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15/08/2017 1 Sistema Nervoso - revisão Profa MS : Andressa Andrade Teymeny Email: andressateymeny@gmail.com Sistema Nervoso O sistema nervoso é responsável pelo ajustamento do organismo ao ambiente. Sua função é perceber e identificar as condições ambientais externas, bem como as condições reinantes dentro do próprio corpo e elaborar respostas que adaptem a essas condições. Organização do sistema nervoso humano Sistema Nervoso Central (SNC) Encéfalo Cérebro Cerebelo Tronco Encefálico Mesencéfalo Ponte Bulbo Medula Sistema Nervoso Periférico (SNP) Nervos cranianos (12 pares) Nervos raquidianos (31 pares) Terminações nervosas Sistema Nervoso Central (SNC) Sistema nervoso central (SNC) a) Encéfalo Possui cerca de 1,4 kg nos adultos Está localizado na caixa craniana Dividido em 3 partes: cérebro, cerebelo e tronco encefálico Encéfalo cérebro cerebelo Tronco encefálico Sistema Nervoso Central (SNC) a) Encéfalo I) Cérebro Constitui cerca de 90% da massa encefálica Dividido em dois hemisférios (esquerdo e direito) Dividido em duas partes: o Córtex (externo) – substância cinzenta (corpos neuronais) o Região interna – substância branca (dendritos e axônios) Sistema Nervoso Central (SNC) a) Encéfalo I) Cérebro Funções: o Sensações o Atos conscientes e voluntários (movimentos) o Pensamento o Memória o Inteligência o Aprendizagem o Sentidos o Equilíbrio LOBO FRONTAL: processamentos complexos (cognição, planejamento e iniciação dos movimentos voluntários) LOBO PARIETAL: área de projeção e processamento somestésico LOBO TEMPORAL: área de projeção e processamento auditivo. LOBO OCCIPITAL: área de projeção e processamento visual Sistema Nervoso Central (SNC) 15/08/2017 2 Imagem: McCRONE, JOHN. Como o cérebro funciona. Série Mais Ciência. São Paulo, Publifolha, 2002. a) Encéfalo I) Cérebro Tálamo e Hipotálamo (presentes na região inferior do cérebro) Tálamo o Reorganização dos estímulos nervosos o Percepção sensorial (consciência) Hipotálamo o Regulador da homeostase corporal o Temperatura o Apetite o Balanço hídrico o Controle da hipófise e outras glândulas Sistema Nervoso Central (SNC) Tálamo e Hipotálamo Tálamo Hipotálamo Sistema Nervoso Central (SNC) Cerebelo II) Cerebelo Responsável pelo equilíbrio do corpo Tônus e vigor muscular Orientação espacial Coordenação dos movimentos Sistema Nervoso Central (SNC) III) Tronco encefálico 3 divisões: Mesencéfalo Ponte Bulbo Mesencéfalo Ponte Bulbo Sistema Nervoso Central (SNC) Mesencéfalo III) Tronco encefálico Mesencéfalo o Recepção e coordenação da contração muscular o Postura corporal Sistema Nervoso Central (SNC) 15/08/2017 3 III) Tronco encefálico Ponte o Manutenção da postura corporal, equilíbrio do corpo e tônus muscular. Ponte Sistema Nervoso Central (SNC) III) Tronco encefálico Bulbo o Controle dos batimentos cardíacos o Controle dos movimentos respiratórios o Controle da deglutição (engolir) Bulbo Sistema Nervoso Central (SNC) * Núcleos da Base Sistema Nervoso Central (SNC) b) Medula Espinhal (raque) Cordão cilíndrico que parte da base do encéfalo e percorre toda a coluna vertebral. Aloja-se dentro das perfurações das vértebras. Da medula espinhal partem 31 pares de nervos raquidianos Sistema Nervoso Central (SNC) b) Medula Espinhal (raque) Funções da medula o Recebe as informações de diversas partes do corpo e as enviam para o encéfalo e vice-versa. o Responsável pelos atos reflexos (reflexo medular). Sistema Nervoso Central (SNC) http://www.afh.bio.br/nervoso/nervoso4.asp#medula 15/08/2017 4 b) Medula Espinhal (raque) Reflexo Medular A medula espinhal é capaz de elaborar respostas rápidas em situações de emergência, sem a interferência do encéfalo. Sistema Nervoso Central (SNC) c) Meninges São três delicadas membranas que revestem e protegem o sistema nervoso central (SNC). o Dura-máter o Aracnóide o Pia-máter Medula espinhal Encéfalo Sistema Nervoso Central (SNC) Sistema Nervoso - periférico Sistema Nervoso - periférico Constituído por: a) Nervos b) Gânglios nervosos c) Terminações nervosas (receptores para dor, tato, frio, pressão, calor, paladar, etc.). Nervos São fios finos formados por vários axônios