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UNIDADE 2 NORMAS JURIDICAS

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UNIDADE 2
NORMA JURÍDICA: É um comando proveniente do Estado, que em caso de descumprimento podendo haver a incidência de uma sanção jurídica perante infrator.
MODALIDADES: NORMA JURÍDICA OBRIGATÓRIA (ex: obrigatório o uso do cinto de seg.) E NORMA JURÍDICA PROIBITÓRIA (ex: proibido fumar neste local) – Essas normas são de comandos, de ordem (se n cumpre vai sofrer sansão).
NORMA JURÍDICA PERMISIVA (ex: é permitido taxa de cobrança em caso de pagamento vencido) – Cunho de prerrogativa, privilégio; vai ser opcional seguir o conteúdo contido nela, logo, se n seguir n vai ter punição. _____________________________________________________________________________
HIERARQUIA DAS NORMAS JURÍDICAS (59 CF)
1º Normas Constitucionais 
2º Lei complementar – lembrando que aqui é Princípio da Vontade Geral – 50% + 1 necessidade de todos presentes para votar. 
3º Lei ordinária – aqui é Princípio da Maioria – vota quem está presente na sessão. 
4º Lei delegada (vão precisar de uma resolução, depois autorização/ delegação do CN).
5º Medidas provisórias (o poder executivo cria, o legislativo vai ver se aprova).
6º Decretos legislativos 7ª Resoluções do Senado 8ª Decretos regulamentares
9ª Instruções ministeriais 10ª Circulares 11ª Portarias 12ª Ordens de serviço. 
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OS 3 PODERES APESAR DE INDEPENDENTES, FISCALIZAM UNS AOS OUTROS. ____________________________________________________________________________
Tipos de normas jurídicas: 
N.J 1º GRAU: Rege a conduta do homem no meio social. Ex: não matar, não roubar, cumprir cláusulas contratuais, participação em grupos sociais...
N.J 2º GRAU: Só leis que visem a estruturação, organização e funcionamento do Estado. Ex: COJE (código de organização judiciária do Estado), cada Estado tem o seu. _____________________________________________________________________________
Classificação das normas jurídicas: 
Quanto a natureza de suas disposições: 
N.J SUBSTANTIVAS/ MATERIAIS: Criam, definem e declaram os direitos e deveres ao cidadão. Todos os códigos, menos o processual.
Cód. Comercial, Cód. Civil, Cód. Penal, Cód. Ambiental, Cód. Defesa do Consumidor...
Ex: no código civil, está criado o direito de um herdeiro receber do de cujus parte de sua herança deixada em vida. _____________________________________________________________________________
Vale lembrar que, a Consolidação das Leis do Trabalho, a Consolidação das Leis de Previdência Social e o Código do Consumidor, podem se encaixar nas N.J substantivas ou adjetivas. 
N.J ADJETIVAS/ PROCESSUAIS: Regem a abertura, o andamento e o fechamento de um processo. Aqui Código Processual Civil e Código Processual do Trabalho. _____________________________________________________________________________
Quanto a aplicabilidade: 
N.J AUTOAPLICÁVEIS: Não pede complementação (n precisa de 2º lei), gera 100% de eficácia ao entrar em vigor. 
Por isso consta que: Entra em vigor na data de sua publicação (como no Art 36 – 10826; 2003 Lei de Armas) ou em alguns dias após (ex: Art 340 Cód Trânsito Nacional – 9503; 1997). 
N.J DEPENDENTE DE COMPLEMENTAÇÃO: Como não gera 100% de efeito, pede complementação, em forma de lei complementar ou ordinária (quando não se importar poderá ser uma lei específica – podendo ser a lei ordinária). Ex: lei que complementa o direito a saúde (art 197).
N.J DEPENDENDO DA REGULAMENTAÇÃO: Aqui vem em forma de Decreto Regulamentar (criado pelo executivo – Presidente da República). Ex: FGTS – Fundo de garantia do tempo de serviço (8036/90 comp. 99684). _____________________________________________________________________________
Quanto á sistematização:
NORMAS CONSTITUCIONAIS: Vigoram dentro da norma fundamental (constituição), e tratam tanto de assuntos referentes ao direito privado quanto ao público. 
NORMAS CODIFICADAS: Tais leis só tratam de um assunto específico, e vigoram dentro de códigos de leis (público ou privado de acordo com o ramo, ex: cód penal – pertence púb).
NORMAS ESPARSAS/ ESTRAVAGANTES: São leis soltas, que vigoram dentro do sis. jurídico mas não dentro de códigos. Podem tratar do direito público ou do privado – Ex: lei do divórcio, lei do empregado doméstico, lei da ficha limpa...
