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Formação de 
Mediadores de Educação 
para Patrimônio
Graciele Siqueira 
e Adson Rodrigo S. Pinheiro
Instrumentos 
possíveis 
para uma intervenção 
nas cidades - Parte II
para Patrimônio
SUMÁRIO
1. Recordando ...........................................................................................179
2. Linha do tempo patrimonial? ............................................................180
3. Explorando novas possibilidades de pensar o Patrimônio ......... 184
4. Guia prático do Patrimônio ................................................................186
5. Já está chegando a hora de ir ............................................................190
Referências ................................................................................................191
1.
RECORDANDO...
iversos são os modos de 
habitar e viver as cida-
des, mas quando o que 
nos move é a perspecti-
va patrimonial, temos 
um olhar especial para os 
bens culturais que nela 
se encontram, dos quais 
fazemos parte e que vão 
nos formando identita-
riamente, como referências à nossa expe-
riência e às memórias que construímos. 
Na trajetória do patrimônio cultural bra-
sileiro, algumas cidades foram reconhecidas 
como sítios históricos ou algumas edifi ca-
ções foram escolhidas como bens 
patrimoniais e ganharam 
proteção ofi cial imediata, 
garantidas por força da lei. 
Muito se fez além do tom-
bamento de bens materiais
e do registro dos bens imate-
riais. Outras ações, sobretudo no 
campo da educação patrimonial, fo-
ram necessárias para que esses instru-
mentos de preservação se efetivassem. 
As fundação do Iphan, a criação de 
legislação especifi ca, as políticas cultu-
rais pelo país afora, a recente criação do 
Ibram, o desenvolvimento de disciplinas 
e áreas profi ssionais – como a Museolo-
gia –, além de ações da sociedade civil e 
iniciativas como nosso curso Formação 
de Mediadores de Educação para Patrimô-
nio, em EaD, que nessa primeira edição 
conquistou milhares de inscritos no país 
inteiro, compõem uma trajetória patri-
se encontram, dos quais 
fazemos parte e que vão 
nos formando identita-
, como referências à nossa expe-
riência e às memórias que construímos. 
Na trajetória do patrimônio cultural bra-
sileiro, algumas cidades foram reconhecidas 
como sítios históricos ou algumas edifi ca-
ções foram escolhidas como bens 
tom-
bamento de bens materiais
registro dos bens imate-
. Outras ações, sobretudo no 
campo da educação patrimonial, fo-
ram necessárias para que esses instru-
mentos de preservação se efetivassem. 
As fundação do Iphan, a criação de 
legislação especifi ca, as políticas cultu-
rais pelo país afora, a recente criação do 
Ibram, o desenvolvimento de disciplinas 
e áreas profi ssionais – como a Museolo-
gia –, além de ações da sociedade civil e 
iniciativas como nosso curso Formação 
de Mediadores de Educação para Patrimô-
, em EaD, que nessa primeira edição 
conquistou milhares de inscritos no país 
inteiro, compõem uma trajetória patri-
monial que precisa ser vista, compreen-
dida e continuada por nós e pelos que 
virão adiante, como aqueles que terão 
mediadores tão especiais como você.
E por falar em nosso curso, depois de 
percorrer, nos módulos anteriores, a tra-
jetória do patrimônio cultural brasileiro, 
agora você poderá revê-la a partir de uma 
linha do tempo. Assim, poderá fazer uma 
revisão panorâmica da trajetória deste cur-
so, revisitando alguns temas abordados. 
Ao fi nal desse percurso, proporemos 
algumas atividades que podem ser rea-
lizadas individualmente ou em grupo e 
ofereceremos dicas de páginas eletrôni-
cas, redes sociais, projetos comunitários, 
fi lmes brasileiros ou estrangeiros sobre 
patrimônio cultural. 
Assente-se, jovem educador(a), e va-
mos embarcar nessa viagem que está ape-
nas começando...
Formação de Mediadores de Educação para Patrimônio 179
2.
LINHA DO TEMPO 
PATRIMONIAL 
ós já vimos que a história do patrimônio 
foi construída a partir de importantes 
marcos políticos, sociais, econômicos e 
culturais da nossa sociedade. Tanto os 
agentes civis, quanto as instituições e os 
agentes públicos aos poucos se cruzaram 
e encontraram caminhos comuns que re-
sultaram em conceitos, diretrizes e ações 
incorporadas ao longo do tempo. Perceba: 
1934 
Criação da 
Inspetoria de 
Monumentos 
Nacionais (IMN) 
Sediada no Museu 
Histórico Nacional, 
a IMN foi criada a 
partir do Decreto nº 
24.735/34. À frente da 
Inspetoria, o cearense 
Gustavo Barroso
(1888-1959). Funcionou 
até 1937, quando o 
Sphan é criado.
(1948)
Criação do 
Conselho 
Internacional de 
Museus/seção 
Brasil (Icom Brasil)
O Icom Brasil passou 
a ter assento em 
diferentes foros e 
conselhos nacionais 
ligados à preservação 
e à promoção 
do patrimônio
brasileiro. 
(1936) 
Elaboração 
do Anteprojeto 
do Serviço 
do Patrimônio 
Histórico 
e Artístico 
Nacional
(Sphan)
Redigido pelo escritor 
e pesquisador 
paulistano Mário de 
Andrade (1893-1945), 
a pedido de Gustavo 
Capanema, ministro 
da Educação e Saúde 
do governo Getúlio 
Vargas, o anteprojeto 
apresentava uma 
perspectiva ampla da 
noção de patrimônio, 
incluindo a produção 
da cultural popular, 
a promoção de 
ações educativas 
em museus e a 
participação da 
comunidade na 
preservação dos bens 
patrimoniais.
(1937) 
A fundação 
do Serviço do 
Patrimônio 
Histórico e 
Artístico Nacional 
(Sphan)
O Decreto-Lei n.º 
25/37, assinado 
pelo presidente 
Getúlio Vargas, cria 
o Sphan e, com ele, 
o tombamento, 
instrumento de 
proteção dos bens 
materiais vinculados 
às elites nacionais. 
Nesse sentido, o 
Decreto acabou se 
distanciando do 
anteprojeto de Mário 
de Andrade. 
(1938) 
Tombamento 
do Centro 
Histórico de Ouro 
Preto (MG)
Tido como o “cartão-
postal” do patrimônio 
brasileiro, o local já 
havia sido declarado 
Monumento 
Nacional, desde 1933. 
(1946)
Criação do 
International 
Council of 
Museums (Icom)
O Icom é uma 
organização não-
governamental que 
mantém relações 
formais com a Unesco. 
