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APOSTILA VIOLA DE OURO

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Prévia do material em texto

Ano 2008 – Revisão 02 2 
 
 
Prefácio 
 
 
 
O professor Oliveira Neto é membro ativo e colaborador da orquestra de violas Piraquara de 
São José dos Campos. (www.caipiraquara.com.brwww.caipiraquara.com.brwww.caipiraquara.com.brwww.caipiraquara.com.br)))) no qual é regida pelo maestro Rui Tornezi i i i 
((((www.orquestradeviolawww.orquestradeviolawww.orquestradeviolawww.orquestradeviola....com.brcom.brcom.brcom.br). ). ). ). 
Entre suas atividades atua no meio artístico através da dupla : Daniel Viola e Oliveira 
Neto. 
Iniciou suas atividades musicais com a guitarra elétrica, um dia recebeu de sua avó uma 
viola deixada pelo seu avo como herança, e a guardou num canto. Porém o universo 
conspirou a favor das raízes dos violeiros. Certa vez, a violinha que estava num canto, ao 
ser tocada e experimentada fez mais um adepto e a partir deste momento ela nunca mais 
parou de tocar. De Metaleiro a Violeiro este foi o retorno as suas origens e a sua cultura de 
raiz. 
Quando falamos da importância de cultuar nossa cultura raiz, folclore e tradições estamos 
nos referindo a manutenção da nossa “personalidade”.“personalidade”.“personalidade”.“personalidade”. 
Podemos apreciar o trabalho de outras civilizações sem perdermos a nossa referencia, e a 
nossa referencia esta na nossa cultura de raiz. 
Os folclores e as tradições mantidas de pai para filho são muitas vezes os nossos acervos 
históricos do que realmente aconteceu e não do que foi escrito e manipulado. 
Por isto, abençoada foi a matriarca do Prof. Oliveira Neto quando o presenteou com a 
violinha que foi do seu avo, porque assim ela presenteou também a nossa cultura com mais 
um violeiro para colorir com ponteados a nossa jornada histórica, verdadeira e rica de 
tradições. 
 
 
 
 
 
Robson da Rocha Olopes 
 
 
 
 
 
 
 
Ano 2008 – Revisão 02 3 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho a todos os violeiros e violeiras que carregam a bandeira das 
nossas raízes. 
 
 
Oliveira Neto 
 
 
 
 
 
Viva São Gonsalo!!!!! 
 
 
 
 
 
 
Ano 2008 – Revisão 02 4 
 
 
Índice 
 
Introdução........................................................................................... pág. 5 
 
Conhecendo o instrumento....................................................................pág. 5 
 
Diagrama de acordes............................................................................pág. 6 
 
Notas Musicais....................................................................................pág. 6 
 
Nomenclatura da mão direita e da mão esquerda................................ pág.7 
 
Exercício para mão esquerda.................................................................pág.7 
 
Termos musicais....................................................................................pág.8 
 
Termos musicais....................................................................................pág.8 
 
Formação de acordes............................................................................pág.9 
 
Lendo cifras........................................................................................pág.12 
 
Ritmos................................................................................................pág.13 
 
Arpejos...............................................................................................pág.28 
 
Escalas duetadas...............................................................................pág.29 
 
Mini dicionários de acordes...............................................................pág.31 
 
Tablaturas.........................................................................................pág.32 
 
Letras de musicas.............................................................................pág.37 
 
Tabela de transporte de acordes.......................................................pág.42 
 
Relatório de encordoamentos...........................................................pág.43 
 
 
 
 
Ano 2008 – Revisão 02 5 
 
 
Introdução 
 
 
 A viola caipira conhecida em nossos dias veio de Portugal junto com os colonizadores e passou por 
várias transformações até chegar a sua estrutura atual. O próprio Padre Anchieta utilizava a viola como 
meio de evangelizar os índios dando um grande passo para a difusão do instrumento por todo o território 
brasileiro. 
 São várias as afinações utilizadas na viola e elas se diferenciam de uma região para outra. Em nossa 
região (Vale do Paraíba) encontramos comumente a afinação de Cebolão em Mi maior, embora outras 
afinações como Cebolão em Ré ou Boiadeira também sejam encontradas. 
 Neste método utilizaremos a afinação CEBOLÃO EM MI, pois ela é a mais usual e deixa a viola 
com som mais “vibrante”. Para afinar sua viola você pode utilizar um diapasão eletrônico. Hoje em dia 
eles são baratos e práticos, até grandes maestros fazem uso deles com freqüência pela sua praticidade. 
 A proposta deste método é de ensinar 
através de textos explicativos, figuras e juntamente com os vídeos de uma maneira simples e objetiva onde 
o aluno deve treinar no mínimo uma hora por dia cada etapa e só passar para a próxima quando obtiver 
uma boa técnica do anterior. 
 
 
Conhecendo o Instrumento 
 
 É necessário que identifiquemos algumas partes básicas do instrumento que são: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ano 2008 – Revisão 02 6 
 
 
Diagrama de Acordes 
 
A figura abaixo é um diagrama de acordes, utilizamos para representar a correta colocação dos 
dedos da mão esquerda nas cordas e nas casas para se tocar um acorde. Um acorde é uma série de notas 
tocas ao mesmo tempo. 
A viola possui 10 cordas formando cinco pares que são contados de baixo para cima. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Veja no DVD como utilizar 
 o diapasão eletrônico. 
 O modelo abaixo é um dos 
 mais comuns encontrado. 
 (Vídeo 1) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Notas Musicais 
 
As notas musicais seguem uma nomenclatura internacional e cada nota é representada por uma letra 
e são essas letras que utilizamos nas músicas cifradas, portanto é muito importante sua memorização: 
 
C = Dó D = Ré E = Mi F = Fá G = Sol A = Lá B = Si 
 
 As letras quando aparecem sozinhas representam que o acorde é maior. Existem outros símbolos 
que acompanham as letras formando diferentes acordes e são eles: 
 
m = menor # = sustenido b = bemol 7 = sétima o = diminuto 
 
Ex: Cm = Dó menor B7 = Si com sétima A#m = Lá sustenido menor 
 
Ano 2008 – Revisão 02 7 
 
 
Nomenclatura da Mão Direita (MD) e da Mão Esquerda (ME) 
 
 Convencionamos a seguinte nomenclatura para os dedos da Mão Esquerda: 
1 = Indicador 2 = Médio 3 = Anelar 4 = Mínimo 
 
 
 É imprescindível que as unhas
 da ME estejam bem cortadas e 
 lixadas para um melhor con- 
 tato ao pressionar as cordas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Para a Mão Direita utilizamos as iniciais de cada dedo: 
P = Polegar i = Indicador m = Médio a - Anelar 
 
 As unhas da MD devem ser 
 ligeiramente compridas, mas 
 sem exageros. Não recomen- 
 do o uso de dedeira no início 
 pois vamos trabalhar a desen- 
 voltura dos dedos da MD. 
 
 
 O violeiro deve ter agilidade 
 tanto na ME como na MD. 
 
 
 
 
Obs. Se você for canhoto é só inverter a nomenclatura das mãos. 
 
Exercício para Mão Esquerda 
 
 É necessário que exercitemos os dedos da ME (Mão Esquerda) para que eles obtenham técnica e 
velocidade. Este é um processo muito importante na aprendizagem, pois a sua perfeita execução facilitará 
em muito na formação dos acordes, sejameles simples ou mais complicados. Assim como todos os atletas 
profissionais ou amadores fazem um aquecimento antes de começarem a praticar seus esportes, o músico 
deve aquecer praticando este exercício. 
 Posicione o polegar da ME atrás do braço da viola na altura do 3º par, ou seja, no meio do braço, 
em seguida posicione os dedos como na figura abaixo. Comece tocando o 5º par pressionando na primeira 
casa com o dedo 1, logo em seguida na segunda casa com o dedo 2 e assim por diante até a quarta casa. 
Passe para o 4º par e repita o processo até o 1º par. (Vídeo 2). 
 Não se preocupe com velocidade no início, mas sim com qualidade. O som deve sair “limpo” e 
deve soar por algum tempo. Com treinos diários você vai conseguir aumentar a velocidade aos poucos, 
mas procure não comprometer a qualidade do som. 
 
Ano 2008 – Revisão 02 8 
 
 
Escala pseudo-cromática - 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Termos musicais 
 
 Notas enarmônicas são notas que tem o mesmo som embora 
 tenham nomenclatura diferente, são utilizadas para especificar se a 
 nota é mais grave ou mais aguda.(veja figura abaixo) 
 Cada casa na escala da viola representa meio tom. A soma de 
 2 meios tons formam 1 tom. 
 Na figura ao lado indicamos o sentido das notas graves e agu- 
 das no braço da viola. 
 
