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Livro_Zoo_Contextos_2014_V2

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Instituto de Biociências 
Universidade de São Paulo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
POSSIBILIDADES DIDATICAS 
PARA O ENSINO DE 
ZOOLOGIA NA EDUCAÇÃO 
BÁSICA 
VOLUME II 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Rosana Louro Ferreira Silva 
Pércia Paiva Barbosa 
(Organizadoras) 
São Paulo 
2016 
 
 
 
 
 
 
POSSIBILIDADES DIDÁTICAS 
PARA O ENSINO DE 
ZOOLOGIA NA EDUCAÇÃO 
BÁSICA 
VOLUME II 
 
 
 
 
Rosana Louro Ferreira Silva 
Pércia Paiva Barbosa 
 (Organizadoras) 
 
 
 
 
 
 
Instituto de Biociências 
 
 Universidade de São Paulo 
2016 
 
 
 
 
 
 
Ficha catalográfica 
 
 
 
 Possibilidades didáticas para o ensino de Zoologia na educação básica – 
 volume II / Organização de Rosana Louro Ferreira Silva, Pércia Paiva 
 Barbosa. -- São Paulo : Instituto de Biociências da Universidade de 
 São Paulo, 2016. 
 v. 2 128 p. : il. 
 
 
 ISBN 978-85-85658-65-6 
 
 
1. Zoologia. 2. Práticas de ensino. I. Silva, Rosana Louro Ferreira. II. 
Barbosa, Pércia Paiva. Título: Possibilidades didáticas para o ensino de 
Zoologia na educação básica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
APRESENTAÇÃO................................................................................................................4 
 
INTRODUÇÃO....................................................................................................................7 
 
SUGESTÕES: 
I - Arthopoda - Diversidade e Filogenia: uma Abordagem para o Ensino Médio..............9 
Dalmo A. Kawauchi, Elton P. Antunes e Virgínia G. de França 
 
II - Artrópodes: uma abordagem filogenética................................................................35 
Carlos Diego N. Ananias, Cristiane S. Apolinário dos Santos, Janaína de A. Serrano, Sara 
A. Watanabe e Talitha M. Justino 
 
III - Biodiversidade e adaptação.....................................................................................42 
 Bianca Silles, Mariana Antonieta e Priscila Moreira 
 
IV - Diversidade de Organismos Vertebrados.................................................................55 
 Marília Duarte, Tabata Caldeira e Tamíres Ito 
 
V - Ensino de Zoologia com Ênfase em Evolução - Diversidade e Adaptação dos 
Animais: Um enfoque evolutivo.................................................................................69 
André C. Ubriaco de Oliveira, Carla B. Pavone, Daiane P. Oliveira, Henrique I. Neves, 
Maria Angélica S. Barrios e Rafaela A. dos Santos 
 
VI - Evolução dos Animais, Ecologia e Geologia: o que podemos aprender estudando 
Biogeografia?.............................................................................................................88 
Angela Prochilo, Julia Molina, Luísa Novara e Luiz Carlos Machado 
 
VII - Sistemática Filogenética – Artrópodes..................................................................103 
Bruno Fancio Lima, Lucas Romero de Oliveira e Mariana H. Bressan Martins 
 
VIII - Os vertebrados e os ambientes............................................................................115 
Anderson Tatsuki Tamakoshi, Rafael Buoro Takahashi, Renata Andrade M. de Araujo e 
Stefane Saruhashi 
 
 
 
 
 
 
 
 
 4 
APRESENTAÇÃO 
 
A coleção “Possibilidades didáticas no ensino de Zoologia” trata-se de um 
conjunto de sequências didáticas voltadas a possibilitar ideias inovadoras para 
dinamizar o ensino de Zoologia na educação básica, produzidas de forma colaborativa 
por alunos e alunas do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas participantes da 
disciplina “BIZ0307 - Contexto e práticas no Ensino de Zoologia”, com a orientação da 
professora da disciplina e dos monitores. 
A disciplina tem por objetivos propiciar aos licenciandos: desenvolver sequências 
didáticas que articulem diversidade e filogenia dos animais; analisar e discutir a 
seleção de conteúdos, estratégias didáticas e instrumentos de avaliação no Ensino de 
Biologia; refletir sobre Ensino de Zoologia na escola básica e em outros espaços 
educativos; elaborar e analisar diferentes recursos didáticos, tais como texto, 
multimídia, modelos, imagens, jogos, filmes, animações; reconhecer o campo de 
pesquisa em Ensino de Biologia. Após analisar como a Zoologia se expressa nos 
currículos de ensino fundamental II e médio, a disciplina apresentou para discussão 
artigos de pesquisa que criticam o ensino memorístico e descritivo dos animais na 
educação básica, o que distancia o interesse dos jovens, e propõem um ensino na 
perspectiva ecológico-evolutiva. Também são apresentadas contribuições das 
perspectivas da educação ambiental crítica para pensar atividades que permitam a 
discussão de temáticas controversas que envolvam os animais e a busca pela 
conservação da biodiversidade. Nas aulas em que os grupos apresentavam essas 
produções, constituídas da sequência didática e de um recurso didático, foram 
convidados professores da educação básica da rede pública e privada do ensino, que 
assistiram, contribuíram e auxiliaram na avaliação dos trabalhos. 
Neste volume, apresentamos a segunda sistematização desse trabalho, 
desenvolvida junto à turma que cursou a disciplina em 2014. São apresentadas oito 
sugestões construídas por licenciandos, com orientação da docente do curso, que 
buscaram considerar deferentes elementos da alfabetização científica, com o desafio 
de propor situações de ensino em que a compreensão do conhecimento científico seja 
acompanhada de discussões e questionamentos sobre sua aplicação no cotidiano dos 
estudantes, para que este seja capaz de participar de decisões que envolvam questões 
 5 
sócio científicas de forma fundamentada e responsável. Um desses exemplos é um dos 
tópicos da primeira sequência de desmistificar o senso comum de que insetos são 
apenas indesejáveis (embora muitos o sejam por conta de problemas de saúde 
pública). Para tanto, trazem situações em que, por meio de notícias disponíveis na 
web, o professor possa discutir sobre a importância ecológica e econômica dos insetos, 
como agentes polinizadores e de controle biológico, mas também abordando a 
necessidade dos cuidados com os transmissores de doenças e as pragas agrícolas. Há 
ainda, na sugestão VI, uma abordagem para o trabalho do tema de biogeografia, 
aspecto tão pouco explorado no ensino médio. 
Ressaltamos, mais uma, vez, que tratam-se de produtos de trabalho acadêmico 
de professores em formação inicial, a maioria sem experiência em sala de aula. Dessa 
forma, tais sugestões não devem ser tomadas como um manual a ser seguido 
rigidamente. Os professores e professoras, no exercício de sua autonomia intelectual, 
pode utilizar as propostas e os materiais disponibilizados conforme as características 
do currículo, do contexto, dos(as) alunos(as) e de seu próprio perfil docente. Assim 
como diferentes autores da área de ensino de Ciências, entendemos que não há 
inovação educacional sem a participação do professor. Os materiais didáticos criados 
podem ser reproduzidos e/ou modificados nas escolas com auxílio dos próprios 
estudantes em sua confecção. Cientes dos novos desafios colocados aos professores 
de Ciências e Biologia, frente à uma produção de conhecimento científico crescente, às 
diferentes tecnologias de informação e comunicação que fazem parte do cotidiano dos 
alunos, embora nem sempre incorporadas de maneira adequada na escola, à 
emergência de questões sócio científicas, às avaliações externas e às exigências cada 
vez maiores dos processos seletivos do ensino superior queinfluenciam a educação 
básica, o material pretende apresentar uma pequena contribuição didática para a 
exploração da área de Zoologia de forma significativa, lúdica e contextualizada. 
Agradeço imensamente aos alunos da disciplina, proponentes das sequências 
didáticas, com os quais compartilhei as discussões daquele semestre e que encararam 
o desafio de produzir materiais que pudessem ser disponibilizados não só entre os 
colegas do curso, mas também para todos os professores e professoras da educação 
básica, em uma perspectiva de articulação entre o ensino e a extensão universitária. 
 6 
Agradeço, ainda, à doutoranda Pércia Paiva Barbosa, que auxiliou na organização 
desse volume e que, na época dessa turma, era monitora do Laboratório de 
Licenciatura, e ao mestrando Gabriel de Moura Silva por seu trabalho cuidadoso de 
revisão dos textos, que também está sendo objeto de análise em sua pesquisa, e a 
todos os professores e professoras da educação básica que participaram da 
apresentação e deram sugestões para a melhoria das sequências. 
 
Prof.ª Rosana Louro Ferreira Silva 
Docente da disciplina BIZ0307 e organizadora da coleção 
 
Turma de 2014 da disciplina “Contexto e Práticas no Ensino de Zoologia” 
Instituto de Biociências – Universidade de São Paulo 
 
 
Docente 
Rosana Louro Ferreira Silva 
 
 Estudantes de Licenciatura autores dos roteiros 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anderson Tatsuki Tamakoshi 
André C. Ubriaco de Oliveira 
Angela Prochilo 
Bianca Silles 
Bruno Fancio Lima 
Carla B. Pavone 
Carlos Diego N. Ananias 
Cristiane S. Apolinário dos Santos 
Daiane P. Oliveira 
Dalmo A. Kawauchi 
Elton P. Antunes 
Henrique I. Neves 
Janaína de A. Serrano 
Julia Molina 
Lucas Romero de Oliveira 
Luísa Novara 
 
Luiz Carlos Machado 
Maria Angélica S. Barrios 
Mariana Antonieta 
Mariana H. Bressan Martins 
Marília Duarte 
Priscila Moreira 
Rafael Buoro Takahashi 
Rafaela A. dos Santos 
Renata Andrade M. de Araujo 
Sara A. Watanabe 
Stefane Saruhashi 
Tabata Caldeira 
Talitha M. Justino 
Tamíres Ito 
Virgínia G. de França 
 