de neurônios envolvidos por tecido conjuntivo. Transmitem mensagens de várias partes do corpo para o sistema nervoso central ou destes para as regiões corporais. Classificação dos nervos I) Quanto ao tipo de neurônio Sensitivos ou aferentes (contém apenas neurônios sensitivos) Motores ou eferentes (contém apenas neurônios motores) Mistos (contém neurônios sensitivos e motores) II) Quanto à posição anatômica Cranianos (ligados ao encéfalo) – 12 pares Raquidianos ou espinhais (ligados à medula) – 31 pares Sistema Nervoso - periférico Nervos: cordões esbranquiçados constituídos de fibras nervosas reforçados por tecido conjuntivo. As fibras nervosas variam no calibre e possuem bainha de mielina ou não Sistema Nervoso - periférico 15/08/2017 5 Quanto à velocidade de condução TIPO A => Grande calibre mielinizadas. Alfa => proprioceptores dos músculos esqueléticos Beta => mecanorreceptores da pele (Tato) Gama => dor e frio TIPO B => Médio calibre - pré-ganglionares do SNA. TIPO C => Pequeno calibre - pós-ganglionares do SNA. Quanto maior o calibre Maior a velocidade de condução Sistema Nervoso - periférico PARTES DE UM NEURÔNIO - DENDRITOS: VÁRIOS PROLONGAMENTOS, CURTOS. RECEBEM OS IMPULSOS NERVOSOS. - AXÔNIO: PROLONGAMENTO ÚNICO, CONDUÇÃO DE IMPULSOS. PODE MEDIR VÁRIOS METROS OU APENAS ALGUNS MILÍMETRO. - CORPO CELULAR: CENTRO DO TRÁFICO DOS IMPULSOS NERVOSOS. Sistema Nervoso - periférico CÉLULAS DA GLIA São células lábeis capazes de exercer uma importância vital aos neurônios, sendo a principal função a Nutrição. • Não produzem potencial de ação. ASTRÓCITOS ....................... Nutrição e metabolismo • MACRÓGLIA CÉLULAS EPENDIMÁRIAS ........Revestimento dos Ventrículos cerebrais e do canal espinhal OLIGODENDRÓLIA .................. Síntese de mielina • MICRÓGLIA HORTEGÁGLIA .................. Células de limpeza Sistema Nervoso - periférico Gânglios nervosos o Aglomerado de corpos celulares de neurônios encontrados fora do sistema nervo central. Corpos celulares Sistema Nervoso - periférico NERVOS CRANIANOS: emergem do tronco cerebral ( encéfalo) – 12 pares • SE DIVIDEM EM: SENSITIVOS MOTORES MISTOS 15/08/2017 6 31 Nervo craniano Função I-OLFATÓRIO sensitiva Percepção do olfato. II-ÓPTICO sensitiva Percepção visual. III-OCULOMOTOR motora Controle da movimentação do globo ocular, da pupila e do cristalino. IV-TROCLEAR motora Controle da movimentação do globo ocular. V-TRIGÊMEO mista Controle dos movimentos da mastigação (ramo motor); Percepções sensoriais da face, seios da face e dentes (ramo sensorial). VI-ABDUCENTE motora Controle da movimentação do globo ocular. VII-FACIAL mista Controle dos músculos faciais – mímica facial (ramo motor); Percepção gustativa no terço anterior da língua (ramo sensorial). VIII-VESTÍBULO-COCLEAR sensitiva Percepção postural originária do labirinto (ramo vestibular); Percepção auditiva (ramo coclear). IX-GLOSSOFARÍNGEO mista Percepção gustativa no terço posterior da língua, percepções sensoriais da faringe, laringe e palato. X-VAGO mista Percepções sensoriais da orelha, faringe, laringe, tórax e vísceras. Inervação das vísceras torácicas e abdominais. XI-ACESSÓRIO motora Controle motor da faringe, laringe, palato, dos músculos esternoclidomastóideo e trapézio. XII-HIPOGLOSSO motora Controle dos músculos da faringe, da laringe e da língua. NERVOS CRANIANOS Emergem da medula espinhal ( 31 pares). São denominados de acordo com sua localização na coluna vertebral. • 31 PARES: 8 CERVICAIS 12 TORÁCICOS 5 LOMBARES 5 SACRAIS 1 COCCÍGENO NERVOS ESPINHAIS: 5 LOMBARES 8 CERVICAIS 12 TORÁCICOS 1 COCCÍGENO 5SACRAIS Divisão do sistema nervoso periférico Sistema Nervoso Voluntário (somático) Ações conscientes: andar, falar, pensar, movimentar um braço, etc. Sistema Nervoso Autônomo (visceral) Ações inconscientes: controle da digestão, batimentos cardíacos, movimento das vísceras, etc. Simpático Parassimpático Sistema Nervoso - periférico 15/08/2017 7 a) Sistema Nervoso Voluntário (Somático) Formado por nervos motores que conduzem impulsos do sistema nervoso central (SNC) à musculatura estriada esquelética. Determina ações conscientes: Andar, falar, abraçar, correr, etc. SNC Corpos