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Aula 01 - Introdução - Organização Administrativa

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AGORA EU PASSO! 
1 
 
SUMÁRIO 
INTRODUÇÃO AO DIREITO ADMINISTRATIVO ................................................................................................... 2 
FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO ........................................................................................................ 2 
DIREITO PÚBLICO ........................................................................................................................................... 2 
DIREITO PRIVADO .......................................................................................................................................... 3 
NOÇÕES DE ESTADO ...................................................................................................................................... 3 
PESSOAS JURÍDICAS ....................................................................................................................................... 3 
PERSONALIDADE JURÍDICA ............................................................................................................................ 3 
FORMA DE ESTADO ....................................................................................................................................... 4 
DESCENTRALIZAÇÃO POLÍTICA: ..................................................................................................................... 4 
ÓRGÃOS PÚBLICOS ............................................................................................................................................ 4 
CONCEITO DE ÓRGÃO PÚBLICO .................................................................................................................... 4 
TEORIA DA IMPUTAÇÃO (OU TEORIA DO ÓRGÃO)........................................................................................ 5 
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS ÓRGÃOS PÚBLICOS ............................................................................... 6 
CLASSIFICAÇÕES ............................................................................................................................................ 6 
QUANTO À POSIÇÃO ESTATAL ................................................................................................................... 6 
QUANTO À ESTRUTURA ............................................................................................................................. 7 
QUANTO À ATUAÇÃO FUNCIONAL ............................................................................................................ 7 
ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ................................................................................................. 7 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ............................................................................................................................ 7 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA (COMPOSIÇÃO) ................................................................................. 8 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA (COMPOSIÇÃO) .............................................................................. 8 
ADMINISTRAÇÃO DIRETA .............................................................................................................................. 8 
DESCENTRALIZAÇÃO ADMINISTRATIVA (1) ................................................................................................... 8 
DESCENTRALIZAÇÃO ADMINISTRATIVA (2) ................................................................................................... 9 
CENTRALIZAÇÃO ADMINISTRATIVA ............................................................................................................... 9 
DESCENTRALIZAÇÃO ADMINISTRATIVA – RESUMO (1) E (2)......................................................................... 9 
DESCONCENTRAÇÃO ADMINISTRATIVA ...................................................................................................... 10 
CONCENTRAÇÃO.......................................................................................................................................... 10 
EXERCÍCIOS ...................................................................................................................................................... 10 
GABARITO .................................................................................................................................................... 12 
 
 
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AGORA EU PASSO! 
2 
 
INTRODUÇÃO AO DIREITO ADMINISTRATIVO 
 FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO 
O Direito Administrativo compreende o conjunto de normas e institutos que disciplinam 
as relações da Administração Pública, seu funcionamento e sua organização, dentre várias 
outras situações. 
Antes de conceituar o Direito Administrativo, devemos saber como ele é formado e para 
tanto precisamos saber quais são as suas fontes. 
As fontes do Direito Administrativo são as responsáveis diretas e indiretas pela criação, 
elaboração e aperfeiçoamento de toda ciência administrativista, produzindo, aprimorando e 
justificando, suas leis, normas internas e decisões judiciais. 
De forma mais direta, podemos dizer que fonte é tudo aquilo que forma e informa o 
próprio direito administrativo. 
Para resolução de questões, que é nosso principal objetivo, não é necessário saber o 
conceito de fonte, mas sim quais são elas e se elas são consideradas DIRETAS ou INDIRETAS. 
 
1) LEI (em sentido amplo) → trata-se da fonte primária (ou primordial) do Direito 
Administrativo. Ela deve ser entendida em seu sentido amplo, ou seja, abrangendo não 
só lei em sentido estrito (aquela produzida via de regra pelo poder legislativo), mas 
também toda a produção normativa da própria administração – atos normativos em 
geral. 
 
2) DOUTRINA → Lição dos estudiosos do Direito Administrativo. É uma fonte 
secundária/indireta, não escrita. Ela é considerada indireta, pois não obriga a 
administração. 
 
