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PROBLEMA 24- SOI IV- INFECÇÕES DO TRATO URINÁRIO

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PROBLEMA 24|SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS IV|@STUDYGABRIEL 
CONCEITUAÇÃO 
 Resposta inflamatória do urotério à vírus, 
bactérias ou fungos; 
 Bacteriúria; 
 Piúria: Presença de leucócitos na urina 
normalmente decorrente de um processo 
inflamatório; 
 Presença de patógenos na urina que deveria 
ser estéril; 
 Mais comum em mulheres e idosos; 
 Normalmente autolimitadas, porém podem 
evoluir gravemente; 
 Urina estéril com disúria aguda: suspeito de 
clamydia; 
 Urina estéril crônica: suspeita de litíase ou 
tumores; 
 Pode ser sintomática ou assintomática; 
UROCULTURA 
 Limpar a região genital; 
 Recipiente estéril; 
 Evitar contato da urina com a pele; 
 O primeiro jato de urina é desprezado; 
 Assim que coletar levar para análise; 
BACTERIÚRIA ASSINTOMÁTICA 
 Presença de bactérias no exame de urina 
mas que não causam manifestações clínicas; 
 Em Idosos e pacientes com disfunção 
neurogênica não deve ser tratada, pois pode 
desenvolver uma resistência bacteriana; 
 Pacientes que devem ser tratados: 
- Obstruções do trato urinário; 
- Realização de procedimentos invasivos; 
- Gestantes; 
- Imunodeprimidos; 
- Colocação de próteses; 
REINFECÇÃO 
 Nova infecção após o tratamento; 
 Normalmente por E. coli uropatogênica, que 
fazem adesão ao urotélio; 
 Cuidado com a resistência bacteriana; 
INFECÇÃO URINÁRIA NÃO COMPLICADA 
 Não causa repercussões sistêmicas; 
 ITU aguda baixa em mulheres, Pielonefrite 
aguda não complicada, Bacteriúria 
assintomática, etc; 
INFECÇÃO URINÁRIA COMPLICADA 
 Alterações anatômicas/sistêmicas; 
 Alterações obstrutivas; 
 Alterações anatomofuncionais e 
metabólicas; 
 Cateter de demora; 
 Origem nosocomial; 
ETIOLOGIA 
 Mulheres: microbiota fecal: colonização do 
introito vaginal; 
 Maioria é por E. coli (85%); 
 Sexualmente ativa: Staphylococcus 
saprophyticus; 
 Outras: Klebsiella/Proteus/Enterobacter 
 Proteus: produzem urease em pH alcalino e 
fazem precipitação de fosfato com formação 
de cálculo de estruvita; 
 Fatores comportamentais: atividade sexual, 
uso de espermicidas que aumentam a 
colonização; 
 DM: ITU assintomática comum e fator de 
risco para desenvolvimento de pielonefrite; 
 Lesão espinhal: desenvolvimento de bexiga 
neurogênica; 
 Cateterismo vesical; Gravidez; 
!! ATENÇÃO PARA GRÁVIDAS, POIS INFECÇÕES SÃO 
AS PRINCIPAIS CAUSAS DE TRABALHO DE PARTO 
PRECOCE. 
INFECÇÃO PÓS-COITO 
 Infecção que tem relação temporal com a 
atividade sexual; 
 Ingerir doses de antibiótico antes ou 
imediatamente depois das relações; 
 Antibióticos mais utilizados: Nitrofurantoína 
macrocristal, SMX + TMP ou Cefalexina; 
PROBLEMA 24|SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS IV|@STUDYGABRIEL 
INFECÇÃO NA GERIATRIA 
 Apresentação clínica atípica: normalmente o 
paciente não apresenta um quadro febril, 
podendo manifestar dor abdominal; 
 Alta prevalência de bacteriúria 
assintomática; 
 Incontinência urinária na mulher; 
 Prostatismo no homem; 
 E. coli (50%); 
 Frequentemente infecções polimicrobianas; 
CLASSIFICAÇÃO 
 Podem ser classificadas em ITU baixa e alta; 
ITU BAIXA ITU ALTA 
Cistite 
Uretrite 
Orquite 
Epidimite 
Prostatite 
Pielonefrite aguda 
Pielonefrite crônica 
Pielonefrite 
xantogranulomatosa 
Pielonefrite 
Enfisematosa 
Abscessos 
perinefréticos e 
paranefréticos 
 Mecanismos de defesa do hospedeiro: 
- pH e osmolaridade; 
- Diurese; 
- Camada de mucopolissacarídeos; 
- Junção ureterovesical; 
- Defesa imunológica; 
- Secreções prostáticas; 
 Vias de aquisição: 
- Ascendente 
- Hematogênica 
- Linfática (rara) 
- Extensão direta (abscessos e fístulas); 
 