 7 
INTRODUÇÃO 
 
O livro Possibilidades Didáticas no Ensino de Zoologia na Educação Básica – 
volume II é um dos produtos da disciplina “Contexto e Prática no Ensino de Zoologia”, 
oferecida no segundo semestre de 2014 para alunos de licenciatura em Ciências 
Biológicas da Universidade de São Paulo. 
O produto final da disciplina são sequências didáticas (SD) de vários temas que 
perpassam a zoologia. Cabe dizer que os discentes foram orientados pela professora 
Rosana L. F. Silva e pelos monitores da disciplina. Ao final, apresentaram tais 
sequências para professores da rede pública do Estado de São Paulo, que avaliaram a 
possível aplicação dessas atividades, além dos eventuais desafios que poderiam ser 
encontrados durante essa aplicação, constituindo uma aproximação entre a pesquisa e 
a prática educativa. 
A primeira sugestão, Arthopoda-Diversidade e Filogenia: uma Abordagem para 
o Ensino Médio, trabalha com a hipótese de um grupo formado por Nematoda e 
Ecdysozoa, a qual representa uma proposta filogenética recente dessa área do saber. 
Além disso, a sequência busca discutir as características gerais e classificação dos 
artrópodes, associando suas características aos respectivos ambientes em que vivem, 
trabalhando processos adaptativos. Por fim, por meio de estudo de textos, trabalha a 
importância ecológica, econômica e evolutiva desse grupo. 
Em seguida, Artrópodes: uma abordagem filogenética, busca diversificar as 
estratégias didáticas, propondo jogos, seminários e debates. Dessa forma, os alunos 
podem construir novos conhecimentos sobre relações filogenéticas e história evolutiva 
deste fabuloso grupo, pensando de maneira crítica sobre questões sociais relevantes a 
esse tema. 
A terceira sugestão de SD, Biodiversidade e adaptação, por sua vez, pretende 
realizar um estudo sobre os seres vivos e suas adaptações. Dessa maneira, tal 
sequência é composta por atividades que abordam, de forma integrada, diferentes 
conceitos da Biologia, como Biodiversidade, Seleção Natural, Biomas, dentre outros. 
Além de conceituar e discutir o termo “Biodiversidade”, espera-se queque os discentes 
saibam analisar, de forma crítica, o meio ambiente e os seres vivos que nele habitam, 
produzindo textos descritivos com base em observações. 
 8 
A quarta sugestão, Diversidade de Organismos vertebrados, tem o intuito de 
apresentar uma forma de abordagem do tema “diversidade de vertebrados” de 
maneira diferente da aula tradicional expositiva. Para isso, com base na exibição de 
animações, os grupos produzirão infográficos, com desenvolvimento em sala de aula, 
interpretando as diferentes representações sobre vertebrados e sua diversidade.. 
A quinta sequência didática apresentada neste livro, Ensino de Zoologia com 
ênfase na Evolução – diversidade e adaptação dos animais: um enfoque evolutivo, tem 
o intuito de abordar a temática da diversidade animal com enfoque evolutivo, a partir 
das adaptações desses animais em relação aos meios em que vivem. Para isso, vale-se 
da discussão de teorias elaboradas por Lamarck e Darwin e solução de problemas 
relacionados a seleção natural e artificial. 
A sexta sugestão de sequência didática, Evolução dos Animais, Ecologia e 
Geologia: o que podemos aprender estudando Biogeografia? pretende auxiliar o 
desenvolvimento de uma visão evolucionista em alunos do Ensino Médio por meio da 
abordagem de temas relacionados à Evolução e à Biogeografia. Trabalhando conceitos 
como Mutação, Seleção Natural e Variabilidade Genética, espera-se que os discentes 
sejam capazes de fazer previsões acerca de padrões ecológicos, assim como relacionar 
tais padrões a eventos históricos e a processos evolutivos em situações problemas 
peculiares e representativas do tema. 
Na penúltima sequência sugerida neste livro, Sistemática Filogenética – 
Artrópodes, são abordados a Teoria da Evolução de Darwin, processo de especiação, 
conceito de árvore da vida, dentre outros. Conta com uma oficina de contrução de 
árvores filogenéticas de organismos hipotéticos, trabalhando conceitos de matriz de 
caracteres, sistemática filogenética e argumentação científica. 
Por fim, a oitava sugestão de sequência didática, Os vertebrados e os 
ambientes, aborda o tema diversidade de animais vertebrados reconhecendo 
características dos principais grupos e desenvolvendo nos estudantes aptidões que os 
permitam montar uma filogenia e interpretá-la. 
 
Pércia Paiva Barbosa – organizador 
 
 
 9 
SUGESTÃO I – ARTHOPODA: DIVERSIDADE E FILOGENIA: UMA 
ABORDAGEM PARA O ENSINO MÉDIO 
Sumário 
AUTORES: Dalmo A. Kawauchi, Elton P. Antunes e Virgínia G. de França. 
 
PÚBLICO-ALVO: 2º ano do Ensino Médio. 
 
CONTEXTO: Esse tema estaria inserido nos conteúdos da área de Zoologia numa 
sequência didática após o tema “Nematoda”, para se trabalhar a hipótese de um grupo 
formado por Nematoda e Arthropoda, denominado Ecdysozoa (agrupados pela 
presença de cutícula orgânica, ecdise e análise molecular), proposta filogenética 
recente dessa área do saber. Além disso, espera-se que os alunos possam aplicar 
conceitos de ecologia, evolução e filogenia, trabalhados em aulas anteriores. 
 
OBJETIVOS: Ao final da sequência o aluno deverá estar apto a: 
 
1. Reconhecer as características gerais de artrópodes e de suas respectivas classes; 
2. Compreender sua importância ecológica (interações, relações tróficas), econômica 
(pragas, alimentos, controle biológico, polinização), médica/veterinária 
(transmissão de doenças, ectoparasitismo, acidentes com picadas, compostos 
químicos para fármacos) e evolutiva (sinapomorfias,adaptações do grupo) 
abordando o terceiro Eixo de Alfabetização Científica (Sasseron, 2011); 
3. Entender o processo de metamorfose nos insetos correlacionando-o com sua 
importância no sucesso evolutivo do grupo; 
4. Conhecer a linguagem científica associada às características mais importantes dos 
artrópodes (apêndices articulados, mandíbula, tagmose ou segmentação etc.) 
abordando o primeiro Eixo de Alfabetização Científica (Sasseron, 2011); 
5. Familiarizar-se com a Sistemática Filogenética; 
6. Sensibilizar o olhar do aluno à grande diversidade de artrópodes que encontramos 
tanto no nosso dia-a-dia, quanto em uma observação mais atenta da natureza; 
7. Desmistificar o senso comum de que insetos são apenas indesejáveis, mostrando 
todos os seus aspectos positivos e negativos. 
 
 
 10 
MATERIAIS: 
 
1. Figuras de animais que representem cada grupo e seus respectivos habitats; 
2. Vídeos mostrando comportamento animal, por exemplo, alimentares, defensivos, 
locomoção ou de qualquer outra informação relacionada e atrativa; 
3. Quadro negro ou datashow para as aulas expositivas; 
4. Livros didáticos e cadernos e outros materiais para registros de atividades; 
5. Jardim, parque etc. para a realização de saída a campo; 
6. Roteiro de campo, lista de exercícios e objeto didático sugeridos nessa SD; 
7. Notícias de jornal sobre insetos. 
 
DINÂMICA: 
 
1ª Aula: Morfologia e características gerais de Arthropoda 
Após a apresentação de um trecho de vídeo (anexo 1), os alunos deverão 
discutir prováveis características que agrupam Arthropoda numa aula expositiva 
dialogada. Pode-se levantar algumas perguntas, como por exemplo: “alguém já viu a 
“carapaça” de um inseto ou aranha?” ou “vocês sabem o que é essa carapaça, para 
que ela serve, e por que os artrópodes deixam ela para trás?”; para explicar 
posteriormente o exoesqueleto formado por quitina que com mais compostos tornam 
esses animais enrijecidos. Pode-se mencionar também a muda usando o exemplo do 
bicho-da-seda, artrópode de grande valor econômico. Além disso, tal vídeo trará 
algumas curiosidades que os alunos possam ter quanto ao comportamento animal 
deles instigando-os a pensar sobre o tema que será posteriormente contextualizado. 
A seguir, introduza os 4 grandes grupos de artrópodes atuais (Chelicerata, 
Crustácea, Insecta e Miriapoda), alertando-os de aulas que explorem cada um destes 
grupos separadamente. A importância e número de espécies de artrópodes também 
deverá apresentada aos alunos, de forma generalizada e (em cada uma das aulas 
posteriores) será aprofundada, para permitir aos alunos uma compreensão sobre 
importância e relevância do grupo para o mundo. 
 
 
 
 
 11 
2ª Aula: Chelicerata 
Introdução de Chelicerata por meio de aula expositiva dialogada. A partir de 
imagens desses artrópodes, os alunos deverão levantar e discutir prováveis 
características que agrupam artrópodes nesse clado, além de discutir anatomia básica 
de circulação, respiração e excreção. Para além das características morfológicas, a aula 
também deve versar sobre a forma de alimentação dos quelicerados e sua relação com 
o desenvolvimento de toxinas proteolíticas e/ou neurotóxicas, apontando diferenças 
mecanismos de ação. A importância farmacológica também deve ser explorada, uma 
vez que muitos medicamentos foram desenvolvidos com base em toxinas de 
aracnídeos (especialmente anticoagulantes e supressores do sistema nervoso central). 
Introduza aspectos sobre espécies que causam mais acidentes por picadas ao ser 
humano e a animais (escorpião amarelo, aranha armadeira, aranha marrom, 
carrapato). Esses tópicos vão de encontro ao tema transversal de saúde, recomendado 
pelo PCN. 
 
3ª Aula: Crustacea + Miriapoda (Milipedes compõe um tema rápido) 
Introdução a Crustácea e Miriapoda por meio de aula expositiva dialogada. 
Pode ser feito um levantamento dos crustáceos que eles conhecem (ou que acham 
que são crustáceos). Em seguida perguntá-los o que acham que os crustáceos têm em 
comum que nos permitem agrupá-los. A partir de imagens desses artrópodes, os 
alunos deverão discutir prováveis características que incluem esses invertebrados 
nesse clado. O professor deve ter em mente essas características e anotar na lousa as 
respostas dos alunos que batem com as respostas esperadas, além de discutir 
anatomia básica de circulação, respiração e excreção. Por fim, o professor deve 
destacar a importância ecológica dos crustáceos nas teias tróficas, na nossa economia 
(alimentação e ornamental). 
Os miriápodes também serão abordados nessa aula, dialogue com os alunos 
sobre 2 animais distintos: piolho-de-cobra e lacraias (Diplopoda e Chilopoda, 
respectivamente), a partir de suas respostas, discuta as diferenças e semelhanças 
entre esses grupos, principalmente a respeito de morfologia, locomoção, alimentação, 
circulação, respiração e excreção. Em seguida, mostre um vídeo de uma lacraia 
predando, e o de locomoção de um piolho-de-cobra (anexo 1). Com esses vídeos é 
 12 
possível explorar que os segmentos de um piolho-de-cobra não correspondem a 
segmentos verdadeiros, pois por vezes apresentam mais de um par de apêndices por 
segmento, em contraposição com a segmentação das lacraias com um par de 
apêndices por segmento, e como isso influência nos padrões de locomoção (piolho-de-
cobra são mais lentos; enquanto centopeia são rápidas, com explosões de 
movimento), e como isso se relaciona com seu modo de se alimentar. Também 
discutiremos as toxinas de quilópodes e os acidentes mais comuns com esses animais. 
Finalize a aula com a entrega de lição de casa com lista de exercícios do livro 
didático e/ou vestibular sobre as três aulas ministradas até então que serão 
posteriormente avaliados. 
 