 
 
 Para nós músicos as notas musicais são 12: C – C# - D – D# - E – F – F# - G – G# - A – A# - B. 
As notas E e B não tem sustenido (para memorizar é só ter em mente que as duas que terminam com a 
letra “i” não tem “#”(sustenido), ou seja, E-Mi e B-Si). 
 Entenda as figuras abaixo. A distância entre C e C# é meio tom, mas a distância entre C e D é de 
01 Tom. Foram somados dois meio tons 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ano 2008 – Revisão 02 9 
 
 
Tenha em mente a seqüência das notas musicais, pois isto facilita em muito na execução do 
instrumento. Lembre-se: cada casa no braço da viola representa meio tom. 
Veja agora na figura abaixo a escala do braço da viola da 1ª até a 12ª casa dos cinco pares. Para 
entender melhor esta escala: Digamos que você toque o 1º par solto, a nota emitida será um E (Mi), mas se 
você pressionar as cordas na 7ª casa do 1º par e tocá-la, a nota emitida será um B (Si). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Ao realizar o exercício de escala pseudo-cromática recomendo que o aluno vá dizendo as notas 
conforme for tocando cada uma. Este é um meio de ir memorizando as notas na escala. 
 
 Monte os acordes abaixo no braço de sua viola, tendo o cuidado de ficar em uma posição 
ergonomicamente correta para evitar dores musculares desnecessárias. Não é necessário nenhum tipo de 
ritmo agora, apenas posicione os dedos corretamente e toque descendo os dedos da MD sobre as cordas par 
por par até que todas estejam soando claramente e por algum tempo. Neste momento o que importa é a 
qualidade do som e não a velocidade de se montar os acordes. Os acordes abaixo são E7 – Mi com sétima, 
A – Lá maior e D – Ré maior. Vamos utilizá-los mais a frente na primeira música que você vai tocar, mas 
para tanto é necessário um sério estudo de tudo o que já vimos e muita calma e treino. (Vídeo 3) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Formação de Acordes 
 
 Quando tocamos apenas uma corda seja solta ou pressionada em qualquer casa obtemos apenas 
uma nota, mas quando tocamos várias cordas ao mesmo tempo obviamente obteremos várias notas e neste 
caso se colocarmos os dedos nos lugares corretos, estaremos tocando um acorde. 
 Para se formar um acorde é necessário utilizar uma tabela e através dela vamos extrair as 
informações necessárias para se montar o acorde. Nessa tabela utilizamos números romanos que 
chamamos de Graus. Os graus são nossa referência para montar qualquer tipo de acorde, seja maior, 
menor, diminuto, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ano 2008 – Revisão 02 10 
 
 
 Na escala de Dó maior acima, note que de Mi para Fá a distância entre eles é de apenas meio tom e 
de Si para Dó também é de meio tom. Isto ocorre porque as notas E e B não tem sustenido. Portanto do III 
para o IV grau a distância será sempre meio tom e o mesmo ocorre do VII para o VIII grau. Seguindo essa 
fórmula formaremos acordes maiores utilizando o 1º grau, o 3º grau e o 5º grau, são as conhecidas tríades. 
Para formar então o acorde de Dó maior utilizaremos as notas: C – E – G. A partir desta informação é que 
montamos os acordes no braço da viola ou de qualquer outro instrumento. Se você entender o 
funcionamento desta tabela você poderá tocar qualquer instrumento de cordas sem a necessidade de 
nenhum dicionário de acordes, desde que você saiba primeiramente a sua afinação. (Mesmo assim no final 
desta apostila está adicionado um pequeno dicionário de acordes para consulta) 
Veja na tabela de tríades ao lado a formação dos acordes maiores. 
 Tríades 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Note que o 1º grau nós chamamos de Tônica, pois é ela quem dá nome ao acorde. Para entender 
melhor vejamos como é formado o acorde de Mi maior. Utilizamos as notas E que é a tônica e dá nome ao 
acorde, o G# que é o 3º grau e a nota B que é o 5º grau. São exatamente as notas da afinação da viola 
quando tocamos as cordas soltas e é por isso que chamamos afinação em Mi. Dizemos que a afinação é 
“cebolão” pois antigamente as moças chegavam a chorar quando os violeiros tocavam canções 
apaixonadas para conquista-las. 
 
 
Para obtermos os acordes menores utilizamos o 1º grau o 3º grau reduzido em meio tom (III b – 
terça bemol) e o 5º grau.. Ex.: Para obter a tríade de Cm (Dó menor) utilizaremos C que é a tônica, D# 
pois o 3º grau deve ser reduzido em meio tom e o quinto grau que é G. Resumindo é só reduzir os 3º graus 
em meio tom das tríades da tabela acima e obteremos os acordes menores. 
 
 
Todo acorde com 7 (sétima) é menor, portanto para formarmos acordes com sétima utilizaremos 
os graus I , III , V e o VII , sendo que este último deve ser reduzido meio tom (VII b – Sétima bemol) 
 
 
Os acordes com 7+ (sétima maior) utilizam o I , III , V e VII graus. 
 
Para formar acordes diminutos (o) usamos o Grau I e reduzimos em meio tom os graus III (III b – 
terça bemól) e V (V b – quinta bemól). 
 
 
Ano 2008 – Revisão 02 11 
 
 
Você pode utilizar a tabela abaixo como referência para montar os acordes, pois quando estiver 
habituado com ela você não vai mais precisar recorrer ao dicionário de acordes, ou seja, entender como se 
monta o acorde é muito mais fácil do que decorar centenas de “desenhos” do braço da viola. Vale a pena 
um pouco de esforço nesta parte teórica. A maioria dos músicos ignora esta parte por acharem que não é 
importante, mas garanto a você que este é o “pulo do gato” por se tratar de teoria musical, podemos aplicá-
la em qualquer instrumento. (Quando o Grau estiver acompanhado de “b” (Bemol) você volta meio tom da 
nota no grau onde ele estiver) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para finalizar esta parte teórica vamos estudar um dos acordes que já vimos anteriormente E7.. 
 
Vamos entender a formação do acorde E7 (Mi com sétima). Sabemos que para formar um acorde 
com sétima (menor) é preciso do I, III, V graus e o VII b grau reduzido em meio tom. Utilizando a tabela 
de tríades a tônica é E (Mi) então vamos utilizar as seguintes notas: I grau = E, III grau = G#, V grau = 
B e VII b grau reduzido meio tom = D. Agora no diagrama abaixo de E7 (desenho do braço da viola) 
note que o primeiro par solto é E, o segundo par preso na 3ª casa é D, o terceiro par solto é G#, o quarto 
par solto é E e o quinto par solto é B. Exatamente as notas que precisamos para formar o acorde de E7. 
As figuras abaixo representam o mesmo acorde, só que o primeiro é como vemos no dicionário de 
acordes e o segundo está indicando a nota musical de cada par. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ano 2008 – Revisão 02 12 
 
 
Agora monte você o acorde de A (Lá maior) a partir das informações que você já tem, adicionando 
no diagrama abaixo as notas necessáriaspara formar o acorde. Lembre-se que a tônica é quem dá nome ao 
acorde, ou seja, no caso abaixo a tônica é A. 
 
 
Lendo as cifras 
 
Cifras são os nomes dos acordes que ficam em cima da letra da música. 
No início é um pouco difícil para o aluno acompanhar as músicas cifradas, pois ele vai ter de ler a 
música, ler as notas que estão sob a letra, trocar os acordes no momento certo, executar o ritmo de maneira 
correta e por vezes ainda cantar. 
Você já deve ter visto alguma daquelas revistas de músicas cifradas que encontramos nas bancas de 
jornal, pois bem, aquele tipo de transcrição é universal e em qualquer parte do planeta um músico 
reconhece as cifras. Veja no exemplo abaixo a música Cabocla Tereza que é uma toada: 
 
 
 
 
E A E B7 A B7 A B7 
Há tempo eu fiz um ranchinho pra minha cabocla morar , pois era ali nosso ninho, bem longe desse 
 E 
lugar.... 
 
Os acordes devem ser mudados exatamente no momento em que se forem cantar as silabas 
sublinhadas, não podendo em hipótese alguma serem mudadas antes e nem depois, pois se isto ocorrer 
você estará “fora do tempo” da música (para que dirige é como se ao sair com o carro você mudasse da 1ª 
marcha para a 5ª ao invés da 2ª, 3ª e assim por diante). Seja exigente com você mesmo e habitue-se a 
trocar os acordes no momento certo, para tanto é necessário estudar a letra da música, a melodia, o ritmo e 
principalmente os acordes utilizados. 
 
Você vai conhecer agora os ritmos mais utilizados na viola caipira e a execução de cada um deles 
vai depender de muito e exercício e paciência, afinal de contas para muitos alunos, os dedos da MD e da 
ME nunca fizeram tais movimentos e é preciso acostumá-los com a nova postura. Infelizmente não é do 
dia para a noite que isso acontece, portanto vamos tratá-los um a um. No final do método estão algumas 
letras cifradas e estribilhos técnicos onde você poderá treinar. Todas as músicas integram o CD de áudio. 
 