celulares dentro do SNC Axônios controlando a musculatura esquelética Sistema Nervoso - periférico Sistema Nervoso Autônomo (vegetativo ou visceral) Constituído por nervos motores que conduzem impulsos do sistema nervoso central à musculatura lisa de órgãos viscerais, músculos cardíacos e glândulas. Realiza o controle da digestão, sistema cardiovascular, excretor e endócrino. Os nervos do SNP autônomo possuem dois tipos de neurônios: I. Pré-ganglionares (corpo celular dentro do SNC) II. Pós-ganglionares (Corpo celular dentro do gânglio) SNC órgãogânglio Neurônio Pós-ganglionar Neurônio Pré-ganglionar Sistema Nervoso - periférico b) Sistema Nervoso Autônomo É dividido em duas partes: I. Simpático II. Parassimpático Sistema Nervoso Simpático: Prepara o organismo para o estresse (instinto de fuga ou luta) Sistema Nervos Parassimpático: Estimula atividades relaxantes (repouso) Ações antagônicas no organismo! Sistema Nervoso - periférico Terminações nervosas Sistema Nervoso - periférico Terminações Nervosas Captam estímulos do meio interno ou externo e os levam para o sistema nervoso central. De forma geral: São estruturas morfologicamente mais simples e localizadas em todo o corpo podendo ser classificadas como LIVRES ou ENCAPSULADAS Sistema Nervoso - periférico 15/08/2017 8 43 ENCAPSULADAS 1 - CORPUSCULO DE MEISSNER Tato e pressão. Pele das mãos e pés. 2 - CORP. DE VATER PACCINI => Sensibilidade vibratória. Tecido celular subcutâneo das mãos e pés, peritônio, cápsulas viscerais, etc Sistema Nervoso - periférico Podem ser: LIVRES Responsáveis pela percepção e sensação da dor. 44 3 - CORPUSCULO DE KRAUSE =>responsável pela percepção do FRIO. Derme, conjuntiva, mucosa da língua e genitais externos 4 - CORPUSCULO DE RUFINI => Responsável pela percepção do CALOR. Derme, conjuntiva, mucosa da língua e genitais externos Sistema Nervoso - periférico Pacinian corpusde Meissner corpusde Ruffini Corpus Free nerve endingsMerkel disks TERMINAÇÕES NERVOSAS SENSITIVAS ESPECIAIS Estruturas de morfologia mais complexa e que fazem parte dos órgãos especiais dos sentidos localizados na cabeça. Ex: botões gustativos (gustação), órgão de Corti (audição), mácula estática e crista ampular (equilíbrio), cones e bastonetes (visão), receptores olfativos (olfação). Sistema Nervoso - periférico 46 Somaticas - terminam em músculo estriado esquelético (Movim. Voluntário). TERMINAÇÕES NERVOSAS MOTORAS Viscerais - terminam e músculo liso, cardíaco e glândulas (SNA) Sistema Nervoso - periférico Homúnculo sensorial Homúnculo sensorial 15/08/2017 9 Homúnculo sensitivo e motor Homúnculo sensorial e motor Homúnculo sensorial e motor Classificação das modalidades sensitivas 1. Superficial: a. Térmica e dolorosa: responsável pelo reflexo de fuga b. Protopática : barestésica e tato grosseiro. c. Tátil : Sensibilidade Empicrítica: sua função consiste na análise descriminatória e daquilo que podemos perceber por meio da pele, sobretudo da mão. Sua função global é de hilognosia (hylos = matéria; gnosia reconhecimento). 2. Profunda : a. Palestesia e cinestesia: sensibilidade consciente profunda dos ossos e das articulações , respectivamente. É responsável pela percepção da imagem corporal. Juntas exercem a função esteriognósica. Classificação das modalidades sensitivas b. Artrestesia: propriocepção ou sensibilidade cinético-postural (posição da articulação, coordenação e marcha) c. Grafestesia: capacidade de identificar desenhos simples feitos na palma da mão. Tipos de movimentos gerados pelo controle motor • REFLEXOS • AUTOMÁTICOS • VOLUNTÁRIOS Diferem entre si em sua complexidade e grau de controle voluntário 15/08/2017 10 Tipos de movimentos gerados pelo controle motor • REFLEXO Simples Rápido Esteriotipado Involuntário Integrado na medula Tipos de movimentos gerados pelo controle motor • Automático Combina característica de movimento reflexo e voluntário. Pode ser modificado ou interrompido por impulsos provenientes do encéfalo ou informações sensoriais da periferia. Tipos de movimentos gerados pelo controle motor • Voluntário Proposicionais Complexo Execução melhora com prática Funções do controle motor • Controlar a contração de