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EDI 002 - 8

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Aula 8 – Ensaio de Agregados 
 
UNIDADE 2 – AGREGADOS 
 
 
 
 
 
65 
 
 
Aula 8: Ensaio de Agregados 
 
Agregados são relativamente baratos e não entram em reações químicas complexas com a 
água; portanto têm sido usualmente tratados como um material de enchimento inerte no 
concreto. Entretanto, devido à crescente compreensão do papel desempenhado pelos 
agregados na determinação de muitas propriedades importantes do concreto, este ponto de 
vista tradicional dos agregados como materiais inertes está sendo seriamente questionado. 
 
1. Introdução 
Sabe-se que os cimentos consistem de compostos químicos que entram em reações 
químicas com a água e produzem produtos de hidratação complexos, com propriedades 
adesivas. Ao contrário do cimento, e embora ocupem 60 a 80 por cento do volume do 
concreto, os agregados são frequentemente considerados como um material de 
enchimento inerte e, portanto, não se dá muita atenção ao seu possível efeito nas 
propriedades do concreto. Os agregados podem exercer uma considerável influência na 
resistência, estabilidade dimensional e durabilidade do concreto. Além destas propriedades 
importantes do concreto endurecido, os agregados também têm um papel fundamental na 
determinação do custo e da trabalhabilidade das misturas de concreto, portanto, é 
impróprio serem tratados com menos atenção do que os cimentos. 
2. Amostragem de Agregados 
2.1. Norma, Referência e Escopo 
• NM 26:2009 – Agregados – Amostragem (elaborada pelo comitê brasileiro da 
AMN em substituição à norma ABNT NBR 7216:1987); 
• NM 27:2000 - Agregados - Redução da amostra de campo para ensaios de 
laboratório; 
• Procedimentos para a amostragem de agregados, desde a sua extração e 
redução até o armazenamento e transporte das amostras representativas de 
agregados para concreto, destinadas a ensaios de laboratório. 
 
 
Aula 8 – Ensaio de Agregados 
 
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO I 
 
 
 
 
 
66 
 
 
2.2. Definições 
• Amostra de campo: Porção representativa de um lote de agregados, coletada 
nas condições prescritas na norma, seja na fonte de produção, 
armazenamento ou transporte. A amostra de campo é formada reunindo-se 
várias amostras parciais em número suficiente para os ensaios de laboratório; 
• Lote de agregado: Quantidade definida de agregado produzido, armazenado 
ou transportado sob condições presumidamente uniformes. Sua dimensão 
não deve ultrapassar a 300 m³ de agregados de mesma origem ou, nos 
processos contínuos, a quantidade corresponde a 12 h ininterruptas de 
produção; 
• Amostra parcial: Parcela de agregado obtida de uma só vez do lote, em um 
determinado tempo ou local, obedecendo a um plano de amostragem; 
• Amostra de ensaio: Porção obtida por redução da amostra de campo, 
conforme a NM 27, utilizada em ensaios de laboratório. 
2.3. Considerações Gerais 
• A amostragem é tão importante quanto o ensaio, por isso, devem ser 
tomadas todas as precauções necessárias para que se obtenha amostras 
representativas quanto às suas natureza e características; 
• As amostras parciais, tomadas em diferentes pontos do lote, devem 
representar todas as possíveis variações do material, podendo assim resultar 
na porção mais representativa do material; 
• Deve-se efetuar a amostragem quando o material estiver úmido e, caso essa 
condição não se verifique, cabe umedecer levemente o material para evitar a 
segregação da parte pulverulenta. 
2.4. Procedimentos da Amostragem 
• Jazidas e depósitos naturais: Inicialmente, deve ser realizada uma inspeção 
visual completa na região da jazida, para analisar as características e as 
possíveis variações no material. Em seguida devem ser extraídas amostras de 
diferentes locais. O número e a profundidade das perfurações é estipulado 
em função da natureza do depósito, da topografia da área, das características 
do material, da possibilidade de aproveitamento da jazida e da quantidade de 
material necessário para a execução da obra. As perfurações a serem 
realizadas devem ter, no mínimo, a profundidade necessária a ser alcançada 
na exploração da jazida. 
Aula 8 – Ensaio de Agregados 
 
UNIDADE 2 – AGREGADOS 
 
 
 
 
 
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• Depósitos comerciais e obra: O material pode ser encontrado em pilhas, silos, 
ou sobre veículos de transporte ou correias transportadoras. Sempre que for 
possível, a amostra deverá ser coletada durante o carregamento de agregados 
em veículos ou correias, para evitar que ocorra influência de segregação nos 
resultados obtidos. 
2.5. Número e Dimensão das Amostras 
• O número de amostras parciais é definido em função do volume de material e 
da maior ou menor variação de suas características. O número deve ser 
suficiente para abranger todas as possíveis variações e assegurar 
representatividade da amostra; 
 
• Em estudos de agregados para dosagem de concretos, devem ser 
consideradas também as quantidades especificadas na tabela: 
 
2.6. Remessas e Identificação das Amostras 
• As amostras de ensaio devem ser remetidas em sacos, containers, caixas ou 
recipientes adequados e limpos, precavendo-se contra a perda de qualquer 
parte da amostra, ou danificação do recipiente durante o manuseio e 
transporte; 
• Cada amostra deve ser convenientemente identificada individualmente, 
mediante uma etiqueta ou cartão, fixada ou presa ao recipiente utilizado, 
contendo os seguintes dados: Designação do material; número de 
identificação de origem; tipo de procedência; massa da amostra; quantidade 
Aula 8 – Ensaio de Agregados 
 
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO I 
 
 
 
 
 