NORMAS CONSOLIDADAS: (Getúlio Vargas) – Reunião de uma série de leis esparsas dentro de um código. Por enquanto só tem duas normas: CLT, CLPS. _____________________________________________________________________________
Quanto a obrigatoriedade: 
N. J DE ORDEM PÚBLICA: Inderrogáveis ou indisponível (cidadão não pode renunciar, o Estado n permite). É uma lei que se impõe contra quem tem o direito ao seu favor. Ex: exame de DNA – reconhecimento de paternidade, depois q pediu tem que ir até o fim (art 392). Tem também a questão do “contrato de cavalheiro” que ganha por fora, não vale – Pois existe o salário mínimo ao trabalhador. 
N. J DE ORDEM PRIVADA: São leis que permitem as partes envolvidas num processo acordar regras com base nas suas vontades. Ex: contrato de compra e venda. 
NORMAS JURÍDICAS E VINCULAÇÃO COM CONSTITUCIONALIDADE: As leis brasileiras tem total vínculo com as diretrizes constitucionais, devem obedecer suas disposições.
1º - VALIDADE DA NORMA JURÍDICA
· Aspecto Técnico - Jurídico: Quando uma lei for criada pela autoridade competente deverá seguir o processo legislativo de regras técnicas criadas pelo sistema jurí. brasileiro. 
Ex: (Art 69) Lei Complementar só pode ser aprovada pela maioria absoluta (todos). Lei Ordinária pela maioria relativa. Ambas só podem ser criadas pelo legislativo. Já Medidas Provisórias (regulamentar) e Lei Delegada (Art 68 } 2º) – poder executivo. 
Se não respeitar, vai ser inválida – não vai entrar em vigor pois fere o plano de validade. 
· Aspecto relativo à Legitimidade: No sistema jurídico brasileiro para a lei ser considerada válida deve apresentar legitimidade de atuação, isto é, respeitar regras postas pela Constituição Federal. 
 Ex: (Art 68 } 1º) A matéria relativa a lei complementar não pode ser disposta por meio de lei delegada. Alguns governos não usam a lei delegada, usam medidas provisórias (fácil de aprovar). ___________________________________________________________________________ 2º - VIGÊNCIA DA NORMA JURÍDICA -> Tempo de vida, de atuação de uma lei. Ocorre com uma PUBLICAÇÃO (que gera a obrigatoriamente sua vigência, entra em vigor). Dinâmica de presente- futuro (publicação, depois entrada em vigor). 
Vale lembrar que a promulgação - aprovação - vem antes da publicação.O poder legislativo cria norma e manda para o poder executivo, que pode sancionar ou vetar. Mas alguns promulgam e não publicam “guardam na gaveta”, seu cumprimento então n é obrigatório.
PUBLICAÇÃO DA N. J
1º local - DOE (diário oficial do Estado) para leis municipais (orgânicas) e leis estaduais. 
- DOU (diário oficial da União) para leis federais.
FORMAS DE PUBLICAÇÃO
Autoaplicáveis - 1ª forma: Uma lei pode entrar em vigor na data de sua publicação. Ex: L 9504 / de 1997 – Art 106: Código eleitoral, publicado dia 01/10/97, entrou em vigor dia 01/10/97. 
2ª: Pode entrar em vigor alguns dias após a data de publicação. Ex: L 8078/90 – Art 118: Código defesa do consumidor, publicado 12/09/90, entrou em vigor 11/03/91 (180 dias). 
3º: Vacatio Legis – Quando a lei for vaga (não constar a data de vigor), deverá entrar 45 dias após a publicação. Art 1º LINDB (Lei de introdução das normas do direito brasileiro, são 19).
4º: 1º} 1º LINDB -> Lei brasileira admitida no país estrangeiro (por meio de tratados, declarações...) entrarão em vigor 3 meses depois da publicação. 
5º: Art 1º} 3º LINDB -> Se uma lei precisar corrigir outra, vai surgir uma nova publicação. Assim vai interromper o prazo de contagem de vigor da primeira, e começar a contar tudo de novo (45 dias após a publicação dessa segunda). Ex: 10/01 publicou, dia 20/04 corrigiu a primeira, 21/01 começa a contagem. 
CONTAGEM DOS PRAZOS (para a data de uma lei entrar em vigor)
Sempre vai começar no dia seguinte à publicação. Ex: publicado dia 13, começa a contar dia 14, não importando se for final de semana ou feriado. Assim como, a data de entrada em vigor (o último dia de contagem) também não importará. 
Com EXCESSÃO: Princípio da Anterioridade da Lei Tributária (aqui se publica em ano anterior, p entrar em vigor no ano seguinte) – 150 III, B. 
TÉRMINO DA VIGÊNCIA 
No geral não se sabe a data de revogação de uma lei. 
COM EXCESSÃO: quando for uma lei de vigência temporária. Ex: CPMF (somente durante 36 meses), ou o poder de polícia concedido aos agentes sanitários por determinado período. _____________________________________________________________________________
3º - PLANO DE EFICÁCIA DA NORMA JURÍDICA -> Aqui se analisa, a possibilidade de uma lei vigente gerar efeitos (antes tem que estar em vigor).