4ª Aula: Insecta + Aplicação de atividade didática 
A aula começa com a distribuição de duas notícias sobre insetos, uma negativa, 
mostrando insetos como pragas e outra positiva, mostrando insetos como agentes 
importantes no ecossistema (ver links no final dessa aula). Com essas reportagens, é 
possível mostrar a importância econômica (polinização, pragas agrícolas e agentes de 
controle biológico), medicinal (explicando ciclos de vida mosquitos vetores, como 
Culex, Aedes e Lutzomyia, abordando as doenças que transmitem, assim como 
percevejos hematófagos e a “Doença de Chagas”), veterinária (com miiases, 
parasitoidismo e doenças) e ecológica (teias tróficas, predação, dispersão). 
Também discutir morfologia básica de insetos (partes do corpo de um inseto, 
modificação/redução dos apêndices locomotores, bucais e sensoriais) e anatomia 
básica de respiração, excreção e circulação. 
Após esses conceitos e informações da aula anterior, aplique a atividade 
didática (anexo 2) para discutir metamorfose, diversidade do grupo e implicações 
evolutivas que determinam ao sucesso do grupo. 
Deverá ser apresentado os conceitos: ametábolos (insetos que não sofrem 
metamorfose), hemimetábolos (insetos com metamorfose incompleta) e 
holometábolos (insetos com metamorfose completa) 
Hemimetabolia 
Jovem Adulto 
Holometabolia 
Larva Pupa Adulto 
 13 
O exoesqueleto e os apêndices articulados foram e ainda são características 
muito importantes para o sucesso evolutivo de Arthropoda. Nessa aula, os alunos 
devem ser instigados a pensar sobre a vantagem dessas características (proteção, 
sustentação em ambiente terrestre, rápida locomoção). Nos insetos as asas e o 
desenvolvimento indireto foram importantes para o sucesso ainda maior. Por meio da 
atividade, demonstrar que a grande maioria dos insetos está no grupo dos 
holometábolos, o que ratifica a ideia de que a metamorfose completafoi responsável 
por um grande sucesso evolutivo. 
Links dos textos: 
Negativa: http://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2014/06/infestacao-
de-pragas-preocupa-produtores-de-algodao-de-mt.html Acesso em 09/04/2015; 
Positiva: http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=707430 Acesso em 
09/04/2015. 
 
5ª Aula: Discussão geral sobre a evolução e diversidade de Arthropoda 
Essa aula pode ser utilizada como retomada de todos os conteúdos discutidos 
em aulas anteriores e é flexível caso a discussão do OD da aula anterior seja estendida. 
Haverá uma discussão com a sala de que características foram responsáveis pelo o 
sucesso evolutivo do grupo de Arthropoda, com enfoque nos insetos que são o grupo 
com maior diversidade. A filogenia a seguir pode ser utilizada em sala de aula e as 
sinapormorfias ou características gerais dos grupos podem ser adicionadas nos 
respectivos ramos. Adicione Nematoda ao ramo para retomar o grupo anterior a essa 
SD. 
 
 
 
 
 14 
6ª Aula: Saída de campo 
Atividade de observação de organismos, incorporando uma atividade para 
nota. O local será escolhido pelo professor de acordo com a viabilidade, desde que seja 
um lugar com grandes chances de encontrar artrópodes (jardim, parque etc.). Utilize o 
roteiro (anexo 3) com questões a serem pensadas em grupo que posteriormente será 
avaliado. 
 
 7ª Aula: Avaliação individual sem consulta sobre o tema. 
Sugestão de avaliação disponível no Anexo 4. 
 
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA E SUGERIDA: 
 
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. 
Parâmetros curriculares nacionais: ensino médio. Brasília: MEC/SEMTEC, 1999. 4v. 
BRUSCA, R.C., BRUSCA, G.J. Invertebrados. 2ªed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara 
Koogan S.A., 2007. 
KRASILCHIK, M. Prática de Ensino de Biologia. 4ª ed. rev. e ampl., 2ª reimpr. São 
Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2008. 
Nova Escola, acesso em 08/06/2014: http://revistaescola.abril.com.br/formacao/8-
razoes-usar-youtube-sala-aula-647214.shtml 
Museu de Zoologia da Universidade Federal da Bahia, acesso em 15/06/2014 
httphttp://www.mzufba.ufba.br/WEB/MZV_arquivos/index.html://www.mzufba.ufba.
br/WEB/MZV_arquivos/index.html 
SASSERON, L. H.; Carvalho, A. M. P. Alfabetização científica: uma revisão bibliográfica. 
Investigações em Ensino de Ciências. V. 16 (1), pp. 59-77, 2011. 
VIVEIRO, A., & Diniz, R. As atividades de campo no ensino das ciências. In R. Nardi 
(Org), Ensino de ciências e matemática I: temas sobre a formação de professores V. 2 
(1) pp.27-42, São Paulo: Cultura Acadêmica. 2009. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 15 
ANEXOS: 
 
ANEXO 1. VÍDEOS (Acessados em 09/04/2015) 
A seguir, sugestões de vídeos que podem ser utilizados durante a aula que estão gratuitamente 
disponíveis na Internet. Mencionaremos aqui alguns trechos que podem ser apresentados para os fins 
dessa SD, entretanto o professor tem autonomia para escolher e selecionar outros: 
- A história da Vida na Terra - Os artrópodes - por RTP - www.youtube.com/watch?v=eaK9_UiaFnM - 
Recomendação de 0:50 a 3:15; 
- Insetos-Discovery- www.youtube.com/watch?v=dOEy_zKcdTs - Recomendação de 0:00 a 1:00; 
Obs.: Todos eles são grandes e precisam de cortes para utilizar em aula, não pelo tempo, mas por 
assuntos pouco relevantes com a SD ou repetitivos. 
Os vídeos a seguir são complementares às aulas e bem específicos: 
- Locomoção de piolho de cobra www.youtube.com/watch?v=J8Ey_tAqAwQ; 
- Lacraia alimentando-se www.youtube.com/watch?v=Qf8pAwGsuF4; 
- Comportamento de rola-bosta: www.youtube.com/watch?v=W4O6PqJ3w5k. 
 
ANEXO 2. ATIVIDADE DIDÁTICA 
Insecta - Metamorfose e Evolução: Uma Abordagem para o Ensino Médio 
Tema: Arthopoda - Diversidade e Filogenia 
Público Alvo: 2º ano do Ensino Médio 
Objetivo: O objeto didático proposto tem por objetivo discutir as possíveis vantagens de estágios da 
metamorfose de Insecta em diferentes nichos (de forma lúdica), e ilustrar a diversidade do grupo, além 
de desenvolver competências de trabalho em grupo e argumentação. 
Descrição da atividade: Organize os alunos em grupos de 5 a 6 integrantes. Distribua habitats para os 
grupos, isto é, conjunto de “ambientes” que estarão com identificação de foto e nome, colados em 
bandejas de isopor (Anexo 2.3). Cada grupo receberá uma ficha resumo contendo características do 
adulto, jovens e larvas (Anexo 2.1) e fichas dos insetos com seus nomes, estágios de vida e ordem a que 
pertencem (Anexo 2.2). Um grupo pode receber fichas repetidas, em caso de animais que ocupam mais 
de um ambiente. Depois de reconhecidos os insetos, seus hábitos de vida, características morfológicas e 
de habitats, eles deverão ser colocados na bandeja correspondente ao seu ambiente, o que pode ou não 
implicar em associar uma mesma espécie a mais de um ambiente, e mais de uma espécie a um mesmo 
ambiente. 
Será aplicado um quiz ao final da atividade (Anexo 2.4). A associação correta de cada animal 
recebido ao seu ambiente contará meio ponto na atividade. Cada resposta correta ao quiz contará 2 
pontos. O professor poderá optar por premiar o grupo com mais pontos se achar interessante. 
Ao final da aula, será discutido a vantagem da metamorfose (nichos diferentes) e os motivos do 
sucesso evolutivo dos artrópodes. 
Instruções: 
 Alunos devem se organizar em grupos de 5 ou 6 integrantes. 
 16 
 Ao receber os anexos, os alunos devem tentar associar as fichas de insetos aos seus ambientes. 
o Nem todos os ambientes precisam ter insetos, e alguns ambientes podem ter mais de 
um inseto 
o Alguns insetos podem ser associados a mais de um ambiente 
o Os alunos podem achar mais fácil separar adultos de jovens (e larvas), e associa-los 
independentemente a cada ambiente. 
o Após terminar as associações, respondam ao quiz. 
 
ANEXO 2.1. FICHAS RESUMO DE HÁBITOS E AMBIENTES 
Ficha Resumo 
Características morfológicas de Jovens e larvas: 
- Predadores: 
Jovens: Apêndices do tórax e mandíbulas bem desenvolvidos, corpo endurecido (esclerotizado), olhos 
grandes e visíveis. 
Larvas: Apêndices do tórax e mandíbulas bem desenvolvidos, corpo endurecido (esclerotizado), olhos 
grandes e visíveis, podem apresentar modificações para cavar ou fazer emboscadas. 
- Herbívoros/consumidores de matéria em decomposição (ou orgânica): 
Jovens: podem ou não apresentar apêndices bem desenvolvidos, olhos bem desenvolvidos e adaptações 
cursoriais (para correr e percorrer grandes distâncias). Podem ou não ser endurecidos. 
Larvas: herbívoras geralmente são moles, com apêndices e mandíbulas pouco desenvolvidos, podem 
apresentar pseudopodes (“pés” no abdômen). Larvas decompositoras podem ter corpo grande e 
entumecidos (“gordinhos”), apêndices reduzidos ou pouco desenvolvidos. 
- Aquáticos: 
Jovens: apresentam brânquias ao longo do corpo, ou no ultimo segmento do abdômen (algumas no 
reto), geralmente são predadoras. 
Larvas: apresentam brânquias ao longo do corpo, ou no ultimo segmento do abdômen, podem 
apresentar estruturas para se fixar no substrato, podem ser predadoras ou comedoras de matérias 
orgânicas. 
- Sociais: 
Larvas: são pouco desenvolvidas, com apêndices e olhos ausentes. Habitam colmeias e formigueiros. 
 
