei nº 13.806, de 2019);
Lei 5.764/71 (Lei das Cooperativas): Art. 88-A. A cooperativa poderá ser dotada de legitimidade extraordinária autônoma concorrente para agir como substituta processual em defesa dos direitos coletivos de seus associados quando a causa de pedir versar sobre atos de interesse direto dos associados que tenham relação com as operações de mercado da cooperativa, desde que isso seja previsto em seu estatuto e haja, de forma expressa, autorização manifestada individualmente pelo associado ou por meio de assembleia geral que delibere sobre a propositura da medida judicial. (Incluído pela Lei nº 13.806, de 2019)
##Atenção: ##STJ: ##Atualização Legislativa: ##Contribuição da @mafaldaleitora: A Lei equiparou os cooperados aos associados, o que não corresponde à realidade, pois cooperativa realiza atividade econômica e seus membros almejam a distribuição de resultados, enquanto a associação e seus membros, não (união de pessoas para fins não econômicos). Após a Lei 13.806/19, cooperativa pode propor ação coletiva, desde que tenha pertinência temática. Todavia, a Lei 13.806/19 misturou legitimidade extraordinária (substituição processual) com legitimação autônoma e, ainda, com representação processual (autorização individual expressa ou deliberação em assembleia).
##Atenção: ##STJ: ##DOD: ##TJBA-2019: ##TJSC-2019: ##CESPE: Uma associação que tenha fins específicos de proteção ao consumidor não possui legitimidade para o ajuizamento de ação civil pública com a finalidade de tutelar interesses coletivos de beneficiários do seguro DPVAT. Isso porque o seguro DPVAT não tem natureza consumerista, faltando, portanto, pertinência temática. STJ. 2ª Seção. REsp 1.091.756-MG, Rel. Min. Marco Buzzi, Rel. Acd. Min. Marco Aurélio Bellizze, j. 13/12/17 (Info 618).
##Atenção: ##MPSC-2016: Os cidadãos não possuem legitimidade para propor ação civil pública (art. 5º, Lei nº 7.347/85).
##Atenção: ##STJ: ##TJMA-2013: ##CESPE: Para o STJ, as associações civis, para ajuizar ações civis públicas ou coletivas, precisam deter representatividade adequada do grupo que pretendam defender em juízo, aferida à vista do preenchimento de dois requisitos: a) pré-constituiçãohá pelo menos um ano nos termos da lei civil - dispensável, quando evidente interesse social; e b) pertinência temática - indispensável e correspondente à finalidade institucional compatível com a defesa judicial do interesse. (STJ, REsp 1357618/DF, Rel. Min. Luís Felipe Salomão, 4ª T., j. 26/9/17)
	(MPPR-2019): A jurisprudência do STJ firmou entendimento de que as associações, para ajuizarem validamente ACP, devem demonstrar o requisito da representatividade adequada, consubstanciado na pertinência temática entre suas finalidades institucionais e o objeto da demanda. BL: art. 5º, V da LACP e jurisprud. STJ (vide quadro acima) (proc. civil).
(TJRR-2015-FCC): O rol completo dos legitimados para propor ação civil pública previsto na Lei Federal n° 7.347/85 é composto por Ministério Público, Defensoria Pública, União, Estados, Distrito Federal, Municípios, Autarquias, Empresas Públicas, Fundações, Sociedades de Economia Mista e Associações, estas últimas desde que cumpridos certos requisitos previstos em lei. BL: art. 5º da LACP (ambiental)
(TJPE-2011-FCC): Uma associação (ONG) com sede em Petrópolis, RJ, tendo como finalidade a proteção do patrimônio histórico e cultural, criada há mais de 1 ano, inconformada com o tratamento dado pelo órgão de proteção do patrimônio histórico e cultural a determinado imóvel localizado no Recife, neste Estado, pode ingressar com ação civil pública na comarca do Recife, mesmo tendo sua sede em outro estado, porque tem legítimo interesse para propor a ação e legitimidade processual. BL: arts. 2º e 5º, V, “a” e “b” da Lei 7347/85. (ambiental)
##Atenção: Evidencia-se que a ACP poderá ser proposta no foro do local onde ocorreu o dano. Há legitimidade da associação tendo em vista ter sido constituída há pelo menos 1 ano e que apresenta, como finalidade institucional, a proteção ao patrimônio artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico.
(MPPB-2010-FCC): Os partidos políticos têm legitimidade ativa para a ação civil pública. BL: art. 5º, V, da Lei 7347/85.