3) JURISPRUDÊNCIA → São as decisões reiteradas dos tribunais. É considerada fonte 
secundária do Direito Administrativo. Também não obrigam a administração. OBS: 
Súmulas Vinculantes são consideradas fontes primárias/diretas pois essas decisões 
obrigam toda a administração e todo o judiciário com a mesma força de uma lei. 
 
4) COSTUMES → trata-se do conjunto de regras que, embora não escritas, são observadas 
de maneira uniforme pela administração. São reconhecidas como fontes indiretas do 
Direito Administrativo. 
É importante ter em mente que as fontes INDIRETAS apesar de não obrigarem a 
administração, possuem o condão de orientar as decisões administrativas. Além disso elas 
servem de inspiração para criação de leis. 
ATENÇÃO!!! SÚMULA VINCULANTE: Diferentemente da jurisprudência ordinária, que 
apenas servem para orientar as decisões da administração, as súmulas vinculantes obrigam o 
administrador a seguir plenamente seus preceitos, ou seja, para a administração pública ela 
possui força de lei. Por essa razão a súmula vinculante é tratada como fonte primária do 
Direito Administrativo. 
DIREITO PÚBLICO 
 São aqueles que se preocupam em regular a atuação do Estado. Vale destacar que o 
Estado atua sempre em prol de uma finalidade que é o interesse público (coletivo). Nas relações 
regidas pelo direito público, as partes envolvidas encontram-se em uma relação desigual 
(vertical), em que uma parte exerce determinada superioridade sobre a outra. As relações em 
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AGORA EU PASSO! 
3 
 
que o Estado está presente são regidas, predominantemente, pelo direito público, em face da 
supremacia do interesse público sobre o privado. 
Sendo assim, antes mesmo de saber o conceito de Direito Administrativo, você deve saber 
que ele é um ramo do Direito Público, pois se ocupa de regular a atuação do Estado. Outros 
exemplos: Direito Constitucional, Penal, Tributário entreoutros. 
DIREITO PRIVADO 
São aqueles que se preocupam em regular as relações entre particulares. Prevalece a 
autonomia de vontade das partes envolvidas, sem a existência de superioridade de uma sobre 
a outra, isto é, elas estão em uma relação de igualdade (horizontal). Ex: Direito Civil e 
Empresarial. 
NOÇÕES DE ESTADO 
Antes de conceituar o Estado, que não é o que mais cai em prova, tenha em mente que a 
informação mais relevante para seus estudos para concursos é: O Estado é uma Pessoa 
Jurídica. 
 
ESTADO: Pessoa Jurídica, territorial, soberana. 
ESTADO: Sociedade politicamente organizada. 
NOSSO ESTADO: República Federativa do Brasil. 
PESSOAS JURÍDICAS 
No estudo do Direito Administrativo é necessário definir muito bem quem são as 
pessoas jurídicas da Administração Pública para diferenciá-las dos órgãos públicos. 
A nomenclatura utilizada para se referir as pessoas jurídicas é repleta de sinônimos, por 
exemplo: ente, entidade e pessoa. Além disso é comum aparecerem expressões como: 
personalidade jurídica, entidade personalizada, entre outras. 
A importância de saber se alguém é pessoa ou órgão, reside no fato de que as primeiras 
possuem responsabilidade, ou seja, podem ser responsabilizadas judicialmente. 
Só existem dois tipos de pessoas jurídicas: Pessoa Jurídica de Direito Público e Pessoa 
Jurídica de Direito Privado. É imprescindível saber a diferença entre elas. Para saber a 
diferença, basta saber como ela nasceu. 
 As P.J de direito público são criadas por lei, ao passo que as P.J de direito privado 
precisam registrar seus atos constitutivos (contrato social ou estatuto) em cartório para 
adquirirem personalidade (ou simplesmente nascerem). 
PERSONALIDADE JURÍDICA 
Trata-se, de modo resumido, da aptidão para ser sujeito de direitos e de obrigações, 
conferida às pessoas físicas (ou naturais) e jurídicas. Desse modo, os possuidores de 
personalidade jurídica poderão ter, dentre outras características, patrimônio próprio e 
capacidade processual (ser autor ou réu em um processo judicial). 
Nas questões de prova a palavra Estado será utilizada para se referir aos entes federados 
(que veremos abaixo) e não à República Federativa do Brasil. Mais especificamente, quando 
aparecer a palavra Estado, você deve se ater a ideia de que a questão está se referindo à uma 
Pessoa Jurídica de Direito Público. 
 
