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“NÍVEIS DE BIOSSEGURANÇA EM LABORATÓRIOS” Relembrando conceitos... •O que definirá os níveis de biossegurança de um laboratório?? •O que definirá os riscos de cada laboratório? Classes de Risco • A classificação de risco de um determinado microrganismo patogênico baseia-se em diversos critérios que orientam a avaliação de risco e está, principalmente orientada pelo potencial de risco que oferece ao indivíduo, à comunidade e ao meio ambiente. • Cada país adota uma classificação, onde os microrganismos exóticos sofrem um controle rigoroso das autoridades de saúde pública. Classes de Risco • Instrução Normativa nº 7, de julho de 1997 Estabelece normas para o trabalho em contenção com organismos geneticamente modificados Apresenta, em seu anexo, a classificação de agentes etiológicos humanos e animais com base no risco apresentado. Esta instrução agrupa os microrganismos em classes de 1 a 4, sendo a classe 1 a de menor risco e a classe 4 a de maior risco. Classe 1 Classe 2 Classe 3 Classe 4 Classe 1 • Baixo risco individual e para a comunidade: • Inclui os agentes biológicos conhecidos por não causarem doenças no homem ou nos animais adultos sadios. • Exemplos: Lactobacillus spp. e Bacillus subtilis. O Bacillus subtilis é uma espécie de bactéria gram-positiva que é uma saprófita comum do solo e da água. Organismo esporulado, não patogênico, graças à sua termofilia é utilizado no monitoramento e validação de ciclos de esterilização por calor seco e óxido de etileno, realizados em estufas ou fornos de esterilização. Classe 2 • O risco individual é moderado e para a comunidade é baixo. São microrganismos que podem provocar infecções, porém, dispõe-se de medidas terapêuticas e profiláticas eficientes, sendo o risco de propagação limitado. Exemplos: Vírus da Rubéola e Schistosoma mansoni. Classe 3 • O risco individual é alto e para a comunidade é moderado. • Inclui os agentes biológicos que possuem capacidade de transmissão, em especial por via respiratória, e que causam doenças em humanos ou animais potencialmente letais, para as quais existem usualmente medidas profiláticas e terapêuticas. Representam risco se disseminados na comunidade e no meio ambiente, podendo se propagar de pessoa a pessoa • Exemplos: Bacillus anthracis e Vírus da • Imunodeficiência Humana (HIV). • A bactéria produz endósporos que repousam no solo e podem permanecer décadas no estado dormente. Classe 4 (alto risco individual e para a comunidade) • Inclui os agentes biológicos com grande poder de transmissibilidade, em especial por via respiratória, ou de transmissão desconhecida. Até o momento, não há nenhuma medida profilática ou terapêutica eficaz contra infecções ocasionadas por estes. Causam doenças humanas e animais de alta gravidade, com alta capacidade de disseminação na comunidade e no meio ambiente. Esta classe inclui principalmente vírus. • Exemplos: vírus Ebola e vírus da varíola. Vírus do Ebola Transmissão: Morcego MÉDICOS SEM FRONTEIRAS •Como trabalhar com eles?? Microorganismos Importância da pesquisa e trabalho Níveis de Biossegurança: Conceito • Para manipulação dos microrganismos pertencentes a cada uma das quatro classes de risco devem ser atendidos alguns requisitos de segurança, conforme o nível de contenção necessário. • Estes níveis de contenção são denominados de Níveis de Biossegurança http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/lab_virtual/classificacao_de_riscos.html • É o nível de contenção laboratorial que se aplica aos laboratórios de ensino básico, onde são manipulados os microrganismos pertencentes a classe de risco 1. • Não é requerida nenhuma característica de desenho, além de um bom planejamento espacial e funcional e a adoção de boas práticas laboratoriais. NB1 NB1 • O laboratório não está separado das demais dependências da edificação. • O trabalho é conduzido, em geral, em bancada, com adoção das boas práticas laboratoriais (BPL). • O pessoal do laboratório deve ter treinamento específico nos procedimentos realizados no laboratório e devem ser supervisionados por um profissional treinado em Biossegurança e com conhecimentos específicos da área. • Equipamento de Segurança (Barreiras Primárias) • 1. Os equipamentos especiais de contenção, tais como as cabines de segurança biológica, não são geralmente exigidas para manipulações de agentes de classe de risco 1. • 2. Uso de jalecos, aventais ou uniformes próprios, para evitarem a contaminação ou sujeira de suas roupas normais. • 3. Recomenda-se o uso de luvas para os casos de rachaduras ou ferimentos na pele das mãos. • 4. Óculos protetores deverão ser usados na execução de procedimentos que produzam borrifos ou salpicos. • Diz respeito ao laboratório em contenção, onde são manipulados microrganismos da classe de risco 2. • Se aplica aos laboratórios clínicos ou hospitalares de níveis primários de diagnóstico, sendo