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do material que representa; obra e especificações a serem cumpridas; parte 
da obra em que será empregado; local e data da amostragem; responsável 
pela coleta; 
• Para jazida natural, acrescentar: localização da jazida e nome do proprietário; 
volume aproximado; espessura aproximada do terreno que cobre a jazida; 
croqui da jazida (planta, corte e localização da amostra); vias de acesso. 
3. Redução de Amostra de Agregados 
3.1. Norma, Referência e Escopo 
• NM 27:2001 – Agregados – Redução da amostra de campo para ensaios em 
laboratório; 
• NM-ISO 3310-1:96 - Peneiras de ensaio - Requerimentos técnicos e 
verificação. Parte 1 - Peneiras de ensaio com tela de tecido metálico; 
• NM 26:2009 - Agregados – Amostragem; 
• NM 30:2000 - Agregado miúdo - Determinação da absorção de água; 
• Condições exigíveis para a redução de amostras de campo a um tamanho 
adequado para ensaios de laboratório, de maneira que a amostra para ensaio 
seja a mais representativa possível da amostra de campo. 
3.2. Definições 
• Amostra de campo: Porção de agregados coletados na fonte, a serem 
reduzidos até a quantidade necessária para a execução de ensaios de 
caracterização (amostra de ensaio). 
3.3. Especificações 
• Agregados miúdos: As amostras podem ser reduzidas por meio do separador 
mecânico (método A) se não apresentarem umidade em excesso (no máximo, 
condição SSS). Amostras mais úmidas do que a condição SSS devem ser 
reduzidas por quarteamento (método B ou método C). Pode-se recorrer a 
processos de umidificação ou secagem para uso de um método específico; 
• Agregados graúdos ou misturas: As amostras de campo, levemente 
umedecidas, de modo a evitar perda de materiais finos, devem ser reduzidas 
usando um separador mecânico de acordo com o método A (método 
preferível) ou por quarteamento, conforme método B. O método C não é 
permitido para agregado graúdo ou para mistura dos agregados graúdo e 
miúdo. 
Aula 8 – Ensaio de Agregados 
 
UNIDADE 2 – AGREGADOS 
 
 
 
 
 
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3.4. Métodos Específicos 
3.4.1. Método A – Separador Mecânico 
• Equipamentos: Separador mecânico para agregado graúdo (no mínimo, oito 
calhas de igual abertura) ou para agregadomiúdo (doze calhas de igual 
abertura), com calhas de largura mínima aproximadamente 50% maior que o 
tamanho nominal do agregado, e recipientes pra receber as metades da 
amostra; 
• Procedimentos: 
✓ Colocar a amostra de campo no separador, distribuindo-a 
uniformemente ao longo do mesmo, numa velocidade tal que 
permita que o agregado passe livremente através das calhas; 
✓ Reintroduzir a porção da amostra coletada por um dos recipientes no 
separador, tantas vezes quantas forem necessárias, para reduzir a 
amostra à quantidade adequada ao ensaio pretendido. A porção de 
material recolhida pelo outro recipiente pode ser reservada para ser 
reduzida e utilizada em outros ensaios. 
 
3.4.2. Método B – Quartiamento 
• Equipamento: Pá côncava e reta, colher de pedreiro, vassoura ou escova, 
encerado de lona de aproximadamente 2,0 m x 2,5 m, haste rígida; 
• Procedimentos: 
✓ Colocar a amostra de campo sobre o encerado ou uma superfície 
rígida, limpa e plana, onde não ocorra nenhuma perda de material e 
nem haja contaminação, homogeneizando bem a amostra com a 
ajuda da pá ou levantando alternadamente cada ponta do encerado; 
✓ Juntar a amostra formando um cone e achatá-lo com a pá, formando 
um tronco de cone, cuja base deve ter diâmetro de quatro a oito 
vezes a altura do tronco de cone; 
Aula 8 – Ensaio de Agregados 
 
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO I 
 
 
 
 
 
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✓ Dividir a massa em quatro partes iguais com a pá, a colher de 
pedreiro, ou introduzindo a haste por baixo do encerado e 
levantando-a para dobrar o encerado e dividir a amostra; 
✓ Eliminar duas partes da amostra, agrupando as outras duas, em 
sentido diagonal. Cuidados, como varrer os espaços vazios entre um 
monte e outro, devem ser tomados para evitar a perda de materiais 
finos da amostra. Com o material remanescente, repetir estas 
operações até reduzir a amostra à quantidade necessária. 
 
3.4.3. Método C – Tomadas Aleatórias 
• Equipamento: Pá côncava e reta, colher de pedreiro e concha para 
amostragem; 
• Procedimentos: 
✓ Colocar a amostra de campo de agregado miúdo, úmido, sobre uma 
superfície rígida, limpa e plana, onde não ocorra perda de material e 
contaminação e homogeneizar o material por completo, revolvendo 
toda a amostra, no mínimo três vezes. 
✓ Na última virada, juntar a amostra e, com auxílio da pá, depositar o 
material no topo do cone que vai se formando. Obter a quantidade 
de amostra desejada através de, pelo menos, cinco tomadas, 
aproximadamente iguais, em locais escolhidos ao acaso e 
distribuídos na superfície do cone formado. 
 
Aula 8 – Ensaio de Agregados 
 
UNIDADE 2 – AGREGADOS 
 
 
 
 
 
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4. Massa Unitária em Estado Solto 
4.1. Norma, Referência e Escopo 
• NM 7251 – Agregado em estado solto – Determinação da massa unitária; 
• NM-ISO 3310-1:96 - Peneiras de ensaio - Requerimentos técnicos e 
verificação. Parte 1 - Peneiras de ensaio com tela de tecido metálico 
• NM 26:2009 - Agregados – Amostragem; 
• Estabelecimento de método para a determinação da massa unitária em 
estado solto de agregados miúdos e graúdos. 
4.2. Definições 
• Massa unitária de um agregado no estado solto: Quociente da massa do 
agregado lançado no recipiente conforme estabelecido nessa norma e o 
volume desse recipiente. O material deve estar no estado seco, em 
quantidade de, pelo menos, o dobro do volume do recipiente utilizado para o 
ensaio; 
• Volume do recipiente: Variável conforme a dimensão do agregado. 
 