##Atenção: Temos duas correntes sobre o tema: 
· 1ª Corrente (Hugo Mazzilli): Entende que os partidos políticos são espécie do gênero associação, ainda que a sua constituição legal não se dê com a inscrição dos estatutos no Registro Civil das Pessoas Jurídicas, mas no TSE. Desse modo, estariam legitimados para proporem ações civis públicas. Além disso, ao contrário do que ocorre com as associações comuns, não estariam submetidos ao vínculo da pertinência temática, embora devam guardar vinculação entre a ação e seus fins institucionais.
· 2ª corrente (José dos Santos Carvalho Filho): Defende que os partidos políticos não correspondem às associações de direito privado e, ao contrário delas, que são voltadas a uma representação específica e social, estão destinados a exercer uma representação política e genérica. Por tal motivo, eles não estariam legitimados. (Fonte: Landolfo Andrade, Interesses Difusos e Coletivos, 2014, pp. 89-90).
(TJSP-2008-VUNESP): Sendo sabido que a Constituição Federal e a Constituição Estadual estabelecem normas sobre direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, assinale a alternativa correta. O próprio Município, a União e os Estados podem propor ação civil pública de responsabilidade de particular ou de ente público por danos causados ao meio ambiente, embora sabido que o Ministério Público é a instituição que mais toma a iniciativa sobre o caso.
§ 1º O Ministério Público, se não intervier no processo como parte, atuará obrigatoriamente como fiscal da lei. (PGESP-2002) (TJAL-2008) (MPCE-2009) (MPMG-2010) (Anal./MPSE-2010) (MPTO-2012) (MPAP-2012) (TRT6-2013) (Anal. Judic./TRT1-2013) (MPPE-2014) (DPEMS-2014) (MPT-2013/2015) (TJMS-2015) (PCMA-2018)
	(Anal.-CRBio/1ªR.-2017-VUNESP): Assinale a alternativa correta sobre a participação do MP em uma a ação civil pública de responsabilidade por danos causados ao meio ambiente: O Ministério Público, se não intervier no processo como parte, atuará obrigatoriamente como fiscal da lei. BL: art. 5º, §1º da LACP (ambiental).
§ 2º Fica facultado ao Poder Público e a outras associações legitimadas nos termos deste artigo habilitar-se como litisconsortes de qualquer das partes. [obs.: ou seja, litisconsorte ativo e passivo] (TJAL-2008) (MPRR-2008) (AGU-2007/2009) (MPRN-2009) (MPSC-2010) (MPTO-2012) (Cartórios/TJPE-2013) (TCDF-2014) (TJPB-2015) (MPDFT-2013/2015) (MPSP-2015) (MPT-2015) (PGM-Suzano/SP-2015) (Anal. Judic./TJPI-2015) (PGM-Andralina/SP-2017)
	(MPDFT-2013): O ingresso simultâneo de colegitimados no polo ativo da ação civil pública pode se dar: inicialmente, quando qualquer dos colegitimados natos se juntam em litisconsórcio para propositura da ação; quando o colegitimado, perdido este momento inicial, habilita-se como assistente litisconsorcial do autor, sem modificar-lhe o pedido/causa de pedir; e quando ultrapassado o momento inicial, o colegitimado adita a inicial, ampliando o pedido ou causa de pedir, em litisconsórcio ulterior. BL: art. 5º, §2º, LACP (proc. civil).
(TCERO-2013-CESPE): O poder público municipal tem legitimidade para se habilitar como litisconsorte ativo nas ações civis públicas propostas pelo MP com o objetivo de inibir dano aos bens de valor artístico e histórico da municipalidade. BL: art. 5º, §2º, LACP (proc. civil).
(TJPA-2012-CESPE): Acerca da ação civil pública, assinale a opção correta: O fato de determinada situação legitimar o MP e a Defensoria Pública para a propositura de ação justifica o entendimento favorável à possibilidade de haver entre os dois entes apenas um litisconsórcio facultativo.