Destaque para o 
Comitê Internacional 
para a Educação 
e Ação Cultural 
(Ceca). 
(1958) 
Promoção 
do Seminário 
Regional 
da Unesco
Realizado no Museu 
de Arte Moderna 
(MAM) do Rio de 
Janeiro. Teve como 
fi nalidade discutir a 
função educativa dos 
museus, com ênfase 
nos serviços para a 
educação escolar. 
SAIBA 
MAIS
As Casas do Patrimônio são 
espaços de interlocução do Iphan 
com as comunidades, promovendo 
ações educativas que visam 
fomentar e favorecer a construção 
do conhecimento e a participação 
social para o aperfeiçoamento da 
gestão, proteção, salvaguarda, 
valorização e usufruto do 
patrimônio cultural.
180 FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE
(1975)
Fundação do 
Centro Nacional 
de Referência 
Cultural (CNRC)
Um grupo de 
intelectuais, sob o 
comando do designer 
pernambucano 
Aloísio Magalhães 
(1927-1982), 
promoveu a 
atualização da 
discussão sobre 
o sentido da 
preservação e 
da ampliação da 
concepção de 
patrimônio.
(1980) 
O Centro Histórico 
de Ouro Preto 
(MG) torna-se 
Patrimônio 
Mundial. 
Declarado pela 
Unesco, o primeiro 
bem cultural 
brasileiro inscrito na 
Lista do Patrimônio 
Mundial.
(1981 – 1986)
Realização do 
Projeto Interação
A Secretaria de 
Cultura do MEC 
(Ministério da Cultura) 
propõe, por meio 
desse projeto, a 
aproximação da 
educação básica
com os diferentes 
contextos culturais 
existentes no país, 
indicando que 
cultura e educação 
são esferas 
interconectadas.
(1987) 
Criação 
do Prêmio 
Rodrigo Melo 
Franco 
de Andrade
O nome do Prêmio 
é uma homenagem 
ao advogado, 
jornalista e escritor 
mineiro Rodrigo 
Melo Franco de 
Andrade (1898-1969), 
membro do grupo 
dos modernistas e 
primeiro presidente 
do Sphan, de 1937 
a 1967. A premiação 
reconhece ações 
de preservação 
do patrimônio 
cultural brasileiro 
que, em razão da 
sua originalidade, 
mereçam divulgação 
e reconhecimento 
público. Promovido 
pelo Iphan, é realizadaanualmente, via 
edital, com criteriosa 
seleção. É concedido a 
empresas, instituições 
e cidadãos de todo o 
Brasil, contribuindo 
para apresentar 
a diversidade e a 
riqueza do patrimônio 
cultural nacional.
(1988) 
Promulgação 
da Constituição 
da República 
Federativa 
do Brasil
Aprovada pela 
Assembleia Nacional 
Constituinte, é 
referida como 
“Constituição 
Cidadã”. Trouxe em 
seu texto o conceito 
de patrimônio 
cultural, em seus 
artigos 215 e 216. 
SE
LIGA!
O período de 1937 a 1967 é cha-
mado de Fase Heroica do Patri-
mônio, pois se fez o salvamento 
necessário da “pedra e cal”. 
As principais frentes de 
“ação educativa” eram dadas 
pelo incentivo às publicações, 
como a Revista do Iphan, 
e o tombamento de exemplares 
da arquitetura civil, religiosa, 
militar e vernacular, sobretudo 
do período colonial.
(1997) 
Organização 
do Seminário 
Internacional 
Patrimônio 
Imaterial:
estratégias 
e formas 
de proteção
O Seminário teve 
sede em Fortaleza, 
no Ceará, durante a 
comemoração dos 
60 anos do Iphan. 
Como resultado dos 
debates, apresentou 
o documento 
conhecido como Carta 
de Fortaleza, que 
previu a criação do 
GT e da Comissão do 
Patrimônio Imaterial, 
instâncias que 
passaram a indicar
 os instrumentos legais 
de preservação
 para os bens 
imateriais no Brasil.
Patrimônio Imaterial
instâncias que 
passaram a indicar
 os instrumentos legais 
de preservação
 para os bens 
imateriais no Brasil.
Formação de Mediadores de Educação para Patrimônio 181
(1999) 
Publicação 
do Guia Básico 
de Educação 
Patrimonial
Tornou-se uma 
referência nos trabalhos 
que envolvem ações 
educativas sobre as 
questões patrimoniais. 
O livro apresenta 
fundamentação 
teórica voltada para 
a salvaguarda do 
patrimônio cultural por 
meio de experiências e 
projetos desenvolvidos 
pelo Iphan. Esse 
material encontra-
se disponível aos 
interessados no site do 
Iphan. Acesse: http://
portal.iphan.gov.br/
uploads/temp/guia_
educacao_patrimonial.
pdf.pdf 
 (2000)
Publicação 
do Decreto nº 
3.551/00: Registro 
do Patrimônio 
Imaterial
O Decreto instituiu 
o Registro de 
Bens Culturais de 
Natureza Imaterial
que constituem 
Patrimônio Cultural 
Brasileiro e cria o 
Programa Nacional 
do Patrimônio 
Imaterial
(PNPI). 
(2002) 
Primeiro bem 
inscrito no Livro 
de Registro 
das Formas de 
Expressão
Trata-se do registro 
da Pintura Corporal 
e Arte Gráfi ca (Arte 
Kusiwa) da etnia 
Wajãpi, no Amapá. 
No ano seguinte, 
esse bem recebeu 
da Unesco o título 
de Patrimônio 
Cultural Imaterial da 
Humanidade. A Arte 
Kusiwa é um sistema 
de representação 
gráfi co próprio dos 
povos indígenas 
Wajãpi, que sintetiza 
seu modo particular 
de conhecer, 
conceber e agir sobre 
o universo. 
(2003)
Criação da 
Política Nacional 
de Museus (PNM) 
Lançada pelo 
Ministério da 
Cultura, em meio às 
comemorações do 
Dia Internacional 
de Museus. Os 
documentos básicos, 
após debate com 
a comunidade 
museológica, 
culminaram 
no lançamento 
do caderno 
Política Nacional de 
Museus: memória 
e cidadania. 
(2003) 
Fundação da Rede 
de Educadores 
de Museus 
do Rio de Janeiro 
(REM RJ)
Outras Redes de 
Educadores em 
Museus surgiram 
em diversos estados 
brasileiros, se 
inspirando na REM 
do Rio de Janeiro, 
que organizou 
encontros nacionais 
entre educadores e 
outros profi ssionais 
de museus para 
promover esses 
coletivos.