Blattodea - Barata 
Nicho: habitam locais quentes, úmidos e escuros, alimentam-se de matéria orgânica morta/em 
decomposição. 
Diptera - Mosca 
Nicho: Se alimentam de matéria orgânica em decomposição, parasitoides (inserção de ovo na 
presa ainda viva) de mamíferos e outros grupos. 
 Mosca-varejeira. 
 17 
Nicho: Alimentam-se de matéria orgânica em decomposição (especialmente resíduos orgânicos 
animais), mas podem depositar ovos em animais vivospara que as larvas comam sua carne (miiase). 
Geralmente são encontradas em lugares com matéria orgânica em decomposição. 
Mosquito 
Nicho: fêmeas se alimentam do sangue de vertebrados para maturar os ovos e posteriormente 
procuram o local adequado para depositá-los. Habitam ambientes com vertebrados homeotermos 
(“sangue quente”). 
 
Lepidoptera - Borboleta 
Nicho: se alimentam do néctar de flores, vivem em ambientes ensolarados e com muitas flores. 
Mariposa 
Nicho: Normalmente noturnas, são pouco ativas. Raramente se alimentam, mas quando o 
fazem, é do néctar de flores. São comumente encontradas em troncos de árvores e atraídas pela luz. 
 Mantodea - Louva-a-deus 
Nicho: São predadores de emboscada de outros insetos, vivem em plantas, gravetos ou no solo 
de florestas. Possuem camuflagem bem desenvolvida. 
Odonata - Libélula 
Nicho: São predadoras em voo de insetos menores (geralmente mosquitos e moscas). Preferem 
ambientes de água parada e limpa (como lagos e corpos d’agua). 
 Orthoptera - Gafanhoto 
Nicho: São herbívoros, alimentando-se de folhas ou grãos de gramíneas, possuem boa 
camuflagem em seus ambientes, e podem habitar árvores, arbustos, gravetos secos ou solo de matas. 
Hemyptera - Percevejo 
Nicho: Se alimentam de fluidos, tanto vegetais como animais. Geralmente são encontrados em 
árvores, arbustos ou ervas, mas podem habitar buracos em solo ou rochas. 
Hymenoptera - Abelha/Vespa/Marimbondo 
Nicho: Podem ser sociais ou solitários, fazendo colmeias divididas em castas ou apenas para se 
reproduzir. Espécies solitárias são predadoras, espécies sociais são geralmente herbívoras que se 
alimentam de nectar e pólen. 
Formiga 
Nicho: São insetos sociais, divididos em castas. Se alimentam de fungos que cultivam no interior 
de seus formigueiros (usando folhas cortadas como alimento para os fungos). São encontrados no solo 
de florestas, ou de qualquer lugar. 
Coleoptera - Besouro 
Nicho: as espécies podem ser predadoras de outros insetos (neste caso, são bem ativos e vivem 
no solo), herbívoras ou comedoras de matéria orgânica/em decomposição (são besouros que vivem no 
solo de folhas mortas, em arbustos e vegetação herbácea), aquáticos (geralmente são predadores, e 
 18 
bons nadadores), entre muitos outros hábitos de vida e características biológicas diferentes. Possuem 
hábitos de vida muito variados e habitats muito variados 
Siphonaptera - Pulga 
 Nicho: São ectoparasitas de animais homeotermos, consomem seu sangue. São exímias 
saltadoras. São encontradas em pelos de mamíferos e em penas de aves. 
Phthiraptera - Piolho 
 Nicho: São ectoparasitas de animais homeotermos, agarram-se aos seus pêlos ou suas penas, se 
alimentando de sangue ou resíduos de pele. 
 
ANEXO 2.2. FICHAS DE ANIMAIS 
 
Fichas 1 e 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 19 
Fichas 3 e 4 
 
Fichas 5 e 6 
 
 
 
 
 
 
 
 20 
Fichas 7 e 8 
 
Fichas 9 e 10 
 
 
 
 
 
 21 
Fichas 11 e 12 
 
Fichas 13 e 14 
 
 
 
 
 
 
 22 
Fichas 15 e 16 
 
Fichas 17 e 18 
 
 
 
 
 
 23 
Fichas 19 e 20 
 
Fichas 21 e 22 
 
 
 
 
 
 
 24 
Fichas 23 e 24 
 
Fichas 25 e 26 
 
 
 
 
 
 25 
Fichas 27 e 28 
 
Fichas 29 e 30 
 
 
 
 
 
 
 26 
Fichas 31 e 32 
 
Fichas 33 e 34 
 
 
 
 
 
 
 27 
Fichas 35 e 36 
 
 Ficha 37 
 
 
 
 
 
 
 28 
Fichas esperadas: 1, 2, 8, 21, 22, 23, 25, 26, 
29, 30, 33, 34, 37 
 
ANEXO 2.3 - AMBIENTES 
 
 
Lixo orgânico - http://pixabay.com/ Homem - http://pixabay.com/ 
Fichas esperadas: 4, 7, 16, 17, 19, 20 Fichas esperadas: 7, 11, 18, 31 e 32 
 
 
Carne - http://pixabay.com/ Esterco - http://pixabay.com/ 
Fichas esperadas: 4, 19, 20 Fichas esperadas: 9, 19, 20 
 
 
Flor - http://pixabay.com/ Folha - http://pixabay.com/ 
Fichas esperadas: 3, 24, 36 
 
 
Grama - http://pixabay.com/ Lago - http://pixabay.com/ 
Fichas esperadas: 2,5, 8, 22, 25, 26, 29, 37 Fichas esperadas: 10, 13, 15, 27, 28 
 
 
 
 29 
 
 
Tronco de Árvore - http://pixabay.com/ Colméia - http://pixabay.com/ 
Fichas esperadas: 12, 14, 23 Fichas esperadas: 35, 36 
 
 
 Formigueiro - http://pixabay.com/ 
 Fichas esperadas: 21, 22 
 
Fonte das imagens: 
Banco de imagens e outras fontes de imagens (último acesso em 08/06/2014): 
http://antzbrazil.wordpress.com/ 
http://www.arkive.org/ 
http://beetlesinthebush.wordpress.com/ 
http://www.discoverlife.org/mp/20q?search=Blattaria 
http://blattodea.speciesfile.org/ 
http://borboletasbr.blogspot.com.br/2010_10_03_archive.html 
http://bugguide.net/node/view/15740 
http://commons.wikimedia.org/http://pt.wikipedia.org/wiki/Mosca-varejeira 
http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/infantil/piolho.htm 
https://flbenthos.shutterfly.com/ 
http://www.fotoclubelondrina.art.br/ 
http://globomidia.com.br/animais/pulgao 
http://www.jeffpippen.com/naturephotos/beetles.htm 
http://meliponariodoluna.blogspot.com.br/ 
http://nature.berkeley.edu/upmc/insectlist.php 
http://www.ninha.bio.br/biologia/indice.html 
http://pixabay.com/ 
http://pt.dreamstime.com/free-photos 
http://www.sevendesentupidora.com.br/blog/dicas/saiba-como-combater-tracas/ 
http://www.taringa.net/posts/imagenes/10635538/Mi-mascota-mientras-duro.html 
http://www.zoology.ubc.ca/bclepetal/Order%20Lepidoptera%20et%20al%20Text%20Files/order_lepido
ptera.htm 
Brusca, R.C., Brusca, G.J. Invertebrados. 2ªed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan S.A., 2007. 
 
OBS. IMAGENS UTILIZADAS EXCLUSIVAMENTE PARA FINS ACADÊMICOS 
 30 
 
ANEXO 2.4 - QUIZ - INSETOS 
1) Identifique uma espécie de inseto que ocupa diferentes ambientes em cada estágio de vida. Cite a 
ordem, o tipo de metamorfose e os ambientes de cada estágio desses insetos. 
2) Uma das diferenças entre jovens e adultos é a ausência de estruturas sexuais nos jovens. De 
acordo com as informações contidas nas fichas, cite mais duas características que podem 
diferenciar jovens de adultos. 
3) Assinale a alternativa correta: 
a) Larvas geralmente competem com os adultos, mas jovens e adultos ocupam nichos diferentes. 
b) Jovens geralmente competem com os adultos, mas larvas e adultos ocupam nichos diferentes. 
c) Jovens e larvas geralmente competem com os adultos, mas os adultos sempre levam vantagem. 
d) Não há competição intraespecífica em insetos, todos os estágios ocupam nichos diferentes. 
4) Por que algumas baratas têm asas e outras não? 
a) Pois são baratas de espécies diferentes. 
b) Dependendo da alimentação delas, elas podem desenvolver asas ou não. 
c) Aquelas que apresentam asas são adultas e as que não apresentam são jovens. 
d) Elas perdem as asas com a idade. 
e) As baratas com asas são mutantes. 
5) Existe uma diversidade enorme de insetos, com diferentes formatos, cores e outras características. 
Assinale a alternativa com a explicação mais aceita para explicar essa diversidade: 
a) Os insetos se adaptaram para mimetizar váriosseres vivos diferentes, por isso se diversificaram 
tanto, já que a diversidade de outros seres é tão grande. 
b) Para atender a demanda dos demais seres vivos por alimento e polinizadores, já que os insetos 
são animais essenciais em todos os ecossistemas terrestres 
c) Os insetos estiveram presentes em eras em que a radiação no planeta era extremamente alta, 
gerando grande quantidade de insetos mutantes. 
d) Os insetos são um grupo extremamente antigo de animais, um dos primeiros a surgirem na 
Terra, por isso hoje são tão diversificados. 
e) A presença de asas e exoesqueleto contribuiu para a dispersão e sobrevivência dos insetos, que 
ao longo da evolução, ocuparam diferentes nichos. 
6) Por que podemos dizer que a metamorfose é uma vantagem evolutiva para os insetos? 
a) Pois os animais nos primeiros estágios de vida estão menos sujeito à escassez de alimentos, já 
que sua alimentação difere dos adultos. 
b) Uma parte das larvas, que atingem grande tamanho, servem de alimento para os adultos da 
própria espécie, que obtém energia para procriar ainda mais. 
c) A metamorfose é a evolução de um inseto de uma fase de vida frágil, que dura pouco tempo, 
para outra mais resistente, com tempo de vida mais longo. 
 31 
d) A metamorfose despista os predadores, pois os insetos se transformam rapidamente, de forma 
que o predador não encontra o animal que estava perseguindo. 
RESPOSTAS 
1) Exemplo: ordem Lepidoptera, holometabolia, larvas e pupas aparecem em folhas e adultos próximos 
às flores. 
2) Nos jovens as asas estão ausentes ou não são desenvolvidas. Alguns jovens apresentam brânquias 
(são aquáticos). 
3) b. 
4) c. 
5) e. 
6) a. 
 