##Atenção: O art. 5º da LACP contem um rol de legitimados concorrentes para a propositura da ACP. Assim é que, caso MP e Defensoria Pública venham a propor, em conjunto, uma ACP, a hipótese será de eventual litisconsórcio ativo facultativo. A própria CF/88 dispõe em seu art. 129, § 1º: “A legitimação do Ministério Público para as ações civis previstas neste artigo não impede a de terceiros, nas mesmas hipóteses, segundo o disposto nesta Constituição e na lei”. Sendo assim, é desarrazoado afirmar que a Defensoria Pública estaria invadindo as atribuições do Ministério Público, pois como bem afirma MAZZILLI são instituições que possuem atribuições inconfundíveis, em que pese seja normal em dado momento existirem áreas de superposição entre ambas, assim como acontece entre o Ministério Público e a Procuradoria do Estado, por exemplo, sem que com isso cada qual perca a sua identidade. (Fonte: http://www.ambito-juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13415&revista_caderno=21)
##Atenção: ##PGM-Fortaleza/CE-2017: ##STJ: ##CESPE: Ressalta-se que, em sede de ACP, a pessoa jurídica de direito público pode migrar para o polo ativo processual ainda quando haja pretensão direcionada contra ela, porém, essa migração somente será possível quando nela houver interesse público, e não quando atendido, simplesmente, o interesse privado do ente público em não figurar como réu. É nesse sentido, a jurisprudência do STJ: “(...) o deslocamento de pessoa jurídica de Direito Público do polo passivo para o ativo na Ação Civil Pública é possível quando presente o interesse público, a juízo do representante legal ou do dirigente, nos moldes do art. 6º, § 3º, da Lei 4.717/65, c/c o art. 17, § 3º, da Lei de Improbidade Administrativa. (...) Se a ação é movida simultaneamente contra o particular e o Estado, admite-se que este migre para o polo ativo da demanda. A alteração subjetiva, por óbvio, implica reconhecimento implícito dos pedidos, sobretudo os de caráter unitário (p. ex., anulação dos atos administrativos impugnados), e só deve ser admitida pelo juiz, em apreciação ad hoc, quando o ente público demonstrar, de maneira concreta e indubitável, que de boa-fé e eficazmente tomou as necessárias providências saneadoras da ilicitude, bem como medidas disciplinares contra os servidores ímprobos, omissos ou relapsos.” (STJ, REsp 1391263/SP, Rel. Min. Herman Benjamin, 2ª T., j. 6/5/14).
§ 3º Em caso de desistênciainfundada ou abandono da ação por associação legitimada, o Ministério Público ou outro legitimado assumirá a titularidade ativa. (Redação dada pela Lei nº 8.078, de 1990) (TJAL-2008) (MPCE-2009) (DPEAL-2009) (TJDFT-2011) (MPMG-2011) (TJBA-2012) (TJPR-2012) (MPPI-2012) (MPTO-2012) (MPAP-2012) (MPDFT-2013) (TRF1-2013) (Cartórios/TJSE-2014) (TJMS-2012/2015) (MPSP-2015) (MPAM-2015) (MPPR-2012/2016) (Cartórios/TJSP-2016) (Anal. Judic./TRF1-2017) (TJAC-2019) (MPSC-2019)
	##Atenção: ##STJ: ##DOD: Na ação civil pública, reconhecido o vício na representação processual da associação autora, deve-se, antes de proceder à extinção do processo, conferir oportunidade ao MP para que assuma a titularidade ativa da demanda. STJ. 2ª Turma. REsp 1372593-SP, Rel. Min. Humberto Martins, j. 7/5/2013 (Info 524).
##Atenção: Princípio da Disponibilidade Motivada da Ação Coletiva ou Princípio da Indisponibilidade Mitigada da Ação Coletiva (art. 5º, §3º da LACP e art. 9º da LAP): Segundo tal princípio, a desistência infundada da ação coletiva ou o seu abandono são submetidos ao controle por parte dos outros legitimados ativos e especialmente o Ministério Público, conforme determinação legal do artigo 5º, § 3º da LACP, que deverá, quando infundada a desistência, assumir a titularidade da ação. Quando a desistência for levada a efeito pelo próprio órgão do Ministério Público, o juiz, dela discordando, poderá aplicar analogicamente o disposto no artigo 28 do CPP, submetendo a desistência ou o abandono ao conhecimento e apreciação do chefe da respectiva Instituição do Ministério Púbico. (Fonte: DIDIER, Fredie. Curso de Direito Processual Civil. Salvador/BA: Editora Juspodivm, vol. IV, 4ª ed., 2009).