(2004)
 Criação da 
Gerência de 
Educação 
Patrimonial e 
Projetos (Geduc)
Primeira instância 
da área central do 
Iphan voltada para a 
Educação Patrimonial. 
Para consolidá-la, 
foi realizada a I 
Reunião Técnica, em 
Pirenópolis (GO). 
Desde 2009, funciona 
como Coordenação 
de Educação 
Patrimonial 
(Ceduc), vinculada 
ao Departamento de 
Articulação e Fomento 
(DAF/Iphan). 
(2005) 
Organização 
do I Encontro 
Nacional 
de Educação 
Patrimonial 
(Enep)
Reunião para 
discussão e 
proposição de 
parâmetros nacionais 
para ações de 
Educação Patrimonial 
do Iphan nas escolas, 
museus e outros 
espaços sociais, 
realizado na cidade 
de São Cristóvão, 
Sergipe, no Convento 
de São Francisco. 
Saiba mais sobre essa 
ação: http://portal.
iphan.gov.br/uploads/
ckfi nder/arquivos/I_
encontro_nacional_de_
educ_patrimonial.pdf
(2005)
 Fundação 
do Programa 
de Especialização 
em Patrimônio 
(PEP Iphan/Unesco)
Propõe uma formação 
interdisciplinar 
para a gestão do 
patrimônio cultural 
brasileiro, voltado aos 
jovens profi ssionais 
recém-graduados. 
São selecionados 
profi ssionais de todas 
as regiões do Brasil 
que, durante dois 
anos, desenvolvem 
pesquisa e 
trabalhos junto às 
Superintendências 
do órgão nos 
estados. Desde 
2010, o PEP tornou-
se um mestrado 
profissional em 
preservação do 
patrimônio cultural.
(2008) 
Organização 
da Oficina de 
Capacitação 
em Educação 
Patrimonial 
e Fomento a 
Projetos Culturais
Primeira realização da 
política de educação 
patrimonial do 
Iphan nas Casas do 
Patrimônio, quando 
as diretrizes gerais 
desses espaços 
foram debatidas e 
consolidadas em 
âmbito coletivo.
(2008) 
Criação do Prêmio 
Darcy Ribeiro 
para Ações 
Educativas em 
Museus
O Prêmio tem como 
objetivo identifi car 
e estimular os 
movimentos e as 
práticas educacionais 
dos museus.
(2009)
 I Seminário 
de Avaliação e 
Planejamento 
das Casas do 
Patrimônio
Realizado em Nova 
Olinda (CE), na 
Fundação Casa 
Grande, a ação 
tinha como objetivo 
consolidar um campo 
de trabalho para as 
ações educativas 
de preservação do 
patrimônio cultural 
brasileiro.
Criação do Prêmio 
Darcy Ribeiro 
para Ações 
Educativas em 
Museus
O Prêmio tem como 
objetivo identifi car 
e estimular os 
movimentos e as 
práticas educacionais 
dos museus.
182 FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE
Hora de Praticar!
Que tal, a partir desse exemplo, criar 
duas linhas do tempo pessoais? 
Sugerimos duas propostas:
1. Escolha uma pessoa. 
Pode ser um amigo, um 
familiar ou alguém com 
destaque na sua comunidade 
(cuidado: esse destaque não 
necessariamente implica 
riqueza!). Faça uma árvore 
genealógica/patrimonial, 
pontuando os momentos 
mais signifi cativos desta 
trajetória de vida (atenção: 
tente não impor a sua visão 
ou experiência pessoal).
Lembre-se que patrimônio, 
na origem da palavra, tem o 
sentido de “herança, legado 
familiar”. Nesse sentido, 
pense nas seguintes questões 
durante a construção dessa 
árvore: Quais os aprendizados 
dessa pessoa e de quem ela os 
herdou? Como ela os preserva?
2. Escolha um bem cultural (ma-
terial ou imaterial) da sua famí-
lia, da sua comunidade ou da 
sua cidade e monte uma linha 
do tempo. Faça isso no forma-
to de um painel, imaginando 
que você possa apresentá-lo a 
outras pessoas e solicitar delas 
a colaboração na construção 
dessa linha do tempo, acres-
centando outras informações. 
Assim, você conhecerá o seu 
patrimônio cultural e teremos 
uma linha do tempo coletiva. 
Mãos à obra!
PARA OS
CURIOSOS
(2009) 
Fundação 
do Instituto 
Brasileiro de 
Museus (Ibram) 
Autarquia federal 
dotada de 
personalidade jurídica 
de direito público 
com autonomia 
administrativa e 
fi nanceira, vinculada 
à Secretaria Nacional 
de Cultura, com sede e 
foro na capital federal. 
Tem o papel de pensar 
e gerenciar políticas 
públicas para 
o campo museal
 no Brasil.
(2011)
II Encontro 
Nacional 
de Educação 
Patrimonial 
(II Enep)
Reunião para pactuar 
as diretrizes no 
campo de Educação 
Patrimonial e 
fortalecer a rede 
de instituições e de 
profi ssionais atuantes 
na área educacional. 
Parceria entre o 
MEC (Ministério da 
Educação) e Iphan, 
para que o tema 
Educação Patrimonial 
integrasse o 
macrocampo Cultura
e Artes do Programa 
Mais Educação, de 
Educação Integral.
(2013) 
Encontro ProExt 
– Extensão 
Universitária 
na Preservação 
do Patrimônio 
Cultural
Uma política conjunta 
entre MEC e MinC, 
aconteceu em Ouro 
Preto (MG). 
(2013) 
23ª Conferência 
Geral do Icom
Realizada no Rio de 
Janeiro,com o tema 
Museus (memória 
+ criatividade) = 
mudança social.
(2016)
Publicação 
das Diretrizes 
de Educação 
Patrimonial no 
âmbito do Iphan 
e das Casas do 
Patrimônio
A Portaria nº 137, 
de 28 de abril, do 
Iphan e das Casas 
do Patrimônio, 
tem o objetivo de 
organizar o conjunto 
de marcos referenciais 
para a educação 
patrimonial como 
prática transversal 
aos processos 
de preservação 
e valorização do 
patrimônio cultural. 
(2017)
Seminário de 
Fortaleza: Desafios 
para o Fortalecimento 
da Salvaguarda do 
Patrimônio Cultural 
Imaterial do Brasil. 
Realizado na cidade de 
Fortaleza, entre os dias 8 e 11 
de novembro, o Seminário 
revisitou a trajetória da 
elaboração e os caminhos da 
implementação da Política de 
Salvaguarda do Patrimônio 
Imaterial do Brasil (lembra-se 
que falamos sobre a Carta de 
Fortaleza, há pouco?), bem 
como refl etiu sobre os avanços 
e futuro dessa política. Também 
aconteceu nesse evento a 
reunião do Centro Regional para 
Salvaguarda do Patrimônio 
Cultural Imaterial da América 
Latina (Crespial), da Unesco. 