ANEXO 3. ROTEIRO DE SAÍDA DE CAMPO 
Introdução à atividade Os artrópodes são o maior grupo de seres vivos existente, tanto em diversidade 
de espécies, quanto em biomassa. Arthropoda é um grupo com uma enorme importância, evolutiva, 
ecológica, econômica e médica/veterinária, a exemplos vistos em sala de aula. Considerando a 
importância de conhecer e trabalhar com esse grupo in vivo, o presente roteiro propõe uma atividade 
de observação e discussão em grupo sobre a grande diversidade de artrópodes que podemos encontrar 
em um pequeno local. Nesse caso, iremos trabalhar no jardim da escola com a finalidade de aplicar os 
conhecimentos adquiridos em sala de aula no cotidiano e desenvolver habilidades de trabalho em grupo 
por meio de questões. Observe que tais questões devem ser discutidas em grupo, mas respondidas 
individualmente para posterior avaliação. 
Objetivos: Esta atividade de campo pretende demonstrar a grande variação morfológica, ambiental e 
comportamental dos artrópodes. Também pretende possibilitar ao aluno identificar grandes grupos de 
artrópodes, e em quais ambientes encontrá-los. 
Metodologia de observação 
Instruções importantes: 
1. Os alunos devem se organizar em grupos de 4 ou 5 integrantes; 
2. Serão observados artrópodes em “Ambientes” e em “Habitats” (habitats estão contidos em 
ambientes); 
3. Esta atividade deverá ser executada em até 30min; 
4. Em momento algum devem ser coletados artrópodes de cada ambiente (apenas observem-
nos). 
Elaboração da lista de artrópodes: 
1. Os alunos devem fazer uma lista com os artrópodes que se encontram em cada ambiente, e 
em cada habitat. 
2. No jardim/parque/floresta observe ambientes generalizados pelas seguintes características: 
a. Muita luminosidade, pouca umidade (no solo e na vegetação); 
b. Muita luminosidade, muita umidade (no solo e na vegetação); 
c. Pouca luminosidade, pouca umidade (no solo e na vegetação); 
d. Pouca luminosidade, muita umidade (no solo e na vegetação). 
 32 
3. Em cada um destes ambientes, vasculhe e observe (cuidadosamente para evitar perturbação 
de ambiente, e para evitar acidentes) os seguintes habitats: 
a. Árvores e arbustos (galhos, folhas, caules/troncos, sólo próximos as raízes, flores e 
frutos, se presentes); 
b. Vegetação herbácea, por exemplo, grama e “plantas baixas” (folhas, solo próximo aos 
caules e às raízes, flores e frutos, se presentes); 
c. Pedras no solo (verificar nos entornos, embaixo e em cima); 
d. Solo (podem cavucar superficialmente). 
Obs.: O professor pode estabelecer locais prévios em forma de “estações” para os alunos visitarem e se 
rotacionar para a observação. 
 
Fazendo esquemas, desenhos e tirando fotos: 
Ao final da observação, cada grupo deve escolher um destes artrópodes para desenhá-lo com o maior 
nível de detalhamento possível. Também devem anotar características de comportamento e ambiente 
que ele apresenta-se/encontra-se, e, quando possível, fotografá-lo. 
 
QUESTÕES 
1) A respeito dos artrópodes encontrados, responda: 
a) Qual foi/foram o(s) artrópode(s) mais encontrado(s)? Elabore hipóteses para que ele tenha sido o 
mais encontrado. 
Rp: população abundante (formiga), perto da fonte de alimento dele (abelhas e borboletas), época 
de acasalamento, fatores abióticos ótimos (umidade, temperatura, etc). 
b) Compare a morfologia dos artrópodes encontrados e discuta em grupo: com essas informações é 
podemos afirmar que Arthopoda é um grupo com muita variação morfológica? E na diversidade de 
comportamentos e habitats? 
Rp: inferir não é possível, mas a ideia é fazê-los pensar na diversidade que se pode encontrar num 
pequeno espaço. Pelo menos, é mais fácil de encontrar artrópodes que outros grupos de animais. 
2) Sobre o artrópode escolhido pelo grupo, respondam: 
a) Por que esse artrópode foi considerado o mais interessante pelo grupo? Que características dele 
chamou/chamam mais a atenção? 
Rp: cor (brilhante, colorida), hábito (se enrola, estava comendo), etc. 
b) Em que ordem você colocaria esse artrópode? Justifique sua resposta por meio de características 
morfológicas e do ambiente em que ele se encontrou. 
Rp: Chelicerata, Crustácea, Insecta ou Miriapoda. 
c) Imagine que vocês fazem parte de um grupo de biólogos que pensam que a conservação desse 
local deva ser investida. Alguém do grupo propôs que se use um artrópode como espécie bandeira, 
isto é, espécie que representa uma causa ambiental de conservação para divulgar a conservação do 
local. Nesse caso, cite características importantes que esse artrópode deva ter. Nesse caso, o 
artrópode que vocês escolheram nessa atividade poderia ser a espécie bandeira? Por quê? 
Rp: Ela poderia ser escolhida pela importância ecológica ou para o homem, pela vulnerabilidade ou 
simplesmente pelo carisma. 
 33 
*: Respostas possíveis e provavelmente dadas pelos alunos. Elas são aceitas como corretas, porém, 
não se exclui outras possibilidades de respostas corretas, equivocadas ou conceitualmente erradas. 
 
 
ANEXO 4. SUGESTÃO DE QUESTÕES PARA A AVALIAÇÃO: 
1) “Geraldo mora em uma casa com jardim. Em um dia ensolarado de verão, ele estava passeando em 
seu jardim e começou a reparar nos animais que ele encontrava ali: nas folhas e em flores ele encontrou 
borboletas, abelhas e besouros, teias de aranhas e aranhas saltadoras; na grama e em locais mais 
úmidos e escuros (debaixo de pedras, entulhos e arbustos fechados) ele encontrou aranhas, pequenos 
escorpiões, centopeias e tatus de jardim. ” 
A partir dos artrópodes citados, classifique as afirmações a seguir em verdadeira (V) e falsa (F): 
( ) O escorpião e a aranha são aracnídeos caracterizados por cabeça, tórax e abdômen, 4 pares de patas 
e olhos compostos. 
( ) Borboletas e abelhas são importantes polinizadores, diferente dos piolhos de cobra e tatus de jardim 
que possuem um papel de decompositor. 
( ) Tatu de jardim é um crustáceo, borboleta é um inseto e a centopeia é uma miriapoda. 
( ) Besouros e centopeias apresentam antenas enquanto que aranhase tatus de jardim não. 
Assinale a sequencia correta: 
a) V-V-F-F 
b) F-V-V-V 
c) F-V-V-F 
d) F-V-F-V 
e) V-F-V-V 
2) João foi ao mercado comprar ingredientes para uma receita nova contendo frutos-do-mar que 
aprendeu. Nesse prato, estão entre os ingredientes, lula, camarão e mariscos. 
a) Entre os animais utilizados, qual (is) pode(m) ser classificado(s) como artrópode? 
b) À qual(is) classes ele(s) pertencem? Cite duas características que permitem identificá-los nessa classe. 
3) Em uma discussão sobre insetos, Hilton dizia para Carmen que os insetos deveriam ser todos 
exterminados, por causarem inúmeros danos aos seres humanos. Carmen reprimiu a Hilton, dizendo 
que se não fossem os insetos, é provável que boa parte dos seres vivos atuais não estaria no planeta. 
Qual dos dois expressou a opinião mais sensata? Justifique com exemplos. 
4) (Unicamp) Um estudante encontrou um animal adulto com seis patas articuladas, sem antenas e 
corpo dividido em cefalotórax e abdome. Cite a classe a que esse animal pertence e o aspecto 
morfológico discordante em relação às características gerais dessa classe. Sugira uma possível causa 
para tal discordância. 
5) (F.M.Santa Casa - SP) A abelha A encontra-se com a abelha B, da mesma espécie, mas de outra 
colmeia. Diz A: 
— Olá, como vão seu pai e sua mãe? 
 34 
Responde B: 
— Bem, meu pai já morreu, mas minha mãe está ótima. E seus quatro avós, como vão? 
Retruca A: 
— Como quatro, se eu só tenho dois? 
Por esse “diálogo” podemos concluir corretamente que: 
a) A pode ser uma rainha e B uma operária. 
b) A é uma rainha e B é uma operária. 
c) A pode ser uma operária e B é um zangão. 
d) A é um zangão e B pode ser uma rainha, mas não uma operária. 
e) A é um zangão e B é uma operária ou rainha. 
 
GABARITO: 
1 - c 
2 - a) apenas o camarão. 
b) Pertence à classe dos crustáceos. Apresentam dois pares de antenas e cabeça fundida ao tórax. 
3 - Hilton foi o mais sensato. Muitos insetos são polinizadores importantíssimos, sem contar que por 
serem numerosos e fazerem parte de inúmeras cadeias alimentares e interações ecológicas, sua 
extinção levaria a um grande desequilíbrio ecológico. 
4 - Esse animal pertence à classe dos aracnídeos e o aspecto discordante seria o número de patas, pois 
os animais desta classe possuem oito patas. A causa possível seria uma mutilação por algum predador 
ou embate com outro indivíduo da mesma espécie. 
5 – e 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 35 
SUGESTÃO II – ARTRÓPODES: UMA ABORDAGEM FILOGENÉTICA 
Sumário 
AUTORES: Carlos Diego N. Ananias, Cristiane S. Apolinário dos Santos, Janaína de A. 
Serrano, Sara A. Watanabe e Talitha M. Justino. 
 
