Buscar

Estamira - Análise Saúde e Sociedade

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

SOCIEDADE UNIVERSITÁRIA REDENTOR
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIREDENTOR
	Aluno(a): GABRIEL VIEIRA PIREDDA
	Matrícula: 90992
	Professora: Amanda Vargas Pereira
	Disciplina: Seminários de Saúde e Sociedade I
	Atividade: MA 2
	Valor: 2,0 pontos
	Postagem: 22/05/20
Objetivo da atividade: 
- Discutir rótulos, estigmas e preconceitos no contexto da população em situação de rua.
Competências envolvidas: 
- Compreensão sobre como é lidar com um grupo que, por conta das suas condições de vida, está submerso ao preconceito.
Aulas de referência do caderno de estudos da disciplina: 
Leitura indicada: Cuidar em enfermagem e saúde mental. Volume 2 – Saúde mental na atenção primária à saúde, envelhecimento, finitude e necessidades de cuidados em diferentes situações. Capítulo 7 - Cuidado da população em situação de rua: desafios na assistência em saúde. Autora: Amanda Vargas Pereira. Disponível na Plataforma.
Indico o filme Estamira, com direção de Marcos Prado (BRASIL, 2004). Esse documentário mostra como nossa sociedade é perversa a ponto de excluir indivíduos, classificando-os como grupos minoritários, vetando sua participação como ser social que tem direitos e deveres. O filme tem como ideia central a loucura e a miséria. Link: https://www.youtube.com/watch?v=ibuo079DGF8
Enunciado: 
O aluno deverá produzir um texto individual norteado pelas questões a seguir:
- Como desmistificar a população em situação de rua?
- Analisando o documentário Estamira, que tipos de rótulos, preconceitos e estigmas foram produzidos nessa situação?
Orientações Gerais: 
- Postar um arquivo único, em pdf.
- Cada postagem deverá ter no máximo 100 palavras.
O documentário Estamira aborda a situação de pessoas em situação de rua, mais especificamente pessoas que vivem em um lixão, de onde tiram sua susbsistência. Narrado por uma senhora nessa situação, chamada Estamira, em um primeiro momento nos convoca a uma reflexão acerca da forma que a relação utiliza seus recursos, como bens de uso de uso e alimentos, e a forma como os descartamos. Ela explica sobre sua teoria acerca dos Trocadilos – determinados cientistas - que nos controlam remotamente através de nossos nervos e fazendo uma analogia com fios de condução elétrica. Durante o decorrer do documentário, somos convidados a conhecer todos os pensamentos e ideologias dessa sofrida senhora negra catadora de lixo, acerca dos valores e conhecimentos sobre a sociedade, educação, religiosidade e, principalmente, a saúde mental e sua íntima relação com pessoas em situação de rua. Ela alterna entre momentos de explicações calmas e de episódios de raiva contra Deus e a sociedade humana, em um misto de tristeza e revolta a respeito de tudo que passou.
Sua filosofia de vida começa a partir do momento que é posta para fora de casa pelo seu ex-marido por não aceitar mais suas traições e violência doméstica, junto de seus dois filhos – Carolina e Hernani. Atualmente, mora em um barraco por escolha, pois diz gostar da vida que leva no trabalho e ter seu canto – a filha Carolina mora em uma casa e tenta levá-la para morar com ela. Ficamos sabendo também de dois episódios de estupro que sofreu.
Através da ótica dos filhos, conseguimos entender um pouco mais sobre a forma que o cuidado mental apresenta-se a eles, sob a forma de internações compulsórias e medicamentosas apenas, o que desperta a revolta em Estamira.
Assistindo a esse documentário pode-se enxergar as sucessivas falhas e indiferença do braço do Estado na vida dessa senhora. Primeiramente no âmbito social, ao não agir em relação às violências física e sexual que sofreu durante a vida, além de deixá-la desamparada após seu divórcio conturbado. Além disso, do ponto de vista da saúde o cuidado também não chega. A saúde dessa sofrida mulher não recebe os cuidados necessários, principalmente em relação à sua saúde mental.
Consegue-se entender a perpetuação da falha do Estado, portanto, no ciclo social e de saúde, acerca do estigma das pessoas com distúrbios mentais e que necessitam de acolhimento correto e planejado. O Sistema Único de Saúde - de atenção equânime – deveria juntamente aos órgãos de assistência social, buscar formas mais eficazes e individuais para efetuar o atendimento correto dessas pessoas em situação tão frágil e específica. O ato de cuidar nesse caso percebe-se ser muito menos inclinado à medicina científica e patológica, e sim para a atenção nas vertentes sociais das quais necessita o ser humano.

Continue navegando