4.3. Procedimentos 
• O recipiente (aferido e pesado) deve ser preenchido com uma concha ou pá, 
sendo o agregado lançado a uma altura de 10 a 12 cm do topo do recipiente; 
• Alisar a superfície do recipiente com uma régua (para agregado miúdo) - 
figura 4 - e compensar as saliências e reentrâncias no caso de agregado 
graúdo; 
• Pesar o recipiente com o material nele contido. A massa do agregado solto é a 
diferença entre a massa do recipiente cheio e a massa do recipiente vazio. 
Aula 8 – Ensaio de Agregados 
 
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO I 
 
 
 
 
 
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4.4. Cálculos 
A massa unitária no estado solto (δ) é calculada de acordo com a equação: 
𝛿 =
𝑚 + 𝑚𝑟
𝑉𝑟
 
Onde: 
𝛿: massa unitária do agregado no estado solto, em kg/dm³; 
m: massa do agregado no estado solto, em kg; 
mr: massa do recipiente, em kg; 
Vr: Volume do recipiente, em dm³. 
4.5. Resultados 
• A massa unitária do agregado solto é a média dos resultados individuais 
obtidos em pelo menos três determinações, com aproximação de 0,01 
kg/dm³; 
• Os resultados individuais de cada ensaio não devem apresentar desvios 
maiores que 1% em relação à média; 
5. Massa Específica de Agregado Miúdo 
5.1. Norma, Referência e Escopo 
• NM 52:2009 – Agregado miúdo – Determinação de massa específica e massa 
específica aparente; 
• NM 26:2009 - Agregados – Amostragem; 
• NM 27:2000 - Agregados - Redução da amostra de campo para ensaios de 
laboratório; 
• Métodos para determinação de massa específica e massa específica aparente 
de agregados miúdos destinados a serem utilizados em concretos. 
 
Aula 8 – Ensaio de Agregados 
 
UNIDADE 2 – AGREGADOS 
 
 
 
 
 
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5.2. Definições 
• Massa específica: Relação entre a massa do agregado seco em estufa (100°C a 
110°C) até constância de massa e o volume igual do sólido, excluídos os poros 
permeáveis; 
• Massa específica aparente (massa unitária): Relação entre a massa do 
agregado seco e o seu volume, incluídos os poros permeáveis – calculada de 
acordo com a norma NM 7251; 
• Massa específica relativa: Relação entre a massa de uma unidade de volume 
de um material incluindo os poros permeáveis e impermeáveis, a uma 
temperatura determinada, e a massa do mesmo volume de água destilada; 
• OBS.: Para a água destilada, a massa específica é numericamente igual à 
massa específica aparente, portanto, o conceito pode ser aplicada às duas 
grandezas. 
5.3. Método de Ensaio 
• Equipamentos: 
✓ Balança (com capacidade mínima de 1 kg e sensibilidade de 1 g ou 
menos); 
✓ Espátula, funil, pipeta, estufa, cápsula de porcelana; 
✓ Frasco Chapman (de vidro e composto de dois bulbos e de um 
gargalo graduado). No estrangulamento existente entre os dois 
bulbos deve haver um traço que corresponde a 200 cm³, e acima dos 
bulbos situa-se o tubo graduado de 375 cm³ a 450 cm³. 
• Procedimentos: 
✓ Secar a amostra em estufa a 110ºC, até constância de peso; 
✓ Pesar 500 g de agregado miúdo; 
✓ Colocar água no frasco Chapman, até a marca de 200 cm³; 
✓ Introduzir cuidadosamente as 500 g de agregado no frasco, com 
auxílio de um funil; 
✓ Agitar o frasco, cuidadosamente, com movimentos circulares, para a 
eliminação das bolhas de ar (as paredes do frasco não devem ter 
grãos aderidos); 
✓ Fazer a leitura final do nível da água, que representa o volume de 
água deslocado pelo agregado (L); 
✓ Repetir o procedimento. 
 
Aula 8 – Ensaio de Agregados 
 
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO I 
 
 
 
 
 
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5.4. Cálculos 
A massa específica do agregado miúdo é calculada através da expressão:: 
𝜌 =
𝑚𝑠
𝐿 − 𝐿0
=
500
𝐿 − 200
 
Onde: 
𝜌= massa específica do agregado miúdo, expressa em g/cm³ ou kg/dm³; 
L = leitura final do frasco (volume ocupado pela água + agregado miúdo). 
5.5. Resultados 
• Duas determinações consecutivas, feitas com amostras do mesmo agregado, 
não devem diferir entre si de mais de 0,05 g/cm³; 
• Os resultados devem ser expressos com duas casas decimais. 
6. Massa Específica do Agregado Graúdo (Balança Hidrostática) 
6.1. Norma, Referência e Escopo 
• NM 53:2003 – Agregado graúdo – Determinação de massa específica, massa 
específica aparente e absorção de água; 
• NM 26:2000 - Agregados – Amostragem; 
• NM 27:2000 - Agregados - Redução da amostra de campo paraensaios de 
laboratório; 
• NM 52:2002 - Agregado miúdo - Determinação de massa específica e massa 
específica aparente; 
• NM-ISO 3310-1:1996 - Peneiras de ensaio - Requerimentos técnicos e 
verificação. Parte 1 - Peneiras de ensaio com tela de tecido metálico; 
• NM 248:2001 - Agregados - Determinação da composição granulométrica; 
• Método de determinação da massa específica, da massa específica aparente e 
a absorção de água dos agregados graúdos, na condição saturados superfície 
seca, destinados ao uso em concreto. 
6.2. Definições (Fundamentação Teórica) 
Principio de Arquimedes: "Todo corpo mergulhado num fluido em repouso sofre, por 
parte do fluido, uma força vertical para cima, cuja intensidade é igual ao peso do fluido 
deslocado pelo corpo." (Peso Aparente = Peso real – Empuxo). 
Aula 8 – Ensaio de Agregados 
 
UNIDADE 2 – AGREGADOS 
 
 
 