(2017)
Construção da 
Política Nacional 
de Educação 
Museal (Pnem)
A Pnem reúne 
princípios, diretrizes 
e objetivos que 
foram defi nidos e 
construídos de forma 
coletiva, colaborando 
para a instituição da 
Portaria nº 422/17 do 
Ibram, e integrando 
o Caderno da PNEM, 
publicação que 
apresenta um breve 
histórico da educação 
museal no país, uma 
síntese de como 
ocorreu o processo 
de construção 
participativa da Pnem 
e conceitos-chave 
que devem conduzir o 
trabalho nesta área.
Formação de Mediadores de Educação para Patrimônio 183
3.
EXPLORANDO 
NOVAS 
POSSIBILIDADES 
DE PENSAR O 
PATRIMÔNIO
patrimônio cultural, como 
observamos ao longo do 
curso, é objeto de diver-
sos olhares: professores e 
alunos de todos os níveis 
educativos; profissionais
(designers, museólogos, 
bibliotecários, antropólo-
gos, historiadores, arqueó-
logos etc); instituições culturais das mais 
variadas; investigadores de programas de 
pós-graduação; pessoas que moram em 
bens tombados ou no entorno deles; co-
munidades que intervêm para que algum 
lugar não seja apagado da memória citadi-
na ou que criam ferramentas autossusten-
táveis para o seu reconhecimento; espaços 
físicos ou virtuais criados para evidenciar 
memórias; indivíduos que se reúnem e 
passam o ano inteiro preparando uma fes-
ta cuja “construção” lhes foi repassada por 
gerações anteriores; filhos que continuam 
o que os familiares mais velhos deixaram 
como saberes e ofícios etc.
Diante de tantos agentes, não podemos 
pensar uma educação patrimonial ou edu-
cação para o patrimônio reduzida apenas 
em um saber ou tão somente por uma 
única via de produção de conhecimento, 
privilegiando apenas um campo ou uma 
área que se quer legitimar como lugar de 
onde fala o “profi ssional do patrimônio”. 
Portanto, não é possível pensar sobre 
a história de uma cidade restrita ape-
nas aos chamados “centros históricos” 
ou aos museus. Essa visão é, no mínimo, 
equivocada, se partirmos de um conceito 
de patrimônio cultural mais abrangente 
e contemporâneo, que permite entender 
os bens patrimoniais ligados aos mais 
184 FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE
diversos territórios, edifi cações, objetos, 
conhecimentos, manifestações e paisa-
gens, a partir da importância que eles têm 
para diferentes segmentos sociais, mesmo 
aqueles mais invisibilizados.
Logo, é importante para qualquer me-
diador(a) de uma educação para o pa-
trimônio refl etir sobre como as pessoas 
usam, vivem, convivem, enfi m, se rela-
cionam com as referências culturais que 
acabam interferindo na construção de 
suas identidades e memórias, individuais 
e coletivas. É a partir dessas questões que 
devemos pensar na construção de instru-
mentos para a intervenção em nossas 
cidades, de forma qualitativa.
A meta é despertar nas pessoas a von-
tade de participar das discussões acerca 
do patrimônio cultural e integrarmos às 
nossas atividades educativas as dimensões 
do viver cotidiano, fugindo não apenas de 
processos de retifi cação de símbolos e sig-
nifi cados externos às nossas comunidades, 
como assumindo o compromisso de cons-
tituir um movimento coletivo e democrá-
tico em torno do pensar o patrimônio.
A produção ativa de saberes pelos de-
tentores e sujeitos das referências cultu-
rais de uma localidade é o mais importan-
te, pois assim é possível reconhecer essas 
referências atreladas aos sentidos da me-
mória social local e suas particularidades 
frente a contextos socioculturais distintos. 
Nesse sentido, devemos pensar ativida-
des que primem pelo autoconhecimento 
comunitário, a partir da produção hori-
zontal (compartilhada) de conhecimentos
pelos diversos grupos sociais na dinâmica 
de habitar a cidade. Nessa dinâmica, não 
se deve refl etir apenas sobre um passado 
distante, mas sobre o tempo presente e o 
devir (vir a ser), para garantirmos a preser-
vação do que elegemos como patrimônio, 
com desenvolvimento sustentável. 
Assim, devemos pensar ações que colo-
quem os membros das comunidades e co-
letivos em um lugar mais privilegiado. Ou 
seja, eles saem da situação de “recebedo-
res” passivos de informações, para a condi-
ção de sujeitos (protagonistas) no mundo. 
É preciso que abandonemos o modelo 
da “educação bancária”, tão criticado por 
Paulo Freire (1970), para outros em que 
o(a) educador(a), educando(a), poder pú-
blico e comunidades participem de forma 
dialógica, articulada e comprometida
para reconhecer e proteger o patrimônio 
cultural das cidades. 
Partindo dessas premissas, poderíamos 
nos perguntar: que ferramentas podemos 
propor para estimular a gestão territorial 
e patrimonial? Ora, muitas delas fazem 
parte do nosso cotidiano, como o uso das 
redes sociais, leitura de blogs e o estímulo 
aos debates suscitados após assistir a boas 
produções audiovisuais. Essas possibili-
dades, claro, não substituem a visita aos 
museus, aos sítios históricos e aos bens 
tombados, ou ainda a vivência das mani-
festações culturais imateriais, mas servem 
para despertar nossa sensibilidade acer-
ca do patrimônio, seja ele já reconhecido e 
consagrado pelas políticas públicas ou não. 
Então, a partir dessas ideias, preste bas-
tante atenção nas dicas a seguir. 
Formação de Mediadores de Educação para Patrimônio 185
4.
GUIA PRÁTICO 
DO PATRIMÔNIO 
or onde começar quando se 
fala em Educação Patrimo-
nial e seus instrumentos de 
aplicação? 
Você entendeu, pelo acom-
panhamento e estudo de nos-
sos módulos, que contamos 
com algumas instituições no 
Brasil responsáveis pelo de-
senvolvimento de políticas públicas para 
fi ns de proteção e salvaguarda do nosso 
patrimônio cultural, não é? Pois vamos 
reforçar o convite para que você conheça 
três páginas eletrônicas produzidas por 
essas instituições, nas quais encontrará le-
gislações, documentos e material comple-
mentar sobre o tema. São elas:
a. Site do Instituto do Patrimônio 
Histórico e Artístico Nacional (Iphan)
Autarquia federal que responde pela 
preservação do patrimônio cultural 
brasileiro. Cabe ao Iphan promover 
os bens culturais do país, asseguran-
do sua permanência e usufruto para 
as gerações presentes e futuras. Você 
encontrará mais de 250 publicações 
indispensáveis para sua biblioteca vir-
tual, entre livros, revistas, cartilhas, 
manual para professores etc. 