Ano 2008 – Revisão 02 13 
 
Ritmos 
 
Definição de Ritmo: é o movimento ordenado de sons dentro de um tempo. A partir de agora vai 
ser muito importante você assistir aos vídeos com muita atenção para executar os movimentos de maneira 
correta e com técnica. (Já tive vários alunos que montavam os acordes com perfeição, mas não executavam 
o ritmo de maneira correta e a maioria teve grandes dificuldades de “consertar” o que julgavam que 
estavam fazendo certo. Isto ocorre pela falta de material disponível no mercado e de professores que tratem 
exclusivamente da viola caipira) 
Inicialmente vamos utilizar os três acordes que já vimos anteriormente; E7 (Mi com sétima), A (Lá 
maior) e D (Ré maior) para treinar cada ritmo, pois a esta altura você já deve ter treinado muito bem cada 
um deles. 
 
1º Ritmo – Cururu 
 
O cururu é utilizado em muitas músicas sertanejas como Menino da Porteira, Relógio Quebrado, 
Peito Sadio, etc. 
O cururu consiste no movimento de descer com o polegar da MD de cima para baixo dando uma 
leve abafada nas cordas no fim do percurso, em seguida com o dedo indicador tocam-se as cordas subindo 
e descendo e outra abafada sutil. A cada vez que você realiza este ciclo de movimentos completa-se um 
compasso. O ritmo em si consistirá em repetir continuamente vários compassos. (Vídeo 4). 
 
Veja a célula rítmica abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vamos então começar a trabalhar sua 1ª música: O menino da porteira que é um hino da música 
sertaneja. Certo dia a TV Globo me procurou para fazer uma matéria sobre viola caipira (esta matéria está 
no youtube) e a música escolhida foi justamente esta, pois em qualquer parte do país não importa que ritmo 
a pessoa goste ou o grau de sua formação, de uma forma ou de outra ela conhece esta canção ou no 
mínimo parte dela. 
 
Primeiramente vamos estudar a base dessa música, ou seja, os acordes para execução da melodia da 
mesma. Uma boa base é como se fosse um asfalto novo para o carro, pois quem fizer o ponteio ficará 
tranqüilo para solar como se estivesse dirigindo por uma estrada macia e sem buracos. Mais adiante 
vamos estudar o estribilho desta música. 
 
Lembre-se de trocar os acordes exatamente em cima da sílaba onde está localizado o nome do 
mesmo. Execute o ritmo com calma e atenção fazendo com que os acordes soem com clareza. 
 
A força não é um fator predominante para se tocar um instrumento, mas sim técnica e precisão. 
Execute o ritmo sem dar a impressão de que você esteja “surrando” a viola. Um posicionamento correto é 
muito importante. Não fique encurvado sobre a viola, relaxe os músculos, faça o aquecimento com a escala 
pseudo-cromática. Pressione os dedos da ME sempre no meio das casas. O negócio não é força, é jeito. 
 
 
Ano 2008 – Revisão 02 14 
 
 
O Menino da Porteira 
Tavinho Moura / Murilo Antunes - Tom: A (Estribilho – veja tablaturas “mas não agora”) 
A E7 
Toda vez que eu viajava pela estrada de Ouro Fino 
 A 
De longe eu avistava a figura de um menino 
 E7 
Que corria abrir a porteira e depois vinha me pedindo 
 D E7 A 
Toque o berrante seu moço que é pra eu ficar ouvindo 
 D E7 
Quando a boiada passava e a poeira ai abaixando 
 A 
Eu jogava uma moeda e ele saia pulando 
 E7 
Obrigado boiadeiro que Deus vá lhe acompanhando 
 D E7 A 
Naquele sertão afora meu berrante ia tocando (Estribilho) 
 
 E7 
Nos caminhos desta vida muito espinho eu encontrei 
 A 
Mas nenhum calou mais fundo do que esse que eu passei 
 E7 
Na minha viagem de volta qualquer coisa eu cismei 
 D E7 A 
Vendo a porteira fechada o menino eu não avistei 
 D E7 
Apiei o meu cavalo num ranchinho a beira chão 
 A 
Vi uma mulher chorando quis saber qual a razão 
 E7 
Boiadeiro veio tarde veja a cruz no estradão 
 D E7 A 
Quem matou o meu filhinho foi um boi sem coração (Estribilho) 
 
 E7 
Lá pras bandas de Ouro Fino levando gado selvagem 
 A 
Quando passo na porteira até vejo a sua imagem 
 E7 
O seu rangido tão triste mais parece uma mensagem 
 D E7 A 
Daquele rosto trigueiro desejando boa viagem 
 D E7 
A cruzinha do estradão do pensamento não sai 
 A 
Eu já fiz um juramento que não me esqueço jamais 
 E7 
Nem que o meu gado estoure, que eu preciso ir atrás 
 D E7 A 
Nesse pedaço de chão berrante eu não toco mais. 
 
 
Ano 2008– Revisão 02 15 
 
 
Vamos analisar esta música: Note que no 1º e no 2º verso estão sublinhadas as sílabas onde você 
deve efetuar a troca de acordes e no 3º verso isto não ocorre. Acontece que em 99,9% dos casos de letras 
cifradas que encontramos hoje em dia, principalmente na internet, são transcritas como no 3º verso. O 
problema é que em muitos casos estas cifras estão posicionadas nas silabas erradas e o aluno iniciante 
acaba trocando os acordes “fora do tempo” por não ter desenvolvido ainda o que chamamos de “ouvido 
educado”. É exatamente por isso que sublinhei o 1º e o 2º verso, para que você se acostume com o 
momento exato da troca de acordes e quando executar o 3º verso identifique com um lápis a silaba onde 
será feita a troca, pois eu lhe garanto que quando você estiver “andando com as próprias pernas” vão 
aparecer muitas musicas que precisarão destas correções. 
Os trechos abaixo representam a duração do acorde até a sua troca, note que neste 1o caso você 
executara vários compassos até trocar de A para E7, já no 2º caso as trocas serão feitas em um espaço 
mais curto de tempo e por isso devem ser bem treinadas. 
 
1º caso: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 2º caso: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estes tópicos parecem óbvios, mas é necessário deixá-los bem explicados, pois este método é 
voltado para aqueles nunca tiveram contato musical com nenhum instrumento, como também para os que 
já tem alguma noção e querem desvendar as belezas e alegrias que a viola caipira nos traz. 
Abordaremos mais adiante as tablaturas, que são gráficos utilizados para representar os estribilhos e 
ponteados da viola. 
Treine cada detalhe da música O menino da Porteira e quando você estiver tocando sem a 
necessidade de ficar olhando para a folha você pode iniciar com as tablaturas começando pelo estribilho da 
mesma que é muito fácil e a maioria das pessoas já tem sua melodia em mente. 
Todos os estribilhos também estão no DVD para que você assista e treine, mas tente identificar 
primeiro pelas tablaturas, pois este será o meio mais encontrado, como na internet por exemplo, para se 
representar os solos das mais diversas músicas. 
Um local tranqüilo e confortável é o ambiente propício para se treinar a viola. Evite aqueles 
momentos de maior correria do dia-a-dia. 
 
 
 
 
Ano 2008 – Revisão 02 16 
 
2º Ritmo - Toada 
 
A toda é um ritmo bem tranqüilo utilizada nas musicas como Cuitelinho, Chico mineiro, Boiadeiro 
Errante e Couro de boi, mas também pode ser utilizada em uma velocidade maior para músicas como 
Candieiro da Fazenda por exemplo. 
O ciclo de movimentos da toada é a seguinte: O polegar faz o movimento de descida das cordas, 
seguido pela subida e descida pelo indicador e novamente com o polegar efetuamos outro movimento de 
descida (Vídeo 5) 
Veja a célula rítmica: 
 
 
 
 
 
 
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Cuitelinho 
Paulo Vanzolini / Antônio Xandó - Tom: E 
(Estribilho) 
E B7 
Cheguei na beira do porto onde as ondas se espaia 
 E B7 
As garças dão meia volta e senta na beira da praia 
 E 
E o cuitelinho não gosta que o botão de rosa caia 
(Estribilho) 
 B7 
Ai quando eu vim da minha terra despedi das parentaia 
 E B7 
Eu entrei em Mato Grosso dei em terras Paraguaias 
 E 
Lá tinha revolução, enfrentei fortes bataias 
(Estribilho) 
 B7 
A tua saudade corta como um aço de navaia 
 E B7 
O coração fica aflito bate uma a outra fáia 
 E 
E os óios se enche d’água e até as vista se atrapáia 
 
 
Nesta canção você já está se deparando com novos acordes: E (Mi maior) e B7 (Si com sétima). 
Note que coloquei 03 diagramas e não apenas dois, já que a música só utiliza dois acordes. Acontece que 
no estribilho utilizamos o A (Lá maior) e é este o motivo de 3 diagramas. O acorde de “A” já foi utilizado 
na música O menino da porteira, portanto você já deve te-lo em mente. 
Utilize os diagramas para montar os acordes através da tabela de tríades que já vimos 
anteriormente, mas se você não conseguir poderá copiá-los do dicionário de acordes no fim do método. 
Preencha os diagramas a lápis para que depois de memorizados você possa apagá-los. Fazendo isto você 
estará se desprendendo dos diagramas e com certeza evoluindo para um nível mais técnico. 
 