 
 
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Se mA = massa de um agregado submerso em água e m = massa da mesma porção de 
agregado pesado ao ar, então: mA = m – EMPUXO. Portanto, o valor de (m – mA) representa 
o valor do empuxo que o agregado sofre quando submerso. 
𝐸 = (𝜌𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 . 𝑉𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 𝑑𝑒𝑠𝑙𝑜𝑐𝑎𝑑𝑜). 𝑔 
Quando lidamos com água (𝜌 = 1g/cm³), a massa que gera a força de empuxo tem o 
mesmo valor numérico do volume do material submerso. Portanto, (m – mA) = VOLUME DO 
MATERIAL SUBMERSO. 
6.3. Método de Ensaio 
• Equipamentos: 
✓ Balança (com capacidade mínima para 10 kg e resolução de 1 g, 
equipada com um dispositivo adequado para manter o recipiente 
que contém a amostra suspenso na água, no centro do prato da 
balança); 
✓ Recipiente constituído de um cesto de arame com abertura de malha 
igual ou inferior a 3,35 mm e capacidade para 4 dm³ a 7 dm³; 
✓ Tanque de água (recipiente estanque para conter água onde será 
submerso o recipiente com a amostra). 
• Procedimentos: 
✓ Lavar completamente o agregado graúdo para remover o pó ou 
outro material da superfície. Secar a amostra de ensaio a (105 ± 5)°C 
até massa constante e deixar esfriar à temperatura ambiente 
durante 1h a 3h; 
✓ A massa mínima de amostra a ensaiar é definida na tabela. 
 
✓ Pesar a amostra seca (mS) e submergir o agregado em água à 
temperatura ambiente por um período de (24 ± 4) h (NOTA: Quando 
for necessário ensaiar uma quantidade maior de amostra, pode ser 
Aula 8 – Ensaio de Agregados 
 
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO I 
 
 
 
 
 
76 
 
 
conveniente, para a precisão do ensaio, subdividir a amostra em duas 
ou mais partes); 
✓ Retirar a amostra da água e envolvê-la em um pano absorvente até 
que toda a água visível seja eliminada, ainda que a superfície das 
partículas se apresente úmida; 
✓ Pesar a amostra na condição SSS (saturada com a superfície seca → 
mSSS; 
✓ Colocar a amostra no recipiente apropriado, ligado à balança, 
submergi-la em água e pesá-la → mA. (Obs.: a balança deve ser 
previamente zerada com o recipiente vazio e imerso em água). 
 
6.4. Cálculos 
6.4.1. A massa específica do agregado graúdo SECO é calculada através da 
expressão: 
𝜌𝑠 =
𝑚𝑠
𝑚𝑠𝑠𝑠 − 𝑚𝐴
=
𝑚𝑠
𝑉
 
Onde: 
𝜌S= massa específica do agregado graúdo seco; 
mS = massa ao ar da amostra seca; 
mSSS = massa ao ar da amostra na condição SSS; 
mA = massa submersa em água da amostra; 
V = volume do agregado, excluindo os vazios permeáveis. 
6.4.2. A massa específica do agregado graúdo na condição SSS é calculada através 
da expressão: 
𝜌𝑠𝑠𝑠 =
𝑚𝑠𝑠𝑠
𝑚𝑠𝑠𝑠 − 𝑚𝐴
=
𝑚𝑠𝑠𝑠
𝑉′
 
Onde: 
𝜌SSS= massa específica do agregado graúdo na condição SSS; 
mSSS = massa ao ar da amostra na condição SSS; 
mA = massa submersa em água da amostra; 
V’ = volume do agregado, incluindo os vazios permeáveis. 
 
 
Aula 8 – Ensaio de Agregados 
 
UNIDADE 2 – AGREGADOS 
 
 
 
 
 
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6.4.3. A massa específica aparente do agregado é calculada através da expressão: 
𝜌𝑎𝑝 =
𝑚𝑠
𝑚𝑠 − 𝑚𝐴
=
𝑚𝑠
𝑉′
 
Onde: 
𝜌ap= massa específica aparente do agregado graúdo; 
mS = massa do ar da amostra seca; 
mA = massa submersa em água da amostra; 
V’ = volume do agregado, incluindo os vazios permeáveis. 
6.4.4. A absorção de água do agregado graúdo é calculada através da expressão: 
A =
𝑚𝑠𝑠𝑠 − 𝑚𝑠
𝑚𝑠
. 100 
Onde: 
𝐴 = absorção de água do agregado graúdo, expressa em porcentagem; 
mS = massa ao ar da amostra seca; 
mSSS = massa ao ar da amostra na condição SSS. 
6.5. Resultados 
• O resultado do ensaio é a média de duas determinações; 
• A diferença entre dois resultados individuais obtidos a partir de uma mesma 
amostra e empregando o mesmo equipamento, em um curto intervalo de 
tempo, não deve ser maior que: 
✓ 0,02 g/cm³ para o ensaio de massa específica; 
✓ 0,3% para o ensaio de absorção de água de agregados com absorção. 
• Informar os resultados de massa específica com aproximação de 0,01 g/cm³, 
indicando o tipo de massa específica determinado; 
• Indicar os resultados de absorção de água com aproximação de 0,1%. 
7. Teor de Umidade Total em Agregados (Secagem) 
7.1. Norma, Referência e Escopo 
• Norma específica: NBR 9939 – Agregados – Determinação do teor de umidade 
total por secagem; 
• NBR 7216 - Amostragem de agregados - Procedimento 
• NBR 9941 - Redução de amostra de campo de agregados para ensaio de 
laboratório; 
Aula 8 – Ensaio de Agregados 
 
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO I 
 
 
 
 
 
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• Método para determinação da umidade total, por secagem, em agregado 
destinado ao preparo de concreto. 
7.2. Fundamentação Teórica 
Condições que um material pode se apresentar quanto à umidade: 
 