SE
LIGA!
Mais viciante do que Whatsapp, 
Instagram, as séries de streamings 
e as novelinhas de TV para você, 
mediador(a) de educação para 
patrimônio, será conhecer a vasta 
bibliografi a à sua disposição 
gratuitamente no Portal do Iphan. 
Você pode fazer download e depois 
imprimir se quiser. E melhor: não 
tem fake news! Todos os autores 
são especialistas reconhecidos pelo 
Iphan. Com essa bagagem, acabou 
o discurso do “acho” ou “parece”, 
tá? Vamos lá! Clique em: portal.
iphan.gov.br/publicacoes/
b. Site do Instituto Brasileiro 
de Museus (Ibram)
Autarquia responsável pela Política Na-
cional de Museus(PNM) e pela melhoria 
dos serviços do setor, como o aumento 
de visitação e arrecadação dos mu-
seus, fomento para a aquisição e pre-
servação de acervos, estímulo as ações 
integradas entre os museus brasileiros 
etc. Possui muitas publicações sobre a 
área museológica também disponíveis 
em PDF. Acesse: museus.gov.br 
c. Site da Política Nacional 
de Educação Museal (Pnem)
Trata-se de orientações dirigidas ao 
campo museal para a realização de 
ações que fortaleçam a promoção de 
práticas educacionais nos museus. No 
site da Pnem encontrará o marco dessa 
política, a partir de documentos, além 
de acessar vários livros, teses e outros si-
tes indicados na plataforma construída. 
Acesse: pnem.museus.gov.br
Recomendamos ainda a navegação pe-
las páginas da Fundação Palmares, Biblio-
teca Nacional, Arquivo Nacional e Funda-
ção Nacional das Artes (Funarte). Só assim 
iremos conhecer um pouco do nosso pa-
trimônio e entender as políticas de estado 
para salvaguardá-lo. Na web, podemos des-
cobrir quais instâncias públicas fi cam res-
ponsáveis pelas políticas e ações em defesa 
do patrimônio em nossa cidade e estado, 
como as secretarias da cultura, da educação 
e/ou do turismo, estaduais e municipais. 
As redes sociais são espaços singulares, 
cotidianos e diversifi cados, capazes de jun-
tar diferentes produções ligadas à memória 
e às identidades. Quem nunca se deparou 
com pessoas no Facebook ou no Instagram
divulgando fotografi as, livros e documen-
tos – antigos e/ou atuais – sobre bairros, 
cidades ou mesmo sobre personalidades e 
grupos sociais brasileiros? Você já pensou 
em propor atividades que promovam algu-
mas refl exões sobre essas páginas? Pensar, 
a partir delas, o que costumamos lembrar 
ou esquecer quando evidenciamos um de-
terminado lugar ou manifestação em detri-
mento de outros? Que discursos patrimo-
niais são mais recorrentes? 
As redes acenam com novas possibili-
dades de entendimento e de informação 
sobre o patrimônio, bem como estimulam 
a nossa interação social. Facebook, Twi-
tter, blogs e outros canais marcam expe-
riências entre o mundo real e o virtual. 
Encontramos pessoas que circulam 
com pensamento e interpretações pareci-
dos e diferentes dos nossos, por meio de 
curtidas, compartilhamentos e comentá-
rios que acabam também julgando e defi -
186 FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE
nindo o que deve ser guardado ou protegi-
do. Por isso, são lugares onde as palavras 
ganham inúmeros sentidos e signifi cados. 
Que tal entrar em algumas páginas e 
conhecer o conteúdo disponibilizado por 
digitais infl uencers? Elencamos algumas.
a. @ClickMuseus: o objetivo desse perfi l 
é aproximar e facilitar a comunicação 
dos museus com as pessoas, abordan-
do o patrimônio de forma transversal, 
além de disseminar a ideia de que mu-
seus são espaços de lazer e entreteni-
mento, não apenas de educação, dando 
dicas para as pessoas aproveitarem e se 
divertirem a cada visita. Esse espaço vir-
tual oferece sugestões de exposições na 
cidade de São Paulo, que somam apro-
ximadamente 130 instituições. 
b. @quantosmuseus: o projeto Quantos 
museus existem na sua cidade? foi cria-
do em 2018, por dois museólogos. Tem 
como missão a divulgação dos museus 
do país, difundindo materiais como ví-
deos e fotos. São priorizados os museus 
que ainda não possuem tanta visibili-
dade, seja por questões geográfi cas ou 
porque não estão no centro das políticas 
de investimento dos poderes públicos. 
c. @patrimonio_cultural: surgiu com a 
ideia de reunir e divulgar informações 
sobre bens culturais tutelados ou não 
pelos órgãos preservacionistas, pre-
sentes em território brasileiro e fora 
dele. O intuito é criar conteúdo desta 
área para atender o interesse de pes-
quisadores do Brasil e do mundo.
d. @museologicas_podcast: é um pro-
grama de extensão construído por 
professores e estudantes do Departa-
mento de Antropologia e Museologia 
e do curso de Bacharelado em Mu-
seologia da Universidade Federal de 
Pernambuco. Os programas gravados 
estão disponível no Spotify, Deezer e 
SoundCloud, trazendo temas contem-
porâneos relacionados à museologia 
e ao patrimônio cultural.
e. @adson_pinheirocultura: produzido 
por um historiador – coautor deste fas-
cículo – com o objetivo de disseminar 
dicas de cursos e eventos acadêmicos 
para as pessoas que o seguem. Além 
disso, todas as quintas-feiras acontecem 
entrevistas com pesquisadores, gestores 
públicos, entre outros profi ssionais que 
atuam no campo museal e patrimonial.
O Brasil conta com formação acadê-
mica em diversos níveis – cursos de ex-
tensão, graduação, especialização, mes-
trado, doutorado – e em diferentes áreas 
relacionadas com o Patrimônio Cultural, 
como Museologia, História, Arqueologia, 
Conservação de Bens Móveis, Biblioteco-
nomia, Arquivologia, entre outros. 
PARA OS
CURIOSOS
Hora de Praticar!
Escolha uma instituição de 
preservação do patrimônio em 
seu município ou estado e trace 
um relatório, apontando: quais 
patrimônios são protegidos 
(tombados ou registrados) e por 
quê? Quais poderiam ser tombados 
ou registrados e ainda não são?