necessário, além da adoção das boas práticas, o uso de barreiras físicas primárias (cabine de segurança biológica e equipamentos de proteção individual) e secundárias (desenho e organização do laboratório). NB2 Práticas especiais • O acesso ao laboratório deverá ser limitado ou restrito de acordo com a definição do chefe do laboratório, quando o trabalho com agentes infecciosos estiver sendo realizado. Em geral, pessoas susceptíveis às infecções, ou pessoas que quando infectadas possam apresentar sérias complicações, não são permitidas no laboratório. Práticas especiais • O símbolo de "Risco Biológico" deve ser colocado na entrada do laboratório onde agentes etiológicos estiverem sendo utilizados. Este sinal de alerta deverá conter informações como o(s) nome(s) o(s) agente(s) manipulado(s), o nível de Biossegurança, as imunizações necessárias, o nome e número do telefone do pesquisador responsável, o tipo de equipamento de proteção individual que deve ser usado no laboratório e os procedimentos necessários para sair do laboratório. Equipamento de Segurança (Barreira Primária) • Usar cabines de segurança biológica, de preferência de Classe II, ou outro equipamento de proteção individual adequado ou dispositivos de contenção física sempre que sejam realizados procedimentos com elevado potencial de criação de aerossóis ou borrifos infecciosos Instalações Laboratoriais (Barreiras Secundárias) É exigido um sistema de portas com trancas. Considere a construção de novos laboratórios longe de área públicas. O laboratório deve possuir uma pia para a lavagem das mãos, próximo à saída do mesmo. É recomendado a utilização de torneiras com acionamento automático (células fotoelétricas) ou que sejam acionadas com o pé. O laboratório deve ser projetado de modo a permitir fácil limpeza e descontaminação. Carpetes e tapetes não são apropriados para laboratório. Um lava olhos deve estar disponível. • É destinado ao trabalho com microrganismos da classe de risco 3 ou para manipulação de grandes volumes e altas concentrações de microrganismos da classe de risco 2. • Para este nível de contenção são requeridos além dos itens referidos no nível 2, desenho e construção laboratoriais especiais. • Deve ser mantido controle rígido quanto a operação, inspeção e manutenção das instalações e equipamentos e o pessoal técnico deve receber treinamento específico sobre procedimentos de segurança para a manipulação destes microrganismos. NB3 Cientista trabalhando no laboratório de segurança máxima NB-3 do Instituto de Biologia da USP. • É conhecido como laboratório de contenção máxima, destina-se a manipulação de microrganismos da classe de risco 4, onde há o mais alto nível de contenção, além de representar uma unidade geográfica e funcionalmente independente de outras áreas. • Esses laboratórios requerem, além dos requisitos físicos e operacionais dos níveisde contenção 1, 2 e 3, barreiras de contenção (instalações, desenho equipamentos de proteção) e procedimentos especiais de segurança. NB4 Práticas especiais • Ventilação especial- filtro de ar • Todas as janelas devem ser seladas. • Um chuveiro químico para descontaminação da superfície da roupa antes que o trabalhador saia da área deve ser instalado. • Um gerador de luz, automaticamente acionado em casos de emergência, • Tratamento de água entes de ser enviado para meio ambiente Práticas especiais • Somente as pessoas envolvidas na programação e no suporte ao programa a ser desenvolvido e cujas presenças forem solicitadas no local ou nas salas do laboratório devem ter permissão para entrada no local. • O chefe do laboratório deverá ter a responsabilidade final no controle do acesso. • Deve haver registro de entrada e de saída de pessoal. • O chefe do laboratório deve ser o responsável por assegurar que, antes de iniciar o trabalho com microrganismos pertencentes à classe de risco 4, toda a equipe demonstre uma alta competência em relação às práticas e técnicas de segurança e em práticas e operações especiais específicas para a execução das atividades do laboratório. Isto poderá incluir uma experiência anterior no manuseio de patógenos humanos ou culturas de células, ou um treinamento específico fornecido pela chefia do laboratório ou por outro perito com experiência nestas técnicas e práticas microbiológicas singulares. • O pessoal do laboratório deve ser apropriadamente imunizado e examinado periodicamente. • Amostras sorológicas de toda a equipe do laboratório e de outras pessoas expostas a um elevado risco deverão ser coletadas e armazenadas. Amostras sorológicas adicionais devem ser periodicamente coletadas, dependendo dos agentes manipulados ou do funcionamento do laboratório. http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/lab_virtual/classificacao_de_riscos.html Estratégia obrigatória em todos os níveis Próxima aula -Jaleco -Oficina lavagem das mãos
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