• Seco em estufa: devido à alta e constante temperatura que uma estufa pode 
manter, agregado encontra-se completamente seco, tanto no seu exterior 
quanto no seu interior (vazios permeáveis); 
• Seco ao ar: como a temperatura ao ar livre é menor e possui uma 
variabilidade maior do que na estufa, o agregado tem a sua superfície seca, 
porém, os poros permeáveis mais internos não são completamente secos, 
havendo assim, umidade residual na partícula representada pela área menos 
escura na figura; 
• Saturado superfície seca (SSS): neste caso todos os poros permeáveis 
encontram-se saturados e a superfície do agregado encontra-se seco. Essa 
situação é encontrada na prática de determinação de absorção e massa 
específica de agregados graúdos; 
• Saturado: semelhante ao caso anterior, porém, há água na superfície. 
7.3. Definições 
• Umidade: relação da massa total de água que envolve o agregado e a m seca. 
• Absorção: é o teor de umidade no estado saturado, superfície seca. Absorção 
é o aumento da massa do agregado devido ao preenchimento dos seus poros 
por água expresso como porcentagem de sua massa seca (em estufa). 
• Coeficiente de umidade: é um número que, multiplicado pela massa úmida, 
fornece a massa seca. 
Aula 8 – Ensaio de Agregados 
 
UNIDADE 2 – AGREGADOS 
 
 
 
 
 
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• Umidade superficial: água aderente à superfície dos grãos expresso em 
percentagem da massa da água em relação à massa do agregado seco. 
• Teor de umidade total: Relação percentual entre a massa total de água que 
envolve a superfície e preenche os poros permeáveis do agregado graúdo e 
sua massa seca. 
7.4. Método de Ensaio 
• Equipamentos: 
✓ Balança com capacidade compatível com a massa da amostra de 
ensaio. 
✓ Estufa ou fonte de calor com capacidade de manter a temperatura 
constante na faixa de 105°C - 110°C. 
✓ Recipiente em material resistente ao calor e adequado 
dimensionalmente à massa e ao volume da amostra. 
✓ Haste de mistura de tamanho conveniente. 
• Procedimentos: 
✓ Coletar e reduzir a amostra de campo, formando a amostra de 
ensaio, com massa mínima de acordo com a tabela; 
 
✓ Secar a amostra em estufa ou fonte de calor escolhida. Quando a 
fontede calor utilizada não for uma estufa, homogeneizar 
periodicamente a amostra, de modo a uniformizar a secagem; 
✓ Determinar a massa da amostra em intervalos sucessivos de pelo 
menos 2 horas; 
✓ Efetuar as determinações assim que a temperatura da amostra 
estiver suficientemente baixa para não danificar a balança; 
✓ A massa final (Mf) é obtida quando a diferença entre duas pesagens 
sucessivas não indicar mais que 0,1% de perda de massa da amostra. 
 
Aula 8 – Ensaio de Agregados 
 
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO I 
 
 
 
 
 
80 
 
 
7.5. Cálculos 
A umidade do agregado é calculada através da expressão: 
h =
𝑚𝑖 − 𝑚𝑓
𝑚𝑓
. 100 
Onde: 
h = teor de umidade total do agregado, expressa em porcentual; 
mi = massa inicial da amostra, em gramas; 
mf = massa final da amostra, em gramas. 
 
OBS.: É possível se determinar a umidade de solos e de agregados miúdos pelo 
emprego de álcool etílico. A umidade se determina pela adição de álcool à amostra e a sua 
posterior queima. Para isso, é necessário pesar cerca de 50g do agregado e despejar 
quantidade adequada de álcool etílico na amostra, revolvendo-a com a espátula e 
inflamando a seguir o álcool. A operação deve ser repetida por três vezes e, em seguida, 
calcula-se o teor de umidade da amostra pela comparação entre as massas iniciais e finais. 
8. Umidade Superficial de Agregados Miúdos (Chapman) 
8.1. Norma, Referência e Escopo 
• Norma específica: NBR 9775 – Agregados – Determinação da umidade 
superficial em agregados miúdos por meio do frasco Chapman; 
• NBR 9776 - Agregados - Determinação da massa específica de agregados 
miúdos por meio do frasco de Chapman - Método de ensaio; 
• Determinação da umidade em agregados miúdos pelo frasco de Chapman. 
8.2. Definições 
• Umidade superficial: teor de água aderente à superfície dos grãos do 
agregado, expressa em percentagem da massa de água em relação à do 
agregado seco. 
8.3. Método de Ensaio 
• Equipamentos: 
✓ Balança com capacidade de 1 kg e sensibilidade de 1g ou menos; 
✓ Frasco de Chapman. 
• Procedimentos: 
✓ Colocar água no frasco até a divisão de 200 cm³; 
Aula 8 – Ensaio de Agregados 
 
UNIDADE 2 – AGREGADOS 
 
 
 
 
 
81 
 
 
✓ Introduzir 500g de agregado úmido e agitar até eliminar as bolhas de 
ar; 
✓ Efetuar a leitura do nível atingindo pela água.; 
8.4. Cálculos 
A umidade do agregado é calculada através da expressão: 
h =
[(L − 200)𝜌] − 500
𝜌(700 − 𝐿)
. 100 
Onde: 
h = teor de umidade (%); 
L = leitura do frasco (cm³); 
ρ= massa específica (kg/dm³), 
8.5. Resultado 
• Média de duas determinações; 
• Os resultados não devem diferir entre si mais do que 0,5%. 
9. Umidade Superficial de Agregados Miúdos (Speedy) 
9.1. Norma, Referência e Escopo 
• Norma específica: DNER - ME 52 – 64 (elaborada pelo Departamento nacional 
de estradas de rodagem); 
• Procedimento para determinação expedita do teor de umidade de solos e 
agregados miúdos pelo uso em mistura com carbureto de cálcio, colocada em 
dispositivo medidor de pressão de gás (SPEEDY). 
9.2. Método de Ensaio 
• Equipamentos: 
✓ Conjunto speedy; 
✓ Ampolas com cerca de 6,5g de carbureto de cálcio (CaC2); 
• Procedimentos: 
✓ Determinar a massa da amostra e depositá-la na câmara do 
aparelho; 
✓ Introduzir duas esferas de aço e a ampola de carbureto; 
✓ Agitar o aparelho; 
✓ Efetuar leitura da pressão manométrica; 
Aula 8 – Ensaio de Agregados 
 