Só vai ter efeito, se anteriormente, tiver vigência. Mas existem leis vigentes que não geram efeitos (ineficaz). Aqui também tem a dinâmica presente -> futuro (entra em vigor para então causar ou não efeito). 
Mas também tem a RETROATIVIDADE DA LEI: Aqui entra a dinâmica presente -> passado. Pode ocorrer da sua entrada em vigor no presente, valer também para o passado, deve então constar isso na lei de forma EXPRESSIVA (não por interpretação). 
Ex: Art 106 (Caput) - Código Tributário Nacional, prevê que as disposições contidas no artigo se aplicam a atos e fatos ocorridos no pretérito (passado). _____________________________________________________________________________
IRRETROATIVIDADE DA LEI – GARANTIAS: ART 5º XXXVI CF
Mesmo que o Estado crie uma lei de eficácia retroativa, não vai interferir na vida do cidadão que existirem tais garantias: 
DIREITO ADQUIRIDO: Foi incorporado no patrimônio do cidadão sem a necessidade de formalização, só precisa atender os critérios. Art 6º }2º LINDB.
ATO JURÍDICO PERFEITO: Também é incorporado, mas para ser perfeito necessita de formalização, caso contrário vira nulo de pleno efeito. Ex: Contrato de compra e venda, precisa de assinatura de ambos, valor acordado e tradição (entrega da coisa).
COISA JULGADA: Também conhecido por TRÂNSITO EM JULGADO, consiste na impossibilidade de recorrer. Chegou na 4ª instância n pode mais usar recursos, só ação (até 2 anos depois), com exceções. 
EXCEÇÃO: RETROATIVIDADE DA LEI MAIS BENÉFICA AO RÉU – Art 5º, LX (40) CF, combinado Art 2º } Único. 
LEI PENAL: só vai retroagir caso a lei criada for beneficiar o réu. 
Ex: Lei 6368/76 – Antidrogas (uso próprio), era 6 meses a 2 aos de detenção ao criminoso.
Foi revogada para Lei 11343/06 – Art 28 Inciso I: advertência, II: prestação de serviço a comunidade, III: comparecimento em fins educativos. Visto agora como um doente, assim a desfez a coisa julgada (presos foram soltos). 
LEI TRIBUTOS: Pagava por algo que agora mudou, não precisa mais pagar. 
	Matéria
	1ª INSTÂNCIA
	2ª INSTÂNCIA
	3ª INSTÂNCIA
	4ª INSTÂNCIA
	
Civil ou Penal
	
FÓRUM
	TJ (Tribunal de Justiça)
	STJ (Superior Tribunal de Justiça)
	STF (Supremo Tribunal Federal)
	Trabalho
	JUSTIÇA TRAB.
	TRT (Regional)
	TST
	STF
	Federal
	J. FEDERAL
	TRF
	STJ
	STF
	Eleitoral
	J. ELEITORAL
	TRE
	TSE
	STF
REVOGAÇÃO DA N.J: Tirar o vigor de uma N.J, ou seja, a matéria contida na lei que foi revogada não é mais de cumprimento obrigatório.
FORMAS:
· AB – ROGAÇÃO: Revogação TOTAL por outra (Ex: CF 1967 -> CF 1988).
· DERROGAÇÃO: Revogação PARCIAL – capítulo, inciso ou artigo. O resto permanece em vigor. (Ex: vários art. do CP foram revogados).
CRITÉRIOS:
· CRONOLÓGICO: Lei nova revoga a antiga, não se admite repristinação (com exceção). 
(Ex: CF 1967 -> 1988)
· HIERÁRQUICO: Uma lei só pode ser revogada por outra lei que tenha peso igual ou superior. (Ex: Norma Const. -> só pode ser revogada por NC, Leis Complementares -> LC+NC, Leis Ordinárias -> LO+NC+LC, Leis Delegadas -> LD+NC+LC+LO).
TIPOS DE REVOGAÇÃO: 
· EXPRESSA: Vem a lei nova dispondo em seu texto o que está revogando da antiga. Ex: ECA – 8069/90 -> Art 267 ou Cód de Trans. Nacional – 9504/97 -> Art 341.
· TÁCITA: Não se faz referência a revogação de leis antigas, somente consta que: “Revogam-se as disposições em contrário”. Ex: cód. defesa consumidor (revogou cód civil e comercial, mas n consta), hediondo (civil e penal).
REPRISTINAÇÃO – ART 2º,} 3º: Quando uma lei vem para revogar a anterior (restituir a vida de uma N.J revogada em razão da N.J revogadora, ter perdido sua vigência) 
No Brasil não se admite repristinação automática e nem leis de enunciado, mas pode se utilizar o método de repristinação de forma expressiva (ainda não foi utilizado). No entanto, é preciso seguir as disposições legislativas.
Ex: L1---------------- revogada por L2------------------------revogada por L3 (na repristinação a L3 vai revogar a L1, citando suas regulamentações).
NORMAS JURÍDICAS IRREVOGÁVEIS: CLÁUSULAS PÉTREAS (I,II, III, IV).

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