 
Ano 2008 – Revisão 02 17 
 
3º Ritmo – Cateretê 
 
O cateretê é um ritmo que parece ser bem simples, mas exige bastante técnica em seu movimento, 
pois a MD trabalhará como se fosse um pêndulo subindo e descendo sendo que o polegar iniciará o 
compasso descendo pelas cordas, seguido de dois movimentos “em falso” subindo e descendo sem tocar 
nenhuma corda, duas subidas com o indicador tocando as cordas e por fim uma descida com o indicador. 
(Assista ao vídeo 6 com muita atenção) 
Atenção nos sentidos dos movimentos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Porta do Mundo 
Peão Carreiro e Zé Paulo - Tom: E (Estribilho) 
E A B7 
O som da viola bateu no meu peito e doeu meu irmão 
 A E 
Assim eu me fiz cantador sem nenhum professor aprendi a lição 
 E7 A 
São coisas divinas do mundo que vem num segundo a sorte mudar 
 E F# B7 
Trazendo pra dentro da gente as coisas que a mente vai longe buscar 
 A E B7 E 
Trazendo pra dentro da gente as coisas que a mente vai longe buscar 
 
 A B7 
Em versos se fala e canta o mal se espanta e a gente é feliz 
 A E 
No mundo das rimas e trovas eu sempre dei provas das coisas que fiz 
 E7 A 
Por muitos lugares passei mas nunca pisei em falso no chão 
 E F# B7 
Cantando interpreto a poesia, levando alegria onde há solidão 
 A E B7 E 
Cantando interpreto a poesia, levando alegria onde há solidão 
(Estribilho) 
 A B7 
O destino é o meu calendário e o meu dicionário é a inspiração 
 A E 
A porta do mundo é aberta, minh’alma desperta buscando a canção. 
 E7 A 
Com minha viola no peito meus versos são feitos pro mundo cantar 
 E F# B7 
É a luta de um velho talento, menino por dentro sem nunca cansar 
 A E G B7 E 
É a luta de um velho talento, menino por dentro... sem nunca cansar. 
 
Ano 2008 – Revisão 02 18 
 
Esta linda canção composta por Peão Carreiro e Zé Paulo, também apresenta alguns acordes novos: 
F# (Fá sustenido) e G (Sol maior), pois bem, estes dois acordes são o que chamamos de pestanas. Pesquise 
no dicionário de acordes e copie-os nos diagramas acima.Você irá notar que são apenas um traço no 
diagrama, mas que cobrem todos os pares. Isto significa que você terá de colocar o dedo 1 da ME de forma 
que ele pressione todas as cordas e que as mesmas emitam som. Coloquei um número insuficiente de 
diagramas propositadamente, pois os outros acordes você já os tem memorizados e daqui para frente só 
colocarei diagramas para os acordes novos que forem surgindo no decorrer do método. 
 
Antes de passarmos ao próximo ritmo vamos atentar para alguns detalhes que quase ninguém trata.Um bom músico é como se fosse um bom pescador. Com certeza você conhece algum pescador e 
sabe que ele tem as famosas “tralhas” como varas diversas, molinetes, linhas, anzóis, etc. Neste ponto de 
nosso curso você já deve começar a pensar nas “tralhas do violeiro” que consistem numa pasta para 
acondicionar as músicas de seu repertório, uma estante de partitura para colocar sua pasta, um afinador, se 
sua viola tiver captação você precisará de um cabo tipo P10 de no mínimo 5 metros, cordas sobressalentes 
e o mais importante: a correia, pois mesmo sentado é importante que você a use para evitar quedas do 
instrumento. Já presenciei instrumentos irem ao chão e ficarem muito danificados pelo simples fato de seus 
donos não terem dado importância ao uso da correia. 
Vou colocar aqui alguns “toques” sobre instrumentos e cordas, pois as informações sobre os 
mesmos são escassas e quando perguntadas para algum violeiro, este por vezes não sabe informar ou por 
nunca ter experimentado algum tipo de corda ou instrumento novo ou mesmo por pura inocência. Isso 
mesmo inocência, pois por estas andanças que faço já conheci muitos violeiros que tocam uma barbaridade 
e são completamente analfabetos, nunca fizeram uma aula sequer de viola, aprenderam vendo seus 
parentes e amigos, portanto não sabem nem os nomes das cordas quanto mais informações técnicas. 
As opiniões abaixo expressadas são referentes a experiência do autor no uso diário destes 
equipamentos e não tem a intenção de classificar nenhum como melhor ou pior, apenar dar referência ao 
aluno na hora de sua escolha. 
Violas: São diversas marcas disponíveis no mercado. 
A Tonante tem som bem grave, este tipo de viola costumamos de chamar de “pagodeira” mas com 
braço muito grosso e acabamento que por vezes deixa a desejar. Na hora da compra deve-se olhar com 
muito cuidado. A relação custo benefício compensa, pois é uma das mais baratas do mercado. 
A Giannini tem vários modelos que também variam em preços. No geral suas violas são bem 
concebidas e com acabamento muito bonito. Todas produzem um som muito bom. 
Trabalhei um bom tempo com uma Rozzini modelo clássica e confesso que me arrependi de te-la 
vendido, deveria ter restaurado. Infelizmente minhas violas têm vida útil muito curta devido a tantas aulas 
e shows. A viola rozzini tem um acabamento bom, mas alguns modelos como a caipira por exemplo, 
trazem um braço grosso. Outro detalhe é que estas violas vem de fábrica com cordas da marca D’adário, é 
recomendável sua troca, o motivo descreverei mais a frente. 
As famosas Del Vechio são excelentes quando conservadas, pois se tratam de instrumentos antigos 
e a maioria das pessoas não tinham muito zelo com as mesmas. Elas tem um som lindo e hoje em dia só as 
marcas feitas por luthier (pessoa que faz instrumentos) tem um calibre igual Se alguém te oferecer alguma 
procure um luthier para que ele possa lhe dar um suporte técnico. 
Marquês é a marca de minha viola atual. Tem um som mais agudo, com braço mais fino que as 
encontradas no mercado o que facilita muito na hora do ponteio, tem um acabamento muito bom e um 
desenho diferente na sua construção. 
Cordas: Também são várias as marcas e é importante frizar que cada viola tem uma aceitação 
melhor com um tipo de corda. Para saber o tipo de corda para sua viola é muito simples: Você vai ter de 
experimentar todas e analisar a que melhor se comportou no instrumento. Tem um detalhe: a corda é um 
dos fatores mais importantes não importando a marca de sua viola, portanto sempre que puder coloque um 
jogo novo. Recomendo a troca a cada três meses, mas se você está tocando bastante troque ao menor sinal 
de desgaste, pois as cordas muito usadas começam a gastar os trastos e você acabará danificando o 
instrumento. 
 
 
 
Ano 2008 – Revisão 02 19 
 
 
D’adário trata-se de um encordoamento fabricado nos EUA e confesso que os americanos podem 
entender de tudo, menos de viola caipira, pois esta corda deixa a viola com um som “reverbado”, parece 
 que tem uma pedaleira ligada, além do diâmetro da corda ser maior e tensão alta. Sua vantagem é a 
durabilidade, pois é muito difícil quebra-la. 
Canário é uma corda relativamente barata, mas em contraponto suas cordas quebram com 
facilidade. 
Giannini cobra é uma corda com preço muito bom e é bem macia, mas se você tiver uma “pegada” 
mais forte ela quebrará com facilidade. Para se ter uma idéia um jogo novo em minha viola só dura uma 
semana e meia. 
Rouxinol é a marca que melhor se adaptou em minha Marquês. Tem um timbre muito bom e não 
quebram com facilidade, porém existe também a Rouxinol Máximo que tem uma tensão muito alta e pode 
danificar instrumentos com braço muito fino. 
Fenisson é uma corda macia e também com preço muito bom, porém a famosa contra-turina quebra 
com facilidade. 
 Podemos agora a voltar aos ritmos. 
 