FORMA DE ESTADO: FEDERAÇÃO 
FORMAS DE GOVERNO: REPÚBLICA. 
SISTEMA DE GOVERNO: PRESIDENCIALISTA 
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AGORA EU PASSO! 
4 
 
FORMA DE ESTADO 
No que diz respeito ao estudo isolado do Direito Administrativo, uma informação 
relevante refere-se a nossa Forma de Estado. Sem esmiuçar o assunto que é cobrado mais 
incisivamente no Direito Constitucional, essa informação é importante para o nosso estudo pois 
nos traz a certeza de que nosso Estado, por tratar-se de uma Federação, é um Estado 
COMPOSTO. 
O que importa extrair dessa informação é a composição do Estado. Dizemos então que nosso 
Estado é composto pelos Entes Federados. 
Os entes federados por sua vez são: M.E.D.U (Municípios – Estados – Distrito Federal e 
Municípios). 
Eles são Pessoas Jurídicas de Direito Público que possuem Autonomia Política – 
capacidade de criar leis e de autorregulação (elaboração de suas próprias constituições ou lei 
orgânicas). 
Relembrando, na sua prova, quando o examinador fizer menção ao Estado ele estará se 
referindo a um ente federado, ou simplesmente a uma pessoa jurídica de direito público. 
A ideia que você precisa ter em mente é que o que será estudado no Direito Administrativo é a 
atuação dos entes federados e não da República Federativa do Brasil propriamente dita. 
DESCENTRALIZAÇÃO POLÍTICA: 
É a distribuição de autonomia política entre os entes federados. É um fenômeno previsto 
na própria constituição. Quem distribui as competências (atribuições) legislativas aos entes 
federados é a própria constituição. 
PODERES DO ESTADO (FUNÇÕES DO ESTADO): 
Os Poderes do Estado são também chamados de ESTRUTURAIS. Estão ligados à 
estruturação do Estado moderno. Entre eles não há hierarquia, mas sim harmonia. Eles são 
balanceados por um sistema de pesos e contrapesos (Checks and Balances) 
Como consequência das funções típicas e atípicas, podemos dizer que temos uma DIVISÃO 
FLEXÍVEL das funções estatais 
 
 
Função Típica Funções Atípicas 
Poder Legislativo Legislar fiscalizar Administrar/julgar 
Poder Judiciário Julgar Administrar/Legislar 
Poder Executivo Administrar Julgar/legislar 
 
A expressão “Administração Pública” abrange os 3 Poderes. 
 
