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ANÁLISE DE CASOS

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ANÁLISE DE CASOS
1) João deve a Juca um caminhão da marca Xingu chassi 12579632547, placa FFF-0101 (coisa certa). Antes de entregar o bem, João, que estava na direção do veículo, ultrapassou outro carro em faixa contínua, vindo a causar um acidente de trânsito. O caminhão sofreu avarias, mas não se tornou inutilizável. Como Juca poderá reaver os prejuízos?
João culpado pela avaria da coisa certa, onde o mesmo não deveria ter realizado ultrapassagem numa faixa contínua, se respeitada sinalização, não teria havido o acidente e consequentemente as avarias. Juca pode reaver seus prejuízos, exigindo o equivalente, aceitar a coisa no estado em que se acha com direito a reclamar por indenização ou perdas e danos. (Art 236)
2) Paula firmou com Juliana a obrigação de entregar, no dia 30/10/2019, dez sacas de café, grão X, da marca Alfa, que estavam armazenadas em seu galpão. Juliana adiantou a quantia de R$3.000,00 (três mil reais). Ocorre que antes do termo fixado, uma chuva torrencial destruiu o galpão com as sacas destinadas ao credor. Nesse caso, quais as consequências jurídicas para essa relação obrigacional?
Como a chuva torrencial é um caso fortuito, portanto Paula não responde pelos prejuízos, conforme dispõe o artigo 393 do CC. Paula apenas devolve a quantia de R$3.000 para Juliana. A obrigação se resolve e não há prejuízo por perdas e danos. (Art 234, 1° parte)
3) Renato se obrigou a entregar 30 Kg trigo para Hélio. No dia do cumprimento da obrigação, Renato alegou que sua plantação foi assolada por gafanhotos e, portanto, não poderia mais entregar o prometido. Qual a providência a ser tomada por Hélio?
Como se trata de caso fortuito, Renato não teve culpa da sua plantação. (393 CC) e como se trata de coisa incerta que não foi determinada ainda. Hélio pode exigir o cumprimento da obrigação, mesmo que tenha sido sem culpa. Pq ele não especificou qual trigo ele queria, pode ser qualquer um. O trigo do Renato se perdeu, mas ele pode comprar 30kg de trigo no supermercado por exemplo, e cumprir com a obrigação
4) João deve um carro a Lucas, sem características determinadas. Um dia antes do cumprimento da obrigação, João perde todos os carros de sua propriedade em razão de uma forte chuva. Visto que a coisa se perdeu sem culpa de Lucas, a obrigação fica resolvida, sem pagamento de perdas e danos?
Como no caso não possui culpa do devedor, não há perdas e danos. Na questão ocorreu a chamada “Deterioração da coisa sem culpa do devedor na obrigação de restituir”, que está disposta no artigo 240 do CC e segue o mesmo raciocínio da perda sem culpa, ou seja, a coisa perecerá para o credor, portanto suas únicas possibilidades serão a de exigir a coisa no estado em que se encontrar ou a de extinguir a obrigação.
5) Paulo adquiriu um determinado veículo de propriedade de Pedro pagando a quantia de R$ 30.000,00. Antes de entregar o bem a Paulo, Pedro é vítima de roubo e o veículo se perde. Neste caso, o negócio está resolvido para ambas as partes? Pedro será obrigado a devolver a Paulo o dinheiro desembolsado, mais perdas e danos? 
Como Pedro não teve culpa, ele devolve o dinheiro para Paulo e a obrigação se resolve para ambas as partes. Não há indenização por perdas e danos. (Artigo 234, 1 parte)

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