4º Ritmo – Rasta pé 
 
O rasta pé é utilizado em músicas como Cabelo loiro, Moreninha Linda, etc. Seus movimentos 
consistem numa mecânica muito simples, porém quando executadas em várias musicas seguidas (poutt-
pourri) podem gerar cansaço. O polegar toca apenas os pares 4 e 5 de cima para baixo e os dedos i, m e a 
tocam o restante das cordas também de cima para baixo num movimento bem ligeiro.(Vídeo 7) 
Veja a figura abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cana verde 
Tonico e Tinoco - Tom: E 
E B7 E B7 E 
Abra a porta ou a janela venha ver quem é que eu sou 
 B7 E B7 E 
Sou aquele desprezado que você me desprezou 
 B7 E B7 E 
Eu já fiz um juramento de nunca mais ter amor 
 B7 E B7 E 
Pra viver, penar chorando, por todo lugar que eu vou 
 B7 E B7 E 
Quem cantá seus maus espanta, chorando será pior 
 B7 E B7 E 
Um amor que vai e volta a volta é sempre melhor 
 B7 E B7 E 
Chora viola e sanfona, chora triste o violão 
 B7 E B7 E 
Tudo o que é madeira chora, quem dirá meu coração 
 
 
Ano 2008 – Revisão 02 20 
 
 
A música Cana Verde é um rasta pé que exige a troca de acordes rápidos e precisos. Como é uma 
canção de conhecimento popular deverá ser fácil sua memorização, pois os acordes já são nossos velhos 
conhecidos, então o maior foco será no ritmo e na troca dos acordes no momento correto. O acorde de B7 
(Si com sétima) que recomendei é excelente para que os dedos da ME comecem a ter o domínio das 
cordas, isto porque o acorde de E utiliza as cordas soltas e logo em seguida você terá de prendê-las ao 
mesmo tempo em casas diferentes, realizando um “alongamento”. A tarefa é fazer isso sem prejudicar o 
ritmo e o som também deve ter qualidade. 
 
5º Ritmo - Valsa 
 
O ritmo da valsa tem uma mecânica semelhante ao do rasta pé, porém é bem tranqüila e consiste na 
descida do polegar nos pares 4 e 5, seguidos de duas descidas dos dedos i, m e a. Se você já toca violão 
poderá fazer como no mesmo: descendo por todas as cordas com o polegar e subindo duas vezes com o 
indicador. (No vídeo 8 está somente a maneira da viola). 
 
A célula rítmica 1 é a utilizada na viola e a célula 2 a utilizada no violão: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estrada da Vida 
José Rico - Tom: A 
A E7 A E7 
Nesta longa estrada da vida, vou correndo e não posso parar 
 D A E7 A 
Na esperança de ser campeão, alcançando o primeiro lugar 
 D A E7 A A7 
Na esperança de ser campeão, alcançando o primeiro lugar 
 D A 
Mas o tempo secou minha estrada e o cansaçome dominou 
 E7 D E7 A 
Minhas vistas se escureceram e o final da corrida chegou 
 
 E7 A E7 
Este é o exemplo de vida para quem não quer compreender 
 D A E7 A 
Nós devemos ser o que somos, ter aquilo que bem merecer 
 D A E7 A A7 
Nós devemos ser o que somos, ter aquilo que bem merecer 
 D A 
Mas o tempo secou minha estrada e o cansaço me dominou 
 E7 D E7 A 
Minhas vistas se escureceram e o final dessa vida chego 
Ano 2008 – Revisão 02 21 
 
 
O acorde de preparação é muito utilizado em todos os estilos musicais. Ele serve muitas vezes de 
referência para quem está cantando “entrar” na hora certa. Na música acima, note que ele não está em cima 
de nenhuma palavra, portanto você deve realizar mais um compasso após o A e em seguida trocar para A7. 
 
6º Ritmo – Guarânia 
 
Para desenvolver a técnica deste ritmo é preciso muita disciplina e concentração. Vamos utilizar um 
movimento chamado Rasqueado aberto que consiste na descida dos dedos m, a e i uma a um resvalando 
sobre as cordas (Movimento 1). Outro movimento que chamamos de Rasqueado fechado, onde os dedos 
m, a e i também descem só que desta vez juntos e abafando as cordas ao fim do percurso (Movimento 2). 
O polegar desce (movimento 3). O indicador sobe (movimento 4). Por fim o indicador desce (movimento 
5). (Vídeo 9. 
 
Veja a célula rítmica: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tocando em Frente 
Almir Sater / Renato Teixeira - Tom F# 
F# E B 
Ando devagar porque já tive pressa e levo esse sorriso porque já chorei demais 
F# E B 
Hoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabe só levo a certeza de que muito pouco eu sei 
 F# 
Ou nada sei.... 
E C#m E C#m B 
Conhecer as manhas e as manhãs, o sabor das massas e das maçãs 
E C#m E C#m E 
É preciso amor prá poder pulsar. É preciso paz pra poder sorrir 
 B 
É preciso chuva para florir 
F# E B 
Penso que cumprir a vida seja simplesmente compreender a marcha e ir tocando em frente 
F# E B 
Como um velho boiadeiro levando a boiada. Eu vou levando a vida pela longa estrada eu vou 
 F# 
Estrada eu sou... 
 
Todo mundo ama um dia, todo mundo chora. Um dia a gente chega no outro vai embora 
 
Cada um de nós compõe a sua história, cada ser em si carrega o dom de ser capaz 
 
De ser feliz... 
 
 
Ano 2008 – Revisão 02 22 
 
 
Como de costume apareceram mais dois novos acordes: B (Si maior) e C#m (Dó sustenido menor) 
e mais uma vez você irá preencher os diagramas a lápis para depois de memorizados apaga-los. 
Esta também é uma música muito conhecida e de propósito o terceiro verso não está cifrado. Se 
você está seguindo rigorosamente os passos deste método, com certeza já será capaz de cifrar este último 
verso. Daqui para frente este procedimento será padrão, ou seja, o último verso das músicas você irá cifrar. 
Esta é uma forma de testar e praticar o próprio ouvido e também de ser capaz de cifrar músicas 
sozinho.Garanto que este procedimento irá ajudar no aprendizado, pois como já dizia meu avô: “Rapadura 
é doce mais não é mole não”. 
 
7º Ritmo – Querumana 
 
Grandes sucessos sertanejos como Meu Reino Encantando, Franguinho na Panela e Prato do Dia 
são tocados nesse ritmo. 
Sua execução é simples por se tratar de movimentos de sobe e desce, não requer muita técnica e 
dispensa detalhes descritivos. Observe a célula rítmica e assista ao vídeo 10 tendo atenção apenas no 
tempo de abafar as cordas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Franguinho na Panela 
Moacyr dos Santos / Paraíso – Tom: A 
A E7 
O recanto onde moro é uma linda passarela 
 A 
O carijó canta cedo bem pertinho da janela 
 E7 
Eu levanto quando bate o sininho da capela 
 D A 
E lá vou eu pro roçado, tenho Deus de sentinela 
 E7 A 
Tem dias que o meu almoço é um pão com mortadela 
 A7 D Bm E7 A 
Mas lá no meu ranchinho a mulher e os filhinhos, tem franguinho na panela 
 
 E7 
 Eu tenho um burrinho preto bom de arado e bom de cela 
 A 
 Pro leitinho das criança a vaquinha cinderela 
 E7 
 Galinhada no terreiro, papagaio tagarela 
 D A 
 Eu ando de qualquer jeito, de botina ou de chinela 
 E7 A 
 Na roça se a fome aperta, vou apertando a fivela 
 A7 D Bm E7 A 
 Mas lá no meu ranchinho a mulher e os filhinhos, tem franguinho na panela 
Ano 2008 – Revisão 02 23 
 
 
 E7 
 
Quando eu fico sem serviço a tristeza me atropela 
 A 
Eu pego uns bicos pra fora e deixo cedo a currutela 
 E7 
Eu levo meu viradinho é um fundinho de tigela 
 D A 
É só farinha com ovo, mas da gema bem amarela 
 E7 A 
É esse o meu almoço, que desce seco na goela 
 A7 D Bm E7 A 
Mas lá no meu ranchinho a mulher e os filhinhos, tem franguinho na panela 
 
 Minha mulher é um doce e diz que eu sou o doce dela 
 
 Ela faz tudo pra mim e tudo o que eu faço é pra ela 
 
 Não vestimos lã nem linho é no algodão e na flanela 
 
 É assim a nossa vida que levamos na cautela 
 
 Se eu morrer Deus dá um jeito, pois a vida é muito bela 
 
 Não vai faltar no ranchinho pra mulher e os filhinhos, o franguinho na panela 
 
Na seqüência de acordes A7 (Lá com sétima), D (Ré maior) e Bm (Si menor) dos trechos 
sublinhados você executará um compasso para cada acorde. Embora o ritmo seja relativamente fácil, a 
troca de acordes no tempo certo pode ser um pouco mais complicada, mas nada que um pouco de treino 
não resolva. 
 