	(MPSP-2017): Com relação à ação civil pública, assinale a alternativa correta: Se a associação legitimada desistir, infundadamente, da ação civil pública por ela proposta, o MP ou outro legitimado assumirá o polo ativo da relação processual. BL: art. 5º, §3º, LACP. (proc. civil)
(MPMT-2014-UFMT): Em caso de desistência infundada ou abandono da ação civil pública por associação, outro legitimado deve assumir a titularidade ativa. BL: art. 5º, §3º, LACP. (proc. civil) 
(MPDFT-2013): Os colegitimados ativos à ação civil pública concorrem entre si no ajuizamento da ação coletiva para defender em juízo situação jurídica da qual não são titulares. E, assim como nas ações individuais, é previsível que o autor desista ou abandone a ACP. Sobre o tema, assinale a alternativa correta: O princípio da disponibilidade motivada da ação coletiva, concretizador do devido processo legal coletivo ou social, permite que o órgão ministerial não assuma a titularidade de ação civil pública que o autor originário desistiu e que qualquer outro colegitimado não a titularizou. BL: art. 5º, §3º, LACP e art. 9º, LAP. (proc. civil)
§ 4.° O requisito da pré-constituição poderá ser dispensado pelo juiz, quando haja manifesto interesse social evidenciado pela dimensão ou característica do dano, ou pela relevância do bem jurídico a ser protegido. (Incluído pela Lei nª 8.078, de 11.9.1990) (TJRO-2011) (MPSP-2011) (MPMG-2011) (TJPA-2012) (MPGO-2014) (MPPR-2016)
	##Atenção: ##STJ: ##DOD: Como regra, para que uma associação possa propor ACP, ela deverá estar constituída há pelo menos 1 ano. Entretanto, este requisito da pré-constituição poderá ser dispensado pelo juiz quando haja manifesto interesse social evidenciado pela dimensão ou característica do dano, ou pela relevância do bem jurídico a ser protegido (§ 4º do art. 5º da Lei nº 7.347/85). Neste caso, a ACP, mesmo tendo sido proposta por uma associação com menos de 1 ano, poderá ser conhecida e julgada. Como exemplo da situação descrita no § 4º do art. 5º, o STJ decidiu que é dispensável o requisito temporal (pré-constituição há mais de um ano) para associação ajuizar ação civil pública quando o bem jurídico tutelado for a prestação de informações ao consumidor sobre a existência de glúten em alimentos. STJ. 2ª T. REsp 1.600.172-GO, Rel. Min. Herman Benjamin, j. 15/9/16 (Info 591).
	(TJSC-2019-CESPE): Uma associação de proteção ao patrimônio ambiental de Santa Catarina, constituída havia seis meses, ajuizou ACP requerendo a paralisação das obras de construção de um resort sobre dois sambaquis do estado — depósitos de conchas dos povos pré-históricos que habitaram as regiões litorâneas do estado. A entidade, cumprindo sua finalidade institucional de proteger o meio ambiente, pleiteou na ACP a condenação do proprietário do resort pelos danos até então causados ao patrimônio arqueológico. De acordo com a legislação que rege os meios processuais para a defesa ambiental, a referida associação detém legitimidade para propor a ACP, pois o requisito de tempo de pré-constituição poderá ser dispensado pelo juiz, se verificado manifesto interesse social pela dimensão do dano. BL: art. 5º, V c/c §4º, LACP. (ambiental)
(MPPR-2019): Quanto ao requisito temporal, a jurisprudência do STJ é firme quanto à possibilidade de dispensa da demonstração de um ano de pré-constituição da associação, nos casos de interesse social evidenciado pela dimensão do dano e pela relevância do bem jurídico a ser protegido. BL: art. 5º, §4º, LACP. (ambiental)
(TJMS-2015-VUNESP): Quanto à ação civil pública, afirma-se que o requisito da pré-constituição poderá ser dispensado pelo juiz, quando haja manifesto interesse social evidenciado pela dimensão ou característica do dano, ou pela relevância do bem jurídico a ser protegido. BL: art. 5º, §4º, LACP. (ambiental)
(TJSP-2013-VUNESP): Assinale a assertiva correta no que diz respeito à ação civil pública: A constituição há mais de um ano da associação que intenta a ACP é requisito de legitimação que pode, em determinadas circunstâncias, ser dispensado pelo juiz. BL: art. 5º, §4º, LACP. (proc. civil)
§ 5.° Admitir-se-á o litisconsórcio facultativo entre os Ministérios Públicos da União, do Distrito Federal e dos Estados na defesa dos interesses e direitos de que cuida esta lei. (Incluído pela Lei nª 8.078, de 11.9.1990) (MPRR-2008) (MPSC-2010) (MPMG-2011) (MPPI-2012) (MPDFT-2009/2013) (MPPR-2014) (MPMT-2014) (TJMS-2015) (MPAM-2015) (PGM-Andralina/SP-2017) (Proc./ALERJ-2017)
	##Atenção: ##STJ: ##DOD: Em ACP, a formação de litisconsórcio ativo facultativo entre o Ministério Público Estadual e o Federal depende da demonstração de alguma razão específica que justifique a presença de ambos na lide. STJ. 3ª Turma. REsp 1.254.428-MG, Rel. Min. João Otávio de Noronha, j. 2/6/2016 (Info 585).
	(Cartórios/TJSP-2016-VUNESP): Assinale a alternativa correta relativa à ação civil pública: Admite-se o litisconsórcio facultativo entre os Ministérios Públicos da União, do Distrito Federal e dos Estados na defesa dos interesses e direitos de que cuidam a lei da ação civil pública. BL: art. 5º, inciso I e §5º, LACP (proc. civil).