ÓRGÃOS PÚBLICOS 
CONCEITO DE ÓRGÃO PÚBLICO 
Existem dois conceitos de órgão público, um legal e outro doutrinário. Em prova, o mais 
comum é o doutrinário, porém já apareceram questões tratando do conceito legal. 
Mas antes mesmo de conceituar órgão, você deve saber o que ele não é. 
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Órgão Público NÃO É PESSOA (ele é despersonalizado ou ainda ele não possui 
personalidade jurídica). 
O Conceito legal está previsto na lei 9.784/99 - Art. 1o, § 2o,, incisos I. 
Lei 9.784/99 - Art. 1o, § 2o, , incisos I e II. 
I - órgão - a unidade de atuação integrante da estrutura da 
Administração direta e da estrutura da Administração indireta; 
(grifo nosso) 
II - entidade - a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica; 
O conceito legal de órgão nos traz a necessidade de saber o que significa Administração 
Direta e Indireta. Nesse primeiro momento, saiba que essas expressões tratam de Pessoas 
Jurídicas. Isso mesmo, quando você vier essas expressões entenda-as como referência a 
pessoas jurídicas. 
Desse modo, a sua linha de raciocínio para interpretar o conceito legal será essa: órgão – 
a unidade de atuação integrante das pessoas jurídicas. De forma simples e objetiva, leia da 
seguinte forma: os órgãos públicos estão dentro das pessoas jurídicas. 
De forma mais técnica a mesma ideia será tratada em questões assim: órgãos públicos são 
distribuições internas das competências (centros de competências) dentro do âmbito de uma 
pessoa jurídica da Administração Pública. 
É importante ressaltar que os órgãos públicos são centros despersonalizados de 
competências, isto é, não possuem personalidade jurídica. Basicamente você deve lembrar que 
eles não são pessoas. Eles são criados dentro da estrutura de um ente da Administração Pública 
(Direta ou Indireta) – leia-se eles estão dentro das pessoas jurídicas. 
TEORIA DA IMPUTAÇÃO (OU TEORIA DO ÓRGÃO) 
A Teoria da Imputação ou Teoria do Órgão existe para explicar como o Estado atua, ou 
ainda como o Estado manifesta a sua vontade. 
Vale registrar que seu raciocínio deve ser o seguinte: como a pessoa jurídica atua, como 
ela manifesta vontade, pois, sempre que as questões fizerem referência ao Estado, você deve 
interpretar o Estado como sendo uma pessoa jurídica. 
Sendo assim, as pessoas jurídicas (Estado) atuam por meio dos seus órgãos e agentes. 
Sempre que um agente público estiver atuando, as suas condutas serão atribuídas a pessoa 
jurídica a que ele pertence. 
O agente atua de acordo com as competências do órgão, realizando a vontade do ente. 
Dessa forma, o Estado atua por meio dos seus órgãos e, dentro destes, os agentes realizam as 
atribuições destinadas à estrutura organizacional. 
Então imagine a seguinte situação: um policial (agente público) resolveu sacar a sua arma 
e disparar contra um suspeito de assalto a banco. Os disparos atingiram além do suspeito, 
pessoas inocentes. A pergunta que se faz é? De quem é a responsabilidade? 
Percebam, o policial (agente) está lá fazendo a vontade do Estado. O agente atua de acordo 
com as competências (atribuições) do seu órgão fazendo a vontade da pessoa jurídica a que 
pertence. No caso citado, imagine que se trata de um Policial Militar do Rio de Janeiro, então 
teremos a seguinte estrutura: 
Pessoa Jurídica → Órgão→ Agente 
Estado do Rio de Janeiro → Polícia Militar → Policial Militar 
Dessa forma, verificamos que a pessoa responsável civilmente (quem vai pagar a conta) 
pela conduta do policial é o Estado do Rio de Janeiro. Por óbvio não se pode afastar a 