Vale ressaltar que você deve estar sempre revisando os ritmos já ensinados e treinando-os 
constantemente, pois daqui pra frente “o bicho vai pegar” e não é brincadeira. Neste momento, comece a 
estudar paralelamente com os ritmos o dicionário de acordes no fim deste método. Monte os acordes e 
execute os ritmos que você já aprendeu. 
O ápice do violeiro é quando ele aprende a tocar o ritmo do pagode, mas de nada adianta tocar bem 
o pagode se não souber os recortados do mesmo e é exatamente aí que quero chegar: O domínio dos ritmos 
já passados e dos poucos que restam à frente farão com que você toque o pagode com mais facilidade. 
Digo a você com toda sinceridade que conheço muitos violeiros, mas são poucos os que tocam o pagode 
com perfeição e beleza. 
Ainda temos muito trabalho pela frente, então vamos ao próximo ritmo. 
 
8º Ritmo – Corta Jaca 
 
 O Corta Jaca é uma variação do cururu, sendo que se ambos estiverem sendo tocadosao mesmo 
tempo (duas violas), o som se “encaixará” um com o outro dentro do tempo certo. O movimento se inicia 
com a descida do polegar seguida de um rasqueado aberto, uma subida do indicador, outra descida do 
polegar e por fim uma descida com os dedos i, m e a juntos. (Vídeo 11) 
 
 
 
 
 
 
Ano 2008 – Revisão 02 24 
 
 
Caçador 
Tião Carreiro / Carreirinho 
 
B7 
Mandei faze uma canoa fundo preto e barras claras 
 (Clichê - ver tablaturas) 
Dois remos de guarantã e um varejão de guaiçara 
 A B7 E B7 (Estribilho-ver tablaturas) 
Ai, ai, o apoito pesa uma arroba jogo n’agua o bote para 
 
B7 
Em uma trela de cachorro o marengo e a caiçara 
 (Clichê) 
A sua especialidade corre anta e capivara 
 A B7 E B7 (Estribilho) 
Ai, ai, sorto os cachorro no rastro, vai rebentando taquara 
 
B7 
Eu tenho uma cartucheira de qualidade bem rara 
 (Clichê) 
É uma dois cano trunchado que até pranchão ela vara 
 A B7 E B7 (Estribilho) 
Ai, ai, anta deita na fumaça na hora que ela dispara 
 
B7 
A anta se apixa n’agua na correnteza não para 
 (Clichê) 
Vai com a cabeça de fora e a dois cano já dispara 
 A B7 E B7 (Estribilho) 
Ai, ai, a bicha prancheia n’agua é só fisgar ela na vara 
 
 
Do couro eu tranço um laço, cabeçada e rédeas caras 
 
A carne eu vendo no açougue, mas pro gasto nós separa 
 
Ai, ai, também faço meus pagodes nas noites de lua clara. 
 
 
 
 
 Execute este movimento quando fizer o acorde de B7. O estribilho desta música assim como 
todas as outras estão está em tablaturas e o clichê a ser executado nos trechos marcados também. O DVD 
contém todos os solos e estribilhos das músicas deste método. 
 
Agora vamos aos dois últimos ritmos deste método e que estão estritamente ligados um ao outro. O 
cipó preto e o pagode. Para treiná-los vamos utilizar a música Pagode Brasília, pois até hoje não conheci 
nenhum aluno que não quisesse tocá-la. 
Existem ainda outros ritmos que farão parte do próximo método (Viola de Ouro Vol II) que estará 
pronto em breve e é destinado aos que já tem uma intimidade maior com a viola e abordará mais a fundo a 
teoria musical, inclusive partituras exclusivamente escritas para viola caipira. 
 
 
 
Ano 2008 – Revisão 02 25 
 
 
9º Ritmo – Cipó Preto 
 
O cipó preto é o ritmo que faz contra-tempo com o pagode, ou seja, enquanto um violão ou viola 
toca o cipó preto, uma outra viola executa o pagode. Esse é o segredo dos pagodes de viola. Sua execução 
consiste num primeiro movimento de abafar as cordas, em seguida uma descida e uma subida com os 
dedos i, m e a, outra abafada e por fim uma descida novamente com os dedos i, m e a. (Vídeo 12) 
 
Veja a célula rítmica: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Treine bastante este ritmo até que você o toque naturalmente para depois passar para o pagode. 
Toque a música Pagode Brasília em cipó preto várias vezes. 
 
 
10º Ritmo – Pagode 
 
Chegamos então ao famoso pagode. Este é ritmo é por excelência o mais bonito e “enjoado”na 
minha opinião.Sua execução está divida em 6 (seis) partes, onde os movimentos 1 e 4 são mais longos, os 
movimentos 3 e 5 são um rasqueado fechado. Assista ao vídeo 13 com atenção e contando todos os seis 
movimentos da MD. Para facilitar, dividi a célula rítmica ao meio com uma linha imaginária, deste modo 
você pode treinar a primeira parte e depois a segunda, só então você unirá as duas e fará o movimento 
completo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Treine o pagode sempre contando todos os seis movimentos até que você os faça naturalmente, isto 
porque os recortados do pagode (os enfeites) são executados entre um compasso e outro do ritmo, então é 
necessário domínio completo da técnica para realizá-los. 
 
 
Ano 2008 – Revisão 02 26 
 
 
Recortado do Pagode 
 
O recortado do pagode é simples mas exige técnica e precisão. Assista aos vídeos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pagode em Brasília 
Teddy Vieira /Lourival dos Santos – Tom E 
 
E B7 
Quem tem mulher que namora, quem tem burro empacador 
 E B7 
Que tem a roça no mato me chame que jeito eu dou 
 E E7 A (A E A ) – um toque em cada acorde 
Eu tiro a roça do mato, sua lavoura melhora 
 B7 E 
E o burro empacador eu corto ele na espora 
 B7 E B7 E 
E a mulher namoradeira eu paço o couro e mando embora 
 
(Estribilho) 
 B7 
Tem prisioneiro inocente no fundo de uma prisão 
 E B7 
Tem muita sogra encrenqueira e tem violeiro embrulhão 
 E E7 A (A E A) – Repete como acima 
Pros prisioneiro inocente eu arranjo advogado 
 B7 E 
E as sogra encrenqueira eu do de laço dobrado 
 B7 E B7 E 
E os violeiro embrulhão com meus versos estão quebrado 
 
(Estribilho) 
 B7 
Bahia deu Rui Barbosa, Rio Grande deu Getúlio 
 E B7 
Em minas deu Juscelino de São Paulo eu me orgulho 
 E E7 A (A E A) 
Baiano não nasce burro, gaúcho é o rei das conchilhas 
Ano 2008 – Revisão 02 27 
 
 
 B7 E 
Paulista ninguém contesta é o brasileiro que brilha 
 B7 E B7 E 
Quero ver cabra de peito pra fazer outra Brasília 
 
(Estribilho) 
 
No estado de Goiás meu pagode está mandando 
 
No bazar do Valdomiro em Brasília o Soberano 
 
No repique da viola balancei o chão goiano 
 
Vou fazer a retirada e despedir dos paulistanos 
 
Adeus que eu já vou me embora que Goiás ta me chamando. 
 
 
Você deve notar que nesta música contém vários acordes fora das frases, isto ocorre pelo fato do 
pagode conter vários “enfeites” na sua execução que são os recortados.. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ano 2008 – Revisão 02 28 
 
Arpejos 
 
Para que você treine as escalas duetadas é necessário treinar a MD para se tocar com mais técnica. 
Os arpejos são nossa ferramenta. Os arpejos também são conhecidos por outros nomes na linguagem da 
viola caipira como: Moedão, Pedaleiras, P P I P, etc. 
Vamos então estudar alguns destes arpejos da seguinte maneira: Na figura abaixo os números 
dentro dos círculos representam os pares de cordas (lembrando que eles são contados de baixo para cima) e 
as letras em cima dos círculos representam os dedos da MD. Assim como nos ritmos o ciclo vai se 
repetindo (Vídeos 14, 15 e 16) 
 
 
1º ) 
 
 
 
 
 
 
2º ) 
 
 
 
 
 
 
3º ) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os arpejos acima são os mais utilizados e não são os únicos existentes. Como este método é uma 
iniciação ao violeiro, apresentei exatamente dois estilos utilizados na música caipira e o 3º que é muito 
utilizado no estilo barroco (clássico). Recomendo sempre aos meus alunos que busquem sempre mais 
informações com outros violeiros, internet, filmes (Tião Carreiro e Pardinho já participaram de um filme 
chamado “Sertão em Festa”, assim como Milionário e José Rico fizeram um retratando a própria carreira 
que se chama “Estrada da Vida”) e shows. A Orquestra Paulistana de Viola Caipira regida pelo Maestro 
Rui Tornezze que é um grande amigo e parceiro, lançou um DVD da OPVC com um show onde você pode 
confirmar vários pontos aqui explicados, além de poder acompanhar com sua viola, pois a afinação 
utilizada também é Cebolão em E. 
Como autor deste método posso te dizer com sinceridade: - Não fique preso somente a estes 
exercícios e teorias. Procure ampliar seus horizontes musicais. Quando for viajar,leve sua viola, você vai 
ficar surpreso com a receptividade que a maioria das pessoas tem com a música raiz. Procure sempre tocar 
com quem sabe mais do que você, sem menosprezar os que sabem menos, pois a maioria dos violeiros são 
pessoas simples, com coração puro e ainda por vezes, tocam por puro instinto e afinam suas violas “de 
ouvido”. 
A viola tem a magia de unir as pessoas em um ambiente sadio e contagiante. Tenha este espírito 
com você na sua vida de violeiro. 
 