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO I 
 
 
 
 
 
82 
 
 
✓ Verificar tabela de aferição própria do aparelho; 
✓ Encontrar h1; 
✓ Se a leitura for menor do que 0,2 kg/cm² ou maior do que 1,5 
kg/cm², repetir o ensaio com a massa da amostra imediatamente 
superior ou inferior, respectivamente. 
9.3. Cálculos 
A umidade do agregado é calculada através da expressão: 
h =
ℎ1
100 − ℎ1
. 100 
Onde: 
h = teor de umidade em relação à massa seca (%); 
h1 = teor de umidade em relação à amostra total úmida (%). 
10. Composição Granulométrica de Agregados 
10.1. Norma, Referência e Escopo 
• Norma específica: NBR NM 248:2001 – Agregados – Determinação da 
composição granulométrica; 
• NM-ISO 3310-1:1996 - Peneiras de ensaio - Requisitos técnicos e verificação - 
Parte 1 – Peneiras de ensaio com tela de tecido metálico 
• NM-ISO 3310-2:1996 - Peneiras de ensaio - Requisitos técnicos e verificação - 
Parte 2 – Peneiras de ensaio de chapa metálica perfurada 
• NM 26:2000 - Amostragem de agregados 
• NM 27:2000 - Redução de amostra de campo de agregados para ensaio de 
laboratório 
• NM 46:2001 - Agregados - Determinação do material fino que passa através 
da peneira 75 µm por lavagem 
• Método para a determinação da composição granulométrica de agregados 
miúdos e graúdos para concreto. 
10.2. Definições (Fundamentação Teórica) 
• Série normal e série intermediária: Conjunto de peneiras sucessivas, que 
atendam às normas NM-ISO 3310-1 ou 2, com as aberturas de malha 
estabelecidas na tabela: 
Aula 8 – Ensaio de Agregados 
 
UNIDADE 2 – AGREGADOS 
 
 
 
 
 
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• Dimensão máxima característica: Grandeza associada à distribuição 
granulométrica do agregado, correspondente à abertura nominal, em 
milímetros, da malha da peneira da série normal ou intermediária, na qual o 
agregado apresenta uma porcentagem retida acumulada igual ou 
imediatamente inferior a 5% em massa; 
• Módulo de finura: Soma das porcentagens retidas acumuladas em massa de 
um agregado, nas peneiras da série normal, dividida por 100; 
• Curva granulométrica: Diagrama obtido pela união dos pontos obtidos pelas 
porcentagens retidas em cada peneira (abcissas = abertura das peneiras em 
escala logarítmica / ordenadas = porcentagens retidas acumuladas). 
10.3. Fundamentação Teórica 
A distribuição granulométrica dos agregados é determinada usualmente por meio de 
uma análise por peneiramento. Nessa análise uma amostra seca de agregado é fracionada 
através de uma série de peneiras com aberturas de malha progressivamente menores, 
conforme ilustrado na Figura ao lado. 
Como a massa da fração de partículas retida em cada peneira é determinada e 
comparada com a massa total da amostra, a distribuição é expressa como porcentagem em 
massa retida OU passante em cada peneira. 
Aula 8 – Ensaio de Agregados 
 
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO I 
 
 
 
 
 
84 
 
 
Granulometria é a distribuição, em porcentagens, dos tamanhos de grãos, 
determinando as dimensões das partículas e suas respectivas porcentagens de ocorrência. A 
composição granulométrica tem grande influência nas propriedades das argamassas e 
concretos. 
10.3.1. Análises de curvas granulométricas 
 
• Classificação de areias quanto ao módulo de finura: 
✓ Muito finas: 1,35 < MF < 2,25; 
✓ Finas: 1,71 < MF < 2,78; 
✓ Médias: 2,11 < MF < 3,28; 
✓ Grossas: 2,71 < MF < 4,02. 
• Classificação das britas quanto ao DMC: 
✓ Brita 0: 4,8mm < DMC < 12,5mm; 
✓ Brita 1: 9,5mm < DMC < 25,0mm; 
✓ Brita 2: 19,0mm < DMC < 32,0mm; 
✓ Brita 3: 25,0mm < DMC < 50,0mm; 
✓ Brita 4: 38,0mm < DMC < 75,0mm; 
✓ Brita 5: DMC > 75mm 
10.4. Método de Ensaio 
• Equipamentos: 
✓ Balança (com resolução de 0,1% da massa da amostra de ensaio; 
✓ Estufa capaz de manter a temperatura no intervalo de (105 ± 5)°C; 
✓ Peneiras das séries normal e intermediária, com tampa e fundo, que 
atendam às exigências das normas NM-ISO 3310-1 ou 2; 
Aula 8 – Ensaio de Agregados 
 
UNIDADE 2 – AGREGADOS 
 
 
 
 
 
85 
 
 
✓ Bandejas, escovas ou pinceis; 
✓ Agitador mecânico (optativo). 
• Procedimentos: 
✓ Encaixar as peneiras, previamente limpas, com aberturas de malha 
em ordem crescente da base para o topo, com fundo, e acrescentar 
na peneira superior uma amostra do agregado, seco em estufa; 
 
✓ Agitar mecanicamente o conjunto, por um tempo razoávelpara 
permitir a separação dos diferentes tamanhos de grão da amostra. 
Se não for possível a agitação mecânica do conjunto, classificar 
manualmente toda a amostra em uma peneira para depois passar à 
seguinte, agitando cada uma por cerca de 2 minutos; 
✓ Remover o material retido na peneira para uma bandeja identificada 
e depositar material passante na próxima peneira. Escovar a tela em 
ambos os lados para limpar a peneira. O material removido pelo lado 
interno é considerado como retido (juntar na bandeja) e o 
desprendido na parte inferior como passante (depositar na próxima 
peneira); 
✓ Determinar a massa total de material retido em cada uma das 
peneiras e no fundo do conjunto. O somatório de todas as massas 
não deve diferir mais de 0,3%da massa inicial; 
✓ Realizar o ensaio novamente com outra amostra de ensaio retirada 
da mesma amostra de campo. 
 
