Buscar

ANALISE VERTICAL 2020 1 RESOLVIDO TEMA 3

Prévia do material em texto

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
DISCIPLINA – GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTARIA II
TEMA 3 – Vertical 
 Técnicas e processos de análise
A análise vertical pode ser realizada com qualquer tipo de demonstração contábil. Contudo, o melhor modelo ocorre com a DRE. Nela, o percentual de participação de cada conta (no caso as receitas, os custos e as despesas) possui atuação direta sobre o percentual do lucro líquido.
Segundo Assaf Neto (2007, p. 115), “O montante de uma conta ou de um grupo patrimonial isoladamente não retrata adequadamente a importância do valor apresentado e muito menos o seu comportamento ao longo do tempo”, pois o cálculo do percentual que cada rubrica ocupa, com relação ao total é realizado via “regra de três”, na qual o valor-base é igual a 100 e os outros valores das contas de análise são calculados com relação a ele. Desta forma, perceba que necessitamos de outras análises para a compreensão complementar do resultado.
FIQUE ATENTO
No processo de análise vertical, são extraídas as relações percentuais entre contas da mesma demonstração, ou seja, do mesmo período. Seu objetivo é identificar a representação de cada conta perante um valor-base definido na demonstração.
Perceba que o ideal é que a empresa sempre relacione o percentual de contribuição de cada despesa ao valor bruto de vendas, para evitar que esse percentual seja superior ao resultado do período e ultrapasse o valor do orçamento.
Você pode perceber que a contabilidade não somente apoia as empresas no quesito sistematização, como também fornece relevantes informações para o melhor gerenciamento por meio da contabilidade gerencial.
5. Elaboração e interpretação da análise vertical
Para analisar o cálculo da análise vertical no balanço patrimonial, iremos apurar o percentual relativo a cada item do demonstrativo:
Conta (ou grupo de contas) x 100
Ativo total (ou passivo total)
Perceba que a análise é chamada vertical porque analisa conta por conta de forma verticalizada, dividindo-a perante o somatório total, como na tabela a seguir, em que dividem-se todos os itens/subcontas do ativo circulante ou não circulante pelo total do ativo.
Perceba, então, que a análise vertical é muito relevante para a avaliação empresarial.
Veja um exemplo:
ANÁLISE VERTICAL – EMPRESA ESMERALDA S/A R$ MIL
 X1 % X2 % X3 % X4 %
	ATIVO CIRCULANTE
	
170
	
51
	
180
	
43
	
140
	
32
	
160
	
30
	Disponibilidades 
	20
	6
	15
	4
	10
	2
	8
	2
	Duplicatas a Receber
	90
	27
	85
	20
	20
	5
	22
	4
	Estoques
	60
	18
	80
	19
	110
	25
	130
	24
	NÃO CIRCULANTE
	168
	49
	240
	57
	300
	68
	372
	70
	 Imobilizado
	160
	47
	220
	52
	275
	63
	330
	62
	 Investimentos
	5
	1
	15
	4
	15
	3
	30
	6
	 Outros
	3
	1
	5
	1
	10
	2
	12
	2
	TOTAL
	338
	100
	420
	100
	440
	100
	532
	100
MODELO DE ANÁLISE SUCINTA ( Exemplo) – Empresa esmeralda S/A
 
 Dentre os grandes itens, nota-se diminuição da participação do Disponível sobre o Ativo Total, o que pode ser ótimo indício. Os estoques sofrem acréscimo de 18% para 19%, e para 25% em X3, decrescendo ligeiramente sua partir em X4, ao nível de 24%, porem acima do nível inicial. 
 
 Vejamos o que ocorre com as Duplicatas a Receber: diminuem bastante de X1 a X2, passando de 27% para 20%. Sofrem decréscimo brutal em X3, e continuando baixo em X4. Estes dois últimos valores podem ser indicativos de que a empresa praticamente não vendeu a prazo. 
 
 Em compensação, a empresa conseguiu transferir recursos em X1 de 44% para 48% em X2, e 57%, em X3, mantendo-se praticamente está no ano seguinte. A empresa está investindo mais em imobilizado e estoques. Seria, por outro lado, necessário analisar a composição das fontes de recursos para se ter uma idéia melhor do que ocorreu. Se esta revelar, por exemplo, que o endividamento de longo prazo não se alterou muito e que não houve acréscimo de capital por subscrição, efetivamente a expansão do mobilizado foi obtida as custas de uma retração do capital de giro líquido. 
27

Continue navegando