 
Ano 2008 – Revisão 02 29 
 
Escalas Duetadas 
 
 
Para executar os estribilhos e ponteados das músicas utilizamos as escalas duetadas. Treine cada 
escala com atenção especial na colocação correta dos dedos da ME, procure obter qualidade de som em 
todas as casas tocadas não se preocupando com velocidade no início. É claro que quanto mais agilidade 
você tiver, mais bonito ficará o som. Nos diagramas abaixo os números representam os dedos da ME e os 
traços em vermelho que os unem, indicam que eles são tocados ao mesmo tempo. O número “O” (zero) 
indica que a corda deve ser tocada solta. (Vídeos 17, 18, 19, 20, 21, 22 e 23) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tenha o hábito de estar sempre praticando as escalas e com o passar do tempo você vai notar que 
muitos estribilhos têm semelhanças entre si e esse fato torna a aprendizagem mais fácil. 
Depois de adaptado a seqüência da escala, utilize um dos arpejos para tocá-los. 
 
 
Muitas pessoas tecem grandes elogiam ao me verem tocando, mas como diz o dito popular: Você vê 
as pinga que eu bebo mas não vê os tombo que eu levo” . Eu treinei e treino muito até hoje, embora eu 
ensine, ainda me considero um aluno. A música é como a matemática, ou seja, infinita, portanto meu 
amigo a receita é essa: TREINO, TREINO E MAIS TREINO. 
 
 
 
 
 
Ano 2008 – Revisão 02 30 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As tablaturas estão associadas diretamente com os 
estribilhos das músicas, portanto é muito importante 
que você treine todas com calma e atenção. 
 
As escalas dos 1º e 2º pares, 2º e 3º pares, 3º e 4º pares 
e 4º e 5º pares são chamados de escaladas em terça . 
 
As escaldas dos 1º e 3º pares, 2º e 4º pares e 3º e 5º 
pares são chamadas de escala em sexta 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ano 2008 – Revisão 02 31 
 
Mini-Dicionário de acordes: 
Existe mais de uma maneira de se montar o mesmo acorde. 
 
Acordes em Dó 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Número ao lado do diagrama representa que a pestana deve ser feita na 8ª casa 
 
Acordes em Ré 
 
 
 
 
 
 
 
 
Acordes em Mi 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Acordes em Fá 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ano 2008 – Revisão 02 32 
 
Acordes em Sol 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Acordes em Lá 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Acordes em Si 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estude estes diagramas, entenda a construção de cada um utilizando a tabela de tríades da página 
06. Utilize os diagramas abaixo para adicionar acordes novos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ano 2008 – Revisão 02 33 
 
 
Tablaturas 
 
As tablaturas são o meio mais fácil de se representar o solo ou estribilho de qualquer música, 
entretanto você deve saber a melodia da mesma, ou seja, o tempo de execução. 
Não confunda a leitura da tablatura com a da escala duetada, pois agora os números representam as 
CASAS que devem ser pressionadas as cordas e NÃO os dedos da ME. 
Veja os dois exemplos abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Na figura “A” deve-se tocar o 1º par preso na casa 4 e o 2º par preso na casa 5 ao mesmo tempo, na 
seqüência prendemos o 1º par na casa 5 e o 2º par na casa 7 e também tocamos as duas ao mesmo tempo. 
Isto ocorre porque os números estão alinhados entre eles (veja a linha imaginária). 
 
Na figura “B” não ocorre o alinhamento dos números, portanto devemos tocá-los um a um. Zero 
significa corda solta, ou seja, no exemplo acima se deve tocar o 5º par solto, em seguida prende-lo na casa 
2 e tocar, depois na quarta casa, passando para o 4º par na casa 2, retornando para o 5º par e assim por 
diante. 
 
Os acordes que estiverem acima da tablatura são destinados ao instrumento que estiver fazendo a 
base do solo, ou seja, executando o ritmo enquanto a viola toca o estribilho. Estes acordes seguem a 
mesma regra das musicas cifradas, sendo trocados exatamente onde estão localizadas. 
 
Assistindo aos vídeos você irá compreender melhor as tablaturas. 
 
Estribilho - Menino da porteira (Vídeo 24) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estribilho – Cuitelinho (Vídeo 25) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ano 2008 – Revisão 02 34 
 
Estribilho – Porta do Mundo (Vídeo 26) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estribilho – Cana Verde (Vídeo 27) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estribilho – Estrada da Vida (Vídeo 28) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estribilho – Tocando em Frente (Vídeo 29) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estribilho – Franguinho da Panela (Vídeo 30) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Na ligadura do estribilho acima, você pressiona e toca a casa 4 e em seguida pressiona a casa 5 sem 
tocá-la, como se estivesse dando uma “martelada” para que ela emita som. 
Ano 2008 – Revisão 02 35 
 
 
Estribilho – Caçador (Vídeo 31 e 32) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Neste estribilho utilizamos uma técnica muito comum na viola caipira chamada Slide (pronuncia-se 
isláide) que é representada pela barra “/”. 
No caso acima você prenderá o 4º par na casa 2, tocará e sem soltar a corda deslizará o dedo até a 
casa 7. O mesmo acontece com o 1º e 2º par, só que desta vez tocando os dois pares juntos. 
 
 
Clichê – Este “enfeite” é 
Sempre utilizado nas músicas 
Caipiras. 
 
 
 
Estribilho - Pagode em Brasília (Vídeo 33) 
 
 
Neste estribilho utilizamos outro recurso que encanta a maioria das pessoas e sua execução é 
extremamente simples, são os harmônicos. Se você apenas encostas o dedo 3 da ME como se fizesse uma 
pestana no trasto 12 (o ferrinho que divide as casas), mas sem pressionar o dedo e toca-lo, obteremos um 
harmônico de E. No trasto 7 também obtemos este efeito, é o harmônico de B. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estribilho – Mala Amarela (Vídeos 34 e 35) 
 
 
 
 
 
 
 
 Estribilho técnico e muito pedido nas rodas de viola. 
 
 
 
 
 
Ano 2008 – Revisão 02 36 
 
 
Estribilho – Hino de Reis (Vídeo 36) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estribilho – Pescador e Catireiro (Vídeo 37) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Note que o clichê que une as duas partes do solo é o mesmo utilizado na música Caçador. 
 
 
 
Estribilho – Boiadeiro Errante (Vídeo 38) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estribilho – Saudade da Minha Terra (Vídeo 39) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este estribilho também é considerado um hino da música sertaneja. 
 
 
Ano 2008 – Revisão 02 37 
 
 
Letras de musicas 
 
 
Mala Amarela 
Caetano Erba / Paraíso 
Tom: E 
Ritmo: Guarânia 
Estribilho 
E B7 E 
1)Era quatro e meia, passava um pouquinho e o fosco clarinho rasgava o varjão 
 B7 E 
Era o trem noturno que vinha apontando e logo parando na velha estação 
 A G#m F#m B7 
Meu corpo tremia, meus olhos molhavam, o meu pai do lado e a mala no chão 
 A E B7 E 
Beijei o seu rosto e disse na hora, o mundo lá fora me espera paizão. 
 
Clichê 
 
2)Entrei no vagão e corri pra janela e a mala amarela do velho eu catei 
 
O trem deu partida soqueou bruscamente e ali novamente sua mão eu beijei 
 
Um pouco pra diante vi minha casinha e a minha mãezinha de pé no portão 
 
Ela não me viu e o trem na corrida, ouvi as latidas do velho sultão. 
 