PÚBLICO-ALVO: 2 º ano do Ensino Médio. 
 
CONTEXTO: A Sistemática Filogenética é um método utilizado para inferir o parentesco 
entre os seres vivos, evidenciando a relação ancestral-descendente, baseado nas 
características compartilhadas (sinapomorfias) (Ruppert e Barnes, 2005). O Ensino de 
Zoologia norteado pela Sistemática Filogenética pode proporcionar um melhor 
entendimento acerca da biodiversidade animal, sendo a filogenia um registro gráfico 
de hipóteses de como algumas características dos organismos se modificaram e como 
são compartilhadas entre os diversos grupos. Os artrópodes possuem uma grande 
importância ecológica, assumindo papéis essenciais como polinizadores e na cadeia 
alimentar. É o grupo mais abundante na Terra, podendo ser observados nos mais 
diversos ambientes, e por isso são um modelo de estudo de fácil abordagem, 
principalmente quando se pretende levar os alunos a simulações de campo. Além 
disso, eles também possuem grande importância econômica e para a saúde. 
 
OBJETIVOS: 
Objetivos conceituais: Espera-se que o Ensino de Zoologia norteado pela Sistemática 
Filogenética contribua para que os alunos aprimorem e construam novos 
conhecimentos sobre a diversidade dos artrópodes por intermédio do estudo das suas 
relações filogenéticas e da história evolutiva dos diferentes grupos. 
Objetivos procedimentais: Espera-se que o aluno seja capaz de construir filogenias 
(com o exemplo da construção da filogenia dos artrópodes), reconhecendo essa 
ferramenta no estudo e pesquisa de biologia, elencando as principais características 
baseadas na visão filogenética evolutiva ensinada em aula; seja capaz observar os 
animais na natureza e classificá-los de acordo com suas características morfológicas. 
Objetivos atitudinais: Espera-se que o aluno pense criticamente sobre as questões 
sociais relacionadas aos artrópodes através da elaboração de seminários que possuirão 
temas problematizadores; entenda o ser humano e os outros organismos como 
 36 
protagonistas do equilíbrio da biodiversidade; trabalhe em grupo de forma 
cooperativa; dialogue com o professor e a classe, expondo suas ideias, sempre 
respeitando o tempo de fala dos demais. 
A sequência didática exposta trabalha com algumas das estratégias sugeridas no PCN+ 
Ensino Médio: Jogos, Seminário e Debate. As suas atividades somadas alcançam dois 
objetivos também do PCN, de promover a Investigação e Compreensão (3- Medidas, 
Quantificações, Grandezas e Escalas) e a Expressão e Comunicação (1- Símbolos, 
Códigos e Nomenclatura, 2- Articulação de dados, Símbolos e Códigos). 
 
MATERIAL: 
Jogo da memória - Artrópodes 
Objetivo: Enfatizar a diversidade do grande grupo artrópode e especificar suas 
particularidades como apêndices, asas, antenas e segmentação permitindo que os 
alunos compreendam de modo análogo como é elaborado um agrupamento de seres 
vivos. 
A partir das fotos tiradas na segunda aula, o professor confeccionará um jogo de 
memória. Serão 21 cartas divididas em três tipos - FOTOS, GRUPOS e 
CARACATERÍSTICAS. Os grupos serão: Diplópode, Quilópode, Quelicerados, Insetos, 
Crustáceos, Anelídeos e um Grupo Ancestral. Cada grupo terá uma foto com um 
animal representante e mais duas cartas, uma contendo as características do grupo e 
outra com o respectivo nome do grupo. 
Número de jogadores: 2 a 3 
Composição do jogo: Vinte e uma (21) cartas divididas em três (3) tipos de cartas - 
fotos¹, características² e grupos³. 
1- Sete (7) cartas FOTOS: uma (1) unidade de cada grupo: Insetos, Quelicerados, 
Crustáceos, Quilópodes, Diplópodes, Anelídeos, Grupo Ancestral 
2- Sete (7) cartas CARACTERÍSTICAS 
3- Sete (7) cartas GRUPOS: Insetos, Quelicerados, Crustáceos, Quilópodes, 
Diplópodes, Anelídeos, Grupo Ancestral 
 
 
 
 37 
Instruções: Separe as cartas de cada tipo e as disponha em linhas, uma linha para cada 
tipo de carta, como na figura abaixo. 
A cada rodada, um jogador deve desvirar uma carta de cada tipo (FOTO, GRUPO e 
CARACTERÍSTICAS), ou seja, três cartas por rodada. 
Objetivo: Como num jogo de memória, ganha o jogador que fizer um maior número de 
associações, FOTO x GRUPO x CARACTERÍSTICAS, corretas. 
Ao final do jogo, os alunos podem socializar com os demais colegas as trincas de cartas 
que associaram. Faz-se a correção das associações incorretas e mostraria as 
associações que deveriam ter sido realizadas, enfatizando as características que 
definem os grupos. 
 
DINÂMICA: A Sequência Didática pode ser aplicada num conjunto de 8 aulas, 
baseando-se em um aprendizado por observação e questionamento. Inicialmente o 
professor deve utilizar o conhecimento prévio dos alunos acerca dos Artrópodes. 
Como são? Quais artrópodes vocês conhecem? (provavelmente quase todos alunos 
conheçam, mas talvez apenas uma classe especifica, os insetos, esquecendo de outras 
classes como crustáceos e aracnídeos que também compõem o grupo). Num primeiro 
momento, esse debateserá interessante para saber o grau de conhecimento sobre 
diversidade que a turma possui. Posteriormente deve ser realizada uma saída de 
campo, em um jardim, quintal, ou outra área esteja disponível nas imediações da 
escola. Os alunos registrariam fotos dos indivíduos que acreditam pertencer ao filo 
Arthropoda. Em um outro momento essas imagens seriam analisadas em sala de aula 
com uma discussão acerca das fotos tiradas, se de fato representam artrópodes ou 
não. Dada a grande diversificação dos artrópodes, outra aula seria destinada a 
discussão dessa diversidade, inclusive mostrando aos alunos vários outros indivíduos 
não amostrados durante o trabalho de campo. As próximas aulas seriam voltadas para 
 38 
uma explicação teórica sobre o grupo: as principais sinapomorfias, conceitos de 
filogenia e evolução e finalmente aplicação de um jogo da memória. Então, no fim da 
sequência, três aulas seriam dedicadas a apresentações e discussão com os demais 
grupos de alunos sobre temas problemáticos relacionados a artrópodes. 
 
Aula 1: O professor propõe uma discussão aos alunos sobre o que eles pensam ser os 
artrópodes, quais as suas supostas características e sua biologia. Supondo que a escola 
de trabalho tenha um jardim ou uma área verde, a primeira aula ocorreria nesta área 
livre. Após um rápido debate, cada aluno seria orientado a tirar 3 fotos de organismos 
que achassem ser artrópodes. A ideia de usar fotos tiradas pelos próprios alunos tem 
como objetivo oferecer aos alunos a sensação de autoria do projeto e estimular 
inicialmente o aprendizado científico através de observação e pesquisa de campo (por 
isso, o(a) professor(a) deve solicitar na aula anterior que os alunos tragam celulares ou 
câmeras para tirarem fotos). 
 
Aula 2: A turma dividida em grupos discute se as fotos retratam de fato artrópodes. 
Então, com base no que já foi discutido e observado, o professor dará esclarecimentos 
sobre quais fotos eram ou não de artrópodes e deverá trazer mais exemplos (e fotos) 
de artrópodes que não seriam fáceis de encontrar ou abundantemente encontrados 
no jardim - crustáceos, aracnídeos, entre outros, evidenciando assim a grande 
diversidade do grupo. 
Obs.: O(a) professor(a) deverá imprimir e distribuir as fotos para os grupos que as 
tiraram. 
 
Aula 3: A partir do conhecimento sobre a diversidade e abundância dos artropódes, o 
professor iniciará uma etapa mais teórica. Na primeira parte da aula serão abordadas 
as principais características (sinapormorfias) do grupo (exoesqueleto quitinosos, 
apêndices articulados etc.), utilizando questões como ecdise, segmentação, número de 
apêndices, de asas, de antenas, entre outros caracteres, para definir os grupos dentro 
de Arthropoda. Depois disso proponha uma pesquisa sobre temas problematizadores 
envolvendo os artrópodes. Os temas escolhidos visam desenvolver a alfabetização 
científica, especificamente o tópico relacionado a aspectos sociocientíficos, incluindo 
 39 
questões ambientais, políticas, econômicas, éticas, sociais e culturais. Cada grupo 
(formado por até 3 alunos) deverá escolher um dos temas (Ver avaliação) e apresentar 
nas últimas aulas da sequência. O professor deve orientar os alunos a escolher um ou 
mais exemplos dentro do tema, relacionando-o com o grupo dos artrópodes. Ex: 
Pragas - pulgões, prejuízos, formas de controle, problemas das formas de controle 
biológico. 
 
 Aula 4: Aula expositiva, com intuito de mostrar conceitos de ancestralidade comum, 
citando grupos fósseis (trilobitas) e as características encontradas que levaram os 
cientistas a propor relações de parentesco com os grupos atuais (exoesqueleto e corpo 
dividido em três tagmas, por exemplo) e sua importância na construção das 
associações filogenéticas. Por fim, as hipóteses e filogenias do grupo propostas devem 
ser apresentadas (e esta última parte demonstrando a natureza científica, que não é 
estática e está em constante mudança). Ao fim dessa aula, o(a) professor(a) deve 
solicitar que os alunos tragam na próxima aula uma proposta de filogenia dos 
artrópodes com as sinapomorfias do grupo e dos subgrupos. (Um exemplo de filogenia 
que pode servir de base para o professor avaliar a construção da filogenia feita pelos 
alunos se encontra no fim desta sequência). 
 
 Aula 5: Aplicação do jogo. Neste, além dos grupos de artrópodes atuais abordados, 
haverá também um ancestral comum hipotético desses organismos e um anelídeo. 
Este último seria um possível grupo externo, sendo que em algumas hipóteses 
filogenéticas é descrito como grupo irmão de Arthropoda. Com isso, instigar-se-ia uma 
discussão filogenética e sobre o fazer ciência por hipóteses. 
 