 Forma mais comum de apresentação, 
principalmente em mulheres; 
 Marcado por disúria, polaciúria, piúria e dor 
em baixo ventre; 
 Associada comumente a história de cistite 
prévia, atividade sexual ou uso de 
espermicidas; Complicação: pielonefrite; 
 Ascensão de bactérias coliformes; 
 Etiologia: Escheria Coli, Proteus Mirabiles, 
Klebisiella; 
 Associação viral: Adenovírus, mais comum em 
crianças e gera um quadro de cistite 
hemorrágica, com hematúria franca; 
 Gram (+): Staphylococcus saprophyticus; 
PRINCIPAIS FATORES ASSOCIADOS 
 Intercurso sexual e novos parceiros; 
 Uso de diafragma e espermicida; 
 1º ITU com menos de 15 anos; 
 Tratamento com antibiótico recente; 
 Pequena distância uretra e ânus; 
 Pacientes do grupo A; 
 Baixo nível de Estrogênio; 
 Incontinência urinária; 
 Cistocele; 
 Resíduo pós-miccional Estase  Infecção 
 Função defeituosa do gene CXCRI; 
ANATOMIA PATOLÓGICA DA CISTITE 
 Resposta Inflamatória do urotélio; 
 Hiperemia, Edema e um Infiltrado Inflamatório; 
 Evolução: Substituição da mucosa por tecido 
glandular e hemorrágico; 
 Preservação da estrutura muscular; 
ACHADOS CLÍNICOS 
 Disúria; 
 Polaciúria; 
 Dor em baixo ventre; 
 Piúria; 
CISTITE HEMORRÁGICA 
 Dor em baixo ventre + hematúria crônica; 
 Causa infecciosa: Adenovírus 11 e 21 em 
crianças; 
 Não infecciosa: Quimioterapia e Radiação; 
 Tratamento: Hidratação + analgesia; 
ACHADOS LABORATORIAIS 
 Hemograma normal ou com discreta 
leucocitose; 
 Urina turva à uroscopia; 
 Teste com fita: leucócitos, esterase e/ou nitrito 
+ (gram -); 
 Urocultura em infecções recorrentes; 
PROBLEMA 24|SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS IV|@STUDYGABRIEL 
ACHADOS IMAGINOLÓGICOS 
 Normalmente desnecessários; 
 Infecção por Proteus: pesquisa de cálculo de 
estruvita; 
 Crianças: anomalias do trato urinário; 
INDICAÇÃO DE EXAME DE URINA E 
UROCULTURA 
 Não necessita pedir para todo mundo; 
 Sintomas com mais de 7 dias; 
 Febre; 
 DM e imunosuprimidos; 
 Grávidas; Dor abdominal e vômitos; 
 Hematúria franca; 
 Doença renal crônica; 
 Cálculo renal recente ou atual; 
 Internação na última semana; 
 ITU tratada nas 2 semanas; 
 ITU recorrente; 
TRATAMENTO 
 Antibioticoterapia por 3 dias (90%) de 
eficácia; 
 Norfloxacino; 
 Ácido nalidíxico; 
 Nitrofurantoína; 
 Cefadroxilina; 
 Cefalexina 
 Uso de quinolonas: Rotura de tendões, 
distúrbios do SNC incluindo delírios, 
hipoglicemia e piora de sintomas em 
pacientes com miastenia gravis; 
 Gestantes utilizam amoxicilinas, cefadroxila 
ou cefalexina; 
 No caso de cistite no homem investigar 
hiperplasia prostática 
TOXICIDADE GESTACIONAL 
Nitrofurantoína: Hemólise 
Aminoglicosídeos: Tóxico ao sistema nervoso central 
Cloranfenicol: Ototoxicidade 
Quinolonas: Síndrome do bebê cinzento 
 