músculos individuais. • Controlar o movimento de execução de um movimento. • Planejar ajustes posturais adequados para determinados movimentos. • Compensar a inércia dos membros e a disposição mecânicas dos músculos, ossos e articulações antes de iniciar o movimento. Informar: - O que está acontecendo no ambiente - Posição e orientação do corpo e dos membros - Grau de contração e tensão muscular Papel da informação sensorial no controle motor • Medula Espinhal • Tronco Encefálico • Córtex Motor Níveis do controle motor 15/08/2017 11 Níveis do controle motor 1 MEDULA ESPINHAL - Núcleo Motores Circuito Neuronais: Movimentos reflexos e rítmicos 2 - TRONCO ENCEFÁLICO Modula os neurônios motores e os interneurônios da medula espinhal através das vias descendentes laterais e mediais. Níveis do controle motor TRONCO ENCEFÁLICO Via descendente Lateral Controla o grupo dorsolateral de neurônios motores espinhais que inerva os músculos distais, responsáveis pelos movimentos distais Níveis do controle motor Tronco Encefálico Via descendentes Mediais Níveis do controle motor 3- CÓRTEX CEREBRAL Vias Corticoespinhais e Corticobulbares Níveis do controle motor Níveis do controle motor 15/08/2017 12 Tratos mais importantes do ponto de vista clínico Aferentes ou Sensitivos: 1. Trato espinotalâmico ventral/anterior – transmite impulsos relacionados ao tato grosseiro e pressão 2. Trato espinotalâmico lateral - impulsos da sensibilidade dolorosa e da temperatura do lado contralateral. 3. Trato espinocerebelar ventral e dorsal - relacionados à propriocepção, conduzem impulsos ao cerebelo por meio da medula espinhal. 4. Fascículos grácil e cuneiforme – conduzem impulsos proprioceptivos provenientes de músculos, tendões e articulações, impulsos de localização e discriminação táteis, e sensações vibratórias como as produzidas pelo cabo do diapasão colocado sobre um osso recoberto de pele. Tratos mais importantes do ponto de vista clínico Eferentes ou motoras 1- Piramidais. - TRATO CORTICO-ESPINHAL - As fibras partem do córtex e vão até a medula espinhal contralateral influenciando os neurônios motores inferiores espinhais. - TRATO CORTICO-BULBAR - As fibras partem do córtex e vão até o bulbo influenciando os neurônios motores inferiores do tronco cerebral para os músculos da cabeça. Tratos mais importantes do ponto de vista clínico - TRATO CORTICOPONTINOCEREBELAR - As fibras partem do córtex cerebral e fazem sinapse na ponte com um segundo neurônio que vai ao córtex cerebelar informar o cerebelo do movimento pretendido pelo córtex cerebral para que este faça os ajustes necessários. Tratos mais importantes do ponto de vista clínico 2 - S I S T E M A E X T R A P I R A M I D A L TRATO RETICULO ESPINHAL - inicia na formação reticular localizada na medula oblonga medial, na ponte e mesencéfalo. - TRATO VESTIBULO-ESPINHAL - começa no núcleo vestibular do Bulbo. OBS* Estes dois estão ligados principalmente aos músculos próximos da coluna vertebral responsabilizados pelo tônus postural antigravitacional.Tratos mais importantes do ponto de vista clínico -TRATO TECTO-ESPINHAL - começa no tecto visual do mesencéfalo (colículo superior) e termina na medula cervical. É importante na coordenação reflexa dos movimentos da cabeça e dos olhos durante a observação de um objeto em movimento. - TRATO RUBRO ESPINHAL - começa no núcleo rubro do mesencéfalo, não tem sua função bem estabelecida mas influencia neurônios motores inferiores para os músculos mais distais. Tratos mais importantes do ponto de vista clínico 15/08/2017 13 3- Vias cerebelares • VESTIBULOCEREBELO OU ARQUICEREBELO - ajuda a coordenar o equilíbrio e os movimentos oculares • ESPINOCEREBELO OU PALEOCEREBELO - ajuda a coordenar o movimento estereotipado (locomoção e reações posturais) e o tonus muscular. • CEREBROCEREBELO OU NEOCEREBELO - ajuda a coordenar a programação de movimentos dos membros, estando relacionado com os movimentos não estereotipados como aqueles resultantes de ensinamentos e treinamentos. Tratos mais importantes do ponto de vista clínico Profa. MS. Andressa Andrade Teymeny email: andressateymeny@gmail.com
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