possibilidade de eventual responsabilização do agente público nas esferas administrativa, 
penal e até mesmo civil (no caso de ação regressiva do Estado). 
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Por fim, vale destacar o conceito de órgão público de Hely Lopes Meireles, conceito que 
ressalta a teoria do órgão recém estudada. 
“os órgãos são: centros de competências instituídos para o desempenho de 
funções estatais, através de seus agentes, cuja atuação é imputada à pessoa jurídica 
a que pertencem.” 
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS ÓRGÃOS PÚBLICOS 
➢ Localizam-se dentro da estrutura de uma pessoa jurídica da Administração Pública 
(Direta ou Indireta). Literalmente eles estão dentro das pessoas jurídicas. 
➢ Não possuem personalidade jurídica. 
• Não possuem patrimônio próprio (o patrimônio pertence à pessoa jurídica de 
cuja estrutura fazem parte). 
• Não possuem capacidade processual (em regra, pois os órgãos independentes e 
autônomos podem utilizar-se do mandado de segurança para a defesa de suas 
prerrogativas funcionais). 
➢ São fruto de desconcentração administrativa. 
➢ Sua criação e extinção somente podem ser feitas por lei. 
➢ São hierarquizados. 
➢ Podem celebrar contrato de gestão: 
CF – Art. 37, § 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira 
dos órgãos e entidades da administração direta e indireta poderá ser 
ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus 
administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de 
metas de desempenho para o órgão ou entidade (...). “grifo nosso” 
CLASSIFICAÇÕES 
QUANTO À POSIÇÃO ESTATAL 
ÓRGÃOS INDEPENDENTES: são os órgãos de mais alta hierarquia, definidos na própria 
Constituição Federal e são representativos dos Poderes do Estado. Esses órgãos não possuem 
qualquer forma de subordinação e hierarquia uns com os outros, existindo somente uma 
relação de controle entre eles. Como exemplo, podemos citar: Presidência da República; Câmara 
dos Deputados, Senado Federal, Tribunais (não apenas os Tribunais Superiores, mas todos os 
tribunais são órgãos independentes); Ministério Público da União. 
ÓRGÃOS AUTÔNOMOS: são órgãos que estão imediatamente subordinados aos 
independentes. São dotados de ampla autonomia administrativa, técnica e financeira, 
enquadrados como órgãos de cunho diretivo, com atribuições de supervisão, coordenação, 
planejamento e controle das atividades que integrem sua esfera de competências. Como 
exemplo, podemos citar os Ministérios de Estado (no âmbito do Poder Executivo Federal) e as 
Secretarias Estaduais e Municipais (no âmbito do Poder Executivo Estadual e Municipal, 
respectivamente). 
ÓRGÃOS SUPERIORES: são órgãos dotados de poder de decisão, controle e direção, 
exercendo o comando de assuntos afetos à sua área de atuação. Os órgãos superiores, contudo, 
possuem uma reduzida autonomia (têm apenas autonomia técnica). Embora a exemplificação 
não seja pacífica nesse ponto, podemos citar os Gabinetes, as Coordenadorias e os 
Departamentos. 
ÓRGÃOS SUBALTERNOS: são órgãos de mera execução, que cumprem as ordens 
emanadas dos órgãos superiores, possuindo um reduzido poder decisório. Assim como os 
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órgãos superiores, a exemplificação não é pacífica, mas podemos citar as seções de expediente 
e as delegacias. 
QUANTO À ESTRUTURA 
ÓRGÃO SIMPLES (ou unitário) Representam apenas um centro de competências, sem 
ramificações em outros órgãos, independentemente do número de cargos. 
 