(MPDFT-2015): “M" é uma pessoa com deficiência física, que procurou o MPDFT para reclamar que se viu prejudicada por edital de concurso público que não reservou 5% (cinco pontos percentuais) das vagas oferecidas para trabalhar na sede e filiais da empresa pública federal, localizada no Distrito Federal e nos quatro estados da federação. Sobre a situação exposta assinale a alternativa correta: O MPDFT pode formar litisconsórcio ativo com o MPF, ajuizando ação civil pública para obrigar a empresa pública federal a modificar o edital e incluir cláusula de reserva de vaga em benefício de todas as pessoas com deficiência. BL: art. 5º, inciso I e §5º, LACP (proc. civil).
§ 6° Os órgãos públicos legitimados poderão tomar dos interessados compromisso de ajustamento de sua conduta às exigências legais, mediante cominações, que terá eficácia de título executivo extrajudicial. (Incluído pela Lei nª 8.078, de 11.9.1990) (MPSC-2010) (TJPR-2011) (MPPB-2011) (MPMG-2011) (MPAP-2012) (MPAL-2012) (TJRN-2013) (TRF2-2013) (MPPR-2008/2011/2014) (DPEMG-2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (TJMS-2015) (MPSP-2005/2006/2011/2015) (MPDFT-2011/2013/2015) (PGEPR-2015) (MPGO-2016) (TJAC-2019) (MPPI-2019)
	##Atenção:##STF: ##DOD: A associação privada autora de uma ação civil pública pode fazer transação com o réu e pedir a extinção do processo, nos termos do art. 487, III, “b”, do CPC. O art. 5º, § 6º da LAP prevê que os órgãos públicos podem fazer acordos nas ações civis públicas em curso, não mencionando as associações privadas. Apesar disso, a ausência de disposição normativa expressa [na Lei da Ação Civil Pública] no que concerne a associações privadas não afasta a viabilidade do acordo. Isso porque a existência de previsão explícita unicamente quanto aos entes públicos diz respeito ao fato de que somente podem fazer o que a lei determina, ao passo que aos entes privados é dado fazer tudo que a lei não proíbe. STF. Plenário. ADPF 165/DF, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, j. 1º/3/18 (Info 892). 
	(MPSC-2014): Embora os colegitimados à propositura da ação civil pública não sejam os titulares dos direitos e interesses que defendem em juízo (pois são direitos difusos, coletivos ou individuais homogêneos), admite-se a possibilidade de celebração de acordos. BL: art. 5º, 6º, LACP. (proc. civil)
##Atenção: Vejamos a seguinte diferença entre o TAC Judicial e o TAC Extrajudicial (Fonte: Col. Leis Comentadas para concursos. Direitos Difusos e Coletivos, Juspodivm, 2016, p. 216).
· TAC Judicial: TODOS os colegitimados poderão formular o TAC.
· TAC Extrajudicial: APENAS os órgãos públicos legitimados poderão formular o TAC (inclusive a Defensoria Pública).
(MPMT-2012): Sobre o microssistema processual coletivo, assinale a afirmativa correta: O compromisso de ajustamento de conduta, segundo a doutrina, possui, no mínimo, duas grandes vantagens sobre a via judicial; a primeira consiste em equacionar de forma mais rápida e efetiva a irregularidade e a segunda consiste na previsão de mecanismos de sanções exigíveis desde logo para o caso de descumprimento das obrigações. BL: art. 5º, 6º, LACP. (proc. civil)
(MPMT-2012): Sobre o microssistema processual coletivo, assinale a afirmativa correta: O compromisso de ajustamento de conduta é uma negociação que se estabelece entre os órgãos públicos legitimados a propor a Ação Civil Pública e os descumpridores da legislação de regência da matéria. BL: art. 5º, 6º, LACP. (proc. civil)
(DPEAL-2009-CESPE): Em ação civil pública, a DP pode tomar compromisso de ajustamento de conduta do causador do dano a interesses transindividuais. BL: art. 5º, 6º, LACP. (proc. civil)
##Atenção: Sobre o TAC:
1) Apenas órgãos públicos podem firmá-lo;
2) MP não é o único órgão público que pode firmar o TAC (DP pode firmar também, já que é órgão público);
3) Não há disponibilidade sobre o objeto, sendo que o TAC deverá estar estritamente vinculado às exigências legais.
(MPAM-2007-CESPE): Acerca do termo de ajustamento de conduta, assinale a opção correta: A legitimidade ativa para a celebração do termo de ajustamento de conduta é concorrente e disjuntiva. BL: art. 5º, 6º, LACP.
