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ESTUDO DE AGREGADOS PARA PAVIMENTAÇÃO Eng. Esp. Julyérica Tavares de Araujo Importância e Conceituação A proporção de agregados em misturas asfálticas é de aproximadamente 93 a 97% em peso. Influência do agregado e do ligante no desempenho de uma mistura asfáltica. Fonte: FHWA (2002). DEFINIÇÃO Os materiais pétreos usados em pavimentação, conhecidos genericamente como AGREGADOS, podem ser naturais ou artificiais: encontrados diretamente na natureza ou passam por algum tipo de processo para sua adequação. Exemplo: Areia, Seixo Rolado, Pedra Britada, Escória, etc. Classificação Qualidade equipamentos estocagem maciço Produção de Agregados Produção de Agregados Produção de Agregados Esquema Simplificado do Processo de Britagem Produção de Agregados AGREGADOS ARTIFICIAIS Fase 1 – Britagem Primária – Britadores de Mandíbula Fase 2 – Britagem Secundária – Rebritadores de mandíbula / girosféricos (rebritadores de cone) Fase 3 - Britagem Terciária – Girosféricos (rebritadores de cone) Fase 4 – Britagem Quaternária – Hidrocônicos, girosféricos rocha/rocha, ou moinhos de barra ou de bola PRODUÇÃO – ESQUEMAS DE BRITAGEM 9 Fracionamento Estocagem DNER PRO 120/97 e NBR NM 26 (NBR 7616) Coleta de Amostra de Agregados DNER PRO 199/94 e NBR NM 27 (NBR 9941) Redução de Amostra de Campo de Agregados para Ensaios de laboratório Amostragem de Agregados Agregado Graúdo Amostragem – deve ser feita diretamente na correia transportadora ou em diversos pontos do monte, e então misturada e quarteada. Redução de amostra Quarteamento Manual 15 ampliar imagem Redução de amostra 1 2 3 4 Caracterização Tecnológica As características tecnológicas dos agregados servem para assegurar uma fácil distinção de materiais, de modo a poder comprovar sua homogeneidade, bem como selecionar um material que resista, de maneira adequada, às cargas e à ação ambiental às quais o pavimento irá sofrer. Graduação Limpeza Resistência a abrasão, ao choque e ao desgaste Textura superficial Sanidade Adesividade Forma das partículas Absorção de água Massa específica real, aparente e efetiva Agregado Graúdo Amostragem – amostra deve ser representativa; Segregação é maior; Granulometria (Peneiramento); Densidade e Massa específica real e aparente; Perda por abrasão; Forma; Sanidade. Agregado Miúdo Amostragem – amostra deve ser representativa; Segregação é menor; Granulometria (igual ao graúdo); Densidade e Massa específica real e aparente; Angularidade (FAA); Matéria Orgânica; Equivalente de Areia. Material de Enchimento - Fíler Material a granel ou ensacado Sem problemas de segregação Evitar grumos; Densidade Real – Frasco Le Chatelier; Superfície específica; Exemplo: Cal, Cimento, Pó calcáreo, Pó de pedra . Tamanho e Graduação Pode ser com ou sem lavagem. Manual ou em peneirador automático. Análise Granulométrica Exemplo de Frações Típicas de Agregados utilizados em Misturas ( BGS ou CBUQ) 22 ampliar gráfico Graduações 23 ampliar gráfico Tamanho e Graduação GRANULOMETRIAS CONTÍNUAS Equação de Talbot 24 GRUPO: 05 PESSOAS VALOR: 1,0 PONTO PROVA: 4,0 pontos Defina agregado. Como se classificam os agregados quanto à natureza, ao tamanho e à distribuição? Como o processo de britagem pode afetar a qualidade dos agregados? Qual a importância do agregado para a pavimentação? Quais os ensaios utilizados para caracterizar um agregado para a pavimentação? Tamanho e Graduação CLASSIFICAÇÃO DAS CURVAS CONTÍNUAS Graduação aberta Bem graduado / sem finos Percentual de vazios > 30% 0,55 < n < 0,75 Graduação densa Bem graduado / quantidade suficiente de finos Baixo percentual de vazios 0,35 < n < 0,55 26 Tamanho e Graduação CLASSIFICAÇÃO DAS CURVAS CONTÍNUAS Graduação uniforme Mau graduado / diâmetro máximo e mínimo muito próximos Elevado percentual de vazios n > 0,75 “Permeabilidade” 27 Equivalente de Areia (EA) Limpeza 28 ampliar imagem Equivalente de Areia (EA) Tem por finalidade a identificação de finos plásticos no agregado miúdo. Colocar o material na proveta com solução padronizada; deixar em repouso; agitar; ler a altura da suspensão (h1) e da sedimentação (h2). Para misturas asfálticas, EA>55%. Agregado Sedimentad Argila em suspensão Solução Floculad Proveta graduada Leitura da suspensão h1 Leitura da sedimentação h2 29 ampliar imagem Matéria Orgânica Comparação de coloração de uma amostra com branco após 24 horas de imersão em ácido tânico. Em misturas a quente, a matéria orgânica é queimada no secador da usina. Perda por Abrasão A perda por abrasão Los Angeles consiste em submeter cerca de 5.000g de agregado a 500 até 1.000 revoluções no interior do cilindro de uma máquina Los Angeles (v = 33 rpm). 