ÓRGÃO COMPOSTO (ou colegiado) Sua estrutura é composta por diversos órgãos (ele se 
divide em outros órgãos). 
QUANTO À ATUAÇÃO FUNCIONAL 
ÓRGÃOS SINGULARES (OU UNIPESSOAIS) As decisões são atribuição de um único 
agente (exemplo: Presidência da República). 
 
ÓRGÃOS COLEGIADOS (OU PLURIPESSOAIS) As decisões são oriundas da manifestação 
de vontade de um conjunto de membros (exemplos: Câmara, Senado e Tribunais). 
 
ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
A Administração Pública tem sua base legal no art. 37 da Constituição Federal: 
 
“Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos 
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios 
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, 
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:...” 
A definição de quem é Administração Direta e Indireta, no âmbito federal, é encontrada 
no decreto 200/67: 
“ Art. 4° A Administração Federal compreende: 
I – A Administração Direta, que se constitui dos serviços integrados 
na estrutura administrativa da Presidência da República e dos 
Ministérios. 
II – A Administração Indireta, que compreende as seguintes 
categorias de entidades, dotadas de personalidade jurídica própria: 
a) Autarquias; 
b) Empresas Públicas; 
c) Sociedades de Economia Mista. 
d) fundações públicas. 
 
Dessa forma, foi adotada no Brasil a classificação de Administração Pública em sentido 
FORMAL, SUBJETIVO ou ORGÂNICO (a lei define quem é Administração Pública). 
Desse Decreto, ampliando para as demais esferas, podemos dizer que a Administração 
Pública é dividida da seguinte forma: 
 
 
 
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8 
 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA (COMPOSIÇÃO) 
➢ União 
➢ Estados 
➢ Distrito Federal 
➢ Municípios 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA (COMPOSIÇÃO) 
➢ Autarquias 
➢ Fundações Públicas 
➢ Sociedades de Economia Mista 
➢ Empresas Públicas 
 