Estribilho 
 
3)Um certo senhor da poltrona vizinha, dizia que vinha do paranazão 
 
E disse também num jeito cortez é a primeira vez que deixo o sertão 
 
Pedi seu conselho e ele me disse seu mo;co a velhice é dura demais 
 
Eu sou bem mais velho e posso aconselhar é duroficar distante dos pais 
 
Clichê 
E B7 E 
4)Eu nunca esqueci o que o velho falou e o tempo passou e pra casa eu voltei 
 B7 E 
Quem fica distante jamais se conforma, lá na plataforma meus pais avistei 
 A G#m F#m B7 
Desci comovido abracei ele é ela e a mala amarela meu filho eu não vi 
 A E B7 E 
Meu Pai acredite na fala de um homem, pra não passar fome a mala eu vendi 
 
F# B F# B 
Que pena, que pena era minha lembrança que eu trouxe de herança do seu avô 
 A E B7 E 
Mas deixa pra lá eu vou esquecer a herança é você e você já voltou. 
 
Se precisar cifrar os versos 2 e 3, faça a lápis para uma melhor memorização. 
Ano 2008 – Revisão 02 38 
 
 
 
Hino de Reis 
Criolo 
Tom: B 
Ritmo: Cururu (lento) 
 
Estribilho 
 
B E 
Vinte e cinco de dezembro quando o galo deu sinal 
 F# B 
Que nasceu o Menino Deus, numa noite de Natal 
 E 
Vinte e cinco de dezembro quando o galo deu sinal 
 F# B 
Que nasceu o Menino Deus,numa noite de Natal ai, ai 
 
 E 
A estrela do o Oriente fugiu sempre dos judeus 
 F# B 
Pra avisar os três Reis Santos que o Menino Deus nasceu. 
 E 
A estrela do Oriente fugiu sempre dos judeus 
 F# B 
Pra avisar os Três Reis Santos que o Menino Deus nasceu ai, ai. 
 
 E 
Os três Reis quando souberam viajaram sem parar 
 F# B 
Cada um trouxe um presente pro menino Deus saudar. 
 E 
Os três Reis quando souberam viajaram sem parar 
 F# B 
Cada um trouxe um presente pro Menino Deus saudar ai, ai 
 
 
Nesse instante no ranchinho passou a estrela da guia 
 
Visitou todos os presentes onde o Menino dormia 
 
Nesse instante no ranchinho passou a estrela da guia 
 
Visitou todos os presente onde o menino dormia ai, ai 
 
 
Deus lhe salve a casa santa onde é sua morada 
 
Onde mora o Deus Menino e a hóstia consagrada 
 
Deus lhe salve a casa santa onde é sua morada 
 
Onde mora o Dês Menino e a hóstia consagrada ai, ai 
 
Atenção na repetição do verso onde o acorde B está bem no final (ai) 
Ano 2008 – Revisão 02 39 
 
 
Pescador e Catireiro 
Cacique / Carreirinho 
Tom: E 
Ritmo: Corta Jaca 
Estribilho 
E 
Comprei uma mata virgem do Coronel Bento Lira 
 A 
Fiz um rancho de barrote, amarrei com cipó cambira 
 B7 Clichê (o mesmo usado em caçador) 
Fiz na beira da lagoa, só para pescar traíra 
E E7 A B7 
Eu não me incomodo que me chamem de caipira 
 E B7 E B7 E 
No lugar que eu chego e canto Muita gente se admira 
 
Estribilho 
E 
Canoa fiz de paineira, varejão de guaiuvira 
 A 
A poita pesa uma arroba, dois remos de sucupira 
 B7 Clichê 
Se jogo a tarrafa n’água, sozinho um homem não tira 
E A B7 
Capivara é bicho arisco quando cai na minha mira 
 E B7 E B7 E 
Puxo o arco e jogo a flecha. Lá no barranco revira. 
 
Estribilho 
 
Eu sou grande pescador, também gosto de um catira 
 
Quando eu entro num pagode, não tem quem não se admira 
 
No repique da viola, cantando o povo delira 
 
Se a tristeza está na festa eu chego ela se retira 
 
Bata palma e bato o pé, até as moça suspira 
 
Estribilho 
 
Muita gente não conhece o cantar da curruira 
 
Nem sabe o gosto que tem a pinga com sucupira 
 
Morando lá na cidade não se come cambuquira 
 
É por isso que eu gosto do sistema do caipira 
 
Pode até ficar de fogo, ele não conta mentira. 
 
 
 
Ano 2008 – Revisão 02 40 
 
 
Boiadeiro Errante 
Teddy Vieira 
Tom: A 
Ritmo: Toada 
 
Estribilho 
A E7 A E7 A E7 
Eu venho vindo de uma querência distante. Sou um boiadeiro errante que nasceu naquela serra 
 D E7 D E7 A 
O meu cavalo corre mais que o pensamento, ele vem no passo lento porque ninguém me espera. 
 E7 D E7 A E7 A 
Tocando a boiada auê, uê, uê boi. Eu vou cortando estrada. Uê boi (Bis) 
 
Estribilho 
A E7 A E7 A E7 
Toque o berrante com capricho Zé Vicente, mostre para esta gente o clarim das alterosas. 
 D E7 D E7 A 
Pegue no laço, não se entregue companheiro, chame o cachorro campeiro que esta rês e perigosa. 
 E7 D E7 A E7 A 
Olhe na janela auê, uê, uê boi. Que linda donzela uê boi (Bis). 
 
Estribilho 
 
Sou boiadeiro minha gente o que é que há? Deixe o meu gado passar, vou cumprir com minha sina. 
 
Lá na baixada quero ouvir a seriema, pra lembrar de uma pequena que eu deixei lá em Minas. 
 
Ela é culpada auê, uê, uê boi. De eu viver nas estradas uê boi (Bis) 
 
Estribilho 
 
O rio ta calmo e a boiada vai nadando, veja aquele boi berrando, Chico Bento corre lá. 
 
Lace o mestiço, salve ele das piranhas, tire o gado da campanha pra viagem continuar. 
 
Com destino a Goiás auê, uê, uê boi. Deixei Minas Gerais uê boi (Bis) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ano 2008 – Revisão 02 41 
 
 
Saudade da Minha Terra 
Goiá / Belmonte 
Tom: E 
Ritmo: Guarânia 
 
Estribilho 
E B7 
De que me adiante viver na cidade se a felicidade não me acompanhar 
 
Adeus paulistinhas do meu coração, lá pro meu sertão eu quero voltar 
 
Ver a madrugada, quando a passarada, cortando estradão saio a galopar 
 
Com satisfação, arreio o burrão cortando estradão eu saio a galopar 
 
E vou escutando o gado berrando, sabiá cantando no jequitibá. 
 
Estribilho 
 
Por Nossa Senhora, meu sertão querido, vivo arrependido por ter ter te deixado 
 
Nesta nova vida aqui na cidade, de tanta saudade eu tenho chorado 
 
Aqui tem alguém, diz que me quer bem, mas não me convém eu tenho pensado 
 
Eu fico com pena, mas esta morena não sabe o sistema que eu fui criado 
 
To aqui cantando, de longe escutando. Alguém está chorando com o rádio ligado. 
 
Estribilho 
 
Que saudade imensa do campo e do mato, do manso regato que corta as campinas 
 
Aos domingo eu ia passear de canoa, nas lindas lagoas de águas cristalinas 
 
Que doce lembrança daquelas lembranças, onde tinha dança e lindas meninas 
 
Eu vivo hoje em dia sem ter alegria. O mundo judia mas também ensina 
 
Estou contrariado, mas não derrotado, eu sou bem guiado pelas mãos divinas. 
 
Estribilho 
 
Pra minha mãezinha já telegrafei e já me cansei de tanto sofrer 
 
Esta madrugada estarei de partida pra terra querida que me viu nascer 
 
Já ouço sonhando o galo cantando o inhambu piando no escurecer 
 
A lua prateada, clareando a estrada a relva molhada desde o anoitecer 
 
Eu preciso ir, pra ver tudo ali, foi lá que nasci e lá quero morrer. 
 
 
Ano 2008 – Revisão 02 42 
 
 
Tabela de Transporte de Acordes 
 
 Algumas canções podem estar num tom muito alto (agudo) ou muito baixo (grave). Utilize esta 
tabela para transportar os acordes e adequar o timbre da própria voz. 
Vamos supor que uma musica está cifrada em C e você quer o tom de E. É só você utilizar os 
acordes que estão na coluna de C e trocá-los pelo seu equivalente na coluna de E. Se ocorrer algum acordecom 7 ou menor, acrescente o mesmo acidente na nota relativa. 
 
 As colunas estão coloridas apenas para facilitar a utilização da tabela. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Note no exemplo ao lado que os acidentes 
menor e sétima acompanham as notas re- 
lativas, porém o D tem seu relativo como 
F# e o sustenido se mantém. 
 
 
 
 
 
Com o passar do tempo acabamos por fazer este transporte mentalmente, pois não existe segredo, 
basta entender o processo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ano 2008 – Revisão 02 43 
 
 
 
Segue abaixo um exemplo de relatório para que você possa avaliar as cordas utilizadas em sua 
viola.

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