IMPORTANTE: quando 
falamos de patrimônio, não nos 
referimos apenas àqueles bens já 
consagrados, mas também àqueles 
ainda esquecidos!
Que tal criar a sua própria página, 
perfi l ou blog com conteúdos 
sobre educação patrimonial ou 
sobre os patrimônios de seu bairro 
ou cidade? Mas é importante 
colocar essa ideia em ação quando 
conseguir traçar um planejamento 
de médio e longo prazo, pois muitos 
desses conteudistas criam páginas 
e não as alimentam, frustrando 
seus seguidores. Organize-se, peça 
contribuições e acredite no que faz.
SE
LIGA!
Formação de Mediadores de Educação para Patrimônio 187
Recomendamos que navegue, a seu tem-
po, pelas páginas eletrônicas das universida-
des públicas brasileiras. Elas são um mundo 
à parte e cheio de riqueza. Saiba o que elas 
andam produzindo e fi que por dentro das 
principais discussões e produções teóricas 
do momento sobre patrimônio cultural. 
Quanto aos fi lmes, quem disse que 
eles servem apenas para diversão e la-
zer? Eles, assim como os livros, podem 
assumir o papel de documento histórico 
e possuem caráter educativo não-formal. 
Que tal usá-los numa sessão “PiPa” (“Pi-
poca com Patrimônio”)?
O trabalho educativo com fi lmes deve 
se concentrar não somente na análise dos 
conteúdos técnicos e explícitos, como cons-
trução de personagens, fi gurinos, ilumina-
ção, sonorização etc. É importante pensar, 
sobretudo, nas condições e contextos de 
sua produção. Quando foi rodado? Por 
quem? Para quê? Para quem? Que valores e 
expectativas são difundidos por aqueles que 
o produziram (diretor, roteirista, produtores, 
atores)? Como foi ou é recebido pela socie-
dade (espectadores, críticos, acadêmicos)? 
Aqui vamos sugerir algumas películas 
que discutem diretamente temas ligados 
à gestão do patrimônio, sejam fi ccionais 
ou documentários. Vejamos: 
a. Narradores de Javé (1h40 | 2004), di-
reção de Eliane Caff é: Javé é uma loca-
lidade fi ctícia no Brasil que está pres-
tes a ser inundada pela construção de 
uma hidrelétrica. Para alterar a direção 
dos acontecimentos, seus moradores 
resolvem escrever a história da cidade, 
com o objetivo de transformá-la em 
patrimônio histórico e preservá-la. 
b. Aquarius (2h25 | 2016), direção de 
Kleber Mendonça Filho: O confronto 
entre o “velho” e o “novo” surge na 
fi gura de Clara, dona de um aparta-
mento cobiçado por uma imobiliária, 
que já adquiriu todos os demais imó-
veis do prédio, localizado em Recife-
-PE. O objetivo é pôr tudo abaixo e 
construir um prédio novo, mas Clara 
se recusa a vendê-lo.
c. Bacurau (2h10 | 2019), direção de 
Kleber Mendonça Filho e Juliano Dor-
nelles: “Se for, vá na paz” é o que diz 
a placa indicando a localização de Ba-
curau, cidade fi ctícia do fi lme, locali-
zada no sertão brasileiro, num futuro 
não muito distante. O enredo parece 
simples. Bacurau sumiu do mapa e, 
aos poucos, os moradorespercebem 
que há algo de estranho acontecendo.
d. Uma Noite no Museu (1, 2 e 3), trilogia 
com direção de Shawn Levy: Ao longo 
dos três fi lmes, a proposta, de caráter 
lúdico, é pensar o que acontece nos 
museus quando as portas se fecham, 
na calada da noite, sem a presença dos 
visitantes ruidosos e de suas câmeras 
fotográfi cas. As três sequências foram 
fi lmadas em importantes museus dos 
Estados Unidos e da Europa.
e. Série Conhecendo Museus: Com-
posto de vários episódios, a copro-
dução é uma iniciativa da Empresa 
Brasil de Comunicação, Fundação 
José de Paiva Netto, Ibram e TV 
Escola. Apresenta, com detalhes, al-
guns dos principais museus/acervos 
do Brasil. O objetivo é divulgar bens 
e valores culturais brasileiros que fo-
ram musealizados, democratizando o 
conhecimento gerado por essas insti-
tuições, além de divertir e fomentar o 
surgimento de novos públicos.
PARA OS
CURIOSOS
Escolha um fi lme, assista com 
amigos, familiares ou seus alunos 
(antes, deve, naturalmente, 
ler sobre o fi lme, a história de 
produção, o contexto do período 
histórico abordado ou sobre o 
personagem, se for baseado em 
fatos, curiosidades etc.).
Evite dar spoiler para esse grupo! 
Depois, proponha a produção 
de um mapa mental, anotando em 
um caderno, cartolina, lousa ou 
mesmo digitalmente em celulares, 
o tema central da obra, os principais 
personagens, enredo, música e 
diálogos que acharem interessante. 
Analise e discuta os resultados 
apresentados. O mapa mental
é uma técnica cujo objetivo é 
organizar as informações, tornando 
a compreensão e a memorização 
mais fácil e mais didática.
O elenco de fi lmes vai depender 
de sua criatividade, repertório e 
a capacidade de perceber o que 
pode ser de melhor proveito para 
despertar debates patrimoniais 
com os integrantes da plateia.
188 FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE
f. Niède (2h20 | 2020), direção de Tiago 
Tambelli: É a história de Niède Gui-
don, arqueóloga brasileira mundial-
mente reconhecida por seu trabalho 
de preservação na Serra da Capivara, 
no Piauí. A partir de depoimentos da 
própria Guidon, o documentário re-
lembra sua vida pessoal e sua frutífera 
carreira no campo da proteção do pa-
trimônio arqueológico. 
Partindo da necessidade de relacionar 
o patrimônio cultural com a comunidade, 
numa relação orgânica com o contexto so-
cial que lhe dá dinamicidade e forma, suge-
rimos a visitas aos museus, redes e escolas 
comunitários, que primam pela participa-
ção social, a identifi cação de valores patri-
moniais e o respeito aos saberes locais. 