 
Aula 8 – Ensaio de Agregados 
 
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO I 
 
 
 
 
 
86 
 
 
10.5. Cálculos 
Para cada uma das amostras de ensaio, calcular a porcentagem retida, em massa, em 
cada peneira, com aproximação de 0,1%. As amostras devem apresentar necessariamente a 
mesma dimensão máxima característica e, nas demais peneiras, os valores de porcentagem 
retida individualmente não devem diferir mais que 4% entre si. Caso isto ocorra, repetir o 
peneiramento para outras amostras de ensaio até atender a esta exigência. 
Após isso, calcular as porcentagens médias, retida e acumulada, em cada peneira, com 
aproximação de 1%. Depois, determinar o módulo de finura, com aproximação de 0,01 e 
traçar a curva granulométrica (em escala logarítmica) com as porcentagens acumuladas 
PASSANTES. 
 
Definir os limites nos quais a curva mais se encaixa, de acordo com as porcentagens 
acumuladas RETIDAS. 
11. Inchamento do Agregado Miúdo 
11.1. Norma, Referência e Escopo 
• Norma específica: NBR 6467 – Determinação do inchamento do agregado 
miúdo; 
• NBR 7251 – Agregados em estado solto – Determinação da massa unitária; 
• Determinação do inchamento de agregados miúdos para concretos. 
11.2. Definições 
• Inchamento de agregado miúdo: Variação do volume aparente provocado 
pela adsorção de água livre pelos grãos e que incide sobre sua massa unitária; 
• Coeficiente de Inchamento: quociente entre os volumes úmido e seco de uma 
mesma massa de agregado (conforme a granulometria, pode variar de 20 a 
40%); 
• Umidade crítica: Teor de umidade acima do qual o coeficiente de inchamento 
pode ser considerado constante e igual ao coeficiente de inchamento médio; 
• Coeficiente de inchamento médio: Coeficiente utilizado para encontrar o 
volume da areia úmida a ser medido, quando a umidade do agregado estiver 
acima da umidade crítica (expresso pelo valor médio entre o coeficiente de 
inchamento máximo e aquele correspondente à umidade crítica). 
Aula 8 – Ensaio de Agregados 
 
UNIDADE 2 – AGREGADOS 
 
 
 
 
 
87 
 
 
11.3. Método de Ensaio 
• Equipamentos: 
✓ Encerado de lona; 
✓ Balanças; 
✓ Recipiente padronizado (NBR 7251), régua, concha ou pá, proveta 
graduada; 
✓ Estufa e cápsulas com tampa; 
✓ Betoneira (opcional). 
• Procedimentos: 
✓ Secar a amostra em estufa (com o dobro do volume do recipiente 
padronizado) até constância de massa, resfriá-la sobre a lona, 
homogeneizar e determinar sua massa unitária conforme NBR 7251; 
✓ Adicionar água sucessivamente para umidades de 0,5%, 1%, 2%, 3%, 
4%, 5%, 7%, 9% e 12%. Para cada adição de água: 
▪ Homogeneizar a amostra; 
▪ Determinar sua “massa unitária úmida”; 
▪ Coletar material em cápsulas para determinação da 
umidade em estufa. 
11.4. Cálculos 
Para cada massa unitária determinada, checar o teor de umidade do agregado e para 
cada teor de umidade, calcular: 
CI =
𝑉ℎ
𝑉𝑠
=
𝜇
𝜇ℎ
×
100 + ℎ
100
 
Onde: 
CI = coeficiente de inchamento; 
h = umidade do agregado (%); 
𝜇 = massa unitária do agregado seco (kg/dm³); 
𝜇ℎ = massa unitária do agregado com h% de umidade (kg/dm³). 
Próximos passos: 
• Assinalar os pares de valores (h, CI) em gráfico, e traçar a curva de 
inchamento; 
• Traçar a reta tangente, paralela ao eixo das umidades, pelo ponto de CI 
máximo; 
Aula 8 – Ensaio de Agregados 
 
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO I 
 
 
 
 
 
88 
 
 
• Traçar a corda que une a origem de coordenadas ao ponto de tangência da 
reta traçada anteriormente (CI máximo); 
• Traçar nova tangente à curva, paralela a esta corda, e determinar: 
✓ A umidade crítica (umidade no ponto de interseção das duas tangentes); 
✓ O coeficiente de inchamento médio (média aritmética entre o CI máximo 
e aquele correspondente à umidade crítica). 
Observação: O coeficiente de inchamento médio é empregado para correção do 
volume do agregado miúdo. Seu emprego é adequado quando a umidade do agregado é 
superior ou igual à umidade crítica. 
 