Art. 6º Qualquer pessoa poderá e o servidor público deverá provocar a iniciativa do Ministério Público, ministrando-lhe informações sobre fatos que constituam objeto da ação civil e indicando-lhe os elementos de convicção. (MPAP-2012) (MPPR-2014) (Anal.-CRBio/1ªRegião-2017)
Art. 7º Se, no exercício de suas funções, os juízes e tribunais tiverem conhecimento de fatos que possam ensejar a propositura da ação civil, remeterão peças ao Ministério Público para as providências cabíveis. (TJAL-2008) (MPPE-2008) (TRF3-2011) (MPPR-2014) (TJRS-2016)
	(MPPI-2019-CESPE): No exercício de suas funções, o juiz de direito que tomar conhecimento de fatos que possam ensejar a propositura de ação civil pública deverá, para que sejam tomadas as providências cabíveis, remeter peças ao Ministério Público. BL: art. 7º, LACP.
(Anal. Judic./TRF3-2007-FCC): A ação civil pública NÃO poderá ser instaurada pelo juiz de direito de ofício. BL: art. 7º, LACP.
Art. 8º Para instruir a inicial, o interessado poderá requerer às autoridades competentes as certidões e informações que julgar necessárias, a serem fornecidas no prazo de 15 (quinze) dias. (TJPI-2007) (MPPE-2008) (MPDFT-2009) (TJMS-2010) (MPSC-2010) (MPMS-2013) (Cartórios/TJES-2013) (TRT6-2013) (MPPR-2012/2014)
§ 1º O Ministério Público poderá instaurar, sob sua presidência, inquérito civil, ou requisitar, de qualquer organismo público ou particular, certidões, informações, exames ou perícias, no prazo que assinalar, o qual não poderá ser inferior a 10 (dez) dias úteis. (TJPI-2007) (MPPE-2008) (DPEPI-2009) (TJMS-2010) (TJPR-2011) (TJSP-2011) (MPCE-2011) (TJBA-2012) (MPMS-2013) (Cartórios/TJPE-2013) (Cartórios/TJES-2013) (TRT6-2013) (MPSC-2010/2014) (MPPR-2012/2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (MPSP-2012/2015) (MPBA-2015) (MPDFT-2015) (MPAM-2015) (TJRJ-2016)
	##Atenção: Quem preside o inquérito civil, com exclusividade, é o Ministério Público. Por isso, os demais co-legitimados não podem instaurar IC, devendo angariar as provas através de outros meios, como, por exemplo, requerendo às autoridades competentes certidões e informações que julgar necessárias a serem fornecidas no prazo de 15 dias (art. 8º caput). (MPSC-2014)
##Atenção: O MP não depende de ordem judicial para requisitar de órgãos públicos e de particulares documentos e informações necessárias a formar sua opinião acerca da existência de ameaça ou de violação a direitos coletivos.
##Atenção: O inquérito civil público é um procedimento administrativo nitidamente inquisitorial, que não está sujeito necessariamente aos princípios do contraditório e da ampla defesa.
##Atenção: Em que pese o inquérito civil não seja peça essencial à propositura da ação civil pública, pode servir para embasá-la, seja ela ajuizada contra agente político ou contra qualquer outra pessoa legitimada a figurar no polo passivo da ação.
	(TJSE-2015-FCC): O inquérito civil público, é instrumento investigatório exclusivo do Ministério Público. BL: art. 8º, §1º da LACP. (difusos)
##Atenção: O inquérito civil é instrumento de investigação exclusivo do MP (art. 8º, § 1º, LACP), não obstante a legitimidade concorrente e disjuntiva para ajuizamento de ação civil pública (artigo 5º da LACP).
(MPSC-2014): O MP pode investigar fatos que em tese configurem as infrações previstas na Lei 8.429/92, fazendo uso, para tanto, do inquérito civil, com fundamento na Lei 7.347/85. 
##Atenção: Tanto a doutrina quanto a jurisprudência têm aceitado o uso da ação civil pública, naquilo que não for contrário a Lei 8429/92, para a ação de improbidade administrativa.
(MPMG-2014): É correto concluir, quanto ao inquérito civil: Eventual irregularidade praticada em seu bojo não é capaz de inquinar de nulidade ação civil pública se observadas as garantias do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório. BL: art. 8º, §1º, LACP e art. 188, NCPC.
##Atenção: A questão está de acordo com o que dispõe o princípio da instrumentalidade das formas, positivado no art. 188, do CPC/15: "Os atos e os termos processuais independem de forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial". Não havendo prejuízo a algum direito fundamental do processo, tal qual o devido processo legal, a ampla defesa e o contraditório, não deve o juiz declarar nula uma ação civil pública em razão de eventual irregularidade que não provoque um prejuízo que não possa ser sanado.