Trata-se de um rol taxativo, isto é, são considerados como integrantes da Administração 
Pública apenas esses 8 (OITO) entes. 
ADMINISTRAÇÃO DIRETA 
Ela é formada por pessoas jurídicas de direito público que podem também receber a 
denominação de entes ou pessoas políticas (possuem capacidade de legislar). Entre esses entes 
não existe hierarquia nem subordinação, eles trabalham em cooperação e com independência, 
cada um dentro da sua esfera de competência de acordo com a constituição. 
Possuem autonomia política, administrativa e financeira, sendo que suas competências 
são hauridas do texto constitucional. 
Veja abaixo algumas características básicas: 
➢ Pessoas jurídicas de direito público interno 
➢ Autonomia política, administrativa e financeira 
➢ Responsabilidade civil objetiva 
Um cuidado que você deve ter é que em muitas questões aparece a ideia de que a 
Administração Direita é formada por órgãos centralizados ao passo que a indireta é formada 
por pessoas jurídicas descentralizadas. O raciocínio não está errado e será detalhado mais a 
frente. 
DESCENTRALIZAÇÃO ADMINISTRATIVA (1) 
A descentralização administrativa ocorre quando o Estado desempenha suas funções por 
intermédio de outras pessoas jurídicas integrantes da Administração Indireta ou mesmo por 
meio de particulares (pessoas físicas ou jurídicas que não integram o conceito de Administração 
Pública). 
 Na descentralização (1) falamos em criação das chamadas entidades administrativas. 
Basicamente estamos nos referindo a criação da Administração Indireta. Os entes da 
Administração Indireta são fruto de descentralização administrativa (1), que ocorre quando os 
entes federados (Estado) realizam a transferência da execução de determinado serviço público 
para outras pessoas jurídicas (que fazem parte da chamada administração indireta. 
Essa descentralização será realizada necessariamente por meio de lei, ou seja, o 
instrumento adequado para que ela ocorra é a lei. 
Outro detalhe que você se lembrar é dos sinônimos. Descentralização por lei é sinônimo 
de descentralização por OUTORGA, ou outorga legal. 
Além disso, a descentralizaçãopor Lei (ou outorga) também pode ser chamada de 
descentralização por Serviços/Técnica/Funcional (S.T.F). 
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Nesse tipo de descentralização ocorre a passagem da titularidade + a execução do 
serviço para a entidade administrativa. 
Via de regra esse serviço será repassado por tempo indeterminado. 
INEXISTÊNCIA DE HIERARQUIA ENTRE AS ADMINISTRAÇÕES – 
CONTROLE FINALÍSITICO 
Existe entre a entidade da Administração Indireta e o ente federado que a criou relação 
de VINCULAÇÃO, isto é, a entidade da Administração Indireta encontra-se vinculada às 
finalidades para a qual foi criada conforme estipulado – em lei – pela Administração Direta. 
Em caso de fuga dessas finalidades, o ente da Direta poderá realizar um controle sobre o 
ente da Indireta, sendo essa relação conhecida como tutela administrativa. A Tutela 
Administrativa justifica o denominado controle finalístico (controle dos fins), também 
conhecido como supervisão ministerial (controle ministerial). 
DESCENTRALIZAÇÃO ADMINISTRATIVA (2) 
A prestação serviço público não é exclusiva da Administração Pública. Sendo assim é 
possível que o Estado (administração direta) transfira a EXECUÇÃO do serviço para 
particulares. 
Somente os entes federados podem transferir a execução do serviço público para 
particulares. Essa transferência receberá o nome de DESCENTRALIZAÇÃO administrativa por 
DELEGAÇÃO ou COLABORAÇÃO. 
Os particulares que podem receber a execução do serviço público são: Concessionárias, 
Permissionárias e Autorizatárias. 
A transferência do serviço se dá por meio de CONTRATO para as concessionárias e 
permissionárias e por meio de ATO ADMINISTRATIVO UNILATERAL para as Autorizatárias. 
Essa descentralização ocorre, via de regra, por tempo indeterminado. 
CENTRALIZAÇÃO ADMINISTRATIVA 
A centralização administrativa ocorre quando o Poder Público (entes da Administração 
Direta) desempenha diretamente suas funções, por meio de seus órgãos e agentes. Dessa forma, 
sempre que um ente federado estiver atuando, diremos que ele está atuando de forma 
centralizada, ou ainda, sempre que um órgão da pertencente a uma pessoa jurídica estiver 
atuando, falaremos que é atuação de órgão centralizado. Exemplo: atuação da Polícia Federal, 
Rodoviária Federal, Receita Federal, Tribunais Regionais Federais – todos são órgãos da União. 
Outra forma de tratar a descentralização é a ocorrência da retomada de um serviço 
anteriormente repassado. Exemplo, a administração direta retoma a prestação de um 
determinado serviço que foi anteriormente repassado para um particular. 
Na passagem do serviço ocorreu descentralização por delegação, na retomada do serviço 
ocorreu o caminho inverso – centralização. O mesmo raciocínio aplica-se no caso da retomada 
de serviço repassado para a administração indireta. 
DESCENTRALIZAÇÃO ADMINISTRATIVA – RESUMO (1) E (2). 
Quando feita para a Administração Indireta, temos a descentralização por serviços 
(também chamada de descentralização por outorga legal, técnica ou funcional), sendo 
transferida, nessa hipótese, tanto a execução dos serviços públicos como também a sua 
titularidade. A descentralização por serviços é feita por meio de lei (a lei que cria a autarquia 
ou que autoriza a criação da fundação pública, da empresa pública ou da sociedade de economia 
mista). 
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Ao descentralizar para um particular (concessionários, permissionários e autorizatários 
de serviços públicos), temos a transferência apenas da execução dos serviços públicos, 
permanecendo a titularidade de tal serviço com a Administração Pública. Nesses casos, temos 
a descentralização por delegação (ou por colaboração). A descentralização por delegação será 
realizada por meio de um contrato administrativo ou de um ato administrativo. 
Na descentralização não existe subordinação ou hierarquia. O ente da Indireta fica 
vinculado aos fins para os quais foi criada em relação à pessoa jurídica da Administração Direta 
que a criou. Temos nesse caso a chamada tutela administrativa (também conhecida como 
controle finalístico ou supervisão ministerial ou secretarial). Já em relação ao particular, a 
Administração irá apenas fiscalizar a execução desses serviços, mas também sem vínculo de 
natureza hierárquica. 
DESCONCENTRAÇÃO ADMINISTRATIVA 
A desconcentração administrativa é a técnica de distribuição interna das competências 
de uma pessoa jurídica da Administração Pública, de forma a tornar mais ágil e eficiente a 
prestação de seus serviços. Assim, a desconcentração administrativa nada mais é do que a 
criação de órgãos públicos, que pode ocorrer tanto no âmbito da Administração Direta quanto 
da Indireta. Na desconcentração administrativa não temos a criação de uma nova pessoa 
jurídica, mas apenas uma divisão interna das competências da mesma pessoa jurídica que está 
a criar tal órgão. Na desconcentração administrativa nos deparamos com uma relação de 
subordinação hierárquica. 
CONCENTRAÇÃO 
A concentração administrativa ocorre quando um órgão público é extinto, de modo que a 
competência retorne para o centro de origem. Também podemos considerar como 
concentração a fusão de dois órgãos públicos, que se unem para formar um órgão novo. 
 