Aulas finais: De acordo com a divisão de grupos proposta distibua as apresentações de 
modo que haja tempo para que cada problema possa ser apresentado e seja discutido 
em conjunto com a sala. Ao final, o professor faz um fechamento resgatando a 
importância econômica e ecológica dos artrópodes, remetendo-se aos temas 
apresentados pelos alunos. 
 
AVALIAÇÃO: Os alunos podem ser avaliados através de duas atividades com o objetivo 
de que vários tipos de competências possam ser reconhecidas. Primeiramente, a partir 
 40 
das apresentações das pesquisas realizadas pelos alunos sobre os seguintes temas a 
serem escolhidos envolvendo artrópodes: 
- Pragas 
- Doenças transmitidas por artrópodes 
- Interação inseto-planta 
- Infestações em áreas urbanas 
- E se as abelhas desaparecessem? 
- Aranhas e escorpiões peçonhentos 
- Metamorfose em insetos 
- Insetos sociais 
- Impacto de pesca predatória de artrópodes aquáticos 
Em seguida, avaliar a partir da construção de filogenia dos Artrópodes justificada pelas 
sinapomorfias aprendidas, permitindo que o aluno construa seu próprio argumento 
científico, pondo em ação a linguagem científica aprendida ao longo da sequência de 
aulas. 
 
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA E SUGERIDA: 
 
BRASIL, 2002. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. PCN+ Ensino Médio: 
Orientações Educacionais complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais. 
Brasília: Ministério da Educação/ Secretaria de Educação Média e Tecnológica. 244p. 
RUPPERT, E.E. & BARNES, R.D. 1996. Zoologia dos invertebrados. 6a ed., São Paulo, 
Rocca.1029p. 
ZABALA, A. 1998. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed. 223p. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 41 
ANEXOS 
 
Exemplo de construção de filogenia de Arthopoda e suas sinapomorfias (simplificadas) 
 
 
 
Sinapomorfias utilizadas na construção da filogenia: 
1- Arthropoda: Exoesqueleto articulado; apêndices articulados; cabeça com ácron e 5 segmentos; um 
par de olhos compostos. 
2- Mandibulata: 5 pares de apêndices (antenas 1 e 2, mandíbulas, maxilas 1 e 2); cérebro dividido em 
três partes; ecdise controlada por hormônios. 
3- Crustacea: apêndices birremes; larva náuplio; antenas no segundo segmento da cabeça. 
4- Diplópoda: corpo dividido em cabeça, tórax e abdômen; dois pares de apêndices locomotores por 
segmento; um par de antenas. 
5- Quilópoda: forcípula; um par de mandíbulas; antena longa articulada; um par de apêndices 
locomotores por segmento. 
6- Insetos: três pares de apêndices locomotores; dois pares de asas; túbulos de Malpighi. 
7- Quelicerados: corpo dividido em cefalotórax e abdômen; quelíceras; pedipalpos; 4 pares de apêndices 
locomotores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBS. IMAGENS UTILIZADAS EXCLUSIVAMENTE PARA FINS ACADÊMICOS 
 42 
SUGESTÃO III – BIODIVERSIDADE E ADAPTAÇÃO 
Sumário 
AUTORES: Bianca Silles, Mariana Antonieta e Priscila Moreira. 
 
PÚBLICO-ALVO: 7º ano do Ensino Fundamental II. 
 
CONTEXTO: Ascrescentes descobertas acerca do uso de diversas espécies de interesse 
humano e a crescente degradação de biomas e ecossistemas tem aumentado a 
importância do tema biodiversidade nos ensinos fundamentais e médio (BIZERRIL et al, 
2007). No entanto, alguns estudos têm mostrado que os estudantes pouco conhecem 
sobre biodiversidade e que isto se deve ao fato de o ensino de zoologia e de botânica 
ser feito de maneira fragmentada e desconexa dos demais temas (BIZERRIL et al, 
2007). 
O estudo dos seres vivos em seus ambientes, conforme é visto na sequência 
didática (SD) apresentada a seguir, além de agregar conhecimento de particularidades 
morfológicas e comportamentais de cada grupo animal também proporciona a 
aprendizagem de conceitos zoológicos e evolutivos aos alunos. Isso vai ao encontro do 
que é apresentado pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) para o Ensino 
Fundamental, que apontam para a importância do estudo das diferentes formas de 
vida e suas adaptações ao meio sob a perspectiva evolucionista (BRASIL, 1998). 
Nesta SD, o estudo dos seres vivos e suas adaptações ao meio são abordados 
através dos três pilares da alfabetização científica, conforme apresentado por Sasseron 
& Carvalho (2011): a linguagem científica, por meio de conceitos e princípios à 
evolução, relação forma-função, relação organismo-ambiente-diversidade e a 
argumentação científica; natureza da ciência, através da observação crítica, elaboração 
de textos descritivos e criação de hipóteses (mesmo que de forma inconsciente); e 
aspectos sociocientíficos, com a reflexão de questões socioambientais trazidas pelos 
próprios alunos. A SD descrita a seguir é composta por atividades que abordam de 
maneira integrada diferentes conceitos das ciências biológicas como biodiversidade, 
seleção natural, biomas e conceitos zoológicos. Por este motivo ela pode ser 
facilmente aplicada em diferentes situações ligadas a qualquer um destes temas, 
desde que o conteúdo já tenha sido apresentado aos alunos anteriormente, mesmo 
 43 
que de forma superficial. A SD está organizada em aulas sequenciais apenas como 
sugestão de trabalho, não sendo necessário seguir essa ordem. 
 
OBJETIVOS: Ao final desta sequência didática, o aluno deve ser capaz de: 
 
1. Compreender o termo biodiversidade; 
2. Analisar de forma crítica o meio ambiente e os seres vivos que nele habitam, 
levando em consideração os fatores abióticos predominantes e as adaptações 
evolutivas dos animais; 
3. Produzir textos descritivos com base em sua observação; 
4. Argumentar seus pontos de vista e tomar decisões em grupo baseado nos 
conhecimentos adquiridos e na catalogação de informações; 
5. Desenvolver uma noção dos termos convergência, divergência, seleção natural e 
adaptação. 
 
MATERIAL: 
1. Data show para transmissão de vídeos; 
2. Computadores ou tablets com acesso à internet; 
3. Fichas com imagens dos ambientes e de animais. 
 
DINÂMICA: 
 
Aula 1 - O que é biodiversidade? 
Divida a turma em grupos de trabalho para levantar os seus conhecimentos 
prévios. Após isso, apresente dois vídeos, um deles demonstra a biodiversidade 
existente entre organismos de uma mesma espécie, diversidade ecológica e 
também genética. O outro vídeo mostra a variedade de adaptações existente nos 
animais em relação aos os ambientes que habitam. Para finalizar a aula, elaborem 
em conjunto, alunos e professor, uma frase que defina o que é biodiversidade para 
a sala. A seguir, os links dos vídeos: 
1. Biodiversidade - www.youtube.com/watch?v=Mcj6OBmGlrQ Acesso em 
13/04/2015. 
2. Animais e Ambiente - www.youtube.com/watch?v=vwgHNFuD8Sg Acesso em 
13/04/2015. 
 
 44 
Aulas 2 e 3 - Descrição de alguns animais, plantas e ambientes 
Pesquisa de imagens de animais, descrevendo suas características morfológicas 
(que permitem a locomoção, respiração, alimentação, tamanho corporal). Esta 
atividade deverá ser realizada em grupo e cada um será responsável pela descrição de 
4 animais. Para esta descrição os alunos deverão utilizar computadores ou tablets com 
acesso à internet para realizarem pesquisas. Bizerril (2007) destaca a importância de se 
trabalhar com imagens de espécies para a formação da concepção das mesmas e do 
conceito de biodiversidade. 
Faça um procedimento semelhante em relação às imagens de biomas, que 
serão descritos pelos alunos. Após a primeira tentativa de pesquisa, forneça alguns 
elementos para direcionar as observações a serem feitas (umidade, exposição ao sol, 
densidade de plantas, tipo de solo etc.). 
Durante esta atividade serão desenvolvidas habilidades como observação 
crítica e descrição, aproximando os alunos do “fazer ciência”, conforme o defendido 
pelo PCN (BRASIL, 1998). Os registros devem ser recolhidos, para que sejam 
apresentados juntamente com o material didático a ser usado nas aulas seguintes. 
 
Aula 4 - Dinâmica: qual animal se adequa melhor a qual ambiente? (Anexo 1) 
Jogo “Animais e ambiente”: é sorteado para cada grupo uma carta “ambiente”. 
O grupo, com o apoio da “tabela dos animais”, deve decidir quais dos animais 
representados estão adaptados aquele ambiente. O professor acompanha essa 
atividade para ajudar os alunos na escolha, a fim de garantir que os animais escolhidos 
sejam os corretos. Após todos os grupos entrarem em acordo, o jogo iniciará. 
A ordem de início deve ser definida em conjunto. Serão distribuídas 5 cartas 
para cada grupo, sendo que um dos grupos ficará com uma carta a mais (carta 
coringa). Inicia o jogo aquele que tiver 6 cartas. A cada rodada, o grupo terá que 
repassar uma de suas cartas para o grupo ao seu lado direito. Ganha o jogo aquele que 
completar os 4 animais mais adaptados ao seu ambiente sorteado. 
 
 Aula 5 - Discussão e aula expositiva 
O professor retoma a dinâmica da aula anterior elaborando uma tabela com as 
principais características dos ambientes e dos animais encontrados nele. Esta tabela 
 45 
deve estimular a discussão e argumentação pelos estudantes sobre as características 
dos animais e seus “ambientes”. Esse exercício é defendido por Sasseron (2014) como 
uma das maneiras de se aplicar o ensino de ciências por investigação. 
O docente deve explicar as causas das diferenças adaptativas encontradas em 
diferentes organismos da mesma espécie e deve retomar os conteúdos apresentados 
nos dois vídeos assistidos na segunda aula. Após essa discussão, o docente pode, por 
via de uma aula expositiva, contextualizar as pesquisas e o jogo com conceitos 
biológicos, como : convergência e divergência adaptativa, seleção natural e adaptação, 
os quais deverão ser registrados pelos alunos em seus cadernos. 
 