12. Material Pulverulento (finos) em Agregados 
12.1. Norma, Referência e Escopo 
• Norma específica: NBR 7219 – Agregados – Determinação do teor de 
materiais pulverulentos; 
• NBR 5734 - Peneiras para ensaio – Especificação; 
• NBR 7216 - Amostragem de agregados – Procedimento; 
• NBR 9941 - Redução de amostra de campo de agregados para ensaios de 
laboratório - Procedimento; 
12.2. Definições e Fundamentação Teórica 
Materiais pulverulentos são partículas minerais com dimensão inferior a 0,075 mm, 
inclusive os materiais solúveis em água, presentes nos agregados. 
Aula 8 – Ensaio de Agregados 
 
UNIDADE 2 – AGREGADOS 
 
 
 
 
 
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• Especificação (NBR 7211): Limites máximos para material pulverulento 
✓ Agregado miúdo em concreto sujeito a desgaste superficial: 3,0%; 
✓ Agregado miúdo em outros concretos: Máximo de 5,0%; 
✓ Agregado graúdo: Máximo de 10%. 
As partículas inferiores à (0,075mm) são constituídas de silte e argila. Em geral, a 
presença desses materiais é indesejável na constituição do concreto, pois um agregado com 
alto teor de materiais pulverulentos diminui aderência do agregado à pasta ou argamassa, 
prejudicando de forma direta a resistência do concreto. 
12.3. Método de Ensaio 
• Equipamentos: 
✓ Balança com resolução de 0,1 g ou 0,1% da massa da amostra; 
✓ Peneiras de 0,075 mm e 1,18 mm; 
✓ Recipiente para agitação do material; 
✓ Estufa capaz de manter a temperatura no intervalo de 100 a 110 °C; 
✓ Dois béqueres de vidro transparente; 
✓ Haste para agitação. 
• Procedimentos: 
✓ Secar a amostra em estufa (100°C a 110°C) até massa constante 
(aproximadamente 24 horas) e registrar a massa (Mi). A massa 
mínima para o ensaio é proporcional à dimensão máxima do 
agregado e deve estar de acordo com a tabela: 
 
✓ Colocar a amostra no recipiente e adicionar água até cobri-la. Agitar 
a amostra vigorosamente até que o material pulverulento fique em 
suspensão; 
✓ Imediatamente, escoar a água de lavagem sobre as peneiras (1,2mm 
e 0,075mm, juntas), colocadas em ordem de diâmetro crescente, de 
baixo para cima; 
✓ Adicionar uma segunda quantidade de água ao recipiente, agitar e 
verter a água sobre as peneiras. 
Aula 8 – Ensaio de Agregados 
 
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO I 
 
 
 
 
 
90 
 
 
 
✓ Repetir a operação até que a água de lavagem fique clara, 
comparando-se visualmente a sua limpidez com uma água limpa, 
usando dois béqueres; 
✓ Retornar todo o material retido nas peneiras sobre a amostra lavada. 
✓ Secar o agregado lavado em estufa e determinar a massa restante 
(Mf); 
✓ Calcular o teor de material pulverulento do agregado. 
12.4. Cálculos 
O teor de materiais pulverulento é calculado pela relação: 
% 𝑚𝑎𝑡. 𝑝𝑢𝑙𝑣. =
𝑀𝑖−𝑀𝑓
𝑀𝑖
. 100 
Onde: 
Mi = Massa inicial do agregado; 
Mf = Massa final do agregado; 
12.5. Resultados 
• O resultado do ensaio é a média de duas determinações; 
• Informar os resultados de absorção de águacom aproximação de 0,1%; 
• A variação máxima permitida para duas determinações é de 0,5% para 
agregado graúdo e 1,0% para agregado miúdo. 
NOTA: A peneira 1,2 deve ser posicionada sobre a peneira 0,075 m, para protegê-la 
contra esforços provocados por excesso de material ou por partículas de grandes dimensões 
que eventualmente sejam carregadas pela água de lavagem. 
 
Aula 8 – Ensaio de Agregados 
 
UNIDADE 2 – AGREGADOS 
 
 
 
 
 
91 
 
 
13. Impurezas Orgânicas em Agregados 
13.1. Norma, Referência e Escopo 
• Norma específica: NBR NM 49:2001 – Agregado miúdo – Determinação de 
impurezas orgânicas; 
• NM 26:2000 - Agregados – Amostragem; 
• NM 27:2000 - Agregados - Redução da amostra de campo para ensaios de 
laboratório; 
• Método de determinação colorimétrica de impurezas orgânicas em agregado 
miúdo destinado ao preparo do concreto. 
13.2. Definições e Fundamentação Teórica 
Impurezas orgânicas são materiais indesejáveis que estão presentes nas areias e que, 
devido a sua origem orgânica, exercem ação prejudicial sobre a pega e o endurecimento das 
argamassas e concretos. É regido por especificação (NBR 7211): limite para uso em 
concretos → 300ppm. 
13.3. Método de Ensaio 
• Equipamentos: 
✓ Balança; 
✓ Provetas (10 e 100 ml) e béquer (1 litro); 
✓ Frasco Erlenmeyer (250ml); 
✓ Funil, papel filtro; 
✓ Tubos Nessler (100 ml). 
• Reagentes e Soluções:: 
✓ Água destilada; 
✓ Hidróxido de sódio; 
✓ Ácido tânico; 
✓ Álcool 95%. 
• Preparo das soluções: 
✓ Solução de hidróxido de sódio a 3% (30g hidróxido de sódio + 970g 
de água); 
✓ Solução de ácido tânico a 2% (2g de ácido tânico + 10ml de álcool + 
90ml de água); 
✓ Solução padrão - 3 ml da solução de ácido tânico com 97 ml da 
solução de hidróxido de sódio em repouso durante 24 horas; 
• Procedimentos: 
Aula 8 – Ensaio de Agregados 
 
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO I 
 
 
 
 
 
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✓ Colocar a amostra (200 gramas do agregado miúdo) juntamente com 
100 ml da solução de hidróxido de sódio num frasco de Erlenmeyer; 
✓ Agitar e deixar em repouso durante 24 horas; 
✓ Filtrar a solução, recolhendo-a em tubo Nessler. 
13.4. Resultados 
Comparar a cor da solução obtida com a da solução padrão, observando se é mais 
clara, mais escura ou igual a da solução padrão. No caso da solução resultante da amostra 
apresentar cor mais escura que a da solução padrão, a areia é considerada suspeita e 
deverão ser procedidos outros ensaios de qualidade, conforme NBR 7221. 
 
 
Baseado e adaptado Engª Civi l 
Mayara Moraes Custódio, M.Sc. 
Edições sem prejuízo de 
conteúdo.

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