 
EXERCÍCIOS 
1. Considerando as fontes do direito administrativo como sendo aquelas regras ou aqueles 
comportamentos que provocam o surgimento de uma norma posta, assinale a opção 
correta. 
a) A lei é uma fonte primária e deve ser considerada em seu sentido amplo para abranger 
inclusive os regulamentos administrativos. 
b) O acordo é uma importante fonte do direito administrativo por ser forma de 
regulamentar a convivência mediante a harmonização de pensamentos. 
c) Os costumes, pela falta de norma escrita, não podem ser considerados como fonte do 
direito administrativo. 
d) A jurisprudência é compreendida como sendo aquela emanada por estudiosos ao 
publicarem suas pesquisas acerca de determinada questão jurídica. 
e) Uma doutrina se consolida com reiteradas decisões judiciais sobre o mesmo tema. 
 
2. Considerada fonte secundária do direito administrativo, a jurisprudência não tem força 
de uma norma criada pelo legislador, salvo no caso de súmula vinculante, cujo 
cumprimento é obrigatório pela administração pública. 
Certo ( ) Errado ( ) 
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3. As decisões judiciais com efeitos vinculantes são consideradas fontes secundárias de 
direito administrativo, e não fontes principais. 
Certo ( ) Errado ( ) 
4. A divisão de poderes no Estado, segundo a clássica teoria de Montesquieu, é adotada pelo 
ordenamento jurídico brasileiro, com divisão absoluta de funções. 
Certo ( ) Errado ( ) 
5. Segundo o delineamento constitucional, os poderes do Estado são independentes e 
harmônicos entre si e suas funções são reciprocamente indelegáveis. 
Certo ( ) Errado ( ) 
6. O modelo federativo de Estado adotado pelo Brasil se embasa na descentralização 
política e na soberania dos estados-membros, que possuem competência para se auto-
organizarem por meio das constituições estaduais. 
Certo ( ) Errado ( ) 
7. Os órgãos administrativos são pessoas jurídicas de direito público que compõem tanto a 
administração pública direta quanto a indireta. 
Certo ( ) Errado ( ) 
8. A atuação do órgão público é imputada à pessoa jurídica a que ele pertence. 
Certo ( ) Errado ( ) 
9. De acordo com a teoria da imputação, atualmente adotada no ordenamento jurídico 
brasileiro, a manifestação de vontade de pessoa jurídica dá-se por meio dos órgãos 
públicos, ou seja, conforme essa teoria, quando o agente do órgão manifesta sua vontade, 
a atuação é atribuída ao Estado. 
Certo ( ) Errado ( ) 
10. Administração direta remete à ideia de administração centralizada, ao passo queadministração indireta se relaciona à noção de administração descentralizada. 
Certo ( ) Errado ( ) 
11. Os municípios, assim como os estados-membros, poderão ter sua administração indireta, 
em razão da autonomia a eles conferida pela CF. 
Certo ( ) Errado ( ) 
12. A criação de uma sociedade de economia mista por uma unidade da Federação é exemplo 
de descentralização por serviços. 
Certo ( ) Errado ( ) 
13. Considere que um estado crie, por meio de lei, uma nova entidade que receba a 
titularidade e o poder de execução de ações de saneamento público. Nessa situação, 
configura-se a descentralização administrativa efetivada por meio de outorga. 
Certo ( ) Errado ( ) 
14. A transferência pelo poder público, por meio de contrato ou ato administrativo unilateral, 
apenas da execução de determinado serviço público a pessoa jurídica de direito privado 
corresponde à descentralização por serviços, também denominada descentralização 
técnica. 
Certo ( ) Errado ( ) 
15. Verifica-se a existência de hierarquia administrativa entre as entidades da administração 
indireta e os entes federativos que as instituíram ou autorizaram a sua criação. 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
 
 
 
 
 
 
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GABARITO
1. A 
2. C 
3. E 
4. E 
5. C 
6. E 
7. E 
8. C 
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10. C 
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14. E 
15. E 
 
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