(MPMG-2014): É correto concluir, quanto ao inquérito civil: Eventual irregularidade praticada em seu bojo não é capaz de inquinar de nulidade ação civil pública se observadas as garantias do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório. BL: art. 8º, §1º, LACP e art. 5º, LXVIII, CF.
##Atenção: A CF/88 dispõe que "conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder" (art. 5º LXVIII, CF/88). Como se observa, esta ação tem cabimento restrito e não se presta a impedir prosseguimento de inquérito civil que apura eventualato de improbidade, a não ser que o investigado esteja sofrendo, ou esteja na iminência de sofrer, lesão ao seu direito de livre locomoção.
(Anal. Legisl./Câm. Deputados-2014-CESPE): Julgue o item a seguir, relativo a ação civil pública: A instauração do inquérito civil preparatório da ação civil pública é atribuição exclusiva do Ministério Público, mas pode ser dispensada. BL: art. 8º, §1º, LACP.
##Atenção: A instauração do inquérito civil não é pressuposto processual para que o MP compareça a juízo. Ela pode, destarte, ser dispensada caso já existam elementos necessários para propor a ação. Entretanto, é recomendado que seja logo instaurado ao se iniciar uma investigação, para evitar-se o hábito de se apurarem fatos de relevância sem método ou continuidade. (fonte: http://www.arcos.org.br/artigos/processo-civil-coletivo-breves-consideracoes-sobre-o-inquerito-civil-a-acao-civil-publica-e-os-interesses-por-eles-protegidos/#_ftn31)
(MPAL-2012-FCC): A ação civil pública independe da prévia instauração de inquérito civil. BL: art. 8º, §1º, LACP e art. 1º da Res. 23/07, CNMP.
##Atenção: Vejamos o art. 1º da Res. 23/07, CNMP: “Art. 1º O inquérito civil, de natureza unilateral e facultativa, será instaurado para apurar fato que possa autorizar a tutela dos interesses ou direitos a cargo do Ministério Público nos termos da legislação aplicável, servindo como preparação para o exercício das atribuições inerentes às suas funções institucionais. (...) Parágrafo único. O inquérito civil não é condição de procedibilidade para o ajuizamento das ações a cargo do Ministério Público, nem para a realização das demais medidas de sua atribuição própria.”
(MPDFT-2009): A instauração do inquérito civil é atribuição exclusiva do Ministério Público. BL: art. 8º, §1º da LACP (proc. civil)
§ 2º Somente nos casos em que a lei impuser sigilo, poderá ser negada certidão ou informação, hipótese em que a ação poderá ser proposta desacompanhada daqueles documentos, cabendo ao juiz requisitá-los. (MPPE-2008) (MPCE-2011) (MPMS-2013) (MPPR-2014)
Art. 9º Se o órgão do Ministério Público, esgotadas todas as diligências, se convencer da inexistência de fundamento para a propositura da ação civil, promoverá o arquivamento dos autos do inquérito civil ou das peças informativas, fazendo-o fundamentadamente. (MPPE-2008) (MPCE-2011) (TJPR-2011/2012) (TJMS-2012) (MPSP-2012) (TRT6-2013) (MPPR-2012/2014) (MPGO-2014) (TCEGO-2014) (TJRJ-2016)
	##Atenção: Determinar ou não o arquivamento do Inquérito Civil não é uma atividade discricionária do MP, mas sim vinculada. Caso se verifique que há indícios suficientes de que direito coletivo por ele tutelável esteja sendo ameaçado ou violado, é dever do MP ajuizar a ação coletiva pertinente.
§ 1º Os autos do inquérito civil ou das peças de informação arquivadas serão remetidos, sob pena de se incorrer em falta grave, no prazo de 3 (três) dias, ao Conselho Superior do Ministério Público. (TJPI-2007) (MPPE-2008) (TJMS-2010/2012) (TJPR-2012) (MPMG-2012) (TRT20-2012) (MPPR-2008/2012/2014) (MPGO-2010/2014) (TCEGO-2014) (MPAM-2015)
	(MPPB-2018-FCC): Promovido o arquivamento do inquérito civil ou das peças de informação sobre interesses coletivos lato sensu, caberá ao órgão do Ministério Público encaminhá-los ao Conselho Superior do Ministério Público em até três dias para a necessária revisão, sob pena de falta grave. BL: art. 9º, §1º, LACP.
(MPSC-2010): Quando o acordo entre o autor e réu é celebrado no bojo da ação civil pública, com a homologação judicial, não há necessidade de envio ao Conselho Superior do MP para, conforme estipula o art. 9o. Parágrafo 1o, da Lei n. 7347/85. BL: art. 9º, §1º, LACP.