 Aulas 6, 7 e 8 - Atividades avaliativas 
Como método de avaliação cada grupo produz um infográfico de um bioma, 
abordando uma questão socioambiental a ser julgada pelos demais alunos. Para tanto 
eles acabarão por usar e apresentar dados e conceitos aprendidos durante as aulas e 
pesquisas anteriores, tais como os animais melhor adaptados. 
Por meio desta atividade procura-se avaliar a aprendizagem de conceitos, 
descrição de ambientes e seres vivos, a capacidade de análise e de argumentação 
perante questões polêmicas. Além de servir como avaliação, a atividade também 
incentiva debates, já os estudantes deverão decidir quais animais estão bem 
adaptados ao bioma que estão trabalhando e justificar tal escolha. 
Por fim, deverá ser feita a socialização dos infográficos com o objetivo de que 
os demais grupos possam ter contato com outro ambiente. A apresentação dos 
infográficos deve ser feita para os professores e demais estudantes no formato de um 
mini congresso, no qual os trabalhos serão apresentados várias vezes para um grupopequeno de pessoas. A finalidade de utilizar este método de avaliação é estimular e 
desenvolver a capacidade de os alunos se apresentarem em público bem como 
proporcionar um momento para que o docente avalie o trabalho produzido pelos 
grupos. 
 
 
 
 
 
 
 46 
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA E SUGERIDA: 
BIZERRIL et al. Percepção de alunos de ensino fundamental sobre a biodiversidade: 
relações entre nomes de organismos, mídia e periculosidade. In: Encontro Nacional 
de Pesquisa em Educação em Ciências (ENPEC), VI, 2007, Florianópolis. 
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros 
curriculares nacionais terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: Ciências 
Naturais. Brasília, DF: MEC/SEF, 1998. 
SASSERON, L. Alfabetização Científica, Ensino por Investigação e Argumentação. In: 
WORKSHOP ARGUMENTAÇÃO E ENSINO DE CIÊNCIAS. 2014. São Paulo. 
 SASSERON, L.H. e CARVALHO, A.M.P., “Alfabetização Científica: uma revisão 
bibliográfica”, Investigações em Ensino de Ciências, v.16 n.1 pp. 59-77, 2011. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 47 
ANEXOS: 
 
ANEXO 1 - Jogo “Animais e ambientes” 
 
REGRAS DO JOGO: ANIMAIS E AMBIENTES 
Faixa etária: A partir de 13 anos (indicado para o Ensino Fundamental II) 
Tempo de duração: no mínimo 7 minutos, podendo durar até 20 min. 
Componentes: Este jogo contém 28 cartas “animais” (verdes) e 7 cartas “ambientes” (amarelas). Cada 
ambiente contêm 4 animais associados a ele. 
Jogadores: O jogo comporta no mínimo 3 jogadores e no máximo 7. Pode ser jogado em duplas ou 
equipes, respeitando o máximo de 6 de grupos. 
O baralho: Deve-se separar o baralho de acordo com o número de jogadores ou equipes. Por exemplo, se 
houver 5 jogadores ou equipes, deve-se separar 5 cartas de ambientes com as 4 cartas de animais 
associadas a cada ambiente, em um total de 20 cartas “animais”. 
Objetivo: O objetivo do jogo é juntar 4 cartas de animais que vivem em determinado ambiente sorteado. 
O jogo: O professor deve preparar o jogo antes da partida começar, de acordo com o número de 
participantes. No final dessa explicação, haverá um gabarito associando os animais aos seus ambientes. 
Primeiramente, o professor deve sortear as cartas de ambientes amarelas entre os jogadores ou equipes. 
Os jogadores não podem revelar aos outros qual carta é a sua. Depois de embaralhar as cartas verdes, o 
professor deve distribuir as cartas para cada jogador/equipe. Os jogadores devem escolher uma carta que 
não sirva para seu jogo. Todos os jogadores devem, ao mesmo tempo, passar uma carta ao próximo 
jogador, sem mostrar a carta aos outros jogadores. Os jogadores devem analisar a carta recebida e 
escolher a próxima carta a ser repassada ao próximo jogador, e assim por diante, até que alguém consiga 
formar o grupo de 4 animais correspondentes ao seu ambiente. Assim que alguém formar um grupo de 4 
animais correspondentes ao ambiente, deve chamar o professor para conferir a vitória. Caso o jogador 
não acerte, o jogo deve continuar. 
Gabarito: 
Deserto - rato-canguru; feneco, camelo, cascavel-chifruda. 
Deserto polar - foca; raposa-do-ártico; pinguim-rei; krill. 
Floresta temperada - lobo cinzento; veado-de-cauda-branca; esquilo, urso-europeu. 
Floresta Tropical - borboleta-folha indiana, camaleão-folha; araçari, morcego-vampiro. 
Cerrado brasileiro - boca-de sapo; gavião-carijó; coruja buraqueira, lobo guará 
Cavernas - Troglorhopalurus translucidus; bagre-cego; Amplaria adamsi; morcego-vampiro. 
Savana Africana - Elefante; hipopótamo; guepardo; girafa. 
 
 
 
 
 
 48 
Floresta Tropical 
(https://neeasciencenews.files.wordpress.com/2012/08/bac3ada_de_antonina_vista_da_serra_do_mar2.jpg) 
 
 
 
 
Fonte: 
www.magicoflife.org/butterfly_photos/Indian_Leaf_Butterfly_
Kallima_inachus%20-%20top.jpg; 
www.photomacrography1.net/images/KallimaParalekta.jpg 
 
Fonte: 
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/3/38/Rieppel
eon_brevicaudatus_M015.jpg 
 
 
Fonte: 
http://image.wangchao.net.cn/baike/1258354413721.jpg 
 
Fonte: 
http://staticf5a.lavozdelinterior.com.ar/sites/default/files/styles
/landscape_894_503/public/archivo/2-desmodus.jpg 
 
 
 49 
Cerrado Brasileiro 
(Fonte: http://ecodatainforma.files.wordpress.com/2012/02/m1_82480004-copy.jpg) 
 
 
 
Fonte: 
http://msalx.viajeaqui.abril.com.br/2013/09/10/1502/5tY2z/co
ruja-buraqueira2.jpeg?1378840033 
Fonte: 
http://msalx.viajeaqui.abril.com.br/2013/09/10/1400/5tY2z/bo
ca-de-sapo.jpeg?1378835571 
 
Lobo guará (Chrysocyon brachyurus) 
 
Seus pelos de cor avermelhada confundem-se 
com a grama seca e o deixa camuflado no 
ambiente em que vive. É uma espécie 
vulnerável segundo o livro vermelho Fauna 
Brasileira Ameaçada de Extinção 
 
Fonte: 
http://msalx.viajeaqui.abril.com.br/2013/09/10/1401/5tY2z/ga
via-carijo.jpeg?1378835562 
Fonte: http://escolakids.uol.com.br/loboguara.htm 
 
 
 50 
Savana Africana 
(Fonte:http://images.forwallpaper.com/files/images/1/193e/193ece2c/214693/highlands-beautiful-landscape-savannas-shrubs-
mountains-sand-blue-sky-clouds-landscape.jpg) 
 
 
 
 
Fonte:http://cdn1.arkive.org/media/00/000EBD39-D1D9-4221-
8384-5CABECD5528B/Presentation.Small/Cheetah-
camouflaged-in-habitat.jpg 
Fonte: http://3.citynews-
today.stgy.it/~media/originale/46741580264386/elefante-5.jpg 
 
 
 
 
Fonte: http://www.tocadacotia.com/wp-
content/gallery/animal/dd.jpg 
Fonte: http://www.whereincity.com/files/animals/16/main.jpg 
 
 51 
Caverna 
(Fonte:http://store.donanimhaber.com/52/ea/46/52EA46CD4C250E25D192A96D42680CF4.jpg) 
 
 
 
Fonte: 
http://i254.photobucket.com/albums/hh109/Tadash1/pimelod
ellakronei.jpg 
Fonte:http://staticf5a.lavozdelinterior.com.ar/sites/default/files
/styles/landscape_894_503/public/archivo/2-desmodus.jpg 
 
 
 
 
Fonte: 
http://msalx.viajeaqui.abril.com.br/2013/06/05/1031/5tY2z/6.j
peg?1370442597 
 
Fonte: 
http://i0.statig.com.br/fw/95/q2/qe/95q2qe37tbb5ga9wok60v
7cst.jpg 
 
 
 
 
 52 
Deserto 
(Fonte: http://i2.wp.com/visions-of-earth.com/wp-content/uploads/NamibNaukluftParkDunes.jpg) 
 
 
 
 
Fonte: http://04varvara.files.wordpress.com/2011/07/02m-
smaller-brothers-16-07-11.jpg?w=1200&h=750 
 
Fonte: 
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/7/70/Crotalu
s_cerastes_mesquite_springs_CA-2.jpg 
 
 
 
Fonte: 
http://images.forwallpaper.com/files/images/2/2523/252353d
4/24054/kangaroo-rat.jpg 
 
Fonte: 
http://vanessaelizabeth.files.wordpress.com/2012/12/2011_tra
mpeltier_1528.jpeg 
 
 53 
 
Deserto Polar 
(Fonte: http://www.yousay.gr/wp-content/uploads/2013/12/Mt_Herschel_Antarctica_Jan_2006-932x620.jpg?4db4b8) 
 
 
 
 
Fonte: http://poxe.ru/uploads/posts/2008-
05/1211621027_online_ua-5slvnupug3.jpg 
Fonte: http://www.pimentanamuqueca.com.br/wp-
content/uploads/10Foca.jpg 
 
 
 
Fonte: 
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/c/c7/
Antarctic_krill_(Euphausia_superba).jpg/260px-
Antarctic_krill_(Euphausia_superba).jpg 
Fonte: http://img27.fansshare.com/pic122/w/homosexual-
behavior-in-animals/1200/13124_homosexual_bpenguins.jpg 
 
 
 54 
Floresta Temperada 
(Fonte: www.1000dias.com/fototmp/574-chegando-a-floresta-temperada-umida-de-hoh,-no-olympic-national-park,-no-estado-de-
washington,-oeste-dos-estados-unidos-nikon%20(58748).jpg) 
 
 
 
 
Fonte: www.salix.cz/rs/image/200502240730_jelenec.jpg 
Fonte: www.fotosimagenes.org/imagenes/canis-lupus-lupus-
1.jpg 
 
 
Fonte: www.topdesktopwallpapers.net/_papers/45/red-

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