Listamos algumas propostas para 
você conhecer, presencial ou virtualmen-
te. Vamos lá?
a. Ecomuseu de Santa Cruz (Rio de Ja-
neiro, RJ): o Ecomuseu do Quarteirão 
Cultural do Matadouro de Santa Cruz, 
também conhecido como Ecomuseu 
de Santa Cruz, é um dos mais antigos 
do Brasil, criado para garantir a pre-
servação e valorização do patrimônio 
cultural do bairro de Santa Cruz. As 
ações de preservação, comunicação, 
documentação, pesquisa e educação 
buscam o diálogo e a participação co-
munitária na defi nição do patrimônio, 
em diálogo com o desenvolvimento 
social e econômico da região. Acesse: 
www.facebook.com/ecomuseusc/
b. Museu da Maré (Rio de Janeiro, RJ): 
pensado a partir de um grupo de jo-
vens moradores integrantes do CE-
ASM (Centro de Ações Solidárias da 
Maré), o museu criado com o nome 
da favela teve o objetivo de eviden-
ciar as memórias e identidades da 
população local, possibilitando uma 
mudança no olhar estigmatizado 
dessa comunidade, bem como a au-
toestima de seus moradores. Acesse: 
www.museudamare.org.br/
c. Rede Cearense de Museus Comuni-
tários (CE): formada por iniciativas 
comunitárias de memória, patrimô-
nio e museologia social. Iniciou suas 
atividades em 2011. É formada por 
indígenas, assentados, pescadores, 
profi ssionais, estudantes e ambienta-
listas. Por meio dessa rede é que eles 
compartilham e divulgam suas experi-
ências e os desafi os da sua atuação na 
museologia sociocomunitária. Acesse:
museuscomunitarios.wordpress.com/
d. Museu Comunitário da Lomba do 
Pinheiro (Porto Alegre, RS): é uma 
instituição localizada em um bairro da 
periferia gaúcha. Seu objetivo é ser um 
espaço de refl exão para os moradores 
pensarem sobre suas histórias de vida 
e lutas comunitárias, contemplando 
além de objetos, um conjunto de de-
poimentos orais. Acesse: museus.gov.
br/museu-comunitario-da-lomba-do-
-pinheiro-identifica-60-referencias-
-culturais-no-bairro/
e. Ecomuseu da Amazônia (Belém 
– PA): é um museu que atua em uma 
área compreendida pelo distrito de 
Icoaraci, bairro do Paracuri e a Orla, 
além das Ilha de Cotijuba (Faveira e 
Poção); Ilha do Mosqueiro (Caruaru, 
Castanhal do Mari Mari, Paulo Fontes e 
Vila), Ilha de Caratateua (São João do 
Outeiro, Tucumaeira e Fama). Trata dos 
problemas da região e suas comunida-
des, desenvolvendo programas de pre-
servação e recuperação do patrimônio 
natural e cultural na Amazônia. Acesse: 
ecomuseuamazonia.blogspot.com.
f. Ecomuseu do Cerrado Laís Aderne 
(DF): museu vivo voltado para a tríade 
“território, patrimônio e comunida-
de”. Conta as histórias relacionadas à 
cultura e à natureza, onde estão inse-
ridas comunidades que se relacionam 
com o ambiente do Cerrado. Acesse: 
museucerrado.com.br/ecomuseu-do-
-cerrado-lais-aderne/
g. Escola Viva Olho do Tempo – Evot 
(João Pessoa – PB): essa instituição 
desenvolve ações que buscam apro-
ximar os moradores da região aos 
seus valores culturais relacionados 
ao modo de viver de povos originários 
e tradicionais que cercam a bacia do 
baixo Rio Gramame. Realiza ativida-
des anuais nas escolas, como ofi cinas 
educacionais com base na Pedagogia 
Griô, educação popular e holística. 
Acesse: olhodotempo.org.br/
PARA OS
CURIOSOS
Na África Ocidental, o griot ou griô, 
é aquele indivíduo (poeta, historia-
dor, cantador, contador de his-
tória) que se ocupa de transmitir 
para os outros o seu conhecimento 
sobre os costumes, os conheci-
mentos, os mitos e as histórias dos 
povos. Por meio deles, ocorre a 
perpetuação da memória ancestral 
e a garantia da continuidade das 
tradições por meio do saber oral. 
Procure saber mais sobre os griôs 
e a pedagogia griô. PESQUISE!
Formação de Mediadores de Educação para Patrimônio 189
5.
JÁ ESTÁ 
CHEGANDO 
A HORA DE IR...
sse é o último fascículo do cur-
so Formação de Mediadores de 
Educação para o Patrimônio. Pa-
rabéns, você chegou até aqui e 
esperamos ter contribuído para 
ENCANTÁ-LO(A).
Agora é a hora de se preparar 
para realizar, em nosso AVA, a 
Avaliação Final. Depois, é só par-
tir para o abraço e a sua mais que mereci-
da CERTIFICAÇÃO.
Entretanto, sugerimos que releia antes 
os 12 fascículos, dê aquela espiadinha nas 
videoaulas, nas webconferências e ouça 
as radioaulas. Não deixe de conferir, para 
enriquecer seu aprendizado, os conteúdos 
complementares disponibilizados na Bi-
blioteca Virtual, a partir da seleção de nos-
sos atentos e zelosos conteudistas.
Troque ideias com amigos e colegas 
que também fi zeram o curso (virtualmen-
te ou não). Enfi m, prepare-se! Afi nal, não 
é o certifi cado que fará de você um(a) 
mediador(a) de educ ação para patrimô-
nio. É preciso ter conhecimento (estudar 
para o resto da vida... e curtir isso), inicia-
tiva, coragem e gostar de gente, pois nada 
se faz sozinho(a) nessa área de atuação. 
Após esses meses juntos, é chegada a 
hora de multiplicarmos o conhecimento 
construído e compartilharmos programas, 
projetos e ações que possam tornar o nos-
so mundo, a partir da valorização do Patri-
mônio Cultural, um lugar mais viável para 
vivermos, hoje e no futuro. É bem possível 
que, nessa estrada, nos reencontraremos. 
Nossa gratidão e até breve!
JÁ ESTÁ 
CHEGANDO 
A HORA DE IR...
sse é o último fascículo do cur-
so Formação de Mediadores de 
Educação para o Patrimônio. Pa-
rabéns, você chegou até aqui e 
esperamos ter contribuído para 
ENCANTÁ-LO(A).
Agora é a hora de se preparar 
para realizar, em nossoAVA, a 
Avaliação Final. Depois, é só par-
tir para o abraço e a sua mais que mereci-
da CERTIFICAÇÃO.
Entretanto, sugerimos que releia antes 
os 12 fascículos, dê aquela espiadinha nas 
videoaulas, nas webconferências e ouça 
as radioaulas. Não deixe de conferir, para 
enriquecer seu aprendizado, os conteúdos 
complementares disponibilizados na Bi-
blioteca Virtual, a partir da seleção de nos-
sos atentos e zelosos conteudistas.