10 esferas padronizadas de aço são adicionadas ao agregado, causando um efeito danoso. Parâmetro fundamental em Tratamentos Superficiais e Britas Graduadas. LA = Perda por abrasão Los Angeles (%) mi = massa inicial (mat.retido na # n˚ 8) mf = massa final (mat. Retido na # n˚ 12) Bases – LA 50% Revestimentos - LA 40% Utilização da Máquina Los Angeles Exemplos da Máquina Los Angeles Resistência ao choque e ao esmagamento Ensaio de Tenacidade Treton Simula a resistência ao impacto (choque) quando submetido a golpes de soquete em um cilindro Importante para aeroportos - Esmagamento Simula a resistência a ação de cargas estáticas quando submetido a pressão de um êmbolo em um cilindro Importante para áreas de estacionamento - Choque 34 Resistência ao Choque - DNER ME 399/99 O ensaio de impacto ou choque consiste em dar uma série de golpes com um soquete padrão no agregado colocado dentro do cilindro do aparelho Treton. Calcula-se a perda de massa após o impacto. Treton Esmagamento - DNER ME 197/97 O ensaio de esmagamento mede a resistência do agregado submetido à compressão de uma carga variável de até 40tf, aplicada uniformemente sobre os agregados colocados dentro de um cilindro. A razão de carga é de 4tf/min. Determina-se a carga que conduz a uma quebra de 10% do material. 10% finos Textura ou Microtextura A resistência ao cisalhamento depende da textura superficial. Superfície específica alta – maior consumo de ligante asfáltico. macrotextura microtextura Textura ou Microtextura Máquina Dorry (CPA) ou Pêndulo Britânico (VRD) Simula a resistência do agregado ao polimento pela ação do tráfego (revestimentos) Avaliam a textura superficial do agregado – Microtextura Importante para a resistência à derrapagem em pista seca e baixas velocidades Resistência ao Polimento e Coeficiente de atrito procedimentos de avaliação indireta 40 Forma de Agregados Importante para avaliar indiretamente o contato entre grãos e a resistência ao cisalhamento Formas Agregados Cúbicos – preferíveis Agregados Lamelares – indesejáveis ( Relação a/b > 6) Ensaio de Cubicidade – determinação do Índice de Forma (f) f = 1,0 – Agregado cúbico (calcáreo) f = 0,0 – Agregado lamelar (basalto) Recomendação – f > 0,5 41 Placa de Lamelaridade Absorção Agregados porosos absorvem água e asfalto e necessita uma quantidade adicional de ligante para preencher os vazios e promover coesão. Absorção = massa após imersão 24 h / massa inicial seca Cuidados quando absorção for superior a 2 %. Adesividade Ensaio de Adesividade Simula a resistência do agregado em manter a película betuminosa e a capacidade de adsorção pela imersão em água aquecida. Materiais ácidos (granito) HIDROFÍLICOS – não têm boa adesividade com água Materiais básicos (basalto) HIDROFÓBICOS - têm boa adesividade com água 44 Adesividade Capacidade de uma mistura de se manter coesa durante toda sua vida de serviço. Ensaios visuais – DNER ME 078/94 e ME 079/94. Ensaios mecânicos – Lottman Modificado, AASHTO T-283, entre outros. Corretivos de adesividade Sólidos Cal hidratada Pós calcáreos Cimento Portland Líquidos Alcatrões (10%) Dopes a base de amina (0,5 a 2,5%) 46Sanidade - DNER ME 089/94 Visa determinar a resistência do agregado à desintegração química – intemperismo; O basalto, por exemplo, se deteriora formando argila que não é desejável em uma mistura asfáltica; O ensaio consiste em atacar o agregado com uma solução saturada de MgSO4 (Sulfato de Magnésio) ou Na2SO4 (Sulfato de Sódio) por cinco ciclos de 16 a 18 horas a 21ºC. O resultado é expresso como a perda de peso que deve ser inferior a 12%. Sanidade Sanidade Após Antes Massa Específica Real, Aparente e Efetiva do Grão Massa específica Real do Grão e Aparente do Grão Massa específica real do grão Massa específica aparente do grão Massa específica efetiva do grão Vppn= volume de poros permeáveis não preenchidos com asfalto AGREGADO GRAÚDO DNER-ME 081/98 e ASTM C 127-88 Ensaios para Determinação da Densidade de Agregados No Laboratório Cesto metálico e balança com dispositivo para pesagem hidrostática Dr = massa específica real Da = massa específica aparente a = absorção (%) Agregados Graúdos: ASTM C127 - AASHTO T85 DNER ME 081/94 - NBR 9937 Gsa = A Densidade Real A - C Gsb = A Densidade Aparente B - C a = (B - A) x 100 Absorção A A – Peso do agregado seco em estufa B – Peso do agregado na condição Saturada Superfície Seca C – Peso do agregado imerso em água Ensaios para Determinação da Densidade de Agregados No Laboratório - Enxugamento da superfície dos Agregados Densidade Real dos Grãos (Dr) Utilização do Picnômetro Onde: A: Picnômetro vazio B: Picnômetro + Material C: Picnômetro + Material + Água (ºC) D: Picnômetro + Água (ºC) AGREGADO MIÚDO DNER-ME 084/95 (Picnômetro de 500 ml) Densidade Real dos Grãos (Dr) A B C Massa Específica Aparente – DNER ME 195/97 É a relação entre a massa e o volume do material sem levar em conta os vazios de ar. Utilizado para transformar unidades volumétricas em gravimétricas e vice-versa. Densidade Efetiva – (dosagem de mistura asfáltica) – NBR 12891 quando absorção <1% quando absorção >1% 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 123 Percentual Influência (%) Agregado Ligante ATRFadigaTrinc. Térmico ) ( 3 cm g V V V M Gsb pp pi s + + = ) ( 3 cm g V V V M Gsb pp pi s + + = ) ( 3 cm g V V M Gsa pi s + = ) ( 3 cm g V V V M Gse ppn pi s + + =
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