§ 2º Até que, em sessão do Conselho Superior do Ministério Público, seja homologada ou rejeitada a promoção de arquivamento, poderão as associações legitimadas apresentar razões escritas ou documentos, que serão juntados aos autos do inquérito ou anexados às peças de informação. (MPMG-2012) (TRT20-2012) (Anal. Minist./MPMA-2013) (Anal. Judic./TRT1-2013) (TRT6-2013) (MPAM-2015)
	##Atenção: Não há previsão no parágrafo 2º de prazo determinado. 
§ 3º A promoção de arquivamento será submetida a exame e deliberação do Conselho Superior do Ministério Público, conforme dispuser o seu Regimento. (TJMS-2010/2012) (TRT20-2012) (TCECE-2012) (Anal. Ministerial/MPMA-2013) (TRT6-2013)
	(MPMG-2012): No princípio da década de 80, a Ação Civil Pública ingressou no ordenamento jurídico pátrio através da LC nº 40/81 que instituiu a Lei Orgânica do Ministério Público. Dentre as funções dos representantes ministeriais, foi inserida a promoção da ação civil pública disposta no art. 3º inciso III. Naquele mesmo ano, a Política Nacional do meio ambiente foi regulamentada pela Lei 6.938 e previa como atributo do MP, da União e dos Estados a propositura de ação de responsabilidade civil para reparação dos danos causados ao meio ambiente. Porém, somente em 1985, foi publicada a Lei 7.347 que disciplinou a ação civil pública de responsabilidade por danos, inserindo no ordenamento jurídico o Inquérito Civil Público. Tratando-se do procedimento do Inquérito Civil, é correto afirmar que a promoção de arquivamento será submetida a exame e deliberação do Conselho Superior do Ministério Público. BL: art. 9º, §3º da LACP. (proc. civil)
(MPDFT-2009): É o Conselho Superior do Ministério Público que homologa ou rejeita a promoção de arquivamento do inquérito civil. BL: art. 9º, §§2º e 3º da LACP. (proc. civil)
§ 4º Deixando o Conselho Superior de homologar a promoção de arquivamento, designará, desde logo, outro órgão do Ministério Público para o ajuizamento da ação. (MPGO-2010) (TJMS-2010/2012) (MPMG-2012) (MPPR-2012) (TRT20-2012) (Anal. Minist./MPMA-2013)
	(MPAM-2015-FMP): Considere as seguintes assertivas sobre a atuação extrajudicial do MP, nos termos da Lei 7.347/85, com as modificações posteriores: Se o Conselho Superior do Ministério Público deixar de homologar a promoção de arquivamento, o Conselho Superior designará, desde logo, outro órgão do MP para o ajuizamento da ação civil pública. BL: art. 9º, §4º da LACP. (proc. civil)
(TJPR-2012): Em relação ao arquivamento de inquérito civil público, afirma-se: Deixando o Conselho Superior do MP de homologar a promoção de arquivamento, designará, desde logo, outro órgão do MP para o ajuizamento da ação. BL: art. 9º, §4º da LACP. (difusos)
Art. 10. Constitui crime, punido com pena de reclusão de 1 (um) a 3 (três) anos, mais multa de 10 (dez) a 1.000 (mil) Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional - ORTN, a recusa, o retardamento ou a omissão de dados técnicos indispensáveis à propositura da ação civil, quando requisitados pelo Ministério Público. (TJPI-2007) (TCECE-2012) (MPPR-2014)
	##Atenção: ##STJ: ##DOD: Para que se configure o delito, é indispensável que as informações requisitadas sejam indispensáveis à propositura de ACP: A Lei de Ação Civil Pública (Lei 7.347/85) prevê como crime a seguinte conduta: “Art. 10. Constitui crime, punido com pena de reclusão de 1 (um) a 3 (três) anos, mais multa de 10 (dez) a 1.000 (mil) Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional - ORTN, a recusa, o retardamento ou a omissão de dados técnicos indispensáveis à propositura da ação civil, quando requisitados pelo Ministério Público”. O crime consiste na conduta da pessoa que recebeu uma requisição do MP que exigia determinado documento e/ou informação e o destinatário, em vez de cumpri-la, recusa, retarda ou se omite. O STJ entende que se as informações requisitadas pelo MP não forem INDISPENSÁVEIS à propositura da ACP, não haverá crime. Ex: o MP instaurou IC e requisitou determinadas informações do Secretário de Saúde. Este prestou as informações fora do prazo assinalado, de forma que houve retardamento. Em tese, o agente público teria praticado o crime do art. 10. Ocorre que, após receber as informações, o MP decidiu arquivar o IC por entender que não houve qualquer violação a direitos transindividuais. Por via de consequência, não existiu o crime do art. 10, já que as informações retardadas

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