Troque ideias com amigos e colegas 
que também fi zeram o curso (virtualmen-
te ou não). Enfi m, prepare-se! Afi nal, não 
é o certifi cado que fará de você um(a) 
mediador(a) de educ ação para patrimô-
nio. É preciso ter conhecimento (estudar 
para o resto da vida... e curtir isso), inicia-
tiva, coragem e gostar de gente, pois nada 
se faz sozinho(a) nessa área de atuação. 
Após esses meses juntos, é chegada a 
hora de multiplicarmos o conhecimento 
construído e compartilharmos programas, 
projetos e ações que possam tornar o nos-
so mundo, a partir da valorização do Patri-
mônio Cultural, um lugar mais viável para 
vivermos, hoje e no futuro. É bem possível 
que, nessa estrada, nos reencontraremos. 
Nossa gratidão e até breve!
190 FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE
REFERÊNCIAS AUTORES
Graciele Siqueira é museóloga formada pela 
Escola de Museologia da Universidade Federal 
do Estado do Rio de Janeiro (UniRio). Mestre 
em Museologia e Patrimônio pela UniRio 
em parceria com o Museu de Astronomia e 
Ciências Afi ns (Mast). Especialista em Gestão 
Cultural pela Universidade Estadual Vale do 
Acaraú (UVA). Trabalha no Museu de Arte da 
Universidade Federal do Ceará (Mauc/UFC), 
desde setembro de 2008, desempenhando 
a função de museóloga e responsável pela 
Divisão de Acervo. Desde julho de 2018, ocupa a 
função de diretora do Mauc/UFC.
Adson Rodrigo S. Pinheiro é doutorando 
em História Social pela Universidade Federal 
Fluminense (UFF). Licenciado em História 
pela Universidade Estadual do Ceará (Uece). 
Mestre em História Social pela Universidade 
Federal do Ceará (UFC). Especialista em 
Gestão e Políticas Culturais da Universidade 
de Girona (Espanha), em colaboração com o 
Observatório Itaú Cultural/SP, e possui MBA 
em Gestão Cultural pela Universidade Vale do 
Acaraú (UVA). É especialista em Arqueologia 
Social Inclusiva pela Urca e especialista em 
Políticas Culturais de Base Comunitária pela 
Faculdade Latino-americana de Ciências 
Sociais (Flacso) – programa IberCultura 
Viva, com sede na Argentina. É membro do 
Grupo de Estudo e Pesquisa em Patrimônio e 
Memória (GEPPM/UFC) e membro associado 
do Comitê Brasileiro do Conselho Internacional 
de Monumentos e Sítios (Icomos-BRASIL). 
Atuou como gerente da Célula de Gestão em 
Pesquisa e Educação Patrimonial da Secretaria 
Municipal da Cultura de Fortaleza.
ILUSTRADOR
Daniel Dias é ilustrador e artista gráfi co, com 
extensa produção em projetos editoriais, sendo 
a maior parte destinada ao público infantil e 
infantojuvenil. Seu trabalho tem como base 
a pesquisa de materiais e estilos, envolvendo 
estudo de técnicas tradicionais de pintura, 
desenho, fotografi a e colorização digital.
GRUNBERG, Evelina. Manual de 
atividades práticas de educação 
patrimonial. Brasília, DF: Iphan, 2007.
FLORÊNCIO, Sônia Regina Rampim. 
Educação patrimonial: um processo 
de mediação. In: TOLENTINO, Átila 
(Org.). Educação patrimonial: 
refl exões e práticas. João Pessoa: 
Superintendência do Iphan na 
Paraíba, 2012, p. 22-29.
_____; CLEROT, Pedro; BEZERRA, 
Juliana; RAMASSOTE, Rodrigo. 
Educação patrimonial: histórico, 
conceitos e processos. Brasília, DF: 
Iphan; DAF; COGEDIP; Ceduc, 2014. 
Disponível em: <http://www.iphan.
gov.br/baixaFcdAnexo. do?id=4240>. 
Acesso em: 16 fev. 2014.
_____; et al. Educação Patrimonial:
inventários participativos. Manual de 
aplicação. Brasília-DF; IPHAN, 2016. 
FONSECA, Maria Cecília Londres. O 
patrimônio em processo: trajetória 
da política federal de preservação no 
Brasil. Rio de Janeiro: Editora UFRJ; 
MinC; Iphan, 1997.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 
Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1970.
I SEMINÁRIO de Avaliação e 
Planejamento das Casas do 
Patrimônio. Carta de Nova Olinda. 
Casas do Patrimônio. Nova Olinda, 
CE: Iphan, 2009. Disponível em: 
<http://portal.iphan. gov.br/portal/
baixaFcdAnexo.do?id=1651>. Acesso 
em: 15 ago. 2011.
MENESES, Ulpiano Toledo Bezerra de. 
O campo do patrimônio cultural: uma 
revisão de premissas. In: IPHAN. I Fórum 
Nacional do Patrimônio Cultural. 
Sistema Nacional de Patrimônio 
Cultural: desafi os, estratégias e 
experiências para uma nova gestão, 
Ouro Preto/MG, 2009. Brasília, DF: Iphan, 
2012, p. 25-39. (Anais; v. 2, t. 1).
SIMAN, L. M. C.; MIRANDA, S. R. (Org.). 
Patrimônio no plural: educação, 
cidades e mediações. Belo Horizonte: 
Fino Traço Editora Ltda, 2017. 
TOLENTINO, Átila. Educação 
patrimonial: refl exões e práticas. João 
Pessoa: Superintendência do Iphan na 
Paraíba, 2012 (Caderno temático; 2).
______. Educação patrimonial:
educação, memórias e identidades. 
João Pessoa: Iphan, 2013. (Caderno 
Temático; 3).
______; BRAGA, Emanuel Oliveira. 
Educação patrimonial [recurso 
eletrônico]: políticas, relações de 
poder e ações afi rmativas. João 
Pessoa: iphan-PB; Casa do Patrimônio 
da Paraíba, 2016 (Caderno Temático; 5).
Formação de Mediadores de Educação para Patrimônio 191
Este fascículo é parte integrante do projeto 
Formação de Mediadores de Educação 
Patrimonial, em decorrência do Termo de 
Fomento celebrado entre a Fundação Demócrito 
Rocha e a Secretaria Municipal de Cultura de 
Fortaleza, sob o nº 02/2019.
Todos os direitos desta edição reservados à:
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fundacao@fdr.org.br
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Thaís de Paula 
Produtora
ISBN: 978-85-7529-951-7 (Coleção) 
ISBN: 978-85-7529-963-0 (Fascículo 12)
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