 Processo inflamatório que afeta os rins; 
 Acomete o parênquima e a pelve; 
QUADRO CLÍNICO 
 Febre alta; 
 Calafrios; 
 Leucocitose; 
 Toxemia; 
 Sinal de Giordano positivo; 
 Dor lombar; 
 Taquicardia; 
 Prostração; 
 Astenia; 
 Hipotensão associada em alguns casos; 
ETIOLOGIA 
 Bactérias gram- :Escheria Coli (70-90%); 
 Bactérias gram+ :Staphylococcus (5%); 
 Outras bactérias: Proteus, Klebsiella e 
Enterococcus; 
ANATOMIA PATOLÓGICA 
Macroscópica 
 Aumento do volume renal- edema; 
 Abscessos amarelados- córtex; 
 Mucosa congestionada e exsudato- pelve; 
Microscópica 
 Leucócitos polimorfonucleares no 
interstício; 
 Envolvimento focal com inflamação renal; 
 Glomérulos cheios de polimorfonucleares; 
PATOGENIA 
 Via de contaminação ascendente; 
 Depende da virulência bacteriana e defesa do 
hospedeiro; 
 Via hematogênica de contaminação rara; 
 Via de contaminação linfática rara; 
ACHADOS LABORATORIAIS 
 Leucocitose com neutrofilia; 
 Urina turva com piúria; 
 Hematúria; 
 Bacteriúria; Hemocultura; 
 Cilindros leucocitários e proteinúria associada 
devido ao seu extravasamento; 
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ACHADOS DE IMAGEM 
 Litíase; 
 Hidronefrose- Sinal de obstrução; 
 Abscesso- Sinal de complicação; 
 US e TC; 
 Cintilografia ou Uretrocistografia (não solicitar 
durante o processo infeccioso);TRATAMENTO 
 Complicada e não complicada; 
 Não complicada: antibioticoterapia domiciliar; 
 Complicada: Antibioticoterapia parenteral; 
- Internação; 
- Náuseas, vômitos, sepse, desidratação, 
taquicardia e hipotensão são sinais de 
complicações; 
- DM, Cálculos obstrutivos, cateteres, refluxo 
vesicoureteral, derivação urinária e 
imunodeficiência; 
 Obstrutivas: desobstruir o rim acometido: 
cateter duplo J ou Nefrostomia; 
 Não complicada: Ciprofloxacino, Ceftriaxona e 
aminoglicosídeos; 
 Pacientes que estão amamentando: 
aminopenicilina ou cefalosporinas de 2ª ou 3ª 
geração; 
 Tratamento de 10-14 dias; 
 
 Forma rara e severa de infecção crônica; 
 Patogenia ainda não é tão definida; 
 Frequente entre a 5ª e a 6ª década de vida; 
 Aumento do volume renal com formação de 
massas amareladas; 
 Presença de macrófagos carregados de 
lipídios; 
 Bactérias causadoras: Proteus Mirabilis e E. 
Coli; 
CLÍNICA 
 História de cálculos renais, neuropatia 
obstrutiva, DM ou cirurgia urológica; 
 Dor; 
 Febre Persistente; 
 Hematúria; 
 Mal-estar; Urgência miccional; 
 Disúria; 
 Polaciúria; 
 Perda ponderal; Dor à palpação renal; 
 Rim palpável pelo seu aumento; 
EXAMES LABORATORIAIS 
 Anemia; 
 Leucocitose com neutrofilia; 
 Bacteriúria, Hematúria e Leucocitúria; 
 Cilindrúria; 
 Urinocultura: Proteus e E.Coli; 
EXAMES DE IMAGEM 
 TC: Áreas de Infarto renal, calcificações, 
hidronefrose, aumento do volume renal; 
 Lesões parenquimatosas; 
 Retardo na excreção do contraste; 
ANATOPATOLOGIA 
 Dilatação pielocalicial: cálculo ou pus; 
 Áreas de necrose tecidual e supuração; 
 Grandes macrófagos: citoplasma lipídico e 
células gigantes; 
TRATAMENTO 
 Antibioticoterapia; 
 Nefrectomia; 
 Diagnóstico diferencial com 
tumores/neoplasias; 
 
 Forma grave erara da doença; 
 Germes fermentadores de gás; 
 DM: Fermentação de gás; 
 Complicação de pielonefrite em DM 
insulinodependente; 
 Extensão ao espaço perirrenal ou sistema 
coletor; 
ETIOLOGIA 
 E. Coli, Klebsiella, Areobacter e Proteus; 
PROBLEMA 24|SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS IV|@STUDYGABRIEL 
CLÍNICA 
 Semelhante à pielonefrite aguda, porém evolui 
ruim; 
EXAMES LABORATORIAIS 
 Piúria; 
 Hiperglicemia; 
 Neutrofilia; 
 Urocultura; 
EXAMES DE IMAGEM 
 Presença de gás no parênquima renal e 
retroperitônio; 
TRATAMENTO 
 Controle glicêmico; 
 Controle da infecção; 
 Nefrectomia; 
 Perda de função renal no rim afetado;

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